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CENTRO	
  HOSPITALAR	
  DE	
  SÃO	
  JOÃO,	
  E.P.E.	
  
SERVIÇO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  
DIRETOR:	
  DR.	
  JOSÉ	
  LUÍS	
  PLÁCIDO	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  
FORMAÇÃO	
  ESPECÍFICA	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  
FEVEREIRO	
  DE	
  2014	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
NATACHA	
  LOPES	
  DOS	
  SANTOS	
  
INTERNA	
  DE	
  FORMAÇÃO	
  ESPECÍFICA	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  
ORIENTADOR	
  DE	
  FORMAÇÃO:	
  PROF.	
  DOUTOR	
  JOSÉ	
  CASTELA	
  TORRES	
  DA	
  COSTA	
  
  	
   	
   	
  
	
  
	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   i	
  
O	
  presente	
  Curriculum	
  Vitae	
  destina-­‐se	
  à	
  Prova	
  de	
  Avaliação	
  Final	
  do	
  Internato	
  Complementar	
  
de	
  Imunoalergologia.	
  
	
  
	
  
Porto,	
  10	
  de	
  fevereiro	
  de	
  2014,	
  
	
  
	
  
A	
  Interna	
  
_____________________________________________________	
  
(Dra.	
  Natacha	
  Lopes	
  dos	
  Santos)	
  
	
  
	
  
O	
  Orientador	
  de	
  Formação	
  
_____________________________________________________	
  
(Prof.	
  Doutor	
  José	
  Torres	
  da	
  Costa)	
  
	
  
	
  
O	
  Diretor	
  de	
  Serviço	
  
_____________________________________________________	
  
(Dr.	
  José	
  Luís	
  Plácido)	
  
  	
   	
   NATACHA	
  SANTOS	
  ii	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   iii	
  
	
  
ÍNDICE
	
  
	
  
Introdução	
  ..............................................................................................................................................................	
  1	
  
Nota	
  Biográfica	
  .....................................................................................................................................................	
  2	
  
Resumo	
  Curricular	
  ..............................................................................................................................................	
  3	
  
ESTÁGIOS	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  ..............................	
  7	
  
Descrição	
  do	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  .................................................................................................	
  9	
  
Atividade	
  Assistencial	
  .....................................................................................................................................	
  12	
  
Consulta	
  Externa	
  ................................................................................................................................................................	
  12	
  
Serviços	
  de	
  Atendimento	
  Urgente	
  .............................................................................................................................	
  21	
  
Atendimento	
  Não	
  Programado	
  ..............................................................................................................................	
  21	
  
Via	
  Verde	
  ..........................................................................................................................................................................	
  22	
  
Serviço	
  de	
  Urgência	
  .....................................................................................................................................................	
  22	
  
Consulta	
  Interna	
  ...........................................................................................................................................................	
  23	
  
Internamento	
  ......................................................................................................................................................................	
  25	
  
Áreas	
  Específicas	
  ...............................................................................................................................................................	
  26	
  
Área	
  de	
  Alergia	
  Alimentar	
  ........................................................................................................................................	
  26	
  
Área	
  de	
  Alergia	
  a	
  Fármacos	
  .....................................................................................................................................	
  28	
  
Área	
  de	
  Alergia	
  a	
  Veneno	
  de	
  Himenópteros	
  ....................................................................................................	
  31	
  
Consulta	
  de	
  Patologia	
  Ocupacional	
  ......................................................................................................................	
  32	
  
Consulta	
  de	
  Imunodeficiências	
  Primárias	
  .........................................................................................................	
  33	
  
Laboratório	
  de	
  Exploração	
  Funcional	
  Respiratória	
  ...........................................................................................	
  36	
  
Outros	
  procedimentos	
  de	
  diagnóstico	
  e	
  terapêutica	
  .........................................................................................	
  37	
  
Testes	
  Cutâneos	
  ............................................................................................................................................................	
  37	
  
Imunoterapia	
  Específica	
  ...........................................................................................................................................	
  37	
  
Provocações	
  Específicas	
  ............................................................................................................................................	
  38	
  
Contributos	
  para	
  o	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  ..................................................................................	
  39	
  
Contributos	
  para	
  o	
  desenvolvimento	
  científico	
  ...................................................................................................	
  39	
  
Contributos	
  para	
  a	
  atualização	
  de	
  conhecimentos	
  e	
  formação	
  .....................................................................	
  39	
  
Contributos	
  para	
  a	
  melhoria	
  da	
  organização	
  e	
  atividade	
  assistencial	
  .......................................................	
  39	
  
Outros	
  contributos	
  ............................................................................................................................................................	
  41	
  
Estágio	
  no	
  Hospital	
  Mount	
  Sinai	
  ..................................................................................................................	
  43	
  
Introdução	
  ............................................................................................................................................................................	
  43	
  
Objetivos	
  ...............................................................................................................................................................................	
  43	
  
Hospital	
  Mount	
  Sinai	
  e	
  Serviço	
  de	
  Alergia	
  e	
  Imunologia	
  Clínica	
  ..................................................................	
  44	
  
Jaffe	
  Food	
  Allergy	
  Institute	
  ......................................................................................................................................	
  44	
  
Primary	
  Immunodeficiency	
  Program	
  ..................................................................................................................	
  48	
  
Atividade	
  Científica	
  ..........................................................................................................................................................	
  49	
  
Comentários	
  .........................................................................................................................................................................	
  50	
  
	
  
	
  
  	
   	
   NATACHA	
  SANTOS	
  iv	
  
ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  DOS	
  GRUPOS	
  ETÁRIOS	
  PEDIÁTRICOS	
  ................	
  53	
  
Introdução	
  ...........................................................................................................................................................	
  55	
  
Atividade	
  assistencial	
  ......................................................................................................................................	
  56	
  
Consulta	
  Externa	
  ...............................................................................................................................................................	
  56	
  
Hospital	
  de	
  Dia	
  ...................................................................................................................................................................	
  59	
  
Laboratório	
  De	
  Exploração	
  Funcional	
  Respiratória	
  ...........................................................................................	
  60	
  
Serviço	
  de	
  Urgência	
  /	
  Permanência	
  de	
  Imunoalergologia	
  ..............................................................................	
  61	
  
Procedimentos	
  Efetuados	
  ..............................................................................................................................................	
  62	
  
Atividade	
  Científica	
  e	
  de	
  Formação	
  ............................................................................................................	
  63	
  
Comentários	
  ........................................................................................................................................................	
  64	
  
ESTÁGIO	
  DE	
  LABORATÓRIO	
  DE	
  IMUNOLOGIA	
  .........................................................	
  65	
  
Introdução	
  ...........................................................................................................................................................	
  67	
  
Atividade	
  Laboratorial	
  ....................................................................................................................................	
  68	
  
Setor	
  de	
  Imunoalergologia	
  ............................................................................................................................................	
  68	
  
Setor	
  de	
  Autoimunidade	
  ................................................................................................................................................	
  69	
  
Setor	
  de	
  Imunoquímica	
  ..................................................................................................................................................	
  70	
  
Setor	
  de	
  Imunidade	
  Celular	
  e	
  Imunofenotipagem	
  ..............................................................................................	
  71	
  
Setor	
  de	
  Inflamação	
  das	
  Vias	
  Aéreas	
  ........................................................................................................................	
  72	
  
Atividade	
  Científica	
  ..........................................................................................................................................	
  76	
  
Comentários	
  ........................................................................................................................................................	
  77	
  
OUTROS	
  ESTÁGIOS	
  CLÍNICOS	
  ...................................................................................	
  79	
  
Estágio	
  de	
  Pediatria	
  Médica	
  ..........................................................................................................................	
  81	
  
Introdução	
  ............................................................................................................................................................................	
  81	
  
Atividade	
  Assistencial	
  .....................................................................................................................................................	
  81	
  
Atividade	
  Científica	
  ..........................................................................................................................................................	
  85	
  
Comentários	
  ........................................................................................................................................................................	
  85	
  
Estágio	
  de	
  Medicina	
  Interna	
  ..........................................................................................................................	
  87	
  
Introdução	
  ............................................................................................................................................................................	
  87	
  
Atividade	
  Assistencial	
  .....................................................................................................................................................	
  87	
  
Atividade	
  Científica	
  ..........................................................................................................................................................	
  91	
  
Comentários	
  ........................................................................................................................................................................	
  91	
  
Estágio	
  de	
  Pneumologia	
  ..................................................................................................................................	
  92	
  
Introdução	
  ............................................................................................................................................................................	
  92	
  
Atividade	
  Assistencial	
  .....................................................................................................................................................	
  92	
  
Atividade	
  Científica	
  ..........................................................................................................................................................	
  97	
  
Comentários	
  ........................................................................................................................................................................	
  97	
  
Estágio	
  de	
  Otorrinolaringologia	
  ..................................................................................................................	
  99	
  
Introdução	
  ............................................................................................................................................................................	
  99	
  
Atividade	
  Assistencial	
  .....................................................................................................................................................	
  99	
  
Atividade	
  Científica	
  .......................................................................................................................................................	
  102	
  
Comentários	
  .....................................................................................................................................................................	
  102	
  
Estágio	
  de	
  Dermatologia	
  ..............................................................................................................................	
  103	
  
Introdução	
  .........................................................................................................................................................................	
  103	
  
Atividade	
  Assistencial	
  ..................................................................................................................................................	
  103	
  
Atividade	
  Científica	
  .......................................................................................................................................................	
  108	
  
Comentários	
  .....................................................................................................................................................................	
  108	
  
	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   v	
  
ATIVIDADE	
  CIENTÍFICA	
  E	
  DE	
  FORMAÇÃO	
  ...............................................................	
  111	
  
Formação	
  Complementar	
  ............................................................................................................................	
  113	
  
Cursos	
  de	
  formação	
  pós-­‐graduada	
  .........................................................................................................................	
  113	
  
Outros	
  cursos	
  ...................................................................................................................................................................	
  116	
  
Participação	
  em	
  Congressos	
  /	
  Reuniões	
  Científicas	
  .......................................................................................	
  116	
  
Projetos	
  de	
  Investigação	
  ..............................................................................................................................	
  118	
  
Prémios	
  e	
  Bolsas	
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  124	
  
Trabalhos	
  científicos	
  premiados	
  .............................................................................................................................	
  124	
  
Bolsas	
  de	
  Estudo	
  .............................................................................................................................................................	
  125	
  
Publicações	
  .......................................................................................................................................................	
  126	
  
Livros	
  /	
  Capítulos	
  de	
  livros	
  ........................................................................................................................................	
  126	
  
Em	
  Texto	
  Completo	
  .......................................................................................................................................................	
  126	
  
Revistas	
  indexadas	
  na	
  PubMed	
  ou	
  ISIs	
  ............................................................................................................	
  126	
  
Revistas	
  não	
  indexadas	
  com	
  revisão	
  por	
  pares	
  ...........................................................................................	
  127	
  
Outros	
  artigos	
  com	
  revisão	
  por	
  pares	
  ...................................................................................................................	
  128	
  
Sob	
  a	
  forma	
  de	
  resumo	
  ................................................................................................................................................	
  128	
  
Comunicações	
  ..................................................................................................................................................	
  135	
  
Em	
  Reuniões	
  Científicas	
  /	
  Congressos	
  ..................................................................................................................	
  135	
  
Outras	
  apresentações	
  /	
  Palestrante	
  a	
  convite	
  ...................................................................................................	
  135	
  
Apresentações	
  Em	
  Reuniões	
  de	
  Serviço	
  ...............................................................................................................	
  136	
  
Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  ...............................................................................................................................	
  136	
  
Outros	
  serviços	
  ..........................................................................................................................................................	
  137	
  
Atividade	
  formativa	
  e	
  de	
  Divulgação	
  Científica	
  ...................................................................................	
  138	
  
Pré-­‐Graduada	
  ...................................................................................................................................................................	
  138	
  
Pós-­‐Graduada	
  ...................................................................................................................................................................	
  138	
  
Outras	
  ..................................................................................................................................................................................	
  138	
  
Inscrição	
  em	
  Sociedades	
  Científicas	
  .........................................................................................................	
  140	
  
Outras	
  atividades	
  de	
  valorização	
  profissional	
  .....................................................................................	
  140	
  
	
  
	
  
Considerações	
  finais	
  e	
  Agradecimentos	
  .................................................................................................	
  141	
  
ANEXOS	
  EM	
  FORMATO	
  DIGITAL	
  ............................................................................	
  143	
  
	
   	
  
  	
   	
   NATACHA	
  SANTOS	
  vi	
  
	
  
	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   vii	
  
ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS
	
  
Tabela	
  1.	
   Organização	
   dos	
   estágios	
   da	
   Formação	
   Específica	
   em	
  
Imunoalergologia	
  
4	
  
Tabela	
  2.	
   Classificações	
  obtidas	
  nos	
  estágios	
  e	
  formato	
  da	
  avaliação	
  	
   4	
  
Tabela	
  3.	
   Acompanhamento	
   personalizado	
   de	
   doentes	
   de	
   Imunoalergologia	
  
durante	
   o	
   Internato,	
   em	
   comparação	
   com	
   os	
   mínimos	
   exigidos	
   no	
  
Programa	
  de	
  Formação.	
  
5	
  
Tabela	
  4.	
   Procedimentos	
   diagnósticos	
   e	
   terapêuticos	
   realizados	
   durante	
   o	
  
Internato,	
  em	
  comparação	
  com	
  os	
  mínimos	
  exigidos	
  no	
  Programa	
  de	
  
Formação.	
  
5	
  
Tabela	
  5.	
   Atividades	
  de	
  investigação	
  e	
  formação	
  realizadas	
  durante	
  o	
  Internato	
  
Complementar	
   de	
   Imunoalergologia,	
   em	
   comparação	
   com	
   os	
  
mínimos	
  exigidos	
  no	
  Programa	
  de	
  Formação.	
  
6	
  
Tabela	
  6.	
   Evolução	
   da	
   atividade	
   assistencial	
   da	
   consulta	
   externa	
   ao	
   longo	
   do	
  
internato	
  segundo	
  dados	
  do	
  SONHO	
  
12	
  
Tabela	
  7.	
   Atividade	
  assistencial	
  da	
  consulta	
  externa	
   12	
  
Tabela	
  8.	
   Diagnósticos	
  principais	
  dos	
  doentes	
  seguidos	
  em	
  consulta	
  externa	
   13	
  
Tabela	
  9.	
   Subtipos	
  de	
  urticária	
  nos	
  doentes	
  seguidos	
  em	
  consulta	
  externa	
   18	
  
Tabela	
  10.	
   Principais	
   motivos/diagnósticos	
   da	
   consulta	
   de	
   atendimento	
   não	
  
programado	
  
21	
  
Tabela	
  11.	
   Principais	
  motivos/diagnósticos	
  observados	
  no	
  Serviço	
  de	
  Urgência	
   23	
  
Tabela	
  12.	
   Procedimentos	
  diagnósticos	
  realizados	
  na	
  área	
  de	
  alergia	
  alimentar	
   27	
  
Tabela	
  13.	
   Procedimentos	
  realizados	
  na	
  área	
  de	
  alergia	
  a	
  fármacos	
   30	
  
Tabela	
  14.	
   Procedimentos	
   realizados	
   na	
   área	
   de	
   alergia	
   a	
   veneno	
   de	
  
himenópteros	
  
31	
  
Tabela	
  15.	
   Procedimentos	
   realizados	
   no	
   Laboratório	
   de	
   Exploração	
   Funcional	
  
Respiratória	
  
36	
  
Tabela	
  16.	
   Motivos	
   de	
   consulta	
   e	
   diagnósticos	
   por	
   faixa	
   etária	
   (Estágio	
   de	
  
Imunoalergologia	
  dos	
  Grupos	
  Etários	
  Pediátricos)	
  
57	
  
Tabela	
  17.	
   Procedimentos	
   observados	
   em	
   Hospital	
   de	
   Dia	
   (Estágio	
   de	
  
Imunoalergologia	
  dos	
  Grupos	
  Etários	
  Pediátricos)	
  
59	
  
Tabela	
  18.	
   Motivos	
   de	
   observação	
   urgente	
   e	
   diagnósticos	
   por	
   faixa	
   etária	
  
(Estágio	
  de	
  Imunoalergologia	
  dos	
  Grupos	
  Etários	
  Pediátricos)	
  
61	
  
Tabela	
  19.	
   Procedimentos	
   diagnósticos	
   e	
   terapêuticos	
   realizados	
   durante	
   o	
  
Estágio	
  de	
  Imunoalergologia	
  dos	
  Grupos	
  Etários	
  Pediátricos.	
  
62	
  
Tabela	
  20.	
   Atividades	
   de	
   investigação	
   realizadas	
   durante	
   o	
   Estágio	
   de	
  
Imunoalergologia	
  dos	
  Grupos	
  Etários	
  Pediátricos	
  
63	
  
  	
   	
   NATACHA	
  SANTOS	
  viii	
  
Tabela	
  21.	
   Motivos	
  de	
  internamento	
  e	
  diagnósticos	
  por	
  internamento	
  por	
  faixa	
  
etária	
  (Estágio	
  de	
  Pediatria)	
  
83	
  
Tabela	
  22.	
   Motivos	
   de	
   internamento	
   e	
   diagnósticos	
   dos	
   doentes	
   internados	
  
(Estágio	
  de	
  Medicina	
  Interna)	
  
89	
  
Tabela	
  23.	
   Doentes	
  com	
  testes	
  epicutâneos	
  positivos	
  para	
  alergénios	
  da	
  bateria	
  
standard	
  GPEDC	
  (Estágio	
  de	
  Dermatologia)	
  
106	
  
Tabela	
  24.	
   Resumo	
  de	
  comunicações	
  em	
  reuniões	
  científicas	
  /	
  congressos	
   135	
  
	
   	
   	
  
	
   	
   	
  
Figura	
  1.	
   Corpo	
  Clínico	
  do	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  em	
  dezembro	
  de	
  2013	
   9	
  
Figura	
  2.	
   Organigrama	
  do	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  em	
  dezembro	
  de	
  2013	
   10	
  
Figura	
  3.	
   Relação	
  entre	
  gravidade	
  de	
  asma	
  e	
  de	
  rinite	
   14	
  
Figura	
  4.	
   Área	
  de	
  preparação	
  de	
  alimentos	
  para	
  as	
  provas	
  de	
  provocação	
  oral	
  
(Hospital	
  Mount	
  Sinai)	
  
46	
  
Figura	
  5.	
   Frequência	
   relativa	
   de	
   sensibilização	
   aos	
   diferentes	
   grupos	
   de	
  
aeroalergénios	
   (Estágio	
   de	
   Imunoalergologia	
   dos	
   Grupos	
   Etários	
  
Pediátricos)	
  
56	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   ix	
  
LISTA DE ABREVIATURAS
	
  
AINE	
  -­‐	
  Anti-­‐inflamatórios	
  não	
  esteróides	
  
ANP	
  -­‐	
  Atendimento	
  Não	
  Programado	
  
ARIA	
  -­‐	
  Allergic	
  Rhinitis	
  and	
  its	
  Impact	
  on	
  Asthma	
  
CARAT	
  -­‐	
  Controlo	
  da	
  Asma	
  e	
  Rinite	
  Alérgica	
  Teste	
  
CD	
  –	
  Cluster	
  de	
  Diferenciação	
  
CNPRP	
  -­‐	
  Centro	
  Nacional	
  de	
  Proteção	
  contra	
  Riscos	
  Profissionais.	
  
CPARA	
  -­‐	
  Catálogo	
  Português	
  de	
  Alergias	
  e	
  Reações	
  Adversas	
  
DEMI	
  -­‐	
  Débito	
  expiratório	
  máximo	
  instantâneo	
  
EAACI	
  -­‐	
  European	
  Academy	
  of	
  Allergology	
  and	
  Clinical	
  Immunology	
  
EPE	
  -­‐	
  Entidade	
  Pública	
  Empresarial	
  
EPR	
  -­‐	
  Expert	
  Panel	
  Report	
  
ERS	
  -­‐	
  European	
  Respiratory	
  Society	
  
ESID	
  -­‐	
  European	
  Society	
  for	
  Immunodeficiencies	
  
FEV	
  -­‐	
  Volume	
  expiratório	
  forçado	
  
FPIES	
  -­‐	
  Síndrome	
  de	
  enterocolite	
  induzidas	
  por	
  proteínas	
  alimentares	
  
GA2LEN	
  -­‐	
  Global	
  Allergy	
  and	
  Asthma	
  European	
  Network	
  
GINA-­‐	
  Global	
  Initiative	
  for	
  Asthma	
  
GPEDC	
  -­‐	
  Grupo	
  Português	
  de	
  Estudo	
  das	
  Dermatites	
  de	
  Contacto	
  
Ig	
  -­‐	
  Imunoglobulina	
  
JMA	
  -­‐	
  Junior	
  Members	
  &	
  Affiliates	
  da	
  EAACI	
  
LBA	
  -­‐	
  Lavado	
  broncoalveolar	
  
LTP	
  -­‐	
  Proteína	
  de	
  transferência	
  de	
  lípidos	
  
PPO	
  -­‐	
  Prova	
  de	
  provocação	
  oral	
  
SAO	
  -­‐	
  Síndrome	
  de	
  alergia	
  oral	
  
SONHO	
  -­‐	
  Sistema	
  Integrado	
  de	
  Informação	
  Hospitalar	
  
SPAIC	
  -­‐	
  Sociedade	
  Portuguesa	
  de	
  Alergologia	
  e	
  Imunologia	
  Clínica	
  
SPI	
  -­‐	
  Sociedade	
  Portuguesa	
  de	
  Imunologia	
  
SpO2	
  -­‐	
  Saturação	
  periférica	
  de	
  oxigénio	
  
TA	
  -­‐	
  Tensão	
  arterial	
  
TCP	
  -­‐	
  Testes	
  cutâneos	
  por	
  picada	
  
TID	
  -­‐	
  Testes	
  intradérmicos	
  
TRECs	
  -­‐	
  Círculos	
  de	
  excisão	
  dos	
  receptores	
  das	
  células	
  T	
  
	
  
  	
   	
   NATACHA	
  SANTOS	
  x	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   1	
  
INTRODUÇÃO	
  
Mais	
  de	
  cem	
  anos	
  passaram	
  desde	
  a	
  primeira	
  descrição	
  da	
  “febre	
  dos	
  fenos”	
  em	
  1819	
  por	
  
Bostock,	
   da	
   realização	
   dos	
   primeiros	
   testes	
   cutâneos	
   por	
   picada	
   em	
   1869	
   por	
   Blakely	
   e	
   do	
  
início	
  da	
  imunoterapia	
  específica	
  em	
  1911	
  por	
  Noon	
  e	
  Freeman.	
  
