3. “Alteração ou desvio do estado fisiológico em uma ou mais
partes do corpo, geralmente, por causas conhecidas,
manifestado por sintomas e sinais característicos e cujo
desenvolvimento é mais ou menos previsível”. [definição de
doença pela OMS (Organização Mundial de Saúde)]
Vs.
“Saúde é um estado de completo bem‐estar físico,
mental e social e não somente ausência de afecções e
enfermidades“. [definição de saúde pela OMS (Organização
Mundial de Saúde)]
Conceitos de Saúde e Doença
4. Enfermidade do latim “infirmitas” (que significa falta de
solidez e saúde)
Factores Factores
Internos Externos
Nota: Em geral, a doença é caracterizada como a ausência de saúde
Conceitos de Saúde e Doença
5. Conceitos associados à noção de doença:
Irregularidade
Anomalia
Desordem
Patologia
Perturbação
Desequilíbrio
Nota: Ferida/lesão (evento) ≠ Doença (processo)
Conceitos de Saúde e Doença
6. Modelo Holístico (o organismo funciona como um
todo: as partes afectam o todo; o todo afecta as
partes)
Indivíduo tem um papel activo, terapeuta auxilia no
processo de cura.
Conceitos de Saúde e Doença
8. Origem da doença: (visão psicossomática)
Toda a medicina é Psicossomática
Certas doenças orgânicas são provocadas por
uma desordem da afectividade, servindo‐se das
vias do sistema nervoso para “se somatizarem”
As emoções podem traduzir‐se de duas
maneiras: exteriorizando‐se através de
comportamentos ou então repercutindo‐se nos
órgãos internos
Conceitos de Saúde e Doença
9. Fases da Doença
(a nível médico)
A nível médico
• 4 Fases:
De susceptibilidade (antecede a patogénese)
Pré‐clínica (assintomática, período de incubação)
Clínica (intensificação da sintomatologia)
Restabelecimento ou Incapacidade residual ou
Morte
10. Fases da Doença
(a nível psicoterapêutico)
A nível psicoterapêutico
• Todos as doenças têm uma componente
psicoemocional que se traduz no soma
• Aparecem por um choque preciso, real ou
imaginário
• Em função do
sentimento, se
afectará uma
zona específica
do corpo
11. Quatro critérios promotores de doença:
• Aspecto dramático, algo stressante que retira o
equilíbrio do indivíduo
• Aspecto inesperado, uma surpresa desagradável
para a qual não se está preparado
• Aspecto solitário, um silêncio emocional, os outros
podem conhecer os factos mas não os sentimentos
• Aspecto sem solução satisfatória nem duradoura,
um conflito para o qual não há resolução
Fases da Doença
(a nível psicoterapêutico)
13. Choque & Trauma
(choque)
• Choque é a pedra angular no entendimento da
doença
• Um conflito externo pode transformar‐se num
conflito interno
14. Choque & Trauma
(a importância da expressão)
O que não se exprime (expressa),
imprime‐se!
