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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
ARTIGO CIENTÍFICO
Luiz Felipe de Oliveira Moura Santos
Orientador: Prof. Dr. Lauro Osiro
Banca: Prof. Dr. Rafael Lima
25/11/2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Palavras chave:
Gestão de fornecedores. Segmentação de fornecedores.
Avaliação multicritério. Hospital público. Fuzzy 2-Tuple.
MODELO DE SEGMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO
MULTICRITÉRIO DE FORNECEDORES DE
MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO:
UMA ABORDAGEM FUZZY-AHP
INTRODUÇÃO
GESTÃO DE SUPRIMENTOS
• Aumento no interesse estratégico da Gestão de Suprimentos;
• Competitividade e Crescimento das empresas;
– Necessidade de relações próximas com a base de fornecedores.
• Envolve diretamente a gestão de fornecedores.
• Benefícios gerais:
– Qualidade, ganhos em desempenho, redução de custos...
• Três vertentes:
– Seleção;
– Segmentação;
– Desenvolvimento.
• Diferentes abordagens e modelos propostos;
• Envolvem avaliações multicritérios;
– Quantitativas;
– Qualitativas → alta vagueza e imprecisão.
• Necessidade de ferramentas matemáticas e
computacionais.
GESTÃO DE FORNECEDORES
• AHP;
• Lógica Fuzzy;
• Fuzzy 2-Tuple;
• Programação linear;
• Redes neurais;
• Simulação, etc.
FERRAMENTAS MATEMÁTICAS
E COMPUTACIONAIS MCDA / MCDM
• Alta complexidade:
– Consumidores finais: pacientes em tratamentos de saúde;
– Alta variabilidade;
– Mudanças súbitas;
– Muitos stakeholders envolvidos.
• Hospitais públicos são afetados por altos custos,
orçamentos limitados e competição acirrada;
• Logística de medicamentos impacta diretamente na
qualidade e segurança dos processos de cuidados de saúde;
• Necessita de novos modelos de gestão.
CADEIA DE SUPRIMENTOS HOSPITALAR
OBJETIVO
DO
ARTIGO
“Propor um modelo de segmentação e avaliação
multicritérios de fornecedores e verificar sua
aplicabilidade nos processos de compras de
medicamentos em um hospital público brasileiro.”
Modelo MCDA e MCDM para a avaliação
e gestão da base de fornecedores.
Figura 1
Esquema do modelo
proposto.
Fonte: O autor (2015).
PROPOSTA
1. SELEÇÃO E PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS
• Critérios e pesos variam entre instituições;
– Ligados às estratégias.
• Devem abordar as perspectivas de diferentes stakeholders;
• Dimensões:
Desempenho na entrega x Disposição em cooperar
• Escolhidos de listas de critérios baseadas na literatura;
• Ponderados com o AHP.
CRITÉRIOS DE DESEMPENHO
NA ENTREGA
REFERÊNCIAS
Preço/custo Dickson (1966); Fisher (1997); Ho, Xu e Dey (2010)
Impacto no lucro Kraljic (1983); Dyer, Cho e Chu (1998)
Entrega Dickson (1966); Fisher (1997); Krause (1997); Ho, Xu e Dey (2010)
Tempo de entrega Rezaei e Ortt (2012); Rezaei, Wang e Tavasszy (2015)
Qualidade do produto Dempsey (1978); Dyer, Cho e Chu (1998); Ho, Xu e Dey (2010)
Habilidade de embalagem
Dickson (1966); Weber, Current e Benton (1991); Rezaei e Ortt
(2012)
Capacidade de reserva Olsen e Ellram (1997); Kannan e Tan (2002)
Sistema de faturamento e emissão
de pedidos
Kannan e Tan (2002)
Produção, fabricação, instalações e
capacidades
Dyer, Cho e Chu (1998); Bensaou (1999)
Capacidade de desenvolvimento Dyer, Cho e Chu (1998); Ho, Xu e Dey (2010)
Capacidade técnica Dempsey (1978); Kannan e Tan (2002); Ho, Xu e Dey (2010)
Gestão e organização
Weber, Current e Benton (1991); Olsen e Ellram (1997); Ho, Xu e
Dey (2010)
Tecnologias Kraljic (1983); Day (1994); Bensaou (1999)
Suporte pós venda Dickson (1966); Dempsey (1978); Choi e Hartley (1996)
Negócios passados Dickson (1966); Weber, Current e Benton (1991)
Quadro 1 – Critérios de avaliação do desempenho na entrega
Fonte: Revisão na literatura (2015).
Fonte: Revisão na literatura (2015).
CRITÉRIOS DE DISPOSIÇÃO EM COOPERAR REFERÊNCIAS
Compromisso com qualidade Krause (1997); Olsen e Ellram (1997)
Comunicação honesta e frequente Dyer, Cho e Chu (1998); Kannan e Tan (2002)
Abertura à avaliação do local
Krause (1997); Dyer, Cho e Chu (1998); Kannan e
Tan (2002)
Cumprimento de procedimentos de licitação Weber, Current e Benton (1991)
Acordos recíprocos Dickson (1966); Olsen e Ellram (1997)
Transparência Rezaei, Wang e Tavasszy (2015)
Normas éticas Dyer, Cho e Chu (1998); Kannan e Tan (2002)
Disposição em compartilhar informação
Fisher (1997); Olsen e Ellram (1997); Kannan e Tan
(2002)
Disposição para relacionamento de longo prazo Dyer, Cho e Chu (1998)
Investimentos específicos Olsen e Ellram (1997); Dyer, Cho e Chu (1998)
Respeito e honestidade mútua Kannan e Tan (2002); Ho, Xu e Dey (2010)
Experiência anterior com o fornecedor Weber, Current e Benton (1991)
Quadro 2 – Critérios de avaliação da disposição em cooperar
𝑤𝑖 =
∏ 𝑗=1
𝑛
𝑎𝑖𝑗
1
𝑛
𝑖=1
𝑛
∏ 𝑗=1
𝑛
𝑎𝑖𝑗
1
𝑛
𝑛 ∶ 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜𝑠
𝑎𝑖𝑗 ∶ 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑖 𝑒 𝑗
𝑤𝑖 ∶ 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 𝑖
• Um dos métodos mais utilizados nas abordagens de
avaliação para seleção de fornecedores;
• Comparações pareadas sobre as importâncias relativas de
cada critério;
• Garante a consistência dos julgamentos.
