2. Conteúdo do livro
Aqui poderá encontrar os textos e os desenhos que
os alunos do 4º Ano, turma A da EB1 Parque Silva Porto
fizeram em 2020 para comemorar a Revolução dos
Cravos de 25 de Abril de 1974.
Os trabalhos publicados são originais, não editados.
8. A Ditadura e o 25 de Abril de 1974
Memórias dos meus avós
O 25 de Abril de 1974 é uma data importante e que muitos portugueses celebram para festejar a
liberdade e a democracia.
Antes do 25 de Abril havia uma ditadura, o Estado Novo, que não deixava as pessoas exprimirem-se
livremente. Muitos rapazes, como o meu avô paterno, foram obrigados a ir para a guerra em África e o
meu avô achava que era uma guerra injusta. Ele esteve em Moçambique durante dois anos e era rádio
telegrafista. Então, ele contava o que acontecia na guerra ao jornal República, que era um jornal contra a
ditadura.
O meu outro avô também já me contou uma história engraçada sobre a ditadura. Ele estava a trabalhar no
navio Santa Maria em 1961 quando assaltaram o barco para tentarem acabar com a ditadura, mas esse
plano falhou e então a revolução só aconteceu mais tarde… no dia 25 de Abril de 1974.
Carolina Mendes
9.
10. Poema
25 de Abril
Na madrugada deste dia
O silêncio já não se ouvia
E a rádio cantava com liberdade.
Viram-se cravos nas ruas,
Mulheres, homens e soldados
Era a revolução, disseram os meus avós
Com a liberdade e a democracia
A ditadura acabou
E o país tornou-se melhor
Carolina Mendes
11. 25 DE ABRIL
Portugal era um país cinzentão.
Vivia numa horrível ditadura
com pouca saúde e pouco pão
e com o povo em amargura.
Tudo começou na noite de 24 de Abril,
os corações estavam nervosos,
os soldados com planos mil,
com senhas, Rádio e todos corajosos.
O golpe militar foi conseguido
com muitos cravos e nenhum tiro
e com o povo nas ruas unido
a festejar com abraços e alarido.
Hoje em dia vivemos em harmonia
com alegria e felicidade.
Quem diria,
como é bom ter LIBERDADE!!!
Joana Macedo 4ªA
24 de Abril de 2020
12.
13. Anjos e Demónios
Os anjos viviam no cimo das nuvens. Enquanto os demónios viviam no submundo. Havia um anjo
chamada Luni ela gosta da natureza e da magia que está no ar, ela era muito simpática adorava os animais
e alimentava os ouriços. Havia também um demónio chamada Moon, ela era muito má, fazia chorar
qualquer criança, tirava-lhes o chupa-chupa e destruía todas as plantas. A Luni sempre via o mundo, mas
ficava sempre triste porque via as crianças muito tristes porque não tinham uma vida feliz. As crianças
tinham uma vida muito difícil, as raparigas e os rapazes estavam em escolas separadas, não podiam contar
segredos e contar o que sentem. Enquanto a Moon muito feliz porque ela é má. A Luni teve uma ideia, foi
buscar uns cravos e esperou para que fosse 25 de Abril. A Moon não fez nada, mas sentiu algo muito triste e
queria ajudar. Numa manhã de 25 de Abril em Lisboa, os militares estavam preparados para a revolução,
então a Luni e a Moon fizeram o que tinham de fazer, colocaram milhões de cravos nas espingardas dos
soldados.
- Parem com isto, isto não pode ser, a nossa vida precisa de Liberdade.
- É verdade e desculpa por ter feito muitas partidas más, eu prometo que vou ser boa.
Então quando a Moon disse aquelas palavras transformou num anjo igual á Luni. Os soldados e as
pessoas concordaram que tinham de ter a liberdade então muito contentes disseram:
- Viva a liberdade! Viva!
E a vida das pessoas tornou-se numa vida muito melhorada por causa daqueles anjos que mudaram a
vida.
Autora: Ellen Dias
14.
15. 25 de Abril de 1974
Antigamente nós não podíamos dizer mal do governo nem beber coca cola porque se fizermos
isso nós íamos ser presos pela PIDE que nos seguia por todo o lado a ouvir o que nós dizíamos.
As raparigas e os rapazes estudavam em escolas separadas, os rapazes eram treinados na
tropa, as notícias para serem publicadas tinham de ser autorizadas pela Censura bem como as
peças de teatro, as músicas, os livros, os programas de TV….
A certa altura, os militares sabendo que a Guerra do Ultramar era uma guerra impossível e ser
ganha fundaram o MFA (Movimento das forças armadas) e no dia 24 de abril tentam derrubar
o governo.
