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MILAGRES EUCARÍSTICO
MILAGRES EUCARÍSTICOS
Em todo o mundo, diversas instituições
religiosas reproduziram esta mostra que foi
iniciada por Carlo Acutis antes de morrer.
Os Milagres Eucarísticos são aqueles que estão
relacionados com a Eucaristia e com a sagrada
hóstia e que foram reconhecidos pela Igreja. Um
exemplo a ser citado é a vida milagrosa de
Marthe Robin, uma mulher que viveu no interior
da França e, durante cinquenta e três anos,
alimentou-se exclusivamente de Eucaristia. Ela
faleceu em 1981 e dedicou sua vida ao amor a
Jesus.
Para Dom Alessandro, esses milagres ajudam a
revigorar a devoção e o respeito pela Eucaristia.
“A partir da hóstia consagrada, aconteceram
fatos interessantes no mundo inteiro”, afirma.
Dom Alessandro ressalta ainda que o
conhecimento destes eventos extraordinários
reconhecidos pela Igreja vivifica a fé dos devotos
no sacrifício do Corpo e Sangue do Senhor
Jesus Cristo. Além disso, Dom Alessandro
reitera que os Milagres Eucarísticos são uma
ação de Deus que prova, por meio da eucaristia,
a sua presença real.
"Os Milagres Eucarísticos pretendem confirmar
esta fé, que se baseia nas Palavras de Jesus,
segundo as quais o que parece pão já não é pão,
e o que parece vinho já não é vinho.
Efetivamente, nos Milagres Eucarísticos figuram
a Carne e o Sangue, ou um ou outro, conforme o
caso. O propósito dos Milagres é provar que não
devemos olhar para a aparência exterior (pão e
vinho), mas para a substância, a verdadeira
realidade da coisa, que é carne e sangue";
Carlo viveu uma vida de amor e devoção a Cristo
e à Eucaristia e utilizou a internet e as
tecnologias para evangelizar e interceder pela
vida daqueles que não conhecem a Jesus.
Faleceu de leucemia em 2006 e foi beatificado em
2020. Em vida, Acutis idealizou uma exposição
sobre os Milagres Eucarísticos ao redor do
mundo. Embora tenha falecido antes de finalizar
a mostra, sua ideia teve continuidade através de
outros fiéis que seguiram o planejamento feito
por Carlo.
LINKS:
https://noticias.cancaonova.com/igreja/santuario-
de-caravaggio-tem-exposicao-idealizada-pelo-
beato-carlo-acutis/
https://caravaggio.org.br/pagina/carlo-acutis
Mostra internacional
Idealizada e realizada por Carlo Acutis
SERVO DE DEUS CARLO ACUTIS
(*Londres, 3 de maio de 1991 + Milão 2 de outubro de 2006)
OS MILAGRES EUCARÍSTICOS
NO MUNDO
se locomover continuamente para vê-lo e hoje
temos muito mais sorte porque podemos
encontrá-lo em qualquer igreja perto de casa.
Dizia, “Temos Jerusalém em nossa casa”.
Como um bom catequista que era, fez seu
melhor para encontrar formas cada vez mais
atuais para ajudar os outros a reforçar sua
própria fé. Por isso, deixou como herança suas
mostras, entre as quais aquela dos Milagres Eu-
carísticos. Foi em 2002, visitando as exposições
do Encontro de Rimini, que Carlo decidiu criar
uma mostra sobre os Milagres Eucarísticos re-
conhecidos pela Igreja. Um trabalho desafiador
em que envolveu também sua família por cerca
de dois anos e meio. Os efeitos espirituais que a
mostra está trazendo eram então imprevisíveis.
Hoje podemos afirmar que a mostra foi hospe-
dada em todos os 5 Continentes. Muitos pasto-
res também pediram para reunir o material em
um catálogo que tinha o prefácio autorizado
pelo Cardeal Angelo Comastri, Arcipreste da
Basílica Papal do Vaticano e Vigário Geral de
Sua Santidade para a Cidade do Vaticano, e do
S.E. Mons. Raffaello Martinelli, então Chefe
do Escritório de Catequese da Congregação
para a Doutrina da Fé. A partir daquele mo-
mento a mostra, se pudermos dizer assim visto
os resultados, “está fazendo milagres”. Apenas
nos Estados Unidos, graças à ajuda dos “Cava-
leiros de Colombo, da “The Cardinai Newman
Society e da The Real Presence Association and
Education, com o patrocínio do Cardeal
Edmond Burke, foi hospedada em milhares de
paróquias, em mais de 100 Universidades. Foi
também promovida por algumas Conferências
Episcopais, inclusive a da Filipina, Argentina,
do Vietnã, etc. Ela chegou até mesmo à China
e à Indonésia. Importantes Basílicas e San-
tuários hospedaram a mostra de Carlo, entre
eles o Santuário de Fátima, por ocasião do cen-
tenário de Francisco Marto.
Nas páginas www.carloacutis.com w
www.miracolieucaristic.org é possível visitar
virtualmente os lugares em que estes milagres
aconteceram e também é possível baixar direta-
mente os painéis. A Mostra é gratuita e é
possível solicitar sua entrada através do endereço
de e-mail a seguir: info@carloacutis.com
Ou escrevendo para:
Associazione Amici di Carlo Acutis
Via Ariosto 21 - 20145 Milão
Tel: 3396340122
1. (S.E. Card. Angelo Comastri, Prefácio para N. Gori,
Carlo Acutis. Um jovem para os jovens)
ara seguir em direção a esta Meta, e
não “morrer como cópia”, Carlo dizia
que nossa Bússola deve ser a Palavra
de Deus, com a qual devemos lidar constante-
mente. Mas, para uma Meta alta assim, são ne-
cessários Meios muito especiais: os Sacramen-
tos e a oração. Carlo colocava o Sacramento da
Eucaristia no centro de sua própria vida, o qual
chamava de “meu caminho para o Céu”.
Aceito para a Primeira Comunhão com apenas
7 anos, até hoje nunca faltou a um compromis-
so diário com a Santa Missa e Reza o Terço.
Procurava sempre fazer um pouco de Adoração
Eucarística, uma vez que estava convencido de
que “ao ficar diante de Jesus na Eucaristia as
pessoas podem se tornar santos”. Carlo
sempre se perguntava por que eram vistas filas
quilométricas de pessoas que ficam horas espe-
rando para ver um show de Rock ou um filme,
mas essas mesmas filas não eram vistas em
frente a Jesus na Eucaristia. Dizia que as pessoas
não tinham ideia do que estavam perdendo, se
as igrejas estivessem totalmente cheias, imagine
só o que poderia ser feito. No Santíssimo Sacra-
mento — repetia entusiasmado — Jesus está
presente da mesma forma como estava presente
há 2.000 anos, nos tempos dos Apóstolos, só
que naquele tempo as pessoas eram obrigadas a
«“Meu objetivo de vida é estar
sempre junto a Jesus”. Com estas
poucas palavras, Carlo Acutis, o
rapaz que morreu de leucemia aos
15 anos, descreve sua breve existên-
cia: Viver com Jesus, por Jesus e em
Jesus”»
1
. Para citar as palavras de Carlo:
“Nossa Meta deve ser o infinito,
não o finito. O infinito é nossa
Pátria. Sempre nos esperam no
Céu”. É sua a frase: “Todos nascem
como originais, mas muitos
morrem como cópias”.
P
Mostra internacional
O que é um Milagre Eucarístico?
MILAGRES EUCARÍSTICOS
NO MUNDO
secretamente sob as espécies da carne e do
sangue. Se na verdade a carne e o sangue que
aparecem fossem na verdade a carne e o sangue
de Jesus, deveríamos dizer que Jesus ressuscita-
do, que reina impassível à direita do Pai, perde
uma parte de sua carne e do seu sangue, aquilo
que não pode ser de forma alguma admitido.
Devemos dizer, portanto, que a carne e o sangue
que aparecem nos milagres estão no gênero das
espécies ou aparências ou acidentes, nada mais
nada menos do que a espécie do pão e do vinho.
O Senhor realiza estes milagres para dar um
sinal, fácil e visível a todos, de que na Eucaristia
existe o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue
do Senhor. Mas este verdadeiro corpo e este ver-
dadeiro sangue não são aqueles que aparecem,
mas sim aqueles contidos substancialmente sob
as espécies ou aparências que, antes do milagre,
eram pão e vinho e, após o milagre, são carne e
sangue. Sob as aparências da carne e do sangue
Jesus se mantém verdadeiramente e substancial-
mente como estava antes do milagre. Por isso
podemos adorar Gestos realmente presentes sob
as espécies da carne e do sangue.
Padre Roberto Coggi o.p
s Milagres Eucarísticos são milagres
de Deus que visam confirmar a fé na
presença real do corpo e do sangue do
Senhor na Eucaristia. Conhecemos a doutrina
católica com relação à presença real. Com as pa-
lavras da consagração: “Este é o meu corpo”,
“Este é o meu sangue”, o pequeno pedaço de
pão torna-se o corpo de Cristo, e o vinho torna-
se o seu sangue. Esta maravilhosa mudança é
chamada de Transubstanciação, a passagem da
substância. Do pão e do vinho restam apenas as
aparências ou espécies, que com um termo fi-
losófico são denominadas acidentes. Permane-
cem então as dimensões, a cor, o sabor, o cheiro
e também as capacidades nutritivas, mas não a
substância, a verdadeira realidade, que se tornou
o corpo e o sangue do Senhor. A transubstan-
ciação não pode ser de forma alguma presencia-
da pelos sentidos, apenas a fé nos garante esta
maravilhosa alteração.
Os Milagres Eucarísticos
querem confirmar esta fé, que se baseia nas pala-
vras de Jesus, a qual diz que aquilo que parece
ser pão, não é mais pão, e aquilo que parece
vinho, não é mais vinho. Nos Milagres Eu-
carísticos aparecem na verdade a carne e o
sangue, ou um ou outro, dependendo do caso.
O objetivo destes milagres é demonstrar que
não devemos ver a aparência externa (pão e
vinho), mas a substância, a verdadeira realidade
daquilo, que é carne e sangue. Os teólogos me-
dievais aprofundaram o tema dos Milagres Eu-
carísticos (muito frequentes em seu tempo), e
lhes deram diversas interpretações, mas a mais
bem-fundada e razoável parece ser a do “Doutor
da Eucaristia” por excelência, ou seja 5. Tomma-
so d’Aquino (cf. Somma Teologica III, q. 76,
a.8). Ele diz que o corpo e o sangue que apare-
cem após o milagre são devido à transformação
das espécies eucarísticas, ou seja, dos acidentes,
e não tocam a verdadeira substância do corpo e
sangue de Jesus. Ou seja, as espécies do pão e do
vinho são transformadas milagrosamente em
espécie de carne e sangue, mas o verdadeiro
corpo e o verdadeiro sangue de Jesus não são
aqueles que aparecem, mas aqueles que, antes
do milagre, estavam escondidos sob as espécies
do pão e do vinho e que continuam existindo
O
ALATRI
ITÁLIA, 1228
ilagre Eucarístico de
Ainda hoje,se encontra devida-
mente conservada, na Catedral
de São Paulo na cidade de Alatri,
a relíquia deste Milagre Eucarístico
que se deu no ano de 1228.
Trata-se de um fragmento de
Partícula convertida em verdadeira
Carne.Uma jovem senhora para
reconquistar o amor do seu
noivo, dirigiu-se a uma feiticeira
que, com o fim de lhe preparar
um filtro de amor, lhe ordenou
que roubasse uma Hóstia
Consagrada. Durante uma missa,
a jovem consegue tirar uma Hóstia
que logo esconde no interior de
um pano, mas, chegada a casa,
apercebe-se que a Hóstia se trans-
formou em Carne Ensanguentada.
Deste Prodígio nos falam nume-
rosos documentos entre os quais
a Bula de Papa Gregório IX.
testemunho mais respeitável deste Milagre
encontra-se na Bula “FraternitasTuae” escrita
pelo Papa Gregório IX (13 de Março 1228)
na qual o Pontífice dá resposta a uma carta do
Bispo de Alatri, Giovanni V. Eis o texto da Bula
Pontifícia: «Eu, Gregório Bispo, servo dos servos
de Deus, ao Venerável Irmão Bispo de Alatri,
Saúde e Bênçãos Apostólicas. Acabei de receber a
tua carta, irmão caríssimo, que nos informa como
uma certa jovem influenciada pelos maus conselhos
de uma maléfica senhora, depois de ter recebido
do Sacerdote o Sacratíssimo Corpo de Cristo, o
retém na sua boca, até à oportunidade favorável de
o colocar dentro de um pano, de onde, passados
três dias, encontrou o que tinha recebido em forma
de pão, agora transformado em Carne, como
todos ainda hoje podem constatar com os seus
próprios olhos. Porque tudo isto te foi revelado
humildemente, por várias senhoras, que desejam
o nosso parecer sobre a punição a aplicar às
culpadas. Em primeiro lugar, devemos dar
graças com todas as nossas forças, Àquele que,
trabalhando cada coisa de modo maravilhoso,
todavia, em qualquer ocasião repete os milagres,
e suscita novos prodígios a fim de que, fortifi-
cando a nossa fé na verdade da Igreja Católica,
sustentando a nossa esperança, e reacendendo a
chama da caridade, chamemos a nós os pecadores,
convertamos os pérfidos e confundamos a mal-
dade dos hereges.
