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INSTITUTO DE HUMANIDADES E LETRAS – IHL
LICENCIATURA PLENA EM SOCIOLOGIA
RESENHA
GUSTAVO LEMOS
ACARÁPE
NOVEMBRO / 2017
Introdução
CASTRO, Ana Celia; LICHA, Antonio; PINTO, Helder Queiroz; SABOIA, João (org.).
Brasil em desenvolvimento, v.2: instituições, politicas e sociedade. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2005, pp. 17-38.
Resenha Crítica
O se inicia a partir da ideia do desenvolvimento nacional, e este segundo
volume, especificamente, o autor Alain ficou com a parte da construção de uma
breve introdução onde a condicionou em quatro partes para auxiliar no entendimento
deste livro. Ele relatou que a Sociologia pouco contribuiu para o estudo do
desenvolvimento. Os sociólogos acham os economistas mais aptos para tratar deste
assunto do desenvolvimento. Sem nenhuma objeção os sociólogos defendem a
ideia de que economistas devem trabalhar junto com eles para desenvolver projetos
de estudos, e isso já acontece em muitos centros de pesquisas. Mas a contribuição
principal da Sociologia viria do estudo dos atores sociais que se envolvem neste
desenvolvimento. O autor fala que para combater o “não se pode fazer nada” só o
“sempre se pode fazer alguma coisa” da Sociologia ajuda ela a existir. Isso fica mais
claro quando Touraine fala de espaços políticos e certas forças ou atores políticos, e
quem sem estes não se poderia definir o objeto da Sociologia. Logo o diálogo entre
as análises econômicas e sociológicas se encontram seria no conhecimento, na
dependência do continente, nos limites das ações e nas compreensões das políticas
se relacionando com a identificação dos atores ausentes com suas dificuldades para
sua formação. O texto revela existiram momento na história do desenvolvimento da
Europa e na formação dos EUA deram prioridade a fatores não-sociais que
favoreciam as suas elites, deixando de lado e desvalorizando principalmente a
classe proletária, onde nasceu a crítica dos “enjeitados”. Ao nos referirmos a estes
atores da vida pública ditos pelo autor e referenciados pelos sociólogos, conota-se
sua existência ou não a partir da capacidade que certos indivíduos têm de
transformar relações e representar as forças sociais existentes nas diversas
sociedades. Daí o autor cita três condições de existência destes atores: a primeira
condição vem da ideia de ter uma ação política e social organizada no topo de cada
instituição, para que a população se sinta pertencente a um conjunto nacional, e por
mais inacreditável que seja ainda existem países que sua população se sente
rejeitada por sua nação; a segunda condição, um tanto clássica, é da afirmação de
que não pode existir um sistema político e social solido quando se tiver um
integrante da elite no poder, só pela suposição que a classe da elite raramente
pensar em si mesmo quando estão no poder; já a terceira condição, indo em
contradição a condição anterior, pois se existia uma facilidade de formação de forças
sociais de oposição, movimentos contra injustiças sociais, diferente de
representantes da elite concentrar o poder ou privatizar os direitos da população.
