Artigo analise comparativa do desempenho de fundacao rasa do tipo radier com ...
2 ações (2)
1. TEORIA DAS ESTRUTURAS
AÇÕES A SEREM CONSIDERADAS NO PROJETO DE EDIFÍCIOS
PROFª: ALINE PASSOS DE AZEVEDO
E-MAIL: alinep.azevedo@hotmail.com
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
2. Segundo a NBR 8681, ações são “as causas que provocam
esforços ou deformações nas estruturas”.
Na análise estrutural, deve ser considerada a influência de
todas as ações que possam produzir efeitos significativos
para a estrutura em estudo, considerando-se tanto os
estados limites últimos como os de utilização.
Ainda de acordo com a NBR 8681, as ações que atuam nas
estruturas podem ser divididas em:
• ações permanentes
• ações variáveis
• ações excepcionais, de acordo com as variações de seus
valores em torno de sua média, ao longo da vida da
construção.
3. 1. AÇÕES PERMANENTES
Segundo a NBR 6118, as ações permanentes são “as que
ocorrem com valores praticamente constantes durante toda
a vida da construção”. Também são consideradas como
permanentes as ações que crescem no tempo tendendo a
um valor limite constante.
1.1 AÇÕES PERMANENTES DIRETAS
As ações permanentes diretas são constituídas pelo:
• peso próprio da estrutura
• elementos construtivos
• instalações permanentes
• empuxos devidos ao peso próprio de terras não removíveis
e ao peso da água de piscinas e reservatórios.
4. 1.2 AÇÕES PERMANENTES INDIRETAS
As ações permanentes indiretas são constituídas pelas:
• deformações impostas pelos fenômenos de retração ou
fluência do concreto, deslocamentos de apoio,
imperfeições geométricas ou protensão.
1.3 QUANTIFICAÇÃO DAS AÇÕES PERMANENTES DIRETAS
De acordo com a NBR 6120, devem ser considerados nos
projetos de edifícios:
• pesos próprios de elementos estruturais (lajes, vigas,
pilares e fundações)
• elementos de vedação (paredes de alvenaria)
• elementos de revestimento de paredes (como argamassas,
azulejos, pedras decorativas e madeiras
• elementos de revestimentos de lajes (rebocos na face
inferior das lajes, contrapisos ou camadas de regularização,
e pisos de madeira, cerâmica, pedras, carpetes, etc.).
5. Para situações gerais, e na falta de determinação
experimental, a NBR 6120 fornece valores aproximados dos
pesos específicos aparentes de materiais de construção
como os anteriormente citados. Tais valores são
apresentados na a seguir.
Para situações específicas, devem ser consultados catálogos
do fabricante ou seu departamento técnico, a fim de se
tomar conhecimento do peso específico correto do
material. Na falta de dados normalizados ou de catálogos,
há necessidade de se determinar experimentalmente os
pesos específicos dos materiais.
6. Peso específico
aparente (kN/m
3
)
Arenito 26
Basalto 30
Gnaiss 30
Granito 28
Mármore e calcário 28
Blocos de argamassa 22
Cimento amianto 20
Lajotas cerâmicas 18
Tijolos furados 13
Tijolos maciços 18
Tijolos sílico-calcários 20
Argamassa de cal, cimento e areia 19
Argamassa de cimento e areia 21
Argamassa de gesso 12,5
Concreto simples 24
Concreto armado 25
Rochas
Materiais
Blocos
Artificiais
Revestimentos
e concretos
7. Peso específico
aparente (kN/m
3
)
Pinho e cedro 5
Louro, imbuia e pau óleo 6,5
Guajuvirá, guatambu e grápia 8
Angico, cabriuva e ipê róseo 10
Aço 78,5
Alumínio e ligas 28
Bronze 85
Chumbo 114
Cobre 89
Ferro fundido 72,5
Estanho 74
Latão 85
Zinco 72
Alcatrão 12
Asfalto 13
Borracha 17
Papel 15
Plástico em folhas 21
Vidro plano 26
Materiais
diversos
Madeiras
Metais
Materiais
8. Exemplo do cálculo do peso próprio de alvenaria
de um tijolo furado revestida
Seja uma alvenaria de tijolos furados, com dimensões
de 9cm x 19cm x 19cm, revestida com argamassa
mista (cimento, areia, cal) de 2 cm de espessura. Pela
tabela o peso específico aparente dos tijolos furados é
de 13 kN/m3, e da argamassa é de 19 kN/m3.