Apesar	
  dos	
  incríveis	
  avanços	
  científicos	
  nas	
  áreas	
  da	
  alergologia	
  e	
  da	
  imunologia,	
  que	
  desde	
  o	
  
meu	
   terceiro	
   ano	
   da	
   licenciatura	
   em	
   medicina	
   me	
   têm	
   motivado	
   a	
   curiosidade,	
   muito	
   por	
  
mérito	
  do	
  Prof.	
  Doutor	
  Santos	
  Rosa,	
  professor	
  de	
  Imunologia	
  da	
  Faculdade	
  de	
  Medicina	
  de	
  
Coimbra	
  e	
  do	
  Prof.	
  Doutor	
  António	
  Coutinho,	
  de	
  quem	
  tive	
  o	
  prazer	
  de	
  ouvir	
  pessoalmente	
  
uma	
  sua	
  preleção	
  na	
  comemoração	
  do	
  aniversário	
  da	
  mesma	
  faculdade,	
  ficam	
  ainda	
  muitas	
  
dúvidas	
  por	
  responder.	
  
A	
  mais	
  importante,	
  a	
  meu	
  ver,	
  está	
  no	
  cerne	
  da	
  etiologia	
  da	
  patologia	
  alérgica	
  e	
  as	
  razões	
  para	
  
o	
  aumento	
  da	
  sua	
  prevalência	
  nas	
  últimas	
  décadas,	
  afetando	
  atualmente	
  cerca	
  de	
  30-­‐40%	
  da	
  
população	
  mundial	
  (WAO	
  White	
  Book	
  on	
  Allergy	
  2011).	
  De	
  entre	
  as	
  várias	
  hipóteses	
  colocadas,	
  
a	
  hipótese	
  da	
  higiene	
  tem	
  adquirido	
  uma	
  relevância	
  particular,	
  embora	
  com	
  várias	
  adaptações	
  
desde	
  a	
  sua	
  formulação	
  inicial	
  em	
  1989	
  por	
  Strachan,	
  estando	
  os	
  seus	
  conceitos	
  no	
  cerne	
  do	
  
Finish	
   Allergy	
   Programme	
   2008-­‐2018,	
   que	
   se	
   propõe,	
   entre	
   outros	
   objetivos,	
   prevenir	
   o	
  
desenvolvimento	
   de	
   sintomas	
   de	
   alergia.	
   A	
   melhoria	
   destes	
   conhecimentos	
   permitirá	
  
certamente	
   melhorar	
   as	
   estratégias	
   de	
   prevenção	
   primária	
   bem	
   como	
   a	
   aquisição	
   de	
  
tolerância,	
  natural	
  ou	
  induzida,	
  aos	
  vários	
  alergénios,	
  com	
  consequente	
  melhoria	
  da	
  saúde	
  e	
  
da	
  qualidade	
  de	
  vida	
  global.	
  
Foi	
   minha	
   tentativa	
   durante	
   estes	
   5	
   anos	
   de	
   Formação	
   Específica	
   em	
   Imunoalergologia	
  
acompanhar	
  os	
  desenvolvimentos	
  desta	
  área	
  científica	
  e	
  potenciar	
  a	
  melhoria	
  de	
  cuidados	
  ao	
  
doente	
   com	
   patologia	
   imunoalergológica,	
   só	
   possíveis	
   com	
   uma	
   atualização	
   permanente	
   e	
  
cada	
  vez	
  mais	
  requerendo	
  a	
  cooperação	
  entre	
  várias	
  instituições	
  e	
  diferentes	
  áreas	
  do	
  saber.	
  
	
   	
  
  NATACHA	
  SANTOS	
  2	
  
NOTA	
  BIOGRÁFICA	
  
INFORMAÇÃO	
  PESSOAL	
  
Nome:	
  Natacha	
  Lopes	
  dos	
  Santos	
  
Filiação:	
  Cirilo	
  Lopes	
  Gomes	
  dos	
  Santos	
  
	
  Marina	
  Sergueevna	
  Issakova	
  
Data	
  de	
  nascimento:	
  13	
  de	
  outubro	
  de	
  1983	
  
Naturalidade:	
  Donetsk,	
  Ucrânia	
  
Nacionalidade:	
  Portuguesa	
  
	
  
HABILITAÇÕES	
  LITERÁRIAS	
  
Ensino	
  Secundário	
  na	
  Escola	
  Secundária	
  Manuel	
  Cargaleiro,	
  Seixal,	
  concluído	
  em	
  julho	
  de	
  2001	
  
com	
  a	
  classificação	
  final	
  de	
  18	
  valores.	
  
Licenciatura	
   em	
   Medicina	
   pela	
   Faculdade	
   de	
   Medicina	
   da	
   Universidade	
   de	
   Coimbra,	
   de	
  
outubro	
  de	
  2001	
  a	
  julho	
  de	
  2007,	
  com	
  a	
  classificação	
  final	
  de	
  15,270	
  valores	
  (ANEXOS	
  1	
  E	
  2).	
  
Exame	
  de	
  Acesso	
  ao	
  Internato	
  Complementar	
  –	
  IM	
  2008A,	
  realizado	
  em	
  novembro	
  de	
  2007,	
  
com	
  a	
  classificação	
  final	
  de	
  78%,	
  correspondente	
  ao	
  321º	
  lugar	
  entre	
  1060	
  candidatos	
  (ANEXO	
  
2).	
  
Internato	
  do	
  Ano	
  Comum	
  no	
  Centro	
  Hospitalar	
  do	
  Barlavento	
  Algarvio,	
  de	
  janeiro	
  a	
  dezembro	
  
de	
  2008,	
  com	
  a	
  classificação	
  final	
  de	
  Apto	
  (ANEXO	
  3).	
  
Ingresso	
  no	
  Internato	
  de	
  Formação	
  Específica	
  em	
  Imunoalergologia	
  a	
  2	
  de	
  janeiro	
  de	
  2009,	
  no	
  
Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  do	
  Centro	
  Hospitalar	
  São	
  João,	
  E.P.E.	
  (ANEXO	
  4).	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   3	
  
RESUMO	
  CURRICULAR	
  
ESTÁGIOS	
  EFETUADOS	
  E	
  CLASSIFICAÇÕES	
  OBTIDAS	
  
O	
  Internato	
  Complementar	
  em	
  Imunoalergologia	
  teve	
  início	
  a	
  1	
  de	
  janeiro	
  de	
  2009	
  no	
  Serviço	
  
de	
  Imunoalergologia	
  do	
  Centro	
  Hospitalar	
  de	
  São	
  João,	
  E.P.E.,	
  à	
  data	
  sob	
  direção	
  da	
  Dra.	
  Maria	
  
da	
   Graça	
   Castel-­‐Branco	
   e	
   tendo	
   como	
   orientador	
   o	
   Dr.	
   José	
   Luís	
   Plácido,	
   e	
   desde	
   junho	
   de	
  
2010	
  sob	
  direção	
  do	
  Dr.	
  José	
  Luís	
  Plácido	
  e	
  orientação	
  do	
  Prof.	
  Doutor	
  José	
  Castela	
  Torres	
  da	
  
Costa.	
  
O	
  plano	
  de	
  formação	
  foi	
  inicialmente	
  estruturado	
  de	
  acordo	
  com	
  o	
  Programa	
  de	
  Formação	
  do	
  
Internato	
  Complementar	
  de	
  Imunoalergologia,	
  publicado	
  em	
  Diário	
  da	
  República	
  -­‐	
  I	
  Série	
  B	
  nº	
  
178	
  de	
  2	
  de	
  agosto	
  de	
  1996,	
  atualizado	
  em	
  fevereiro	
  de	
  2011	
  de	
  acordo	
  com	
  o	
  Programa	
  de	
  
Formação,	
  publicado	
  em	
  Diário	
  da	
  República,	
  1ª	
  série,	
  nº	
  6	
  de	
  10	
  de	
  janeiro	
  de	
  2011	
  (ANEXO	
  5).	
  	
  
Tabela	
  1.	
  Organização	
  dos	
  estágios	
  da	
  Formação	
  Específica	
  em	
  Imunoalergologia	
  
	
   JAN	
   FEV	
   MAR	
   ABR	
   MAI	
   JUN	
   JUL	
   AGO	
   SET	
   OUT	
   NOV	
   DEZ	
  
2009	
   PEDIATRIA	
  MÉDICA	
   MEDICINA	
  INTERNA	
  
2010	
   MEDICINA	
  INTERNA	
   IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL	
  
2011	
   IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL	
   IMUNOALERGOLOGIA	
  GRUPOS	
  ETÁRIOS	
  PEDIÁTRICOS	
  
2012	
   IA	
   IMUNOLOGIA	
   PNEUMOLOGIA	
   OTORRINOLARINGOLOGIA	
   DERMATOLOGIA	
  
2013	
   DERM	
   IMUNOALERGOLOGIA	
  DO	
  ADULTO	
  (IA)	
   ESTÁGIO	
  FINAL	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA
(1)
	
  
(1)
Inclui	
  o	
  estágio	
  de	
  4	
  semanas	
  (5	
  a	
  30	
  de	
  agosto	
  de	
  2013)	
  no	
  Hospital	
  Mount	
  Sinai,	
  Nova	
  Iorque	
  
Tabela	
  2.	
  Classificações	
  obtidas	
  nos	
  estágios	
  e	
  formato	
  da	
  avaliação	
  
ESTÁGIO	
   CLASSIFICAÇÃO	
   AVALIAÇÃO	
  
PEDIATRIA	
  MÉDICA	
   17,0	
   R	
  
MEDICINA	
  INTERNA	
   18,0	
   R	
  
IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL	
   18,7	
   R+P+T	
  
IMUNOALERGOLOGIA	
  DOS	
  GRUPOS	
  ETÁRIOS	
  PEDIÁTRICOS	
   19,5	
   R	
  
IMUNOLOGIA	
   18,6	
   R	
  
PNEUMOLOGIA	
   19,2	
   R	
  
OTORRINOLARINGOLOGIA	
   19,3	
   R	
  
DERMATOLOGIA	
   19,0	
   R	
  
IMUNOALERGOLOGIA	
  DO	
  ADULTO	
  /	
  ESTÁGIO	
  FINAL	
   19,5	
   R+P+T	
  
NOTA	
  FINAL	
  DE	
  INTERNATO	
   18,64	
   	
  
R:	
  Relatório	
  de	
  Atividades;	
  P:	
  Avaliação	
  Prática;	
  T:	
  Avaliação	
  Teórica	
  
São	
  apresentadas	
  em	
  anexo	
  as	
  declarações	
  de	
  tempo	
  e	
  qualidade	
  de	
  serviço	
  (ANEXO	
  6).	
  
  NATACHA	
  SANTOS	
  4	
  
ATIVIDADE	
  ASSISTENCIAL	
  E	
  PROCEDIMENTOS	
  REALIZADOS	
  
Tabela	
   3.	
   Acompanhamento	
   personalizado	
   de	
   doentes	
   de	
   Imunoalergologia	
   durante	
   o	
  
Internato,	
  em	
  comparação	
  com	
  os	
  mínimos	
  exigidos	
  no	
  Programa	
  de	
  Formação.	
  
	
   TOTAL	
   MÍNIMOS	
  
CONSULTA	
  EXTERNA	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
   	
   -­‐	
  
Total	
  de	
  consultas	
   1345	
   -­‐	
  
Primeiras	
  consultas	
   362	
   -­‐	
  
Taxa	
  de	
  acessibilidade	
  (%)	
   26,9	
   	
  
Total	
  de	
  doentes	
   544	
   500	
  
Idade	
  <	
  18	
  anos	
   160	
   -­‐	
  
URGÊNCIAS	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
   474	
   -­‐	
  
INTERNAMENTOS	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
   15	
   -­‐	
  
	
  
Tabela	
   4.	
   Procedimentos	
   diagnósticos	
   e	
   terapêuticos	
   realizados	
   durante	
   o	
   Internato,	
   em	
  
comparação	
  com	
  os	
  mínimos	
  exigidos	
  no	
  Programa	
  de	
  Formação.	
  
PROCEDIMENTO	
   TOTAL	
   MÍNIMOS	
  
TESTES	
  CUTÂNEOS	
  POR	
  PICADA
(1)
	
   346	
   250	
  
TESTES	
  CUTÂNEOS	
  INTRADÉRMICOS	
   77	
   50	
  
TESTES	
  EPICUTÂNEOS	
   104	
   50	
  
PROVA	
  DE	
  PROVOCAÇÃO	
  NASAL	
  ESPECÍFICA
(2)
	
   8	
   20	
  
PROVA	
  DE	
  PROVOCAÇÃO	
  CONJUNTIVAL	
  ESPECÍFICA
(2)
	
   60	
   10	
  
ESTUDO	
  FUNCIONAL	
  RESPIRATÓRIO	
  BASAL	
   294	
   100	
  
PROVA	
  DE	
  BRONCODILATAÇÃO	
  COM	
  BETA-­‐2	
  MIMÉTICO	
   104	
   50	
  
PROVA	
  DE	
  PROVOCAÇÃO	
  BRÔNQUICA	
  INESPECÍFICA	
   22	
   20	
  
FRAÇÃO	
  EXALADA	
  DO	
  ÓXIDO	
  NÍTRICO	
   141	
   N.E.	
  
OSCILOMETRIA	
  DE	
  IMPULSO	
   42	
   N.E.	
  
RINOMANOMETRIA	
  ANTERIOR
(2)
	
   3	
   N.E.	
  
PROVA	
  DE	
  PROVOCAÇÃO	
  ORAL	
  A	
  ALIMENTOS	
  OU	
  ADITIVOS	
   83	
   20	
  
PROVA	
  DE	
  PROVOCAÇÃO	
  A	
  FÁRMACOS	
   85	
   20	
  
PROVA	
  DE	
  PROVOCAÇÃO	
  POR	
  EXERCÍCIO	
  FÍSICO
(2)
	
   7	
   10	
  
PROVA	
  DE	
  PROVOCAÇÃO	
  COM	
  ESTÍMULOS	
  FÍSICOS
(3)
	
   16	
   10	
  
APLICAÇÃO	
  SUBCUTÂNEA	
  DE	
  IMUNOTERAPIA	
  ESPECÍFICA
(4)
	
   >100	
   100	
  
SUPERVISÃO	
  DA	
  ADMINISTRAÇÃO	
  SUBCUTÂNEA	
  DE	
  IMUNOTERAPIA	
  	
   40/SEM	
   1000	
  
ACOMPANHAMENTO	
  DE	
  ESQUEMA	
  ACELERADO	
  DE	
  IMUNOTERAPIA	
   38	
   5	
  
ACOMPANHAMENTO	
  DE	
  ADMINISTRAÇÃO	
  DE	
  GAMAGLOBULINA	
  EV
(5)
	
   10	
   10	
  
ACOMPANHAMENTO	
  DE	
  PROTOCOLOS	
  DE	
  INDUÇÃO	
  DE	
  TOLERÂNCIA	
   24	
   5	
  
N.E.:	
   Não	
   especificado.	
   SEM:	
   semana.	
  
(1)
Inclui	
   testes	
   cutâneos	
   picada-­‐picada	
   com	
   extratos	
   em	
  
natureza.
(2)
Procedimentos	
   não	
   disponíveis	
   na	
   prática	
   clínica	
   do	
   Serviço	
   de	
   Imunoalergologia.	
  
(3)
Contabilizados	
  apenas	
  os	
  doentes	
  com	
  teste	
  de	
  cubo	
  degelo	
  ou	
  de	
  dermografismo	
  positivos,	
  e	
  não	
  
todos	
  os	
  realizados.	
  
(4)
Inclui	
  58	
  administrações	
  contabilizadas	
  no	
  âmbito	
  da	
  estágio	
  de	
  Imunoalergologia	
  
dos	
  Grupos	
  Etários	
  Pediátricos	
  e	
  ensaio	
  clínico.
(5)
10	
  doentes	
  com	
  ≥12	
  administrações	
  cada.	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
   5	
  
ATIVIDADES	
  DE	
  INVESTIGAÇÃO	
  E	
  FORMAÇÃO	
  
Tabela	
  5.	
  Atividades	
  de	
  investigação	
  e	
  formação	
  realizadas	
  durante	
  o	
  Internato	
  Complementar	
  
de	
  Imunoalergologia,	
  em	
  comparação	
  com	
  os	
  mínimos	
  exigidos	
  no	
  Programa	
  de	
  Formação.	
  
	
   TOTAL	
   MÍNIMOS	
  
PROJETOS	
  DE	
  INVESTIGAÇÃO	
   18	
   1	
  
Como	
  autor	
  ou	
  co-­‐autor	
   8	
   -­‐	
  
Em	
  curso	
   5	
   -­‐	
  
PRÉMIOS	
  	
   8	
   -­‐	
  
Como	
  primeiro	
  autor	
  /	
  apresentador	
   4	
   -­‐	
  
Internacionais	
   2	
   -­‐	
  
PUBLICAÇÕES	
   42	
   -­‐	
  
Livros	
  /	
  capítulos	
  de	
  livros	
   1	
   -­‐	
  
Artigos	
  em	
  texto	
  completo	
   15	
   4	
  
Como	
  primeiro	
  autor	
   10	
   -­‐	
  
Revistas	
  indexadas	
  	
   9	
   -­‐	
  
Outros	
  artigos	
   3	
   -­‐	
  
Sob	
  a	
  forma	
  de	
  resumo1
	
   23	
   -­‐	
  
Como	
  primeiro	
  autor	
   10	
   -­‐	
  
COMUNICAÇÕES	
   39	
   -­‐	
  
Em	
  reuniões	
  científicas	
   17	
   10	
  
Internacionais	
   9	
   -­‐	
  
Palestrante	
  a	
  convite	
   8	
   -­‐	
  
Em	
  reuniões	
  de	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
   11	
   -­‐	
  
Em	
  reuniões	
  de	
  outros	
  Serviços	
   3	
   -­‐	
  
AÇÕES	
  DE	
  FORMAÇÃO	
  DE	
  OUTROS	
  PROFISSIONAIS	
   8	
   -­‐	
  
AÇÕES	
  DE	
  ESCLARECIMENTO	
  AO	
  PÚBLICO	
   5	
   -­‐	
  
BOLSAS	
  DE	
  FORMAÇÃO	
  	
   3	
   -­‐	
  
CURSOS	
  E	
  AÇÕES	
  DE	
  FORMAÇÃO	
   23	
   -­‐	
  
Suporte	
  Imediato	
  de	
  Vida	
   1	
   1	
  
Internacionais	
   6	
   -­‐	
  
PARTICIPAÇÃO	
  EM	
  CONGRESSOS	
  E	
  REUNIÕES	
   31	
   -­‐	
  
Internacionais	
   9	
   -­‐	
  
OUTRAS	
  CONTRIBUIÇÕES	
  PARA	
  O	
  SERVIÇO	
   5	
   -­‐	
  
1
Os	
   trabalhos	
   /	
   publicações	
   em	
   resumo	
   semelhantes	
   apresentados	
   em	
   diferentes	
   reuniões,	
  
independentemente	
  da	
  língua,	
  foram	
  contabilizados	
  apenas	
  uma	
  vez.	
  
	
  
	
   	
  
  NATACHA	
  SANTOS	
  6	
  
	
   	
  
 
	
  
ESTÁGIOS DE IMUNOALERGOLOGIA
GERAL, DO ADULTO E FINAL
	
  
	
  
	
  
	
   	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  8	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   9	
  
DESCRIÇÃO	
  DO	
  SERVIÇO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  
O	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  do	
  Centro	
  Hospitalar	
  São	
  João,	
  EPE	
  está	
  integrado	
  na	
  Unidade	
  
Autónoma	
  de	
  Gestão	
  de	
  Medicina,	
  estando	
  desde	
  junho	
  de	
  2010	
  sob	
  a	
  direção	
  do	
  Dr.	
  José	
  Luís	
  
Plácido.	
  Localiza-­‐se	
  no	
  Departamento	
  de	
  Ambulatório	
  do	
  Hospital	
  de	
  São	
  João,	
  onde	
  a	
  maior	
  
parte	
  da	
  sua	
  atividade	
  está	
  concentrada.	
  Adicionalmente,	
  tem	
  espaço	
  disponível	
  no	
  Hospital	
  
de	
  Dia	
  e	
  no	
  Internamento.	
  
À	
   data	
   da	
   finalização	
   do	
   internato	
   de	
   Imunoalergologia	
   o	
   corpo	
   clínico	
   era	
   composto	
   por	
   8	
  
especialistas	
   em	
   Imunoalergologia	
   (Figura	
   1).	
   Colaboram	
   ainda	
   com	
   o	
   Serviço	
   de	
  
Imunoalergologia,	
  sob	
  supervisão	
  do	
  Centro	
  de	
  Ambulatório,	
  elementos	
  de	
  enfermagem	
  e	
  dois	
  
elementos	
  administrativos,	
  em	
  esquema	
  de	
  rotatividade.	
  
Figura	
  1.	
  Corpo	
  Clínico	
  do	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  em	
  dezembro	
  de	
  2013	
  
DIRETOR	
  DE	
  SERVIÇO	
   	
   COLABORADOR	
  DO	
  SIA,	
  EM	
  VOLUNTARIADO	
  
DR.	
  JOSÉ	
  LUÍS	
  PLÁCIDO	
   	
   PROF.	
  DOUTOR	
  LUÍS	
  DELGADO	
  
	
   	
   	
  
ASSISTENTES	
  HOSPITALARES	
  GRADUADOS	
   	
   INTERNOS	
  COMPLEMENTARES	
  
PROF.	
  DOUTOR	
  JOSÉ	
  TORRES	
  DA	
  COSTA	
   	
   DRA.	
  ANA	
  MARGARIDA	
  PEREIRA	
  (5º	
  ANO)	
  
DRA.	
  JOSEFINA	
  RODRIGUES	
  CERNADAS	
   	
   DRA.	
  NATACHA	
  SANTOS	
  (5º	
  ANO)	
  
	
   	
   DRA.	
  DIANA	
  SILVA	
  (4º	
  ANO)	
  
ASSISTENTES	
  HOSPITALARES	
   	
   DRA.	
  FABRÍCIA	
  CAROLINO	
  (2º	
  ANO)	
  
DR.	
  MÁRIO	
  MIRANDA	
   	
   DR.	
  LUÍS	
  AMARAL	
  (1º	
  ANO)	
  
DRA.	
  ALICE	
  COIMBRA	
   	
   INTERNOS	
  COMPLEMENTARES	
  
PROF.	
  DOUTOR	
  JOÃO	
  FONSECA	
   	
   TÉCNICOS	
  SUPERIORES	
  DE	
  CARDIOPNEUMOLOGIA	
  
DRA.	
  EUNICE	
  DIAS	
  DE	
  CASTRO	
   	
   TÉCNICA	
  CARLA	
  MARTINS	
  
PROF.	
  DOUTOR	
  ANDRÉ	
  MOREIRA	
   	
   TÉCNICO	
  ARTUR	
  VILELA	
  
	
  
De	
  forma	
  a	
  proporcionar	
  uma	
  resposta	
  adequada	
  às	
  solicitações,	
  o	
  Serviço	
  evoluiu	
  no	
  sentido	
  
da	
   diferenciação	
   de	
   consultas	
   de	
   áreas	
   específicas,	
   estando	
   as	
   consultas	
   de	
   angioedema	
  
hereditário	
  e	
  de	
  imunoalergologia	
  dos	
  grupos	
  etários	
  pediátricos	
  em	
  fase	
  de	
  implementação.	
  A	
  
organização	
   e	
   coordenação	
   das	
   diferentes	
   áreas	
   de	
   atividade	
   assistencial	
   do	
   Serviço	
   de	
  
Imunoalergologia	
  encontra-­‐se	
  representada	
  na	
  figura	
  2.	
  
