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1
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
DAIANE COREHIA DOS SANTOS, IGOR SÉRIO CORRÊA, LIZ RAFAELA BORBA,
LUCAS MATHEUS PINHEIRO DOS SANTOS
GENDERLESS: MODA SEM GÊNERO
ITAJAÍ
2017
2
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
DAIANE COREHIA DOS SANTOS, IGOR SÉRIO CORRÊA, LIZ RAFAELA BORBA,
LUCAS MATHEUS PINHEIRO DOS SANTOS
GENDERLESS: MODA SEM GÊNERO
Projeto de pesquisa sobre a percepção dos
estudantes de comunicação e gestão sobre a
nova proposta de roupas sem gênero como
requisito para a obtenção conceito M3 da
disciplina de Pesquisa de mercado do curso de
Publicidade e Propaganda da Universidade do
Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais
Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer.
Orientador(a): Professor Robson Freire
Itajaí
2017
3
Sumário
Resumo.............................................................................................................. 5
Introdução ao tema da pesquisa ........................................................................ 6
Genderless: moda sem gênero....................................................................... 6
Metodologia de pesquisa ................................................................................... 8
Questionário..................................................................................................... 11
Resultados ....................................................................................................... 16
Bloco A ......................................................................................................... 16
Gráfico 1: Principais cidades onde moram os respondentes. ................... 16
Gráfico 2: Distribuição de gêneros por curso. ........................................... 17
Figura 1: Faixa etária dos respondentes................................................... 17
Tabela 1: Ocupação dos respondentes..................................................... 18
Gráfico 3: Rede sociais mais utilizadas pelos respondentes..................... 18
Bloco B ......................................................................................................... 19
Tabela 2: Percepção sobre a diferença de capacidade física e intelectual
dos gêneros. ............................................................................................. 19
Tabela 3: Percepção da diferença de valores de produtos masculinos e
femininos................................................................................................... 20
Tabela 4: Concordância quanto a diferenciação de preços entre produtos
femininos e masculinos............................................................................. 20
Tabela 5: Percepção do melhor desempenho de homens e mulheres em
atividades.................................................................................................. 21
Bloco C ......................................................................................................... 21
Figura 2: Conhecimento dos estudantes sobre a moda sem gênero. ....... 22
Gráfico 4: Espaço onde os estudantes tiveram conhecimento do assunto.
.................................................................................................................. 22
Figura 3: Estudantes que usam peças unissex......................................... 23
Figura 4: Conhecidos dos estudantes que usam peças unissex............... 24
Figura 5: Consumo de peças genderless pelos estudantes...................... 24
Figura 6: Conhecidos dos estudantes que já consumiram peças
genderless................................................................................................. 25
Gráfico 5: Estudantes que entraram em lojas não divididas em
departamentos. ......................................................................................... 26
Quadro 1: Lojas que não possuem departamentos masculino e feminino.26
Bloco D ......................................................................................................... 27
Gráfico 6: Compras no setor de outro gênero........................................... 27
Tabela 6: Nível de concordância com homens e mulheres usando peças
não costumeiras........................................................................................ 28
4
Figura 7: Preconceito com pessoas que usam roupas genderless na visão
do acadêmico............................................................................................ 28
Figura 8: Incomodo com a extinção de departamentos femininos e
masculinos nas lojas. ................................................................................ 29
Gráfico 7: Possível uso das roupas genderless pelos estudantes. ........... 30
Figura 9: Percepção dos acadêmicos sobre a moda sem gênero ser
positiva ou não.......................................................................................... 30
Conclusões Finais............................................................................................ 32
Referências ...................................................................................................... 34
5
Resumo
A moda sem gênero se trata de uma nova tendência que passou a chamar
atenção nas passarelas recentemente. Desde os anos 20, com a estilista Coco
Chanel, mulheres utilizavam roupas consideradas masculinas. Com o passar das
décadas e o aumento do desejo de liberdade sobre as roupas, os estilistas voltaram
a perceber esse modo de vestir.
As roupas genderless não são apenas unissex, são também peças que
acabando nos tirando da zona de conforto. Por exemplo vestem homens com saias
e shorts curtos, vestimentas ainda consideradas femininas. As principais variáveis de
mercado que podem afetar essa nova tendência são as questões culturais,
demográfica e econômica por conta do conservadorismo por parte dos
consumidores e dos empresários na hora de comprar a ideia.
A metodologia da pesquisa utilizou de uma pesquisa exploratória que possuía
uma população de 835 alunos dos cursos de comunicação social do campus de
Itajaí da Universidade do Vale do Itajaí. Com um erro amostral de 5%, os
entrevistados serão 264 alunos. A pesquisa é feita através de um questionário online
e possui perguntas abertas, dicotômicas e escala Likert.
Quanto a compreensão da opinião dos acadêmicos sobre a separação de
gêneros podemos observar que intelectualmente os gêneros não diferem, porém,
tratando-se do físico, homens são vistos como mais aptos a esforços do que
mulheres. Na questão do preço de produtos femininos e masculinos, o público
entende que o valor é diferenciado e 92 pessoas, de 264, discordam completamente
que essa diferenciação deveria existir.
A maioria dos acadêmicos conhece a moda sem gênero, sendo que 88% teve
contato com o tema através das redes sociais. Grande parte afirma já ter usado e
conhecer pessoas que usam roupas unissex, porém quando se trata de roupas
genderless muitos não têm certeza se já consumiram ou alguém ao seu redor
consome.
Quanto a possibilidade da não-distinção de gêneros dentro da moda,
podemos observar que há uma resistência em utilizar roupas classificadas pelo
gênero, pois metade dos respondentes afirmam nunca ter comprado peças no
departamento de um gênero com o qual não se identifica e quando questionados se
usariam ou não roupas genderless metade optou pelo não ou talvez.
6
Introdução ao tema da pesquisa
Genderless: moda sem gênero
Em 1920, a estilista Coco Chanel já escolheu vestir mulheres com roupas
consideradas masculinas, entretanto, hoje ainda temos muito presente em nossa
cultura comportamentos direcionados para homens ou para mulheres. Para algumas
pessoas é difícil compreender, não só dentro da moda, mas na sociedade como um
todo, o unissex.
Recentemente, surgiu no mercado uma nova tendência, a moda sem gênero.
Na semana de moda de Londres de 2013, o estilista Jonathan Anderson desfilou
meninos de vestidos, tops e shorts curtos e por isso seu desfile foi extremamente
comentado. A partir desse momento podemos observar a moda genderless
crescendo e ganhando espaço entre as marcas. É importante lembrar que essas
roupas não são apenas unissex – roupas que podem ser usadas tanto por homens
quanto por mulheres. São também peças que acabam nos tirando da zona de
conforto e vestindo, por exemplo, homens com saias, que ainda é uma vestimenta
voltada para o público feminino. A loja britânica Selfridges, em 2015, aboliu a
separação de gêneros por seções femininas e masculinas, através de uma coleção
chamada de Agender. Dentro da loja não existem seções nem manequins de
homens e mulheres, as peças na vitrine são apresentadas de uma forma diferente
para que as roupas sejam consumidas sem preconceitos.
Isso acontece a partir de uma nova tendência. A tendência de moda acaba
sempre seguindo um ciclo: não existe nada realmente original e sim novas propostas
em cima de estéticas que já existem. Essas propostas aparecem no mercado a partir
dos resultados de pesquisas sobre os desejos e necessidades dos consumidores.
Hoje em dia existe um grande debate sobre a separação de gêneros e pessoas
abolindo dessa cultura aos poucos e escolhendo viver da forma que se sentem mais
confortáveis, em vez de apenas seguir regras sociais. Os jovens são os maiores
propagadores desta tendência e os estilistas observando este desejo de liberdade
sobre as roupas levam esta ideia para a mídia.
A questão cultural é uma forte variável de mercado porque alguns grupos
mais conservadores apresentam resistência em aderir a essa proposta. A cultura de
separação de gêneros pode influenciar na escolha de um público-alvo, pois este
7
teria que ser mais adepto de novas ideias. Os costumes podem gerar dificuldade na
hora de elaborar uma estratégia já que as roupas genderless, consideradas por
alguns uma moda revolucionária, tiram as pessoas da zona de conforto.
Outra variável seria a demográfica já que estas roupas, pelo menos neste
primeiro momento de implantação, não estão disponíveis para todas as classes,
regiões e não se encaixam na renda de todo mundo pois somente algumas
empresas aderiam o novo conceito. O que nos leva a considerar a variável
econômica: a falta de investimento das organizações prejudicaria o crescimento das
vendas e da popularização da proposta.
No Brasil, a ideia ainda vem sendo trabalhada e difundida aos poucos.
Estilistas como Alexandre Herchcovitch, Dudu Bertolini e Walério Araújo, são alguns
dos brasileiros que já vem mostrando a tendência em suas passarelas.
O tema torna-se interessante pois além de ser relevante para uma discussão
social, se apresenta como uma tendência em crescimento no mundo da moda.
O que a pesquisa procura descobrir é a percepção dos acadêmicos a respeito
das linhas de roupas sem gênero. Os objetivos específicos são primeiramente
compreender a opinião do público sobre a separação de gêneros, por segundo
identificar o conhecimento dos acadêmicos sobre as peças unissex e por fim
investigar a percepção dos respondentes sobre a possibilidade da não distinção de
gêneros dentro da moda.
Pergunta de pesquisa:
Qual a percepção dos acadêmicos a respeito das linhas de roupas sem gênero?