(1)
(SAATY, 1990; 2008)
AHP (ANALYTIC HIERARCHY PROCESS)
𝜗𝑖 =
𝑗=1
𝑛
𝑤𝑗 𝑎𝑖𝑗
𝑤𝑖
𝜆 𝑚𝑎𝑥 =
𝑖=1
𝑛
𝜗𝑖
𝑛
𝐶𝐼 =
(𝜆 𝑚𝑎𝑥 − 𝑛)
(𝑛 − 1)
𝐶𝑅 =
𝐶𝐼
𝑅𝐼
𝐶𝑅 < 0,1 ⟹ 𝐵𝑜𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝜗𝑖 ∶ 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 𝑖
𝜆 𝑚𝑎𝑥 ∶ 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙
𝐶𝐼 ∶ í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑅𝐼 ∶ í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑎𝑙𝑒𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 (𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜)
𝐶𝑅 ∶ 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
(2)
(3)
(4)
(5)
(SAATY, 1990; 2008)
AHP (ANALYTIC HIERARCHY PROCESS)
2. AVALIAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES
• Avalia fornecedores quanto aos critérios escolhidos;
• Avaliações multicritérios:
– Quantitativas;
– Qualitativas: incerteza e subjetividade.
• Avaliações por múltiplos stakeholders;
• Coleta de informações (formulários e checklists);
• Levantamento de dados em registros, medições de
desempenho.
REPRESENTAÇÃO LINGUÍSTICA
• Fácil compreensão das escalas de análise;
• Necessidade de descritores linguísticos (𝑠𝑖) apropriados;
• Conjunto de termos linguísticos (S) utilizado na proposta:
Fuzzy 2-Tuple:
– Permite uso de informações numéricas e linguísticas;
– Permite a agregação das avaliações;
– Domínio linguístico tratado como contínuo;
– Fácil computação com palavras, sem perdas de informação.
(6)𝑆 = {𝑠0: 𝑁, 𝑠1: 𝑉𝐿, 𝑠2: 𝐿, 𝑠3: 𝑀, 𝑠4: 𝐻, 𝑠5: 𝑉𝐻, 𝑠6: 𝑃
• Funções de pertinência (𝜇 𝑠𝑖
) paramétricas triangulares, de
parâmetros (𝑎𝑖, 𝑏𝑖, 𝑐𝑖);
𝑁 = 𝐼𝑛𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 0,0, 0.167
𝑉𝐿 = 𝑀𝑢𝑖𝑡𝑜 𝐵𝑎𝑖𝑥𝑜 = 0,0.167,0.333
𝐿 = 𝐵𝑎𝑖𝑥𝑜 = 0.167, 0.333, 0.5
𝑀 = 𝑀é𝑑𝑖𝑜 = 0.333,0.5,0.667
𝐻 = 𝐴𝑙𝑡𝑜 = 0.5, 0.667, 0.833
𝑉𝐻 = 𝑀𝑢𝑖𝑡𝑜 𝐴𝑙𝑡𝑜 = 0.667, 0.833, 1
𝑃 = 𝑃𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 = 0.833, 1,1
Quadro 3 – Termos, semânticas e
parâmetros
Figura 2 – Representação gráfica
Fonte: O autor (2015).
FUZZY 2-TUPLE (HERRERA; MARTINEZ, 2000a; 2000b; 2001)
Fonte: O autor (2015).
• Informações representadas por um par de valores 2-Tuple 𝑠, 𝛼
– 𝑠 ∶ 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑔𝑢í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜
– 𝛼 ∶ 𝑡𝑟𝑎𝑑𝑢çã𝑜 𝑠𝑖𝑚𝑏ó𝑙𝑖𝑐𝑎 𝛼 ∈ −0.5, 0.5
• Termo linguístico: θ 𝑠𝑖 = 𝑠𝑖, 0 / 𝑠𝑖 ∈ 𝑆
• Informação equivalente (𝛽) 𝛽 ∈ 0, 𝑔
• Média simples:
(7)
𝑥 = Δ(
𝑖=1
𝑛
1
𝑛
Δ−1 𝑟𝑖, 𝛼𝑖 = Δ(
1
𝑛
𝑖=1
𝑛
)𝛽𝑖 (8)
FUZZY 2-TUPLE (HERRERA; MARTINEZ, 2000a; 2000b; 2001)
TRANSFORMANDO UM VALOR [0,1] EM UM 2-TUPLE
(HERRERA; MARTINEZ, 2000b)
Figura 3 – Transformação 0,1 ⟶ 2 − 𝑇𝑢𝑝𝑙𝑒
Fonte: Herrera e Martinez (2000b).
τ ∶ 0, 1 ⟶ 𝐹(𝑆)
𝜏 𝜗 = 𝑠0, 𝜔0 , … , 𝑠𝑔, 𝜔 𝑔 , 𝑠𝑖 ∈ 𝑆 𝑒 𝜔𝑖 ∈ 0,1 ,
𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒
𝜔𝑖 = 𝜇 𝑠𝑖
𝜗 =
0, 𝑠𝑒 𝜗 ≤ 𝑎𝑖 𝑜𝑢 𝜗 ≥ 𝑐𝑖
𝜗 − 𝑎𝑖
𝑏𝑖 − 𝑎𝑖
, 𝑠𝑒 𝜗 ≤ 𝑏𝑖
𝜗 − 𝑎𝑖
𝑏𝑖 − 𝑎𝑖
, 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜
(9) 𝜒 ∶ 𝐹(𝑆 𝑇) ⟶ [0, 𝑔]
𝜒 𝜏 𝜗 = 𝜒 𝑠𝑗, 𝜔𝑗 , 𝑗 = 0, … , 𝑔 =
𝑗=0
𝑔
𝑗𝜔𝑗
𝑗=0
𝑔
𝜔𝑗
= 𝛽
Δ ∶ 0, 𝑔 ⟶ 𝑆 × −0.5, 0.5
Δ 𝛽 =
𝑠𝑖 𝑖 = 𝑟𝑜𝑢𝑛𝑑 𝛽
𝛼 = 𝛽 − 𝑖 𝛼 ∈ −0.5, 0.5
(10)
(11)
TRANSFORMANDO UM 2-TUPLE EM UM VALOR [0,1]
(HERRERA; MARTINEZ, 2000b)
Figura 4 – Transformação 2 − 𝑇𝑢𝑝𝑙𝑒 ⟶ 0,1
Fonte: Herrera e Martinez (2000b).
Δ−1
∶ 𝑆 × −0.5, 0.5 ⟶ 0, 𝑔
Δ−1
𝑠𝑖, 𝛼 = 𝑖 + 𝛼 = 𝛽
(12)
𝛿 ∶ 0, 𝑔 ⟶ 𝑆 𝑇 × 0,1 × 𝑆 𝑇 × 0,1
𝛿 𝛽 = 𝑠ℎ, 1 − 𝛾 , 𝑠ℎ+1, 𝛾
em que
ℎ = 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐 𝛽
𝛾 = 𝛽 − ℎ
e 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐(. ) é a função usual da operação truncar.
𝜅 ∶ 𝑆 𝑇 × 0,1 × 𝑆 𝑇 × 0,1 ⟶ 0,1
𝜅 𝑠ℎ, 1 − 𝛾 , 𝑠ℎ+1, 𝛾 = 𝐶𝑉 𝑠ℎ 1 − 𝛾 + 𝐶𝑉 𝑠ℎ+1 𝛾
em que 𝐶𝑉(. ) é a função que retorna um valor
característico.