Portanto, caríssimo irmão, por meio
desta carta apostólica, ordenamos que seja
infligida uma punição mais leve à jovem que,
convenhamos, terá cometido este delito, mais
por fraqueza do que por maldade, especialmente
porque é de crer que esteja já suficientemente
arrependida só por confessar o seu pecado.
Quanto à instigadora que com a sua perversidade
a levou a cometer o sacrilégio, depois de lhe
aplicares uma qualquer medida disciplinar, que
achamos oportuno confiar ao teu critério,
impõe-lhe que ao visitar o Bispo mais próximo,
confesse humildemente o seu crime, implorando
com devota submissão, o perdão da sua falta». O
Sumo Pontífice interpretou o episódio como
sendo um sinal contra a difundida heresia acerca
da presença real de Jesus na Eucaristia e perdoou
às duas mulheres arrependidas. Na ocasião do
750º aniversário foi mandada cunhar uma medalha
comemorativa que representa, numa das faces, a
fachada da Catedral encimada pelo relicário da
Hóstia Consagrada e na outra, o busto do
Papa Gregório IX com a Bula Pontifícia.
Quadros presentes na Catedral de Alatri que ilustram
as várias fases do Prodígio.
Em 1978 celebrou-se solenemente o 750º aniversário do Prodígio.
Para a ocasião foi cunhada uma medalha que apresenta na frente
uma imagem do Papa Gregório IX com a Bula, e no verso a fachada
da Catedral com a Hóstia por cima.
Relicário onde se guarda
a Relíquia Milagrosa.
Capela no interior da Catedral onde
se guarda a relíquia do Milagre.
Catedral de S. Paulo
de Alatri.
Bula “Fraternitastuae”
do Papa Gregório IX.
Carta do reitor de S. Maria em
Terme, de 22 de Março de 1888,
na qual agradece pela dádiva
de parte da relíquia da Hóstia
Consagrada conservada
em Alatri. Pormenor da relíquia.
O
© 2006, Edizioni San Clemente
Capela onde está exposta
a Hóstia Consagrada.
ALBORAYA-ALMÁCERA
ESPANHA, 1348
ilagre Eucarístico de
Em 1348, quando um sacerdote
se estava a dirigir até alguns
doentes para lhes levar a
Comunhão, ao atravessar um
pequeno rio escorregou na
água deixando cair a custódia
que continha as Hóstias
Consagradas. O pobre sacerdote
já se tinha enfim resignado,
quando pouco depois sentiu
que o chamavam uns pescadores
um pouco distantes,
convidando-o a ir até à
margem para ver alguns peixes
com pequenos discos na boca
que lembravam exactamente
as Hóstias. As Partículas
foram logo recuperadas e
transportadas para a Igreja
com uma procissão solene na
qual participou toda a aldeia.
o ano de 1348, na aldeia de Alboraya-
Almácera, acontece um Milagre Eucarístico
que parece aludir a episódios da vida de S.
Francisco que demonstram bem que, se os homens
vivem em plena graça de Deus, então todas as cria-
turas vivem em harmonia entre elas. Enquanto um
sacerdote atravessava um rio no dorso de uma mula,
transportando uma custódia contendo O Senhor
destinado a alguns enfermos, subitamente vê-se
arrastado por uma enchente. O padre cai na água
juntamente com a custódia, que libertou assim o
seu precioso conteúdo. As Hóstias deslizaram na
água e foram logo arrastadas pela corrente em
direcção à vizinha foz do rio. O sacerdote salvou-se
a custo, e enquanto se libertava da água e do lodo,
ouve a voz de alguns pescadores que lhe pediram
para ir ver, “no lugar onde as águas do rio se
juntam com as do mar”, três peixes com três
discos brancos na boca. Os pescadores estavam
muito perplexos pois os três discos pareciam
Hóstias da Comunhão.
O sacerdote corre imediatamente
para a igreja para voltar à margem com outra
custódia. Fez tudo tão à pressa que nem sequer
parou para reflectir se a história dos pescadores
seria credível. A alegria foi grande quando viu
que os três peixes prodigiosos estavam ali, quase
completamente fora de água, e elevavam as
Hóstias intactas com a boca, como pequenos
troféus. Então ajoelhou-se e apresentando o
cálice, rezou como jamais na sua vida havia
rezado. E assim viu os peixes deporem as
Hóstias no cálice, uma após a outra, para depois
mergulharem na água deslizando velozes até
desaparecerem no mar. Só agora o padre se
apercebe que fora rodeado por um grupo de
homens e mulheres que tinham seguido toda a
cena. Ainda hoje é possível consultar inúmeros
documentos que testemunham o Milagre. Existe
também uma igrejinha edificada no lugar do
Prodígio: dois peixes esculpidos sobre a porta e
duas pinturas reproduzem todo o acontecimento.
© 2006, Edizioni San Clemente
Ermida de Alboraya
Mosaico exterior da igreja
Escultura comemorativa do Milagre, no centro da cidade
N
ALBORAYA-ALMÁCERA
ESPANHA, 1348
ilagre Eucarístico de
A alegria foi
grande quando viu
que os três peixes
prodigiosos estavam
ali, quase
completamente
fora de água,
e elevavam as
Hóstias intactas
com a boca, como
pequenos troféus.
© 2006, Edizioni San Clemente
Procissão que se faz todos os
anos durante a festa do Corpo
de Deus, onde se recorda
o Milagre
Interior da paróquia
de Almácera
Lápide comemorativa do Milagre
Detalhe da porta de entrada Igreja construída em memória do Milagre
Afluente do Sierra Calderona, atravessado pelo Sacerdote
Círio comemorativo com os
peixes de Alboraya-Almácera
Os peixes depõem as Santas
Hóstias no cálice. Fresco
presente no interior da
paróquia de Almácera
ALCALÁ
ESPANHA, 1597
ilagre Eucarístico de
Em 1597, um ladrão roubou
de uma igreja, pouco distante
de Alcalá, Hóstias Consagradas
juntamente com alguns objectos
preciosos. Alguns dias depois,
o ladrão foi tomado de
profundos remorsos e dirigiu-
se de imediato à Igreja dos
Jesuítas para se confessar. O
sacerdote que lhe fez a confissão,
impôs-lhe a restituição das
Hóstias que contudo, por
uma questão de prudência,
preferiu guardar dentro de
uma urna, sem consumá-las.
Após onze anos, as Hóstias
estavam ainda perfeitamente
intactas e depois de análises
atentas, tanto médicas como
teológicas, o facto foi
proclamado miraculoso.
m 1597, um salteador arrependido foi confes-
sar-se na Igreja dos Jesuítas de Alcalá. Disse ter
feito parte de um bando de salteadores mouris-
cos, que, espalhados pelos montes ao redor, tinham
saqueado numerosas igrejas e roubado relicários e
objectos sacros, em diversas aldeias, cometendo inú-
meros sacrilégios. O pecador arrependido levava
consigo algumas Hóstias Consagradas que, entre
lágrimas, confiou ao seu confessor. Este, emocionado,
dirigiu-se logo ao seu superior para informá-lo do
acontecimento. Inicialmente ficou combinado
consumar as Hóstias durante uma Missa, mas depois,
temendo que as mesmas estivessem envenenadas,
como tinha acontecido recentemente com alguns
sacerdotes em Múrcia e em Segóvia, decidiu-se
conservá-las dentro de um cofre de prata e esperar a
sua decomposição natural. Onze anos depois, as
Partículas, que eram vinte e quatro, foram encontradas
ainda intactas. O ascético padre Luís de la Palma,
na qualidade de Provincial, ordenou que as Hóstias
fossem transferidas para uma cave subterrânea e
que, juntamente com essas, fossem colocadas outras
Hóstias não consagradas. Alguns meses depois, as
não consagradas entraram em decomposição por
causadahumidade,enquantoasoutras,asConsagradas,
permaneciam perfeitas. Passados outros seis anos, o
padre Palma decide tornar público o Milagre das
Hóstias Consagradas intactas. Novos exames do
catedrático e médico de cabeceira de Sua Majestade,
Garcia Carrera, tanto quanto a intervenção de ilus-
tres teólogos, consideraram a integridade das
Hóstias como um verdadeiro Milagre.
Em 1619 as autoridades eclesiásticas autori-
zaram oficialmente o culto do Milagre. As Santas
Hóstias foram adoradas publicamente, até pelo
Rei Filipe III, que em 1620 presidiu a uma solene
procissão na qual participou toda a família real.
Depois que Carlos III expulsa os Jesuítas de Espanha,
as Santas Partículas foram deslocadas para a Igreja
matriz. Em 1936 quando os revolucionários
comunistas incendiaram a igreja, os sacerdotes desta,
pouco antes de saírem, conseguiram esconder
prudentemente as Hóstias Miraculosas. Ainda hoje
porém, não se conseguiu descobrir onde. Foram
efectuadas muitas pesquisas tanto na própria Igreja
como na cripta, mas sem qualquer êxito. Ninguém
assinou e publicou até hoje, a mínima notícia
respeitante às vinte e quatro Hóstias Santas de Alcalá.
«Deus faça de novo um Milagre!», exclama o erudito
biógrafo da cidade D. Anselmo Raymundo Tornero,
que assim transmitiu os dados históricos, minuciosa-
mente descritos na sua obra.
© 2006, Edizioni San Clemente
E
Interior da Igreja dos Jesuítas
Pintura na qual está representada
uma Solene Procissão em honra
das Hóstias do Prodígio
Catedral onde, por um período, foram conservadas as
Hóstias Milagrosas
Igreja dos Jesuítas, onde foram confiadas as Hóstias
ALCOY
ESPANHA, 1568
ilagre Eucarístico de
O Milagre Eucarístico
verificado em Alcoy, em 1568,
diz respeito à descoberta
milagrosa de algumas Hóstias
anteriormente roubadas.
Todos os anos o Prodígio é
recordado pelos habitantes de
Alcoy, com uma grande festa,
que se celebra por ocasião
do Corpo de Deus. A casa
do homem que cometeu o
sacrilégio, foi transformada
em oratório e pode ser
visitada a qualquer hora.
29 de Janeiro de 1568, um habitante de
Alcoy de nome Juan Prats e de origem
francesa, tendo necessidade de dinheiro,
entrou ás escondidas na igreja paroquial e roubou
muitos objectos sacros entre os quais havia um
precioso cofrezinho de prata contendo três
Hóstias Consagradas. Juan Prats consumiu
prontamente as três Partículas e esconde depois o
cofrezinho no seu estábulo debaixo de uns toros
de madeira. No dia seguinte o pároco da igreja,
D. António, apercebe-se do furto sacrílego.
Devastado, tocou imediatamente o sino para
advertir o povo do acontecido, e bem depressa
todos os habitantes de Alcoy se reuniram em
oração diante da igreja. As buscas foram de
imediato iniciadas, mas revelaram-se vãs. Ao lado
da casa de Juan Prats vivia então uma piedosa
viúva, Maria Miralles, que possuía uma estátua
do Menino Jesus. A mulher, profundamente
perturbada pela profanação, começou a rezar
intensamente à estátua de Jesus, suplicando-lhe
que fizesse as Hóstias Consagradas regressarem
aos cidadãos de Alcoy. Haviam transcorrido
poucas horas desde que ela iniciara a sua
fervorosa oração, quando Maria vê mover-se a
mãozinha da estátua apontando o dedo para a
casa do seu vizinho, Juan Prats.
A mulher, desconfiada, pensou
logo em advertir as autoridades civis do aconte-
cido. Nesse preciso momento, o pároco,
movido por uma força misteriosa dirigiu-se
ao jardim da casa de Juan Prats e entrou no
estábulo. Remexeu debaixo de alguns cepos
de madeira e encontrou logo o cofrezinho
com as três Hóstias dentro. Juan Prats, não
compreendendo como era possível que as três
Hóstias, que tinha anteriormente consumado,
estivessem de novo presentes no interior do
cofrezinho, arrependeu-se profundamente e
confessou o delito. Os documentos relativos ao
Prodígio e a estátua do Menino Jesus estão
guardados, ainda hoje. no Mosteiro do Santo
Sepulcro de Alcoy.