Objetivo geral:
Examinar a percepção dos acadêmicos a respeito das linhas de roupas sem gênero.
Objetivos específicos:
Compreender a opinião do público sobre a separação de gêneros.
Identificar o conhecimento dos acadêmicos sobre as peças unissex.
Investigar a percepção dos respondentes sobre a possibilidade da não distinção de
gêneros dentro da moda.
8
Metodologia de pesquisa
Inicialmente este trabalho, quanto aos objetivos, é classificado como
exploratório, pois terá por finalidade buscar o que foi produzido sobre o tema da
pesquisa nos últimos anos. Gil (2009) diz que a pesquisa exploratória é realizada
especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre
ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. Para tanto, nessa fase inicial
de levantamento de informações buscou-se estudar a tendência genderless, peças
de roupas unissex e que buscam quebrar a separação de gênero dentro da moda, a
fim de compreendê-lo melhor.
A natureza da pesquisa foi bibliográfica (PATTON, 1990, SCANDURA e
WILLIAMS, 2000, COOPER, SCHINDLER, 2003, HAIR JR., 2005 e GIL, 2009),
compreendendo o levantamento em materiais já publicados, constituídos,
principalmente, de livros, artigos de periódicos e de anais de encontros científicos da
área, bem como de material disponibilizado em bases de dados eletrônicos. Esta
coleta dos dados apoiou-se em informações secundárias, que se trata de estudos
feitos por terceiros com seus próprios objetivos. Esta análise baseou-se em livros,
artigos científicos e publicados em periódicos nacionais.
Esta pesquisa é caracterizada como descritiva, Gil (2009) argumenta que o
estudo conclusivo se refere a descrição das características de determinada
população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Na
prática, um questionário será disponibilizado online para os estudantes responderem
por motivos de praticidade. Depois, haverá uma análise desses dados para entender
a popularidade ou a falta dela das peças genderless.
No que se refere ao tempo, se trata de um estudo transversal múltiplo.
Segundo Raouquayrol (1994) o recorte transversal múltiplo é o estudo
epidemiológico no qual fator e efeito são observados num mesmo momento histórico
e, atualmente, tem sido o mais empregado. Na prática serão entrevistados os alunos
dos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Relações Públicas, Fotografia,
Produção Áudio Visual e Fotografia da Universidade do Vale do Itajaí do campus de
Itajaí, portanto o total da população é de 835 alunos.
Como técnica de amostragem será adotada aquela denominada como
probabilística, portanto serão entrevistados 264 alunos. Segundo Mattar (2014) trata-
9
se de uma seleção dos elementos da população para compor a amostra e depende
ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo.
Nesse sentido, o pesquisador julgou que os alunos desses determinados cursos
seriam elementos da amostra que contribuiriam com as respostas para a questão da
pesquisa por conta da área que estão cursando e por serem os futuros profissionais
que terão um contato maior com essa tendência. A escolha também se justifica pela
acessibilidade e disponibilidade aos referidos alunos.
O questionário servirá como instrumento de coleta de dados primários. Este
tipo de levantamento, conforme explica Malhotra (2004) é utilizado para fins
diferentes do problema em pauta.
O questionário será composto por perguntas não estruturadas e estruturadas,
utilizando escalas dicotômicas, múltipla escolha e escala Likert. Segundo Manzini
(2004), entende-se por entrevista estruturada aquela que contém perguntas
fechadas, semelhantes a formulários, sem apresentar flexibilidade; não estruturada
aquela que oferece ampla liberdade na formulação de perguntas e na intervenção da
fala do entrevistado. Este instrumento de coleta de dados será aplicado aos alunos
de graduação da Universidade do Vale do Itajaí, buscando-se descobrir as
perspectivas dos futuros profissionais do mercado. O período de coleta ocorreu entre
os dias 13/06/2017 e 30/06/2017.
Quanto ao tipo, esta pesquisa pode ser definida como qualitativa e
quantitativa. Para Pope e Mays (1995, p.42), os métodos qualitativos e quantitativos
não se excluem. Embora diferem quanto à forma e à ênfase, os métodos qualitativos
trazem como contribuição ao trabalho de pesquisa uma mistura de procedimentos
cunho racional e intuitivo capazes de contribuir para a melhora contribuição dos
fenômenos. Pode-se distingui o enfoque qualitativo do quantitativo, mas não seria
correto afirmar que guardam relação de oposição. Nesse sentido, serão analisados
os comportamentos e atitudes dos alunos da Univali face à realidade das opiniões
de futuros profissionais de Itajaí e região, bem como mensurados e demonstrados,
por meio de gráficos e tabelas os resultados desta investigação.
Acrescenta-se ainda, que será efetuado um pré-teste para identificação de
possíveis falhas no instrumento de coleta de dados. Para Windelfet (2005), além de
possibilitar ajustes e detecção de incoerências, pode aumentar a validade do
instrumento. Nesta fase de pré-testagem do instrumento de coleta de dados, foram
aplicados 8 questionários, visando a melhorar esse instrumento. Observou-se que
10
deveriam ser realizadas alterações nos blocos C e D, logo após esse estágio os
questionários foram aplicados. Após a coleta e recebimento dos dados primários, os
mesmos serão tratados e interpretadas a fim de demonstrar previsões específicas.
Foram utilizados nesta fase, a análise estatística global dos dados e análise de
frequência e tabulação cruzada simples.
11
Questionário
Prezado entrevistado (a), esta é uma pesquisa acadêmica, realizada pelos alunos da
3ª fase do curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e
Propaganda, da Universidade do Vale do Itajaí, na disciplina de Pesquisa de
Mercado; e tem como objetivo examinar a percepção dos acadêmicos a respeito das
linhas de roupas sem gênero. Para tanto, sua colaboração é de suma importância.
Recentemente, surgiu no mercado uma nova tendência, a moda sem gênero.
Ela vem crescendo e ganhando espaço entre as marcas. É importante lembrar
que essas roupas não são apenas unissex – roupas que podem ser usadas
tanto por homens quanto por mulheres. São também peças que acabam nos
tirando da zona de conforto e vestindo, por exemplo, homens com saias, que
ainda é uma vestimenta voltada para o público feminino.
O presente formulário está estruturado em 4 sessões e seu preenchimento não
levará mais que 5 minutos, não sendo necessário identificar-se. Todas as
informações são confidenciais e serão usadas apenas para fins desta pesquisa.
Pedimos que apenas alunos das graduações de Publicidade e Propaganda,
Jornalismo, Relações Públicas, Fotografia e Produção Audiovisual respondam ao
questionário.
BLOCO A
As questões a seguir tratam da descrição do perfil do entrevistado.
1 - Cidade onde mora. *
Itajaí.
Balneário Camboriú
Balneário Piçarras
Navegantes
Brusque
Itapema
Bombinhas
Outro:
2 - Gênero. *
Feminino.
Masculino.
Outro:
3 - Faixa etária. *
16 a 21 anos.
12
22 a 27 anos.
28 a 31 anos.
34 a 39 anos.
40 anos ou mais.
4 - Ocupação. *
Apenas estudo.
Estudo e faço estágio.
Estudo e tenho emprego fixo.
5 - Sou acadêmico de: *
Publicidade e Propaganda.
Jornalismo.
Relações Públicas.
Fotografia.
Produção Audiovisual.
6 - Quais redes sociais você utiliza? (Pode assinalar mais de uma resposta) *
Facebook
Instagram
Twitter
Snapchat
Youtube
Tinder
Skype
Linkedln
Pinterest
Outro:
BLOCO B
As questões a seguir tratam da opinião do entrevistado sobre a separação dos
gêneros masculino e feminino dentro da sociedade.
1 - Você acha que biologicamente mulheres e homens possuem capacidades
diferentes? Ex: um gênero é mais forte que o outro. *
Sim.
Não.
Às vezes.
2 - Você acha que intelectualmente mulheres e homens possuem capacidades
diferentes? Ex: um gênero é melhor em matemática que o outro. *
Sim.
Não.
Às vezes.
13
3 - Você percebe diferença nos valores entre produtos femininos e masculinos? *
Sim.
Não.
Às vezes.
4 - Se a sua resposta for sim, ou às vezes, de 1 à 5 quanto você concorda com essa
diferença? *
Não concordo
1
2
3
4
5
Concordo
5 - Você acredita que afazeres domésticos são feitos melhores por mulheres? *
Sim.
Não.
Às vezes.
6 - Você acredita que tarefas que envolvam esforço físico são feitas melhores por
homens? *
Sim
Não
Às vezes.
BLOCO C
As questões a seguir tratam do conhecimento do entrevistado sobre a nova
tendência de moda sem gênero.
1 - Você conhece a tendência da moda sem gênero? *
Sim.
Não. (Pule para o bloco D).
2 - Como você conheceu essa tendência de moda? (Pode assinalar mais de uma
resposta)
Amigos.
Família.
Televisão.
Redes sociais.
Blogs de moda.
Outro:
14
3 - Você já usou uma peça de roupa unissex?
Sim.
Não.
Não tenho certeza.
4 - Você já consumiu peças de alguma linha genderless?
Sim.
Não.
Não tenho certeza.
5 - Você conhece alguém que usa costumeiramente peças unissex?
Sim.
Não.
Não tenho certeza.
6 - Você conhece alguém que já consumiu peças de alguma linha genderless?
Sim.
Não.
Não tenho certeza.
7 - Você já entrou em uma loja de roupas ou calçados que não era dividida em
departamentos masculinos ou femininos?
