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A IGREJA E O MOVIMENTO ARTÍSTICO
Existem várias formas de se pensar quando o assunto é à arte, o artista e o
convívio religioso, embora que ambos se complementem, assim como, as
sociedades mais diversas e em cada aspecto social que seja tem um
envolvimento com a arte e afins nesse sentido, fica notório na parte de muitos
cristãos, por exemplo, um tipo de preconceito ritualístico revestido de
“doutrinas”, que na verdade não o são, em que pelo cuidado que se tem de não
haver uma mistura entre o que é sagrado e profano e como essas coisas se
relacionam quando o assunto, principalmente é igreja local. Não que haja uma
forma ideal de que essas duas naturezas se complementem de forma
equilibrada e que pelo relacionamento firme metafísico de ambos possam
cooperar mais para o avanço do que para a desordem e vergonha. Eu, então,
não como dono de uma verdade, trabalharei certas questões nesse âmbito e me
basearei tanto na realidade atual, quanto, na necessidade de uma idealização do
que pode ser útil nas discussões e modificações de procedimentos velhos, aos
quais chamamos de atuais.
GUILHERME ANDRADE, MAIO DE 2021
A POLARIZAÇÃO ANTAGÔNICA DA FÉ E A CULTURA DA arte NO CENÁRIO
ATUAL
Quando trato de “polarização antagônica” a ideia é trazer a tona a discussão de que
nós estamos lidando com espiritualidade e obras artísticas não seriamente, é
quase que aberrantes algumas situações reais que aparecem num cenário que
ainda precisa de uma evolução, no qual não sendo evoluídos, continuarão a
haver várias discussões arbitrárias e desregradas e a fé a cada passo vai sendo
deteriorada nessas esferas, não porque ela depende de coisas matérias para se
solidificar (GLÓRIA A DEUS POR ISSO), mas que não devemos negar que a má
compreensão e atitudes de acordo com que introduzo, ATRAPALHA E MUITO
um desenvolvimento mais eficaz em nossa sociedade. O que pontuarei deve ir
mais além das necessidades das quatro paredes de nosso templo e também das
esquinas onde são realizados cultos evangelísticos, há também uma sede
cultural em nosso país de boa arte e bons artistas e a igreja deveria suprir com o
evangelho de Jesus Cristo, porém devemos também entender em como isso
deve ser feito, quais os limites e como trabalharmos com ele.
1. “Você é cristão, não um artista!”
Quantos de nós não já ouvimos várias vezes essa expressão ou algumas frases
proferidas igualitárias? Ah! Muito tempo que esse tipo de pensamento vem
tomando um campo quase que totalitário no meio cristão... Porém, devemos
admitir que alguns artistas que não tem nada de cristão ajudaram e muito para
que isso acontecesse em nosso meio, no entanto, será mesmo que a situação
existe por causa da terminologia: Artista? Será mesmo que é por causa disto?
Quebrando um pouco um preconceito preexistente aqui, se faz necessário
reafirmamos o que a palavra significa: Artista é todo aquele que produz algum
tipo de arte seja ele vocal, instrumental ou visual. Grosso modo é isso, a arte
sempre se manifesta como uma habilidade considerável de encher os olhos seja
usando a boca, as mãos e o corpo, se utilizando de diversos meios de expressões
salutares. Se compararmos de maneira mais aprofundada o sentido de artistas
deveremos entender melhor como é tola a expressão “você é cristão, não um
artista”.
Os artistas cristãos são muitas vezes interpretamos muito mal principalmente
no cenário religioso, não sei se será pelo caso de uma hermenêutica sobre a
queda de Lúcifer que pra muitos foi um grande maestro nos céus antes da sua
queda, que quando passeava as rochas e matérias da natureza exprimiam
louvores e sons ao Criador e por essa e outras coisas no quesito à sua arrogância
quanto a isto, ele foi expulso do céu junto com uma terça parte dos anjos
rebelados, permita-me lamentar sobre a própria hermenêutica e a forma com
que foi aplicada a reação do povo local cristão quanto os artistas. O fato é que as
próprias escrituras não focam na angeologia nem muito menos temos
referências firmadas para assegurarmos essas interpretações à cima.
O ARTISTA COMO UM PROFISSIONAL. Um artista é nada mais e nada
menos que um profissional podendo ser também um amador que está em
processo de profissionalização para servir o ser cenário nacional ou
transcultural com sua arte servindo a sociedade de certas riquezas. Incrível que
na igreja local não se vêem mais em muitas delas uma visão adequada, nesta
questão dos artistas cristãos, tratando-o como se não fosse algo que se deve
levar a sério e tão sério que também podem até mesmo produzir frutos
evangelísticos dentro deste pacote, não só local como na riqueza cultural da
sociedade. Isso é tal sério, quanto os nossos exercícios considerados mais
espirituais, jejum, leitura da palavra e ofertas... Na igreja, principalmente, atual
temos diversos níveis de profissionais, dentre eles: médicos, advogados,
engenheiros, políticos, pedreiros e afins, isso tudo mostra a grandeza do
evangelho e como Deus foi fiel para com sua palavra acrescentando à igreja,
pessoas não simplesmente das partes mais periféricas da sociedade, como
também um grande números de salvos das partes mais estruturadas
economicamente, e não se vêem, no tratamento com o médico ou o pedreiro
quando este aceita a Cristo uma imposição para que ele deixe sua profissão (a
não ser em casos específicos como um chamado ao ministério integral na igreja
local), o que há com esses tipos de profissionais é um acolhimento, tanto, deles,
quanto, das suas profissões e reafirmações da necessidade de serem “luz em
meio às trevas lá”. Não é assim que acontecem com os artistas cristãos,
principalmente quando vem de um mundo onde a arte é tratada como um
monopólio não simplesmente econômico, mas sexuais e ritualísticos imorais.
