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Jornal Valor --- Página 1 da edição "09/10/2013 2a CAD B" ---- Impressa por cgbarbosa às 08/10/2013@22:12:31
Jornal Valor Econômico - CAD B - EMPRESAS - 9/10/2013 (22:12) - Página 1- Cor: BLACKCYANMAGENTAYELLOW
Enxerto

Quarta-feira, 9 de outubro de 2013

| B1

Azul tem interesse
em novos “slots” no
aeroporto de Confins
(MG), afirma
NeelemanB5

Empresas

Fusões e aquisições Investimentos dão sinais de retomada na reta final de um 2013 fraco

Companhias voltam às compras
Talita Moreira
De São Paulo

Destaques
Polêmica do 4G
O presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Slaviero, considera uma “quebra de confiança
na relação entre governo e radiodifusão” se a faixa de 700 megahertz (MHz) for destinada para
o serviço de banda larga móvel de
quarta geração (4G) antes da conclusão do replanejamento de canais para a TV digital e dos testes
de interferência. A afirmação foi
feita ontem, em audiência pública
na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados. A
minuta do regulamento que trata
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está na mesa do relator, pronta para ser votada na próxima reunião
do Conselho Diretor da Agência
Nacional de Telecomunicações
(Anatel), marcada para 17 de outubro. O presidente da Comissão,
o deputado Jorge Bittar (PT-RJ),
afirmou que pedirá uma audiência com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e com o presidente da Anatel, João Rezende,
para debater o assunto.

Futuro da OSX
Os credores da OSX avaliam tomar
posse de duas embarcações usadas como garantias em empréstimos para a empresa de estaleiros
de Eike Batista, segundo pessoas
com conhecimento do assunto
ouvidas pela Bloomberg. Os bancos conversam com assessores e
com a própria companhia para
avaliar se devem executar as garantias caso a OGX entre com pedido de recuperação judicial, acionando cláusula de cross-default
na dívida da OSX. A OSX emprestou US$ 1,27 bilhões de 12 bancos.

Impasse em Três Irmãos
O governo federal quer retirar o
canal Pereira Barreto e duas eclusas da indenização que será paga
à Cesp pela hidrelétrica de Três Irmãos, devolvida pela estatal paulista à União. A exclusão das
obras é mais um ponto de atrito
envolvendo a renovação das concessões do setor elétrico. Segundo José Aníbal, secretário de
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eclusas fizeram parte dos custos
da hidrelétrica, que teve de construi-los na época. O assunto será
discutido hoje em reunião de
Aníbal com o ministro de Minas e
Energia, Edson Lobão, em Brasília. O leilão de Três Irmãos foi
marcado para o dia 31 de janeiro.

Justiça barra terminal
A Justiça suspendeu o licenciamento da ampliação do terminal
marítimo da Vale Fertilizantes, na
Baixada Santista, que prevê a supressão de 53,6 hectares de Mata
Atlântica, informou a Folhapress.
A liminar foi expedida a pedido do
Ministério Público de São Paulo.

Índice
Infraestrutura B2 e B3
Indústria B3 e B4
Serviços B5 e B6
Tecnologia&Comunicações B7 e B9
Tendências&Consumo B10
Movimento falimentar B10
The Wall Street Journal Americas B11
Commodities B12
Agronegócios B13 e B14