Sim.
Não.
8 - Se sim, qual foi a loja?
BLOCO D
As questões a seguir tratam da possibilidade da não distinção de gêneros dentro da
moda.
1 - Você já comprou roupas no setor de um gênero que você não se identifica? *
Sim.
Não.
2 - De 1 à 5, quanto você concorda com homens vestirem saias e/ou usarem
maquiagem? *
Não concordo
1
2
3
15
4
5
Concordo
3 - De 1 à 5, quanto você concorda com mulheres vestirem bermudas e/ou usarem
gravatas? *
Não concordo
1
2
3
4
5
Concordo
4 - Ao seu ver, existe preconceito com as pessoas que usam roupas não
habitualmente utilizadas pelo gênero delas? *
Sim.
Não.
5 - Não existir mais departamentos diferentes para feminino e masculino dentro das
lojas te deixa incomodado? *
Sim.
Não.
6 - Você usaria roupas genderless?
Sim.
Não.
Talvez.
7 - Você vê essa nova tendência de moda como algo positivo? *
Sim.
Não.
8- Quer receber os resultados da pesquisa? Deixa seu e-mail pra gente!
Agradecemos sua participação.
16
Resultados
Bloco A
Os resultados a seguir são a respeito dos perfis dos acadêmicos
respondentes deste questionário.
No primeiro gráfico temos os resultados das principais moradias dos
acadêmicos.
Gráfico 1: Principais cidades onde moram os respondentes.
As principais cidades de onde recebemos respostas foram Itajaí, Balneário
Camboriú, Brusque, Navegantes e Itapema.
No próximo gráfico veremos a quantidade de alunos nos cursos pesquisados,
separados por feminino, masculino e não binário.
26%
15%
14%
10%
9%
Itajaí Balneário
Camboriú
Brusque Navegantes Itapema
17
Gráfico 2: Distribuição de gêneros por curso.
O cruzamento de dados apresenta apenas 2 alunos não binários
respondentes, 153 mulheres e 109 homens distribuídos entre os cursos de
comunicação do campus de Itajaí. Tivemos na coleta uma maioria feminina.
Figura 1: Faixa etária dos respondentes.
A maioria dos alunos são jovens de 16 a 21 anos e de 22 a 27 anos, dado
importante para a análise de próximas questões que aparecem nesse relatório
(Página 22).
0
10
20
30
40
50
60
Publicidade e
Propaganda
Jornalismo Relações
Públicas
Fotografia Produção
audiovisual
Feminino Masculino Não-binário
16 a 21 anos22 a 27 anos
28 a 31 anos
34 a 39 anos 40 ou mais
18
Também perguntamos sobre a ocupação dos acadêmicos. Se eles possuíam
emprego fixo, estágio ou apenas estudavam.
Tabela 1: Ocupação dos respondentes.
Ocupação Frequência %
Só estudo 88 33%
Estudo e faço
estágio 70 27%
Estudo e tenho
emprego fixo 106 40%
Total 264 100
Percebemos que quase metade dos alunos possui emprego fixo, 33% faz
estágio para complementar os estudos e 27% apenas estuda.
Gráfico 3: Rede sociais mais utilizadas pelos respondentes.
Percebemos que o Facebook e Instagram são os mais populares entre os
jovens, logo depois aparece o YouTube e o Twitter. É importante lembrar que o
Facebook tornou-se uma importante rede para as discussões em torno de questões
sociais, inclusive as de gênero.
T INDE R
S NA P C H A T
T W IT T E R
Y OUT UBE
INS T A GRA M
F A C E BOOK
67
130
155
182
236
244
25,40%
49,20%
58,70%
70,10%
89,40%
92,40%
19
Bloco B
Os resultados a seguir são a respeito da opinião do entrevistado sobre a
separação em masculino e feminino dentro da sociedade.
O objetivo era descobrir se os acadêmicos, em sua maioria, possuíam
pensamentos conservadores, uma das principais problemáticas para a inclusão do
genderless no mercado.
Perguntamos aos estudantes se eles acreditavam que mulheres e homens
tem capacidades físicas e/ou intelectuais diferenciadas.
Tabela 2: Percepção sobre a diferença de capacidade física e intelectual dos
gêneros.
FÍSICO FREQUÊNCIA % INTELECTUAL FREQUÊNCIA %
SIM 64 24,24% SIM 24 9,10%
NÃO 122 46,21% NÃO 215 81,43%
ÀS VEZES 78 29,54% ÀS VEZES 25 9,46%
TOTAL 264 100,00% TOTAL 264 100,00%
Concluímos com esse resultado que na questão biológica, há, por mais de
metade dos participantes, a certeza ou o talvez de que um gênero pode ser mais
forte que o outro e ter mais êxito em atividades como, por exemplo, futebol. Contudo,
quando se trata do intelectual, a maioria acredita que ambos podem atingir êxito em
qualquer atividade.
Em seguida, tratamos dos valores de produtos masculinos e femininos. Houve
um questionamento sobre a percepção da diferença de valores e a concordância
com este.
20
Tabela 3: Percepção da diferença de valores de produtos masculinos e
femininos.
VALORES DE PRODUTOS FREQUÊNCIA %
SIM 192 72,72%
NÃO 24 9,10%
ÀS VEZES 48 18,18%
TOTAL 264 100,00%
Através da tabela, percebemos que existe a consciência da maioria de que
produtos femininos são mais caros que produtos masculinos no mercado,
mostrando-nos que há uma separação forte dos gêneros dentro das lojas, inclusive
no preço.
Agora, analisaremos a concordância quanto a esta diferenciação.
Tabela 4: Concordância quanto a diferenciação de preços entre produtos
femininos e masculinos.
NÍVEL DE CONCORDÂNCIA FREQUÊNCIA %
1 (NÃO CONCORDO) 92 34,84%
2 43 16,28%
3 48 18,18%
4 38 14,39%
5 (CONCORDO) 43 16,28%
TOTAL 264 100,00%
Concluímos a maioria dos participantes apresenta certa concordância com os
valores mais altos para produtos femininos, reforçando a cultura de diferenciação
dos gêneros dentro do mercado.
Para encerrar o bloco B, questionamos sobre a percepção de melhor
desempenho de mulheres em afazeres domésticos e de homens em tarefas que
envolvam esforço físico, o que é obviamente contraditório pois cuidar da casa exige,
e muito, do físico.
21
Tabela 5: Percepção do melhor desempenho de homens e mulheres em
atividades.
AFAZERES DOMÉSTICOS
(MULHERES) FREQUÊNCIA %
ESFORÇO FÍSICO
(HOMENS) FREQUÊNCIA %
SIM 39 14,77% SIM 55 20,83%
NÃO 173 65,53% NÃO 129 48,86%
ÀS VEZES 52 19,69% ÀS VEZES 80 30,30%
TOTAL 264 100,00% TOTAL 264 100,00%
A maioria dos participantes não acha que exista um melhor desempenho por
parte de mulheres em afazeres domésticos, homens também podem realizar a tarefa
com êxito. Portanto, quando se trata de esforço físico, a resposta “sim” e “às vezes”
aparecem mais vezes e a questão se divide: metade acha que homens são
melhores em atividades físicas ou podem ser às vezes, e metade acha que ambos
os gêneros conseguem realizar a atividade sem problemas.
Bloco C
Os resultados a seguir são a respeito do conhecimento dos entrevistados
sobre a moda sem gênero.
Este bloco era o único não obrigatório no questionário pois se o estudante
não conhecesse a tendência poderia seguir para o bloco D, portanto, no primeiro
momento questionamos se já conheciam as linhas genderless.
22
Figura 2: Conhecimento dos estudantes sobre a moda sem gênero.
A partir da figura podemos concluir que a maioria dos estudantes de
comunicação do campus de Itajaí já ouviu falar da moda sem gênero, o que confirma
a popularidade do assunto entre os jovens.
Para aquelas que continuaram a responder o bloco, perguntamos em qual
espaço tiveram conhecimento do assunto.
Gráfico 4: Espaço onde os estudantes tiveram conhecimento do assunto.
Assim, podemos observar que o assunto se propaga muito nas redes sociais,
voltando a confirmar não só a popularidade entre os jovens, mas também a questão
73%
27%
CONHECEM DESCONHECEM
43,50%
6,80%
31,90%
88,00%
34,60%
3,60%
A MIGOS F A MÍLIA T E LE VIS Ã O RE DE S
S OC IA IS
BLOGS DE
MODA
OUT ROS
23
da grande influência que os estilistas recebem por conta do desejo de liberdade de
ser o que é que vem deste mesmo público.
Em seguida, perguntamos se os acadêmicos usavam peças unissex
costumeiramente.
Figura 3: Estudantes que usam peças unissex
Metade dos estudantes usa peças unissex sem problemas. 23% nunca usou
nenhuma roupa unissex e 22% não tem certeza. O resultado mostra um jeito novo
de vestir surgindo que não se importa tanto em qual caixinha vai estar, na feminina
ou masculina.
A próxima questão se trata das pessoas ao redor do acadêmico que utilizam
de roupas unissex.
55%
23%
22%
USOU NÃO USOU NÃO TEM CERTEZA
24
Figura 4: Conhecidos dos estudantes que usam peças unissex.
Novamente, mais da metade dos estudantes conhecem alguém que usa
peças unissex sem problema nenhum. 22% não conhece ninguém que use estas
roupas costumeiramente e os outros 15% não tem certeza.