Olhando para representatividade dos atores, ela só irá existir, democraticamente, se
os eleitos ou dirigentes políticos, em geral sejam representativos assim como os
interesses, crenças ou orientações dos seus eleitores sejam representáveis. Aqui se
aplica ao representante uma dupla tarefa, a de se representar e representar seus
eleitores. Uma das crises da representatividade seria a relação territorial com sua
tendência partidárias, ocasionando na reunião de eleitores de diferentes regiões,
atividades e rendas diferentes. E o autor cita como exemplo o Brasil que tem uma
multiplicidade de partidos, e da facilidade que os eleitos têm de mudar de um partido
para o outro, sem falar do recurso de se aliar a apoios surpreendentes. Touraine fala
até de uma possível separação entre diversos níveis ou formas de ação da
democracia. Ao mesmo tempo em que a democracia vai crescendo e se
desenvolvendo, a custa de conflitos ou não, os intelectuais vão perdendo sua
influência, o deixando só com o papel de realizador de denuncias e de dar
vocabulário aos protestantes em suas reuniões, e muitos acabaram se perdendo, ou
“se achando”, ao receberem convites para trabalhar em diversos governos, a fim de,
auxiliando a impulsionar a autonomia de cada país junto à globalização da economia
e os riscos encontrados. Estes intelectuais, atualmente, são vistos também em
organizações não governamentais, podendo ingressar posteriormente na carreira
política. Olhando especificamente para a democracia política nacional, os atores
sociais brasileiros têm uma sólida consciência nacional e cívica. Os atores
econômicos e sociais dominantes desta nação são relativamente bem definidos, ao
contrário dos inúmeros exemplos dado no texto, por aqui no Brasil existir o estado de
São Paulo com seu mercado sendo o seu centro decisório econômico, nos tornando
menos dependentes economicamente do mercado internacional, diferentemente da
situação de Chile e Argentina. Mas assim como outros países o Brasil ainda se vê
mercê do Fundo Monetário Internacional. Nosso país quer combinar a ideia de ser
uma democracia política com a de fortalecer o Estado, juntando a transformação
social de transformar a redução da miséria e a desigualdade social. Há 23 anos o
Brasil não cresce economicamente, as possíveis vantagens do plano real se
perderam junto com a desvalorização da moeda, e após a derrota de FHC
depositamos nossas esperanças em Lula. Lula, firmemente continuou com sua
prioridade que era à construção democrática do Brasil, que foi mantida sem
nenhuma crise grave, mas seu sucessor que sofreu a parte econômica do país, pois
o seu foco além de ser diferente, ele não disponibilizava dos mesmos apoios que o
antigo presidente tinha. Por fim, voltando à introdução desta temática, o autor
agradece e estima que seus comentários possam ter ajudado de alguma forma na
implicação do Brasil a mudar alguns pontos de vista e formar novas análises. E falou
acentuou mais, dizendo que assim como outros países tiveram dificuldade pelo fato
de a globalização aparentemente tirar toda a capacidade de ação tanto nos países
de industrialização antiga quanto dos de desenvolvimento econômico, no Brasil não
poderia ser diferente. E para os especialistas em ciência social ele indicou que ao
mesmo modo que o Brasil fosse entrando neste sistema de desenvolvimento eles
também fossem mudando sua mentalidade e modelos de análise. Estimou também a
existência de mais pessoas que afirmem a necessidade de uma análise sociológica
com o seu objeto principal sendo o conhecimento dos atore sociais e políticos,
usando sua capacidade de ação e de organização tanto de conflitos, de mediações
e de acordos.
Conclusões:
Alain Touraine passa quase toda parte da introdução se referindo a países
emergentes, deixando pra falar do Brasil no dela. Mas sua introdução serviu de
sinteticamente pra iniciar o diálogo pretendido no livro, apesar de perceber que ele
não acrescentou nada de novo e nem extraordinário ao debate sobre as relações
entre atores sociais. O mesmo reconhece que foi de forma extremamente modesta a
contribuição da sociologia para o estudo do desenvolvimento. Apesar de este
segundo volume debater acerca do desenvolvimento, destacando o papel do
Estado, das instituições e da sociedade na elaboração de possíveis políticas
transformadoras que procuram garantir o caminho ao desenvolvimento, e indicando
o sociólogo a andar lado a lado com este, Touraine se preocupou em transcrever
uma abordagem complementar, e até mesmo interdisciplinar, de toda a ciência
social para tratar das principais questões relacionadas ao desenvolvimento
econômico. O autor seguiu em uma linha de pensamentos nas emblemáticas latino-
americanas, lembrando de que seria indispensável dar grande prioridade ao estudo
da governabilidade, da 'governança', da formação dos atores e de sua capacidade
ou incapacidade de agir, mas contraditoriamente foi o que ele mais abordou. N o
resto o que nos permite seria uma separação de toda esta analise da América
Latina, Europa e EUA, pois existiu diversas consequência que eram substituídas de
acordo com cada realidade. Contudo, indico esta introdução como uma pré-leitura
para já começar a trilhar o caminha da real leitura do livro do Brasil em
desenvolvimento.