	
   	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  10	
  
Figura	
  2.	
  Organigrama	
  do	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  em	
  dezembro	
  de	
  2013	
  
	
  
	
  
	
   	
  
EnfermeiraChefe
Clementina
Carvalho
ConsultaExterna
Dr.MárioMiranda
Exploração
Funcional
Respiratória
Dr.MárioMiranda
eDra.Carla
Monteiro
Serviçosde
Atendimento
Urgente
Dra.EuniceCastro
Internamento
Dra.AliceCoimbra
Enfermagem
CármenRedondo
FernandaCampos
FernandaSantos
Consultade
AlergiaAlimentar
Dra.AliceCoimbra
Consultade
Alergiaa
Fármacos
Dra.JosefinaR.
Cernadas
Consultade
AlergiaaVeneno
deHimenópteros
Dra.AliceCoimbra
ConsultaAEH
Dra.Eunice
Castro
Consultados
GruposEtários
Pediátricos
Prof.Dr.André
Moreira
Consultade
Alergia,Asmae
Desporto
Prof.Dr.André
Moreira
Consultade
Patologia
Ocupacional
Alérgica
Prof.Dr.Torresda
Costa
Consultade
AsmaGrave
Prof.Dr.João
Fonseca
Consultade
Patologia
CutâneaAlérgica
Dr.MárioMiranda
Consultade
Imunodeficiências
Primárias
Prof.Dr.Torresda
Costa
ConsultaInterna
Atendimentonão
Programado
“Permanência”
ViaVerde
ApoioaoServiço
deUrgência
HospitaldeDia
Dra.JosefinaR.
Cernadas
Enfermeiro
Supervisor
JoséAntónio
DirectordeServiço
Dr.JoséLuísPlácido
CAM
Dra.AnaPaula
UAGMedicina
Assistente
Técnica
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   11	
  
Para	
  além	
  da	
  atividade	
  assistencial,	
  o	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  tem	
  um	
  papel	
  fundamental	
  
na	
   investigação	
   na	
   área	
   da	
   Imunoalergologia,	
   na	
   formação	
   pré-­‐graduada	
   de	
   alunos	
   da	
  
Faculdade	
  de	
  Medicina	
  da	
  Universidade	
  do	
  Porto	
  e	
  na	
  formação	
  pós-­‐graduada,	
  com	
  especial	
  
relevo	
   para	
   a	
   formação	
   de	
   internos	
   da	
   Especialidade	
   de	
   Imunoalergologia,	
   para	
   a	
   qual	
   tem	
  
idoneidade	
  formativa	
  completa	
  desde	
  janeiro	
  de	
  2013.	
  	
  
Elementos	
   do	
   Serviço	
   de	
   Imunoalergologia	
   participam	
   ativamente	
   em	
   órgãos	
   da	
   Sociedade	
  
Portuguesa	
   de	
   Alergologia	
   e	
   Imunologia	
   Clínica,	
   Academia	
   Europeia	
   de	
   Alergologia	
   e	
  
Imunologia	
  Clínica,	
  Ordem	
  dos	
  Médicos	
  e	
  Colégio	
  de	
  Especialidade	
  de	
  Imunoalergologia.	
  
Uma	
   descrição	
   mais	
   pormenorizada	
   da	
   história,	
   recursos	
   humanos,	
   instalações	
   e	
  
equipamentos,	
   atividade	
   assistencial	
   e	
   atividade	
   científica	
   e	
   formativa	
   do	
   Serviço	
   de	
  
Imunoalergologia	
  encontra-­‐se	
  em	
  anexo	
  (ANEXO	
  7).	
  
	
   	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  12	
  
ATIVIDADE	
  ASSISTENCIAL	
  
CONSULTA	
  EXTERNA	
  
No	
  período	
  de	
  1	
  de	
  julho	
  de	
  2010	
  a	
  31	
  dezembro	
  de	
  2013,	
  correspondente	
  ao	
  seguimento	
  de	
  
doentes	
   de	
   forma	
   individualizada,	
   foram	
   observados,	
   segundos	
   os	
   dados	
   do	
   SONHO,	
   644	
  
doentes	
  com	
  aumento	
  progressivo	
  do	
  número	
  de	
  consultas	
  durante	
  o	
  internato.	
  	
  
Tabela	
  6.	
  Evolução	
  da	
  atividade	
  assistencial	
  da	
  consulta	
  externa	
  ao	
  longo	
  do	
  internato	
  segundo	
  
dados	
  do	
  SONHO	
  
	
   2010	
   2011	
   2012	
   2013	
   TOTAL	
  
TOTAL	
  DE	
  CONSULTAS	
   80	
   249	
   399	
   678	
   1406	
  
PRIMEIRAS	
  CONSULTAS	
   16	
   51	
   122	
   177	
   366	
  
Taxa	
  de	
  acessibilidade	
  (%)	
   20,0	
   20,5	
   30,6	
   26,1	
   26,0	
  
TOTAL	
  DE	
  DOENTES	
   76	
   138	
   211	
   418	
   644	
  
	
  
No	
  entanto,	
  100	
  doentes	
  foram	
  observados	
  em	
  substituição	
  de	
  outro	
  médico,	
  como	
  parte	
  do	
  
seguimento	
   de	
   doentes	
   no	
   Ensaio	
   Clínico	
   BIA-­‐PHL-­‐P2-­‐001	
   ou	
   como	
   consulta	
   não	
   presencial	
  
para	
  registo	
  de	
  relatório	
  final	
  da	
  Área	
  de	
  Alergia	
  a	
  Fármacos.	
  Durante	
  a	
  Formação	
  Específica	
  
em	
  Imunoalergologia	
  foram	
  diretamente	
  seguidos	
  e	
  observados	
  em	
  Consulta	
  Externa	
  um	
  total	
  
de	
  544	
  doentes	
  (Tabela	
  7),	
  com	
  idade	
  mediana	
  de	
  29	
  anos	
  (5	
  meses	
  a	
  82	
  anos,	
  29%	
  com	
  idade	
  
<18	
   anos),	
   352	
   (65%)	
   do	
   sexo	
   feminino,	
   cujos	
   diagnósticos	
   principais	
   se	
   encontram	
  
discriminados	
  na	
  Tabela	
  8.A	
  média	
  (desvio	
  padrão)	
  de	
  consultas	
  por	
  doente	
  foi	
  2,5	
  (2),	
  sendo	
  
que	
  211	
  (39%)	
  foram	
  observados	
  em	
  apenas	
  uma	
  consulta.	
  	
  
Tabela	
  7.	
  Atividade	
  assistencial	
  da	
  consulta	
  externa	
  
	
   TOTAL	
  
TOTAL	
  DE	
  CONSULTAS	
   1345	
  
PRIMEIRAS	
  CONSULTAS	
   362	
  
Taxa	
  de	
  acessibilidade	
  (%)	
   26,9	
  
TOTAL	
  DE	
  DOENTES	
   544	
  
Idade	
  12-­‐17	
  anos,	
  n	
  (%)	
   57	
  (10%)	
  
Idade	
  6-­‐11	
  anos,	
  n	
  (%)	
   49	
  (9%)	
  
Idade	
  <	
  6	
  anos,	
  n	
  (%)	
   54	
  (10%)	
  
	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   13	
  
A	
   proveniência	
   dos	
   doentes	
   foi	
   maioritariamente	
   dos	
   centros	
   de	
   saúde	
   (43%),	
   de	
   outros	
  
médicos	
  do	
  Serviço	
  de	
  Imunoalergologia	
  (32%)	
  e	
  de	
  outras	
  especialidades	
  hospitalares	
  (11%),	
  
de	
  entre	
  as	
  quais	
  Otorrinolaringologia	
  (78%)	
  e	
  Dermatologia	
  (14%).	
  	
  Foram	
  ainda	
  observados	
  
doentes	
   provenientes	
   do	
   Serviço	
   de	
   Urgência	
   (n=33),	
   internamento	
   (n=9)	
   e	
   consulta	
   de	
   Via	
  
Verde	
  (n=6).	
  
Tabela	
  8.	
  Diagnósticos	
  principais	
  dos	
  doentes	
  seguidos	
  em	
  consulta	
  externa	
  
	
   TOTAL	
   <18	
  ANOS	
  
RINITE	
   369	
   123	
  
ASMA	
   222	
   63	
  
SIBILÂNCIA	
  RECORRENTE	
   19	
   19	
  
ALERGIA	
  A	
  FÁRMACOS	
   95	
   13	
  
ALERGIA	
  A	
  ALIMENTOS	
   51	
   13	
  
ALERGIA	
  A	
  VENENO	
  DE	
  HIMENÓPTEROS	
   2	
   0	
  
ALERGIA	
  AO	
  LÁTEX	
   2	
   0	
  
URTICÁRIA	
  E/OU	
  ANGIOEDEMA	
   92	
   11	
  
DERMATITE	
  ATÓPICA	
   20	
   15	
  
DERMATITE	
  DE	
  CONTACTO	
   17	
   2	
  
OUTROS
1
	
   48	
   22	
  
1
Infeções	
  de	
  repetição	
  (n=9),	
  prurigo	
  estrófulo	
  (n=7),	
  apneia	
  obstrutiva	
  do	
  sono	
  (n=6)	
  lesões	
  cutâneas	
  
não	
  especificadas	
  (n=4),	
  tosse	
  crónica	
  (n=3),	
  tosse	
  pós-­‐infeciosa	
  (n=3),	
  défice	
  de	
  alfa-­‐1	
  antitripsina	
  (n=3),	
  
reações	
  locais	
  exuberantes	
  a	
  picada	
  de	
  himenópteros	
  (n=3),	
  eczema	
  de	
  estase	
  (n=2),	
  eczema	
  das	
  mãos	
  
(n=2),	
  candidíase	
  refratária	
  ao	
  tratamento	
  (n=1),	
  provável	
  disfunção	
  das	
  cordas	
  vocais	
  (n=1),	
  patologia	
  
intersticial	
   pulmonar	
   (n=1),	
   hipereosinofilina	
   (n=1),	
   mastocitose	
   cutânea	
   (n=1),	
   mastocitose	
   sistémica	
  
indolente	
  (n=1)	
  e	
  suspeita	
  de	
  anafilaxia	
  com	
  o	
  exercício	
  (n=1).	
  
O	
  facto	
  de	
  o	
  número	
  total	
  de	
  diagnósticos	
  ou	
  suspeitas	
  diagnósticas	
  ser	
  superior	
  ao	
  número	
  
total	
  de	
  doentes	
  demonstra	
  o	
  frequente	
  atingimento	
  multiorgânico	
  da	
  patologia	
  alérgica.	
  
Dos	
   369	
   doentes	
   com	
   rinite,	
   197	
   (53%)	
   tinham	
   asma	
   associada,	
   59	
   (16%)	
   conjuntivite	
   e	
   42	
  
(11%)	
  rinossinusite,	
  10	
  dos	
  quais	
  com	
  polipose	
  nasal	
  e	
  3	
  com	
  doença	
  respiratória	
  exacerbada	
  
pela	
  aspirina.	
  	
  
Em	
   292	
   (80%)	
   dos	
   doentes	
   confirmou-­‐se	
   o	
   diagnóstico	
   de	
   rinite	
   alérgica.	
   Quatro	
   doentes	
  
tinham	
   clínica	
   muito	
   sugestiva	
   de	
   rinoconjuntivite	
   alérgica	
   polínica,	
   embora	
   com	
   testes	
  
cutâneos	
   por	
   picada	
   negativos	
   para	
   pólenes,	
   tendo	
   sido	
   considerada	
   a	
   possibilidade	
   de	
  
entopia,	
   aguardando	
   a	
   realização	
   de	
   prova	
   de	
   provocação	
   específica.	
   Outras	
   etiologias	
  
incluíram	
   rinite	
   agravada	
   pela	
   ocupação	
   (n=3),	
   gravídica	
   (n=2),	
   gustatória	
   (n=1),	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  14	
  
medicamentosa	
  (n=1),	
  e	
  por	
  obstrução	
  mecânica	
  (n=3).	
  Salientam-­‐se	
  3	
  doentes	
  trabalhadores	
  
em	
  confecção	
  ou	
  costura	
  com	
  rinite	
  agravada	
  pela	
  ocupação	
  e	
  1	
  marceneiro	
  com	
  conjuntivite	
  
desencadeada	
  pelo	
  contacto	
  com	
  madeira	
  de	
  tília.	
  
Dos	
   222	
   doentes	
   com	
   asma,	
   197	
   (89%)	
   tinham	
   rinite	
   associada	
   e	
   em	
   183	
   (82%)	
   os	
   testes	
  
cutâneos	
   foram	
   positivos	
   para	
   pelo	
   menos	
   um	
   aeroalergénio.	
   Outras	
   comorbilidades	
  
presentes	
  foram	
  obesidade	
  (n=17),	
  tabagismo	
  ativo	
  (n=12),	
  depressão	
  (n=7)	
  e	
  refluxo	
  gastro-­‐
esofágico	
   (n=6),	
   tendo	
   sido	
   promovido	
   o	
   seu	
   tratamento	
   com	
   orientação	
   a	
   outras	
  
especialidades	
   sempre	
   que	
   necessário.	
   Em	
   2	
   doentes	
   foi	
   conseguida	
   a	
   cessação	
   tabágica.	
  
Numa	
   doente	
   foi	
   confirmado	
   o	
   diagnóstico	
   de	
   aspergilose	
   broncopulmonar	
   alérgica.	
   Neste	
  
período	
  foram	
  seguidas	
  6	
  senhoras	
  grávidas	
  com	
  asma.	
  	
  
Na	
  figura	
  3	
  é	
  apresentada	
  a	
  relação	
  entre	
  gravidade	
  de	
  rinite,	
  de	
  acordo	
  com	
  o	
  Allergic	
  Rhinitis	
  
and	
  its	
  Impact	
  on	
  Asthma	
  (ARIA)	
  2008	
  e	
  de	
  asma,	
  classificada	
  tendo	
  em	
  conta	
  a	
  medicação	
  
necessária	
   para	
   atingir	
   o	
   controlo	
   de	
   acordo	
   com	
   as	
   orientações	
   do	
   Global	
   Initiative	
   for	
  
Asthma	
  (GINA)	
  2009	
  e	
  do	
  Expert	
  Panel	
  Report	
  (EPR)-­‐3	
  2007.	
  
Figura	
  3.	
  Relação	
  entre	
  gravidade	
  de	
  asma	
  e	
  de	
  rinite	
  
	
  
O	
  número	
  de	
  doentes	
  com	
  asma	
  persistente	
  moderada	
  poderá	
  estar	
  sobrevalorizado,	
  dado	
  
que	
  em	
  alguns	
  doentes	
  a	
  diminuição	
  do	
  nível	
  terapêutico	
  acarreta	
  a	
  mudança	
  de	
  um	
  único	
  
inalador	
  para	
  um	
  inalador	
  de	
  controlo	
  e	
  um	
  diferente	
  inalador	
  de	
  tratamento	
  da	
  exacerbação,	
  
com	
   uma	
   potencial	
   diminuição	
   da	
   compliance	
   do	
   doente,	
   tendo-­‐se	
   optado	
   por	
   manter	
   a	
  
terapêutica	
  atual.	
  	
  
0	
   20	
   40	
   60	
   80	
  
Asma	
  intermitente	
  
Asma	
  persistente	
  ligeira	
  
Asma	
  persistente	
  moderada	
  
Asma	
  persistente	
  grave	
  
n	
  doentes	
  
Rinite	
  intermitente	
  ligeira	
  
Rinite	
  intermitente	
  moderada	
  a	
  grave	
  
Rinite	
  persistente	
  ligeira	
  
Rinite	
  persistente	
  moderada	
  a	
  grave	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   15	
  
Os	
  doentes	
  considerados	
  como	
  tendo	
  asma	
  grave	
  englobam:	
  
1) Doente	
   de	
   54	
   anos,	
   sexo	
   feminino,	
   com	
   asma	
   e	
   rinite	
   alérgica	
   a	
   ácaros	
  
corticodependente,	
   que	
   iniciou	
   tratamento	
   com	
   omalizumab.	
   Suspendeu	
   corticoide	
  
oral	
  tendo	
  na	
  última	
  consulta	
  um	
  “Controlo	
  da	
  Asma	
  e	
  Rinite	
  Alérgica	
  Teste”	
  (CARAT)	
  
de	
  23/30	
  total	
  e	
  14/18	
  nas	
  vias	
  aéreas	
  inferiores.	
  
2) Doente	
   de	
   46	
   anos,	
   sexo	
   masculino	
   com	
   asma	
   e	
   rinite	
   alérgica,	
   polissensibilizado,	
  
corticodependente,	
   com	
   bronquiectasias	
   e	
   pectus	
   escavatum	
   como	
   comorbilidades,	
  
previamente	
  em	
  tratamento	
  com	
  omalizumab	
  que	
  suspendeu	
  por	
  ausência	
  de	
  adesão	
  
ao	
  tratamento.	
  
3) Doente	
   de	
   66	
   anos,	
   sexo	
   masculino,	
   não	
   atópico,	
   com	
   síndrome	
   de	
   sobreposição	
  
asma/DPOC	
  e	
  bronquiectasias,	
  que	
  teve	
  alta	
  para	
  a	
  consulta	
  de	
  Pneumologia	
  onde	
  já	
  
era	
  anteriormente	
  seguido.	
  
Foram	
  ainda	
  seguidos	
  atletas	
  federados	
  com	
  asma,	
  para	
  os	
  quais	
  houve	
  especial	
  atenção	
  na	
  
prescrição	
  de	
  medicação,	
  de	
  forma	
  a	
  cumprir	
  a	
  Lista	
  de	
  Substâncias	
  Proibidas	
  pela	
  Autoridade	
  
Antidopagem	
  de	
  Portugal	
  (ADoP).	
  
Os	
   doentes	
   com	
   asma	
   estavam,	
   na	
   sua	
   maioria,	
   parcial	
   ou	
   totalmente	
   controlados	
   com	
   a	
  
terapêutica	
  prescrita.	
  Os	
  doentes	
  com	
  asma	
  não	
  controlada	
  eram	
  sobretudo	
  os	
  observados	
  em	
  
primeira	
  consulta	
  ou	
  com	
  incumprimento	
  da	
  terapêutica.	
  
A	
  cada	
  doente	
  era	
  instituída	
  a	
  terapêutica	
  inalatória	
  em	
  função	
  da	
  idade	
  e	
  capacidades	
  físicas	
  
e	
  cognitivas,	
  sendo	
  a	
  técnica	
  inalatória	
  revista	
  periodicamente.	
  
Dos	
  doentes	
  que	
  realizaram	
  testes	
  cutâneos	
  para	
  aeroalergénios,	
  332	
  (62%)	
  eram	
  atópicos,	
  
sendo	
  a	
  frequência	
  de	
  atopia	
  superior	
  (79%)	
  nos	
  doentes	
  com	
  rinite	
  e/ou	
  asma.	
  Destes,	
  29%	
  
eram	
   monossensibilizados	
   a	
   ácaros,	
   19%	
   a	
   pólenes	
   e	
   1%	
   a	
   epitélios	
   de	
   animais	
   ou	
   fungos,	
  
enquanto	
  que	
  170	
  (51%)	
  dos	
  doentes	
  tinham	
  sensibilizações	
  a	
  múltiplos	
  grupos	
  alergénicos.	
  O	
  
perfil	
   de	
   sensibilizações	
   dos	
   doentes	
   seguidos	
   em	
   consulta	
   externa	
   de	
   Imunoalergologia	
   foi	
  
aferido	
  com	
  maior	
  detalhe	
  no	
  âmbito	
  do	
  estudo	
  “Alergia	
  ao	
  Tetranychus	
  urticae”	
  (projeto	
  de	
  
investigação	
  2),	
  aceite	
  para	
  publicação	
  (Publicação	
  15)	
  e	
  cujos	
  resultados	
  são	
  sobreponíveis	
  
aos	
  publicados	
  no	
  estudo	
  GA2
LEN	
  para	
  Portugal	
  (Allergy	
  2009;64(10):1498-­‐506).	
  
Em	
  relação	
  à	
  administração	
  de	
  imunoterapia	
  específica,	
  80	
  (24%	
  dos	
  atópicos)	
  estavam	
  sob	
  
tratamento	
   atual	
   ou	
   recente	
   com	
   imunoterapia	
   específica	
   subcutânea:	
   14	
   em	
   fase	
   de	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  16	
  
manutenção	
   de	
   imunoterapia	
   previamente	
   iniciada	
   e	
   24iniciaram	
   imunoterapia	
   por	
   minha	
  
indicação.	
   Destes,	
   todos	
   tinham	
   rinite	
   alérgica,	
   persistente	
   moderada	
   a	
   grave	
   em	
   58%	
   dos	
  
casos.	
  A	
  composição	
  prescrita	
  foi	
  de	
  100%	
  gramíneas	
  (n=13),	
  50%	
  gramíneas	
  +	
  50%	
  oliveira	
  
(n=1),	
  100%	
  Dermatophagoides	
  pteronyssinus	
  (n=7)	
  e	
  50%	
  Dermatophagoides	
  pteronyssinus	
  +	
  
50%	
   Lepidoglyphus	
   destructor	
   (n=3),	
   tendo	
   em	
   conta	
   a	
   sazonalidade	
   das	
   queixas	
   e	
   os	
  
resultados	
   de	
   testes	
   cutâneos	
   por	
   picada	
   e/ou	
   IgE	
   específicas.	
   Adicionalmente	
   20	
   doentes	
  
foram	
   considerados	
   como	
   tendo	
   indicação	
   para	
   imunoterapia	
   tendo	
   recusado	
   por	
   razões	
  
económicas,	
   27	
   doentes	
   têm	
   o	
   início	
   de	
   imunoterapia	
   específica	
   programado	
   e	
   42	
   tinham	
  
recentemente	
  completado	
  o	
  tratamento.	
  	