Agora, partimos para a utilização de linhas genderless. Perguntamos se já
foram consumidas pelos acadêmicos.
Figura 5: Consumo de peças genderless pelos estudantes.
Quase metade dos respondentes, nunca consumiu nada das linhas de moda
sem gênero, 38% não tem certeza e 15% já consumiu. A variável demográfica
CONHECEM
63%
DESCONHECEM
22%
NÃO TEM
CERTEZA
15%
15%
47%
38%
CONSUMIU NÃO CONSUMIU NÃO TEM CERTEZA
25
aparece aqui, lembrando que as peças não são tão acessíveis por ainda não serem
vendidas por marcas populares.
Questionamos, então, se conheciam alguém que já havia consumido alguma
dessas roupas.
Figura 6: Conhecidos dos estudantes que já consumiram peças genderless.
40% dos acadêmicos não tem certeza se as pessoas ao seu redor
consumiram ou não de alguma linha da moda sem gênero, 35% conhecem alguém
que consumiu e 25% não conhece ninguém.
Para encerrar o bloco, perguntamos se os respondentes já haviam entrado
em alguma loja que não era dividida em departamentos masculino e feminino.
CONHECEM
35%
DESCONHE
CEM
25%
NÃO TEM
CERTEZA
40%
26
Gráfico 5: Estudantes que entraram em lojas não divididas em departamentos.
Podemos observar que foram poucos os acadêmicos que entraram em lojas
não divididas em departamentos masculinos e femininos, mostrando-nos que a
separação de gêneros dentro da moda ainda é muito grande e uma forte variável
cultural.
Para aqueles que responderam sim para a questão acima, questionamos qual
foi a loja não dividida em departamentos na qual entraram.
Quadro 1: Lojas que não possuem departamentos masculino e feminino.
Nome das lojas Descrição Número de respostas
Zara Loja de roupas 11
AMP Loja de roupas 1
Havainas Loja de sapatos 1
Havan Loja de departamentos 1
Melissa Loja de sapatos 1
Decathon Loja de esportes 1
Total 16
Poucos acadêmicos citaram nomes de lojas, mas a Zara foi a mais citada
pelos 16 que responderam à questão aberta como um ambiente que não se divide
em masculino e feminino. Provavelmente, por ser a loja mais acessível, apesar de
não ser exatamente popular.
10,80%
89,20%
JÁ E NT ROU NUNC A E NT ROU
27
Bloco D
Os resultados a seguir apresentam a possibilidade da não distinção de gênero
dentro da moda.
O objetivo deste bloco era investigar a probabilidade de crescimento e
popularização da tendência genderless a ponto de mudar culturalmente o modo de
vestir.
Iniciamos perguntando se os acadêmicos já compraram roupas no setor de
um gênero com o qual eles não se identificavam.
Gráfico 6: Compras no setor de outro gênero.
O gráfico divide-se e temos metade dos estudantes consumindo roupas de
um gênero diferente e metade não. Mostra que a moda não é mais tão conservadora
quanto antigamente e já existe uma liberdade para usar o que se gosta.
Depois, fizemos duas perguntas de concordância utilizando de peças ligadas
ao gênero masculino e peças ligadas ao gênero feminino. Perguntamos quanto de 1
a 5 concordam com homens vestirem saias e/ou usarem maquiagem e quanto de 1
a 5 concordam com mulheres vestirem bermudas e/ou usarem gravatas.
136
51,50%128
48,50%
0 20 40 60 80 100 120 140 160
1
2
NÃO SIM
28
Tabela 6: Nível de concordância com homens e mulheres usando peças
não costumeiras.
MULHERES USANDO
BERMUDAS E GRAVATAS FREQUÊNCIA %
HOMENS USANDO
SAIAS E MAQUIAGEM FREQUÊNCIA %
1 ( NÃO CONCORDO) 29 10,98% 1 (NÃO CONCORDO) 30 11,36%
2 14 5,30% 2 14 5,30%
3 31 11,74% 3 41 15,53%
4 39 14,77% 4 35 13,25%
5 (CONCORDO) 151 57,19% 5 (CONCORDO) 144 54,54%
TOTAL 264 100,00% TOTAL 264 100,00%
A maioria concorda com o uso das peças para os dois gêneros, mas podemos
ver que, mesmo sendo uma pequena diferença, as mulheres recebem mais apoio
quando decidem vestir peças ditas masculinas.
Seguimos perguntando se na visão do acadêmico existe preconceito com as
pessoas que usam peças que não são habitualmente utilizadas pelo gênero com o
qual ela se identifica.
Figura 7: Preconceito com pessoas que usam roupas genderless na visão
do acadêmico.
Percebemos que existe consciência por parte de maioria dos estudantes
(91,28%) do preconceito que há em cima da moda quando se trata de gênero.
SIM NÃO
29
Questionamos se não existir mais departamentos femininos ou masculinos
nas lojas os deixaria incomodados.
Figura 8: Incomodo com a extinção de departamentos femininos e
masculinos nas lojas.
A maioria (76,52%) respondeu que não se incomodaria com a retirada dos
departamentos. Bom sinal para o genderless e para o seu crescimento e
popularização.
Em seguida, perguntamos se os estudantes usariam ou não roupas
genderless.
SIM NÃO
30
Gráfico 7: Possível uso das roupas genderless pelos estudantes.
A minoria disse que não usaria de jeito nenhum o que indica uma boa
aceitação da moda sem gênero no ambiente dos estudantes de comunicação de
Itajaí.
E por fim, perguntamos se os acadêmicos viam essa nova tendência de moda
como algo positivo no mercado.
Figura 9: Percepção dos acadêmicos sobre a moda sem gênero ser
positiva ou não.
A maioria (82,20%) vê a moda sem gênero como algo positivo, ou seja,
grande parte dos profissionais que a universidade está formando não limita sua
0,00%
10,00%
20,00%
30,00%
40,00%
50,00%
60,00%
0
20
40
60
80
100
120
140
160
SIM NÃO TALVEZ
FREQUÊNCIA %
SIM NÃO
31
aceitação ao o que lhe é comum. Ótimo para os alunos já que é possível que nos
próximos anos estes profissionais trabalhem informando, divulgando ou até usando
esse tipo de peça.
32
Conclusões Finais
Podemos concluir que os acadêmicos conhecem o tema e a moda
genderless, porém ainda há resistência quanto ao uso por pelo menos metade dos
respondentes. As pessoas que utilizam dessas roupas sofrem preconceito e isso foi
admitido tanto por questões que falavam diretamente sobre preconceito (Página 28)
quanto por perguntas sobre o que o estudante achava que um gênero deveria usar
ou não (Página 27). Quanto as questões sociais de separação de gênero,
concluímos que há uma visão conservadora por parte dos estudantes que acredita
que mulheres, por exemplo, não consigam alcançar a capacidade física e a foça de
um homem em certas atividades.
Por ser uma tendência nova há ainda dificuldade de popularização, contudo o
nosso conselho aos tomadores de decisão é que invistam no público jovem já que
são eles os pioneiros dessa discussão, utilizando principalmente de redes sociais
como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.
A principal dificuldade durante o trabalho foi a falta de acesso de alguns
acadêmicos ao tema e por isso a pesquisa gerava desinteresse nestes, o que nos
levou a demorar mais tempo do que o previsto para fazer a coleta de dados.
O feedback que tivemos dos respondentes foi bastante interessante. Alguns
alunos vieram falar com os integrantes do grupo sobre a falta de informação sobre
esse assunto e alegaram ter pesquisado sobre e se interessado em saber mais
sobre separação de gênero dentro da sociedade e como isso nos afeta. Acreditamos
que essa tendência será algo que abrirá portas para incrementar ainda mais essa
discussão sobre gênero e talvez gerar grandes mudanças na forma como vestimos e
vemos os outros vestirem.
Há também a questão de relacionar o uso do genderless com a sexualidade
dos consumidores. Muitas pessoas ainda acreditam que um homem que usa saia,
por exemplo, não é hétero ou que apenas homens gays e bissexuais teriam essa
liberdade de se vestir. Mesma coisa quanto as mulheres lésbicas e bissexuais. Isso
apresenta mais uma forma de preconceito e estereotipo que prejudica a tendência
dentro do mercado popular.
33
Acreditamos que esse tipo de pensamento chegará perto da extinção com a
mudança de gerações e as novas discussões que estão chegado no âmbito social,
porém ainda é parte da nossa realidade atual.
34
Referências
GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo:
Atlas S.a., 2008. 200 p.
Patton, M. (1990). Qualitative evaluation and research methods (pp. 169-186).
Beverly Hills, CA: Sage.
MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing: Metodologia, Planejamento,
Execução e Análise. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
MALHOTRA, Naresh K.. Pesquisa de Marketing: Uma orientação aplicada. 6. ed.
Porto Alegre: Bookman, 2011.
PARENZA, Patrícia; PONTALTI, Patrícia. Genderless: moda sem gênero vai muito
além de estilo. 2016. Disponível em:
<http://revistadonna.clicrbs.com.br/coluna/genderless-moda-sem-genero-vai-muito-
alem-de-estilo-moda-na-real-por-aspatricias/>. Acesso em: 23 maio 2017.
CAMARGO, Pedro. Afinal, o que é o genderless?: Desde que a moda masculina
começou a se misturar com a feminina, o mundo fashion entrou em ebulição. Será
que a divisão entre os dois departamentos vai deixar de existir?. 2016. Disponível
em: <http://elle.abril.com.br/moda/afinal-o-que-e-o-genderless/>. Acesso em: 23
maio 2016.
