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Resinas indiretas: composição, métodos de polimerização e aplicações clínicas
1. ESTAGIO ATUAL DAS
RESINAS INDIRETAS
UNIME
UNIÃO METROPOLITANA DE EDUCAÇÃO E CULTURA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE
CURSO DE ODONTOLOGIA
LAURO DE FREITAS
2010.1
2. COMPONENTES:
Bruna Paula Melo
Giovanni Capone
Janir Queiroga
Kríscia Carinne
Nadia M. Tonussi
Nathanna Luisa Bastos
3. Em virtude da crescente solicitação de
tratamentos estéticos em dentes
anteriores e posteriores, os materiais
e técnicas restauradoras vêm sendo
continuamente desenvolvidos e
aperfeiçoados.
ESTÁGIO ATUAL DAS RESINAS
INDIRETAS
4. INTRODUÇÃO:
1980: Resinas compostas indiretas começaram a ser
usadas da dentística restauradora
Desvantagem
=> Baixa resistência flexural
=> Baixa resistência ao desgate
=> Baixo conteúdo de partícular inorgânicas
=> Baixa instabilidade de cor
Histórico
5. 1990: Resinas laboratoriais de segunda geração
chegaram ao mercado odontológico
*** podendo ser chamadas de: polímeros de vidro,
polividros, porcelanas de vidros poliméricos,
polycerams, cristais poliméricos e cerômeros
São resinas compostas de partículas cerâmicas
=> Modificações gradativas possibilitando trabalhos
mais efetivos (inlays, onlays, coroas totais, facetas
laminadas, próteses fixas de 3 elementos reforçadas
por fibras)
6. CRITÉRIO DE SELEÇÃO:
TÉCNICA DIRETA OU INDIRETA?
Técnica Direta: Idealmente realizados em áreas
que necessitem de mínimo preparo dental
Fechamento de diastemas
Dentes posteriores com cavidades de
pequeno tamanho sujeitas ao mínimo de
estresse e com grande quantidade de
esmalte remanescente
Quanto maiores forem as dimensões do preparo dental, maiores serão as dificuldades para restaurar
o dente e maior desgaste superficial da resina composta ao longo do tempo.
7. Técnica Indireta: As resinas compostas podem ser esculpidas com a
forma anatômica adequada e fotopolimerizadas por aparelhos
específicos, que geram calor e pressão na presença de nitrogênio
Maior conversão de polimerização;
Maior dureza;
Maior resistência da resina ao desgaste;
Melhor adaptação marginal após a cimentação da
peça indireta tanto em dentes anteriores como em
posteriores;
Vantagem: pode ser planejada
Desvantagem: necessidade de esperar a confecção da peça por parte do
laboratório protético
CRITÉRIO DE SELEÇÃO:
TÉCNICA DIRETA OU INDIRETA?
8. ERROS COMUNS NA SELEÇÃO DA
TÉCNICA DIRETA OU INDIRETA:
O erro mais comum é acreditar que essa decisão encontra-se
somente na habilidade do profissional em ser capaz de
restaurar uma cavidade média ou grande de forma direta
Apesar de uma restauração indireta exigir duas sessões de
consulta e ser mais cara, existem situações em que essa forma de
confecção torna-se imprescindível!!!
9. RESINAS INDIRETAS
Composição da matriz orgânica: • BIS-GMA;
• Monômeros de metacrilato (TEGMA e
UDMA);
• Incorporação de novas matrizes
poliméricas;
• Monômeros multifuncionais
Monômeros multifuncionais: possibilita maior formação de ligações
cruzadas entre as cadeias poliméricas; porém, esse processo não é
conseguido somente com fotopolimerização. A luz mantém-se como
catalisador principal da reação em todos os sistemas de resinas
disponíveis
Formas complementares de polimerização por calor, pressão e/ou
ausência de oxigênio foram acrescentadas para introduzir energia
suficiente para estender o grau de polimerização além dos limites
convencionais
10. O método de fotopolimerização complementar
possui a finalidade de se conseguir maior
conversão de monômeros em polímeros e
consequentemente melhores propriedades
mecânicas.