(13)
(14)
𝐶𝑉 𝑠𝑖 = 𝑥 𝜇 𝑠𝑖
𝑥 = 1 ⟶ 𝐶𝑉 𝑠𝑖 = 𝑏𝑖
3. SEGMENTAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES
• Fornecedores com pontuações parciais para cada critério;
• Critérios com diferentes pesos;
• Pontuação final (médias
ponderadas) nas duas
dimensões:
Desempenho na entrega
X
Disposição em cooperar
Figura 5 – Matriz de segmentação
Fonte: O autor (2015).
4. TOMADAS DE DECISÃO NA GESTÃO
DE FORNECEDORES
• Interpretação da base de fornecedores segmentada;
• Priorização dos fornecedores:
– Melhor alocação de recursos;
– Novos programas de acompanhamento;
– Notificações;
– Substituições, etc.
• Desenvolvimento de Fornecedores.
– Estratégico, reativo;
– Direto, indireto.
ESTUDO DE CASO
• Hospital de Clínicas público no Brasil;
– Compra de medicamentos.
• Muitos stakeholders dos processos de compras;
– CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico);
– Farmácia;
– Compras e Licitações.
• Compras regidas pela legislação brasileira.
COMPRAS PÚBLICAS NO BRASIL
• Licitação e contratos (BRASIL, 1993)
• Pregões Eletrônicos (BRASIL, 2002)
– E-procurement.
• Sistema de Registro de Preços (BRASIL, 2013)
– Atas válidas por 12 meses.
AF
(CAF)
Figura 6 – Processo de compras de medicamentos no hospital
Empenho
(Financeiro)
AF
(CAF)
Fornecedores
Fonte: O autor (2015).
Demanda de
Medicamentos
1. SELEÇÃO E PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS
Critérios selecionados para o
Desempenho na Entrega
Critérios selecionados para a
Disposição em Cooperar
C1 Qualidade do produto C7 Abertura a comunicações frequentes e honestas
C2 Habilidade de empacotamento C8 Transparência
C3 Lead time de entrega C9 Princípios éticos, respeito e honestidade
C4 Suporte pós-venda C10 Experiências prévias
C5 Sistema de faturamento e emissão de pedidos C11 Cumprimento de procedimentos licitatórios
C6 Entrega (confiabilidade) C12 Compromisso com a qualidade
Quadro 4 – Critérios escolhidos
Fonte: O autor (2015).
• Seleção por checklists e reuniões entre os stakeholders.
PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS
Tabela 1– Ponderação dos critérios de desempenho na entrega.
Fonte: Os autores
e hospital
estudado (2015).
C1 C2 C3 C4 C5 C6 Peso
C1 1,000 4,000 0,333 4,000 7,000 0,250 0,1707
C2 0,250 1,000 0,200 2,000 5,000 0,333 0,0873
C3 3,000 5,000 1,000 6,000 7,000 1,000 0,3445
C4 0,250 0,500 0,167 1,000 3,000 0,250 0,0588
C5 0,143 0,200 0,143 0,333 1,000 0,143 0,0283
C6 4,000 3,000 1,000 4,000 7,000 1,000 0,3103
CR 0,0707
C7 C8 C9 C10 C11 C12 Peso
C7 1,000 5,000 4,000 3,000 6,000 2,000 0,3781
C8 0,200 1,000 0,333 0,333 3,000 0,250 0,0638
C9 0,250 3,000 1,000 0,500 5,000 0,333 0,1168
C10 0,333 3,000 2,000 1,000 5,000 2,000 0,2081
C11 0,167 0,333 0,200 0,200 1,000 0,200 0,0349
C12 0,500 4,000 3,000 0,500 5,000 1,000 0,1983
CR 0,0605
Tabela 2 – Ponderação dos critérios da disposição em cooperar
Fonte: Os autores
e hospital
estudado (2015).
2. AVALIAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES
• 12 Fornecedores (F1 a F12):
– Ativos (licitantes vencedores nos pregões vigentes);
– Heterogêneos (desempenhos variados e diversidade de itens
fornecidos).
• Avaliação quantitativa:
– C3 (Lead time de entrega);
– C6 (Confiabilidade da entrega);
• Notificações;
• Cancelamentos;
• Entregas parciais;
• Variabilidade.
– Dados levantados de registros.
• AF’s, ARP’s, pregões;
• Notificações, planilhas eletrônicas, etc.
Fornecedor C3 C6
F1 0,8000 0,7246
F2 0,6500 0,6648
F3 1,0000 0,8496
F4 0,4333 0,3646
F5 0,8000 0,6856
F6 0,4667 0,4636
F7 1,0000 0,8076
F8 0,0000 0,0817
F9 0,5667 0,7959
F10 0,3500 0,1474
F11 0,0000 0,4634
F12 0,0000 0,1536
Fonte: Hospital estudado (2015).
Tabela 3 – Avaliação quantitativa
AVALIAÇÃO QUALITATIVA
• Escala linguística: N, VL, L, M, H, VH, P
• Avaliação de critérios relevantes a cada stakeholder;
– Alguns critérios avaliados mais de uma vez.
Fonte: Hospital estudado (2015).
Tabela 4 – Avaliação feita pela CAF
C4 C5 C7 C8 C9 C10 C12
F1 H H L H H H H
F2 VL VL L L H M L
F3 VH VH VH VH VH VH VH
F4 L L L M M L L
F5 VL M VL L L L VL
F6 M H H M M M H
F7 M VH VH H H H H
F8 VL VL VL VL VL VL VL
F9 L M M M M M M
F10 M M H H H H H
F11 VL L L VL L L L
F12 VL VL VL VL L L L
AVALIAÇÃO QUALITATIVA
• Todas as avaliações transformadas em 2-Tuples;
• Operações de agregação nas pontuações parciais;
Fonte: Hospital estudado (2015).
Tabela 5 – Pontuações parciais dos critérios de desempenho na entrega
C1 C2 C3 C4 C5 C6
𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶
F1 L 0 H 0 VH -0,2 H 0 H 0 H 0,348
F2 M 0 M 0 H -0,1 VL 0 L -0,5 H -0,011
F3 VH 0 VH 0 P 0 VH 0 VH -0,5 VH 0,097
F4 M 0 M 0 M -0,4 L 0 L 0 L 0,187
F5 M 0 M 0 VH -0,2 VL 0 H -0,5 H 0,114
F6 M 0 M 0 M -0,2 M 0 M 0 M -0,219
F7 H 0 H 0 P 0 M 0 VH -0,5 VH -0,155
F8 VL 0 L 0 N 0 VL 0 VL 0 N 0,490
F9 H 0 H 0 M 0,4 L 0 H -0,5 VH -0,225
F10 H 0 M 0 L 0,1 M 0 M -0,5 VL -0,115
F11 L 0 L 0 N 0 VL 0 M -0,5 M -0,219
F12 M 0 H 0 N 0 VL 0 L -0,5 VL -0,078
3. SEGMENTAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES
• Avaliações 2-Tuples transformadas em [0,1];
• Obtenção das pontuações finais (parciais x pesos dos critérios);
Tabela 6 – Pontuações parciais e finais de desempenho na entrega
Fonte: Hospital estudado (2015).
Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Nota Final
(𝝑)
Desempenho
na entregaPesos 0,1707 0,0873 0,3445 0,0588 0,0283 0,3103
F1 0,3333 0,6667 0,8000 0,6667 0,6667 0,7246 0,6737 MÉDIO
F2 0,5000 0,5000 0,6500 0,1667 0,2500 0,6648 0,5761 MÉDIO
F3 0,8333 0,8333 1,0000 0,8333 0,7500 0,8496 0,8934 ALTO
F4 0,5000 0,5000 0,4333 0,3333 0,3333 0,3646 0,4205 BAIXO
F5 0,5000 0,5000 0,8000 0,1667 0,5833 0,6856 0,6437 MÉDIO
F6 0,5000 0,5000 0,4667 0,5000 0,5000 0,4636 0,4772 MÉDIO
F7 0,6667 0,6667 1,0000 0,5000 0,7500 0,8076 0,8178 ALTO
F8 0,1667 0,3333 0,0000 0,1667 0,1667 0,0817 0,0974 BAIXO
F9 0,6667 0,6667 0,5667 0,3333 0,5833 0,7959 0,6503 MÉDIO
F10 0,6667 0,5000 0,3500 0,5000 0,4167 0,1474 0,3650 BAIXO
F11 0,3333 0,3333 0,0000 0,1667 0,4167 0,4634 0,2514 BAIXO
F12 0,5000 0,6667 0,0000 0,1667 0,2500 0,1536 0,2081 BAIXO
Figura 7 – Segmentação
dos fornecedores.
Fonte: Hospital estudado (2015).
4. TOMADAS DE DECISÃO
Exemplos:
• Substituição imediata do fornecedor F8;
• Notificações e feedbacks das avaliações;
• Melhor acompanhamento dos pedidos de fornecedores
com desempenho mediano;
• Melhor alocação de recursos entre os fornecedores.
RESULTADOS E
DISCUSSÕES
• Boa análise da base de fornecedores;
• Adequação para a coleta de informações qualitativas;
– Fuzzy 2-Tuple
– Escala clara;
– Múltiplos stakeholders;
– Possibilidade de agregações → convergência nas análises;
• Garantia da consistência dos pesos dos critérios (AHP);
• Dificuldades
– Poucos critérios quantitativos;
– Bandos de dados de sistemas de informações
• Revelou deficiências nos processos de compras da
Administração Pública;
– Lead times elevados;
– Qualidade x custo.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
• Aumento na parcela de contribuição dos fornecedores na
criação de valor;
• Instituições hospitalares devem aprimorar seus processos de
gestão de fornecedores;
– Tratamento de vidas.
• Base de fornecedores do hospital pôde ser avaliada e
segmentada eficazmente.
CONCLUSÕES
• Alternativa interessante para a gestão de fornecedores;
• Possível aplicabilidade em empresas privadas;
• Abordagem Fuzzy-AHP;
– Coerência nos julgamentos;
– Menor dispersão nas análises.
• Fuzzy 2-Tuple pouco explorado.
– Agregações multicritérios.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial
da União. Brasília, DF, 22 de junho de 1993.
___________. Lei Nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui modalidade de licitação denominada pregão,
para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 18
de julho de 2002.
___________. Decreto Nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013. Regulamenta o Sistema de Registro de Preços
previsto no art. 15 da Lei nº8.666, de 21 de junho de 1993. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 de janeiro
de 2013.
DEMPSEY, W. A. Vendor selection and the buying process. Industrial Marketing Management, n. 7, p.
257,267, 1978.
DICKSON, G. W. An analysis of supplier selection systems and decisions. Journal of Purchasing, v. 2, n.1, p. 5-
17, 1966.
DYER, J. H.; CHO, D. S.; CHU, W. Strategic Supplier Segmentation: the next “best practice” in supply chain
management. California Management Review, v. 40, n. 2, p. 57–77, 1998.
FISHER, M. L. What is the right supply chain for your product? Harvard Business Review, March-April 1997, p.
83-93, 1997.
HERRERA, F.; MARTINEZ, L. A 2-tuple fuzzy linguistic representation model for computing with words. IEEE
Transactions on Fuzzy Systems, v. 8, n. 6, p. 746–752, 2000a.
HERRERA, F.; MARTINEZ, L. An approach for combining linguistic and numerical information based on the 2-
tuple fuzzy linguistic representation model in decision-making. International Journal of Uncertainty,
Fuzziness and Knowledge-Based Systems, v. 8, n. 5, p. 539–562, 2000b.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HERRERA, F.; MARTINEZ, L. The 2-tuple linguistic computational model. Advantages of its linguistic
description, accuracy and consistency. International Journal of Uncertainty, Fuzziness and Knowledge-Based
Systems, v. 9, p. 33–48, 2001.
HO, W.; XU, X.; DEY, P. K. Multi-criteria decision making approaches for supplier evaluation and selection: A
literature review. European Journal of Operational Research, v. 202, n. 1, p. 16–24, 2010.
KANNAN, V. R.; TAN, K. C. Supplier selection and assessment: their impact on business performance. Journal
of Supply Chain Management, v. 38, n. 4, p. 11–21, 2002.
KRALJIC, P. Purchasing Must Become Supply Management. Harvard Business Review, n. 83509, p. 109–117,
1983.
OLSEN, R. F.; ELLRAM, L. M. A portfolio approach to supplier relationships. Industrial Marketing
Management, v. 26, n. 2, p. 101-113, 1997.
REZAEI, J.; ORTT, R. A multi-variable approach to supplier segmentation. International Journal of Production
Research, v. 50, n. 16, p. 4593–4611, 15 ago. 2012.
REZAEI, J.; WANG, J.; TAVASSZY, L. Linking supplier development to supplier segmentation using Best Worst
Method. Expert Systems With Applications, v. 42, p. 9152–9164, 2015.
SAATY, T. L. The Analytic Hierarchy Process. Pittsburgh: RWS Publications, 1990.
SAATY, T. L. Decision making with the analytic hierarchy process. International Journal of Services Sciences, v.
1, n. 1, p. 83, 2008.
WEBER, C. A.; CURRENT, J. R.; BENTON, W. C. Vendor selection criteria and methods. European Journal of
Operational Research, v 50, n 1, p. 2-18, 1991.