15. Choque & Trauma
(reacções ao trauma)
Porquê diferentes reacções perante o mesmo
acontecimento:
Incapacidade adquirida de reacção perante um
sentimento, medo ou juízo
Pressões duplas e comunicações paradoxas que inibem
a expressão
Traumas antigos por resolver
16. Choque & Trauma
(a dupla entrada biológica)
Dupla Entrada Biológica:
• A primeira porta de
entrada corresponde
ao sistema no qual a
pessoa recebe o drama • A segunda porta de
entrada, dentro do
sistema, afectará
especificamente um
ou outro órgão
desse sistema
17. Choque & Trauma
(a dupla entrada biológica)
• Biologicamente o trauma não se grava em
estado isolado/puro – circunstâncias do
momento do choque
• É importante prestar atenção à forma como
cada indivíduo manifesta a sua relação com o
mundo e como a expressa na sua linguagem
(visual, digestiva, auditiva…)
18. Choque & Trauma
(imunização & memória)
Existem 2 momentos de reacção ao trauma:
• Momento imediato (medida de protecção)
• Período de adaptação (longo prazo, memorização)
O sistema imunitário guarda a memória de uma
substância codificada como perigosa, porque vai
associada a uma emoção dolorosa. Por isso tenta
eliminá‐la quando a detecta no organismo
É um sistema de alerta: uma memória que reactiva a
memória do sofrimento (codificação da informação
emocional)
21. As Polaridades no Trabalho com o
Trauma:
Voluntário Vs. Involuntário
Devagar Vs. Depressa
Costas Vs. Peito
Periferia Vs. Centro
Vertical Vs. Horizontal
Trauma
(Polaridades)
23. Somatização
(Inconsciente Biológico)
Inconsciente Biológico (IB)
• Biologia não faz nada por acaso, o inconsciente é
inteligente
• Ser vivo inscreve‐se em 1º lugar numa realidade
biológica
• IB dá soluções biológicas
(com sentido) em função
do que nos acontece
(adaptar‐se ou morrer)
24. Somatização
(Inconsciente Biológico)
Inconsciente Biológico & Emoções
• Emoções não têm tempo nem espaço
• Inconsciente não faz distinção entre o real e o imaginário
• Frequência vibratória das emoções afecta a biologia do organismo
e conduz a mudanças físicas
Dois sentimentos essenciais: amor e medo
Amor – frequência vibratória alta e
rápida, muita activação de códigos de
aminoácidos, maior receptividade e
solução
Medo – frequência vibratória baixa e
lenta, pouca activação de códigos de
aminoácidos, opções limitadas e baixa
capacidade de resolução
25. Somatização
(Inconsciente Biológico)
Inconsciente Biológico & Emoções
• Doença surge com a incoerência emocional
• Essa incoerência mostra‐se no corpo sob a forma de mal‐estar
• Emoções são mediadas também por crenças
• Podem ser socialmente aceites, mas corrosivas para a saúde
• Inconsciente grava tudo, pois pode ser necessário a qualquer
momento
• Para o Inconsciente tudo é uno – se fazemos nossa a dor do outro,
somos nós que estamos a sentir a dor
26. Somatização
(Inconsciente Biológico)
Trabalho com Inconsciente Biológico
• Árvore genealógica (ferramenta de diagnóstico)
• Meditação/ Visualização
• Tomada de consciência e a reorientação da energia
• Mudança de percepção e neurocepção (Teoria Polyvagal)
29. Teoria Polivagal
Sistemas de Defesa:
Imobilização
Mobilização (“fight/flight”)
Actividade vagal – portal de monitorização fácil,
função protectora do nosso sistema nervoso
Fora da consciência, o sistema nervoso está
continuamente avaliando o risco no ambiente,
elabora juízos e estabelece prioridades para as
condutas que são adaptativas (neurocepção)
30. “Doing abdominal breathing, you can activate
vagus nerve and trigger a relaxation response.
The relaxation response, which is the opposite of
the stress response, is necessary for your body to
heal, repair, and renew.”
(S. W. Porges)
Vago
(Nervo da Compaixão)
31. Mecanismo anti-stress
Nervo inibitório que desacelera nosso coração
e nos permite relaxar
Reduz a inflamação presente em estados de
stress e promove a regeneração celular
(activação de células estaminais)
Vago
(Nervo da Compaixão)
32. Nervo sensorial, 80% das fibras enviam
informação das vísceras ao cérebro
Melhora o rendimento
Aumenta a função imunitária
Reduz os transtornos de ansiedade e
depressão
Aumenta a espessura do córtex cerebral (que
diminui com a idade)
Vago
(Nervo da Compaixão)
33. Activação do Nervo Vago: (relaxamento)
Através da respiração abdominal
Vocalizar
Lavar a cara com água fria
Meditar
Mastigar pastilha elástica
Vago
(Nervo da Compaixão)
35. Sinais & Sintomas
(conflitos de base)
Compreender os conflitos
Toda a doença advém de um conflito interno
prolongado e aparentemente sem solução
Tipos de conflitos de base:
• Programantes – choque biológico, novo, ameaça à
vida, assintomático, codifica a emoção, memorização
• Desencadeantes – (re)sentimento, mal‐estar não
identificado, activa a emoção codificada já existente
36. Sinais & Sintomas
(conflito emocional)
• O nosso trabalho como psicoterapeutas é encontrar
a coerência entre os sinais e sintomas e o conflito
emocional original do indivíduo
• “Portal biológico” é a forma como vivemos o
conflito no nosso corpo (único para cada indivíduo)
37. Sinais & Sintomas
(conflito de medo)
• Na verdade, qualquer conflito pode ser um conflito
de medo associado a outro sentimento/emoção
Tipos de conflito de medo:
‐ Medo de ser humilhado
‐ Medo de ser abandonado
‐ Medo de ser desonrado
‐ Medo de ser agredido
38. Sinais & Sintomas
(sintoma como resposta)
Sinais e Sintomas
• O IB responde aos conflitos com sinais e sintomas
(doenças)
• Os sinais/sintomas e as doenças são uma reacção
• Só vemos a parte visível, a invisível é uma acção
escondida
• Há uma “cortina de fumo” (algo demasiado doloroso
que se nega e não se vê)
39. Sinais & Sintomas
(tipos de manifestação)
Distintos tipos de manifestação:
• Tumor, massa, cálculo, excrescência
(+) – um mais (+) segue um menos (‐);
a massa vem da ausência de algo.