© 2006, Edizioni San Clemente
Vista de Alcoy
Dança dos “Paloteig”, que se
desenrola durante a Procissão
de Jesus do Milagre
Altar onde se conserva a
pequena estátua milagrosa
do Menino Jesus do Prodígio
Estátua do Menino Jesus que indicou
o lugar onde se encontravam as Santas
Partículas furtadas por Juan Prats
Procissão em honra
do Milagre
Relíquia do Milagre
Eucarístico
Fachada do Mosteiro do Santo
Sepulcro onde estão conservadas
as Relíquias do Prodígio
Igreja construída sobre o lugar onde aconteceu o Milagre
A
ALKMAAR
HOLANDA, 1429
ilagre Eucarístico de
Em 1429, em Alkmaar, na
Catedral de S. Lourenço, um
sacerdote de nome Folkert
estava a celebrar a sua
primeira Missa. Depois da
consagração, o padre derramou
inadvertidamente sobre o altar
e sobre a casula sacerdotal,
o vinho consagrado, que
milagrosamente se transformou
em Sangue. Cada tentativa
para remover as marcas de
Sangue do paramento
litúrgico, foi em vão. A preciosa
Relíquia da casula sacerdotal,
impregnada de Sangue,
conserva-se ainda na Catedral
de S. Lourenço em Alkmaar,
a Catedral de S. Lourenço em Alkmaar
guarda-se o precioso Relicário em forma
de Anjo que contém a casula sacerdotal
manchada de Sangue, do Milagre Eucarístico que
ocorreu em 1429.
No 1º de Maio de 1429,
um sacerdote de nome Folkert celebrou a sua
primeira Missa na Catedral de S. Lourenço. À
celebração assistia ainda o pároco Volpert Schult.
Pouco depois de ter pronunciado as palavras da
consagração, Folkert, distraidamente, entornou
sobre os seus paramentos, o vinho branco que
continha o cálice, e no seu lugar aparece Sangue
vivo. Terminada a Missa, preso pelo pânico,
cortou o pedaço da casula manchada de Sangue
e queimou-a, depois, pega na parte cortada e
começou a remendá-la. Mal tinha terminado o
remendo, de novo o paramento se manchou de
Sangue. Os dois sacerdotes, não sabendo o que
fazer, dirigiram-se imediatamente ao Bispo de
Utrech com o paramento sacerdotal. Somente
em 1433, o Bispo, depois de inúmeras investi-
gações canónicas, aprovou oficialmente o culto
do Milagre.
N
© 2006, Edizioni San Clemente
Interior da Igreja
Igreja de S. Lourenço Por gentil concessão de Meertens Instituto
Relicário que contém
o Sangue do Prodígio
Representação existente no
interior da Igreja na qual está
ilustrado o Prodígio
Procissão em honra
do Milagre
AMSTERDAM
HOLANDA, 1345
ilagre Eucarístico de
O Milagre Eucarístico de
Amesterdão diz respeito a
uma Hóstia Consagrada que
foi protegida das chamas.
Ysbrand Dommer estava
gravemente doente e expeliu
a Comunhão recebida, que
foi depois lançada na lareira
acesa, pela sua empregada. A
Partícula foi encontrada, um
dia depois, completamente
intacta e suspensa no ar, no
meio da lareira. Foram muitas
as testemunhas que assistiram
ao Prodígio, e o Bispo de
Utrech, Jan van Arkel, logo
autorizou o culto. Ainda hoje
se realiza em Amesterdão,
todos os anos, uma procissão
em honra do Prodígio.
12 de Março de 1345, poucos dias antes da
Páscoa, Ysbrand Dommer, sentindo-se já
no fim da sua vida, mandou chamar o
pároco da Igreja de Oude Kerk para receber o
Senhor. Porém, pouco depois de ter comungado,
o homem vomitou tudo numa bacia, cujo
conteúdo foi depois lançado nas chamas da lareira.
No dia seguinte Ysbrand estava completamente
restabelecido. Uma das camareiras que o cuidavam
acercou-se da lareira para atiçar o fogo e reparou
numa estranha luz com uma Hóstia no centro. A
mulher começou logo a gritar e toda a vizinhança
acorreu e pôde verificar o Milagre. Ysbrand
recuperou a Hóstia, envolve-a num linho que
coloca dentro de uma caixinha, que foi de imediato
levada ao pároco. O Milagre contudo continuou:
o sacerdote teve de retornar a casa do doente por três
vezes, para recuperar a Hóstia que miraculosamente
regressava sempre à casa de Ysbrand. Decide-se
então transformar a casa de Ysbrand Dommer
numa capela. No dia de Páscoa todas as testemun-
has do Prodígio, juntamente com o presidente
da Câmara da cidade de Amstel, coligiram um
cuidadoso relatório dos acontecimentos, que foi
confiado ao Bispo de Utrech, Jan van Arkel, o
qual autorizou o culto do Milagre.
Em 1452, a capela foi destruída por um
incêndio, mas estranhamente o Relicário contendo
a Sagrada Partícula permaneceu intacto. Em 1665
o conselho da cidade autorizou o Padre Jan Van
der Mey a transformar em capela, uma das casas
do ex convento das Beghine. Para aqui foi
transferido o precioso Relicário, que foi infelizmente
roubado pouco depois, por ladrões desconhecidos.
Ainda hoje continua a exposição permanente do
Santíssimo Sacramento, para perpetua memória do
Milagre. Os únicos objectos que restam, para
recordação do Prodígio Eucarístico são, a caixinha
que continha a Hóstia, os documentos que
descrevem o Milagre e algumas pinturas que é
possível ver no Museu histórico de Amesterdão.
Cada ano, na noite que precede o domingo de
Ramos, faz-se uma procissão silenciosa (Stille
Omgang), em honra do Prodígio.
A
© 2006, Edizioni San Clemente
Os nove painéis nos quais, o pintor C. Schenk representou as
cenas do Milagre
Caixinha que continha a Hóstia miraculosa
Lápide que narra o Prodígio
Primeira Capela das
Beghine, 1397
Ysbrand Dommer recebe
a Comunhão
Lâmpada na qual está
representado o SS. Sacramento
em honra da 1ª Procissão
«Stille Omgang» que se realizou
para celebrar o Milagre
Representação do Prodígio
Pintura antiga que representa
uma procissão solene em honra
do Milagre
Coluna que restou depois do
incêndio da Igreja
Nieuwezijds, antiga pintura da
Capela do Milagre (1670)
AMSTERDAM
HOLANDA, 1345
ilagre Eucarístico de
Em 1452 a
capela foi destruída
por um incêndio,
mas estranhamente
o Relicário que
continha a Sagrada
Partícula perma-
neceu intacto.
© 2006, Edizioni San Clemente
Representação moderna
do Prodígio
Procissão (Stille Omgang) que se faz todos os anos em
memória do Prodígio
Prospecto da Procissão
«Stille Omgang»
Fachada da actual Igreja
das Beghine, Amesterdão
O Arquiduque Maximiliano
da Áustria retratado em adoração
diante da Relíquia da Hóstia
do Milagre (1484)
Capela do SS. Sacramento
Escultura que representa o
antigo Relicário que continha
a Hóstia Milagrosa
Monja da Ordem
das Beghine
Pintura representando
o Prodígio
Interior da Igreja
A Capela da Igreja foi de novo destruída em 1908
ASTI
ITÁLIA, 1535-1718
ilagres Eucarísticos de
Nos dois Milagres Eucarísticos
de Asti, as Hóstias Consagradas
jorraram Sangue vivo.
São inúmeros os documentos
que confirmam os dois
Prodígios. No primeiro
Milagre o Bispo de Asti,
Monsenhor Scipione Roero,
fez redigir imediatamente
um acto notarial e o
Papa Paulo III com um
“Breve Apostólico”, datado
de 6 de Novembro de 1535,
concedeu a indulgência
plenária a quem visitasse
a Igreja de S.Secondo, no dia
do aniversário do Prodígio.
1535
Em 25 de Julho de 1535, enquanto o piedoso
Sacerdote Domenico Occeli, por volta das 7 horas,
celebrava a Santa Missa junto ao altar principal
da Colegiada de S. Secondo, no momento de
fraccionar a Hóstia Consagrada, viu, ao longo de
todo o comprimento desta fractura, esta empa-
par-se de sangue vivo. Três gotas caíram no cálice
e uma quarta permaneceu na extremidade da Hóstia.
Inicialmente D. Domenico continuou a celebração
da Missa. Quando destacou a parte da Hóstia que
devia colocar no cálice, viu surgir desta mais
Sangue. Estupefacto dirige-se aos presentes e
convida-os a avizinharem-se do altar e ver o
Prodígio. Quando o Sacerdote apresenta a Hóstia
para consumá-la, o sangue tinha desaparecido e
esta retomou de súbito a sua aparência natural.
Estes foram os desenvolvimentos dos factos,
segundo a tradução do relatório oficial, enviada
pelo Bispo de Asti, monsenhor Scipione Roero,
à Santa Sé e reproduzida no “Breve Apostólico”,
na data de 6 de Novembro de 1535, com o qual
o Papa Paulo III concede a indulgência plenária
a todos quantos «no dia comemorativo do
Milagre visitarem a Igreja do Santo e recitarem
três Padres Nossos e Ave Marias em intenção do
Pontífice».
Segundo um outro documento reproduzido
numa inscrição em mármore, naquela ocasião,
há vista do Milagre, alguns soldados hereges
converteram-se. Naquele tempo, Asti encontrava-
se sob o domínio do imperador Carlos V e muitos
deles na tropa residiam nesta cidade. Esta narra-
tiva, para além dos arquivos do Vaticano, donde
foi extraída uma cópia em 1884, por solicitação
do Cónego Longo, encontra-se também referida
no livro da Companhia do SS. Sacramento,
instituída no final de 1519 na Colegiada de
S. Secondo. Outros testemunhos do Prodígio
são o quadro presente na Capela do Crucifixo
que representa o Milagre e que remonta ao
XVI século, e a inscrição em mármore na qual
está escrito: «Hic ubi Christus ex sacro pane
effuso sanguino exteram vi traxit fidem Astensem
roboravit- Eis o Cristo do Sagrado Pão que tendo
derramado o seu Sangue traça com estranha força
a fé e confirma a dos Astigianos».
© 2006, Edizioni San Clemente
Óleo sobre tela (autor desconhecido do século XVII), representando
o Prodígio Eucarístico acontecido na Colegiada de S. Secondo em
1535. A pintura conserva-se na Capela do Milagre.
Interior da Colegiada de S. Secondo.
Colegiada de S. Secondo, Asti.
G.Badarello (fim do XVII século), Colegiada de S. Secondo,
altar do Crucifixo ou do Milagre.
Pormenor do pé do cálice do Milagre da “Opera Pia Milliavacca”.
ASTI
ITÁLIA, 1535-1718
ilagres Eucarísticos de
O segundo Milagre acontece
por sua vez na antiga capela
da “Opera Pia Milliavacca”
e é documentado por variados
testemunhos recolhidos
por um notário, subscritos
pelo sacerdote celebrante e
por eminentes personalidades
eclesiásticas e laicas.
1718
Na manhã de 10 de Maio de 1718 o sacerdote
Francesco Scotto dirigiu-se à “Opera Pia Milliavacca”
para celebrar a Santa Missa. Eram cerca de 8 horas.
A igreja do Instituto era dividida em duas partes; a
anterior, na qual podiam assistir os de fora, e a pos-
terior, atrás do altar, reservada aos alunos internos.
Na parte anterior, isto é, diante do altar, encontrava-
se sozinho o notário Scipione Alessandro Ambrogio,
chanceler do Bispado e tesoureiro do Instituto. Na
parte posterior da igreja encontravam-se, por sua
vez, os colegiais. Quando o sacerdote estava próximo
à elevação da Hóstia, o Dr. Ambrogio apercebe-se
que a Hóstia estava partida em duas partes. Apenas o
sacerdote tinha elevado o cálice, o homem convencido
que uma Hóstia partida não fosse matéria válida,
avizinhou-se do altar para prevenir o sacerdote e correu
logo a pegar numa outra Hóstia na sacristia.