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Modelo de segmentação e avaliação multicritério de fornecedores de medicamentos em um hospital público: uma abordagem Fuzzy 2-Tuple

  • 1. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ARTIGO CIENTÍFICO Luiz Felipe de Oliveira Moura Santos Orientador: Prof. Dr. Lauro Osiro Banca: Prof. Dr. Rafael Lima 25/11/2015 UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
  • 2. Palavras chave: Gestão de fornecedores. Segmentação de fornecedores. Avaliação multicritério. Hospital público. Fuzzy 2-Tuple. MODELO DE SEGMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO MULTICRITÉRIO DE FORNECEDORES DE MEDICAMENTOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO: UMA ABORDAGEM FUZZY-AHP
  • 3. INTRODUÇÃO GESTÃO DE SUPRIMENTOS • Aumento no interesse estratégico da Gestão de Suprimentos; • Competitividade e Crescimento das empresas; – Necessidade de relações próximas com a base de fornecedores. • Envolve diretamente a gestão de fornecedores. • Benefícios gerais: – Qualidade, ganhos em desempenho, redução de custos...
  • 4. • Três vertentes: – Seleção; – Segmentação; – Desenvolvimento. • Diferentes abordagens e modelos propostos; • Envolvem avaliações multicritérios; – Quantitativas; – Qualitativas → alta vagueza e imprecisão. • Necessidade de ferramentas matemáticas e computacionais. GESTÃO DE FORNECEDORES
  • 5. • AHP; • Lógica Fuzzy; • Fuzzy 2-Tuple; • Programação linear; • Redes neurais; • Simulação, etc. FERRAMENTAS MATEMÁTICAS E COMPUTACIONAIS MCDA / MCDM
  • 6. • Alta complexidade: – Consumidores finais: pacientes em tratamentos de saúde; – Alta variabilidade; – Mudanças súbitas; – Muitos stakeholders envolvidos. • Hospitais públicos são afetados por altos custos, orçamentos limitados e competição acirrada; • Logística de medicamentos impacta diretamente na qualidade e segurança dos processos de cuidados de saúde; • Necessita de novos modelos de gestão. CADEIA DE SUPRIMENTOS HOSPITALAR
  • 7. OBJETIVO DO ARTIGO “Propor um modelo de segmentação e avaliação multicritérios de fornecedores e verificar sua aplicabilidade nos processos de compras de medicamentos em um hospital público brasileiro.”
  • 8. Modelo MCDA e MCDM para a avaliação e gestão da base de fornecedores. Figura 1 Esquema do modelo proposto. Fonte: O autor (2015). PROPOSTA
  • 9. 1. SELEÇÃO E PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS • Critérios e pesos variam entre instituições; – Ligados às estratégias. • Devem abordar as perspectivas de diferentes stakeholders; • Dimensões: Desempenho na entrega x Disposição em cooperar • Escolhidos de listas de critérios baseadas na literatura; • Ponderados com o AHP.
  • 10. CRITÉRIOS DE DESEMPENHO NA ENTREGA REFERÊNCIAS Preço/custo Dickson (1966); Fisher (1997); Ho, Xu e Dey (2010) Impacto no lucro Kraljic (1983); Dyer, Cho e Chu (1998) Entrega Dickson (1966); Fisher (1997); Krause (1997); Ho, Xu e Dey (2010) Tempo de entrega Rezaei e Ortt (2012); Rezaei, Wang e Tavasszy (2015) Qualidade do produto Dempsey (1978); Dyer, Cho e Chu (1998); Ho, Xu e Dey (2010) Habilidade de embalagem Dickson (1966); Weber, Current e Benton (1991); Rezaei e Ortt (2012) Capacidade de reserva Olsen e Ellram (1997); Kannan e Tan (2002) Sistema de faturamento e emissão de pedidos Kannan e Tan (2002) Produção, fabricação, instalações e capacidades Dyer, Cho e Chu (1998); Bensaou (1999) Capacidade de desenvolvimento Dyer, Cho e Chu (1998); Ho, Xu e Dey (2010) Capacidade técnica Dempsey (1978); Kannan e Tan (2002); Ho, Xu e Dey (2010) Gestão e organização Weber, Current e Benton (1991); Olsen e Ellram (1997); Ho, Xu e Dey (2010) Tecnologias Kraljic (1983); Day (1994); Bensaou (1999) Suporte pós venda Dickson (1966); Dempsey (1978); Choi e Hartley (1996) Negócios passados Dickson (1966); Weber, Current e Benton (1991) Quadro 1 – Critérios de avaliação do desempenho na entrega Fonte: Revisão na literatura (2015).
  • 11. Fonte: Revisão na literatura (2015). CRITÉRIOS DE DISPOSIÇÃO EM COOPERAR REFERÊNCIAS Compromisso com qualidade Krause (1997); Olsen e Ellram (1997) Comunicação honesta e frequente Dyer, Cho e Chu (1998); Kannan e Tan (2002) Abertura à avaliação do local Krause (1997); Dyer, Cho e Chu (1998); Kannan e Tan (2002) Cumprimento de procedimentos de licitação Weber, Current e Benton (1991) Acordos recíprocos Dickson (1966); Olsen e Ellram (1997) Transparência Rezaei, Wang e Tavasszy (2015) Normas éticas Dyer, Cho e Chu (1998); Kannan e Tan (2002) Disposição em compartilhar informação Fisher (1997); Olsen e Ellram (1997); Kannan e Tan (2002) Disposição para relacionamento de longo prazo Dyer, Cho e Chu (1998) Investimentos específicos Olsen e Ellram (1997); Dyer, Cho e Chu (1998) Respeito e honestidade mútua Kannan e Tan (2002); Ho, Xu e Dey (2010) Experiência anterior com o fornecedor Weber, Current e Benton (1991) Quadro 2 – Critérios de avaliação da disposição em cooperar
  • 12. 𝑤𝑖 = ∏ 𝑗=1 𝑛 𝑎𝑖𝑗 1 𝑛 𝑖=1 𝑛 ∏ 𝑗=1 𝑛 𝑎𝑖𝑗 1 𝑛 𝑛 ∶ 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜𝑠 𝑎𝑖𝑗 ∶ 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑟𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑖 𝑒 𝑗 𝑤𝑖 ∶ 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 𝑖 • Um dos métodos mais utilizados nas abordagens de avaliação para seleção de fornecedores; • Comparações pareadas sobre as importâncias relativas de cada critério; • Garante a consistência dos julgamentos. (1) (SAATY, 1990; 2008) AHP (ANALYTIC HIERARCHY PROCESS)
  • 13. 𝜗𝑖 = 𝑗=1 𝑛 𝑤𝑗 𝑎𝑖𝑗 𝑤𝑖 𝜆 𝑚𝑎𝑥 = 𝑖=1 𝑛 𝜗𝑖 𝑛 𝐶𝐼 = (𝜆 𝑚𝑎𝑥 − 𝑛) (𝑛 − 1) 𝐶𝑅 = 𝐶𝐼 𝑅𝐼 𝐶𝑅 < 0,1 ⟹ 𝐵𝑜𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝜗𝑖 ∶ 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑐𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 𝑖 𝜆 𝑚𝑎𝑥 ∶ 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 𝐶𝐼 ∶ í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑅𝐼 ∶ í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑎𝑙𝑒𝑎𝑡ó𝑟𝑖𝑜 (𝑡𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜) 𝐶𝑅 ∶ 𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 (2) (3) (4) (5) (SAATY, 1990; 2008) AHP (ANALYTIC HIERARCHY PROCESS)
  • 14. 2. AVALIAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES • Avalia fornecedores quanto aos critérios escolhidos; • Avaliações multicritérios: – Quantitativas; – Qualitativas: incerteza e subjetividade. • Avaliações por múltiplos stakeholders; • Coleta de informações (formulários e checklists); • Levantamento de dados em registros, medições de desempenho.