O assentamento dos tijolos será com a mesma
argamassa, com camadas de 1cm de espessura entre
as fiadas horizontais e entre as faces verticais dos
tijolos, como mostrado na Figura 2.1. Ainda nesta
figura, nota-se que a espessura final da alvenaria é de
23cm, já que a largura do tijolo é 19cm e o
revestimento de argamassa em cada face é de 2cm.
9.
10. Para se construir uma parede de 1m2, são necessários
50 tijolos, cujo peso próprio é dado por:
50 x (0,19 x 0,19 x 0,09) x 13 = 2,11 kN/m2
Para se computar o peso próprio da argamassa de
assentamento basta determinar o volume da argamassa,
na direção horizontal e vertical, e multiplicar pelo peso
específico aparente da argamassa, resultando:
10 x (0,19 x 0,01 x 0,95) x 19 + 5 x (0,19 x 0,01 x 1,00) x
19 = 0,52 kN/m2
O valor do peso próprio do revestimento em ambas as
faces da alvenaria é dado por:
2 x (0,02 x 1,00 x 1,00) x 19 = 0,76 kN/m2
Portanto, o peso próprio de 1m2 de alvenaria de tijolo
furado, revestida de argamassa em cada face, é igual:
2,11 + 0,52 + 0,76 = 3,39 kN/m2
11. Na tabela a seguir são apresentados os pesos por unidade de
área, m2, para os principais materiais de alvenaria,
enchimento de lajes rebaixadas, forros, coberturas, formas,
esquadrias e caixilhos utilizados nos edifício usuais. Para as
paredes, considerou-se:
• espessura de 1cm para a camada de assentamento
• Espessura de 1,5cm para a de revestimento
• para as coberturas, considerou-se o peso específico de
telhas úmidas, prevendo a ocorrência de chuvas.
12. Peso próprio
(kN/m
2
)
Tijolos maciços com 25cm de espessura 4,0
Tijolos maciços com 15cm de espessura 2,5
Tijolos furados com 23cm de espessura 3,2
Tijolos furados com 13cm de espessura 2,2
Tijolos de concreto com 23cm de espessura 3,5
Tijolos de concreto com 13cm de espessura 2,2
Tijolos de concreto celular com 23cm de espessura 0,8
Tijolos de concreto celular com 13cm de espessura 0,5
Com telhas cerâmicas com madeiramento 1,2
Com telhas de fibrocimento com madeiramento 0,4
Com telhas de alumínio e estrutura de aço 0,3
Com telhas de alumínio e estrutura de alumínio 0,2
Com painéis de gesso e estrutura de madeira e aço 0,5
Com blocos sólidos de gesso 0,7
Com estruturas de alumínio e com vidros 0,2
Com estruturas de aço e com vidros 0,3
Fibrocimento tipo canelete 43 0,28
Fibrocimento tipo canelete 90 0,25
Telhas
Itens
Paredes
Coberturas
Forros
Caixilhos
13. 1. AÇÕES PERMANENTES
Segundo a NBR 6118, as ações permanentes são “as que
ocorrem com valores praticamente constantes durante toda
a vida da construção”. Também são consideradas como
permanentes as ações que crescem no tempo tendendo a
um valor limite constante.
1.1 AÇÕES PERMANENTES DIRETAS
As ações permanentes diretas são constituídas pelo:
• peso próprio da estrutura
• elementos construtivos
• instalações permanentes
• empuxos devidos ao peso próprio de terras não removíveis
e ao peso da água de piscinas e reservatórios.