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  • 1. A IGREJA E O MOVIMENTO ARTÍSTICO Existem várias formas de se pensar quando o assunto é à arte, o artista e o convívio religioso, embora que ambos se complementem, assim como, as sociedades mais diversas e em cada aspecto social que seja tem um envolvimento com a arte e afins nesse sentido, fica notório na parte de muitos cristãos, por exemplo, um tipo de preconceito ritualístico revestido de “doutrinas”, que na verdade não o são, em que pelo cuidado que se tem de não haver uma mistura entre o que é sagrado e profano e como essas coisas se relacionam quando o assunto, principalmente é igreja local. Não que haja uma forma ideal de que essas duas naturezas se complementem de forma equilibrada e que pelo relacionamento firme metafísico de ambos possam cooperar mais para o avanço do que para a desordem e vergonha. Eu, então, não como dono de uma verdade, trabalharei certas questões nesse âmbito e me basearei tanto na realidade atual, quanto, na necessidade de uma idealização do que pode ser útil nas discussões e modificações de procedimentos velhos, aos quais chamamos de atuais. GUILHERME ANDRADE, MAIO DE 2021
  • 2. A POLARIZAÇÃO ANTAGÔNICA DA FÉ E A CULTURA DA arte NO CENÁRIO ATUAL Quando trato de “polarização antagônica” a ideia é trazer a tona a discussão de que nós estamos lidando com espiritualidade e obras artísticas não seriamente, é quase que aberrantes algumas situações reais que aparecem num cenário que ainda precisa de uma evolução, no qual não sendo evoluídos, continuarão a haver várias discussões arbitrárias e desregradas e a fé a cada passo vai sendo deteriorada nessas esferas, não porque ela depende de coisas matérias para se solidificar (GLÓRIA A DEUS POR ISSO), mas que não devemos negar que a má compreensão e atitudes de acordo com que introduzo, ATRAPALHA E MUITO um desenvolvimento mais eficaz em nossa sociedade. O que pontuarei deve ir mais além das necessidades das quatro paredes de nosso templo e também das esquinas onde são realizados cultos evangelísticos, há também uma sede cultural em nosso país de boa arte e bons artistas e a igreja deveria suprir com o evangelho de Jesus Cristo, porém devemos também entender em como isso deve ser feito, quais os limites e como trabalharmos com ele. 1. “Você é cristão, não um artista!” Quantos de nós não já ouvimos várias vezes essa expressão ou algumas frases proferidas igualitárias? Ah! Muito tempo que esse tipo de pensamento vem tomando um campo quase que totalitário no meio cristão... Porém, devemos admitir que alguns artistas que não tem nada de cristão ajudaram e muito para que isso acontecesse em nosso meio, no entanto, será mesmo que a situação existe por causa da terminologia: Artista? Será mesmo que é por causa disto? Quebrando um pouco um preconceito preexistente aqui, se faz necessário reafirmamos o que a palavra significa: Artista é todo aquele que produz algum tipo de arte seja ele vocal, instrumental ou visual. Grosso modo é isso, a arte sempre se manifesta como uma habilidade considerável de encher os olhos seja usando a boca, as mãos e o corpo, se utilizando de diversos meios de expressões salutares. Se compararmos de maneira mais aprofundada o sentido de artistas deveremos entender melhor como é tola a expressão “você é cristão, não um artista”.
  • 3. Os artistas cristãos são muitas vezes interpretamos muito mal principalmente no cenário religioso, não sei se será pelo caso de uma hermenêutica sobre a queda de Lúcifer que pra muitos foi um grande maestro nos céus antes da sua queda, que quando passeava as rochas e matérias da natureza exprimiam louvores e sons ao Criador e por essa e outras coisas no quesito à sua arrogância quanto a isto, ele foi expulso do céu junto com uma terça parte dos anjos rebelados, permita-me lamentar sobre a própria hermenêutica e a forma com que foi aplicada a reação do povo local cristão quanto os artistas. O fato é que as próprias escrituras não focam na angeologia nem muito menos temos referências firmadas para assegurarmos essas interpretações à cima. O ARTISTA COMO UM PROFISSIONAL. Um artista é nada mais e nada menos que um profissional podendo ser também um amador que está em processo de profissionalização para servir o ser cenário nacional ou transcultural com sua arte servindo a sociedade de certas riquezas. Incrível que na igreja local não se vêem mais em muitas delas uma visão adequada, nesta questão dos artistas cristãos, tratando-o como se não fosse algo que se deve levar a sério e tão sério que também podem até mesmo produzir frutos evangelísticos dentro deste pacote, não só local como na riqueza cultural da sociedade. Isso é tal sério, quanto os nossos exercícios considerados mais espirituais, jejum, leitura da palavra e ofertas... Na igreja, principalmente, atual temos diversos níveis de profissionais, dentre eles: médicos, advogados, engenheiros, políticos, pedreiros e afins, isso tudo mostra a grandeza do evangelho e como Deus foi fiel para com sua palavra acrescentando à igreja, pessoas não simplesmente das partes mais periféricas da sociedade, como também um grande números de salvos das partes mais estruturadas economicamente, e não se vêem, no tratamento com o médico ou o pedreiro quando este aceita a Cristo uma imposição para que ele deixe sua profissão (a não ser em casos específicos como um chamado ao ministério integral na igreja local), o que há com esses tipos de profissionais é um acolhimento, tanto, deles, quanto, das suas profissões e reafirmações da necessidade de serem “luz em meio às trevas lá”. Não é assim que acontecem com os artistas cristãos, principalmente quando vem de um mundo onde a arte é tratada como um monopólio não simplesmente econômico, mas sexuais e ritualísticos imorais.