  • 15. REPRESENTAÇÃO LINGUÍSTICA • Fácil compreensão das escalas de análise; • Necessidade de descritores linguísticos (𝑠𝑖) apropriados; • Conjunto de termos linguísticos (S) utilizado na proposta: Fuzzy 2-Tuple: – Permite uso de informações numéricas e linguísticas; – Permite a agregação das avaliações; – Domínio linguístico tratado como contínuo; – Fácil computação com palavras, sem perdas de informação. (6)𝑆 = {𝑠0: 𝑁, 𝑠1: 𝑉𝐿, 𝑠2: 𝐿, 𝑠3: 𝑀, 𝑠4: 𝐻, 𝑠5: 𝑉𝐻, 𝑠6: 𝑃
  • 16. • Funções de pertinência (𝜇 𝑠𝑖 ) paramétricas triangulares, de parâmetros (𝑎𝑖, 𝑏𝑖, 𝑐𝑖); 𝑁 = 𝐼𝑛𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒 = 0,0, 0.167 𝑉𝐿 = 𝑀𝑢𝑖𝑡𝑜 𝐵𝑎𝑖𝑥𝑜 = 0,0.167,0.333 𝐿 = 𝐵𝑎𝑖𝑥𝑜 = 0.167, 0.333, 0.5 𝑀 = 𝑀é𝑑𝑖𝑜 = 0.333,0.5,0.667 𝐻 = 𝐴𝑙𝑡𝑜 = 0.5, 0.667, 0.833 𝑉𝐻 = 𝑀𝑢𝑖𝑡𝑜 𝐴𝑙𝑡𝑜 = 0.667, 0.833, 1 𝑃 = 𝑃𝑒𝑟𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜 = 0.833, 1,1 Quadro 3 – Termos, semânticas e parâmetros Figura 2 – Representação gráfica Fonte: O autor (2015). FUZZY 2-TUPLE (HERRERA; MARTINEZ, 2000a; 2000b; 2001) Fonte: O autor (2015).
  • 17. • Informações representadas por um par de valores 2-Tuple 𝑠, 𝛼 – 𝑠 ∶ 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑙𝑖𝑛𝑔𝑢í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 – 𝛼 ∶ 𝑡𝑟𝑎𝑑𝑢çã𝑜 𝑠𝑖𝑚𝑏ó𝑙𝑖𝑐𝑎 𝛼 ∈ −0.5, 0.5 • Termo linguístico: θ 𝑠𝑖 = 𝑠𝑖, 0 / 𝑠𝑖 ∈ 𝑆 • Informação equivalente (𝛽) 𝛽 ∈ 0, 𝑔 • Média simples: (7) 𝑥 = Δ( 𝑖=1 𝑛 1 𝑛 Δ−1 𝑟𝑖, 𝛼𝑖 = Δ( 1 𝑛 𝑖=1 𝑛 )𝛽𝑖 (8) FUZZY 2-TUPLE (HERRERA; MARTINEZ, 2000a; 2000b; 2001)
  • 18. TRANSFORMANDO UM VALOR [0,1] EM UM 2-TUPLE (HERRERA; MARTINEZ, 2000b) Figura 3 – Transformação 0,1 ⟶ 2 − 𝑇𝑢𝑝𝑙𝑒 Fonte: Herrera e Martinez (2000b). τ ∶ 0, 1 ⟶ 𝐹(𝑆) 𝜏 𝜗 = 𝑠0, 𝜔0 , … , 𝑠𝑔, 𝜔 𝑔 , 𝑠𝑖 ∈ 𝑆 𝑒 𝜔𝑖 ∈ 0,1 , 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝜔𝑖 = 𝜇 𝑠𝑖 𝜗 = 0, 𝑠𝑒 𝜗 ≤ 𝑎𝑖 𝑜𝑢 𝜗 ≥ 𝑐𝑖 𝜗 − 𝑎𝑖 𝑏𝑖 − 𝑎𝑖 , 𝑠𝑒 𝜗 ≤ 𝑏𝑖 𝜗 − 𝑎𝑖 𝑏𝑖 − 𝑎𝑖 , 𝑐𝑎𝑠𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟á𝑟𝑖𝑜 (9) 𝜒 ∶ 𝐹(𝑆 𝑇) ⟶ [0, 𝑔] 𝜒 𝜏 𝜗 = 𝜒 𝑠𝑗, 𝜔𝑗 , 𝑗 = 0, … , 𝑔 = 𝑗=0 𝑔 𝑗𝜔𝑗 𝑗=0 𝑔 𝜔𝑗 = 𝛽 Δ ∶ 0, 𝑔 ⟶ 𝑆 × −0.5, 0.5 Δ 𝛽 = 𝑠𝑖 𝑖 = 𝑟𝑜𝑢𝑛𝑑 𝛽 𝛼 = 𝛽 − 𝑖 𝛼 ∈ −0.5, 0.5 (10) (11)
  • 19. TRANSFORMANDO UM 2-TUPLE EM UM VALOR [0,1] (HERRERA; MARTINEZ, 2000b) Figura 4 – Transformação 2 − 𝑇𝑢𝑝𝑙𝑒 ⟶ 0,1 Fonte: Herrera e Martinez (2000b). Δ−1 ∶ 𝑆 × −0.5, 0.5 ⟶ 0, 𝑔 Δ−1 𝑠𝑖, 𝛼 = 𝑖 + 𝛼 = 𝛽 (12) 𝛿 ∶ 0, 𝑔 ⟶ 𝑆 𝑇 × 0,1 × 𝑆 𝑇 × 0,1 𝛿 𝛽 = 𝑠ℎ, 1 − 𝛾 , 𝑠ℎ+1, 𝛾 em que ℎ = 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐 𝛽 𝛾 = 𝛽 − ℎ e 𝑡𝑟𝑢𝑛𝑐(. ) é a função usual da operação truncar. 𝜅 ∶ 𝑆 𝑇 × 0,1 × 𝑆 𝑇 × 0,1 ⟶ 0,1 𝜅 𝑠ℎ, 1 − 𝛾 , 𝑠ℎ+1, 𝛾 = 𝐶𝑉 𝑠ℎ 1 − 𝛾 + 𝐶𝑉 𝑠ℎ+1 𝛾 em que 𝐶𝑉(. ) é a função que retorna um valor característico. (13) (14) 𝐶𝑉 𝑠𝑖 = 𝑥 𝜇 𝑠𝑖 𝑥 = 1 ⟶ 𝐶𝑉 𝑠𝑖 = 𝑏𝑖
  • 20. 3. SEGMENTAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES • Fornecedores com pontuações parciais para cada critério; • Critérios com diferentes pesos; • Pontuação final (médias ponderadas) nas duas dimensões: Desempenho na entrega X Disposição em cooperar Figura 5 – Matriz de segmentação Fonte: O autor (2015).