  
As	
  crianças	
  com	
  sibilância	
  recorrente	
  eram	
  maioritariamente	
  não	
  atópicas	
  sendo	
  o	
  principal	
  
desencadeante	
  as	
  infeções	
  respiratórias.	
  Procurou-­‐se	
  identificar	
  e	
  corrigir	
  potenciais	
  fatores	
  
predisponentes,	
  nomeadamente	
  hipertrofia	
  adenoide	
  e	
  orientar	
  no	
  sentido	
  da	
  prevenção	
  de	
  
infeções	
  e	
  do	
  tratamento	
  a	
  realizar	
  em	
  caso	
  de	
  episódio	
  de	
  sibilância.	
  Numa	
  menina	
  avaliada	
  
sequencialmente	
   entre	
   os	
   3	
   e	
   os	
   5	
   anos	
   foi	
   possível	
   estabelecer	
   o	
   fenótipo	
   de	
   sibilância	
  
transitória	
  da	
  infância,	
  tendo	
  tido	
  alta.	
  
Dos	
  doentes	
  com	
  alergia	
  a	
  fármacos,	
  47	
  reportavam	
  suspeita	
  de	
  reação	
  a	
  antibióticos	
  e	
  23	
  a	
  
anti-­‐inflamatórios	
   não	
   esteróides	
   (AINE),	
   sendo	
   que	
   os	
   restantes	
   reportavam	
   reações	
   a	
  
diversos	
  fármacos;	
  de	
  realçar	
  alguns	
  doentes	
  com	
  reações	
  graves,	
  nomeadamente	
  2	
  doentes	
  
com	
  anafilaxia	
  ao	
  diclofenac,	
  1	
  doente	
  com	
  anafilaxia	
  ao	
  etoricoxibe	
  descrito	
  em	
  episódio	
  de	
  
internamento,	
   um	
   doente	
   com	
   Tríade	
   de	
   Widal	
   e	
   episódio	
   grave	
   de	
   doença	
   respiratória	
  
exacerbada	
  pela	
  aspirina	
  com	
  necessidade	
  de	
  ventilação	
  invasiva	
  e	
  um	
  doente	
  com	
  suspeita	
  de	
  
pustulose	
  exantemática	
  generalizada	
  aguda	
  a	
  amoxicilina/ácido	
  clavulânico.	
  
Dos	
   51	
   doentes	
   com	
   alergia	
   alimentar	
   suspeita	
   ou	
   confirmada,	
   os	
   alimentos	
   mais	
  
frequentemente	
   implicados	
   foram	
   os	
   peixes	
   (n=5),	
   marisco	
   e	
   cefalópodes	
   (n=11),	
   frutos	
  
frescos	
  (n=10),	
  frutos	
  secos	
  e	
  amendoim	
  (n=4),	
  leite	
  de	
  vaca	
  (n=5)	
  e	
  ovo	
  (n=5).	
  Um	
  doente	
  foi	
  
orientado	
  por	
  IgE	
  específicas	
  positivas	
  para	
  peixe	
  e	
  marisco	
  apesar	
  de	
  ingerir	
  estes	
  alimentos	
  
com	
  tolerância.	
  
Em	
  11	
  doentes	
  com	
  alergia	
  alimentar	
  a	
  clínica	
  foi	
  de	
  anafilaxia,	
  salientando-­‐se	
  uma	
  doente	
  de	
  
23	
   anos	
   com	
   episódios	
   de	
   anafilaxia	
   a	
   rosáceas	
   e	
   frutos	
   secos	
   e	
   sensibilização	
   a	
   rPru	
   p	
   3,	
  
proteína	
  de	
  transferência	
  de	
  lípidos	
  (LTP)	
  do	
  pêssego	
  e	
  um	
  doente	
  de	
  28	
  anos	
  com	
  anafilaxia	
  
ao	
  tomate	
  e	
  sensibilização	
  a	
  Sola	
  l	
  3	
  (LTP	
  to	
  tomate)	
  aos	
  quais	
  se	
  pondera	
  iniciar	
  tratamento	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   17	
  
com	
   imunoterapia	
   sublingual	
   de	
   pêssego.	
   Referem-­‐se	
   ainda	
   uma	
   doente	
   de	
   29	
   anos	
   com	
  
anafilaxia	
  ao	
  tremoço	
  e	
  sensibilização	
  a	
  Gal	
  d	
  5	
  (alfa	
  livetina)	
  que	
  fazia	
  evicção	
  completa	
  de	
  
ovo	
   e	
   de	
   carne	
   de	
   aves	
   e	
   que	
   se	
   encontra	
   em	
   processo	
   de	
   avaliação	
   de	
   tolerância	
   a	
   estes	
  
alimentos,	
  uma	
  doente	
  de	
  40	
  anos	
  com	
  episódios	
  reprodutíveis	
  de	
  anafilaxia	
  ao	
  leite	
  de	
  vaca	
  
de	
  início	
  no	
  terceiro	
  trimestre	
  de	
  gravidez	
  e	
  aquisição	
  de	
  tolerância	
  no	
  puerpério,	
  à	
  data	
  da	
  
observação	
  com	
  testes	
  cutâneos	
  por	
  picada	
  negativos	
  ao	
  leite,	
  e	
  um	
  doente	
  de	
  36	
  anos	
  com	
  
início	
   de	
   anafilaxia	
   ao	
   ovo	
   em	
   idade	
   adulta,	
   após	
   realização	
   de	
   tratamento	
   para	
   hepatite	
   B	
  
crónica	
  com	
  interferão.	
  
Uma	
  doente	
  de	
  48	
  anos	
  com	
  clínica	
  sugestiva	
  de	
  anafilaxia	
  induzida	
  pelo	
  exercício	
  dependente	
  
de	
  alimentos	
  (FDEIA)	
  e	
  teste	
  cutâneo	
  por	
  picada	
  positivo	
  às	
  farinhas	
  de	
  trigo	
  e	
  centeio	
  realizou	
  
prova	
  de	
  provocação	
  oral	
  com	
  pão	
  de	
  trigo	
  em	
  repouso,	
  negativa,	
  prova	
  de	
  exercício,	
  negativa	
  
e	
  prova	
  de	
  exercício	
  30	
  minutos	
  após	
  ingestão	
  de	
  pão	
  de	
  trigo,	
  negativa,	
  ingerindo	
  atualmente	
  
pão	
   e	
   outros	
   alimentos	
   contendo	
   farinha	
   de	
   trigo	
   e	
   centeio	
   sem	
   restrições	
   e	
   sem	
   reações,	
  
referindo	
   associar	
   a	
   fase	
   de	
   ocorrência	
   dos	
   episódios	
   com	
   período	
   de	
   maior	
   instabilidade	
  
emocional.	
  
Foi	
  também	
  realizada	
  prova	
  de	
  provocação	
  com	
  exercício	
  em	
  cicloergómetro	
  numa	
  jovem	
  de	
  
19	
  anos	
  com	
  episódios	
  recorrentes	
  de	
  dispneia,	
  tosse,	
  rinite	
  e	
  edema	
  palpebral	
  associados	
  ao	
  
exercício,	
  que	
  foi	
  negativa.	
  
Todos	
  os	
  doentes	
  com	
  suspeita	
  de	
  anafilaxia	
  a	
  alimentos	
  ou	
  outros	
  alergénios	
  em	
  que	
  não	
  seja	
  
possível	
  realizar	
  uma	
  evicção	
  completa	
  e	
  segura	
  são	
  portadores	
  de	
  adrenalina	
  auto-­‐injetável	
  
cuja	
  técnica	
  de	
  administração	
  e	
  prazo	
  de	
  validade	
  são	
  revistos	
  periodicamente	
  nas	
  consultas.	
  
Foram	
  observados	
  na	
  consulta	
  2	
  doentes	
  com	
  suspeita	
  de	
  alergia	
  a	
  veneno	
  de	
  himenópteros	
  
não	
  confirmada	
  que	
  reportavam	
  reações	
  sistémicas	
  (Grau	
  I	
  e	
  II	
  de	
  Mueller)	
  e	
  um	
  doente	
  com	
  
reações	
  locais	
  exuberantes	
  a	
  picada	
  de	
  abelha	
  e	
  IgE	
  positiva	
  (6,35kU/L)	
  para	
  abelha.	
  
Dos	
   doentes	
   com	
   urticária	
   e/ou	
   angioedema	
   foram	
   observados	
   8	
   doentes	
   com	
   urticária	
  
aguda,	
  frequentemente	
  no	
  contexto	
  de	
  infeção	
  e	
  em	
  2	
  doentes	
  com	
  associação	
  a	
  ingestão	
  de	
  
alimentos	
   ricos	
   em	
   histamina,	
   8	
   doentes	
   com	
   urticária	
   e/ou	
   angioedema	
   recorrente	
   de	
  
características	
   histaminérgicas,	
   sem	
   causa	
   esclarecida,	
   8	
   doentes	
   com	
   provável	
   angioedema	
  
induzido	
  por	
  IECA	
  e	
  uma	
  jovem	
  de	
  15	
  anos	
  com	
  suspeita	
  de	
  angioedema	
  hereditário	
  tipo	
  3	
  por	
  
episódio	
  de	
  angioedema	
  da	
  face	
  sem	
  resposta	
  a	
  corticoide	
  e	
  antihistamínico	
  com	
  duração	
  de	
  4	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  18	
  
dias,	
  de	
  ocorrência	
  2	
  meses	
  após	
  início	
  de	
  contraceptivo	
  oral	
  e	
  com	
  C1	
  inibidor	
  e	
  C4	
  normais	
  
durante	
  o	
  episódio,	
  a	
  quem	
  não	
  foi	
  possível	
  completar	
  o	
  diagnóstico	
  por	
  perda	
  de	
  seguimento.	
  
Na	
   Tabela	
   9	
   são	
   apresentados	
   os	
   subtipos	
   de	
   urticária	
   de	
   acordo	
   com	
   a	
   classificação	
  
EAACI/GA2LEN	
  2007.	
  
Tabela	
  9.	
  Subtipos	
  de	
  urticária	
  nos	
  doentes	
  seguidos	
  em	
  consulta	
  externa	
  
	
   TOTAL	
  
URTICÁRIA	
  CRÓNICA	
  ESPONTÂNEA	
   16	
  
URTICÁRIA	
  FÍSICA	
   	
  
Dermografismo	
  sintomático	
   9	
  
Urticária	
  de	
  pressão	
  retardada	
   3	
  
Urticária	
  ao	
  frio	
   4	
  
Urticária	
  solar	
   11	
  
URTICÁRIA	
  COLINÉRGICA	
   13	
  
	
  
Para	
  o	
  diagnóstico	
  da	
  urticária	
  ao	
  frio,	
  em	
  conjugação	
  com	
  a	
  história	
  clínica,	
  foram	
  realizados	
  
testes	
   de	
   cubo	
   de	
   gelo,	
   positivos	
   após	
   exposição	
   de	
   5	
   a	
   15	
   minutos.	
   Não	
   foi	
   no	
   entanto	
  
possível	
  comprovar	
  as	
  suspeitas	
  de	
  urticária	
  de	
  pressão	
  retardada,	
  urticária	
  solar	
  (que	
  poderia	
  
estar	
   em	
   relação	
   com	
   exantema	
   solar)	
   e	
   urticária	
   colinérgica,	
   embora	
   a	
   clínica	
   e	
   as	
  
características	
   das	
   lesões	
   observadas	
   quer	
   pessoalmente	
   quer	
   através	
   de	
   fotografia	
   fossem	
  
sugestivas.	
  
Salienta-­‐se	
   o	
   caso	
   de	
   uma	
   doente	
   de	
   14	
   anos,	
   sexo	
   feminino,	
   observada	
   em	
   consulta	
   por	
  
clínica	
   compatível	
   com	
   urticária	
   colinérgica.	
   Apresentava	
   concomitantemente	
   hiperhidrose	
  
axilo-­‐palmar	
  e	
  acrocianose	
  pelo	
  que	
  foi	
  orientada	
  para	
  consulta	
  de	
  cirurgia	
  vascular.	
  Optou	
  por	
  
realizar	
  simpatectomia	
  torácica	
  bilateral,	
  sem	
  surgimento	
  de	
  novas	
  lesões	
  de	
  urticária	
  em	
  até	
  
10	
  meses	
  do	
  pós-­‐operatório.	
  	
  	
  	
  
Dos	
  doentes	
  com	
  dermatite	
  atópica,	
  na	
  sua	
  maioria	
  ligeira,	
  salienta-­‐se	
  o	
  caso	
  de	
  uma	
  doente	
  
de	
  19	
  anos,	
  sexo	
  feminino,	
  orientada	
  da	
  consulta	
  de	
  Dermatologia	
  por	
  dermatite	
  atópica	
  grave	
  
medicada	
  com	
  ciclosporina,	
  com	
  rinite	
  e	
  asma	
  persistente	
  ligeira	
  alérgica	
  a	
  ácaros	
  e	
  pólenes	
  de	
  
oliveira,	
   gramíneas	
   e	
   ervas.	
   Dadas	
   as	
   queixas	
   peranuais	
   de	
   dermatite	
   atópica,	
   sem	
  
agravamento	
   sazonal	
   na	
   primavera,	
   foi	
   decidido	
   iniciar	
   imunoterapia	
   específica	
   100%	
  
Dermatophagoides	
   pteronyssinus.	
   Após	
   9	
   meses	
   de	
   tratamento	
   nota	
   melhoria	
   global	
   das	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   19	
  
patologias	
   alérgicas,	
   com	
   CARAT=28	
   e	
   SCORAD=24,2,	
   mantendo	
   sobretudo	
   componente	
   de	
  
xerose	
  cutânea.	
  
Foi	
  também	
  observada	
  uma	
  criança	
  de	
  7	
  meses,	
  sexo	
  masculino,	
  orientado	
  para	
  consulta	
  por	
  
dermatite	
  atópica	
  grave	
  de	
  início	
  aos	
  4	
  meses	
  de	
  idade,	
  sob	
  amamentação	
  materna	
  exclusiva,	
  
sem	
  resolução	
  completa	
  com	
  cursos	
  de	
  corticóide	
  oral.	
  Dada	
  a	
  gravidade	
  do	
  quadro	
  foi	
  pedido	
  
estudo	
   imunológico	
   com	
   imunoglobulinas,	
   que	
   revelou	
   hipogamaglobulinemia	
  
(IgG=81mg/mL),	
   que	
   se	
   manteve	
   à	
   avaliação	
   dos	
   9	
   meses,	
   aumento	
   de	
   IgE	
   (1330kU/L)	
   e	
  
biópsia	
  cutânea	
  que	
  demonstrou	
  “dermatite	
  espongiótica”.	
  A	
  imunofenotipagem	
  dos	
  linfócitos	
  
não	
   demonstrou	
   alterações.	
   Após	
   discussão	
   do	
   caso	
   com	
   o	
   coordenador	
   da	
   consulta	
   de	
  
imunodeficiências	
   da	
   Pediatria,	
   foi	
   iniciada	
   antibioterapia	
   profilática	
   e	
   gamaglobulina	
  
subcutânea	
  com	
  melhoria	
  clínica.	
  Foi	
  colocada	
  a	
  hipótese	
  diagnóstica	
  de	
  Síndrome	
  de	
  Omenn,	
  
aguardando	
  o	
  estudo	
  genético	
  de	
  RAG1	
  e	
  RAG2.	
  
Nos	
   doentes	
   com	
   suspeita	
   de	
   dermatite	
   de	
   contacto	
   alérgica	
   não	
   previamente	
   confirmada	
  
foram	
  realizados	
  testes	
  epicutâneos	
  com	
  série	
  standard	
  de	
  alergénios	
  do	
  Grupo	
  Português	
  de	
  
Estudo	
  das	
  Dermatites	
  de	
  Contacto	
  (GPEDC)	
  e,	
  quando	
  necessário,	
  produtos	
  próprios,	
  sendo	
  
orientados	
   para	
   consulta	
   de	
   Dermatologia	
   se	
   necessário	
   testar	
   um	
   Alergénio	
   de	
   uma	
   série	
  
específica.	
   Foram	
   diagnosticadas	
   na	
   consulta	
   de	
   Imunoalergologia	
   dermatite	
   de	
   contacto	
  
alérgica	
  ao	
  níquel	
  (n=3),	
  parafenilenodiamina	
  e	
  disperso	
  laranja	
  (n=2),	
  dermatite	
  de	
  contacto	
  
ocupacional	
   a	
   epóxi-­‐resinas	
   (n=2),	
   cremes	
   de	
   uso	
   próprio	
   para	
   tratamento	
   do	
   acne	
   (n=1)	
   e	
  
parabenos	
  (n=1),	
  tendo	
  todos	
  os	
  doentes	
  recebido	
  informação	
  relativa	
  à	
  evicção.	
  
Foram	
  seguidos	
  na	
  consulta	
  2	
  doentes	
  com	
  diagnóstico	
  prévio	
  de	
  mastocitose,	
  incluindo	
  um	
  
doente	
  com	
  mastocitose	
  cutânea	
  e	
  um	
  doente	
  de	
  42	
  anos,	
  sexo	
  masculino	
  com	
  mastocitose	
  
sistémica	
   indolente	
   diagnosticada	
   aos	
   39	
   anos	
   por	
   episódios	
   de	
   anafilaxia	
   a	
   múltiplos	
  
fármacos,	
   incluindo	
   amoxicilina/ácido	
   clavulânico	
   e	
   anti-­‐inflamatórios	
   não	
   esteróides	
  
inibidores	
  da	
  COX-­‐1,	
  com	
  elevação	
  da	
  triptase	
  basal	
  (68,7ug/L)	
  e	
  sem	
  mutações	
  do	
  gene	
  Kit	
  
nos	
   exões	
   8,	
   11	
   e	
   17.	
   Atualmente	
   controlado	
   com	
   antihistamínico	
   e	
   antagonista	
   dos	
  
receptores	
  dos	
  leucotrienos.	
  É	
  portador	
  de	
  adrenalina	
  auto-­‐injetável.	
  
Por	
   último,	
   refere-­‐se	
   o	
   caso	
   de	
   um	
   jovem	
   de	
   10	
   anos,	
   referenciado	
   à	
   consulta	
   por	
   rinite	
  
alérgica	
   a	
   ácaros	
   e	
   pólenes,	
   de	
   características	
   intermitentes	
   ligeiras	
   que	
   apresentava	
  
hipereosinofilia	
  moderada	
  em	
  estudo	
  analítico	
  prévio.	
  Por	
  manter	
  hipereosinofilia	
  4	
  semanas	
  
após	
   tratamento	
   com	
   desparazitante	
   foi	
   iniciado	
   estudo	
   para	
   exclusão	
   de	
   causas	
   de	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  20	
  
hipereosinofilia	
   e	
   orientado	
   para	
   consulta	
   de	
   Hematologia.	
   O	
   estudo	
   efetuado	
   não	
   revelou	
  
alterações	
  tendo	
  ocorrido	
  uma	
  diminuição	
  progressiva	
  da	
  contagem	
  absoluta	
  de	
  eosinófilos,	
  
mantendo	
  agora	
  apenas	
  eosinofilia	
  ligeira,	
  compatível	
  com	
  a	
  atopia.	
  
Do	
   total	
   de	
   doentes	
   observados,	
   196	
   (36%)	
   tiveram	
   alta	
   da	
   consulta,	
   a	
   maioria	
   (62%)	
  
orientados	
   para	
   o	
   Centro	
   de	
   Saúde	
   após	
   conclusão	
   do	
   estudo	
   de	
   alergia	
   suspeita	
   e/ou	
  
estabilização	
   clínica,	
   sendo	
   enviado	
   relatório	
   com	
   os	
   diagnósticos,	
   resultados	
   de	
   meios	
  
complementares	
  realizados	
  e	
  orientação	
  terapêutica	
  sugerida.	
  
	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   21	
  
SERVIÇOS	
  DE	
  ATENDIMENTO	
  URGENTE	
  
Durante	
  os	
  estágios	
  de	
  Imunoalergologia	
  Geral,	
  do	
  Adulto	
  e	
  Final,	
  bem	
  como	
  nos	
  Estágios	
  de	
  
Laboratório	
   de	
   Imunologia	
   e	
   de	
   Dermatologia,	
   foram	
   realizadas	
   um	
   total	
   de	
   18	
   horas	
  
semanais,	
   em	
   horário	
   consoante	
   a	
   conveniência	
   do	
   Serviço	
   de	
   Imunoalergologia,	
   dedicadas	
  
sobretudo	
  à	
  Consulta	
  de	
  Atendimento	
  Não	
  Programado,	
  mas	
  também	
  à	
  Via	
  Verde,	
  Serviço	
  de	
  
Urgência	
   e	
   Consulta	
   Interna.	
   Nos	
   estágios	
   de	
   Pneumologia	
   e	
   Otorrinolaringologia	
   foram	
  
realizadas	
  12	
  horas	
  semanais	
  de	
  urgência	
  no	
  serviço	
  de	
  estágio	
  e	
  6	
  horas	
  semanais	
  no	
  Serviço	
  
de	
  Imunoalergologia.	
  O	
  resumo	
  desta	
  atividade	
  encontra-­‐se	
  na	
  Tabela	
  3.	
  
ATENDIMENTO	
  NÃO	
  PROGRAMADO	
  (ANP)	
  
Foram	
  observados	
  383	
  episódios	
  em	
  317	
  doentes,	
  com	
  idade	
  mediana	
  de	
  36	
  anos	
  (entre	
  1	
  e	
  
86	
  anos),	
  243	
  (63%)	
  do	
  sexo	
  feminino.	
  
Tabela	
  10.	
  Principais	
  motivos/diagnósticos	
  da	
  consulta	
  de	
  atendimento	
  não	
  programado	
  
	
   TOTAL	
  
ASMA	
  AGUDIZADA	
   134	
  
Infeção	
  respiratória	
   82	
  
Má	
  adesão	
  /	
  técnica	
  inalatória	
   17	
  
Fatores	
  psicológicos	
   6	
  
Outro	
  /	
  Não	
  identificado	
   29	
  
RINITE	
  AGUDIZADA	
   13	
  
INFEÇÃO	
  RESPIRATÓRIA	
   89	
  
ANGIOEDEMA	
  	
   14	
  
URTICÁRIA	
  	
   12	
  
DERMATITE	
  ATÓPICA	
  AGUDIZADA	
   9	
  
DÚVIDAS	
  NA	
  IMUNOTERAPIA	
   26	
  
Infeção	
  respiratória	
   9	
  
Agravamento	
  da	
  doença	
  alérgica	
   12	
  
Atraso	
  na	
  administração	
   2	
  
Reação	
  adversa	
  	
   3	
  
INÍCIO	
  DE	
  IMUNOTERAPIA	
  EM	
  PAUTA	
  RÁPIDA	
   24	
  
OUTROS	
   57	
  
	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  22	
  
Dos	
   134	
   doentes	
   com	
   asma	
   agudizada,	
   104	
   (78%)	
   tiveram	
   exacerbações	
   ligeiras,	
   27	
   (20%)	
  
exacerbações	
  moderadas	
  e	
  3	
  (2%)	
  doentes	
  exacerbação	
  grave	
  segundo	
  os	
  critérios	
  da	
  EPR-­‐3	
  
2007.	
  