CLASSIFICAÇÃO DAS RESINAS INDIRETAS
DE SEGUNDA GERAÇÃO QUANTO AO
MÉTODO DE POLIMERIZAÇÃO
11. QUANTO AOS PROTOCOLOS DE
POLIMERIZAÇÃO EXISTEM
Fotoativados
Fotoativados + polimerizaçao complementar por
calor
Fotoativados + polimerização complementar por luz
e calor
Fotoativados + polimerização complementar por
calor sob pressão
12. SISTEMAS FOTOATIVADOS
Esse sistema de resinas fotoativadas utilizam luz halógena
ou xenon como único agente de polimerização.
EXEMPLOS:
Gardia: sistema que utiliza uma luz com intensidade
crecente para o entrelaçamento gradual das cadeias
poliméricas e para diminuir a contração de
polimerização.
Artglass: sistema com alta intensidade de luz xenon
por 20 milisegundos com um intervalo de escuridão de
80 milisegundos, assim aumenta a taxa de conversão e
diminui o estresse de polimerização interno da resina.
13. SISTEMAS FOTOATIVADOS COM
POLIMERIZAÇÃO COMPLEMENTAR POR CALOR
Nesse sistema a polimerização inicial por luz será realizada na
unidade específica de cada sistema e o tratamento pelo calor
que se segue é feito através manutenção da temperatura em
aproximadamente 110°C de 8 a 15 minutos a depender do
sistema empregado.
EXEMPLO:
Conquest Sculpture: inicialmente é fotopolimerizado
pela unidade Cure-Lite + polimerização complemetar
realizada na unidade Conquestomar com calor e vácuo.
14. SISTEMA FOTOATIVADOS COM POLIMERIZAÇÃO
COMPLEMTAR PO LUZ E CALOR
Esse sistema dispõe de uma unidade fotopolimerizadora
para a polimerização inicial + uma unidade que fornece
luz e calor, com tempos e temperaturas indicados pelos
fabricantes.
EXEMPLO:
SR Adoro: apresentou uma melhora nas propriedades
ópticas, com aumento da lisura de superfície,
favorecendo para uma polimento mais eficaz e menor
pigmentação extrínseca ao longo dos anos.
15. SISTEMA FOTOATIVADOS COM POLIMERIZAÇÃO
COMPLEMENTAR POR CALOR SOB PRESSÃO
É o sistema de polimerização que apresentou melhores resultados tanto em
relação a resistência a abrasão quanto ao grau de conversão dos
monômeros em polímeros.
V A N T A G E N S D A P R E S S Ã O E M P R E G A D A N E S S E S I S T E M A :
Eliminação da porosidade da massa dos compósitos.
Evita a evaporação dos monômeros, quando em temperaturas
muito elevadas.
E X E M P L O S :
BelleGlass NG (Kerr Lab)
Tescera NTL (Bisco)
Concept HP (Ivodar Vivadent)
17. VANTAGENS
As fibras de reforços são utilizadas como substitutas para
as estruturas metálicas.
Reduzem a deformação
Dissipam a propagação de trincas
Reduz a microfraturas
Preparo mais conservaodr dos dentes pilares
18. TIPOS DE FEIXES DAS FIBRAS
Fibras unidirecionais
Resistências transversais
São mais utilizadas em vigas de
próteses parcial fixa
Fibras multidirecionais
Resistência a fratura coronária.
Previnem falhas na região do
término.
Melhor indicadas para sub
estruturas de coroas e
retentores.
19. SISTEMAS DE FIBRAS
Vectris
Sistema de fibras de vidro pré impregnado com
silano, monômero e resinas microparticuladas,
utilizado com resina AS adoro.