Às 5 para as 11 da noite, passa na rádio a canção «E depois do adeus», de Paulo de Carvalho, a
primeira senha para o início das operações do MFA.
À meia noite e vinte é passada no rádio «Grândola vila morena» de José Afonso.
Na madrugada os soldados estavam preparados e recebiam as ordens do capitão Salgueiro
Maia, durante o dia umas vendedoras de flores davam aos soldados e aos populares um cravo
que colocavam na espingarda dos soldados e um cravo no peito dos populares.
Ao fim da tarde o Marcelo Caetano (o substituto do António Salazar) rendeu e entregou o
poder ao António de Spínola. Ellen Dias
19. 25 de Abril contado pelo meu Avô
O meu avô tem 81 anos, quando aconteceu o 25 de Abril ele tinha 36 anos.
Ele contou-me que antes do 25 de Abril acontecer, não podiam juntar-se mais que 5 pessoas, a policia
passava e dizia para “dispersarem” que era para não se juntarem, não se podia dizer mal do governo na via
pública, que era a rua, não se podiam fazer reuniões nem comícios, os sindicatos não tinham força nem se
podiam manifestar, e quando o faziam era às escondidas, sem ninguém saber, mas quando eram
descobertos pela PIDE que era a policia internacional e de defesa do estado, eram presos e torturados até
dizerem a verdade. Só havia um partido antes do 25 de Abril que era o Partido União Nacional, havia outros,
mas eram clandestinos.
O Povo e a Tropa, que era obrigada a lutar em África, estavam fartos da ditadura e do Salazar, então
resolveram fazer uma revolução que organizaram através de reuniões secretas. O Capitão Salgueiro Maia
que estava em Santarém veio para Lisboa para invadir o Terreiro do Paço com o Otelo Saraiva de Carvalho
que já estava em Lisboa. O primeiro sinal para avançarem para a revolução era a música “Depois do Adeus”
do Paulo de Carvalho, o segundo foi a música “Grândola Vila Morena” do Zeca Afonso. Vieram muitos
militares, encontraram resistência, mas conseguiram subir e foram para o Largo do Carmo, aí estava
refugiado o Marcelo Caetano que foi preso. Venceu a democracia.
O símbolo do 25 de Abril foram os cravos porque havia floristas que estavam a vender flores e começaram a
dar cravos aos militares e eles colocaram os cravos nas espingardas. Beatriz Silva
20. Antes do dia 25 de abril de 1974 não havia liberdade, isto é, as pessoas não podiam
criticar o Estado novo. Também havia a censura, que era a polícia do regime (PIDE)
que via as coisas públicas antes de se publicar e depois diziam se essas coisas se
podiam publicar, o que não se podia publicar riscava-se com um lápis azul. As
pessoas mais pobres não tinham direito a ir para o ensino superior e até mesmo
para o liceu. O salazarismo não apreciava a cultura, ou seja, ir à escola não era
obrigatório por isso havia muitos analfabetos. O serviço militar era obrigatório por
isso muitos jovens foram forçados a ir á guerra e isso foi uma das mais
importantes razões para fazerem a revolução, assim como o estabelecimento da
democracia em que nós vivemos.
Vasco Silva
Liberdade
21. “ O 25 de Abril”
Hoje é um dia muito importante para os portugueses porque no dia 25 de Abril de 1974 foi
declarada a liberdade e a democracia e terminou a ditadura.
A minha avó contou-me que, nesse dia, os militares saíram à rua com tanques e espingardas para
terminar com a ditadura. Houve muita confusão na baixa da cidade de Lisboa, mas quando
conseguiram o que queriam, todo o povo saiu à rua para festejar e gritar:
- “Viva a Liberdade”
Disse-me também que havia um regime Fascista porque as pessoas não tinham liberdade para
escrever o que queriam, não podiam fazer manifestações, não conseguiam fazer tudo o que
queriam. Havia pessoas que passavam fome e não tinham os mesmos direitos que os outros que
apoiavam o partido do Salazar.
Contudo, este ano não podemos fazer essa comemoração como tanto desejávamos, na rua e em
liberdade. Mas fomos cantar à janela a música de Zeca Afonso “Grândola Vila Morena”. Na minha
praceta este momento foi muito alegre e divertido porque algumas pessoas tinham música nas
suas casas para acompanhar. Eu e o meu pai pegámos nos cravos e cantámos também.
Este dia não correu como esperávamos porque nem com a família conseguimos estar por causa
da pandemia do Covid-19 (Corona Vírus). Vamos desejar que no próximo ano tudo seja diferente.
Carolina Teixeira
23. O meu bisavô
Na minha casa tenho emoldurado o discurso que o meu bisavô fez quando tomou posse como governador
civil do distrito de Viana do Castelo https://arquivos.rtp.pt/conteudos/tomada-de-posse-do-governador-
civil-de-viana-do-castelo/.