Outros	
   diagnósticos	
   incluem	
   reavaliação	
   de	
   doentes	
   no	
   pós-­‐internamento,	
   vigilância	
   de	
  
doentes	
  com	
  reações	
  adversas	
  a	
  procedimentos	
  da	
  área	
  de	
  alergia	
  a	
  fármacos,	
  alimentos	
  ou	
  
himenópteros,	
  tosse	
  crónica,	
  outras	
  queixas	
  cutâneas	
  como	
  dermatite	
  seborreica,	
  eczema	
  de	
  
estase	
  e	
  dermatite	
  de	
  contacto,	
  bem	
  como	
  profilaxia	
  a	
  curto	
  prazo	
  de	
  angioedema	
  hereditário	
  
com	
  administração	
  de	
  concentrado	
  de	
  C1	
  inibidor	
  antes	
  de	
  extração	
  dentária,	
  em	
  3	
  doentes.	
  
Dos	
  doentes	
  com	
  angioedema,	
  4	
  corresponderam	
  a	
  doentes	
  com	
  angioedema	
  hereditário	
  tipo	
  
1	
   em	
   agudização.	
   Foi	
   ainda	
   observada	
   em	
   três	
   ocasiões	
   uma	
   doente	
   com	
   reação	
   sistémica	
  
durante	
  procedimento	
  de	
  dessensibilização	
  à	
  carboplatina,	
  a	
  quem	
  foi	
  tratada	
  a	
  reação	
  e	
  feito	
  
ajuste	
  do	
  protocolo.	
  
Dos	
  doentes	
  com	
  reação	
  adversa	
  a	
  imunoterapia,	
  salientam-­‐se	
  2	
  reações	
  anafiláticas	
  durante	
  a	
  
fase	
   de	
   indução	
   terapêutica,	
   com	
   extratos	
   aquosos	
   ou	
   depot:	
   veneno	
   de	
   abelha	
   e	
   Phleum	
  
pratensis.	
  
Três	
  doentes	
  com	
  infeção	
  respiratória	
  e	
  insuficiência	
  respiratória	
  tipo	
  1	
  não	
  revertida	
  durante	
  
terapêutica	
  no	
  ANP	
  foram	
  orientados	
  para	
  o	
  internamento,	
  uma	
  das	
  quais	
  uma	
  criança	
  de	
  5	
  
anos	
  internada	
  ao	
  cuidado	
  da	
  Pediatria	
  Médica.	
  
VIA	
  VERDE	
  
Foram	
   observadas	
   em	
   Via	
   Verde	
   de	
   Imunoalergologia7	
   mulheres	
   grávidas	
   orientadas	
   do	
  
serviço	
  de	
  Obstetrícia,	
  1	
  por	
  suspeita	
  de	
  asma	
  em	
  que	
  foi	
  excluído	
  o	
  diagnóstico,	
  5	
  por	
  asma	
  e	
  
1	
  por	
  agravamento	
  de	
  rinite	
  alérgica,	
  a	
  quem	
  foi	
  feito	
  ajuste	
  e	
  esclarecimento	
  terapêutico	
  e	
  
que	
  foram	
  orientadas	
  para	
  consulta	
  de	
  Imunoalergologia	
  para	
  seguimento.	
  
Foi	
  ainda	
  observado	
  1	
  doente	
  proveniente	
  do	
  centro	
  de	
  saúde	
  com	
  suspeita	
  de	
  anafilaxia	
  a	
  
veneno	
  de	
  himenópteros,	
  que	
  foi	
  orientado	
  para	
  estudo	
  na	
  área	
  específica.	
  
SERVIÇO	
  DE	
  URGÊNCIA	
  
Foram	
  observados	
  43	
  doentes	
  como	
  pedido	
  de	
  colaboração	
  de	
  Imunoalergologia	
  no	
  Serviço	
  de	
  
Urgência,	
  25	
  do	
  sexo	
  feminino	
  (58%)	
  e	
  idade	
  mediana	
  de	
  35	
  anos	
  (15	
  	
  a	
  65	
  anos,	
  1	
  com	
  idade	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   23	
  
<18	
  anos).	
  Os	
  motivos	
  de	
  pedido	
  de	
  observação	
  são	
  descritos	
  na	
  Tabela	
  11,	
  tendo	
  em	
  19	
  (44%)	
  
dos	
  casos	
  sido	
  identificado	
  um	
  agente	
  suspeito.	
  
Tabela	
  11.	
  Principais	
  motivos/diagnósticos	
  observados	
  no	
  Serviço	
  de	
  Urgência	
  
MOTIVO	
  DE	
  URGÊNCIA	
   ETIOLOGIA	
  SUSPEITA	
   N	
  
URTICÁRIA	
   	
   10	
  
	
   Peixes	
   2	
  
ANGIOEDEMA	
   	
   13	
  
	
   IECA	
   5	
  
	
   AINE	
   1	
  
	
   Hereditário	
   2	
  
EXANTEMA	
   	
   8	
  
	
   Amoxicilina	
  +	
  ácido	
  clavulânico	
   1	
  
	
   Carbamazepina	
   1	
  
	
   Fenitoína	
   1	
  
	
   Flurbiprofeno	
   1	
  
	
   Clopidogrel	
   1	
  
	
   Colchicina	
   1	
  
DERMATITE	
  DE	
  CONTACTO/ATÓPICA	
   	
   6	
  
	
   Fibra	
  de	
  vidro	
  /	
  resinas	
   2	
  
	
   Parafenilenodiamina	
   2	
  
	
   Acrilatos	
   1	
  
EXACERBAÇÃO	
  DE	
  ASMA	
   	
   5	
  
ANAFILAXIA	
   Diclofenac	
   1	
  
AINE:	
  Anti-­‐inflamatórios	
  não	
  esteroides.	
  IECA:	
  inibidores	
  de	
  conversão	
  da	
  angiotensina.	
  
Trinta	
   doentes	
   foram	
   orientados	
   para	
   consulta	
   de	
   Imunoalergologia	
   para	
   seguimento	
   e/ou	
  
estudo	
  adicional	
  e	
  2	
  doentes	
  foram	
  internados:	
  um	
  com	
  56	
  anos,	
  sexo	
  masculino,	
  com	
  asma	
  
agudizada	
  com	
  insuficiência	
  respiratória	
  tipo	
  1,	
  e	
  uma	
  doente	
  de	
  20	
  anos,	
  sexo	
  feminino,	
  com	
  
eczema	
  agudo	
  generalizado	
  após	
  coloração	
  de	
  cabelo.	
  
CONSULTA	
  INTERNA	
  
Foram	
  observados	
  40	
  doentes	
  internados	
  em	
  Consulta	
  Interna,	
  22	
  (55%)	
  do	
  sexo	
  feminino	
  e	
  
idade	
  mediana	
  de	
  51	
  anos	
  (3	
  a	
  78	
  anos,	
  4	
  com	
  idade	
  <18	
  anos),	
  sendo	
  os	
  serviços	
  requisitantes	
  
maioritariamente	
  a	
  Infeciologia	
  (n=10),	
  Medicina	
  Interna	
  (n=9)	
  e	
  Cardiologia	
  (n=5).	
  
Os	
  motivos	
  para	
  observação	
  mais	
  frequentes	
  foram:	
  suspeita	
  de	
  reação	
  de	
  hipersensibilidade	
  
a	
  fármacos	
  (n=40),	
  agudização	
  de	
  asma	
  (n=7),	
  prescrição	
  de	
  concentrado	
  de	
  C1	
  inibidor	
  para	
  
  ESTÁGIO	
  DE	
  IMUNOALERGOLOGIA	
  GERAL,	
  DO	
  ADULTO	
  E	
  FINAL	
  24	
  
administração	
   antes	
   de	
   parto	
   ou	
   cirurgia	
   em	
   doente	
   com	
   angioedema	
   hereditário	
   (n=2),	
  
eosinofilia	
  (n=2)	
  e	
  défice	
  de	
  IgA	
  (n=1).	
  	
  
Em	
  11	
  casos	
  de	
  reação	
  de	
  hipersensibilidade	
  confirmada	
  ou	
  provável	
  foi	
  realizado	
  no	
  serviço	
  
de	
   origem,	
   em	
   colaboração	
   com	
   a	
   Dra.	
   Josefina	
   Cernadas,	
   um	
   procedimento	
   de	
  
dessensibilização:	
   carboplatina	
   (n=4),	
   ácido	
   acetilsalicílico	
   (n=3),	
   trimetoprim-­‐sulfametoxazol	
  
(n=2)	
  e	
  antibacilares	
  (n=2).	
  
Saliento	
   o	
   caso	
   de	
   um	
   jovem	
   de	
   13	
   anos,	
   internado	
   para	
   colocação	
   de	
   shunt	
   ventrículo-­‐
peritoneal	
  por	
  tumor	
  do	
  sistema	
  nervoso	
  central,	
  que	
  teve	
  um	
  episódio	
  de	
  choque	
  anafilático	
  
no	
  início	
  do	
  procedimento,	
  tendo	
  sido	
  pedida	
  colaboração	
  para	
  conhecimento	
  dos	
  fármacos	
  a	
  
evitar	
  em	
  futura	
  cirurgia,	
  de	
  caráter	
  urgente.	
  Da	
  análise	
  dos	
  fármacos	
  administrados	
  tendo	
  em	
  
conta	
   o	
   tempo	
   de	
   administração	
   e	
   probabilidade	
   de	
   reação,	
   e	
   estando	
   impossibilitada	
   a	
  
realização	
  de	
  qualquer	
  procedimento	
  diagnóstico	
  em	
  tempo	
  útil,	
  foi	
  proposta	
  a	
  realização	
  de	
  
cirurgia	
   em	
   primeiro	
   tempo	
   operatório	
   e	
   ambiente	
   látex-­‐free,	
   com	
   evicção	
   de	
   relaxantes	
  
neuromusculares	
  e	
  de	
  teicoplanina,	
  tendo	
  a	
  nova	
  cirurgia	
  decorrido	
  sem	
  intercorrências.	
  Este	
  
jovem	
  foi	
  posteriormente	
  orientado	
  para	
  a	
  consulta	
  de	
  Imunoalergologia	
  e	
  sido	
  comprovada	
  a	
  
alergia	
  a	
  teicoplanina	
  e	
  excluída	
  alergia	
  aos	
  restantes	
  agentes	
  suspeitos.	
  
COMENTÁRIOS	
  
A	
  atividade	
  na	
  Urgência	
  Específica	
  de	
  Imunoalergologia	
  iniciou-­‐se	
  concomitantemente	
  com	
  o	
  
Estágio	
  de	
  Imunoalergologia	
  Geral	
  e	
  prolongou-­‐se	
  ao	
  longo	
  do	
  restante	
  internato	
  com	
  maior	
  
ou	
  menor	
  carga	
  horária	
  consoante	
  os	
  estágios	
  realizados.	
  O	
  facto	
  de	
  a	
  urgência	
  ser	
  realizada	
  
no	
  âmbito	
  da	
  Especialidade	
  de	
  Imunoalergologia	
  permitiu	
  um	
  maior	
  contacto	
  com	
  patologias	
  
imunoalergológicas	
  agudas	
  e	
  contribuiu	
  para	
  o	
  desenvolvimento	
  das	
  capacidades	
  de	
  decisão	
  
em	
  situações	
  de	
  caráter	
  urgente	
  e	
  muitas	
  vezes	
  sem	
  recurso	
  a	
  exames	
  complementares,	
  não	
  
esquecendo	
  potenciais	
  diagnósticos	
  diferenciais	
  com	
  os	
  quais	
  foi	
  tomado	
  contacto	
  durante	
  as	
  
Urgências	
  Gerais,	
  integradas	
  nos	
  Estágios	
  de	
  Medicina	
  Interna	
  e	
  Pediatria.	
  Para	
  além	
  do	
  mais,	
  
a	
  existência	
  de	
  um	
  Serviço	
  de	
  Atendimento	
  Permanente	
  de	
  Imunoalergologia	
  é	
  uma	
  mais	
  valia	
  
para	
  os	
  doentes	
  seguidos	
  na	
  consulta	
  com	
  exacerbação	
  da	
  sua	
  patologia	
  alérgica,	
  sendo	
  que	
  o	
  
atendimento	
   rápido	
   e	
   especializado	
   evita	
   muitas	
   vezes	
   o	
   consequente	
   agravamento	
   e	
   a	
  
necessidade	
  de	
  internamento.	
   	
  
CURRICULUM	
  VITAE	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
   	
   25	
  
INTERNAMENTO	
  
Durante	
  a	
  Formação	
  Específica	
  em	
  Imunoalergologia	
  foram	
  acompanhados	
  ou	
  observados	
  no	
  
internamento	
  15	
  doentes	
  por	
  um	
  tempo	
  médio	
  de	
  9	
  dias,	
  11	
  do	
  sexo	
  feminino,	
  idade	
  mediana	
  
de	
  56	
  anos	
  (17	
  a	
  86	
  anos),	
  8	
  previamente	
  seguidos	
  em	
  consulta	
  de	
  Imunoalergologia.	
  
Os	
  diagnósticos	
  principais	
  foram:	
  asma	
  ou	
  insuficiência	
  respiratória	
  crónica	
  agudizada	
  (n=10),	
  
choque	
   anafilático	
   (n=2),	
   eczema	
   agudo	
   exuberante	
   à	
   parafenilenodiamina	
   (n=1)	
   e	
   grávida	
  
com	
  broncospasmo	
  de	
  novo	
  a	
  quem	
  foi	
  diagnosticada	
  infeção	
  por	
  Bordetella	
  pertussis	
  (n=1).	
  
Saliento	
  o	
  caso	
  do	
  doente	
  de	
  40	
  anos,	
  sexo	
  masculino,	
  internado	
  por	
  choque	
  anafilático:	
  mau-­‐
estar	
   geral,	
   palidez,	
   náuseas	
   e	
   vómitos,	
   dispneia,	
   obnubilação,	
   hipoxemia	
   (SpO2=83%)	
   e	
  
hipotensão	
  (TA	
  sistólica	
  <100mmHg	
  e	
  TA	
  diastólica	
  <60mmHg)	
  de	
  início	
  30	
  minutos	
  após	
  toma	
  
de	
  etoricoxibe	
  por	
  lombociatalgia,	
  tratado	
  na	
  sala	
  de	
  emergência	
  com	
  adrenalina,	
  clemastina,	
  
hidrocortisona,	
   fluidoterapia	
   e	
   oxigenoterapia.	
   Tinha	
   como	
   antecedente	
   prévio	
   episódio	
   de	
  
insuficiência	
   respiratória	
   aguda	
   com	
   necessidade	
   de	
   ventilação	
   invasiva	
   e	
   internamento	
   em	
  
outra	
   instituição	
   no	
   ano	
   anterior,	
   sem	
   causa	
   infeciosa	
   ou	
   outra	
   diagnosticada,	
   que	
  
posteriormente	
  associou	
  a	
  toma	
  de	
  etoricoxibe	
  para	
  lombalgia.	
  Foi	
  orientado	
  para	
  a	
  consulta	
  
externa	
   tendo	
   realizado	
   testes	
   cutâneos	
   por	
   picada	
   e	
   intradérmicos	
   com	
   etoricoxibe,	
   que	
  
foram	
   negativos	
   e	
   prova	
   de	
   provocação	
   oral	
   com	
   AINE	
   alternativo,	
   inibidor	
   da	
   COX-­‐1,	
   que	
  
tolera.	
  Aguarda	
  realização	
  de	
  IgE	
  específica	
  para	
  etoricoxibe.	
  	
  
Salientam-­‐se	
  ainda	
  os	
  casos	
  de	
  um	
  doente	
  com	
  Tríade	
  de	
  Widal	
  e	
  broncospasmo	
  grave	
  após	
  
ingestão	
  de	
  ácido	
  acetilsalicílico	
  e	
  de	
  uma	
  doente	
  com	
  choque	
  anafilático	
  após	
  ingestão	
  de	
  
lula,	
  sem	
  diagnóstico	
  prévio	
  de	
  alergia	
  alimentar,	
  dada	
  a	
  gravidade	
  da	
  reação,	
  já	
  que	
  ambos	
  
tiveram	
   as	
   reações	
   durante	
   o	
   seu	
   período	
   laboral	
   no	
   hospital	
   e	
   foram	
   levados	
   diretamente	
  
para	
  a	
  sala	
  de	
  emergência	
  com	
  perda	
  da	
  consciência,	
  cianose,	
  ausência	
  de	
  sons	
  respiratórios	
  e	
  
acidose	
   respiratória	
   (pH<7,0),	
   com	
   necessidade	
   de	
   entubação	
   e	
   posterior	
   ventilação	
   com	
  
Heliox,	
  casos	
  estes	
  que	
  nos	
  relembram	
  da	
  possibilidade	
  de	
  mortalidade	
  por	
  doença	
  alérgica.	
  
	
   	
  
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Curriculum Vitae para Exame da Especialidade de Imunoalergologia