MODA sem gênero. S.I.: Youtube, 2016. (13 min.), Digital, son., color. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=YMGym9OUn5s>. Acesso em: 23 maio
2017.
QUEM te disse que roupa tem gênero?. 2016. (3 min.), Digital, son., color.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hgtxJVZ_kxU&t=1s>. Acesso
em: 23 maio 2017.

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  • 1. 1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DAIANE COREHIA DOS SANTOS, IGOR SÉRIO CORRÊA, LIZ RAFAELA BORBA, LUCAS MATHEUS PINHEIRO DOS SANTOS GENDERLESS: MODA SEM GÊNERO ITAJAÍ 2017
  • 2. 2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DAIANE COREHIA DOS SANTOS, IGOR SÉRIO CORRÊA, LIZ RAFAELA BORBA, LUCAS MATHEUS PINHEIRO DOS SANTOS GENDERLESS: MODA SEM GÊNERO Projeto de pesquisa sobre a percepção dos estudantes de comunicação e gestão sobre a nova proposta de roupas sem gênero como requisito para a obtenção conceito M3 da disciplina de Pesquisa de mercado do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Comunicação, Turismo e Lazer. Orientador(a): Professor Robson Freire Itajaí 2017
  • 3. 3 Sumário Resumo.............................................................................................................. 5 Introdução ao tema da pesquisa ........................................................................ 6 Genderless: moda sem gênero....................................................................... 6 Metodologia de pesquisa ................................................................................... 8 Questionário..................................................................................................... 11 Resultados ....................................................................................................... 16 Bloco A ......................................................................................................... 16 Gráfico 1: Principais cidades onde moram os respondentes. ................... 16 Gráfico 2: Distribuição de gêneros por curso. ........................................... 17 Figura 1: Faixa etária dos respondentes................................................... 17 Tabela 1: Ocupação dos respondentes..................................................... 18 Gráfico 3: Rede sociais mais utilizadas pelos respondentes..................... 18 Bloco B ......................................................................................................... 19 Tabela 2: Percepção sobre a diferença de capacidade física e intelectual dos gêneros. ............................................................................................. 19 Tabela 3: Percepção da diferença de valores de produtos masculinos e femininos................................................................................................... 20 Tabela 4: Concordância quanto a diferenciação de preços entre produtos femininos e masculinos............................................................................. 20 Tabela 5: Percepção do melhor desempenho de homens e mulheres em atividades.................................................................................................. 21 Bloco C ......................................................................................................... 21 Figura 2: Conhecimento dos estudantes sobre a moda sem gênero. ....... 22 Gráfico 4: Espaço onde os estudantes tiveram conhecimento do assunto. .................................................................................................................. 22 Figura 3: Estudantes que usam peças unissex......................................... 23 Figura 4: Conhecidos dos estudantes que usam peças unissex............... 24 Figura 5: Consumo de peças genderless pelos estudantes...................... 24 Figura 6: Conhecidos dos estudantes que já consumiram peças genderless................................................................................................. 25 Gráfico 5: Estudantes que entraram em lojas não divididas em departamentos. ......................................................................................... 26 Quadro 1: Lojas que não possuem departamentos masculino e feminino.26 Bloco D ......................................................................................................... 27 Gráfico 6: Compras no setor de outro gênero........................................... 27 Tabela 6: Nível de concordância com homens e mulheres usando peças não costumeiras........................................................................................ 28
  • 4. 4 Figura 7: Preconceito com pessoas que usam roupas genderless na visão do acadêmico............................................................................................ 28 Figura 8: Incomodo com a extinção de departamentos femininos e masculinos nas lojas. ................................................................................ 29 Gráfico 7: Possível uso das roupas genderless pelos estudantes. ........... 30 Figura 9: Percepção dos acadêmicos sobre a moda sem gênero ser positiva ou não.......................................................................................... 30 Conclusões Finais............................................................................................ 32 Referências ...................................................................................................... 34
  • 5. 5 Resumo A moda sem gênero se trata de uma nova tendência que passou a chamar atenção nas passarelas recentemente. Desde os anos 20, com a estilista Coco Chanel, mulheres utilizavam roupas consideradas masculinas. Com o passar das décadas e o aumento do desejo de liberdade sobre as roupas, os estilistas voltaram a perceber esse modo de vestir. As roupas genderless não são apenas unissex, são também peças que acabando nos tirando da zona de conforto. Por exemplo vestem homens com saias e shorts curtos, vestimentas ainda consideradas femininas. As principais variáveis de mercado que podem afetar essa nova tendência são as questões culturais, demográfica e econômica por conta do conservadorismo por parte dos consumidores e dos empresários na hora de comprar a ideia. A metodologia da pesquisa utilizou de uma pesquisa exploratória que possuía uma população de 835 alunos dos cursos de comunicação social do campus de Itajaí da Universidade do Vale do Itajaí. Com um erro amostral de 5%, os entrevistados serão 264 alunos. A pesquisa é feita através de um questionário online e possui perguntas abertas, dicotômicas e escala Likert. Quanto a compreensão da opinião dos acadêmicos sobre a separação de gêneros podemos observar que intelectualmente os gêneros não diferem, porém, tratando-se do físico, homens são vistos como mais aptos a esforços do que mulheres. Na questão do preço de produtos femininos e masculinos, o público entende que o valor é diferenciado e 92 pessoas, de 264, discordam completamente que essa diferenciação deveria existir. A maioria dos acadêmicos conhece a moda sem gênero, sendo que 88% teve contato com o tema através das redes sociais. Grande parte afirma já ter usado e conhecer pessoas que usam roupas unissex, porém quando se trata de roupas genderless muitos não têm certeza se já consumiram ou alguém ao seu redor consome. Quanto a possibilidade da não-distinção de gêneros dentro da moda, podemos observar que há uma resistência em utilizar roupas classificadas pelo gênero, pois metade dos respondentes afirmam nunca ter comprado peças no departamento de um gênero com o qual não se identifica e quando questionados se usariam ou não roupas genderless metade optou pelo não ou talvez.
  • 6. 6 Introdução ao tema da pesquisa Genderless: moda sem gênero Em 1920, a estilista Coco Chanel já escolheu vestir mulheres com roupas consideradas masculinas, entretanto, hoje ainda temos muito presente em nossa cultura comportamentos direcionados para homens ou para mulheres. Para algumas pessoas é difícil compreender, não só dentro da moda, mas na sociedade como um todo, o unissex. Recentemente, surgiu no mercado uma nova tendência, a moda sem gênero. Na semana de moda de Londres de 2013, o estilista Jonathan Anderson desfilou meninos de vestidos, tops e shorts curtos e por isso seu desfile foi extremamente comentado. A partir desse momento podemos observar a moda genderless crescendo e ganhando espaço entre as marcas. É importante lembrar que essas roupas não são apenas unissex – roupas que podem ser usadas tanto por homens quanto por mulheres. São também peças que acabam nos tirando da zona de conforto e vestindo, por exemplo, homens com saias, que ainda é uma vestimenta voltada para o público feminino. A loja britânica Selfridges, em 2015, aboliu a separação de gêneros por seções femininas e masculinas, através de uma coleção chamada de Agender. Dentro da loja não existem seções nem manequins de homens e mulheres, as peças na vitrine são apresentadas de uma forma diferente para que as roupas sejam consumidas sem preconceitos. Isso acontece a partir de uma nova tendência. A tendência de moda acaba sempre seguindo um ciclo: não existe nada realmente original e sim novas propostas em cima de estéticas que já existem. Essas propostas aparecem no mercado a partir dos resultados de pesquisas sobre os desejos e necessidades dos consumidores. Hoje em dia existe um grande debate sobre a separação de gêneros e pessoas abolindo dessa cultura aos poucos e escolhendo viver da forma que se sentem mais confortáveis, em vez de apenas seguir regras sociais. Os jovens são os maiores propagadores desta tendência e os estilistas observando este desejo de liberdade sobre as roupas levam esta ideia para a mídia. A questão cultural é uma forte variável de mercado porque alguns grupos mais conservadores apresentam resistência em aderir a essa proposta. A cultura de separação de gêneros pode influenciar na escolha de um público-alvo, pois este
  • 7. 7 teria que ser mais adepto de novas ideias. Os costumes podem gerar dificuldade na hora de elaborar uma estratégia já que as roupas genderless, consideradas por alguns uma moda revolucionária, tiram as pessoas da zona de conforto. Outra variável seria a demográfica já que estas roupas, pelo menos neste primeiro momento de implantação, não estão disponíveis para todas as classes, regiões e não se encaixam na renda de todo mundo pois somente algumas empresas aderiam o novo conceito. O que nos leva a considerar a variável econômica: a falta de investimento das organizações prejudicaria o crescimento das vendas e da popularização da proposta. No Brasil, a ideia ainda vem sendo trabalhada e difundida aos poucos. Estilistas como Alexandre Herchcovitch, Dudu Bertolini e Walério Araújo, são alguns dos brasileiros que já vem mostrando a tendência em suas passarelas. O tema torna-se interessante pois além de ser relevante para uma discussão social, se apresenta como uma tendência em crescimento no mundo da moda. O que a pesquisa procura descobrir é a percepção dos acadêmicos a respeito das linhas de roupas sem gênero. Os objetivos específicos são primeiramente compreender a opinião do público sobre a separação de gêneros, por segundo identificar o conhecimento dos acadêmicos sobre as peças unissex e por fim investigar a percepção dos respondentes sobre a possibilidade da não distinção de gêneros dentro da moda. Pergunta de pesquisa: Qual a percepção dos acadêmicos a respeito das linhas de roupas sem gênero? Objetivo geral: Examinar a percepção dos acadêmicos a respeito das linhas de roupas sem gênero. Objetivos específicos: Compreender a opinião do público sobre a separação de gêneros. Identificar o conhecimento dos acadêmicos sobre as peças unissex. Investigar a percepção dos respondentes sobre a possibilidade da não distinção de gêneros dentro da moda.