  • 21. 4. TOMADAS DE DECISÃO NA GESTÃO DE FORNECEDORES • Interpretação da base de fornecedores segmentada; • Priorização dos fornecedores: – Melhor alocação de recursos; – Novos programas de acompanhamento; – Notificações; – Substituições, etc. • Desenvolvimento de Fornecedores. – Estratégico, reativo; – Direto, indireto.
  • 22. ESTUDO DE CASO • Hospital de Clínicas público no Brasil; – Compra de medicamentos. • Muitos stakeholders dos processos de compras; – CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico); – Farmácia; – Compras e Licitações. • Compras regidas pela legislação brasileira.
  • 23. COMPRAS PÚBLICAS NO BRASIL • Licitação e contratos (BRASIL, 1993) • Pregões Eletrônicos (BRASIL, 2002) – E-procurement. • Sistema de Registro de Preços (BRASIL, 2013) – Atas válidas por 12 meses. AF (CAF) Figura 6 – Processo de compras de medicamentos no hospital Empenho (Financeiro) AF (CAF) Fornecedores Fonte: O autor (2015). Demanda de Medicamentos
  • 24. 1. SELEÇÃO E PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS Critérios selecionados para o Desempenho na Entrega Critérios selecionados para a Disposição em Cooperar C1 Qualidade do produto C7 Abertura a comunicações frequentes e honestas C2 Habilidade de empacotamento C8 Transparência C3 Lead time de entrega C9 Princípios éticos, respeito e honestidade C4 Suporte pós-venda C10 Experiências prévias C5 Sistema de faturamento e emissão de pedidos C11 Cumprimento de procedimentos licitatórios C6 Entrega (confiabilidade) C12 Compromisso com a qualidade Quadro 4 – Critérios escolhidos Fonte: O autor (2015). • Seleção por checklists e reuniões entre os stakeholders.
  • 25. PONDERAÇÃO DOS CRITÉRIOS Tabela 1– Ponderação dos critérios de desempenho na entrega. Fonte: Os autores e hospital estudado (2015). C1 C2 C3 C4 C5 C6 Peso C1 1,000 4,000 0,333 4,000 7,000 0,250 0,1707 C2 0,250 1,000 0,200 2,000 5,000 0,333 0,0873 C3 3,000 5,000 1,000 6,000 7,000 1,000 0,3445 C4 0,250 0,500 0,167 1,000 3,000 0,250 0,0588 C5 0,143 0,200 0,143 0,333 1,000 0,143 0,0283 C6 4,000 3,000 1,000 4,000 7,000 1,000 0,3103 CR 0,0707 C7 C8 C9 C10 C11 C12 Peso C7 1,000 5,000 4,000 3,000 6,000 2,000 0,3781 C8 0,200 1,000 0,333 0,333 3,000 0,250 0,0638 C9 0,250 3,000 1,000 0,500 5,000 0,333 0,1168 C10 0,333 3,000 2,000 1,000 5,000 2,000 0,2081 C11 0,167 0,333 0,200 0,200 1,000 0,200 0,0349 C12 0,500 4,000 3,000 0,500 5,000 1,000 0,1983 CR 0,0605 Tabela 2 – Ponderação dos critérios da disposição em cooperar Fonte: Os autores e hospital estudado (2015).
  • 26. 2. AVALIAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES • 12 Fornecedores (F1 a F12): – Ativos (licitantes vencedores nos pregões vigentes); – Heterogêneos (desempenhos variados e diversidade de itens fornecidos). • Avaliação quantitativa: – C3 (Lead time de entrega); – C6 (Confiabilidade da entrega); • Notificações; • Cancelamentos; • Entregas parciais; • Variabilidade. – Dados levantados de registros. • AF’s, ARP’s, pregões; • Notificações, planilhas eletrônicas, etc. Fornecedor C3 C6 F1 0,8000 0,7246 F2 0,6500 0,6648 F3 1,0000 0,8496 F4 0,4333 0,3646 F5 0,8000 0,6856 F6 0,4667 0,4636 F7 1,0000 0,8076 F8 0,0000 0,0817 F9 0,5667 0,7959 F10 0,3500 0,1474 F11 0,0000 0,4634 F12 0,0000 0,1536 Fonte: Hospital estudado (2015). Tabela 3 – Avaliação quantitativa
  • 27. AVALIAÇÃO QUALITATIVA • Escala linguística: N, VL, L, M, H, VH, P • Avaliação de critérios relevantes a cada stakeholder; – Alguns critérios avaliados mais de uma vez. Fonte: Hospital estudado (2015). Tabela 4 – Avaliação feita pela CAF C4 C5 C7 C8 C9 C10 C12 F1 H H L H H H H F2 VL VL L L H M L F3 VH VH VH VH VH VH VH F4 L L L M M L L F5 VL M VL L L L VL F6 M H H M M M H F7 M VH VH H H H H F8 VL VL VL VL VL VL VL F9 L M M M M M M F10 M M H H H H H F11 VL L L VL L L L F12 VL VL VL VL L L L
  • 28. AVALIAÇÃO QUALITATIVA • Todas as avaliações transformadas em 2-Tuples; • Operações de agregação nas pontuações parciais; Fonte: Hospital estudado (2015). Tabela 5 – Pontuações parciais dos critérios de desempenho na entrega C1 C2 C3 C4 C5 C6 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 𝒔 𝜶 F1 L 0 H 0 VH -0,2 H 0 H 0 H 0,348 F2 M 0 M 0 H -0,1 VL 0 L -0,5 H -0,011 F3 VH 0 VH 0 P 0 VH 0 VH -0,5 VH 0,097 F4 M 0 M 0 M -0,4 L 0 L 0 L 0,187 F5 M 0 M 0 VH -0,2 VL 0 H -0,5 H 0,114 F6 M 0 M 0 M -0,2 M 0 M 0 M -0,219 F7 H 0 H 0 P 0 M 0 VH -0,5 VH -0,155 F8 VL 0 L 0 N 0 VL 0 VL 0 N 0,490 F9 H 0 H 0 M 0,4 L 0 H -0,5 VH -0,225 F10 H 0 M 0 L 0,1 M 0 M -0,5 VL -0,115 F11 L 0 L 0 N 0 VL 0 M -0,5 M -0,219 F12 M 0 H 0 N 0 VL 0 L -0,5 VL -0,078