Entretanto o celebrante elevou com os dedos a
Hóstia e encontrou-a realmente dividida em duas
metades e, com infinita admiração, viu o perfil lon-
gitudinal das duas, completamente avermelhadas
de sangue, mais o pé do cálice e o copo, tambem
manchados de sangue, e ainda alguns salpicos
sanguíneos sobre o corporal. Ambrogio entretanto
tinha chegado com a nova Hóstia e apercebe-se
que esta sangrava. Começou de imediato a chorar.
O notário corre rápido a chamar o cónego
Argenta, confessor do Instituto, o teólogo Vaglio e
o penitencieiro Ferrero, que foram, também esses,
testemunhas directas do Prodígio.
Simultaneamente com este ajuntamento chegaram
também outros sacerdotes e três médicos da cidade,
os doutores Argenta, Volponi e Vercellone, os quais
atestaram sob juramento, que aquelas manchas
vermelhas eram verdadeiro sangue. Entre os presentes,
um deles foi assaltado pela dúvida de que o sangue
pudesse ser proveniente do nariz ou da boca do
sacerdote, mas alguns cirurgiões presentes, depois de
minuciosa observação, excluíram qualquer dúvida a
esse propósito. Intervieram depois o vigário episcopal,
como secretário da Cúria e o vigário da Inquisição,
R. Bordino, que de comum acordo redigiram um relatório
do Milagre. Uma outra importante prova da auten-
ticidade do Milagre é nos fornecida por um documento
quediz,comoMonsenhorFillipoArtico,BispodeAsti,
em 1841 fez examinar o cálice e a Hóstia do Milagre
por alguns peritos em Física, que confirmaram a origem
hemática das manchas vermelhas. A “Opera Pia
Milliavacca” conservou ciosamente os testemunhos
do Prodígio: o cálice com manchas de sangue, a Hóstia
da celebração infelizmente corrompida e reduzida a um
véu, a patena, o corporal e o cálice de prata dourado.
Catedral de Asti.
© 2006, Edizioni San Clemente
O cálice do Prodígio está conservado no interior da Catedral de Asti,
na Capela dedicada a S. Filippo Neri.
Opera Pia Milliavacca, cálice do Milagre de 1718.
Observar a correspondência das gotas de Sangue no copo
e no pé do cálice.
AUGSBURG
ALEMANHA, 1194
ilagre Eucarístico de
O Milagre Eucarístico de
Augsburg, conhecido pelos
locais com o nome de
«Wunderbarlichen Gutes –
Bem Miraculoso», é descrito
em numerosos livros e
documentos históricos, que se
podem consultar na Biblioteca
estatal e cívica de Augsburg.
Uma Hóstia roubada
transformou-se em Carne
ensanguentada. No decorrer
dos séculos foram realizadas
diversas análises sobre a
Partícula que sempre
confirmaram que se trata
de carne e sangue humano.
Hoje o convento de Heilig
Kreuz é guardado pelos
Padres Dominicanos.
m 1194, uma senhora de Augsburg particu-
larmente devota do Santíssimo Sacramento,
depois de ter comungado, pôs a Hóstia
num lenço, sem se fazer notar, e levou-a depois
para casa colocando-a num invólucro de cera
dentro de um roupeiro. Naquele tempo era
muito difícil encontrar tabernáculos nas Igrejas
para poder praticar a adoração eucarística.
Somente em 1264, com a introdução da festa
do Corpo de Deus, se difunde esta devoção.
Transcorreram cinco anos e a 11 de Maio de
1199 a senhora, atormentada pelos remorsos,
confessou-se ao superior do convento de Heilig
Kreuz, o Padre Berthold, a quem confiou a Hóstia.
O sacerdote abriu o invólucro de cera que envolvia
a Partícula e vê que esta se tinha transformado em
carne ensanguentada. A Hóstia apresentava-se
«dividida em duas partes, unidas uma à outra,
por uma trama de finos fios de carne
sangrenta». O Padre Berthold dirigiu-se imedia-
tamente ao Bispo da cidade, Udalskalk, que
ordenou que a Hóstia prodigiosa fosse «trans-
ferida, acompanhada do clero e do povo, para a
Catedral, e exposta num Relicário de cristal,
para pública adoração».
O Milagre continuou: a Hóstia
começou a crescer e a inchar e este fenómeno
durou, diante os olhos de todos, desde o dia de
Páscoa até à festa de S. João Baptista. Em
seguida o Bispo Udalskalk tornou a transportar
a Hóstia para o convento de Heilig Kreuz e
estabeleceu que, «para recordação de um facto
tão memorável e extraordinário», a cada ano
fosse festejado um aniversário especial em honra
da Santa Relíquia. Em 1200, o conde de
Rechber, doou aos Padres agostinianos um escrínio
de prata, rectangular, provido de uma abertura
anterior, no qual ficou colocada a Hóstia do Milagre.
Para além do Prodígio eucarístico verificaram-se
outros episódios extraordinários, como a aparição
sobre a Hóstia, do Menino Jesus vestido de
branco, com o rosto radiante e a fronte cingida
por uma coroa de ouro, ou o sangramento do
Crucifixo da Igreja, ou a aparição de Jesus aben-
çoando a assembleia.
E
© 2006, Edizioni San Clemente
Convento de Heilig Kreuz, Augsburg
Relicário que contem a Hóstia do Prodígio conhecida com o
nome de Wunderbarlichen Gutes – Bem Miraculoso.
AVINHÃO
FRANÇA, 1433
ilagre Eucarístico de
Em 30 de Novembro de 1433
o Santíssimo Sacramento fica
exposto para adoração pública
na pequena Capela da
Irmandade dita «dos
Penitentes grigi» De repente
Avinhão foi submersa pela
água que transbordara do rio
que a atravessa, o Ródano.
Dois membros da Irmandade
conseguiram com uma barca
alcançar a capela onde
permanecia, não guardado,
o Santíssimo Sacramento
exposto para adoração.
Quando entraram no interior
da capela viram que as águas
se tinham dividido, pela
direita e pela esquerda,
deixando o altar e o Relicário
perfeitamente enxutos.
Milagre Eucarístico de Avinhão aconte-
ceu na Capela da Santa Cruz, sede da
Irmandade, dita dos “Penitentes grigi”, a
qual remonta aos tempos longínquos do piedoso
Rei Luís VIII, que, para celebrar a vitória sobre os
hereges “Albigeses”, os quais negavam a presença
real de Jesus na Eucaristia, tinha organizado um
acto solene de reparação para o dia 14 de
Setembro de 1226, festa litúrgica da exaltação da
Santa Cruz. No relatório oficial, ainda hoje guar-
dado na Capela dos “Penitentes grigi”, lê-se que
no 30 de Novembro de 1433, enquanto o
Santíssimo estava exposto na pequena capela,
para pública adoração, a vila de Avinhão foi asso-
lada por uma terrível inundação, pelo transbordar
do rio Ródano, provocada pelas abundantes chu-
vas dos dias precedentes. Na confusão geral
Armand e Jehan de Pouzilhac-Farure, então cabos
da Irmandade, demoraram muito tempo antes
de conseguirem alcançar, com a sua barca, a
capela, a fim de porem a salvo o Relicário
contendo o Santíssimo Sacramento.
Apenas chegados, das cancelas sobran-
ceiras à porta olharam para o altar para ver o
que tinha sido feito do Relicário, e observaram
que a água, que tinha ultrapassado a altura de
quase seis pés dentro da igreja, se tinha dividido
pela direita e pela esquerda do altar, como dois
muros, e entre estes, seco, permanecia protegido
o altar com o Relicário. A notícia do Milagre
espalhou-se rapidamente e todo o povo, bem
como as autoridades acorreram ao sítio entoando
cânticos de louvor e agradecimento ao Senhor.
Várias centenas de pessoas foram testemunhas
deste Milagre. Em seguida a Irmandade dos
Penitentes “Grigi” decide que o aniversário do
Milagre seria celebrado todos os anos, na capela,
no dia do Apóstolo Santo Andrea. Ainda hoje, a
cada dia 30 de Novembro, os irmãos, se reúnem
para celebrar a memória do Milagre, e antes da
bênção do Santíssimo Sacramento, executam o
“Cantemos ao Senhor”, o cântico de Moisés,
composto depois da passagem do Mar Vermelho:
«quero cantar em honra do Senhor porque
triunfou admiravelmente (...). Ao sopro da tua ira
as águas acumularam-se, ergueram-se as ondas
como uma barreira (...). Quem é como Tu,
majestoso na santidade, formidável nos empreen-
dimentos, obreiro de Prodígios? Guiaste com os
teus favores este povo que resgataste (Êxodo 15,
1-18)».
© 2006, Edizioni San Clemente
Altar onde aconteceu o Prodígio
Lápide que descreve o Milagre
Vitral no interior da Igreja no qual está representado o Milagre
Vitral da Capela
Estampa antiga do Milagre
de Avinhão
O
AVINHÃO
FRANÇA, 1433
iracle Eucharistiqe d
A notícia do
Milagre difunde-se
rapidamente, e
todo o povo bem
como as autoridades
acorreram ao
lugar, entoando
Cânticos de louvor
e agradecimento,
ao Senhor.
© 2006, Edizioni San Clemente
Gabriel de Vidaud Latour, primeiro Mestre dos penitentes “Grigi”
Hábito dos penitentes “Grigi”
Palácio dos Papas, Avinhão
Fachada da Capela dos Penitentes “Grigi”
Fresco da Capela
Canal que corre próximo
à Capela
BAGNO DE ROMAGNA
ITÁLIA, 1412
ilagre Eucarístico de
Em 1412, o então prior da
Basílica de Santa Maria de
Bagno de Romagna, Padre
Lazzaro de Verona, enquanto
celebrava a Santa Missa, foi
assaltado por fortes dúvidas
acerca da real presença de
Jesus no SS. Sacramento.
Tinha apenas pronunciado
as palavras da consagração do
vinho, quando este se trans-
formou em sangue vivo e
começou a ferver, saindo do
cálice e derramando-se sobre
o corporal. O Padre Lazzaro,
profundamente comovido e
arrependido, confessou aos
fiéis presentes na celebração a
sua incredulidade e o grandioso
Milagre que o Senhor tinha
operado sob o seu olhar.
m Bagno de Romagna, na Basílica de Santa
Maria Assunta, está conservada a Relíquia
do Milagre Eucarístico do “Sacro Lino
intrisodi Sangue” (“Sagrado Linho embebido de
Sangue”). O historiador Fortunio descreve assim o
Milagre, na sua obra ”
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“ :
«Corria o ano de 1412. A Abadia Camaldolese de
Santa Maria em Bagno (nesse tempo priorado)
era governada por D. Lazzaro,originário do
Veneto. Enquanto este um dia celebrava o Divino
Sacrifício, a sua mente ficou possuída, por obra
do maligno, por uma forte dúvida sobre a real
presença de Jesus no SS. Sacramento; e eis que vê
a sagrada espécie do vinho entrar em ebulição e
derramar-se para fora do cálice, espalhando-se
sobre o corporal, em forma de sangue vivo e pal-
pitante, que logo ficou todo ensopado.É impossível
descrever a comoção e perturbação mental que o
acolhe naquele momento, diante de um aconte-
cimento tão espantoso. Chorando, voltou-se
para os presentes, confessando a falta de fé e o
Prodígio que então se realizara sob o seu olhar».
O fradeLazzaro foi de seguida
transferido para Bolonha, como capelão do
Mosteiro feminino Camaldolese de Santa
Cristina, onde morre em 1416. Os Camaldoleses,
com altos e baixos, apoiaram Pieve de Bagno,
até à eliminação napoleónica de 1808; desde
então a Paróquia – Basílica de S. Maria Assunta,
depois de ser regida, por um breve período,
pela Diocese de Sansepolcro, em 1975, passou
definitivamente a fazer parte da diocese de Cesena.
Em 1912, o Cardeal Guilio Boschi, Arcebispo
de Ferrara, fez celebrar o quinto centenário do
Milagre, ao qual se seguiu um congresso de
estudos eucarísticos. Em 1958, S.E. Domenico
Bornigia, mandou executar uma análise química
sobre a mancha do corporal do Milagre, na
Universidade de Florença, que confirmou ser de
origem hematológica. Na Basílica encontra-se
uma incisão em madeira, de 1400, intitulada
“Nossa Senhora do Sangue” colorida e raríssima,
que se encontra na 3° capela à esquerda. Esta
imagem é assim chamada, porque como refere D.
Be nedetto Tenaci, abade de Bagno e testemunha
ocular do Prodígio, em 20 de Maio de 1498, a
imagem verteu sangue do braço esquerdo. Todos
os anos durante a festa do Corpo de Deus, o
corporal é levado em procissão pelas ruas da
cidade e fica exposto todos os domingos, durante
a estação termal que vai de Março a Novembro,
na missa que se celebra às 11 horas.