São divididas de acordo com suas utilidades de 3
formas:
Vectris single – infra-estrutura interna de coroas
totais de dentes anteriores e psteriores
Vectris pontic – confecção de estruturas em forma
de barra em pontes fixas
Vectris farmes – utilizado sobre o pôntico para
completar a estrutura das próteses fixas.
20. SISTEMAS DE FIBRAS
Fiberkor
Fibras de vidro pré-impregnadas com resina
Confecção de pontes fixas com resina sculpture
Belleglass ng/s
Utiliza fibras de polietileno pré-impregnadas
associadas a construct
Fibrex-lab
Composto somente por fibras de vidro
22. EVITANDO ERROS
Correta seleção das fibras de acordo com as direções.
Utilização das técnicas associadas as corretas resinas.
Polimerização com aparelhos e métodos específicos.
24. APLICAÇÃO CLÍNICA DAS RESINAS
INDIRETAS
Indicações:
Inlay
onlay
coroas totais anteriores/posteriores
próteses fixas
facetas
A utilização do material restaurador indireto facilita a obtenção de uma adaptação
marginal, contato proximal, contorno e escultura ideal nas restaurações
25. USO DAS RESINAS INDIRETAS PARA
INLAY/ONLAY
Comparação com à cerâmica
Vantagens
Baixo custo;
Menos friáveis;
Maior facilidade de manuseio;
Preparo mais conservador;
Desgaste do material de forma semelhante
ao esmalte;
Não provocarem desgaste no antagonista;
Melhor condição de polimento após o ajuste
oclusal.
26. TÉCNICA SEMIDIRETA
Técnica que a restauração é confeccionada de forma
indireta no próprio consultório pelo cirurgião-dentista,
utilizando-se os compósitos micro-híbridos ou
nanoparticulados de uso direto.
Vantagens:
Rapidez com que a restauração é confeccionada e cimentada;
Polimerização mais efetiva da resina composta fora da boca;
Melhor adaptação ao término do preparo;
Menor custo, por não utilizar laboratório protético.
29. USO DE RESINAS INDIRETAS PARA
COROAS TOTAIS ANTERIORES E
POSTERIORES
Vantagem de refletir a luz de uma forma
mais natural;
Indicadas para paciente que apresentam
qualquer tipo de alergia ao metal.
Estética é primordial, as resinas
laboratoriais não são as mais indicadas,
pois apresentam manchamentos devido aos
pigmentos da alimentação e perda do
brilho superficial
30. USO DE RESINAS INDIRETAS PARA
FACETAS LAMINADAS
Indicações
Iguais as dos laminados cerâmicos:
Grandes alterações de forma,
Dentes conóides,
Dentes com manchas resistentes ao
clareamento
Aumento de guia incisal.
Uma vantagem, quando comparadas às cerâmicas, é a
possibilidade de realizarem pequenos reparos intra-orais
para acertos de cor e forma.
31. USO DE RESINAS INDIRETAS PARA
PRÓTESE FIXA
A inclusão de fibras de reforço tornou a utilização de resinas
laboratoriais para a confecção de próteses fixas uma
prática viável em casos de até três elementos.
Deve-se tomar certos cuidados, como avaliar a extensão da
restauração para assegurar uma transferência de forças
favorável e realizar um preparo paralelo para possibilitar
a inserção da peça.
32. PASSOS OPERATÓRIOS
Preparo dental
Comparação da dentina pós preparo dental x dentina
pré cimentação
Penetração de materiais como: cimentos provisórios,
materiais de moldagem e outros
33. PASSOS OPERATÓRIOS
Redução da resistência de união da dentina com o
elemento protético
Remoção da contaminação dentinária
Hibridização da dentina
35. IMPORTÂNCIA DA HIBRIDIZAÇÃO
Tratar a dentina superficial preparada
Melhorar a resistência da união dente-prótese
Diminuir a sensibilidade dentinária
Proteger o complexo dentina-polpa
Diminuir a formação de fenda na interface dente-
restauração
Formação da camada intermediária que absorve choques
durante a mastigação
36. INDICAÇÃO
A pré-hibridação é indicada para todos os casos
em que houver exposição de dentina, por possuir
a finalidade de promover uma melhoria em
termos de desempenho clínico
em longo prazo.
