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LEVANTAMENTO FLORÍSTICO EM
FRAGMENTO FLORESTAL NA AMAZÔNIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA
FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA
Francisco Adriano
Dheferson
Jhonn Morais
Joel da Silva e Silva
Matheus Hofmann Trevisan
Vitor Lunelli
• A floresta amazônica é um dos biomas mais diversos do mundo, sua
importância é dada quando se coloca à tona um dos grandes problemas
enfrentados por ela na atualidade, a fragmentação florestal, que é refletida
através dos processos de ocupação e desmatamentos causados em grande
parte pelas atividades extrativistas e agropecuaristas, que muitas vezes são
feitas de forma ilegal e predatória.
INTRODUÇÃO
• Extrativismo.
• Queimadas.
• Pastagens.
• Implantação de lavouras.
• Introdução de espécies exóticas.
PRINCIPAIS CAUSAS DA
FRAGMENTAÇÃO
• O levantamento florístico é uma forma de se obter dados necessários para
o estudo ecológico de uma determinada área. Através dele é possível
identificar espécies vegetais que ocorrem em um determinado espaço
geográfico, bem como sua abundancia e características básicas, dessa
forma, representa uma importante etapa no conhecimento de um
ecossistema e seu estudo biológico.
IMPORTÂNCIA DO LEVANTAMENTO FLORÍSTICO
OBJETIVO DO TRABALHO
• Este estudo tem como objetivo incrementar as informações sobre a
diversidade e distribuição de espécies vegetais em uma região de floresta
fragmentada na Amazônia, apresentando um levantamento florístico na
localidade do município de Altamira-PA. Visto que a floresta amazônica ao
longo de sua colonização vem sofrendo grandes impactos ambientais, faz-
se necessário o presente trabalho.
• O estudo foi realizado na Comunidade Dispensa 1 Projeto de Assentamento
Assurini, no interior do município de Altamira, há 20 km do porto da balsa
que dá acesso ao rio Xingu. O local apresenta relevo plano e altitude máxima
de 110 m, sendo predominante o clima tropical quente e úmido. A economia
local é baseada na produção de mandioca e cacau, dessa forma com a
intensa ocupação da área para fins agrícolas, a fragmentação das florestas
tem se tornado grande problema.
METODOLOGIA
• O estudo foi desenvolvido em uma
das florestas primárias fragmentadas
da região, caracterizada como mata
aberta. Foi definido uma área
equivalente à 1 ha (Figura 1) onde foi
feita uma parcela de 500 m², de
forma que abrangesse o máximo
possível de variabilidade entre as
espécies.
Figura 1. Projeto de Assentamento Assurini,
Altamira-PA.
Fonte: Google Maps.
• As plantas coletadas que não foi possível ser feito a identificação no local,
foram enviadas para o herbário da Embrapa da Amazônia Oriental situado
em Belém-PA, as quais seriam identificadas de acordo com sua espécie e
família, bem como o seu hábito (árvore, arbusto, liana etc.) e nome
popular conhecido na região. Também foi medido a circunferência de cada
planta e através disso estimado a altura das mesmas. Lianas não foram
consideradas na classificação de altura.
• No total foram coletados 165 indivíduos, identificados em 79 espécies,
pertencentes à 32 famílias. Árvores representam mais de dois terços
das espécies, e aproximadamente 68% do total de indivíduos
coletados. Algumas espécies são de alto valor econômico e outras de
grande importância no fornecimento de alimento para os animais
silvestres, o que garante a manutenção de uma floresta.
• Na Tabela 1 estão indicadas as 24 famílias com mais indivíduos.
