O documento discute a virtópsia, uma nova técnica forense que usa imagens médicas para mapear o interior de cadáveres em vez de autópsias invasivas. A virtópsia oferece vantagens como reconstrução tridimensional e análise de estruturas negligenciadas, mas também desvantagens como resultados falsos devido a fenômenos cadavéricos. Embora apresente desafios, a virtópsia vem sendo cada vez mais reconhecida e usada na medicina legal.
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
VIRTOPSIA
1. VIRTÓPSIA: A NOVA DESCOBERTA DA MEDICINA FORENSE
G.A.Simão1; I.C.Cestari2; G.N. Da Fonseca3; D.M.Gianvecchio4; A.C.Dontos5
1- Acadêmica do curso de Medicina da Universidade de Santo Amaro
2- Acadêmica do curso de Medicina da Universidade de Santo Amaro
3- Acadêmica do curso de Medicina da Universidade de Santo Amaro
4- Professora colaboradora nos cursos de pós graduação da Faculdade de Medicina da USP
5- Professor da disciplina de Medicina Legal na Universidade de Santo Amaro
INTRODUÇÃO
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
A partir do avanço da medicina e das
tecnologias, dentre elas as técnicas de imagem,
que o termo virtópsia surgiu e começou a se
destacar. O termo conhecido como “Virtopsy” é
uma palavra hídrica que combina dois termos:
“virtual”e “autóspia”. Essa nova técnica tem
como objetivo substituir a tradicional necrópsia
com abertura de cadáver por um sistema virtual
de necrópsia com a elaboração de um mapa
interno do cadáver através da imagem.
Antigamente, as necropsias eram utilizadas
apenas para estudar o corpo humano e os
órgãos internos, mas hoje em dia é utilizada para
desvendar crimes da medicina legal e causas de
mortes desconhecidas. Por mais que esses
métodos não forneçam uma imagem real do
interior do corpo, nos permitem reconstruir e
verificar as regiões anatômicas e suas
informações sobre possíveis trajetórias,
densidade, condições fotográficas e calibrações.
Os principais exames realizados incluem a TC-
PM, a RM-PM e a AngioTC-PM, cujos
procedimentos apresentam inúmeras vantagens
e desvantagens frente aos questionamentos
médicos e jurídicos, tornando a virtópsia objeto
de discussão entre os especialistas. A
reconstrução tridimensional realizada a partir da
virtópsia permite, dentre outras vantagens, a
reconstrução de estruturas esqueléticas e
posterior identificação do cadáver, a análise de
estruturas anatômicas negligenciadas ou não
analisadas durante a técnica convencional, maior
segurança em estudos de etiologia infecciosa, o
estudo balístico, a identificação do padrão da
lesão, assim como o meio utilizado para tal e a
reavaliação remota por outros profissionais. Além
da grande barreira financeira para a
implementação das tecnologias, algumas
desvantagens observadas decorrem dos
fenômenos cadavéricos sofridos pelo corpo, que
podem induzir falsos resultados nas imagens por
mimetizar patologias, da impossibilidade de
análise de textura dos tecidos e em casos de
extensas lacerações do cadáver, onde o meio de
contraste é insuficiente.
A virtópsia é uma nova técnica que tem como
objetivo substituir a necrópsia tradicional e por
meio de um sistema virtual realizar um mapa
interno do cadáver através da imagem. Esse
novo método apresenta inúmeras vantagens e
desvantagens mas cada vez mais vem sendo
reconhecida e utilizada pela medicina forense de
todo o mundo.
CAVALLARI et al. O uso da Tomografia Computadorizada e da Ressonância
Magnética na virtópsia. Tekhne e Logos, Botucatu, SP, v.8, n.1, abril, 2017.
RODRIGUES, Bárbara Garcia. Virtópsia uma descoberta e uma
ferramenta. CONIC-SEMESP, São Paulo, 2014.
SANTOS, Mara Salomé Sousa. Virtópsia e sua aplicabilidade em Portugal.
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 2017.
Este estudo é uma revisão de literatura baseada
no tema virtópsia. Para sua realização, foram
feitas pesquisas de trabalhos publicados em
bancos de dados eletrônicos, como: Pubmed e
Scielo, utilizando apenas os trabalhos que foram
publicados nos últimos 5 anos que
apresentassem as palavras-chaves: autópsia,
virtual, virtópsia.
A virtópsia é uma investigação médico-legal
capaz de determinar as causas e circunstâncias
da morte, através do uso de métodos
imaginológicos para a reconstrução
tridimensional do cadáver, e que, ao mesmo
tempo, preserva a integridade do corpo e
respeita questões ético-religiosas.