  • 29. 3. SEGMENTAÇÃO DA BASE DE FORNECEDORES • Avaliações 2-Tuples transformadas em [0,1]; • Obtenção das pontuações finais (parciais x pesos dos critérios); Tabela 6 – Pontuações parciais e finais de desempenho na entrega Fonte: Hospital estudado (2015). Critérios C1 C2 C3 C4 C5 C6 Nota Final (𝝑) Desempenho na entregaPesos 0,1707 0,0873 0,3445 0,0588 0,0283 0,3103 F1 0,3333 0,6667 0,8000 0,6667 0,6667 0,7246 0,6737 MÉDIO F2 0,5000 0,5000 0,6500 0,1667 0,2500 0,6648 0,5761 MÉDIO F3 0,8333 0,8333 1,0000 0,8333 0,7500 0,8496 0,8934 ALTO F4 0,5000 0,5000 0,4333 0,3333 0,3333 0,3646 0,4205 BAIXO F5 0,5000 0,5000 0,8000 0,1667 0,5833 0,6856 0,6437 MÉDIO F6 0,5000 0,5000 0,4667 0,5000 0,5000 0,4636 0,4772 MÉDIO F7 0,6667 0,6667 1,0000 0,5000 0,7500 0,8076 0,8178 ALTO F8 0,1667 0,3333 0,0000 0,1667 0,1667 0,0817 0,0974 BAIXO F9 0,6667 0,6667 0,5667 0,3333 0,5833 0,7959 0,6503 MÉDIO F10 0,6667 0,5000 0,3500 0,5000 0,4167 0,1474 0,3650 BAIXO F11 0,3333 0,3333 0,0000 0,1667 0,4167 0,4634 0,2514 BAIXO F12 0,5000 0,6667 0,0000 0,1667 0,2500 0,1536 0,2081 BAIXO
  • 30. Figura 7 – Segmentação dos fornecedores. Fonte: Hospital estudado (2015).
  • 31. 4. TOMADAS DE DECISÃO Exemplos: • Substituição imediata do fornecedor F8; • Notificações e feedbacks das avaliações; • Melhor acompanhamento dos pedidos de fornecedores com desempenho mediano; • Melhor alocação de recursos entre os fornecedores.
  • 32. RESULTADOS E DISCUSSÕES • Boa análise da base de fornecedores; • Adequação para a coleta de informações qualitativas; – Fuzzy 2-Tuple – Escala clara; – Múltiplos stakeholders; – Possibilidade de agregações → convergência nas análises;
  • 33. • Garantia da consistência dos pesos dos critérios (AHP); • Dificuldades – Poucos critérios quantitativos; – Bandos de dados de sistemas de informações • Revelou deficiências nos processos de compras da Administração Pública; – Lead times elevados; – Qualidade x custo. RESULTADOS E DISCUSSÕES
  • 34. • Aumento na parcela de contribuição dos fornecedores na criação de valor; • Instituições hospitalares devem aprimorar seus processos de gestão de fornecedores; – Tratamento de vidas. • Base de fornecedores do hospital pôde ser avaliada e segmentada eficazmente. CONCLUSÕES
  • 35. • Alternativa interessante para a gestão de fornecedores; • Possível aplicabilidade em empresas privadas; • Abordagem Fuzzy-AHP; – Coerência nos julgamentos; – Menor dispersão nas análises. • Fuzzy 2-Tuple pouco explorado. – Agregações multicritérios. CONCLUSÕES
  • 36. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 22 de junho de 1993. ___________. Lei Nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 18 de julho de 2002. ___________. Decreto Nº 7.892, de 23 de janeiro de 2013. Regulamenta o Sistema de Registro de Preços previsto no art. 15 da Lei nº8.666, de 21 de junho de 1993. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 23 de janeiro de 2013. DEMPSEY, W. A. Vendor selection and the buying process. Industrial Marketing Management, n. 7, p. 257,267, 1978. DICKSON, G. W. An analysis of supplier selection systems and decisions. Journal of Purchasing, v. 2, n.1, p. 5- 17, 1966. DYER, J. H.; CHO, D. S.; CHU, W. Strategic Supplier Segmentation: the next “best practice” in supply chain management. California Management Review, v. 40, n. 2, p. 57–77, 1998. FISHER, M. L. What is the right supply chain for your product? Harvard Business Review, March-April 1997, p. 83-93, 1997. HERRERA, F.; MARTINEZ, L. A 2-tuple fuzzy linguistic representation model for computing with words. IEEE Transactions on Fuzzy Systems, v. 8, n. 6, p. 746–752, 2000a. HERRERA, F.; MARTINEZ, L. An approach for combining linguistic and numerical information based on the 2- tuple fuzzy linguistic representation model in decision-making. International Journal of Uncertainty, Fuzziness and Knowledge-Based Systems, v. 8, n. 5, p. 539–562, 2000b.
  • 37. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HERRERA, F.; MARTINEZ, L. The 2-tuple linguistic computational model. Advantages of its linguistic description, accuracy and consistency. International Journal of Uncertainty, Fuzziness and Knowledge-Based Systems, v. 9, p. 33–48, 2001. HO, W.; XU, X.; DEY, P. K. Multi-criteria decision making approaches for supplier evaluation and selection: A literature review. European Journal of Operational Research, v. 202, n. 1, p. 16–24, 2010. KANNAN, V. R.; TAN, K. C. Supplier selection and assessment: their impact on business performance. Journal of Supply Chain Management, v. 38, n. 4, p. 11–21, 2002. KRALJIC, P. Purchasing Must Become Supply Management. Harvard Business Review, n. 83509, p. 109–117, 1983. OLSEN, R. F.; ELLRAM, L. M. A portfolio approach to supplier relationships. Industrial Marketing Management, v. 26, n. 2, p. 101-113, 1997. REZAEI, J.; ORTT, R. A multi-variable approach to supplier segmentation. International Journal of Production Research, v. 50, n. 16, p. 4593–4611, 15 ago. 2012. REZAEI, J.; WANG, J.; TAVASSZY, L. Linking supplier development to supplier segmentation using Best Worst Method. Expert Systems With Applications, v. 42, p. 9152–9164, 2015. SAATY, T. L. The Analytic Hierarchy Process. Pittsburgh: RWS Publications, 1990. SAATY, T. L. Decision making with the analytic hierarchy process. International Journal of Services Sciences, v. 1, n. 1, p. 83, 2008. WEBER, C. A.; CURRENT, J. R.; BENTON, W. C. Vendor selection criteria and methods. European Journal of Operational Research, v 50, n 1, p. 2-18, 1991.