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Charles Fourier
Síntese
François Marie Charles Fourier foi um socialista francês da primeira
parte do século XIX, um dos pais do cooperativismo. Foi também um
crítico ferino do economicismo e do capitalismo de sua época, e
adversário da industrialização, da civilização urbana, do liberalismo e
da família baseada no matrimônio e na monogamia. O caráter jovial
com que Fourier realizou algumas de suas críticas fez dele um dos
grandes satíricos de todos os tempos. Propôs a criação de unidades
de produção e consumo — as falanges ou falanstérios — baseadas
em uma forma de cooperativismo integral e auto-suficiente, assim
como na livre perseguição do que chamava paixões individuais e seu
desenvolvimento,o que constituiria um estado que chamava harmonia.
Neste sentido antecipa a linhagem do socialismo libertário dentro do
movimento socialista, mas também em linhas críticas da
moral burguesa e cristã, restritiva do desejo e do prazer — neste
sentido, sendo também um dos precursores da psicanálise.
Vida
Filósofo e economista político francês nascido em Besançon, um dos mais
radicais representantes do socialismo utópico em França e o criador da
comunidade cooperativa conhecida como Fourierismo, e idealizador das
hipotéticas comunidades denominadas falanstérios. Filho de um comerciante de
tecidos, trabalhou como comerciante, mas acabou falindo. Abandonou os estudos
aos 17 anos, serviu no exército durante a revolução francesa. Afastado da ativa
por problemas de saúde, logo se empregou como balconista. Começou a escrever
sobre questões sociais e econômicas, ao mesmo tempo em que formulava a
defesa da existência de uma ordem social natural, paralela à ordem física do
universo. Lançou o jornal O Falanstério (1822), defendendo suas ideias,
influenciadas pelo idealismo de Rousseau. Propunha que a sociedade se
organizasse em comunidades chamadas falanstérios, espécie de edifícios-
cidades onde as pessoas trabalhassem apenas no que quisessem. Defendia,
assim, o fim da dicotomia entre trabalho e prazer. "Nos falanstérios os bens
seriam distribuídos conforme a necessidade e a educação deveria se adaptar às
inclinações de cada criança e não existiriam restrições morais à prática de sexo.
Ideias
Fourier defendia a tese de que se devia criar
uma cooperativa agrícola financiada com
dinheiro público ou particular, onde os
trabalhadores realizariam suas atividades
conforme os seus interesses. Nessas
cooperativas, também chamadas de
falanstérios, os indivíduos não teriam a
preocupação em produzir excedentes para
comercialização, mas sim o suficiente para
atender às suas necessidades. Ele era contra
o trabalho com carga horária longa e
exaustiva, como aconteceu nas fábricas
durante a Revolução Industrial que produziam
Não sacrificais a felicidade de hoje em nome da
felicidade futura. Desfrutai do momento, evitai toda
associação de matrimônio ou de interesse que não
satisfaça as vossas paixões no mesmo instante. Por
que trabalhar pela felicidade futura, se ela se sobrepõe
aos vossos desejos, e, na ordem combinada, tereis
apenas um desprazer: o de não poder dobrar a
duração dos dias, a fim de que eles comportem o
imenso círculo de gozos que tereis a percorrer.
Diante deste panorama Fourier propunha uma alternativa cooperativista. Se se permitisse às
pessoas realizar livremente suas inclinações ou paixões se produziria um estado de equilíbrio
entre todos, ou como o chamou, harmonia. Como fundamento da tese de Fourier estava a
possibilidade de se estabelecer uma sociedade verdadeiramente justa, para a qual propôs a
fundação de falanstérios (comunidades); os benefícios obtidos seriam repartidos entre os
membros da falange e os capitalistas que houvessem investido dinheiro em sua construção..
Fourier pretendia convencer os capitalistas a proporcionarem recursos necessários para a
construção de Falanstérios, no entanto, nenhum deles aceitaria sua proposta.

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  • 2. Síntese François Marie Charles Fourier foi um socialista francês da primeira parte do século XIX, um dos pais do cooperativismo. Foi também um crítico ferino do economicismo e do capitalismo de sua época, e adversário da industrialização, da civilização urbana, do liberalismo e da família baseada no matrimônio e na monogamia. O caráter jovial com que Fourier realizou algumas de suas críticas fez dele um dos grandes satíricos de todos os tempos. Propôs a criação de unidades de produção e consumo — as falanges ou falanstérios — baseadas em uma forma de cooperativismo integral e auto-suficiente, assim como na livre perseguição do que chamava paixões individuais e seu desenvolvimento,o que constituiria um estado que chamava harmonia. Neste sentido antecipa a linhagem do socialismo libertário dentro do movimento socialista, mas também em linhas críticas da moral burguesa e cristã, restritiva do desejo e do prazer — neste sentido, sendo também um dos precursores da psicanálise.
  • 3. Vida Filósofo e economista político francês nascido em Besançon, um dos mais radicais representantes do socialismo utópico em França e o criador da comunidade cooperativa conhecida como Fourierismo, e idealizador das hipotéticas comunidades denominadas falanstérios. Filho de um comerciante de tecidos, trabalhou como comerciante, mas acabou falindo. Abandonou os estudos aos 17 anos, serviu no exército durante a revolução francesa. Afastado da ativa por problemas de saúde, logo se empregou como balconista. Começou a escrever sobre questões sociais e econômicas, ao mesmo tempo em que formulava a defesa da existência de uma ordem social natural, paralela à ordem física do universo. Lançou o jornal O Falanstério (1822), defendendo suas ideias, influenciadas pelo idealismo de Rousseau. Propunha que a sociedade se organizasse em comunidades chamadas falanstérios, espécie de edifícios- cidades onde as pessoas trabalhassem apenas no que quisessem. Defendia, assim, o fim da dicotomia entre trabalho e prazer. "Nos falanstérios os bens seriam distribuídos conforme a necessidade e a educação deveria se adaptar às inclinações de cada criança e não existiriam restrições morais à prática de sexo.
  • 4. Ideias Fourier defendia a tese de que se devia criar uma cooperativa agrícola financiada com dinheiro público ou particular, onde os trabalhadores realizariam suas atividades conforme os seus interesses. Nessas cooperativas, também chamadas de falanstérios, os indivíduos não teriam a preocupação em produzir excedentes para comercialização, mas sim o suficiente para atender às suas necessidades. Ele era contra o trabalho com carga horária longa e exaustiva, como aconteceu nas fábricas durante a Revolução Industrial que produziam
  • 5. Não sacrificais a felicidade de hoje em nome da felicidade futura. Desfrutai do momento, evitai toda associação de matrimônio ou de interesse que não satisfaça as vossas paixões no mesmo instante. Por que trabalhar pela felicidade futura, se ela se sobrepõe aos vossos desejos, e, na ordem combinada, tereis apenas um desprazer: o de não poder dobrar a duração dos dias, a fim de que eles comportem o imenso círculo de gozos que tereis a percorrer. Diante deste panorama Fourier propunha uma alternativa cooperativista. Se se permitisse às pessoas realizar livremente suas inclinações ou paixões se produziria um estado de equilíbrio entre todos, ou como o chamou, harmonia. Como fundamento da tese de Fourier estava a possibilidade de se estabelecer uma sociedade verdadeiramente justa, para a qual propôs a fundação de falanstérios (comunidades); os benefícios obtidos seriam repartidos entre os membros da falange e os capitalistas que houvessem investido dinheiro em sua construção.. Fourier pretendia convencer os capitalistas a proporcionarem recursos necessários para a construção de Falanstérios, no entanto, nenhum deles aceitaria sua proposta.