E
Pormenor das manchas de
Sangue presentes no Corporal
do Prodígio
Basílica de Santa Maria de
Bagno de Romagna
Pintura que representa o Milagre presente na Basílica
Interior da Basílica
Vista panorâmica de
Santa Maria de Bagno
Capela com a urna da Beata Giovanna
© 2006, Edizioni San Clemente
Relíquia do Corporal
Manchado de Sangue
BENNINGEN
ALEMANHA, 1216
ilagre Eucarístico de
Em 1216, a aldeia de
Benningen foi teatro de um
Milagre Eucarístico no qual
uma Hóstia sangrou. Poucos
anos depois, em 1221, os
cidadãos de Benningen
iniciaram a construção de
uma capela em honra deste
Prodígio, conhecida com o
nome de Riedkapelle zum
Hochwürdigen gut. De 1674
a 1718 a Riedkapelle foi
reestruturada e ampliada para
acolher os numerosos
peregrinos. Durante a festa
do Corpo de Deus, todos os
anos, a paróquia de
Benningen desloca-se em
procissão à Riedkapelle,
para celebrar a comemoração
do Milagre.
m antigo documento de 1216 relata uma
história na qual se narra que dois moleiros
estavam há anos em litígio entre eles. Um
dia, um destes, exasperado por mais uma contro-
vérsia, depois de ter feito a Comunhão roubou
uma Hóstia Consagrada que depois esconde
entre as pedras do moinho do seu vizinho, com
a intenção de caluniá-lo. Durante a festa de
S. Gregório, a Hóstia começou a sangrar tão
abundantemente que toda a aldeia e o Bispo,
disso tomaram consciência.
O moleiro sacrílego arrependeu-se e
confessou o delito. As pinturas da capela
construída em honra do Prodígio foram executadas
por Johann Friedrich Sichelbein, para se ilustrar a
história. O retrato sobre o altar mostra o Bispo
Federico de Augsburg que deposita a Hóstia num
recipiente precioso, na Igreja de S. Martino em
Memmingen. No decorrer dos séculos, por
causa de adversidades históricas, perderam-se as
pistas da preciosa Relíquia. Por muito tempo se
acreditou que os quadros que ornam a capela,
fossem cópias das expostas no Museu do
Mosteiro de Ottobeuren. Somente durante o
restauro de 1987, se descobriu que se tratava,
pelo contrário, dos originais. No tecto de
madeira estão frescos que ilustram a Paixão de
Cristo e cenas do Antigo e Novo Testamento.
© 2006, Edizioni San Clemente
Fachada externa da Riedkapelle
Interior da Riedkapelle
Johann Friedrich Sibelbein (1640),
Procissão da Hóstia Miraculosa
U
BERGEN
HOLANDA, 1421
ilagre Eucarístico de
A cidade de Bergen é famosa,
não só pelos seus característicos
canais, mas também por um
Milagre Eucarístico que se
verificou em 1421. Foram
bastantes os meses que o
Pároco da Igreja de S. Pedro e
Paulo andou na dúvida se, na
Hóstia Consagrada estaria
verdadeiramente presente o
Corpo e o Sangue de Cristo.
O sacerdote não mostrava
nenhuma devoção para com o
Santíssimo Sacramento, tanto
que um dia, depois de ter
celebrado a Missa, pega nas
Partículas restantes e lança-as
na água do rio. Passados
alguns meses as Hóstias foram
encontradas flutuando na
água e impregnadas de Sangue.
ergen op Zoom (cidade sobre Orlo) situa-se
ao longo do estuário do rio Schelda e é
sulcada por numerosos canais. Em 1421,
no primeiro domingo da festa de Pentecostes, o
Pároco da Igreja S. Pedro e Paulo, incrédulo
sobre a veracidade da transubstanciação, depois
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gradas restantes e lança-as num dos canais.
Alguns meses depois, as Hóstias foram
encontradas por alguns pescadores, boiando na água
e impregnadas de Sangue coagulado. A notícia do
achado das Hóstias prodigiosas propagou-se
velozmente e imediatamente começaram a afluir
numerosos peregrinos. O culto foi aprovado pelo
Bispo e, mesmo que durante a reforma protestante
tivesse sido vetado por um longo período, os
católicos continuaram silenciosamente a manter viva
a sua memória. No século XX o culto foi restabele-
cido e são numerosas as iniciativas populares que
recordam o Prodígio.
B
© 2006, Edizioni San Clemente
Jules Breton, Procissão do Santíssimo Sacramento, 1857
Vista de uma maqueta da cidade de Bergen no tempo do Prodígio
A Igreja de S. Pedro e Paulo e o rio Schelda
Vista do rio Schelda
Pintura que representa a
procissão em honra do Milagre,
Instituto Meertens
© 2006, Edizioni San Clemente
Milagre Eucarístico de
BETANIA
VENEZUELA, 8 DE DEZEMBRO DE 1991
Nodia 8dedezembro de1991,
o padre Otty Ossa Aristizábal
celebrava a missa na capela do
Santuário de Betânia em Cúa
e durante a consagração, viu a
hóstia sangrar. A hóstia milagrosa
está guardada na cidade de
Los Teques, no convento das
Freiras Agostinianas do Sagrado
Coração de Jesus, no qual é
exibida para adoração dos fiéis
etodososanosmuitosperegrinos,
também estrangeiros, visitam
o local. Ocorreram muitos casos
prodigiosos envolvendo a Hóstia
Milagrosa, especialmente o caso
do jovem americano que filmou
a hóstia pulsando como um
coração.
ste Milagre Eucarístico aconteceu na missa
de meia-noite do dia 8 de dezembro de
1991, no Santuário Mariano de Finca
Betânia em Cúa, na Venezuela. Padre Otty,
Capelão do santuário, descreve o caso:
“Depois de levar à boca uma das partes da
hóstia magna que tinha dividido em 4 partes,
colocou-asnoprato.Logoapósabaixeimeuolharem
direçãodopratinhoenãopudeacreditarnoqueeuvi:
uma dos pedaços da hóstia que dividi tinha uma
mancha vermelha uniforme e estava começando a
soltar uma substância vermelha, semelhante ao
sangue que flui de uma ferida. Após a missa, sozinho
na sacristia do Santuário, observei a hóstia com
cuidado. No dia seguinte, às 6 da manhã, voltei à
sacristia para ver a hóstia e continuava a escorrer
sangue que rapidamente começou a secar.
Entretanto, ainda hoje, o sangue parece ser fresco. A
coisa mais estranha é que o sangue saia apenas de um
lado da partícula sem entretanto manchar as demais
peças eucarísticas”. Durante a missa havia muitos
peregrinos que notaram que o sacerdote não
apresentava feridas que derramassem o mesmo
sangue que saía hóstia. Ademais, as análises revelaram
que o sangue do sacerdote não correspondia com
aquele da partícula. A hóstia do milagre foi
submetida a estudos minuciosos, requisitados pelo
então Bispo de Los Teques, S.E. Mons. Pio Bello
Ricardo e os resultados confirmaram que o sangue,
humano e de tipo AB positivo, correspondia com a
amostra sanguínea encontrada no dossel do Sudário
de Turim e na hóstia do Milagre Eucarístico em
Lanciano, Itália, em 750 d.c. e analisada por 500
comissõesdaOrganizaçãoMundialdesaúde.Apartir
disso,ahóstiatransformou-seemobjetodeveneração
e adoração de milhares de peregrinos que vêm não só
da Venezuela, mas também de todo o mundo. É
possívelverahóstiamilagrosanoconventodasFreiras
Agostinianas do Sagrado Coração de Jesus em Los
Teques todos os dias do ano, a qualquer hora na
capela dedicada à Adoração Perpétua. Um jovem fiel
de New Jersey, Daniel J. Senford, foi à peregrinagem
no Convento das Agostinianas para ver a hóstia com
sangue, conseguiu filmar outro episódio milagroso.
Eis a história: Em 12 de novembro de 1998 fiz uma
peregrinagem a Betânia, com um grupo de oração e
levaram-nos para ver a hóstia milagrosa de Betânia na
capeladasFreirasAgostinianasemLosTeques.Nosso
diretor espiritual, padre Mazzarella, celebrou a missa.
Após a celebração, abri a porta do Tabernáculo, que
continhaahóstiadomilagre.Comgrandeespanto,vi
que a hóstia era incandescente como se fosse em
chamas e havia um coração pulsante, sangrando no
seucentro.Presencieiacenaporcercade30segundos
ouumpoucomenos;logoaseguir,ahóstiavoltouao
estado normal. Consegui filmar uma parte deste
milagre com minha filmadora…”.
E
O Santuário de Finca Betânia onde ocorreu o milagre
Tabernáculo onde estão guardadas
as relíquias da Hóstia que sangrou
S.E. Monsenhor Pio Bello
Ricardo que aprovou o Milagre
Eucarístico de Betânia
Novo Tabernáculo na Capela da
Adoração Perpétua no Convento
das Freiras Agostinianas do
Sagrado Coração de Jesus em
Los Teques, para onde foram
transferidasasrelíquiasdoMilagre
Eucarístico de Betânia.
BETTBRUNN
ALEMANHA, 1125
ilagre Eucarístico de
No Milagre Eucarístico de
Bettbrunn, um camponês
muito piedoso, por excesso
de zelo, roubou uma Hóstia
Consagrada que levou para a
sua quinta de Viehbrunn.
Um dia a Partícula cai por
terra, acidentalmente, mas
ninguém conseguiu recolhê-la.
Tentou-se de tudo, e
finalmente intervém o Bispo
de Regensburg que consegue
apanhar a Partícula, apenas
depois de ter prometido ao
Senhor a construção de uma
Igreja em Sua honra.
A notícia do Prodígio
difunde-se velozmente e
atraiu numerosos peregrinos.
construção da aldeia de Bettbrunn e da
actual Igreja de S. Salvador, deve-se a um
Prodígio Eucarístico que se verificou em
1125. No local em que hoje surge a aldeia e a
igreja, havia naquele tempo somente uma
pequena herdade chamada Viehbrunn, porque ao
lado, havia um poço que era usado para dar de
beber aos animais. O proprietário era um
homem profundamente devoto do Santíssimo
Sacramento, que habitando a uma hora e meia de
distância da Igreja paroquial de Tholling, nem
sempre conseguia deslocar-se à Missa.
Por causa dessa devoção, e como
solução, decide furtar uma Hóstia Consagrada e
levá-la para casa. O camponês pega no bastão que
trazia sempre consigo e aí fez um furo sobre a
extremidade superior, no qual colocou a Hóstia.
Todos os dias, quando os animais repousavam,
cravava o bastão no terreno, e se ajoelhava
diante do Santíssimo, por muitas horas. Por
vários meses o homem andou assim, avante, até
que um dia, distraidamente, num impulso
lançou o bastão que continha a Partícula, contra
os animais que se tinham afastado demasiado. A
Hóstia cai por terra e o pastor, profundamente
aflito, inclinou-se para pegá-la. Cada tentativa
de levantá-la da terra resultou inútil, e não
sabendo o que fazer, foi chamar o pároco de
Tholling. Também ao sacerdote foi impossível
recolhê-la e então recorreu-se ao Bispo
Hartwich, de Regensburg, que logo se dirigiu
ao lugar do Prodígio com todo o seu clero.
Somente quando prometeu construir naquele
sítio uma capela, o Bispo conseguiu levantar a
Hóstia da terra. Em 1125 a construção da
capela ficou terminada e a preciosa Relíquia foi
guardada nesse lugar até 1330, apesar de um
incêndio, que não destruiu tudo. A capela foi de
imediato reconstruída, e no seu interior foi posta
uma das colunas que se tinha salvado do incêndio.
© 2006, Edizioni San Clemente
Fiéis em peregrinação em Bettbrunn
Representação antiga da Igreja de S. Salvador
Igreja de S. Salvador
em Bettbrunn
Interior da Igreja
de S. Salvador
A
BLANOT
FRANÇA, 1331
ilagre Eucarístico de
No Milagre Eucarístico de
Blanot, durante a Missa pascal
de 1331, no momento da
Comunhão o sacerdote deixou
cair, por descuido, um fragmento
da Hóstia Consagrada sobre a
toalha. O pároco tentou de
imediato recuperá-lo mas não
lhe foi possível. O fragmento,
de facto, tinha-se transformado
em Sangue formando uma
grande mancha sobre a toalha.