  • 8. 8 Metodologia de pesquisa Inicialmente este trabalho, quanto aos objetivos, é classificado como exploratório, pois terá por finalidade buscar o que foi produzido sobre o tema da pesquisa nos últimos anos. Gil (2009) diz que a pesquisa exploratória é realizada especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil sobre ele formular hipóteses precisas e operacionalizáveis. Para tanto, nessa fase inicial de levantamento de informações buscou-se estudar a tendência genderless, peças de roupas unissex e que buscam quebrar a separação de gênero dentro da moda, a fim de compreendê-lo melhor. A natureza da pesquisa foi bibliográfica (PATTON, 1990, SCANDURA e WILLIAMS, 2000, COOPER, SCHINDLER, 2003, HAIR JR., 2005 e GIL, 2009), compreendendo o levantamento em materiais já publicados, constituídos, principalmente, de livros, artigos de periódicos e de anais de encontros científicos da área, bem como de material disponibilizado em bases de dados eletrônicos. Esta coleta dos dados apoiou-se em informações secundárias, que se trata de estudos feitos por terceiros com seus próprios objetivos. Esta análise baseou-se em livros, artigos científicos e publicados em periódicos nacionais. Esta pesquisa é caracterizada como descritiva, Gil (2009) argumenta que o estudo conclusivo se refere a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Na prática, um questionário será disponibilizado online para os estudantes responderem por motivos de praticidade. Depois, haverá uma análise desses dados para entender a popularidade ou a falta dela das peças genderless. No que se refere ao tempo, se trata de um estudo transversal múltiplo. Segundo Raouquayrol (1994) o recorte transversal múltiplo é o estudo epidemiológico no qual fator e efeito são observados num mesmo momento histórico e, atualmente, tem sido o mais empregado. Na prática serão entrevistados os alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Relações Públicas, Fotografia, Produção Áudio Visual e Fotografia da Universidade do Vale do Itajaí do campus de Itajaí, portanto o total da população é de 835 alunos. Como técnica de amostragem será adotada aquela denominada como probabilística, portanto serão entrevistados 264 alunos. Segundo Mattar (2014) trata-
  • 9. 9 se de uma seleção dos elementos da população para compor a amostra e depende ao menos em parte do julgamento do pesquisador ou do entrevistador no campo. Nesse sentido, o pesquisador julgou que os alunos desses determinados cursos seriam elementos da amostra que contribuiriam com as respostas para a questão da pesquisa por conta da área que estão cursando e por serem os futuros profissionais que terão um contato maior com essa tendência. A escolha também se justifica pela acessibilidade e disponibilidade aos referidos alunos. O questionário servirá como instrumento de coleta de dados primários. Este tipo de levantamento, conforme explica Malhotra (2004) é utilizado para fins diferentes do problema em pauta. O questionário será composto por perguntas não estruturadas e estruturadas, utilizando escalas dicotômicas, múltipla escolha e escala Likert. Segundo Manzini (2004), entende-se por entrevista estruturada aquela que contém perguntas fechadas, semelhantes a formulários, sem apresentar flexibilidade; não estruturada aquela que oferece ampla liberdade na formulação de perguntas e na intervenção da fala do entrevistado. Este instrumento de coleta de dados será aplicado aos alunos de graduação da Universidade do Vale do Itajaí, buscando-se descobrir as perspectivas dos futuros profissionais do mercado. O período de coleta ocorreu entre os dias 13/06/2017 e 30/06/2017. Quanto ao tipo, esta pesquisa pode ser definida como qualitativa e quantitativa. Para Pope e Mays (1995, p.42), os métodos qualitativos e quantitativos não se excluem. Embora diferem quanto à forma e à ênfase, os métodos qualitativos trazem como contribuição ao trabalho de pesquisa uma mistura de procedimentos cunho racional e intuitivo capazes de contribuir para a melhora contribuição dos fenômenos. Pode-se distingui o enfoque qualitativo do quantitativo, mas não seria correto afirmar que guardam relação de oposição. Nesse sentido, serão analisados os comportamentos e atitudes dos alunos da Univali face à realidade das opiniões de futuros profissionais de Itajaí e região, bem como mensurados e demonstrados, por meio de gráficos e tabelas os resultados desta investigação. Acrescenta-se ainda, que será efetuado um pré-teste para identificação de possíveis falhas no instrumento de coleta de dados. Para Windelfet (2005), além de possibilitar ajustes e detecção de incoerências, pode aumentar a validade do instrumento. Nesta fase de pré-testagem do instrumento de coleta de dados, foram aplicados 8 questionários, visando a melhorar esse instrumento. Observou-se que
  • 10. 10 deveriam ser realizadas alterações nos blocos C e D, logo após esse estágio os questionários foram aplicados. Após a coleta e recebimento dos dados primários, os mesmos serão tratados e interpretadas a fim de demonstrar previsões específicas. Foram utilizados nesta fase, a análise estatística global dos dados e análise de frequência e tabulação cruzada simples.
  • 11. 11 Questionário Prezado entrevistado (a), esta é uma pesquisa acadêmica, realizada pelos alunos da 3ª fase do curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, da Universidade do Vale do Itajaí, na disciplina de Pesquisa de Mercado; e tem como objetivo examinar a percepção dos acadêmicos a respeito das linhas de roupas sem gênero. Para tanto, sua colaboração é de suma importância. Recentemente, surgiu no mercado uma nova tendência, a moda sem gênero. Ela vem crescendo e ganhando espaço entre as marcas. É importante lembrar que essas roupas não são apenas unissex – roupas que podem ser usadas tanto por homens quanto por mulheres. São também peças que acabam nos tirando da zona de conforto e vestindo, por exemplo, homens com saias, que ainda é uma vestimenta voltada para o público feminino. O presente formulário está estruturado em 4 sessões e seu preenchimento não levará mais que 5 minutos, não sendo necessário identificar-se. Todas as informações são confidenciais e serão usadas apenas para fins desta pesquisa. Pedimos que apenas alunos das graduações de Publicidade e Propaganda, Jornalismo, Relações Públicas, Fotografia e Produção Audiovisual respondam ao questionário. BLOCO A As questões a seguir tratam da descrição do perfil do entrevistado. 1 - Cidade onde mora. * Itajaí. Balneário Camboriú Balneário Piçarras Navegantes Brusque Itapema Bombinhas Outro: 2 - Gênero. * Feminino. Masculino. Outro: 3 - Faixa etária. * 16 a 21 anos.
  • 12. 12 22 a 27 anos. 28 a 31 anos. 34 a 39 anos. 40 anos ou mais. 4 - Ocupação. * Apenas estudo. Estudo e faço estágio. Estudo e tenho emprego fixo. 5 - Sou acadêmico de: * Publicidade e Propaganda. Jornalismo. Relações Públicas. Fotografia. Produção Audiovisual. 6 - Quais redes sociais você utiliza? (Pode assinalar mais de uma resposta) * Facebook Instagram Twitter Snapchat Youtube Tinder Skype Linkedln Pinterest Outro: BLOCO B As questões a seguir tratam da opinião do entrevistado sobre a separação dos gêneros masculino e feminino dentro da sociedade. 1 - Você acha que biologicamente mulheres e homens possuem capacidades diferentes? Ex: um gênero é mais forte que o outro. * Sim. Não. Às vezes. 2 - Você acha que intelectualmente mulheres e homens possuem capacidades diferentes? Ex: um gênero é melhor em matemática que o outro. * Sim. Não. Às vezes.
  • 13. 13 3 - Você percebe diferença nos valores entre produtos femininos e masculinos? * Sim. Não. Às vezes. 4 - Se a sua resposta for sim, ou às vezes, de 1 à 5 quanto você concorda com essa diferença? * Não concordo 1 2 3 4 5 Concordo 5 - Você acredita que afazeres domésticos são feitos melhores por mulheres? * Sim. Não. Às vezes. 6 - Você acredita que tarefas que envolvam esforço físico são feitas melhores por homens? * Sim Não Às vezes. BLOCO C As questões a seguir tratam do conhecimento do entrevistado sobre a nova tendência de moda sem gênero. 1 - Você conhece a tendência da moda sem gênero? * Sim. Não. (Pule para o bloco D). 2 - Como você conheceu essa tendência de moda? (Pode assinalar mais de uma resposta) Amigos. Família. Televisão. Redes sociais. Blogs de moda. Outro:
  • 14. 14 3 - Você já usou uma peça de roupa unissex? Sim. Não. Não tenho certeza. 4 - Você já consumiu peças de alguma linha genderless? Sim. Não. Não tenho certeza. 5 - Você conhece alguém que usa costumeiramente peças unissex? Sim. Não. Não tenho certeza. 6 - Você conhece alguém que já consumiu peças de alguma linha genderless? Sim. Não. Não tenho certeza. 7 - Você já entrou em uma loja de roupas ou calçados que não era dividida em departamentos masculinos ou femininos? Sim. Não. 8 - Se sim, qual foi a loja? BLOCO D As questões a seguir tratam da possibilidade da não distinção de gêneros dentro da moda. 1 - Você já comprou roupas no setor de um gênero que você não se identifica? * Sim. Não. 2 - De 1 à 5, quanto você concorda com homens vestirem saias e/ou usarem maquiagem? * Não concordo 1 2 3
  • 15. 15 4 5 Concordo 3 - De 1 à 5, quanto você concorda com mulheres vestirem bermudas e/ou usarem gravatas? * Não concordo 1 2 3 4 5 Concordo 4 - Ao seu ver, existe preconceito com as pessoas que usam roupas não habitualmente utilizadas pelo gênero delas? * Sim. Não. 5 - Não existir mais departamentos diferentes para feminino e masculino dentro das lojas te deixa incomodado? * Sim. Não. 6 - Você usaria roupas genderless? Sim. Não. Talvez. 7 - Você vê essa nova tendência de moda como algo positivo? * Sim. Não. 8- Quer receber os resultados da pesquisa? Deixa seu e-mail pra gente! Agradecemos sua participação.