• Tabela 1. Espécies encontradas com maior frequência. * Campos
identificados "(Vazio)" indicam espécies cujo nome comum é
desconhecido ou não apresentam.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Espécie Família Nome comum Hábito Quantidade
Eschweilera coriacea (DC.) S.A. Mori Lecythidaceae Matamatá Árvore 7
Talisia veraluciana Guarim Sapindaceae Pitomba Árvore 7
Protium apiculatum Swart Burseraceae Breu Árvore 6
Rinorea neglecta Sandwith Violaceae Canela de jacamim Arbusto 6
Adenocalymma neoflavidum L.G. Lohmann Bignoniaceae (Vazio) Liana 4
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr Fabaceae-Caesalp. Amarelão Árvore 4
Astrocaryum gynacanthum Mart. Arecaceae Mumbaca Estipe 4
Machaerium quinata (Aubl.) Sandwith Fabaceae-Pap. Cipo sangue Liana 4
Pouteria filipes Eyma Sapotaceae Abiu Árvore 4
Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae-Caesalp. Faveirinha Árvore 4
Abuta grandifolia (Mart.) Sandwith Menispermaceae C. Abuta Liana 3
Adenocalymma magnificum Mart. ex DC. Bignoniaceae (Vazio) Liana 3
Casearia javitensis Kunth Salicaceae (Vazio) Árvore 3
Compsoneura ulei Warb. Myristicaceae (Vazio) Árvore 3
Eugenia cuminie (L.) Druce Myrtaceae Araça da mata Árvore 3
Maquira sclerophylla (Ducke) C.C. Berg Moracgeae Muiratinga chorona Árvore 3
Matisia ochrocalyx K. Schum. Malvaceae Inajarana Árvore 3
Myrcia bipennis (O. Berg) McVaugh. Myrtaceae Goiabinha Árvore 3
Oenocarpus bacaba Mart. Arecaceae Bacaba Palmeira 3
Pouteria virescens Bgaehni Sapotaceae Abiu Árvore 3
Tabernaemontana attenuata (Miers) Urb. Apocynaceae (Vazio) Arbusto 3
Talisia macrophylla Radlk. Sapindaceae Pitomba Árvore 3
Vouacapoua americana Aubl Fabaceae-Caesalp. Acapu Árvore 3
Xylopia amazonica R.E. Fr. Annonaceae Envira Árvore 3
• Na Figura 2 estão em destaque as 10 famílias mais abundantes
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Fabaceae-Caesalp.
Sapindaceae
Sapotaceae
Bignoniaceae
Myrtaceae
Arecaceae
Burseraceae
Lecythidaceae
Fabaceae-Pap.
Annonaceae
QUANTIDADE DE INDIVÍDUOS
FAMÍLIASBOTÂNICAS
Chart Title
Figura 2. Famílias botânicas que apresentaram maior número de indivíduos.
• As Figuras 3 e 4 apresentam características de altura e CAP (circunferência na
altura do peito), determinantes no conhecimento e tipo da floresta. É possível
notar grande número de indivíduos pertencentes aos estratos inferior e médio
da mata, variando de 1 a 10 metros de altura. Ao mesmo tempo se observa
uma grande baixa na quantidade de espécies clímax, ou seja, poucas árvores
de dorsel, o que indica uma mata provavelmente em processo de
degradação.
0
10
20
30
40
50
60
QUANTIDADEDEINDIVÍDUOS
ALTURA (M)
Figura 3. Altura estimada e concentração de indivíduos por classe.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
QUANTIDADEDEINDIVÍDUOS
CAP (CM)
Figura 4. Circunferência na altura do peito.
• Apesar da grande pressão que a mata sofre, a natureza ainda busca
mecanismos para tentar se manter. Mesmo sendo influenciada pelo isolamento
e efeitos de borda, a mata ainda apresenta enorme biodiversidade, o que é
um indicativo de boa conservação e facilidade no processo de recuperação,
visto que não se encontra muito impactada. Todavia, com o constante avanço
tecnológico nas práticas agrícolas e pecuaristas, não só essa mata como todas
as outras estão sujeitas danos. Sendo assim não é possível garantir a
conservação da área caso a exploração desenfreada prevaleça.
CONCLUSÃO
ZIPPARRO, V. B.; GUILHERME, F. A.; SCABBIA, R. A.; MORELLATO, P.
Levantamento florístico de Floresta Atlântica no sul do Estado de São
Paulo, Parque Estadual Intervales, Base Saibadela.
BiotaNeotrop. vol.5 no.1 Campinas 2005.
OLIVEIRA, D. A. S. de; RAMBALDI, D. M. Fragmentação de Ecossistemas:
Causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas
públicas. Brasília: MMA/SBF, 2003. 510 p.
JUNIOR, E. M.; Fragmentos florestais e biodiversidade da Amazônia.
Disponível em: http://biomania.com.br/artigo/fragmentacao-florestal-e-a-
biodiversidade-da-amazonia. Acesso em: 18 de agosto de 2017.