• Vazio, úlcera (‐) – um menos (‐) segue
um mais (+); o vazio segue‐se ao
excesso.
40. Sinais & Sintomas
(tipos de manifestação)
Distintos tipos de manifestação: (continuação)
• Bloqueio – resultado de uma escolha ilusória entre seguir
perdendo (seguir num trabalho infame) ou sair perdendo (cair
na miséria económica).
• Problemas de comportamento – manifesta uma rejeição a
aceitar a realidade.
• Infecção – a infecção duradoura esconde uma evolução não
aceite.
• Inflamação – a inflamação duradoura esconde uma solução
superficial ou o inconsciente.
41. O que é o coping:
• Conjunto de estratégias utilizadas para se adaptar a
circunstâncias adversas
Em Psicologia, analisado na relação com o stress: “tentativa ou
empenho para lidar com exigências externas (do ambiente) ou
internas (do próprio sujeito) percebidas como sobrecarregando ou
excedendo os recursos da pessoa.” (Folkman e Lazarus)
Estratégias de coping (funcionais
básicas):
voltadas para a resolução do
problema
voltadas para a regulação da
emoção
42. Stress
(Síndrome de Adaptação Geral, SAG)
• Assim, surgiu a Síndrome de Adaptação Geral
(SAG)
• O stress provoca diferentes tipos de alterações
físicas e psicológicas que ameaçam a
homeostasia do organismo, eliciando um
conjunto de alterações biofisiológicas – uma
adaptação geral do sistema
• O stress induz respostas hormonais automáticas
que podem provocar mudanças (hormonais) a
longo prazo, conduzindo a úlceras, hipertensão,
arteriosclerose, artrite, doenças renais e reacções
alérgicas
43. Stress
(Síndrome de Adaptação Geral, SAG)
• Fases gerais de coping (SAG):
1. Reacção de alarme, o corpo prepara‐se para lutar ou
fugir
2. Resistência ao stress,
o corpo debate‐se para
manter a homeostasia
3. Exaustão, o corpo
entra em desgaste e
adoece, devido à
persistência do stress
44. Componentes de resposta ao stress:
Psicológico (envolve emoções como ansiedade e tensão)
Fisiológico (envolve mudanças corporais, como
frequência cardíaca aumentada, pressão sanguínea e
tensão muscular. Estas mudanças preparam‐nos para a
acção física, fight/flight ou imobilização)
SOMOS MOTIVADOS A REDUZI‐LAS!!!!
Psicopatologia
(Stress, Componentes)
45. Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais
(Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM)
&
Classificação Internacional de Doenças (CID)
Psicopatologia
(caracterização)
46. “Distúrbio mental é uma síndrome caracterizada por
uma perturbação clínica significativa ao nível da
cognição, regulação da emoção ou do
comportamento que reflecte uma disfunção nos
processos psicológicos, biológicos ou de
desenvolvimento.” (DSM 5)
Psicopatologia
(caracterização)
47. Características Principais das Psicopatologias:
• Impacto social e ocupacional
• Universalidade
• Intensidade
• Frequência
Psicopatologia
(caracterização)