  • 16. 16 Resultados Bloco A Os resultados a seguir são a respeito dos perfis dos acadêmicos respondentes deste questionário. No primeiro gráfico temos os resultados das principais moradias dos acadêmicos. Gráfico 1: Principais cidades onde moram os respondentes. As principais cidades de onde recebemos respostas foram Itajaí, Balneário Camboriú, Brusque, Navegantes e Itapema. No próximo gráfico veremos a quantidade de alunos nos cursos pesquisados, separados por feminino, masculino e não binário. 26% 15% 14% 10% 9% Itajaí Balneário Camboriú Brusque Navegantes Itapema
  • 17. 17 Gráfico 2: Distribuição de gêneros por curso. O cruzamento de dados apresenta apenas 2 alunos não binários respondentes, 153 mulheres e 109 homens distribuídos entre os cursos de comunicação do campus de Itajaí. Tivemos na coleta uma maioria feminina. Figura 1: Faixa etária dos respondentes. A maioria dos alunos são jovens de 16 a 21 anos e de 22 a 27 anos, dado importante para a análise de próximas questões que aparecem nesse relatório (Página 22). 0 10 20 30 40 50 60 Publicidade e Propaganda Jornalismo Relações Públicas Fotografia Produção audiovisual Feminino Masculino Não-binário 16 a 21 anos22 a 27 anos 28 a 31 anos 34 a 39 anos 40 ou mais
  • 18. 18 Também perguntamos sobre a ocupação dos acadêmicos. Se eles possuíam emprego fixo, estágio ou apenas estudavam. Tabela 1: Ocupação dos respondentes. Ocupação Frequência % Só estudo 88 33% Estudo e faço estágio 70 27% Estudo e tenho emprego fixo 106 40% Total 264 100 Percebemos que quase metade dos alunos possui emprego fixo, 33% faz estágio para complementar os estudos e 27% apenas estuda. Gráfico 3: Rede sociais mais utilizadas pelos respondentes. Percebemos que o Facebook e Instagram são os mais populares entre os jovens, logo depois aparece o YouTube e o Twitter. É importante lembrar que o Facebook tornou-se uma importante rede para as discussões em torno de questões sociais, inclusive as de gênero. T INDE R S NA P C H A T T W IT T E R Y OUT UBE INS T A GRA M F A C E BOOK 67 130 155 182 236 244 25,40% 49,20% 58,70% 70,10% 89,40% 92,40%
  • 19. 19 Bloco B Os resultados a seguir são a respeito da opinião do entrevistado sobre a separação em masculino e feminino dentro da sociedade. O objetivo era descobrir se os acadêmicos, em sua maioria, possuíam pensamentos conservadores, uma das principais problemáticas para a inclusão do genderless no mercado. Perguntamos aos estudantes se eles acreditavam que mulheres e homens tem capacidades físicas e/ou intelectuais diferenciadas. Tabela 2: Percepção sobre a diferença de capacidade física e intelectual dos gêneros. FÍSICO FREQUÊNCIA % INTELECTUAL FREQUÊNCIA % SIM 64 24,24% SIM 24 9,10% NÃO 122 46,21% NÃO 215 81,43% ÀS VEZES 78 29,54% ÀS VEZES 25 9,46% TOTAL 264 100,00% TOTAL 264 100,00% Concluímos com esse resultado que na questão biológica, há, por mais de metade dos participantes, a certeza ou o talvez de que um gênero pode ser mais forte que o outro e ter mais êxito em atividades como, por exemplo, futebol. Contudo, quando se trata do intelectual, a maioria acredita que ambos podem atingir êxito em qualquer atividade. Em seguida, tratamos dos valores de produtos masculinos e femininos. Houve um questionamento sobre a percepção da diferença de valores e a concordância com este.
  • 20. 20 Tabela 3: Percepção da diferença de valores de produtos masculinos e femininos. VALORES DE PRODUTOS FREQUÊNCIA % SIM 192 72,72% NÃO 24 9,10% ÀS VEZES 48 18,18% TOTAL 264 100,00% Através da tabela, percebemos que existe a consciência da maioria de que produtos femininos são mais caros que produtos masculinos no mercado, mostrando-nos que há uma separação forte dos gêneros dentro das lojas, inclusive no preço. Agora, analisaremos a concordância quanto a esta diferenciação. Tabela 4: Concordância quanto a diferenciação de preços entre produtos femininos e masculinos. NÍVEL DE CONCORDÂNCIA FREQUÊNCIA % 1 (NÃO CONCORDO) 92 34,84% 2 43 16,28% 3 48 18,18% 4 38 14,39% 5 (CONCORDO) 43 16,28% TOTAL 264 100,00% Concluímos a maioria dos participantes apresenta certa concordância com os valores mais altos para produtos femininos, reforçando a cultura de diferenciação dos gêneros dentro do mercado. Para encerrar o bloco B, questionamos sobre a percepção de melhor desempenho de mulheres em afazeres domésticos e de homens em tarefas que envolvam esforço físico, o que é obviamente contraditório pois cuidar da casa exige, e muito, do físico.
  • 21. 21 Tabela 5: Percepção do melhor desempenho de homens e mulheres em atividades. AFAZERES DOMÉSTICOS (MULHERES) FREQUÊNCIA % ESFORÇO FÍSICO (HOMENS) FREQUÊNCIA % SIM 39 14,77% SIM 55 20,83% NÃO 173 65,53% NÃO 129 48,86% ÀS VEZES 52 19,69% ÀS VEZES 80 30,30% TOTAL 264 100,00% TOTAL 264 100,00% A maioria dos participantes não acha que exista um melhor desempenho por parte de mulheres em afazeres domésticos, homens também podem realizar a tarefa com êxito. Portanto, quando se trata de esforço físico, a resposta “sim” e “às vezes” aparecem mais vezes e a questão se divide: metade acha que homens são melhores em atividades físicas ou podem ser às vezes, e metade acha que ambos os gêneros conseguem realizar a atividade sem problemas. Bloco C Os resultados a seguir são a respeito do conhecimento dos entrevistados sobre a moda sem gênero. Este bloco era o único não obrigatório no questionário pois se o estudante não conhecesse a tendência poderia seguir para o bloco D, portanto, no primeiro momento questionamos se já conheciam as linhas genderless.