  • 1.   CENTRO  HOSPITALAR  DE  SÃO  JOÃO,  E.P.E.   SERVIÇO  DE  IMUNOALERGOLOGIA   DIRETOR:  DR.  JOSÉ  LUÍS  PLÁCIDO               CURRICULUM  VITAE   FORMAÇÃO  ESPECÍFICA  DE  IMUNOALERGOLOGIA   FEVEREIRO  DE  2014               NATACHA  LOPES  DOS  SANTOS   INTERNA  DE  FORMAÇÃO  ESPECÍFICA  DE  IMUNOALERGOLOGIA   ORIENTADOR  DE  FORMAÇÃO:  PROF.  DOUTOR  JOSÉ  CASTELA  TORRES  DA  COSTA  
  • 2.                
  • 3. CURRICULUM  VITAE   i   O  presente  Curriculum  Vitae  destina-­‐se  à  Prova  de  Avaliação  Final  do  Internato  Complementar   de  Imunoalergologia.       Porto,  10  de  fevereiro  de  2014,       A  Interna   _____________________________________________________   (Dra.  Natacha  Lopes  dos  Santos)       O  Orientador  de  Formação   _____________________________________________________   (Prof.  Doutor  José  Torres  da  Costa)       O  Diretor  de  Serviço   _____________________________________________________   (Dr.  José  Luís  Plácido)  
  • 4.       NATACHA  SANTOS  ii      
  • 5. CURRICULUM  VITAE   iii     ÍNDICE     Introdução  ..............................................................................................................................................................  1   Nota  Biográfica  .....................................................................................................................................................  2   Resumo  Curricular  ..............................................................................................................................................  3   ESTÁGIOS  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  ..............................  7   Descrição  do  Serviço  de  Imunoalergologia  .................................................................................................  9   Atividade  Assistencial  .....................................................................................................................................  12   Consulta  Externa  ................................................................................................................................................................  12   Serviços  de  Atendimento  Urgente  .............................................................................................................................  21   Atendimento  Não  Programado  ..............................................................................................................................  21   Via  Verde  ..........................................................................................................................................................................  22   Serviço  de  Urgência  .....................................................................................................................................................  22   Consulta  Interna  ...........................................................................................................................................................  23   Internamento  ......................................................................................................................................................................  25   Áreas  Específicas  ...............................................................................................................................................................  26   Área  de  Alergia  Alimentar  ........................................................................................................................................  26   Área  de  Alergia  a  Fármacos  .....................................................................................................................................  28   Área  de  Alergia  a  Veneno  de  Himenópteros  ....................................................................................................  31   Consulta  de  Patologia  Ocupacional  ......................................................................................................................  32   Consulta  de  Imunodeficiências  Primárias  .........................................................................................................  33   Laboratório  de  Exploração  Funcional  Respiratória  ...........................................................................................  36   Outros  procedimentos  de  diagnóstico  e  terapêutica  .........................................................................................  37   Testes  Cutâneos  ............................................................................................................................................................  37   Imunoterapia  Específica  ...........................................................................................................................................  37   Provocações  Específicas  ............................................................................................................................................  38   Contributos  para  o  Serviço  de  Imunoalergologia  ..................................................................................  39   Contributos  para  o  desenvolvimento  científico  ...................................................................................................  39   Contributos  para  a  atualização  de  conhecimentos  e  formação  .....................................................................  39   Contributos  para  a  melhoria  da  organização  e  atividade  assistencial  .......................................................  39   Outros  contributos  ............................................................................................................................................................  41   Estágio  no  Hospital  Mount  Sinai  ..................................................................................................................  43   Introdução  ............................................................................................................................................................................  43   Objetivos  ...............................................................................................................................................................................  43   Hospital  Mount  Sinai  e  Serviço  de  Alergia  e  Imunologia  Clínica  ..................................................................  44   Jaffe  Food  Allergy  Institute  ......................................................................................................................................  44   Primary  Immunodeficiency  Program  ..................................................................................................................  48   Atividade  Científica  ..........................................................................................................................................................  49   Comentários  .........................................................................................................................................................................  50      
  • 6.       NATACHA  SANTOS  iv   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  DOS  GRUPOS  ETÁRIOS  PEDIÁTRICOS  ................  53   Introdução  ...........................................................................................................................................................  55   Atividade  assistencial  ......................................................................................................................................  56   Consulta  Externa  ...............................................................................................................................................................  56   Hospital  de  Dia  ...................................................................................................................................................................  59   Laboratório  De  Exploração  Funcional  Respiratória  ...........................................................................................  60   Serviço  de  Urgência  /  Permanência  de  Imunoalergologia  ..............................................................................  61   Procedimentos  Efetuados  ..............................................................................................................................................  62   Atividade  Científica  e  de  Formação  ............................................................................................................  63   Comentários  ........................................................................................................................................................  64   ESTÁGIO  DE  LABORATÓRIO  DE  IMUNOLOGIA  .........................................................  65   Introdução  ...........................................................................................................................................................  67   Atividade  Laboratorial  ....................................................................................................................................  68   Setor  de  Imunoalergologia  ............................................................................................................................................  68   Setor  de  Autoimunidade  ................................................................................................................................................  69   Setor  de  Imunoquímica  ..................................................................................................................................................  70   Setor  de  Imunidade  Celular  e  Imunofenotipagem  ..............................................................................................  71   Setor  de  Inflamação  das  Vias  Aéreas  ........................................................................................................................  72   Atividade  Científica  ..........................................................................................................................................  76   Comentários  ........................................................................................................................................................  77   OUTROS  ESTÁGIOS  CLÍNICOS  ...................................................................................  79   Estágio  de  Pediatria  Médica  ..........................................................................................................................  81   Introdução  ............................................................................................................................................................................  81   Atividade  Assistencial  .....................................................................................................................................................  81   Atividade  Científica  ..........................................................................................................................................................  85   Comentários  ........................................................................................................................................................................  85   Estágio  de  Medicina  Interna  ..........................................................................................................................  87   Introdução  ............................................................................................................................................................................  87   Atividade  Assistencial  .....................................................................................................................................................  87   Atividade  Científica  ..........................................................................................................................................................  91   Comentários  ........................................................................................................................................................................  91   Estágio  de  Pneumologia  ..................................................................................................................................  92   Introdução  ............................................................................................................................................................................  92   Atividade  Assistencial  .....................................................................................................................................................  92   Atividade  Científica  ..........................................................................................................................................................  97   Comentários  ........................................................................................................................................................................  97   Estágio  de  Otorrinolaringologia  ..................................................................................................................  99   Introdução  ............................................................................................................................................................................  99   Atividade  Assistencial  .....................................................................................................................................................  99   Atividade  Científica  .......................................................................................................................................................  102   Comentários  .....................................................................................................................................................................  102   Estágio  de  Dermatologia  ..............................................................................................................................  103   Introdução  .........................................................................................................................................................................  103   Atividade  Assistencial  ..................................................................................................................................................  103   Atividade  Científica  .......................................................................................................................................................  108   Comentários  .....................................................................................................................................................................  108    
  • 7. CURRICULUM  VITAE   v   ATIVIDADE  CIENTÍFICA  E  DE  FORMAÇÃO  ...............................................................  111   Formação  Complementar  ............................................................................................................................  113   Cursos  de  formação  pós-­‐graduada  .........................................................................................................................  113   Outros  cursos  ...................................................................................................................................................................  116   Participação  em  Congressos  /  Reuniões  Científicas  .......................................................................................  116   Projetos  de  Investigação  ..............................................................................................................................  118   Prémios  e  Bolsas  .............................................................................................................................................  124   Trabalhos  científicos  premiados  .............................................................................................................................  124   Bolsas  de  Estudo  .............................................................................................................................................................  125   Publicações  .......................................................................................................................................................  126   Livros  /  Capítulos  de  livros  ........................................................................................................................................  126   Em  Texto  Completo  .......................................................................................................................................................  126   Revistas  indexadas  na  PubMed  ou  ISIs  ............................................................................................................  126   Revistas  não  indexadas  com  revisão  por  pares  ...........................................................................................  127   Outros  artigos  com  revisão  por  pares  ...................................................................................................................  128   Sob  a  forma  de  resumo  ................................................................................................................................................  128   Comunicações  ..................................................................................................................................................  135   Em  Reuniões  Científicas  /  Congressos  ..................................................................................................................  135   Outras  apresentações  /  Palestrante  a  convite  ...................................................................................................  135   Apresentações  Em  Reuniões  de  Serviço  ...............................................................................................................  136   Serviço  de  Imunoalergologia  ...............................................................................................................................  136   Outros  serviços  ..........................................................................................................................................................  137   Atividade  formativa  e  de  Divulgação  Científica  ...................................................................................  138   Pré-­‐Graduada  ...................................................................................................................................................................  138   Pós-­‐Graduada  ...................................................................................................................................................................  138   Outras  ..................................................................................................................................................................................  138   Inscrição  em  Sociedades  Científicas  .........................................................................................................  140   Outras  atividades  de  valorização  profissional  .....................................................................................  140       Considerações  finais  e  Agradecimentos  .................................................................................................  141   ANEXOS  EM  FORMATO  DIGITAL  ............................................................................  143      
  • 8.       NATACHA  SANTOS  vi          
  • 9. CURRICULUM  VITAE   vii   ÍNDICE DE TABELAS E FIGURAS   Tabela  1.   Organização   dos   estágios   da   Formação   Específica   em   Imunoalergologia   4   Tabela  2.   Classificações  obtidas  nos  estágios  e  formato  da  avaliação     4   Tabela  3.   Acompanhamento   personalizado   de   doentes   de   Imunoalergologia   durante   o   Internato,   em   comparação   com   os   mínimos   exigidos   no   Programa  de  Formação.   5   Tabela  4.   Procedimentos   diagnósticos   e   terapêuticos   realizados   durante   o   Internato,  em  comparação  com  os  mínimos  exigidos  no  Programa  de   Formação.   5   Tabela  5.   Atividades  de  investigação  e  formação  realizadas  durante  o  Internato   Complementar   de   Imunoalergologia,   em   comparação   com   os   mínimos  exigidos  no  Programa  de  Formação.   6   Tabela  6.   Evolução   da   atividade   assistencial   da   consulta   externa   ao   longo   do   internato  segundo  dados  do  SONHO   12   Tabela  7.   Atividade  assistencial  da  consulta  externa   12   Tabela  8.   Diagnósticos  principais  dos  doentes  seguidos  em  consulta  externa   13   Tabela  9.   Subtipos  de  urticária  nos  doentes  seguidos  em  consulta  externa   18   Tabela  10.   Principais   motivos/diagnósticos   da   consulta   de   atendimento   não   programado   21   Tabela  11.   Principais  motivos/diagnósticos  observados  no  Serviço  de  Urgência   23   Tabela  12.   Procedimentos  diagnósticos  realizados  na  área  de  alergia  alimentar   27   Tabela  13.   Procedimentos  realizados  na  área  de  alergia  a  fármacos   30   Tabela  14.   Procedimentos   realizados   na   área   de   alergia   a   veneno   de   himenópteros   31   Tabela  15.   Procedimentos   realizados   no   Laboratório   de   Exploração   Funcional   Respiratória   36   Tabela  16.   Motivos   de   consulta   e   diagnósticos   por   faixa   etária   (Estágio   de   Imunoalergologia  dos  Grupos  Etários  Pediátricos)   57   Tabela  17.   Procedimentos   observados   em   Hospital   de   Dia   (Estágio   de   Imunoalergologia  dos  Grupos  Etários  Pediátricos)   59   Tabela  18.   Motivos   de   observação   urgente   e   diagnósticos   por   faixa   etária   (Estágio  de  Imunoalergologia  dos  Grupos  Etários  Pediátricos)   61   Tabela  19.   Procedimentos   diagnósticos   e   terapêuticos   realizados   durante   o   Estágio  de  Imunoalergologia  dos  Grupos  Etários  Pediátricos.   62   Tabela  20.   Atividades   de   investigação   realizadas   durante   o   Estágio   de   Imunoalergologia  dos  Grupos  Etários  Pediátricos   63  
  • 10.       NATACHA  SANTOS  viii   Tabela  21.   Motivos  de  internamento  e  diagnósticos  por  internamento  por  faixa   etária  (Estágio  de  Pediatria)   83   Tabela  22.   Motivos   de   internamento   e   diagnósticos   dos   doentes   internados   (Estágio  de  Medicina  Interna)   89   Tabela  23.   Doentes  com  testes  epicutâneos  positivos  para  alergénios  da  bateria   standard  GPEDC  (Estágio  de  Dermatologia)   106   Tabela  24.   Resumo  de  comunicações  em  reuniões  científicas  /  congressos   135               Figura  1.   Corpo  Clínico  do  Serviço  de  Imunoalergologia  em  dezembro  de  2013   9   Figura  2.   Organigrama  do  Serviço  de  Imunoalergologia  em  dezembro  de  2013   10   Figura  3.   Relação  entre  gravidade  de  asma  e  de  rinite   14   Figura  4.   Área  de  preparação  de  alimentos  para  as  provas  de  provocação  oral   (Hospital  Mount  Sinai)   46   Figura  5.   Frequência   relativa   de   sensibilização   aos   diferentes   grupos   de   aeroalergénios   (Estágio   de   Imunoalergologia   dos   Grupos   Etários   Pediátricos)   56      
  • 11. CURRICULUM  VITAE   ix   LISTA DE ABREVIATURAS   AINE  -­‐  Anti-­‐inflamatórios  não  esteróides   ANP  -­‐  Atendimento  Não  Programado   ARIA  -­‐  Allergic  Rhinitis  and  its  Impact  on  Asthma   CARAT  -­‐  Controlo  da  Asma  e  Rinite  Alérgica  Teste   CD  –  Cluster  de  Diferenciação   CNPRP  -­‐  Centro  Nacional  de  Proteção  contra  Riscos  Profissionais.   CPARA  -­‐  Catálogo  Português  de  Alergias  e  Reações  Adversas   DEMI  -­‐  Débito  expiratório  máximo  instantâneo   EAACI  -­‐  European  Academy  of  Allergology  and  Clinical  Immunology   EPE  -­‐  Entidade  Pública  Empresarial   EPR  -­‐  Expert  Panel  Report   ERS  -­‐  European  Respiratory  Society   ESID  -­‐  European  Society  for  Immunodeficiencies   FEV  -­‐  Volume  expiratório  forçado   FPIES  -­‐  Síndrome  de  enterocolite  induzidas  por  proteínas  alimentares   GA2LEN  -­‐  Global  Allergy  and  Asthma  European  Network   GINA-­‐  Global  Initiative  for  Asthma   GPEDC  -­‐  Grupo  Português  de  Estudo  das  Dermatites  de  Contacto   Ig  -­‐  Imunoglobulina   JMA  -­‐  Junior  Members  &  Affiliates  da  EAACI   LBA  -­‐  Lavado  broncoalveolar   LTP  -­‐  Proteína  de  transferência  de  lípidos   PPO  -­‐  Prova  de  provocação  oral   SAO  -­‐  Síndrome  de  alergia  oral   SONHO  -­‐  Sistema  Integrado  de  Informação  Hospitalar   SPAIC  -­‐  Sociedade  Portuguesa  de  Alergologia  e  Imunologia  Clínica   SPI  -­‐  Sociedade  Portuguesa  de  Imunologia   SpO2  -­‐  Saturação  periférica  de  oxigénio   TA  -­‐  Tensão  arterial   TCP  -­‐  Testes  cutâneos  por  picada   TID  -­‐  Testes  intradérmicos   TRECs  -­‐  Círculos  de  excisão  dos  receptores  das  células  T    