A união entre Oi e Portugal Telecom, a compra da rede de farmácias Extrafarma pelo grupo
Ultra e o investimento do fundo
soberano de Cingapura na holding de saneamento Aegea — todos anunciados na semana passada — deram uma injeção de
ânimo no mercado de fusões e
aquisições em um ano até agora
fraco para essa atividade.
A movimentação dos últimos
dias sinaliza a retomada de um
fluxo de negócios que ficou represado no primeiro semestre
em meio às incertezas no ambiente econômico. Os anúncios
confirmam a percepção de banqueiros de investimentos de que
as perspectivas para a segunda
metade do ano são mais animadoras, tomando como base os
negócios que estão em fase de
preparativos nos bancos.
“As coisas se acalmaram um
pouco. A não ser que venha uma
surpresa muito ruim na economia, a tendência é aumentar [o
fluxo de operações]”, afirma Hans
Lin, corresponsável pelo banco
de investimentos do Bank of
America Merrill Lynch no Brasil.
Se essa trajetória de recuperação for mantida, poderá salvar o
setor de um ano muito ruim — ou
ao menos minimizar o estrago.
Do começo do ano até a primeira semana de outubro, foram
anunciados 514 acordos de fusões
e aquisições no país, somando US$
35,4 bilhões em negócios — o valor
no mesmo período do ano passado foi de US$ 52,5 bilhões. O número de operações caiu 32,6%, segundo a Dealogic, empresa que
compila dados de mercado.
Não entra na conta a união entre as operadoras de telefonia Oi
e Portugal Telecom, que vai movimentar entre R$ 13,1 bilhões e
R$ 14,1 bilhões. Pela metodologia da Dealogic, o negócio é contabilizado nas fusões e aquisições de Portugal e não do Brasil.
Critérios à parte, o acordo das
teles é o maior negócio envolvendo uma companhia brasileira
neste ano. Os atuais acionistas da
Portugal Telecom representarão
cerca de 38% do capital da empresa resultante, mas no desenho final a operadora terá capital pulverizado, sem bloco de controle.
A fusão das operadoras de telefonia segue a nova onda de
consolidação que se vê no setor
no mundo todo, mas também é
pautada pelo pesado endividamento da Oi e da PT.
Nesse sentido, também está
em linha com a tônica que tem sido visível em algumas das maiores transações anunciadas no
mercado brasileiro em 2013: a
reestruturação de capital.
O movimento de fusões e aquisições sentiu o baque da desaceleração econômica brasileira e isso se traduziu não só no volume,
mas também no perfil das operações. Embora consolidação e
crescimento ainda sejam o mote
preponderante, alguns dos
maiores negócios anunciados
até agora neste ano têm um viés
de reestruturação.
Os exemplos mais evidentes
são as várias operações envolvendo companhias do grupo
EBX, de Eike Batista. Mas elas
não são as únicas. A venda da
Seara e da Zenda pelo frigorífico
Marfrig, da Alphaville pela Gafisa e de ativos da gestora de recursos do Santander são outros
casos influenciados pela necessidade dos vendedores de melho-

rar sua estrutura de capital.
“Temos visto várias operações
com o mote de desalavancagem”,
observa Renato Ejnisman, chefe
do banco de investimentos do
Bradesco BBI.
Em momentos de incerteza, é
mais difícil fechar operações. Oscilações no dólar, condições mais
restritivas de financiamento e
dúvidas quanto ao cenário econômico tornam mais complicada a tarefa de vendedor e comprador chegarem a um acordo
quanto ao preço dos ativos.
Num ambiente como esse, a
não ser que a empresa já tenha
negociações avançadas ou se depare com uma oportunidade imperdível, só faz operações quem
realmente precisa. “São casos em
que a decisão leva menos em conta o ambiente macroeconômico e
mais as necessidades da própria
empresa”, diz Ubiratan Machado,
coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima, associação das instituições que
atuam no mercado de capitais.
Portanto, os negócios envolvendo reestruturação de capital
devem ser olhados como um fenômeno momentâneo e não
uma tendência de longo prazo.
“O ano teve um pouco esse viés
porque são operações com muita
visibilidade. Mas várias transações
anunciadas não se basearam nisso
[em reestruturação]”, afirma Fernando Iunes, diretor de banco de
investimentos do Itaú BBA.
Operações que visam crescimento e consolidação — especialmente em setores como varejo e educação, ainda muito fragmentados — continuam sendo o
grande apelo do mercado. Foi esse o caso da associação entre as
redes de ensino Anhanguera
Educacional e Kroton, que movimentou R$ 5,6 bilhões.
Ainda que os investidores estejam mais cautelosos e a economia
esteja crescendo menos, o interesse no país não diminuiu, segundo
Fábio Mourão, chefe de fusões e
aquisições do Credit Suisse: “O Brasil real, que se vê nas ruas, mudou
muito pouco. O investidor olha
mais para a frente, e não para o
crescimento só de um ano”.
Além de setores ligados ao
consumo, infraestrutura é outro
segmento com grande potencial
de negócios nos próximos anos,
segundo banqueiros. Os leilões
de aeroportos e rodovias podem
ajudar a aquecer os negócios.
Nem todas as concessões planejadas pelo governo vão entrar
na conta de fusões e aquisições, já
muitas delas que representam
projetos novos e não a compra de
ativos existentes. Mesmo assim,
podem contribuir para movimentar as atividades ao atrair a
atenção dos investidores para esses setores, diz Iunes, do Itaú BBA.
Para os banqueiros, é cedo para
dizer se as operações em fase de
preparativos serão suficientes para
ao menos empatar com o ano passado. A área de fusões e aquisições
oferece pouca previsibilidade porque os negócios variam muito em
quantidade e tamanho. Às vezes,
uma única transação garante um
volume maior de um ano para outro, mas não significa que o fluxo
de negócios tenha sido mais ativo.
Mourão, do Credit Suisse, diz
que “a gente ficou mal acostumada” com o alto volume de operações envolvendo empresas brasileiras nos últimos anos. Por isso,
a desaceleração de 2013 chama a
atenção. “Mas a volatilidade já diminuiu, as coisas estão se normalizando e o próximo ano também deve ser melhor”, afirma.