Ainda hoje na aldeia de Blanot
se guarda a Relíquia do tecido
ensanguentado.
o XIV século Blanot era uma pequena
aldeia no centro de França e fazia parte da
diocese de Autun. O Bispo desta cidade,
Pierre Bertrand, mandou fazer um inquérito
canónico ao seu oficial de cúria, Jean Jarossier, no
mesmíssimo ano em que aconteceu o Milagre.
Por esta razão, está hoje disponível um relatório
detalhado dos factos. «No dia de Páscoa de 1331,
na primeira hora, D. Hugues de la Baume vigário
de Blanot, celebrou a primeira Missa e ao distri-
buir a Comunhão a Jacquette, viúva de Regnaut
de Effour, um fragmento da Hóstia Consagrada
cai sobre a toalha segura por dois “probiviri”
(honestos cidadãos), um dos quais se chamava
Thomas Caillot. A senhora Jacquette não se tinha
apercebido de nada, mas Thomas, que segurava
a toalha, viu a particulazinha caída e avisou o
sacerdote que estava já a colocar o cálice sobre o
altar: “Reverendo voltai aqui porque o Corpo
de Nosso Senhor caiu da boca desta senhora sobre
a toalha”. O celebrante corre rápido a recolher a
partícula, mas inesperadamente a fracção que
podia equivaler a um quinto da Hóstia, desapa-
rece e em seu lugar surge uma gota de sangue.
Vendo o facto, o Vigário levou logo a toalha
para a sacristia e começou a lavar com água, a
parte onde aparecia o sangue. Lavou-a e esfre-
gou-a várias vezes mas esta, misteriosamente,
continuava sempre mais vermelha e mais larga.
O Vigário maravilhado e
comovido, pede uma faca a Thomas Caillot que
rasgou logo ali sobre o altar, a parte da toalha
manchada que pôs num relicário depois de tê-la
mostrado a toda a gente. Depois, comovido,
exclamou: «“Boa gente: aqui está o Preciosíssimo
Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque eu
tentei de todos os modos lavá-Lo e esfregá-Lo e
de nenhum modo consegui separá-Lo desta
toalha”». Todos os anos na cidadezinha de Blanot
se rende particular honra à Reliquia do Milagre
no dia da festa do Corpo de Deus.
© 2006, Edizioni San Clemente
Vista da aldeia de Blanot
Paróquia de Blanot
Procissão em honra do Milagre
Antiga lápide que descreve o Milagre
Relicário contendo a Rélíquia do Prodígio
Pormenores das pinturas com
que adornaram o Relicário
Estojo do século XVII contendo
o Tecido manchado de Sangue
que se conserva num tubo de
cristal em Blamot.
N
BOIS-SEIGNEUR-ISAAC
BÉLGICA, 1405
ilagre Eucarístico de
No Milagre Eucarístico
de Bois-Seigneur-Isaac, a
Hóstia Consagrada sangrou
e manchou o Corporal da
Missa. A 3 de Maio de 1413,
o Bispo de Cambrai, Pedro de
Ailly, autorizou o culto desta
Sagrada Relíquia do Milagre.
A primeira procissão fez-se
em 1414.A 13 de Janeiro de
1424, o Papa Martino V,
aprovou oficialmente a
construção do Mosteiro de
Bois-Seigneur-Isaac. Ainda
hoje, o Mosteiro é meta de
peregrinação, e na sua Capela
é possível venerar a Sagrada
Relíquia do Corporal
manchado de Sangue.
partir da terça-feira que antecede o
Pentecostes do ano de 1405, ao senhor do
lugar, Jean de Huldenberg, por três vezes
consecutivas lhe aparece Jesus coberto de chagas.
Somente durante a terceira aparição, o Senhor
lhe falou dizendo-lhe: «Vai à Capela de Isaac, ali
me encontrarás». Ao mesmo tempo, também o
pároco, Pedro Ost, ouve uma voz que lhe ordenava
que se dirigisse à Capela de Isaac para celebrar a
Missa da Santa Cruz. No dia seguinte o pároco
convocou todos os fiéis para assistir à Missa na
Capela de Isaac, e entre estes estava também Jean
de Huldenberg. O sacerdote começou a celebração
da Missa e quando abriu o Corporal, vê que no
meio deste, tinha ficado, da Missa da terça-feira
precedente, um pedaço da magna Hóstia
Consagrada. Tentou então consumá-la, mas esta
não se destacava do Corporal e começou a sangrar.
O padre empalideceu e Jean, que se tinha
apercebido de tudo, socorre-o e conforta-o
dizendo-lhe: «Não tenha medo, esta maravilha vem
de Deus»; e contou-lhe também as suas visões.
Durante quatro dias, até à terça-feira
de Pentecostes, o Sangue continuou a correr,
atingindo a espessura de um dedo por três de
largura. Depois, tendo manchado quase com-
pletamente o Corporal, começou a coagular
lentamente e ficou seco. O Milagre foi visto e
atestado por muitíssimas pessoas. O Bispo de
Cambrai, Pedro de Ailly informado do
acontecimento, quer examinar pessoalmente o
Corporal manchado de Sangue, que conservou
na sua casa por cerca de dois anos. Cada ten-
tativa de remover a mancha de Sangue do
Corporal resultava inútil. O Bispo abriu então
um inquérito, onde foram recolhidos testemunhos
a propósito dos prodígios operados por esse
mesmo Preciosíssimo Sangue da Relíquia. A 16 de
Junho de 1410, o Bispo Pedro de Ailly, concedeu
40 dias de indulgências a todos aqueles que
tivessem visitado a Capela de Bois-Seigneur-
Isaac, e a 3 de Março de 1413 declarou que o
Corporal podia ser venerado como Relíquia
Sacra, instituindo uma procissão solene em honra
do Prodígio, com a exposição pública do
Santíssimo Sacramento. Ainda hoje, todos os
anos, no domingo seguinte à festa da Natividade
de Maria, os cidadãos de Bois-Seigneur-Isaac
reúnem-se em oração, para festejar a memória do
Prodígio Eucarístico.
A
Pedra do altar, na qual o Cura
de Haut-Ittre celebrou a Santa
Missa onde se verificou o Milagre
Relíquia de um espinho da
coroa de Jesus
Altar-mor, Laurent Delvaux
(XVIII século)
Coro da Capela do Santo Sangue
Santuário do Santo Sangue,
Capela das Relíquias
Abadia Premostratense, Capela do Santo Sangue
Relíquia do Milagre Eucarístico,
o Corporal manchado de Sangue
Pintura antiga do Castelo e da
Abadia de Bois-Seigneur-Isaac
© 2006, Edizioni San Clemente
Interior da Capela do Santo Sangue
Relíquia da verdadeira Cruz
BOIS-SEIGNEUR-ISAAC
BÉLGICA, 1405
ilagre Eucarístico de
No Milagre Eucarístico
de Bois-Seigneur-Isaac, a
Hóstia Consagrada sangrou
e manchou o Corporal da
Missa. A 3 de Maio de 1413,
o Bispo de Cambrai, Pedro de
Ailly, autorizou o culto desta
Sagrada Relíquia do Milagre.
A primeira procissão fez-se
em 1414.A 13 de Janeiro de
1424, o Papa Martino V,
aprovou oficialmente a
construção do Mosteiro de
Bois-Seigneur-Isaac. Ainda
hoje, o Mosteiro é meta de
peregrinação, e na sua Capela
é possível venerar a Sagrada
Relíquia do Corporal
manchado de Sangue.
partir da terça-feira que antecede o
Pentecostes do ano de 1405, ao senhor do
lugar, Jean de Huldenberg, por três vezes
consecutivas lhe aparece Jesus coberto de chagas.
Somente durante a terceira aparição, o Senhor
lhe falou dizendo-lhe: «Vai à Capela de Isaac, ali
me encontrarás». Ao mesmo tempo, também o
pároco, Pedro Ost, ouve uma voz que lhe ordenava
que se dirigisse à Capela de Isaac para celebrar a
Missa da Santa Cruz. No dia seguinte o pároco
convocou todos os fiéis para assistir à Missa na
Capela de Isaac, e entre estes estava também Jean
de Huldenberg. O sacerdote começou a celebração
da Missa e quando abriu o Corporal, vê que no
meio deste, tinha ficado, da Missa da terça-feira
precedente, um pedaço da magna Hóstia
Consagrada. Tentou então consumá-la, mas esta
não se destacava do Corporal e começou a sangrar.
O padre empalideceu e Jean, que se tinha
apercebido de tudo, socorre-o e conforta-o
dizendo-lhe: «Não tenha medo, esta maravilha vem
de Deus»; e contou-lhe também as suas visões.
Durante quatro dias, até à terça-feira
de Pentecostes, o Sangue continuou a correr,
atingindo a espessura de um dedo por três de
largura. Depois, tendo manchado quase com-
pletamente o Corporal, começou a coagular
lentamente e ficou seco. O Milagre foi visto e
atestado por muitíssimas pessoas. O Bispo de
Cambrai, Pedro de Ailly informado do
acontecimento, quer examinar pessoalmente o
Corporal manchado de Sangue, que conservou
na sua casa por cerca de dois anos. Cada ten-
tativa de remover a mancha de Sangue do
Corporal resultava inútil. O Bispo abriu então
um inquérito, onde foram recolhidos testemunhos
a propósito dos prodígios operados por esse
mesmo Preciosíssimo Sangue da Relíquia. A 16 de
Junho de 1410, o Bispo Pedro de Ailly, concedeu
40 dias de indulgências a todos aqueles que
tivessem visitado a Capela de Bois-Seigneur-
Isaac, e a 3 de Março de 1413 declarou que o
Corporal podia ser venerado como Relíquia
Sacra, instituindo uma procissão solene em honra
do Prodígio, com a exposição pública do
Santíssimo Sacramento. Ainda hoje, todos os
anos, no domingo seguinte à festa da Natividade
de Maria, os cidadãos de Bois-Seigneur-Isaac
reúnem-se em oração, para festejar a memória do
Prodígio Eucarístico.
A
Pedra do altar, na qual o Cura
de Haut-Ittre celebrou a Santa
Missa onde se verificou o Milagre
Relíquia de um espinho da
coroa de Jesus
Altar-mor, Laurent Delvaux
(XVIII século)
Coro da Capela do Santo Sangue
Santuário do Santo Sangue,
Capela das Relíquias
Abadia Premostratense, Capela do Santo Sangue
Relíquia do Milagre Eucarístico,
o Corporal manchado de Sangue
Pintura antiga do Castelo e da
Abadia de Bois-Seigneur-Isaac
© 2006, Edizioni San Clemente
Interior da Capela do Santo Sangue
Relíquia da verdadeira Cruz
BOLSENA
ITÁLIA, 1264
ilagre Eucarístico de
Um sacerdote de Praga,
que se encontrava em viagem
por Itália, estava a celebrar
a Missa na Basílica de Bolsena,
quando, no momento da
consagração acontece um pro-
dígio: a Hóstia transformou-se
em carne. Este milagre
sustenta a fé do sacerdote
duvidoso acerca da real presença
de Cristo na Eucaristia.
As Sagradas Espécies foram
imediatamente inspeccionadas
pelo Papa Urbano IV e por
S. Tomás de Aquino. O
Pontífice decide então estender
a toda a Igreja a festa do Corpo
de Cristo «com o intuito
de que este excelso e venerável
sacramento, fosse para todos,
um memorial do extraordinário
amor de Deus por nós».
s actuais pesquisas históricas confirmam,
tanto quanto reportam as testemunhas mais
antigas, sobre o Milagre que aconteceu
no Verão de 1264. Um sacerdote boémio, Pietro
de Praga, vem a Itália para uma audiência com
o Papa Urbano IV, que durante o Verão se tinha
transferido para Orvieto acompanhado por S. Tomás
de Aquino, e por numerosos outros teólogos e
Cardeais. Pietro de Praga, pouco depois de ser
recebido pelo Papa, decidiu-se a voltar para a
Boémia. Ao longo do caminho de retorno, parou
em Bolsena, onde celebrou a Missa na Igreja
intitulada de Santa Cristina. No momento da
consagração, quando o sacerdote pronunciou as
palavras que dão origem à transubstanciação,
acontece o Milagre, assim descrito numa lápide
colocada para recordação: «Imprevistamente
aquela Hóstia aparece de modo visível, verdadeira
carne banhada de sangue vermelho, excepto
naquela Partícula segura por ele: que não acredita
que acontecesse sem mistério, mas sobretudo para
fazer notar a todos, que aquela era a mesma
Hóstia que estava nas mãos do sacerdote
celebrante, elevada acima do cálice.