GARCIA, L. S.; SANTOS, A. M.; FOTOPOULOS, I. G.; FURTADO, R. S. Fragmentação
florestal e sua influência sobre a fauna: Estudo de Caso na Província
Ocidental da Amazônia, Município de Urupá, Estado de Rondônia. Anais XVI
Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de
abril de 2013, INPE
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Flora Fragmented Amazon Forest

  • 1. LEVANTAMENTO FLORÍSTICO EM FRAGMENTO FLORESTAL NA AMAZÔNIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTAMIRA FACULDADE DE ENGENHARIA AGRONÔMICA Francisco Adriano Dheferson Jhonn Morais Joel da Silva e Silva Matheus Hofmann Trevisan Vitor Lunelli
  • 2. • A floresta amazônica é um dos biomas mais diversos do mundo, sua importância é dada quando se coloca à tona um dos grandes problemas enfrentados por ela na atualidade, a fragmentação florestal, que é refletida através dos processos de ocupação e desmatamentos causados em grande parte pelas atividades extrativistas e agropecuaristas, que muitas vezes são feitas de forma ilegal e predatória. INTRODUÇÃO
  • 3. • Extrativismo. • Queimadas. • Pastagens. • Implantação de lavouras. • Introdução de espécies exóticas. PRINCIPAIS CAUSAS DA FRAGMENTAÇÃO
  • 4. • O levantamento florístico é uma forma de se obter dados necessários para o estudo ecológico de uma determinada área. Através dele é possível identificar espécies vegetais que ocorrem em um determinado espaço geográfico, bem como sua abundancia e características básicas, dessa forma, representa uma importante etapa no conhecimento de um ecossistema e seu estudo biológico. IMPORTÂNCIA DO LEVANTAMENTO FLORÍSTICO
  • 5. OBJETIVO DO TRABALHO • Este estudo tem como objetivo incrementar as informações sobre a diversidade e distribuição de espécies vegetais em uma região de floresta fragmentada na Amazônia, apresentando um levantamento florístico na localidade do município de Altamira-PA. Visto que a floresta amazônica ao longo de sua colonização vem sofrendo grandes impactos ambientais, faz- se necessário o presente trabalho.
  • 6. • O estudo foi realizado na Comunidade Dispensa 1 Projeto de Assentamento Assurini, no interior do município de Altamira, há 20 km do porto da balsa que dá acesso ao rio Xingu. O local apresenta relevo plano e altitude máxima de 110 m, sendo predominante o clima tropical quente e úmido. A economia local é baseada na produção de mandioca e cacau, dessa forma com a intensa ocupação da área para fins agrícolas, a fragmentação das florestas tem se tornado grande problema. METODOLOGIA
  • 7. • O estudo foi desenvolvido em uma das florestas primárias fragmentadas da região, caracterizada como mata aberta. Foi definido uma área equivalente à 1 ha (Figura 1) onde foi feita uma parcela de 500 m², de forma que abrangesse o máximo possível de variabilidade entre as espécies. Figura 1. Projeto de Assentamento Assurini, Altamira-PA. Fonte: Google Maps.
  • 8. • As plantas coletadas que não foi possível ser feito a identificação no local, foram enviadas para o herbário da Embrapa da Amazônia Oriental situado em Belém-PA, as quais seriam identificadas de acordo com sua espécie e família, bem como o seu hábito (árvore, arbusto, liana etc.) e nome popular conhecido na região. Também foi medido a circunferência de cada planta e através disso estimado a altura das mesmas. Lianas não foram consideradas na classificação de altura.
  • 9. • No total foram coletados 165 indivíduos, identificados em 79 espécies, pertencentes à 32 famílias. Árvores representam mais de dois terços das espécies, e aproximadamente 68% do total de indivíduos coletados. Algumas espécies são de alto valor econômico e outras de grande importância no fornecimento de alimento para os animais silvestres, o que garante a manutenção de uma floresta. • Na Tabela 1 estão indicadas as 24 famílias com mais indivíduos. • Tabela 1. Espécies encontradas com maior frequência. * Campos identificados "(Vazio)" indicam espécies cujo nome comum é desconhecido ou não apresentam. RESULTADOS E DISCUSSÃO