14. 2.1 AÇOES VARIÁVEIS NORMAIS
São aquelas com probabilidade de ocorrência
suficientemente grande para que sejam obrigatoriamente
consideradas no projeto estrutural, de acordo com a NBR
8681. São as chamadas cargas acidentais atuantes sobre as
lajes dos pavimentos, decorrentes da presença, por
exemplo, de pessoas, móveis, utensílios e veículos.
15. 2.2 AÇÕES VARIÁVEIS ESPECIAIS
São consideradas ações variáveis especiais aquelas que
ocorrem durante um curto período na vida útil da
estrutura, como as ações sísmicas.
2.3 QUANTIFICAÇÃO DAS AÇÕES VARIÁVEIS NORMAIS
As ações variáveis normais são supostas verticais,
uniformemente distribuídas e atuantes numa superfície
horizontal e plana, como uma laje. Seus valores mínimos
para edifícios residenciais e comerciais destinados a
escritórios estão indicados na NBR 6120, e são
apresentados na tabela a seguir.
16. Carga acidental (kN/m
2
)
Arquibancadas 4,0
Escritórios e banheiros 2,0
Salas de diretoria e de gerência 1,5
Sala de leitura 2,5
Sala para depósito de livros 4,0
Sala com estantes de livros a ser determinado em cada caso ou
2,5kN/m2 por metro de altura observado, com valor mínimo de
6,0
Casa de máquinas
(incluindo o peso das máquinas) a ser determinada em cada
caso, porém com valor mínimo de
7,5
Platéia com assentos fixos 3,0
Estúdio e platéia com assentos móveis 4,0
Banheiro 2,0
Sala de refeições e de assembléia com assentos fixos 3,0
Sala de assembléia com assentos móveis 4,0
Salão de danças e salão de esportes 5,0
Sala de bilhar e banheiro 2,0
Com acesso ao público 3,0
Sem acesso ao público 2,0
Cozinhas não
residenciais
A ser determinada em cada caso, porém no mínimo de 3,0
Dormitórios, sala, copa, cozinha e banheiro 1,5
Despensa, área de serviço e lavanderia 2,0
Com acesso ao público 3,0
Sem acesso ao público 2,5
Anfiteatro com assentos fixos -
Corredor e sala de aula 3,0
Outras salas 2,0
Local
Bancos
Bibliotecas
Cinemas
Clubes
Corredores
Edificios
residenciais
Escadas
Escolas
17. Carga acidental (kN/m
2
)
Escritórios Sala de uso geral e banheiro 2,0
Forros Sem acesso a pessoas 0,5
Galerias de arte A ser determinada em cada caso, porém no mínimo de 3,0
Galerias de lojas A ser determinada em cada caso, porém no mínimo de 3,0
Garagens e
estacionamentos
Para veículos de passageiros ou semelhantes com carga
máxima de 25kN por veículo
3,0
Ginásios de
esportes
5,0
Dormitórios, enfermarias, sala de recuperação, sala de
cirurgia, sala de raio X e banheiro
2,0
Corredor e sala de aula 3,0
Laboratórios
Incluindo equipamentos, a ser determinado em cada caso,
porém com valor mínimo de
3,0
Lavanderias Incluindo equipamentos 3,0
Lojas 4,0
Restaurantes 3,0
Palco 5,0
Demais dependências: cargas iguais especificadas para cinemas
Sem acesso ao público 2,0
Com acesso ao público 3,0
Inacessível a pessoas 0,5
Destinados a heliportos (as cargas deverão ser fornecidas pelo
Ministério da Aeronáutica)
-
Sem acesso ao público 1,5
Com acesso ao público 3,0
Local
Teatros
Terraços
Vestíbulo
Hospitais
18. 2.4 AÇÕES EXCEPCIONAIS
As ações excepcionais são aquelas que têm duração
extremamente curta e muito baixa probabilidade de
ocorrência durante a vida útil da construção, mas que
devem ser consideradas no projeto de determinadas
estruturas. São provocadas por fenômenos como incêndios,
enchentes, choques de veículos e explosões.
No caso de concreto armado, existe uma norma específica
para projeto de estruturas resistentes ao fogo.