Executivo da Câmara de Matosinhos critica trabalhadores
1. Executivo da Câmara de Matosinhos enxovalha os trabalhadores do município.
COMUNICADO
O Secretariado Distrital dos TSD - Trabalhadores Sociais-democratas do distrito do Porto vem, perante
a notícia publicada no Jornal de Noticias do passado sábado, dia 17 de Março, expressar a sua maior
repulsa sobre a forma como os trabalhadores da autarquia de Matosinhos foram
tratados publicamente pelos dirigentes daquele executivo camarário.
Perante os factos relatados, entende este secretariado tecer as seguintes considerações:
É desde há muito evidente que o Executivo da Câmara Municipal de Matosinhos, liderado pelo Sr.
Guilherme Pinto, tem sido um veiculo de colocação de “boys” e de negócios de duvidosa legalidade
que visam favorecer certas e determinadas clientelas da Federação Distrital do PS Porto e do PS de
Matosinhos. Tais evidências têm sido por demais retratadas pela concelhia do PSD de Matosinhos, que
tem publicamente denunciado práticas que regra geral se configuram casos em que se contorna à
legalidade dos procedimentos instituídos em prol de fins que não cabem naquilo que deverá constituir
o efetivo bem público.
Perante a notícia publicada - que se apensa a este comunicado – não resta outra alternativa senão a de
lamentar publicamente este caso e denunciá-lo como um efetivo e cobarde ataque do executivo
daquela câmara a trabalhadores da autarquia, perfeitamente gratuito e sem qualquer sentido, que
entendemos como absolutamente inaceitável.
2. • É inadmissível que em praça pública o vice-presidente replique e adjective alguns trabalhadores
da autarquia como “faltosos”, “conflituosos”, “demasiado velhos”, “com dificuldades de
relacionamento” e possuidores de “perturbações de foro psicológico”;
• É inadmissível que esse seja o principal mote para justificar a necessidade de contratar 20
“boys” através de um outsourcing, quando para mais a CMM conclui que existem pessoas
disponíveis e com formação … mas que não vão trabalhar no Gabinete do Munícipe porque …
porque não vão trabalhar lá!
Não podemos ainda deixar de observar que o efectivo necessário para referido gabinete representa
cerca de 1% do quadro do pessoal ao serviço do Município. E certamente, não nos alheamos do facto
do Gabinete de apoio ao Munícipe não ser uma valência a prazo, mas sim um serviço de valor
acrescentado para os cidadãos de Matosinhos, e por isso não se justificar a existência desse serviço
numa perspectiva de prestação de serviços.
Mas, acima de tudo, importa-nos perceber se o caso em apreço resulta do executivo da CMM julgar
não possuir competências para gerir o pessoal (quando as têm), ou se trata de uma mais uma
estratégia habilidosa e indecorosa de justificar um futuro outsourcing (e nesse caso a prestadora de
serviços “escolherá” os trabalhadores para o serviço.. ), nem que para isso tenha de tratar os seus
trabalhadores de uma forma indigna e desonrosa!
Reflexão final:
Que Partido Socialista é este que persegue e desonra os trabalhadores em público?
Até onde ele poderá chegar para atingir os seus objectivos?
Porto, 21 de maio 2012