  • 10. Espécie Família Nome comum Hábito Quantidade Eschweilera coriacea (DC.) S.A. Mori Lecythidaceae Matamatá Árvore 7 Talisia veraluciana Guarim Sapindaceae Pitomba Árvore 7 Protium apiculatum Swart Burseraceae Breu Árvore 6 Rinorea neglecta Sandwith Violaceae Canela de jacamim Arbusto 6 Adenocalymma neoflavidum L.G. Lohmann Bignoniaceae (Vazio) Liana 4 Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr Fabaceae-Caesalp. Amarelão Árvore 4 Astrocaryum gynacanthum Mart. Arecaceae Mumbaca Estipe 4 Machaerium quinata (Aubl.) Sandwith Fabaceae-Pap. Cipo sangue Liana 4 Pouteria filipes Eyma Sapotaceae Abiu Árvore 4 Senna multijuga (Rich.) H.S. Irwin & Barneby Fabaceae-Caesalp. Faveirinha Árvore 4 Abuta grandifolia (Mart.) Sandwith Menispermaceae C. Abuta Liana 3 Adenocalymma magnificum Mart. ex DC. Bignoniaceae (Vazio) Liana 3 Casearia javitensis Kunth Salicaceae (Vazio) Árvore 3 Compsoneura ulei Warb. Myristicaceae (Vazio) Árvore 3 Eugenia cuminie (L.) Druce Myrtaceae Araça da mata Árvore 3 Maquira sclerophylla (Ducke) C.C. Berg Moracgeae Muiratinga chorona Árvore 3 Matisia ochrocalyx K. Schum. Malvaceae Inajarana Árvore 3 Myrcia bipennis (O. Berg) McVaugh. Myrtaceae Goiabinha Árvore 3 Oenocarpus bacaba Mart. Arecaceae Bacaba Palmeira 3 Pouteria virescens Bgaehni Sapotaceae Abiu Árvore 3 Tabernaemontana attenuata (Miers) Urb. Apocynaceae (Vazio) Arbusto 3 Talisia macrophylla Radlk. Sapindaceae Pitomba Árvore 3 Vouacapoua americana Aubl Fabaceae-Caesalp. Acapu Árvore 3 Xylopia amazonica R.E. Fr. Annonaceae Envira Árvore 3
  • 11. • Na Figura 2 estão em destaque as 10 famílias mais abundantes 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Fabaceae-Caesalp. Sapindaceae Sapotaceae Bignoniaceae Myrtaceae Arecaceae Burseraceae Lecythidaceae Fabaceae-Pap. Annonaceae QUANTIDADE DE INDIVÍDUOS FAMÍLIASBOTÂNICAS Chart Title Figura 2. Famílias botânicas que apresentaram maior número de indivíduos.
  • 12. • As Figuras 3 e 4 apresentam características de altura e CAP (circunferência na altura do peito), determinantes no conhecimento e tipo da floresta. É possível notar grande número de indivíduos pertencentes aos estratos inferior e médio da mata, variando de 1 a 10 metros de altura. Ao mesmo tempo se observa uma grande baixa na quantidade de espécies clímax, ou seja, poucas árvores de dorsel, o que indica uma mata provavelmente em processo de degradação.
  • 13. 0 10 20 30 40 50 60 QUANTIDADEDEINDIVÍDUOS ALTURA (M) Figura 3. Altura estimada e concentração de indivíduos por classe.
  • 15. • Apesar da grande pressão que a mata sofre, a natureza ainda busca mecanismos para tentar se manter. Mesmo sendo influenciada pelo isolamento e efeitos de borda, a mata ainda apresenta enorme biodiversidade, o que é um indicativo de boa conservação e facilidade no processo de recuperação, visto que não se encontra muito impactada. Todavia, com o constante avanço tecnológico nas práticas agrícolas e pecuaristas, não só essa mata como todas as outras estão sujeitas danos. Sendo assim não é possível garantir a conservação da área caso a exploração desenfreada prevaleça. CONCLUSÃO
  • 16. ZIPPARRO, V. B.; GUILHERME, F. A.; SCABBIA, R. A.; MORELLATO, P. Levantamento florístico de Floresta Atlântica no sul do Estado de São Paulo, Parque Estadual Intervales, Base Saibadela. BiotaNeotrop. vol.5 no.1 Campinas 2005. OLIVEIRA, D. A. S. de; RAMBALDI, D. M. Fragmentação de Ecossistemas: Causas, efeitos sobre a biodiversidade e recomendações de políticas públicas. Brasília: MMA/SBF, 2003. 510 p. JUNIOR, E. M.; Fragmentos florestais e biodiversidade da Amazônia. Disponível em: http://biomania.com.br/artigo/fragmentacao-florestal-e-a- biodiversidade-da-amazonia. Acesso em: 18 de agosto de 2017. GARCIA, L. S.; SANTOS, A. M.; FOTOPOULOS, I. G.; FURTADO, R. S. Fragmentação florestal e sua influência sobre a fauna: Estudo de Caso na Província Ocidental da Amazônia, Município de Urupá, Estado de Rondônia. Anais XVI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto. Foz do Iguaçu, PR, Brasil, 13 a 18 de abril de 2013, INPE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS