O documento discute patologias estruturais e não estruturais em edifícios. Apresenta as diferenças entre patologias estruturais e não estruturais, causas comuns de danos e métodos de diagnóstico e reparo. Detalha os processos de degradação do concreto devido a fatores como carbonatação, corrosão e lixiviação e formas de preveni-los.
Diagnóstico e reparos de patologias estruturais e não estruturais em edificações
1. UNIVERSIDADE GERALDO DI BIASE - UGB
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
Materiais de Construção
2. Introdução
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• Relacionadas ao conjunto
estrutural
• Risco no carregamento ou
transferência de carga
• Podem resultar em danos
parciais ou totais
• Normalmente associadas às
fundações, pilares, engastes e
vigamento.
DISTINÇÃO ENTRE AS PATOLOGIAS DAS EDIFICAÇÕES
ESTRUTURAIS NÃO ESTRUTURAIS
• Relacionadas aos outros
elementos da edificação
(revestimentos, por exemplo)
• Riscos geralmente limitados
a umidade, infiltrações,
descolamentos parciais
• Em geral, advém da falta de
manutenção
• Se não tratadas, podem
evoluir para falhas estruturais
4. Patologias Estruturais
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Trazem risco à
estabilidade do
conjunto arquitetônico e
à vida dos usuários;
Decorrem normalmente
de erros de projeto, de
falhas de controle na
execução da obra ou na
utilização indevida de
cargas sobre estruturas
de concreto ou aço;
Podem ocorrer por
falhas na manutenção.
5. 5
As falhas na manutenção expõem os
concretos aos agentes agressivos do meio.
Os ataques químicos e ambientais
acontecem quando o concreto se torna
vulnerável, com baixa resistência
proveniente da alta porosidade, fissuração e
insuficiente recobrimento de armaduras
6. 6
Origem:- falha de projeto; -execução; -
uso inadequado; - falta de manutenção.
Causas:- sobrecargas; -impactos; -
abrasão, -movimentação térmica; -
concentração de armaduras; -retração
hidráulica e térmica, -alta relação
água/cimento; -exposição a ambientes
marinhos; -ação da água; -excesso de
vibração; falhas de concretagem; -falta
de proteção superficial.
7. 7
Agressões podem ser:
Físicas: variação de temperatura, umidade;
Químicas: carbonatação, maresia, chuva ácida,
corrosão, ataques de sulfatos; ataque de ácidos;
águas brandas e resíduos industriais (cloretos);
Biológicas: micro-organismos, algas, solos e água
contaminada;
Sintomas:
Fissuras, -eflorescências, -desagregação, -
lixiviação, -manchas, -expansão por sulfatos, -
reação álcalis-agregado
8. Classes de agressividades de
ambientes
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Classe I – rural ou menos problemático;
Classe II – urbano;
Classe III – marinho ou industrial;
Classe IV – polos industriais, os mais
agressivos;
Auxilia o projetista de estruturas ao:
Dimensionamento correto, especificar o
cobrimento das armaduras, e elaborar
recomendações sobre o traço do concreto,
relação água/cimento, compacidade.
9. Causas de Patologia
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1º Cobertura insuficiente das armaduras;
2º Falhas de execução;
3º Agressividade dos ambientes;
4º Falhas de projeto
10. Degradação das Estruturas
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Processo de corrosão se acelera entre 60 a 80
vezes em atmosferas industriais (produzem cloro,
soda, celulose, fertilizantes, petróleo, químicas,
ETEs...), comparados com meio rural;
Zonas industriais contaminadas por gases e
cinzas (H2S, SO2, NOX) reduz alcalinidade do
concreto e aumenta a velocidade de
carbanotação, destruindo a película passivadora
que protege o aço;
11. Degradação das Estruturas
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Orla Marinha (corrosão de 30 a 40 vezes superior
que meio rural).
Lugares com elevados índice de poluição e Chuvas
ácidas e CO2, microclimas (garagens de edifícios,
reservatório de água clorada). Meio rural = 8 anos,
litoral = 2 anos.
12. Degradação das Estruturas
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Lixiviação / Eflorescência: Provocada quando águas
puras com poucos ou nenhum íon de cálcio entram
em contacto com a pasta de cimento Portland, elas
podem hidrolisar ou dissolver os produtos contendo
cálcio.
Em
paredes
Sob a laje
13. Degradação das Estruturas
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Lixiviação
A lixiviação do concreto é uma das manifestações patológicas
mais comuns. Durante o processo de hidratação do cimento é
formado um composto chamado hidróxido de cálcio —
Ca(OH)2.
Essa substância, quando em contato com a água, pode ser
dissolvida e carregada para fora da superfície de concreto.
Esse carreamento do hidróxido de cálcio do interior do
concreto para superfície recebe o nome de lixiviação, sendo
seu efeito visível conhecido por “eflorescência”
A lixiviação do concreto pode ocorrer em qualquer tipo de
peça de concreto, seja nas recém-executadas ou naquelas
com vida útil avançada. A principal causa do surgimento do
problema é a utilização de cimentos mais puros (sem nenhum
tipo de adição).
14. Degradação das Estruturas
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Lixiviação
Tratando o problema
Quando a manifestação patológica começar a aparecer, o
tratamento da superfície se resume a uma limpeza para
retirada do carbonato de cálcio. Essa atividade é realizada
simplesmente utilizando um jato d’água sob pressão. Somente
em situações mais graves, é recomendada a presença de
profissional capacitado para avaliar se há algum tipo de
comprometimento da estrutura.
Prevenção
Existem diferentes maneiras de evitar a lixiviação, sendo que
as principais acontecem no momento de preparação do
concreto. Uma das alternativas é a utilização de cimentos
compostos, já que o uso de adições auxilia na redução da
perda de hidróxido de cálcio. Outra opção é a diminuição da
quantidade de água colocada na mistura do concreto, pois isso
leva à produção de um concreto mais impermeável, evitando a
16. Estrutura do Concreto
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Proporciona dupla proteção às armaduras:
alcalinidade (capa passivadora para o aço); a
massa do concreto, (barreira física separa o aço
do contato direto com o meio);
Compacidade do concreto - propriedade para
resistir à penetração dos agentes externos,
diminui a carbonatação, ataque de cloretos e
sulfatos; diretamente
associada à relação água/cimento, que deve
ser a mais baixa possível.
17. Estrutura do Concreto: Execução
Criteriosa
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Evitar mudanças drásticas de temperatura, e
secagem prematura.
Temperatura baixa durante a concretagem (< 7ºC)
inibi as reações químicas de endurecimento do
cimento e permiti a evaporação da água de mistura.
Baixas taxas de umidade relativa do ar a
evaporação da água pode se alta, tornando-se
insuficiente para a reação química do cimento.
É preciso estar atento às condições climáticas,
controlando sempre a temperatura e a umidade
ideal.
18. Estrutura do Concreto: Execução
Criteriosa
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Concreto maturado por 15 a 20 horas submetê-
lo a temperaturas mais baixas;
A velocidade de endurecimento está relacionada à
temperatura do concreto. +T, + endurecimento; Vento
e temperatura aceleram a evaporação da água.
A água do concreto se evapora através da superfície
úmida (10 a 12 horas) após por difusão (lento)
impedir a secagem do concreto durante as primeiras
24 horas.
"A continuidade da cura úmida por mais dias repõe a
perda de água por evaporação. A falta de cura úmida
do concreto faz com que sua primeira camada perca a
água de hidratação, tornando-na fraca, com baixa
resistência à abrasão, porosa e permeável aos agentes
agressivos", ressalta Granato.
19. Normas
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NBR 6118:2007 - Atenção
especial para a durabilidade
das estruturas, o cobrimento
das armaduras e a relação
água/cimento do concreto. O
objetivo foi tornar as estruturas
mais impermeáveis aos
agentes agressivos,
aumentando sua vida útil.
NBR 12655:2006 - incorporou
os princípios de redução de
permeabilidade do concreto
por meio da relação
água/cimento, mais resistente
ao ataque por cloretos e
sulfatos.
NBR15577:2008 – em relação
ao problema da reação álcali-
agregado, dedicada a orientar
20. Tendências em reparos e
recuperação
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Pontes, túneis, viadutos, estruturas portuárias e off
shore os escandinavos técnica de proteção
catódica, e reabilitação de estruturas (que passam
por processo de Corrosão);
No setor de infraestrutura e industrial
revestimentos uretânicos e poliuréia e inibidores de
corrosão que agem por migração;
Na recuperação a repassivação eletroquímica das
armaduras: extração eletroquímica de cloretos e a
proteção catódica com zinco termoprojetado.
21. Etapas do diagnóstico
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Vistoria preliminar
Anamnese
Levantamento documental
Vistoria detalhada
Ensaios
Conclusão - Compilação dos dados, análise
criteriosa e parecer final.
22. Reparos da armadura
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Fissuração e destacamento de concreto dos pilares
de borda de condomínio residencial devido à
corrosão das armaduras do concreto
(carbonatação, e pequeno cobrimento das
armaduras)
23. Reparos da armadura
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1. Pilar de borda (fachada) fissuração e
destacamento de concreto;
2. Reparo corte da área afetada e a
escarificação do concreto;
3. Limpeza do substrato com água potável e
pulverizador;
24. Reparos da armadura
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4. Aplicar uma argamassa cimentícia tixotrópica,
modificada com polímeros e, preferencialmente,
reforçada com fibras, que recebe depois o
acabamento com desempenadeira de madeira;
5. Uma manta de cura molhada com água é
aplicada sobre a argamassa umidade 7 dias
evita evaporação da água de amassamento e
a fissuração.
6. Em alguns casos, pintura protetora.
25. Patologias Não Estruturais
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São de certa forma
similares às estruturais,
porém não costumam
envolver riscos aos
usuários ou à estabilidade
do conjunto da edificação;
Decorrem normalmente de
erros na execução da obra
ou no preparo dos
materiais de revestimento.
26. CATEGORIAS DE PATOLOGIAS NÃO ESTRUTURAIS
Falhas em
MATERIAIS
Madeira, Argamassas &
concreto
Falha em
COMPONENTES
Telhado, revestimentos,
alvenarias
Falhas em
SISTEMAS
Hidráulicos,
Mecânicos,
Elétricos
Falhas em
NORMAS
Sistemas de Segurança e
Incêndio,Acessibilidade, etc.
Introdução
27. FALHAS NÃO ESTRUTURAIS MAIS
COMUNS
EFLORESCÊNCIA
MOVIMENTAÇÕES
RACHADURAS
PERDA DE INTEGRIDADE
28. Vertical – Usualmente por recalque
Horizontal – Geralmente em função de retração/contração
43. TRABALHO FINAL
- Pesquisar formas de triturar o Styropor (Isopor);
- Juntar aproximadamente 1 balde do material por
dupla ou indivíduo;
- Registrar o traço de cimento; agregado miúdo e
Isopor utilizado (em volume);
- Pesquisar utilizações criativas dos produtos
resultantes;
- Se quiserem, podem dar um tratamento estético
ao produto.