Gustavo Lemos, acadêmico do Curso de Licenciatura Plena em Sociologia pela
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.

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Livro brasil em desenvolvimento

  • 1. INSTITUTO DE HUMANIDADES E LETRAS – IHL LICENCIATURA PLENA EM SOCIOLOGIA RESENHA GUSTAVO LEMOS ACARÁPE NOVEMBRO / 2017
  • 2. Introdução CASTRO, Ana Celia; LICHA, Antonio; PINTO, Helder Queiroz; SABOIA, João (org.). Brasil em desenvolvimento, v.2: instituições, politicas e sociedade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005, pp. 17-38. Resenha Crítica O se inicia a partir da ideia do desenvolvimento nacional, e este segundo volume, especificamente, o autor Alain ficou com a parte da construção de uma breve introdução onde a condicionou em quatro partes para auxiliar no entendimento deste livro. Ele relatou que a Sociologia pouco contribuiu para o estudo do desenvolvimento. Os sociólogos acham os economistas mais aptos para tratar deste assunto do desenvolvimento. Sem nenhuma objeção os sociólogos defendem a ideia de que economistas devem trabalhar junto com eles para desenvolver projetos de estudos, e isso já acontece em muitos centros de pesquisas. Mas a contribuição principal da Sociologia viria do estudo dos atores sociais que se envolvem neste desenvolvimento. O autor fala que para combater o “não se pode fazer nada” só o “sempre se pode fazer alguma coisa” da Sociologia ajuda ela a existir. Isso fica mais claro quando Touraine fala de espaços políticos e certas forças ou atores políticos, e quem sem estes não se poderia definir o objeto da Sociologia. Logo o diálogo entre as análises econômicas e sociológicas se encontram seria no conhecimento, na dependência do continente, nos limites das ações e nas compreensões das políticas se relacionando com a identificação dos atores ausentes com suas dificuldades para sua formação. O texto revela existiram momento na história do desenvolvimento da Europa e na formação dos EUA deram prioridade a fatores não-sociais que favoreciam as suas elites, deixando de lado e desvalorizando principalmente a classe proletária, onde nasceu a crítica dos “enjeitados”. Ao nos referirmos a estes atores da vida pública ditos pelo autor e referenciados pelos sociólogos, conota-se sua existência ou não a partir da capacidade que certos indivíduos têm de transformar relações e representar as forças sociais existentes nas diversas
  • 3. sociedades. Daí o autor cita três condições de existência destes atores: a primeira condição vem da ideia de ter uma ação política e social organizada no topo de cada instituição, para que a população se sinta pertencente a um conjunto nacional, e por mais inacreditável que seja ainda existem países que sua população se sente rejeitada por sua nação; a segunda condição, um tanto clássica, é da afirmação de que não pode existir um sistema político e social solido quando se tiver um integrante da elite no poder, só pela suposição que a classe da elite raramente pensar em si mesmo quando estão no poder; já a terceira condição, indo em contradição a condição anterior, pois se existia uma facilidade de formação de forças sociais de oposição, movimentos contra injustiças sociais, diferente de representantes da elite concentrar o poder ou privatizar os direitos da população. Olhando para representatividade dos atores, ela só irá existir, democraticamente, se os eleitos ou dirigentes políticos, em geral sejam representativos assim como os interesses, crenças ou orientações dos seus eleitores sejam representáveis. Aqui se aplica ao representante uma dupla tarefa, a de se representar e representar seus eleitores. Uma das crises da representatividade seria a relação territorial com sua tendência partidárias, ocasionando na reunião de eleitores de diferentes regiões, atividades e rendas diferentes. E o autor cita como exemplo o Brasil que tem uma multiplicidade de partidos, e da facilidade que os eleitos têm de mudar de um partido para o outro, sem falar do recurso de se aliar a apoios surpreendentes. Touraine fala até de uma possível separação entre diversos níveis ou formas de ação da democracia. Ao mesmo tempo em que a democracia vai crescendo e se desenvolvendo, a custa de conflitos ou não, os intelectuais vão perdendo sua influência, o deixando só com o papel de realizador de denuncias e de dar