Ano difícil

Fusões e aquisições no Brasil
Maiores operações anunciadas em 2013**
Ativos adquiridos

Comprador

Seara Alimentos e Zenda
Anhanguera Educacional
MMX Porto Sudeste (65%)
Spaipa
Ativos da Petrobras Oil & Gas
LLX (61%)
Banco Citicard
Rede Energia
Ativos da OGX
MPX (24%)

JBS
Kroton Educacional
Trafigura e Mubadala
Coca-Cola Femsa
Sinochem Group
EIG
Itaú Unibanco
Energisa
Petronas
E.ON

2.741
2.639
2.420

Volume
Em US$ bilhões

800

60

52,5

1.543

672

50
600
40
30

400

20

1.372
864
850
772

514

35,4

1.855

1.422

Número de
negócios

200
10
0

0

2012*

2013*

2012*

2013*

Fonte: Dealogic. * Até a primeira semana de outubro. **Não necessariamente já concluídas; não inclui Oi-Portugal Telecom por ser considerada uma operação portuguesa.

PEU ROBLES/VALOR

Fábio Mourão, do Credit Suisse: Brasil “que se vê nas ruas não mudou” e é nele que o investidor está interessado

A CARREIRA CERTA PODE
TRANSFORMAR A VIDA DE
UMA PESSOA
A PESSOA CERTA PODE
TRANSFORMAR UMA
ORGANIZAÇÃO

ESSA É A MAGIA
DO RECRUTAMENTO
hays.com.br

www.geofix.com.br

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Os atuais acionistas da Portugal Telecom representarão cerca de 38% do capital da empresa resultante, mas no desenho final a operadora terá capital pulverizado, sem bloco de controle. A fusão das operadoras de telefonia segue a nova onda de consolidação que se vê no setor no mundo todo, mas também é pautada pelo pesado endividamento da Oi e da PT. Nesse sentido, também está em linha com a tônica que tem sido visível em algumas das maiores transações anunciadas no mercado brasileiro em 2013: a reestruturação de capital. O movimento de fusões e aquisições sentiu o baque da desaceleração econômica brasileira e isso se traduziu não só no volume, mas também no perfil das operações. Embora consolidação e crescimento ainda sejam o mote preponderante, alguns dos maiores negócios anunciados até agora neste ano têm um viés de reestruturação. Os exemplos mais evidentes são as várias operações envolvendo companhias do grupo EBX, de Eike Batista. Mas elas não são as únicas. A venda da Seara e da Zenda pelo frigorífico Marfrig, da Alphaville pela Gafisa e de ativos da gestora de recursos do Santander são outros casos influenciados pela necessidade dos vendedores de melho- rar sua estrutura de capital. “Temos visto várias operações com o mote de desalavancagem”, observa Renato Ejnisman, chefe do banco de investimentos do Bradesco BBI. Em momentos de incerteza, é mais difícil fechar operações. Oscilações no dólar, condições mais restritivas de financiamento e dúvidas quanto ao cenário econômico tornam mais complicada a tarefa de vendedor e comprador chegarem a um acordo quanto ao preço dos ativos. Num ambiente como esse, a não ser que a empresa já tenha negociações avançadas ou se depare com uma oportunidade imperdível, só faz operações quem realmente precisa. “São casos em que a decisão leva menos em conta o ambiente macroeconômico e mais as necessidades da própria empresa”, diz Ubiratan Machado, coordenador do subcomitê de fusões e aquisições da Anbima, associação das instituições que atuam no mercado de capitais. Portanto, os negócios envolvendo reestruturação de