  • 12.       NATACHA  SANTOS  x      
  • 13. CURRICULUM  VITAE   1   INTRODUÇÃO   Mais  de  cem  anos  passaram  desde  a  primeira  descrição  da  “febre  dos  fenos”  em  1819  por   Bostock,   da   realização   dos   primeiros   testes   cutâneos   por   picada   em   1869   por   Blakely   e   do   início  da  imunoterapia  específica  em  1911  por  Noon  e  Freeman.   Apesar  dos  incríveis  avanços  científicos  nas  áreas  da  alergologia  e  da  imunologia,  que  desde  o   meu   terceiro   ano   da   licenciatura   em   medicina   me   têm   motivado   a   curiosidade,   muito   por   mérito  do  Prof.  Doutor  Santos  Rosa,  professor  de  Imunologia  da  Faculdade  de  Medicina  de   Coimbra  e  do  Prof.  Doutor  António  Coutinho,  de  quem  tive  o  prazer  de  ouvir  pessoalmente   uma  sua  preleção  na  comemoração  do  aniversário  da  mesma  faculdade,  ficam  ainda  muitas   dúvidas  por  responder.   A  mais  importante,  a  meu  ver,  está  no  cerne  da  etiologia  da  patologia  alérgica  e  as  razões  para   o  aumento  da  sua  prevalência  nas  últimas  décadas,  afetando  atualmente  cerca  de  30-­‐40%  da   população  mundial  (WAO  White  Book  on  Allergy  2011).  De  entre  as  várias  hipóteses  colocadas,   a  hipótese  da  higiene  tem  adquirido  uma  relevância  particular,  embora  com  várias  adaptações   desde  a  sua  formulação  inicial  em  1989  por  Strachan,  estando  os  seus  conceitos  no  cerne  do   Finish   Allergy   Programme   2008-­‐2018,   que   se   propõe,   entre   outros   objetivos,   prevenir   o   desenvolvimento   de   sintomas   de   alergia.   A   melhoria   destes   conhecimentos   permitirá   certamente   melhorar   as   estratégias   de   prevenção   primária   bem   como   a   aquisição   de   tolerância,  natural  ou  induzida,  aos  vários  alergénios,  com  consequente  melhoria  da  saúde  e   da  qualidade  de  vida  global.   Foi   minha   tentativa   durante   estes   5   anos   de   Formação   Específica   em   Imunoalergologia   acompanhar  os  desenvolvimentos  desta  área  científica  e  potenciar  a  melhoria  de  cuidados  ao   doente   com   patologia   imunoalergológica,   só   possíveis   com   uma   atualização   permanente   e   cada  vez  mais  requerendo  a  cooperação  entre  várias  instituições  e  diferentes  áreas  do  saber.      
  • 14.   NATACHA  SANTOS  2   NOTA  BIOGRÁFICA   INFORMAÇÃO  PESSOAL   Nome:  Natacha  Lopes  dos  Santos   Filiação:  Cirilo  Lopes  Gomes  dos  Santos    Marina  Sergueevna  Issakova   Data  de  nascimento:  13  de  outubro  de  1983   Naturalidade:  Donetsk,  Ucrânia   Nacionalidade:  Portuguesa     HABILITAÇÕES  LITERÁRIAS   Ensino  Secundário  na  Escola  Secundária  Manuel  Cargaleiro,  Seixal,  concluído  em  julho  de  2001   com  a  classificação  final  de  18  valores.   Licenciatura   em   Medicina   pela   Faculdade   de   Medicina   da   Universidade   de   Coimbra,   de   outubro  de  2001  a  julho  de  2007,  com  a  classificação  final  de  15,270  valores  (ANEXOS  1  E  2).   Exame  de  Acesso  ao  Internato  Complementar  –  IM  2008A,  realizado  em  novembro  de  2007,   com  a  classificação  final  de  78%,  correspondente  ao  321º  lugar  entre  1060  candidatos  (ANEXO   2).   Internato  do  Ano  Comum  no  Centro  Hospitalar  do  Barlavento  Algarvio,  de  janeiro  a  dezembro   de  2008,  com  a  classificação  final  de  Apto  (ANEXO  3).   Ingresso  no  Internato  de  Formação  Específica  em  Imunoalergologia  a  2  de  janeiro  de  2009,  no   Serviço  de  Imunoalergologia  do  Centro  Hospitalar  São  João,  E.P.E.  (ANEXO  4).      
  • 15. CURRICULUM  VITAE   3   RESUMO  CURRICULAR   ESTÁGIOS  EFETUADOS  E  CLASSIFICAÇÕES  OBTIDAS   O  Internato  Complementar  em  Imunoalergologia  teve  início  a  1  de  janeiro  de  2009  no  Serviço   de  Imunoalergologia  do  Centro  Hospitalar  de  São  João,  E.P.E.,  à  data  sob  direção  da  Dra.  Maria   da   Graça   Castel-­‐Branco   e   tendo   como   orientador   o   Dr.   José   Luís   Plácido,   e   desde   junho   de   2010  sob  direção  do  Dr.  José  Luís  Plácido  e  orientação  do  Prof.  Doutor  José  Castela  Torres  da   Costa.   O  plano  de  formação  foi  inicialmente  estruturado  de  acordo  com  o  Programa  de  Formação  do   Internato  Complementar  de  Imunoalergologia,  publicado  em  Diário  da  República  -­‐  I  Série  B  nº   178  de  2  de  agosto  de  1996,  atualizado  em  fevereiro  de  2011  de  acordo  com  o  Programa  de   Formação,  publicado  em  Diário  da  República,  1ª  série,  nº  6  de  10  de  janeiro  de  2011  (ANEXO  5).     Tabela  1.  Organização  dos  estágios  da  Formação  Específica  em  Imunoalergologia     JAN   FEV   MAR   ABR   MAI   JUN   JUL   AGO   SET   OUT   NOV   DEZ   2009   PEDIATRIA  MÉDICA   MEDICINA  INTERNA   2010   MEDICINA  INTERNA   IMUNOALERGOLOGIA  GERAL   2011   IMUNOALERGOLOGIA  GERAL   IMUNOALERGOLOGIA  GRUPOS  ETÁRIOS  PEDIÁTRICOS   2012   IA   IMUNOLOGIA   PNEUMOLOGIA   OTORRINOLARINGOLOGIA   DERMATOLOGIA   2013   DERM   IMUNOALERGOLOGIA  DO  ADULTO  (IA)   ESTÁGIO  FINAL  DE  IMUNOALERGOLOGIA (1)   (1) Inclui  o  estágio  de  4  semanas  (5  a  30  de  agosto  de  2013)  no  Hospital  Mount  Sinai,  Nova  Iorque   Tabela  2.  Classificações  obtidas  nos  estágios  e  formato  da  avaliação   ESTÁGIO   CLASSIFICAÇÃO   AVALIAÇÃO   PEDIATRIA  MÉDICA   17,0   R   MEDICINA  INTERNA   18,0   R   IMUNOALERGOLOGIA  GERAL   18,7   R+P+T   IMUNOALERGOLOGIA  DOS  GRUPOS  ETÁRIOS  PEDIÁTRICOS   19,5   R   IMUNOLOGIA   18,6   R   PNEUMOLOGIA   19,2   R   OTORRINOLARINGOLOGIA   19,3   R   DERMATOLOGIA   19,0   R   IMUNOALERGOLOGIA  DO  ADULTO  /  ESTÁGIO  FINAL   19,5   R+P+T   NOTA  FINAL  DE  INTERNATO   18,64     R:  Relatório  de  Atividades;  P:  Avaliação  Prática;  T:  Avaliação  Teórica   São  apresentadas  em  anexo  as  declarações  de  tempo  e  qualidade  de  serviço  (ANEXO  6).  
  • 16.   NATACHA  SANTOS  4   ATIVIDADE  ASSISTENCIAL  E  PROCEDIMENTOS  REALIZADOS   Tabela   3.   Acompanhamento   personalizado   de   doentes   de   Imunoalergologia   durante   o   Internato,  em  comparação  com  os  mínimos  exigidos  no  Programa  de  Formação.     TOTAL   MÍNIMOS   CONSULTA  EXTERNA  DE  IMUNOALERGOLOGIA     -­‐   Total  de  consultas   1345   -­‐   Primeiras  consultas   362   -­‐   Taxa  de  acessibilidade  (%)   26,9     Total  de  doentes   544   500   Idade  <  18  anos   160   -­‐   URGÊNCIAS  DE  IMUNOALERGOLOGIA   474   -­‐   INTERNAMENTOS  DE  IMUNOALERGOLOGIA   15   -­‐     Tabela   4.   Procedimentos   diagnósticos   e   terapêuticos   realizados   durante   o   Internato,   em   comparação  com  os  mínimos  exigidos  no  Programa  de  Formação.   PROCEDIMENTO   TOTAL   MÍNIMOS   TESTES  CUTÂNEOS  POR  PICADA (1)   346   250   TESTES  CUTÂNEOS  INTRADÉRMICOS   77   50   TESTES  EPICUTÂNEOS   104   50   PROVA  DE  PROVOCAÇÃO  NASAL  ESPECÍFICA (2)   8   20   PROVA  DE  PROVOCAÇÃO  CONJUNTIVAL  ESPECÍFICA (2)   60   10   ESTUDO  FUNCIONAL  RESPIRATÓRIO  BASAL   294   100   PROVA  DE  BRONCODILATAÇÃO  COM  BETA-­‐2  MIMÉTICO   104   50   PROVA  DE  PROVOCAÇÃO  BRÔNQUICA  INESPECÍFICA   22   20   FRAÇÃO  EXALADA  DO  ÓXIDO  NÍTRICO   141   N.E.   OSCILOMETRIA  DE  IMPULSO   42   N.E.   RINOMANOMETRIA  ANTERIOR (2)   3   N.E.   PROVA  DE  PROVOCAÇÃO  ORAL  A  ALIMENTOS  OU  ADITIVOS   83   20   PROVA  DE  PROVOCAÇÃO  A  FÁRMACOS   85   20   PROVA  DE  PROVOCAÇÃO  POR  EXERCÍCIO  FÍSICO (2)   7   10   PROVA  DE  PROVOCAÇÃO  COM  ESTÍMULOS  FÍSICOS (3)   16   10   APLICAÇÃO  SUBCUTÂNEA  DE  IMUNOTERAPIA  ESPECÍFICA (4)   >100   100   SUPERVISÃO  DA  ADMINISTRAÇÃO  SUBCUTÂNEA  DE  IMUNOTERAPIA     40/SEM   1000   ACOMPANHAMENTO  DE  ESQUEMA  ACELERADO  DE  IMUNOTERAPIA   38   5   ACOMPANHAMENTO  DE  ADMINISTRAÇÃO  DE  GAMAGLOBULINA  EV (5)   10   10   ACOMPANHAMENTO  DE  PROTOCOLOS  DE  INDUÇÃO  DE  TOLERÂNCIA   24   5   N.E.:   Não   especificado.   SEM:   semana.   (1) Inclui   testes   cutâneos   picada-­‐picada   com   extratos   em   natureza. (2) Procedimentos   não   disponíveis   na   prática   clínica   do   Serviço   de   Imunoalergologia.   (3) Contabilizados  apenas  os  doentes  com  teste  de  cubo  degelo  ou  de  dermografismo  positivos,  e  não   todos  os  realizados.   (4) Inclui  58  administrações  contabilizadas  no  âmbito  da  estágio  de  Imunoalergologia   dos  Grupos  Etários  Pediátricos  e  ensaio  clínico. (5) 10  doentes  com  ≥12  administrações  cada.  
  • 17. CURRICULUM  VITAE   5   ATIVIDADES  DE  INVESTIGAÇÃO  E  FORMAÇÃO   Tabela  5.  Atividades  de  investigação  e  formação  realizadas  durante  o  Internato  Complementar   de  Imunoalergologia,  em  comparação  com  os  mínimos  exigidos  no  Programa  de  Formação.     TOTAL   MÍNIMOS   PROJETOS  DE  INVESTIGAÇÃO   18   1   Como  autor  ou  co-­‐autor   8   -­‐   Em  curso   5   -­‐   PRÉMIOS     8   -­‐   Como  primeiro  autor  /  apresentador   4   -­‐   Internacionais   2   -­‐   PUBLICAÇÕES   42   -­‐   Livros  /  capítulos  de  livros   1   -­‐   Artigos  em  texto  completo   15   4   Como  primeiro  autor   10   -­‐   Revistas  indexadas     9   -­‐   Outros  artigos   3   -­‐   Sob  a  forma  de  resumo1   23   -­‐   Como  primeiro  autor   10   -­‐   COMUNICAÇÕES   39   -­‐   Em  reuniões  científicas   17   10   Internacionais   9   -­‐   Palestrante  a  convite   8   -­‐   Em  reuniões  de  Serviço  de  Imunoalergologia   11   -­‐   Em  reuniões  de  outros  Serviços   3   -­‐   AÇÕES  DE  FORMAÇÃO  DE  OUTROS  PROFISSIONAIS   8   -­‐   AÇÕES  DE  ESCLARECIMENTO  AO  PÚBLICO   5   -­‐   BOLSAS  DE  FORMAÇÃO     3   -­‐   CURSOS  E  AÇÕES  DE  FORMAÇÃO   23   -­‐   Suporte  Imediato  de  Vida   1   1   Internacionais   6   -­‐   PARTICIPAÇÃO  EM  CONGRESSOS  E  REUNIÕES   31   -­‐   Internacionais   9   -­‐   OUTRAS  CONTRIBUIÇÕES  PARA  O  SERVIÇO   5   -­‐   1 Os   trabalhos   /   publicações   em   resumo   semelhantes   apresentados   em   diferentes   reuniões,   independentemente  da  língua,  foram  contabilizados  apenas  uma  vez.        
  • 18.   NATACHA  SANTOS  6      
  • 19.     ESTÁGIOS DE IMUNOALERGOLOGIA GERAL, DO ADULTO E FINAL          
  • 20.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  8      
  • 21. CURRICULUM  VITAE                                                     9   DESCRIÇÃO  DO  SERVIÇO  DE  IMUNOALERGOLOGIA   O  Serviço  de  Imunoalergologia  do  Centro  Hospitalar  São  João,  EPE  está  integrado  na  Unidade   Autónoma  de  Gestão  de  Medicina,  estando  desde  junho  de  2010  sob  a  direção  do  Dr.  José  Luís   Plácido.  Localiza-­‐se  no  Departamento  de  Ambulatório  do  Hospital  de  São  João,  onde  a  maior   parte  da  sua  atividade  está  concentrada.  Adicionalmente,  tem  espaço  disponível  no  Hospital   de  Dia  e  no  Internamento.   À   data   da   finalização   do   internato   de   Imunoalergologia   o   corpo   clínico   era   composto   por   8   especialistas   em   Imunoalergologia   (Figura   1).   Colaboram   ainda   com   o   Serviço   de   Imunoalergologia,  sob  supervisão  do  Centro  de  Ambulatório,  elementos  de  enfermagem  e  dois   elementos  administrativos,  em  esquema  de  rotatividade.   Figura  1.  Corpo  Clínico  do  Serviço  de  Imunoalergologia  em  dezembro  de  2013   DIRETOR  DE  SERVIÇO     COLABORADOR  DO  SIA,  EM  VOLUNTARIADO   DR.  JOSÉ  LUÍS  PLÁCIDO     PROF.  DOUTOR  LUÍS  DELGADO         ASSISTENTES  HOSPITALARES  GRADUADOS     INTERNOS  COMPLEMENTARES   PROF.  DOUTOR  JOSÉ  TORRES  DA  COSTA     DRA.  ANA  MARGARIDA  PEREIRA  (5º  ANO)   DRA.  JOSEFINA  RODRIGUES  CERNADAS     DRA.  NATACHA  SANTOS  (5º  ANO)       DRA.  DIANA  SILVA  (4º  ANO)   ASSISTENTES  HOSPITALARES     DRA.  FABRÍCIA  CAROLINO  (2º  ANO)   DR.  MÁRIO  MIRANDA     DR.  LUÍS  AMARAL  (1º  ANO)   DRA.  ALICE  COIMBRA     INTERNOS  COMPLEMENTARES   PROF.  DOUTOR  JOÃO  FONSECA     TÉCNICOS  SUPERIORES  DE  CARDIOPNEUMOLOGIA   DRA.  EUNICE  DIAS  DE  CASTRO     TÉCNICA  CARLA  MARTINS   PROF.  DOUTOR  ANDRÉ  MOREIRA     TÉCNICO  ARTUR  VILELA     De  forma  a  proporcionar  uma  resposta  adequada  às  solicitações,  o  Serviço  evoluiu  no  sentido   da   diferenciação   de   consultas   de   áreas   específicas,   estando   as   consultas   de   angioedema   hereditário  e  de  imunoalergologia  dos  grupos  etários  pediátricos  em  fase  de  implementação.  A   organização   e   coordenação   das   diferentes   áreas   de   atividade   assistencial   do   Serviço   de   Imunoalergologia  encontra-­‐se  representada  na  figura  2.      
  • 22.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  10   Figura  2.  Organigrama  do  Serviço  de  Imunoalergologia  em  dezembro  de  2013           EnfermeiraChefe Clementina Carvalho ConsultaExterna Dr.MárioMiranda Exploração Funcional Respiratória Dr.MárioMiranda eDra.Carla Monteiro Serviçosde Atendimento Urgente Dra.EuniceCastro Internamento Dra.AliceCoimbra Enfermagem CármenRedondo FernandaCampos FernandaSantos Consultade AlergiaAlimentar Dra.AliceCoimbra Consultade Alergiaa Fármacos Dra.JosefinaR. Cernadas Consultade AlergiaaVeneno deHimenópteros Dra.AliceCoimbra ConsultaAEH Dra.Eunice Castro Consultados GruposEtários Pediátricos Prof.Dr.André Moreira Consultade Alergia,Asmae Desporto Prof.Dr.André Moreira Consultade Patologia Ocupacional Alérgica Prof.Dr.Torresda Costa Consultade AsmaGrave Prof.Dr.João Fonseca Consultade Patologia CutâneaAlérgica Dr.MárioMiranda Consultade Imunodeficiências Primárias Prof.Dr.Torresda Costa ConsultaInterna Atendimentonão Programado “Permanência” ViaVerde ApoioaoServiço deUrgência HospitaldeDia Dra.JosefinaR. Cernadas Enfermeiro Supervisor JoséAntónio DirectordeServiço Dr.JoséLuísPlácido CAM Dra.AnaPaula UAGMedicina Assistente Técnica
  • 23. CURRICULUM  VITAE                                                     11   Para  além  da  atividade  assistencial,  o  Serviço  de  Imunoalergologia  tem  um  papel  fundamental   na   investigação   na   área   da   Imunoalergologia,   na   formação   pré-­‐graduada   de   alunos   da   Faculdade  de  Medicina  da  Universidade  do  Porto  e  na  formação  pós-­‐graduada,  com  especial   relevo   para   a   formação   de   internos   da   Especialidade   de   Imunoalergologia,   para   a   qual   tem   idoneidade  formativa  completa  desde  janeiro  de  2013.     Elementos   do   Serviço   de   Imunoalergologia   participam   ativamente   em   órgãos   da   Sociedade   Portuguesa   de   Alergologia   e   Imunologia   Clínica,   Academia   Europeia   de   Alergologia   e   Imunologia  Clínica,  Ordem  dos  Médicos  e  Colégio  de  Especialidade  de  Imunoalergologia.   Uma   descrição   mais   pormenorizada   da   história,   recursos   humanos,   instalações   e   equipamentos,   atividade   assistencial   e   atividade   científica   e   formativa   do   Serviço   de   Imunoalergologia  encontra-­‐se  em  anexo  (ANEXO  7).      
  • 24.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  12   ATIVIDADE  ASSISTENCIAL   CONSULTA  EXTERNA   No  período  de  1  de  julho  de  2010  a  31  dezembro  de  2013,  correspondente  ao  seguimento  de   doentes   de   forma   individualizada,   foram   observados,   segundos   os   dados   do   SONHO,   644   doentes  com  aumento  progressivo  do  número  de  consultas  durante  o  internato.     Tabela  6.  Evolução  da  atividade  assistencial  da  consulta  externa  ao  longo  do  internato  segundo   dados  do  SONHO     2010   2011   2012   2013   TOTAL   TOTAL  DE  CONSULTAS   80   249   399   678   1406   PRIMEIRAS  CONSULTAS   16   51   122   177   366   Taxa  de  acessibilidade  (%)   20,0   20,5   30,6   26,1   26,0   TOTAL  DE  DOENTES   76   138   211   418   644     No  entanto,  100  doentes  foram  observados  em  substituição  de  outro  médico,  como  parte  do   seguimento   de   doentes   no   Ensaio   Clínico   BIA-­‐PHL-­‐P2-­‐001   ou   como   consulta   não   presencial   para  registo  de  relatório  final  da  Área  de  Alergia  a  Fármacos.  Durante  a  Formação  Específica   em  Imunoalergologia  foram  diretamente  seguidos  e  observados  em  Consulta  Externa  um  total   de  544  doentes  (Tabela  7),  com  idade  mediana  de  29  anos  (5  meses  a  82  anos,  29%  com  idade   <18   anos),   352   (65%)   do   sexo   feminino,   cujos   diagnósticos   principais   se   encontram   discriminados  na  Tabela  8.A  média  (desvio  padrão)  de  consultas  por  doente  foi  2,5  (2),  sendo   que  211  (39%)  foram  observados  em  apenas  uma  consulta.     Tabela  7.  Atividade  assistencial  da  consulta  externa     TOTAL   TOTAL  DE  CONSULTAS   1345   PRIMEIRAS  CONSULTAS   362   Taxa  de  acessibilidade  (%)   26,9   TOTAL  DE  DOENTES   544   Idade  12-­‐17  anos,  n  (%)   57  (10%)   Idade  6-­‐11  anos,  n  (%)   49  (9%)   Idade  <  6  anos,  n  (%)   54  (10%)    
  • 25. CURRICULUM  VITAE                                                     13   A   proveniência   dos   doentes   foi   maioritariamente   dos   centros   de   saúde   (43%),   de   outros   médicos  do  Serviço  de  Imunoalergologia  (32%)  e  de  outras  especialidades  hospitalares  (11%),   de  entre  as  quais  Otorrinolaringologia  (78%)  e  Dermatologia  (14%).    Foram  ainda  observados   doentes   provenientes   do   Serviço   de   Urgência   (n=33),   internamento   (n=9)   e   consulta   de   Via   Verde  (n=6).   Tabela  8.  Diagnósticos  principais  dos  doentes  seguidos  em  consulta  externa     TOTAL   <18  ANOS   RINITE   369   123   ASMA   222   63   SIBILÂNCIA  RECORRENTE   19   19   ALERGIA  A  FÁRMACOS   95   13   ALERGIA  A  ALIMENTOS   51   13   ALERGIA  A  VENENO  DE  HIMENÓPTEROS   2   0   ALERGIA  AO  LÁTEX   2   0   URTICÁRIA  E/OU  ANGIOEDEMA   92   11   DERMATITE  ATÓPICA   20   15   DERMATITE  DE  CONTACTO   17   2   OUTROS 1   48   22   1 Infeções  de  repetição  (n=9),  prurigo  estrófulo  (n=7),  apneia  obstrutiva  do  sono  (n=6)  lesões  cutâneas   não  especificadas  (n=4),  tosse  crónica  (n=3),  tosse  pós-­‐infeciosa  (n=3),  défice  de  alfa-­‐1  antitripsina  (n=3),   reações  locais  exuberantes  a  picada  de  himenópteros  (n=3),  eczema  de  estase  (n=2),  eczema  das  mãos   (n=2),  candidíase  refratária  ao  tratamento  (n=1),  provável  disfunção  das  cordas  vocais  (n=1),  patologia   intersticial   pulmonar   (n=1),   hipereosinofilina   (n=1),   mastocitose   cutânea   (n=1),   mastocitose   sistémica   indolente  (n=1)  e  suspeita  de  anafilaxia  com  o  exercício  (n=1).   O  facto  de  o  número  total  de  diagnósticos  ou  suspeitas  diagnósticas  ser  superior  ao  número   total  de  doentes  demonstra  o  frequente  atingimento  multiorgânico  da  patologia  alérgica.   Dos   369   doentes   com   rinite,   197   (53%)   tinham   asma   associada,   59   (16%)   conjuntivite   e   42   (11%)  rinossinusite,  10  dos  quais  com  polipose  nasal  e  3  com  doença  respiratória  exacerbada   pela  aspirina.     Em   292   (80%)   dos   doentes   confirmou-­‐se   o   diagnóstico   de   rinite   alérgica.   Quatro   doentes   tinham   clínica   muito   sugestiva   de   rinoconjuntivite   alérgica   polínica,   embora   com   testes   cutâneos   por   picada   negativos   para   pólenes,   tendo   sido   considerada   a   possibilidade   de   entopia,   aguardando   a   realização   de   prova   de   provocação   específica.   Outras   etiologias   incluíram   rinite   agravada   pela   ocupação   (n=3),   gravídica   (n=2),   gustatória   (n=1),  
  • 26.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  14   medicamentosa  (n=1),  e  por  obstrução  mecânica  (n=3).  Salientam-­‐se  3  doentes  trabalhadores   em  confecção  ou  costura  com  rinite  agravada  pela  ocupação  e  1  marceneiro  com  conjuntivite   desencadeada  pelo  contacto  com  madeira  de  tília.   Dos   222   doentes   com   asma,   197   (89%)   tinham   rinite   associada   e   em   183   (82%)   os   testes   cutâneos   foram   positivos   para   pelo   menos   um   aeroalergénio.   Outras   comorbilidades   presentes  foram  obesidade  (n=17),  tabagismo  ativo  (n=12),  depressão  (n=7)  e  refluxo  gastro-­‐ esofágico   (n=6),   tendo   sido   promovido   o   seu   tratamento   com   orientação   a   outras   especialidades   sempre   que   necessário.   Em   2   doentes   foi   conseguida   a   cessação   tabágica.   Numa   doente   foi   confirmado   o   diagnóstico   de   aspergilose   broncopulmonar   alérgica.   Neste   período  foram  seguidas  6  senhoras  grávidas  com  asma.     Na  figura  3  é  apresentada  a  relação  entre  gravidade  de  rinite,  de  acordo  com  o  Allergic  Rhinitis   and  its  Impact  on  Asthma  (ARIA)  2008  e  de  asma,  classificada  tendo  em  conta  a  medicação   necessária   para   atingir   o   controlo   de   acordo   com   as   orientações   do   Global   Initiative   for   Asthma  (GINA)  2009  e  do  Expert  Panel  Report  (EPR)-­‐3  2007.   Figura  3.  Relação  entre  gravidade  de  asma  e  de  rinite     O  número  de  doentes  com  asma  persistente  moderada  poderá  estar  sobrevalorizado,  dado   que  em  alguns  doentes  a  diminuição  do  nível  terapêutico  acarreta  a  mudança  de  um  único   inalador  para  um  inalador  de  controlo  e  um  diferente  inalador  de  tratamento  da  exacerbação,   com   uma   potencial   diminuição   da   compliance   do   doente,   tendo-­‐se   optado   por   manter   a   terapêutica  atual.     0   20   40   60   80   Asma  intermitente   Asma  persistente  ligeira   Asma  persistente  moderada   Asma  persistente  grave   n  doentes   Rinite  intermitente  ligeira   Rinite  intermitente  moderada  a  grave   Rinite  persistente  ligeira   Rinite  persistente  moderada  a  grave  
  • 27. CURRICULUM  VITAE                                                     15   Os  doentes  considerados  como  tendo  asma  grave  englobam:   1) Doente   de   54   anos,   sexo   feminino,   com   asma   e   rinite   alérgica   a   ácaros   corticodependente,   que   iniciou   tratamento   com   omalizumab.   Suspendeu   corticoide   oral  tendo  na  última  consulta  um  “Controlo  da  Asma  e  Rinite  Alérgica  Teste”  (CARAT)   de  23/30  total  e  14/18  nas  vias  aéreas  inferiores.   2) Doente   de   46   anos,   sexo   masculino   com   asma   e   rinite   alérgica,   polissensibilizado,   corticodependente,   com   bronquiectasias   e   pectus   escavatum   como   comorbilidades,   previamente  em  tratamento  com  omalizumab  que  suspendeu  por  ausência  de  adesão   ao  tratamento.   3) Doente   de   66   anos,   sexo   masculino,   não   atópico,   com   síndrome   de   sobreposição   asma/DPOC  e  bronquiectasias,  que  teve  alta  para  a  consulta  de  Pneumologia  onde  já   era  anteriormente  seguido.   Foram  ainda  seguidos  atletas  federados  com  asma,  para  os  quais  houve  especial  atenção  na   prescrição  de  medicação,  de  forma  a  cumprir  a  Lista  de  Substâncias  Proibidas  pela  Autoridade   Antidopagem  de  Portugal  (ADoP).   Os   doentes   com   asma   estavam,   na   sua   maioria,   parcial   ou   totalmente   controlados   com   a   terapêutica  prescrita.  Os  doentes  com  asma  não  controlada  eram  sobretudo  os  observados  em   primeira  consulta  ou  com  incumprimento  da  terapêutica.   A  cada  doente  era  instituída  a  terapêutica  inalatória  em  função  da  idade  e  capacidades  físicas   e  cognitivas,  sendo  a  técnica  inalatória  revista  periodicamente.   Dos  doentes  que  realizaram  testes  cutâneos  para  aeroalergénios,  332  (62%)  eram  atópicos,   sendo  a  frequência  de  atopia  superior  (79%)  nos  doentes  com  rinite  e/ou  asma.  Destes,  29%   eram   monossensibilizados   a   ácaros,   19%   a   pólenes   e   1%   a   epitélios   de   animais   ou   fungos,   enquanto  que  170  (51%)  dos  doentes  tinham  sensibilizações  a  múltiplos  grupos  alergénicos.  O   perfil   de   sensibilizações   dos   doentes   seguidos   em   consulta   externa   de   Imunoalergologia   foi   aferido  com  maior  detalhe  no  âmbito  do  estudo  “Alergia  ao  Tetranychus  urticae”  (projeto  de   investigação  2),  aceite  para  publicação  (Publicação  15)  e  cujos  resultados  são  sobreponíveis   aos  publicados  no  estudo  GA2 LEN  para  Portugal  (Allergy  2009;64(10):1498-­‐506).   Em  relação  à  administração  de  imunoterapia  específica,  80  (24%  dos  atópicos)  estavam  sob   tratamento   atual   ou   recente   com   imunoterapia   específica   subcutânea:   14   em   fase   de  