O meu bisavô era militar e participou no 25 de abril de 1974.
Eu li o discurso dele, mas não percebi tudo. Uma das partes que eu percebi foi o seu desejo de eleições
livres e no seu discurso eu li: “Tal circunstância reforça-me na esperança de que, todos juntos, consigamos
fazer obra válida neste período transitório da vida do país que culminará nas eleições previstas e das quais
há de naturalmente resultar a necessária normalização da nossa vida política.”
Resolvi fazer este trabalho porque faz parte da minha família e é um aspeto pouco conhecido.
Shaolin Ogier
24. O Tesouro da família
Era uma vez uma menina, que se chamava Ana, que tinha uma gata a Pipoca, e tinha uma irmã, a Maria, um pai e uma mãe.
A menina vivia numa casa, numa ilha que se chamava “Sonhos”. A ilha só tinha duas estações do ano, a primavera e o verão.
O avô da Ana, uma vez tinha-lhe contado uma história, que há muito tempo atrás, a mãe dele, que era uma bruxa boa, que se
chamava Alice, escondeu um tesouro na ilha dos Sonhos, mas ele nunca conseguiu encontrar, então ele entregou o mapa do tesouro à Ana.
A Ana, achou que não conseguia procurar o tesouro sozinha, então pediu ajuda à Maria e à Pipoca, porque ela tinha unhas muito
afiadas.
Foram as três à procura do tesouro, chegaram a uma gruta e a Maria disse:
- Olha está ali um aviso!
E a Ana disse:
- Pois é! De Perigo! O que achas Maria entramos ou não?
A Maria com muito medo disse que sim, a Pipoca só miava.
Acenderam as lanternas e viram pegadas muito grandes, de um gigante, e a Maria disse:
- São pegadas de um gigante!
E a Ana disse:
- Pois a gruta é muito alta, só pode viver aqui um gigante!
A Ana abriu o mapa e viu que para encontrar o tesouro tinham de andar até ao meio da gruta, ouviram um barulho de ressonar,
aproximaram-se, a gata miou e o ressonar parou, ouviu-se uma voz assustadora:
- QUEM ESTÁ AÍ?
25. As duas irmãs ficaram cheias de medo, e disseram:
- Somos da família da bruxa Alice!
E o gigante disse:
- Eu conheci-a era a melhor amiga do meu avô, mas não vos posso deixar passar sem dizerem a palavra mágica!
A Ana e a Maria, puseram-se a pensar, e o gigante a dar festinhas na gata, quase a sufocá-la pois tinha umas mãos muito
grandes.
As irmãs, pensaram muito e disseram:
- Se faz favor?
E o gigante disse:
- Não! Não é essa a palavra.
Elas pensaram de novo, e como o gigante gostava muito de gatos, pensaram na Pipoca e disseram:
- Miau?
O gigante muito surpreendido disse:
- Sim! Mas como é que vocês adivinharam?
E as irmãs disseram:
- Como você gosta muito de gatos pensamos e imitamos um gato.
O gigante deixou-as passar. E lá foram elas até ao meio da gruta. Quando chegaram encontraram uma bola, e como a Ana
gostava muito de jogar à bola, chutou a bola para a frente, quando olharam viram que a bola estava a tapar o X do tesouro, e elas
escavaram com umas pás que tinham dentro da mala, escavaram, escavaram e encontraram uma arca, tiraram a arca para cima e
abriram, não encontraram moedas nem ouro, apenas recordações da família. Elas voltaram para casa, pois os pais já estavam muito
preocupados, e mostraram o tesouro que encontraram. Quando os pais viram o disseram:
- Esse tesouro é dos mais preciosos que vocês podiam ter encontrado!
Nessa noite recordaram toda a família, e fizeram uma festa.
Beatriz
26. 25 de abril
Antes do 25 de abril de 1974 a maioria da população portuguesa era pobre e não tinha
liberdade de expressão. Viviam numa ditadura. Havia também uma guerra em África e muitos
cidadãos eram enviados para lá para combater.
Alguns militares organizaram-se para combater esta ditadura e devolver a liberdade aos
portugueses. Foi tudo feito em segredo durante sete meses. No dia 25 de abril, a música que
desencadeou este golpe de estado foi "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso. Os militares
conseguiram fazer uma revolução, sem recorrer à violência. Não houve feridos, nem sangue.
Ficou conhecida como a Revolução dos Cravos. A população saiu à rua e ofereceu Cravos aos
militares que eles colocaram nos canos das espingardas.
O governo caiu e foi devolvida a liberdade aos portugueses.
Frederico