capital devem ser olhados como um fenômeno momentâneo e não uma tendência de longo prazo. “O ano teve um pouco esse viés porque são operações com muita visibilidade. Mas várias transações anunciadas não se basearam nisso [em reestruturação]”, afirma Fernando Iunes, diretor de banco de investimentos do Itaú BBA. Operações que visam crescimento e consolidação — especialmente em setores como varejo e educação, ainda muito fragmentados — continuam sendo o grande apelo do mercado. Foi esse o caso da associação entre as redes de ensino Anhanguera Educacional e Kroton, que movimentou R$ 5,6 bilhões. Ainda que os investidores estejam mais cautelosos e a economia esteja crescendo menos, o interesse no país não diminuiu, segundo Fábio Mourão, chefe de fusões e aquisições do Credit Suisse: “O Brasil real, que se vê nas ruas, mudou muito pouco. O investidor olha mais para a frente, e não para o crescimento só de um ano”. Além de setores ligados ao consumo, infraestrutura é outro segmento com grande potencial de negócios nos próximos anos, segundo banqueiros. Os leilões de aeroportos e rodovias podem ajudar a aquecer os negócios. Nem todas as concessões planejadas pelo governo vão entrar na conta de fusões e aquisições, já muitas delas que representam projetos novos e não a compra de ativos existentes. Mesmo assim, podem contribuir para movimentar as atividades ao atrair a atenção dos investidores para esses setores, diz Iunes, do Itaú BBA. Para os banqueiros, é cedo para dizer se as operações em fase de preparativos serão suficientes para ao menos empatar com o ano passado. A área de fusões e aquisições oferece pouca previsibilidade porque os negócios variam muito em quantidade e tamanho. Às vezes, uma única transação garante um volume maior de um ano para outro, mas não significa que o fluxo de negócios tenha sido mais ativo. Mourão, do Credit Suisse, diz que “a gente ficou mal acostumada” com o alto volume de operações envolvendo empresas brasileiras nos últimos anos. Por isso, a desaceleração de 2013 chama a atenção. “Mas a volatilidade já diminuiu, as coisas estão se normalizando e o próximo ano também deve ser melhor”, afirma. Ano difícil Fusões e aquisições no Brasil Maiores operações anunciadas em 2013** Ativos adquiridos Comprador Seara Alimentos e Zenda Anhanguera Educacional MMX Porto Sudeste (65%) Spaipa Ativos da Petrobras Oil & Gas LLX (61%) Banco Citicard Rede Energia Ativos da OGX MPX (24%) JBS Kroton Educacional Trafigura e Mubadala Coca-Cola Femsa Sinochem Group EIG Itaú Unibanco Energisa Petronas E.ON 2.741 2.639 2.420 Volume Em US$ bilhões 800 60 52,5 1.543 672 50 600 40 30 400 20 1.372 864 850 772 514 35,4 1.855 1.422 Número de negócios 200 10 0 0 2012* 2013* 2012* 2013* Fonte: Dealogic. * Até a primeira semana de outubro. **Não necessariamente já concluídas; não inclui Oi-Portugal Telecom por ser considerada uma operação portuguesa. PEU ROBLES/VALOR Fábio Mourão, do Credit Suisse: Brasil “que se vê nas ruas não mudou” e é nele que o investidor está interessado A CARREIRA CERTA PODE TRANSFORMAR A VIDA DE UMA PESSOA A PESSOA CERTA PODE TRANSFORMAR UMA ORGANIZAÇÃO ESSA É A MAGIA DO RECRUTAMENTO hays.com.br www.geofix.com.br Valor — Em US$ milhões