vocabulário aos protestantes em suas reuniões, e muitos acabaram se perdendo, ou “se achando”, ao receberem convites para trabalhar em diversos governos, a fim de, auxiliando a impulsionar a autonomia de cada país junto à globalização da economia e os riscos encontrados. Estes intelectuais, atualmente, são vistos também em organizações não governamentais, podendo ingressar posteriormente na carreira política. Olhando especificamente para a democracia política nacional, os atores sociais brasileiros têm uma sólida consciência nacional e cívica. Os atores econômicos e sociais dominantes desta nação são relativamente bem definidos, ao contrário dos inúmeros exemplos dado no texto, por aqui no Brasil existir o estado de São Paulo com seu mercado sendo o seu centro decisório econômico, nos tornando
  • 4. menos dependentes economicamente do mercado internacional, diferentemente da situação de Chile e Argentina. Mas assim como outros países o Brasil ainda se vê mercê do Fundo Monetário Internacional. Nosso país quer combinar a ideia de ser uma democracia política com a de fortalecer o Estado, juntando a transformação social de transformar a redução da miséria e a desigualdade social. Há 23 anos o Brasil não cresce economicamente, as possíveis vantagens do plano real se perderam junto com a desvalorização da moeda, e após a derrota de FHC depositamos nossas esperanças em Lula. Lula, firmemente continuou com sua prioridade que era à construção democrática do Brasil, que foi mantida sem nenhuma crise grave, mas seu sucessor que sofreu a parte econômica do país, pois o seu foco além de ser diferente, ele não disponibilizava dos mesmos apoios que o antigo presidente tinha. Por fim, voltando à introdução desta temática, o autor agradece e estima que seus comentários possam ter ajudado de alguma forma na implicação do Brasil a mudar alguns pontos de vista e formar novas análises. E falou acentuou mais, dizendo que assim como outros países tiveram dificuldade pelo fato de a globalização aparentemente tirar toda a capacidade de ação tanto nos países de industrialização antiga quanto dos de desenvolvimento econômico, no Brasil não poderia ser diferente. E para os especialistas em ciência social ele indicou que ao mesmo modo que o Brasil fosse entrando neste sistema de desenvolvimento eles também fossem mudando sua mentalidade e modelos de análise. Estimou também a existência de mais pessoas que afirmem a necessidade de uma análise sociológica com o seu objeto principal sendo o conhecimento dos atore sociais e políticos, usando sua capacidade de ação e de organização tanto de conflitos, de mediações e de acordos. Conclusões: Alain Touraine passa quase toda parte da introdução se referindo a países emergentes, deixando pra falar do Brasil no dela. Mas sua introdução serviu de sinteticamente pra iniciar o diálogo pretendido no livro, apesar de perceber que ele não acrescentou nada de novo e nem extraordinário ao debate sobre as relações entre atores sociais. O mesmo reconhece que foi de forma extremamente modesta a
  • 5. contribuição da sociologia para o estudo do desenvolvimento. Apesar de este segundo volume debater acerca do desenvolvimento, destacando o papel do Estado, das instituições e da sociedade na elaboração de possíveis políticas transformadoras que procuram garantir o caminho ao desenvolvimento, e indicando o sociólogo a andar lado a lado com este, Touraine se preocupou em transcrever uma abordagem complementar, e até mesmo interdisciplinar, de toda a ciência social para tratar das principais questões relacionadas ao desenvolvimento econômico. O autor seguiu em uma linha de pensamentos nas emblemáticas latino- americanas, lembrando de que seria indispensável dar grande prioridade ao estudo da governabilidade, da 'governança', da formação dos atores e de sua capacidade ou incapacidade de agir, mas contraditoriamente foi o que ele mais abordou. N o resto o que nos permite seria uma separação de toda esta analise da América Latina, Europa e EUA, pois existiu diversas consequência que eram substituídas de acordo com cada realidade. Contudo, indico esta introdução como uma pré-leitura para já começar a trilhar o caminha da real leitura do livro do Brasil em desenvolvimento. Gustavo Lemos, acadêmico do Curso de Licenciatura Plena em Sociologia pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.