  • 22. 22 Figura 2: Conhecimento dos estudantes sobre a moda sem gênero. A partir da figura podemos concluir que a maioria dos estudantes de comunicação do campus de Itajaí já ouviu falar da moda sem gênero, o que confirma a popularidade do assunto entre os jovens. Para aquelas que continuaram a responder o bloco, perguntamos em qual espaço tiveram conhecimento do assunto. Gráfico 4: Espaço onde os estudantes tiveram conhecimento do assunto. Assim, podemos observar que o assunto se propaga muito nas redes sociais, voltando a confirmar não só a popularidade entre os jovens, mas também a questão 73% 27% CONHECEM DESCONHECEM 43,50% 6,80% 31,90% 88,00% 34,60% 3,60% A MIGOS F A MÍLIA T E LE VIS Ã O RE DE S S OC IA IS BLOGS DE MODA OUT ROS
  • 23. 23 da grande influência que os estilistas recebem por conta do desejo de liberdade de ser o que é que vem deste mesmo público. Em seguida, perguntamos se os acadêmicos usavam peças unissex costumeiramente. Figura 3: Estudantes que usam peças unissex Metade dos estudantes usa peças unissex sem problemas. 23% nunca usou nenhuma roupa unissex e 22% não tem certeza. O resultado mostra um jeito novo de vestir surgindo que não se importa tanto em qual caixinha vai estar, na feminina ou masculina. A próxima questão se trata das pessoas ao redor do acadêmico que utilizam de roupas unissex. 55% 23% 22% USOU NÃO USOU NÃO TEM CERTEZA
  • 24. 24 Figura 4: Conhecidos dos estudantes que usam peças unissex. Novamente, mais da metade dos estudantes conhecem alguém que usa peças unissex sem problema nenhum. 22% não conhece ninguém que use estas roupas costumeiramente e os outros 15% não tem certeza. Agora, partimos para a utilização de linhas genderless. Perguntamos se já foram consumidas pelos acadêmicos. Figura 5: Consumo de peças genderless pelos estudantes. Quase metade dos respondentes, nunca consumiu nada das linhas de moda sem gênero, 38% não tem certeza e 15% já consumiu. A variável demográfica CONHECEM 63% DESCONHECEM 22% NÃO TEM CERTEZA 15% 15% 47% 38% CONSUMIU NÃO CONSUMIU NÃO TEM CERTEZA
  • 25. 25 aparece aqui, lembrando que as peças não são tão acessíveis por ainda não serem vendidas por marcas populares. Questionamos, então, se conheciam alguém que já havia consumido alguma dessas roupas. Figura 6: Conhecidos dos estudantes que já consumiram peças genderless. 40% dos acadêmicos não tem certeza se as pessoas ao seu redor consumiram ou não de alguma linha da moda sem gênero, 35% conhecem alguém que consumiu e 25% não conhece ninguém. Para encerrar o bloco, perguntamos se os respondentes já haviam entrado em alguma loja que não era dividida em departamentos masculino e feminino. CONHECEM 35% DESCONHE CEM 25% NÃO TEM CERTEZA 40%
  • 26. 26 Gráfico 5: Estudantes que entraram em lojas não divididas em departamentos. Podemos observar que foram poucos os acadêmicos que entraram em lojas não divididas em departamentos masculinos e femininos, mostrando-nos que a separação de gêneros dentro da moda ainda é muito grande e uma forte variável cultural. Para aqueles que responderam sim para a questão acima, questionamos qual foi a loja não dividida em departamentos na qual entraram. Quadro 1: Lojas que não possuem departamentos masculino e feminino. Nome das lojas Descrição Número de respostas Zara Loja de roupas 11 AMP Loja de roupas 1 Havainas Loja de sapatos 1 Havan Loja de departamentos 1 Melissa Loja de sapatos 1 Decathon Loja de esportes 1 Total 16 Poucos acadêmicos citaram nomes de lojas, mas a Zara foi a mais citada pelos 16 que responderam à questão aberta como um ambiente que não se divide em masculino e feminino. Provavelmente, por ser a loja mais acessível, apesar de não ser exatamente popular. 10,80% 89,20% JÁ E NT ROU NUNC A E NT ROU
  • 27. 27 Bloco D Os resultados a seguir apresentam a possibilidade da não distinção de gênero dentro da moda. O objetivo deste bloco era investigar a probabilidade de crescimento e popularização da tendência genderless a ponto de mudar culturalmente o modo de vestir. Iniciamos perguntando se os acadêmicos já compraram roupas no setor de um gênero com o qual eles não se identificavam. Gráfico 6: Compras no setor de outro gênero. O gráfico divide-se e temos metade dos estudantes consumindo roupas de um gênero diferente e metade não. Mostra que a moda não é mais tão conservadora quanto antigamente e já existe uma liberdade para usar o que se gosta. Depois, fizemos duas perguntas de concordância utilizando de peças ligadas ao gênero masculino e peças ligadas ao gênero feminino. Perguntamos quanto de 1 a 5 concordam com homens vestirem saias e/ou usarem maquiagem e quanto de 1 a 5 concordam com mulheres vestirem bermudas e/ou usarem gravatas. 136 51,50%128 48,50% 0 20 40 60 80 100 120 140 160 1 2 NÃO SIM
  • 28. 28 Tabela 6: Nível de concordância com homens e mulheres usando peças não costumeiras. MULHERES USANDO BERMUDAS E GRAVATAS FREQUÊNCIA % HOMENS USANDO SAIAS E MAQUIAGEM FREQUÊNCIA % 1 ( NÃO CONCORDO) 29 10,98% 1 (NÃO CONCORDO) 30 11,36% 2 14 5,30% 2 14 5,30% 3 31 11,74% 3 41 15,53% 4 39 14,77% 4 35 13,25% 5 (CONCORDO) 151 57,19% 5 (CONCORDO) 144 54,54% TOTAL 264 100,00% TOTAL 264 100,00% A maioria concorda com o uso das peças para os dois gêneros, mas podemos ver que, mesmo sendo uma pequena diferença, as mulheres recebem mais apoio quando decidem vestir peças ditas masculinas. Seguimos perguntando se na visão do acadêmico existe preconceito com as pessoas que usam peças que não são habitualmente utilizadas pelo gênero com o qual ela se identifica. Figura 7: Preconceito com pessoas que usam roupas genderless na visão do acadêmico. Percebemos que existe consciência por parte de maioria dos estudantes (91,28%) do preconceito que há em cima da moda quando se trata de gênero. SIM NÃO
  • 29. 29 Questionamos se não existir mais departamentos femininos ou masculinos nas lojas os deixaria incomodados. Figura 8: Incomodo com a extinção de departamentos femininos e masculinos nas lojas. A maioria (76,52%) respondeu que não se incomodaria com a retirada dos departamentos. Bom sinal para o genderless e para o seu crescimento e popularização. Em seguida, perguntamos se os estudantes usariam ou não roupas genderless. SIM NÃO
  • 30. 30 Gráfico 7: Possível uso das roupas genderless pelos estudantes. A minoria disse que não usaria de jeito nenhum o que indica uma boa aceitação da moda sem gênero no ambiente dos estudantes de comunicação de Itajaí. E por fim, perguntamos se os acadêmicos viam essa nova tendência de moda como algo positivo no mercado. Figura 9: Percepção dos acadêmicos sobre a moda sem gênero ser positiva ou não. A maioria (82,20%) vê a moda sem gênero como algo positivo, ou seja, grande parte dos profissionais que a universidade está formando não limita sua 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 0 20 40 60 80 100 120 140 160 SIM NÃO TALVEZ FREQUÊNCIA % SIM NÃO
  • 31. 31 aceitação ao o que lhe é comum. Ótimo para os alunos já que é possível que nos próximos anos estes profissionais trabalhem informando, divulgando ou até usando esse tipo de peça.
  • 32. 32 Conclusões Finais Podemos concluir que os acadêmicos conhecem o tema e a moda genderless, porém ainda há resistência quanto ao uso por pelo menos metade dos respondentes. As pessoas que utilizam dessas roupas sofrem preconceito e isso foi admitido tanto por questões que falavam diretamente sobre preconceito (Página 28) quanto por perguntas sobre o que o estudante achava que um gênero deveria usar ou não (Página 27). Quanto as questões sociais de separação de gênero, concluímos que há uma visão conservadora por parte dos estudantes que acredita que mulheres, por exemplo, não consigam alcançar a capacidade física e a foça de um homem em certas atividades. Por ser uma tendência nova há ainda dificuldade de popularização, contudo o nosso conselho aos tomadores de decisão é que invistam no público jovem já que são eles os pioneiros dessa discussão, utilizando principalmente de redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube. A principal dificuldade durante o trabalho foi a falta de acesso de alguns acadêmicos ao tema e por isso a pesquisa gerava desinteresse nestes, o que nos levou a demorar mais tempo do que o previsto para fazer a coleta de dados. O feedback que tivemos dos respondentes foi bastante interessante. Alguns alunos vieram falar com os integrantes do grupo sobre a falta de informação sobre esse assunto e alegaram ter pesquisado sobre e se interessado em saber mais sobre separação de gênero dentro da sociedade e como isso nos afeta. Acreditamos que essa tendência será algo que abrirá portas para incrementar ainda mais essa discussão sobre gênero e talvez gerar grandes mudanças na forma como vestimos e vemos os outros vestirem. Há também a questão de relacionar o uso do genderless com a sexualidade dos consumidores. Muitas pessoas ainda acreditam que um homem que usa saia, por exemplo, não é hétero ou que apenas homens gays e bissexuais teriam essa liberdade de se vestir. Mesma coisa quanto as mulheres lésbicas e bissexuais. Isso apresenta mais uma forma de preconceito e estereotipo que prejudica a tendência dentro do mercado popular.
  • 33. 33 Acreditamos que esse tipo de pensamento chegará perto da extinção com a mudança de gerações e as novas discussões que estão chegado no âmbito social, porém ainda é parte da nossa realidade atual.
  • 34. 34 Referências GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6. ed. São Paulo: Atlas S.a., 2008. 200 p. Patton, M. (1990). Qualitative evaluation and research methods (pp. 169-186). Beverly Hills, CA: Sage. MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de Marketing: Metodologia, Planejamento, Execução e Análise. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. MALHOTRA, Naresh K.. Pesquisa de Marketing: Uma orientação aplicada. 6. ed. Porto Alegre: Bookman, 2011. PARENZA, Patrícia; PONTALTI, Patrícia. Genderless: moda sem gênero vai muito além de estilo. 2016. Disponível em: <http://revistadonna.clicrbs.com.br/coluna/genderless-moda-sem-genero-vai-muito- alem-de-estilo-moda-na-real-por-aspatricias/>. Acesso em: 23 maio 2017. CAMARGO, Pedro. Afinal, o que é o genderless?: Desde que a moda masculina começou a se misturar com a feminina, o mundo fashion entrou em ebulição. Será que a divisão entre os dois departamentos vai deixar de existir?. 2016. Disponível em: <http://elle.abril.com.br/moda/afinal-o-que-e-o-genderless/>. Acesso em: 23 maio 2016. MODA sem gênero. S.I.: Youtube, 2016. (13 min.), Digital, son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=YMGym9OUn5s>. Acesso em: 23 maio 2017. QUEM te disse que roupa tem gênero?. 2016. (3 min.), Digital, son., color. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hgtxJVZ_kxU&t=1s>. Acesso em: 23 maio 2017.