37. CIMENTAÇÃO ADESIVA DAS
RESINAS INDIRETAS
Um dos passos mais importantes em reabilitação
através de restaurações indiretas, pois qualquer
falha nesse passo pode comprometer a longevidade
da restauração.
38. A MAIORIA DAS RESTAURAÇÕES
INDIRETAS FALHAM POR:
Deficiência no selamento marginal
Degradação do agente cimentante
Falha na resistência de união
39. DENTINA - ESMALTE
Características físicas diferente
Unem-se por meio da junção esmalte-dentina
Resistência
Capacidade de receber e dissipar forças
40. CIMENTO RESINOSO
Função de reter a prótese
Absorve e transmite forças semelhantes a junção esmalte-
dentina
42. PROCEDIMENTO DE CIMENTAÇÃO
Laboratório
Prova da peça
Preparo da peça para
cimentação
Preparo do dente
para cimentação
Aplicação do cimento resinoso na peça e
posicionamento da mesma no preparo dentário.
Remoção dos excessos de cimento com pincéis e
fotopolimerização
Ajustes oclusais
Acabamento e polimento
Avaliação adaptação da peça no modelo de gesso,
forma anatômica, pontos de contatos interproximais,
pontos de contatos oclusais e eixo de inserção da
mesma.
Aprovado?
Jatear a peça com óxido de
alumínio, condicionar com
ácido fosfórico por 30 seg.,
aplicas o sistema adesivo e
fotopolimerizar.Condicionamento
prévio: aplicar acido
fosfórico por 30 seg. em
esmalte e 15 seg. em
dentina. Lavar, secar,
aplicar o sistema adesivo
e fotopolimerizar.
Ajusteslaboratoriais
NÃO SIM
45. CIMENTAÇÃO PROPRIAMENTE DITA
Seqüência
Espatula-se o cimento e insere-se na peça
protética.
Posiciona-se a peça observando o eixo de
inserção pré-determinado e a adaptação
marginal.
Remove-se o excesso com a utilização de
pincéis.
Polimeriza-se por 5 seg. apenas para
estabilizar a restauração.
Remove-se cuidadosamente os excessos
grosseiros, principalmente os proximais, com
auxílio de um fio dental.
47. POSSÍVEIS FALHAS RELACIONADAS AOS
CIMENTOS RESINOSOS
Falha no posicionamento correto da peça.
Quando o cimento de escolha for de polimerização dual, o mesmo
deverá ser espatulado, inserido na peça e levado à cavidade sem muita
demora, para que sua fluidez seja a ideal e obtenha um escoamento
adequado.
A utilização de pouco cimento na peça pode resultar na falta de cimento
em alguma região com conseqüente infiltração.
Polimerizar deficientemente pode resultar em menor resistência à
tração e maior sorção de água, com possível redução de desempenho
clínico em longo prazo.
48. CONCLUSÃO
Devido à grande demanda por procedimentos
estéticos, a cada dia aumenta mais a utilização de
materiais restauradores livres de metal, dentre esses, as
resinas indiretas de segunda geração. Para a obtenção
do sucesso clínico ao longo dos anos, é extremamente
importante que os cirurgiões-dentistas familiarizem-se
com alguns conceitos teóricos relacionados às
propriedades físicas e mecânicas dos materiais
restauradores.
49. REFERENCIA
HIGASHI, Cristian; ARITA, Carla; GOMES, João Carlos; HIRATA, Ronaldo.
Estágio Atual das Resinas Indiretas. Pro-odonto/Estética/SESCAB.