  • 28.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  16   manutenção   de   imunoterapia   previamente   iniciada   e   24iniciaram   imunoterapia   por   minha   indicação.   Destes,   todos   tinham   rinite   alérgica,   persistente   moderada   a   grave   em   58%   dos   casos.  A  composição  prescrita  foi  de  100%  gramíneas  (n=13),  50%  gramíneas  +  50%  oliveira   (n=1),  100%  Dermatophagoides  pteronyssinus  (n=7)  e  50%  Dermatophagoides  pteronyssinus  +   50%   Lepidoglyphus   destructor   (n=3),   tendo   em   conta   a   sazonalidade   das   queixas   e   os   resultados   de   testes   cutâneos   por   picada   e/ou   IgE   específicas.   Adicionalmente   20   doentes   foram   considerados   como   tendo   indicação   para   imunoterapia   tendo   recusado   por   razões   económicas,   27   doentes   têm   o   início   de   imunoterapia   específica   programado   e   42   tinham   recentemente  completado  o  tratamento.     As  crianças  com  sibilância  recorrente  eram  maioritariamente  não  atópicas  sendo  o  principal   desencadeante  as  infeções  respiratórias.  Procurou-­‐se  identificar  e  corrigir  potenciais  fatores   predisponentes,  nomeadamente  hipertrofia  adenoide  e  orientar  no  sentido  da  prevenção  de   infeções  e  do  tratamento  a  realizar  em  caso  de  episódio  de  sibilância.  Numa  menina  avaliada   sequencialmente   entre   os   3   e   os   5   anos   foi   possível   estabelecer   o   fenótipo   de   sibilância   transitória  da  infância,  tendo  tido  alta.   Dos  doentes  com  alergia  a  fármacos,  47  reportavam  suspeita  de  reação  a  antibióticos  e  23  a   anti-­‐inflamatórios   não   esteróides   (AINE),   sendo   que   os   restantes   reportavam   reações   a   diversos  fármacos;  de  realçar  alguns  doentes  com  reações  graves,  nomeadamente  2  doentes   com  anafilaxia  ao  diclofenac,  1  doente  com  anafilaxia  ao  etoricoxibe  descrito  em  episódio  de   internamento,   um   doente   com   Tríade   de   Widal   e   episódio   grave   de   doença   respiratória   exacerbada  pela  aspirina  com  necessidade  de  ventilação  invasiva  e  um  doente  com  suspeita  de   pustulose  exantemática  generalizada  aguda  a  amoxicilina/ácido  clavulânico.   Dos   51   doentes   com   alergia   alimentar   suspeita   ou   confirmada,   os   alimentos   mais   frequentemente   implicados   foram   os   peixes   (n=5),   marisco   e   cefalópodes   (n=11),   frutos   frescos  (n=10),  frutos  secos  e  amendoim  (n=4),  leite  de  vaca  (n=5)  e  ovo  (n=5).  Um  doente  foi   orientado  por  IgE  específicas  positivas  para  peixe  e  marisco  apesar  de  ingerir  estes  alimentos   com  tolerância.   Em  11  doentes  com  alergia  alimentar  a  clínica  foi  de  anafilaxia,  salientando-­‐se  uma  doente  de   23   anos   com   episódios   de   anafilaxia   a   rosáceas   e   frutos   secos   e   sensibilização   a   rPru   p   3,   proteína  de  transferência  de  lípidos  (LTP)  do  pêssego  e  um  doente  de  28  anos  com  anafilaxia   ao  tomate  e  sensibilização  a  Sola  l  3  (LTP  to  tomate)  aos  quais  se  pondera  iniciar  tratamento  
  • 29. CURRICULUM  VITAE                                                     17   com   imunoterapia   sublingual   de   pêssego.   Referem-­‐se   ainda   uma   doente   de   29   anos   com   anafilaxia  ao  tremoço  e  sensibilização  a  Gal  d  5  (alfa  livetina)  que  fazia  evicção  completa  de   ovo   e   de   carne   de   aves   e   que   se   encontra   em   processo   de   avaliação   de   tolerância   a   estes   alimentos,  uma  doente  de  40  anos  com  episódios  reprodutíveis  de  anafilaxia  ao  leite  de  vaca   de  início  no  terceiro  trimestre  de  gravidez  e  aquisição  de  tolerância  no  puerpério,  à  data  da   observação  com  testes  cutâneos  por  picada  negativos  ao  leite,  e  um  doente  de  36  anos  com   início   de   anafilaxia   ao   ovo   em   idade   adulta,   após   realização   de   tratamento   para   hepatite   B   crónica  com  interferão.   Uma  doente  de  48  anos  com  clínica  sugestiva  de  anafilaxia  induzida  pelo  exercício  dependente   de  alimentos  (FDEIA)  e  teste  cutâneo  por  picada  positivo  às  farinhas  de  trigo  e  centeio  realizou   prova  de  provocação  oral  com  pão  de  trigo  em  repouso,  negativa,  prova  de  exercício,  negativa   e  prova  de  exercício  30  minutos  após  ingestão  de  pão  de  trigo,  negativa,  ingerindo  atualmente   pão   e   outros   alimentos   contendo   farinha   de   trigo   e   centeio   sem   restrições   e   sem   reações,   referindo   associar   a   fase   de   ocorrência   dos   episódios   com   período   de   maior   instabilidade   emocional.   Foi  também  realizada  prova  de  provocação  com  exercício  em  cicloergómetro  numa  jovem  de   19  anos  com  episódios  recorrentes  de  dispneia,  tosse,  rinite  e  edema  palpebral  associados  ao   exercício,  que  foi  negativa.   Todos  os  doentes  com  suspeita  de  anafilaxia  a  alimentos  ou  outros  alergénios  em  que  não  seja   possível  realizar  uma  evicção  completa  e  segura  são  portadores  de  adrenalina  auto-­‐injetável   cuja  técnica  de  administração  e  prazo  de  validade  são  revistos  periodicamente  nas  consultas.   Foram  observados  na  consulta  2  doentes  com  suspeita  de  alergia  a  veneno  de  himenópteros   não  confirmada  que  reportavam  reações  sistémicas  (Grau  I  e  II  de  Mueller)  e  um  doente  com   reações  locais  exuberantes  a  picada  de  abelha  e  IgE  positiva  (6,35kU/L)  para  abelha.   Dos   doentes   com   urticária   e/ou   angioedema   foram   observados   8   doentes   com   urticária   aguda,  frequentemente  no  contexto  de  infeção  e  em  2  doentes  com  associação  a  ingestão  de   alimentos   ricos   em   histamina,   8   doentes   com   urticária   e/ou   angioedema   recorrente   de   características   histaminérgicas,   sem   causa   esclarecida,   8   doentes   com   provável   angioedema   induzido  por  IECA  e  uma  jovem  de  15  anos  com  suspeita  de  angioedema  hereditário  tipo  3  por   episódio  de  angioedema  da  face  sem  resposta  a  corticoide  e  antihistamínico  com  duração  de  4  
  • 30.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  18   dias,  de  ocorrência  2  meses  após  início  de  contraceptivo  oral  e  com  C1  inibidor  e  C4  normais   durante  o  episódio,  a  quem  não  foi  possível  completar  o  diagnóstico  por  perda  de  seguimento.   Na   Tabela   9   são   apresentados   os   subtipos   de   urticária   de   acordo   com   a   classificação   EAACI/GA2LEN  2007.   Tabela  9.  Subtipos  de  urticária  nos  doentes  seguidos  em  consulta  externa     TOTAL   URTICÁRIA  CRÓNICA  ESPONTÂNEA   16   URTICÁRIA  FÍSICA     Dermografismo  sintomático   9   Urticária  de  pressão  retardada   3   Urticária  ao  frio   4   Urticária  solar   11   URTICÁRIA  COLINÉRGICA   13     Para  o  diagnóstico  da  urticária  ao  frio,  em  conjugação  com  a  história  clínica,  foram  realizados   testes   de   cubo   de   gelo,   positivos   após   exposição   de   5   a   15   minutos.   Não   foi   no   entanto   possível  comprovar  as  suspeitas  de  urticária  de  pressão  retardada,  urticária  solar  (que  poderia   estar   em   relação   com   exantema   solar)   e   urticária   colinérgica,   embora   a   clínica   e   as   características   das   lesões   observadas   quer   pessoalmente   quer   através   de   fotografia   fossem   sugestivas.   Salienta-­‐se   o   caso   de   uma   doente   de   14   anos,   sexo   feminino,   observada   em   consulta   por   clínica   compatível   com   urticária   colinérgica.   Apresentava   concomitantemente   hiperhidrose   axilo-­‐palmar  e  acrocianose  pelo  que  foi  orientada  para  consulta  de  cirurgia  vascular.  Optou  por   realizar  simpatectomia  torácica  bilateral,  sem  surgimento  de  novas  lesões  de  urticária  em  até   10  meses  do  pós-­‐operatório.         Dos  doentes  com  dermatite  atópica,  na  sua  maioria  ligeira,  salienta-­‐se  o  caso  de  uma  doente   de  19  anos,  sexo  feminino,  orientada  da  consulta  de  Dermatologia  por  dermatite  atópica  grave   medicada  com  ciclosporina,  com  rinite  e  asma  persistente  ligeira  alérgica  a  ácaros  e  pólenes  de   oliveira,   gramíneas   e   ervas.   Dadas   as   queixas   peranuais   de   dermatite   atópica,   sem   agravamento   sazonal   na   primavera,   foi   decidido   iniciar   imunoterapia   específica   100%   Dermatophagoides   pteronyssinus.   Após   9   meses   de   tratamento   nota   melhoria   global   das  
  • 31. CURRICULUM  VITAE                                                     19   patologias   alérgicas,   com   CARAT=28   e   SCORAD=24,2,   mantendo   sobretudo   componente   de   xerose  cutânea.   Foi  também  observada  uma  criança  de  7  meses,  sexo  masculino,  orientado  para  consulta  por   dermatite  atópica  grave  de  início  aos  4  meses  de  idade,  sob  amamentação  materna  exclusiva,   sem  resolução  completa  com  cursos  de  corticóide  oral.  Dada  a  gravidade  do  quadro  foi  pedido   estudo   imunológico   com   imunoglobulinas,   que   revelou   hipogamaglobulinemia   (IgG=81mg/mL),   que   se   manteve   à   avaliação   dos   9   meses,   aumento   de   IgE   (1330kU/L)   e   biópsia  cutânea  que  demonstrou  “dermatite  espongiótica”.  A  imunofenotipagem  dos  linfócitos   não   demonstrou   alterações.   Após   discussão   do   caso   com   o   coordenador   da   consulta   de   imunodeficiências   da   Pediatria,   foi   iniciada   antibioterapia   profilática   e   gamaglobulina   subcutânea  com  melhoria  clínica.  Foi  colocada  a  hipótese  diagnóstica  de  Síndrome  de  Omenn,   aguardando  o  estudo  genético  de  RAG1  e  RAG2.   Nos   doentes   com   suspeita   de   dermatite   de   contacto   alérgica   não   previamente   confirmada   foram  realizados  testes  epicutâneos  com  série  standard  de  alergénios  do  Grupo  Português  de   Estudo  das  Dermatites  de  Contacto  (GPEDC)  e,  quando  necessário,  produtos  próprios,  sendo   orientados   para   consulta   de   Dermatologia   se   necessário   testar   um   Alergénio   de   uma   série   específica.   Foram   diagnosticadas   na   consulta   de   Imunoalergologia   dermatite   de   contacto   alérgica  ao  níquel  (n=3),  parafenilenodiamina  e  disperso  laranja  (n=2),  dermatite  de  contacto   ocupacional   a   epóxi-­‐resinas   (n=2),   cremes   de   uso   próprio   para   tratamento   do   acne   (n=1)   e   parabenos  (n=1),  tendo  todos  os  doentes  recebido  informação  relativa  à  evicção.   Foram  seguidos  na  consulta  2  doentes  com  diagnóstico  prévio  de  mastocitose,  incluindo  um   doente  com  mastocitose  cutânea  e  um  doente  de  42  anos,  sexo  masculino  com  mastocitose   sistémica   indolente   diagnosticada   aos   39   anos   por   episódios   de   anafilaxia   a   múltiplos   fármacos,   incluindo   amoxicilina/ácido   clavulânico   e   anti-­‐inflamatórios   não   esteróides   inibidores  da  COX-­‐1,  com  elevação  da  triptase  basal  (68,7ug/L)  e  sem  mutações  do  gene  Kit   nos   exões   8,   11   e   17.   Atualmente   controlado   com   antihistamínico   e   antagonista   dos   receptores  dos  leucotrienos.  É  portador  de  adrenalina  auto-­‐injetável.   Por   último,   refere-­‐se   o   caso   de   um   jovem   de   10   anos,   referenciado   à   consulta   por   rinite   alérgica   a   ácaros   e   pólenes,   de   características   intermitentes   ligeiras   que   apresentava   hipereosinofilia  moderada  em  estudo  analítico  prévio.  Por  manter  hipereosinofilia  4  semanas   após   tratamento   com   desparazitante   foi   iniciado   estudo   para   exclusão   de   causas   de  
  • 32.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  20   hipereosinofilia   e   orientado   para   consulta   de   Hematologia.   O   estudo   efetuado   não   revelou   alterações  tendo  ocorrido  uma  diminuição  progressiva  da  contagem  absoluta  de  eosinófilos,   mantendo  agora  apenas  eosinofilia  ligeira,  compatível  com  a  atopia.   Do   total   de   doentes   observados,   196   (36%)   tiveram   alta   da   consulta,   a   maioria   (62%)   orientados   para   o   Centro   de   Saúde   após   conclusão   do   estudo   de   alergia   suspeita   e/ou   estabilização   clínica,   sendo   enviado   relatório   com   os   diagnósticos,   resultados   de   meios   complementares  realizados  e  orientação  terapêutica  sugerida.      
  • 33. CURRICULUM  VITAE                                                     21   SERVIÇOS  DE  ATENDIMENTO  URGENTE   Durante  os  estágios  de  Imunoalergologia  Geral,  do  Adulto  e  Final,  bem  como  nos  Estágios  de   Laboratório   de   Imunologia   e   de   Dermatologia,   foram   realizadas   um   total   de   18   horas   semanais,   em   horário   consoante   a   conveniência   do   Serviço   de   Imunoalergologia,   dedicadas   sobretudo  à  Consulta  de  Atendimento  Não  Programado,  mas  também  à  Via  Verde,  Serviço  de   Urgência   e   Consulta   Interna.   Nos   estágios   de   Pneumologia   e   Otorrinolaringologia   foram   realizadas  12  horas  semanais  de  urgência  no  serviço  de  estágio  e  6  horas  semanais  no  Serviço   de  Imunoalergologia.  O  resumo  desta  atividade  encontra-­‐se  na  Tabela  3.   ATENDIMENTO  NÃO  PROGRAMADO  (ANP)   Foram  observados  383  episódios  em  317  doentes,  com  idade  mediana  de  36  anos  (entre  1  e   86  anos),  243  (63%)  do  sexo  feminino.   Tabela  10.  Principais  motivos/diagnósticos  da  consulta  de  atendimento  não  programado     TOTAL   ASMA  AGUDIZADA   134   Infeção  respiratória   82   Má  adesão  /  técnica  inalatória   17   Fatores  psicológicos   6   Outro  /  Não  identificado   29   RINITE  AGUDIZADA   13   INFEÇÃO  RESPIRATÓRIA   89   ANGIOEDEMA     14   URTICÁRIA     12   DERMATITE  ATÓPICA  AGUDIZADA   9   DÚVIDAS  NA  IMUNOTERAPIA   26   Infeção  respiratória   9   Agravamento  da  doença  alérgica   12   Atraso  na  administração   2   Reação  adversa     3   INÍCIO  DE  IMUNOTERAPIA  EM  PAUTA  RÁPIDA   24   OUTROS   57    
  • 34.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  22   Dos   134   doentes   com   asma   agudizada,   104   (78%)   tiveram   exacerbações   ligeiras,   27   (20%)   exacerbações  moderadas  e  3  (2%)  doentes  exacerbação  grave  segundo  os  critérios  da  EPR-­‐3   2007.   Outros   diagnósticos   incluem   reavaliação   de   doentes   no   pós-­‐internamento,   vigilância   de   doentes  com  reações  adversas  a  procedimentos  da  área  de  alergia  a  fármacos,  alimentos  ou   himenópteros,  tosse  crónica,  outras  queixas  cutâneas  como  dermatite  seborreica,  eczema  de   estase  e  dermatite  de  contacto,  bem  como  profilaxia  a  curto  prazo  de  angioedema  hereditário   com  administração  de  concentrado  de  C1  inibidor  antes  de  extração  dentária,  em  3  doentes.   Dos  doentes  com  angioedema,  4  corresponderam  a  doentes  com  angioedema  hereditário  tipo   1   em   agudização.   Foi   ainda   observada   em   três   ocasiões   uma   doente   com   reação   sistémica   durante  procedimento  de  dessensibilização  à  carboplatina,  a  quem  foi  tratada  a  reação  e  feito   ajuste  do  protocolo.   Dos  doentes  com  reação  adversa  a  imunoterapia,  salientam-­‐se  2  reações  anafiláticas  durante  a   fase   de   indução   terapêutica,   com   extratos   aquosos   ou   depot:   veneno   de   abelha   e   Phleum   pratensis.   Três  doentes  com  infeção  respiratória  e  insuficiência  respiratória  tipo  1  não  revertida  durante   terapêutica  no  ANP  foram  orientados  para  o  internamento,  uma  das  quais  uma  criança  de  5   anos  internada  ao  cuidado  da  Pediatria  Médica.   VIA  VERDE   Foram   observadas   em   Via   Verde   de   Imunoalergologia7   mulheres   grávidas   orientadas   do   serviço  de  Obstetrícia,  1  por  suspeita  de  asma  em  que  foi  excluído  o  diagnóstico,  5  por  asma  e   1  por  agravamento  de  rinite  alérgica,  a  quem  foi  feito  ajuste  e  esclarecimento  terapêutico  e   que  foram  orientadas  para  consulta  de  Imunoalergologia  para  seguimento.   Foi  ainda  observado  1  doente  proveniente  do  centro  de  saúde  com  suspeita  de  anafilaxia  a   veneno  de  himenópteros,  que  foi  orientado  para  estudo  na  área  específica.   SERVIÇO  DE  URGÊNCIA   Foram  observados  43  doentes  como  pedido  de  colaboração  de  Imunoalergologia  no  Serviço  de   Urgência,  25  do  sexo  feminino  (58%)  e  idade  mediana  de  35  anos  (15    a  65  anos,  1  com  idade  
  • 35. CURRICULUM  VITAE                                                     23   <18  anos).  Os  motivos  de  pedido  de  observação  são  descritos  na  Tabela  11,  tendo  em  19  (44%)   dos  casos  sido  identificado  um  agente  suspeito.   Tabela  11.  Principais  motivos/diagnósticos  observados  no  Serviço  de  Urgência   MOTIVO  DE  URGÊNCIA   ETIOLOGIA  SUSPEITA   N   URTICÁRIA     10     Peixes   2   ANGIOEDEMA     13     IECA   5     AINE   1     Hereditário   2   EXANTEMA     8     Amoxicilina  +  ácido  clavulânico   1     Carbamazepina   1     Fenitoína   1     Flurbiprofeno   1     Clopidogrel   1     Colchicina   1   DERMATITE  DE  CONTACTO/ATÓPICA     6     Fibra  de  vidro  /  resinas   2     Parafenilenodiamina   2     Acrilatos   1   EXACERBAÇÃO  DE  ASMA     5   ANAFILAXIA   Diclofenac   1   AINE:  Anti-­‐inflamatórios  não  esteroides.  IECA:  inibidores  de  conversão  da  angiotensina.   Trinta   doentes   foram   orientados   para   consulta   de   Imunoalergologia   para   seguimento   e/ou   estudo  adicional  e  2  doentes  foram  internados:  um  com  56  anos,  sexo  masculino,  com  asma   agudizada  com  insuficiência  respiratória  tipo  1,  e  uma  doente  de  20  anos,  sexo  feminino,  com   eczema  agudo  generalizado  após  coloração  de  cabelo.   CONSULTA  INTERNA   Foram  observados  40  doentes  internados  em  Consulta  Interna,  22  (55%)  do  sexo  feminino  e   idade  mediana  de  51  anos  (3  a  78  anos,  4  com  idade  <18  anos),  sendo  os  serviços  requisitantes   maioritariamente  a  Infeciologia  (n=10),  Medicina  Interna  (n=9)  e  Cardiologia  (n=5).   Os  motivos  para  observação  mais  frequentes  foram:  suspeita  de  reação  de  hipersensibilidade   a  fármacos  (n=40),  agudização  de  asma  (n=7),  prescrição  de  concentrado  de  C1  inibidor  para  
  • 36.   ESTÁGIO  DE  IMUNOALERGOLOGIA  GERAL,  DO  ADULTO  E  FINAL  24   administração   antes   de   parto   ou   cirurgia   em   doente   com   angioedema   hereditário   (n=2),   eosinofilia  (n=2)  e  défice  de  IgA  (n=1).     Em  11  casos  de  reação  de  hipersensibilidade  confirmada  ou  provável  foi  realizado  no  serviço   de   origem,   em   colaboração   com   a   Dra.   Josefina   Cernadas,   um   procedimento   de   dessensibilização:   carboplatina   (n=4),   ácido   acetilsalicílico   (n=3),   trimetoprim-­‐sulfametoxazol   (n=2)  e  antibacilares  (n=2).   Saliento   o   caso   de   um   jovem   de   13   anos,   internado   para   colocação   de   shunt   ventrículo-­‐ peritoneal  por  tumor  do  sistema  nervoso  central,  que  teve  um  episódio  de  choque  anafilático   no  início  do  procedimento,  tendo  sido  pedida  colaboração  para  conhecimento  dos  fármacos  a   evitar  em  futura  cirurgia,  de  caráter  urgente.  Da  análise  dos  fármacos  administrados  tendo  em   conta   o   tempo   de   administração   e   probabilidade   de   reação,   e   estando   impossibilitada   a   realização  de  qualquer  procedimento  diagnóstico  em  tempo  útil,  foi  proposta  a  realização  de   cirurgia   em   primeiro   tempo   operatório   e   ambiente   látex-­‐free,   com   evicção   de   relaxantes   neuromusculares  e  de  teicoplanina,  tendo  a  nova  cirurgia  decorrido  sem  intercorrências.  Este   jovem  foi  posteriormente  orientado  para  a  consulta  de  Imunoalergologia  e  sido  comprovada  a   alergia  a  teicoplanina  e  excluída  alergia  aos  restantes  agentes  suspeitos.   COMENTÁRIOS   A  atividade  na  Urgência  Específica  de  Imunoalergologia  iniciou-­‐se  concomitantemente  com  o   Estágio  de  Imunoalergologia  Geral  e  prolongou-­‐se  ao  longo  do  restante  internato  com  maior   ou  menor  carga  horária  consoante  os  estágios  realizados.  O  facto  de  a  urgência  ser  realizada   no  âmbito  da  Especialidade  de  Imunoalergologia  permitiu  um  maior  contacto  com  patologias   imunoalergológicas  agudas  e  contribuiu  para  o  desenvolvimento  das  capacidades  de  decisão   em  situações  de  caráter  urgente  e  muitas  vezes  sem  recurso  a  exames  complementares,  não   esquecendo  potenciais  diagnósticos  diferenciais  com  os  quais  foi  tomado  contacto  durante  as   Urgências  Gerais,  integradas  nos  Estágios  de  Medicina  Interna  e  Pediatria.  Para  além  do  mais,   a  existência  de  um  Serviço  de  Atendimento  Permanente  de  Imunoalergologia  é  uma  mais  valia   para  os  doentes  seguidos  na  consulta  com  exacerbação  da  sua  patologia  alérgica,  sendo  que  o   atendimento   rápido   e   especializado   evita   muitas   vezes   o   consequente   agravamento   e   a   necessidade  de  internamento.    
  • 37. CURRICULUM  VITAE                                                     25   INTERNAMENTO   Durante  a  Formação  Específica  em  Imunoalergologia  foram  acompanhados  ou  observados  no   internamento  15  doentes  por  um  tempo  médio  de  9  dias,  11  do  sexo  feminino,  idade  mediana   de  56  anos  (17  a  86  anos),  8  previamente  seguidos  em  consulta  de  Imunoalergologia.   Os  diagnósticos  principais  foram:  asma  ou  insuficiência  respiratória  crónica  agudizada  (n=10),   choque   anafilático   (n=2),   eczema   agudo   exuberante   à   parafenilenodiamina   (n=1)   e   grávida   com  broncospasmo  de  novo  a  quem  foi  diagnosticada  infeção  por  Bordetella  pertussis  (n=1).   Saliento  o  caso  do  doente  de  40  anos,  sexo  masculino,  internado  por  choque  anafilático:  mau-­‐ estar   geral,   palidez,   náuseas   e   vómitos,   dispneia,   obnubilação,   hipoxemia   (SpO2=83%)   e   hipotensão  (TA  sistólica  <100mmHg  e  TA  diastólica  <60mmHg)  de  início  30  minutos  após  toma   de  etoricoxibe  por  lombociatalgia,  tratado  na  sala  de  emergência  com  adrenalina,  clemastina,   hidrocortisona,   fluidoterapia   e   oxigenoterapia.   Tinha   como   antecedente   prévio   episódio   de   insuficiência   respiratória   aguda   com   necessidade   de   ventilação   invasiva   e   internamento   em   outra   instituição   no   ano   anterior,   sem   causa   infeciosa   ou   outra   diagnosticada,   que   posteriormente  associou  a  toma  de  etoricoxibe  para  lombalgia.  Foi  orientado  para  a  consulta   externa   tendo   realizado   testes   cutâneos   por   picada   e   intradérmicos   com   etoricoxibe,   que   foram   negativos   e   prova   de   provocação   oral   com   AINE   alternativo,   inibidor   da   COX-­‐1,   que   tolera.  Aguarda  realização  de  IgE  específica  para  etoricoxibe.     Salientam-­‐se  ainda  os  casos  de  um  doente  com  Tríade  de  Widal  e  broncospasmo  grave  após   ingestão  de  ácido  acetilsalicílico  e  de  uma  doente  com  choque  anafilático  após  ingestão  de   lula,  sem  diagnóstico  prévio  de  alergia  alimentar,  dada  a  gravidade  da  reação,  já  que  ambos   tiveram   as   reações   durante   o   seu   período   laboral   no   hospital   e   foram   levados   diretamente   para  a  sala  de  emergência  com  perda  da  consciência,  cianose,  ausência  de  sons  respiratórios  e   acidose   respiratória   (pH<7,0),   com   necessidade   de   entubação   e   posterior   ventilação   com   Heliox,  casos  estes  que  nos  relembram  da  possibilidade  de  mortalidade  por  doença  alérgica.