Graças a este Milagre o Senhor
reforçou a fé do sacerdote que apesar da sua
provada piedade e moralidade nutria grandes
dúvidas acerca da real presença de Cristo nas
Espécies do pão e do vinho consagrados. A
notícia do Milagre difunde-se rápido e quer o
Papa, quer S. Tomás de Aquino, puderam logo
verificar pessoalmente o Prodígio. Depois de
um atento exame Urbano IV aprovou o culto.
Ele decidiu então estender a festa do Corpo de
Cristo, que até àquele momento era uma festa
que compreendia somente a diocese de Liege, a
toda a Igreja universal. O Papa encarregou S. Tomás
de escrever a liturgia que viria a acompanhar a
Bula «Transiturus de hoc mundo ad Patrem»
na qual vêm expostas as razões pelas quais a
Eucaristia é tão importante para a vida da Igreja.
© 2006, Edizioni San Clemente
Tapete de flores em honra do Milagre.
Igreja de Santa Cristina em
Bolsena, altar onde se verificou
o Milagre.
Catedral de Santa Cristina
em Bolsena.
O encontro sobre a ponte de Riochiaro (Ugolino de Ilario).
Catedral de Orvieto.
A
BOLSENA
ITÁLIA, 1264
ilagre Eucarístico de
« Imprevistamente
aquela Hóstia
aparece de modo
visível, verdadeira
carne banhada
de sangue vermelho
(…)».
© 2006, Edizioni San Clemente
Francesco Trevisani.
Milagre de Bolsena,
partcular.
Pergaminho da época sobre
o milagre, do notário
Cesare Severo Durantino.
Detalhe do Relicário.
Relicário do Corporal, Ugolino de Vieri e sócios (1338),
Orvieto.
Tabernáculo onde se conserva uma das pedras manchadas
do Sangue do Prodígio, Bolsena.
Pormenor da pedra manchada de Sangue, Bolsena.
Catedral de Orvieto, capela do Sagrado Corporal.
Interior da Catedral de Orvieto.
Fragmentos da Hóstia do Milagre.
Pormenor da Missa de Bolsena.
Raffaelo (1513), Museu do Vaticano.
Adoração pública em honra da festa do Corpo de Cristo, Orvieto.
Pintura de Francesco Trevisani.
Pintura sobre a Santa Missa
de Bolsena, de Francesco Robbio.
Colecção do Museu Diocesano
de Milão.
João Paulo II durante a visita
pastoral a Orvieto
(17 Junho 1990).
BORDÉUS
FRANÇA, 1822
ilagre Eucarístico de
No Milagre Eucarístico de
Bordéus, na Hóstia exposta
para pública adoração, aparece
por mais de vinte minutos,
Jesus, abençoando. Ainda hoje
é possível visitar a Capela do
Milagre e venerar a preciosa
Relíquia do Sacrário da
Aparição, que se conserva em
Martillac, França, na igreja da
comunidade contemplativa
«La Solitude». («A Solidão»)
Milagre Eucarístico de Bordéus está ligado
estreitamente à Comunidade fundada em
1820, pelo venerável Padre Pierre Noaille,
que ainda hoje está activa sobretudo na Ásia e na
África. O Prodígio acontece vinte meses depois
da fundação da Comunidade, na sua Igreja de
Santa Eulália na Rua Mazarin em Bordéus. Jesus
aparece na Hóstia logo depois que o Abade
Delort, que justamente nesse dia substituía o
Padre Noaille nas celebrações litúrgicas, distri-
buiu a bênção com o Santíssimo Sacramento.
Os numerosos fiéis presentes puderam
contemplar por mais de vinte minutos a aparição de
Jesus, abençoando, impresso na Hóstia exposta à
veneração pública. Alguém testemunhou ter até
ouvido Jesus dizer: «Eu sou Aquele que sou». Este
acontecimento foi aprovado pelas autoridades
eclesiásticas, entre as quais o Arcebispo de
Bordéus, Monsenhor d'Aviau, que escutou pessoal-
mente os testemunhos dos fiéis que assistiram ao
Prodígio. É possível visitar, ainda hoje, a Capela
do Milagre e venerar a Preciosa Relíquia do
Sacrário da Aparição.
© 2006, Edizioni San Clemente
Retrato de Pierre-Bienvenu Noailles, fundador da Comunidade
religiosa da "Sainte-Famille-Dame de Lorette
Igreja de Santa Eulália em Bordéus
Relicário do Milagre
Interior da Igreja «La Solitude». («A Solidão»)
Madre Rita Bonnat, primeira Madre geral da Comunidade,
com duas órfãs
«La Solitude», Martillac (França), Mosteiro da Santa Família
O
BOXMEER
HOLANDA, 1400
ilagre Eucarístico de
Em Boxmeer, na Holanda,
no ano de 1400, as espécies
do vinho transformaram-se
em Sangue e saíram do
cálice, espalhando-se sobre
o Corporal. O padre,
aterrorizado com esta visão,
pede imediatamente perdão
a Deus e o Sangue cessou
imediatamente de sair do
cálice. O Sangue que caiu
sobre o Corporal coagulou,
formando uma massa
do tamanho de uma noz.
É possível ver, ainda hoje,
o Sangue que não sofreu
nenhuma alteração no tempo.
Milagre Eucarístico de Boxmeer verificou-
se na Igreja de S. Pedro e Paulo, em 1400.
O sacerdote Arnoldus
Groen, estava a celebrar a Missa e imedia-
tamente depois de ter consagrado as espécies
eucarísticas, duvidou da presença real do Senhor
no pão e no vinho consagrados. As espécies do
vinho começaram inesperadamente como que a
fervilhar, vertendo do cálice e espalhando-se
sobre o corporal. O vinho tinha-se transmutado
em Sangue, que coagulou formando um grande
grumo. A Relíquia do Corporal e do Sangue,
ainda hoje se conserva e o aniversário do
Prodígio todos os anos se festeja com uma
procissão solene. São numerosos os documentos
que narram o Prodígio, entre os quais estão
muitas lápides e pinturas, e os próprios
Pontífices, Clemente XI, Bento XIV, Pio IX
e Leão XIII manifestaram uma particular
devoção para com o Prodígio.
O
© 2006, Edizioni San Clemente
Igreja de S. Pedro e Paulo
em Boxmeer
Relíquia do Sangue
Procissão em honra do Prodígio
Vitral no interior da Igreja no
qual está representado o Prodígio
Interior da Igreja
BOXTEL-HOOGSTRATEN
HOLANDA, 1380
ilagre Eucarístico de
Boxtel é famosa, sobretudo por
um Milagre Eucarístico que se
verificou por volta de 1380.
Um padre de nome Eligio van
der Aker estava a celebrar Missa
diante do altar dos Reis Magos.
Inadvertidamente, logo após a
consagração, derrubou o cálice
com o vinho branco consagrado
lá dentro, o qual se transformou
em Sangue e manchou o
corporal e a toalha do altar.
A Relíquia do corporal
manchado de Sangue conserva-
se ainda agora em Boxtel, e a
toalha, por sua vez, foi dada à
cidadezinha de Hoogstraten.
O documento mais respeitável
que relata o Milagre é um
decreto escrito em 1380
pelo Cardeal Pileus.
m 1380, o sacerdote Eligio van der Aker
celebrou a Missa na Igreja de S. Pedro.
Pouco depois de ter consagrado as espécies
do vinho, entornou-o inadvertidamente sobre o
corporal e sobre a toalha do altar. Muito embora
ele tivesse utilizado vinho branco para a Missa,
este transformou-se em Sangue. No final da
celebração o sacerdote corre para a sacristia e
tenta remover as manchas de Sangue dos sagrados
linhos, mas cada tentativa sua resultou inútil.
Não sabendo o que fazer, esconde a toalha e o
corporal numa mala debaixo da cama.
Só à hora da morte, revelou o segredo
ao seu confessor, o Padre Enrico van Meerheim,
que logo informou o Cardeal Pileus, que, naquele
tempo, era o delegado apostólico do Papa
Urbano VI e titular da Igreja de Santa Prassede.
O Cardeal, após ter executado um aprofundado
inquérito sobre como se desenvolveram os
factos, a 25 de Junho de 1380 deu autorização
para o culto, através de um decreto. Em 1652,
por causa de lutas religiosas, as Relíquias foram
transportadas para Hoogstraten, nos confins da
Bélgica. Só em 1924, depois de insistentes
pedidos, o corporal manchado de Sangue foi
restituído à pequena cidadezinha de Boxtel.
Todos os anos, por ocasião da festa da
Santíssima Trindade, os cidadãos de Boxtel
organizam uma procissão solene em memória
do Prodígio Eucarístico, e expõem a Relíquia
para veneração pública.
E
© 2006, Edizioni San Clemente
Exterior da Igreja de
S. Catarina, Hoogstraten
Interior da Igreja
A Relíquia levada em Procissão
Relíquia do Corporal
ensanguentado
Por amável concessão
do Instituto Meertens
Representações antigas do Prodígio
Antiga pintura existente na Igreja
na qual está ilustrado o Prodígio
Relíquia do Sangue do Prodígio,
Igreja de Santa Catarina
O Milagre Eucarístico verificou-se
na Igreja de S. Pedro em Boxtel
BREDA-NIERVAART
HOLANDA, 1300
ilagre Eucarístico de
O Milagre Eucarístico de
Breda-Niervaart realizou-se
a 24 de Junho de 1300.
Naquele tempo, a Holanda
estava ocupada por tropas do
exército espanhol e, durante
um saque, um soldado roubou
uma Hóstia Consagrada que
foi encontrada, pouco tempo
depois, por um camponês de
nome Jan Bautoen, escondida
sobre um montão de terra e
em perfeito estado. Um dos
documentos mais conceituados
e completos que descrevem
os acontecimentos ligados a
este Milagre é a pesquisa
desenvolvida pelo Bispo de Link.
Do Prodígio ficaram pistas,
não só nos documentos mas
também nas pinturas da Igreja.
24 de Junho de 1300, o camponês Jan
Bautoen está a cavar um terreno situado na
vizinhança da aldeia de Niervaart. Ao levantar
um montão de terra, encontrou uma Hóstia
completamente intacta, que confiou de imediato
ao pároco da aldeia de Niervaart. A Hóstia foi
colocada numa preciosa custódia, e embora tivessem
transcorrido dez anos, constatou-se que as espécies
do pão se mantinham intactas. A notícia correu
depressa entre a gente que começou a venerar
a Hóstia.
Em 1449, a Partícula foi transferida para
a igreja Colegiada de Nossa Senhora de Breda, e
para guardá-la foi construído um artístico
Relicário. Com as lutas religiosas, perdeu-se infe-
lizmente o rasto da Hóstia milagrosa, mesmo que
o povo tenha mantido sempre viva a devoção para
com este Prodígio Eucarístico. Após vicissitudes
alternadas, no século XX o culto foi solenemente
restabelecido por uma Confraria de Breda
dedicada ao Santíssimo Sacramento. Ainda
hoje, a cada ano, durante a festa do Corpo de
Deus, se fazem procissões e orações públicas em
honra do Prodígio.
A
© 2006, Edizioni San Clemente
Igreja Colegiada de Nossa
Senhora, Breda
Interior da Igreja
Artístico Relicário, no qual a
Hóstia milagrosa era levada
em procissão, Breda
Procissão que se realiza todos
os anos em honra do Prodígio
A relíquia da Hóstia do Prodígio é levada em procissão (1535),
Museu Sacro de Breda
Por amável concessão do
Instituto Meertens
Estandarte representando a
descoberta da Hóstia do Milagre
BRUGES
BÉLGICA
O Preciosíssimo Sangue de Jesus
Os mais antigos documentos
respeitantes ao Santo Sangue
de Bruges remontam a 1256.
O Santo Sangue, provavelmente
fazia parte de um grupo de
Relíquias sobre a Paixão de
Cristo que se conservavam no
Museu Imperial de Bucoleon,
em Constantinopla. Em
1203, Constantinopla foi
sitiada e conquistada pelos
croatas. Balduíno IX, Conde
da Flandres, depois de ter sido
coroado o novo imperador,
envia a Relíquia do
Preciosíssimo Sangue
para a sua pátria em Bruges.
ecentemente foram realizadas análises na gar-
rafa de cristal de rocha, contendo o Santo
Sangue. A datação da garrafa remonta ao XI
século. É também certo que a garrafa foi executada
numa área próxima de Constantinopla. Mesmo que
na Bíblia nunca tenha sido mencionado explicita-
mente que o Sangue de Cristo tenha sido guardado,
num dos Evangelhos Apócrifos, diz-se que José de
Arimatea conservou algumas gotas de Sangue de
Jesus. Segundo uma antiga tradição, o Conde
Diederik van den Elzas levou a garrafa contendo o
Sangue de Cristo, de Jerusalém para Bruges na
segunda cruzada. Recentes investigações, porém,
puseram em evidência o facto de que a Relíquia ter
chegado a Bruges mais tarde, possivelmente por
volta de 1250, e que provinha de Constantinopla.
A adoração da Relíquia é a ori-
gem da famosa procissão internacional que se faz
todos os anos, através das ruas da cidade, no dia da
festa da Ascensão. Os cidadãos de Bruges vestem-
se com fatos históricos e reproduzem cenas bíbli-
cas e a chegada do Conde da Flandres que trans-
porta a Santa Relíquia.
R
© 2006, Edizioni San Clemente
século. É também certo que a garrafa foi executada
Relíquia do Preciosíssimo Sangue
O cavaleiro simula ser o Conde
da Flandres que transporta o
Preciosíssimo Sangue
Igreja do Preciosíssimo Sangue
Procissão em honra do
Preciosíssimo Sangue
Pormenor de Bruges
Interior da Igreja do
Preciosíssimo Sangue, Bruges
BRUXELAS
BÉLGICA, 1370
ilagre Eucarístico de
Na Catedral de Bruxelas,
encontram-se muitos
testemunhos artísticos do
Milagre Eucarístico que se
verificou em 1370. Hóstias
Consagradas foram roubadas
por profanadores, que, com
cutelos, as apunhalaram num
acto de revolta. Dessas
Partículas começou a correr
Sangue vivo. O Milagre foi
venerado até há poucas dezenas
de anos atrás. Numerosos
Relicários de várias épocas,
utilizados para conter as
Hóstias Prodigiosas do
Milagre do Santo Sacramento,
conservam-se, ainda hoje, no
contíguo Museu da Catedral,
a antiga capela dedicada ao
SS. Sacramento. Estão lá
também tapeçarias do século
XVIII, que evocam o evento
miraculoso.
s cinco vitrais que ornam a nave lateral da
Catedral recordam as várias fases do
Milagre Eucarístico e foram executados em
diversas épocas, entre 1436 e 1870. Os reis da
Bélgica, Leopoldo I e Leopoldo II ofereceram
os dois primeiros vitrais da parte baixa. Os
outros foram presenteados por famílias nobres do
país. Os primeiros dez vitrais (oito na nave
lateral direita, junto ao coro, e dois no fundo da
nave lateral esquerda), representam a história
do Prodígio, tal como era transmitida em
Bruxelas a partir da metade do XV século. O
antigo documento narra: «No Outono de 1369,
um rico mercador de Enghien, hostil à religião
católica, mandou roubar Hóstias Consagradas.
Para efectuar o furto serviu-se da ajuda de um
jovem de Lovanio (vitrais 1-3). O mercador,
porém, foi assassinado misteriosamente, poucos
dias depois. A sua viúva, então, ao pensar numa
punição do Céu, desembaraçou-se rapidamente
das Partículas, que doa a amigos do marido,
também eles contrários à religião. Estes, na
Sexta-feira Santa de 1370, efectuaram uma
cerimónia privada, na qual golpearam as
Hóstias com cutelos, em sinal de afronta (vitrais
1-5). Das Hóstias floresceu Sangue (vitrais 4-5).
O acontecimento provocou muita
perturbação no ânimo dos profanadores, que,
por sua vez, se desembaraçaram também das
Hóstias e as deram, mediante pagamento, a um
abastado comerciante católico. O homem
contou toda a história ao Cura da Igreja de
Nossa Senhora de La Chapelle, em Bruxelas. O
cura toma conta das Hóstias (vitrais 6-7), e os
profanadores foram condenados à morte pelo
Duque de Brabant (vitrais 8-9). Em seguida as
Santas Partículas foram transferidas com uma
solene procissão para a Catedral de Santa Gudula
(vitral 10)». O Sacramento do Milagre revestiu-se
de um papel muito importante na história da
cidade e foi considerado um símbolo nacional.
O
Catedral de Santa Gudula
e São Miguel, Bruxelas
Detalhe de um dos vitrais da
Catedral de Santa Gudula e São
Miguel, no qual está representado
o Milagre Eucarístico
Ilustrações antigas que reproduzem o Milagre
O Milagre Eucarístico de
Bruxelas, Museu Hiéron,
Paray-le-Monial.
Interior da Catedral de Santa Gudula e São Miguel, Bruxelas
© 2006, Edizioni San Clemente
Vitrais da Catedral nos quais estão representados os eventos
ligados ao Prodígio Eucarístico
© 2006, Edizioni San Clemente
Milagre Eucarístico de
BUENOS AIRES
ARGENTINA, 1992-1994-1996
Na paróquia de Santa Maria
de Buenos Aires ocorreram 3
Milagres Eucarísticos em
1992, 1994 e 1996. O Professor
Ricardo Castañon Gomez foi
chamado pelo então arcebispo
de Buenos Aires, nada menos
do que o atual Papa Francesco,
paraanalisaromilagreacontecido
em 15 de agosto de 1996.
m 1992, após a missa da sexta-feira 1° de
maio, ao preparar a a reserva eucarística,
o ministro da Eucaristia encontrou
pedaços da hóstia consagrada no corporal.
Se-guindo o que a Igreja prescreve em tais
situações, o sacerdote pôs os fragmentos em um
recipiente com água, que depois foi colocado no
Tabernáculo, até se dissolverem. Uns dias depois,
alguns sacerdotes foram verificar e descobriram
que nada tinha mudado. Após sete dias, na
sexta-feira 8 de maio, o Tabernáculo foi aberto e
os fragmentos da hóstia tinham uma cor
avermelhada que parecia sangue. No domingo
seguinte, 10 de maio, durante duas missas
vespertinas, apareceram pequenas gotas de
sangue na patenas, com o qual os sacerdotes
distribuíam a comunhão. No domingo 24 de
julho de 1994, durante a missa das crianças,
enquanto o ministro da Eucaristia pegava a
píxide do tabernáculo, viu uma gota de sangue
que escorria pela parede do mesmo. No dia 15
de agosto de 1996, durante a missa da Assunção
da Santíssima Virgem, uma hóstia consagrada
teve de ser colocada novamente, que tinha caído
no chão durante a distribuição da comunhão, em
um recipiente de água para que se dissolvesse.
Alguns dias depois, em 26 de agosto, um
ministro da Eucaristia abriu o Tabernáculo e viu
que a hóstia tinha se transformado em sangue.
E
Foto em que se vê o Professor Castañon Gomez, que começa a investigar
o milagre e questiona os padres que foram testemunhas diretas dos fatos.
Eles confirmaram que dois pedaços da hóstia consagrada sangraram em
maio de 1992. Ela foi colocada em água destilada, que infelizmente é a
pior maneira de preservar algo. Depois pediram uma paroquiana que era
uma química para analisar o hóstia que sangrava. A doutora descobriu
que era sangue humano, e que tinha uma fórmula leucocitária completa.
Também disse que ficou muito surpresa em descobrir que os glóbulos
brancos do sangue eram ativos, o que normalmente indica uma infeção.
A doutora, no entanto, não conseguiu realizar o exame genético, pois
naquela época não era possível.
Amostra da hóstia que transformou em sangue em 1996
É possível receber informações sobre o milagre a cada 3° sexta-feira
do mês das 20:00 às 22:00 e todos os últimos sábados do mês às 11
horas. Paróquia Santa Maria, Av. La Plata 286. Buenos Aires.
Foto da amostra da hóstia
que sangrou em 1992
1
O Professor Castañon Gomez
mostra um das amostras
da hóstia que se transformou
em carne em 1992
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Milagre Eucarístico de
BUENOS AIRES
ARGENTINA, 1992-1994-1996
Esta é a resenha feita pelo Professor
Castañonsobreomilagreeucarístico
ocorrido em 1996, na paróquia
deSantaMaria:«Nodia15deagosto
de 1996, um fiel recebeu a hóstia
consagrada em suas mãos para
comungar mas inadvertidamente
deixou-a cair no chão e pensou
que seria melhor não pegá-la
porque parecia-lhe “suja”. Outra
pessoa mais pia percebeu o que
tinha acontecido, recolheu-a
e guardou-a, informando
imediatamente ao padre Alejandro
Pezet.Opadre,seguindoasdiretivas
daIgrejarelativasataiscircunstâncias,
colocou a hóstia em um recipiente
com água e guardou-a no
tabernáculo até que dissolvesse».
o dia 26 de agosto o tabernáculo
foi reaberto para que o recipiente
com a hóstia caída fosse retirado e
descobriu-se que dissolveu e
apresentava algumas manchas avermelhadas que
aumentavam a cada dia. Os padres da paróquia foram
imediatamente procurar ao Arcebispo de Buenos
Aires, para dizer-lhe o que tinha acontecido. Foi
decidido esperar antes de prosseguir com a
investigaçãoeem1999,depoisqueoArcebisposoube
que eu estava realizando estas investigações científicas
gratuitamente,meencarregoudecuidardocaso.Em6
deoutubrode1999,fuiparaBuenosAireseentrevistei
os5sacerdotesquetestemunharamemedisseremque
houve outro caso de hóstia consagrada em maio de
1992.Elestinhamcolocado-aemáguadestilada,queé
a pior maneira de preservar alguma coisa, e por isso
fiquei muito preocupado. Todo mundo sabe que
quando se extrai sangue, pode-se obter a fórmula
leucocitária (glóbulos brancos). No sangue há uma
variedade de glóbulos brancos com características
específicas. Os sacerdotes, no primeiro milagre,
pediramaumaparoquiana,queeraumaquímica,que
analisasse a hóstia que sangrava. A doutora descobriu
que era sangue humano, e que tinha uma fórmula
leucocitáriacompleta.Surpreendeu-seaodescobrirque
os glóbulos brancos eram ativos. A doutora, no
entanto, não tinha sido capaz de realizar o exame
genético, pois naquela época não era um
procedimento usual. Coletei uma amostra das duas
hóstias que sangraram diante do notário do arcebispo
quecertificoualegalidadedessaação,conformeexigido
pela autoridade da Igreja na Argentina. Gostaria de
salientar que antes que você me convidasse, o então
arcebispodeBuenosAiresjátinhafeito contatocoma
Santa Sé pedindo as minhas referências. As referências
foram dadas pelo S.E. Mons. Gianfranco Girotti, que
na época era subsecretário junto a Congregação para a
Doutrina da Fé e assistente direto do Cardeal
Ratzinger. Nodia21deoutubrofuiaoLaboratóriode
genéticaforenseanalíticadeSãoFrancisco,quedeveria
realizar a análise de amostras que eu tinha trazido. Em
28 de janeiro de 2000 encontraram os fragmentos de
DNAhumanonasamostras,erasanguehumano,que
continha o código genético humano. Em março de
2000, fui informado que participaria da análise, assim
como o famoso médico legista especialista em
histopatologia Robert Lawrence, um dos maiores
especialistas em tecidos. Surpreendi-me também com
a participação do Dr. Robert Lawrence, porque isso
implicariaimportantescustosqueeudeveriasustentar,
masdisseram-mequequeriamsuacooperaçãoporque
foram encontradas nas amostras substâncias que se
assemelhavam a tecidos humanos. Dr. Lawrence
estudou as amostras e encontrou pele humana e
glóbulos brancos. Em dezembro de 2000. Lawrence
medissequeconseguiriamaisamostrasdeDNA».
A relíquia da hóstia transformou-se em carne,
em 1996, na freguesia de Santa Maria, em Buenos Aires.
O então arcebispo de Buenos Aires,
o Cardeal Bergoglio, com Dr. Castañon Gomez
e alguns sacerdotes da Paróquia Santa Maria.
2
O pai Alejandro Pezet, o protagonista
no milagre ocorreu em 1996.
Tabernáculo na Igreja
de Santa Maria onde a relíquia do milagre
«N
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Milagre Eucarístico de
BUENOS AIRES
ARGENTINA, 1992-1994-1996
«Em 2001, levei as minhas
amostras para o Professor
Linoli que identificou as células
brancas e disse-me que, com
grande probabilidade, essas
correspondiam ao tecido do
coração. Os resultados obtidos
das amostras eram semelhantes
aos estudos realizados sobre a
hóstia do milagre de Lanciano.
Em 2002, mandamos a amostra
para o Professor John Walker,
na Universidade de Sydney na
Austrália, que confirmou que
as amostras tinham glóbulos
brancos e células musculares
intactas e todos sabem que os
glóbulos brancos, fora do
nosso corpo após 15 minutos
se desintegram e já tinham
passado 6 anos».
m setembro de 2003 procurei o
Professor Robert Lawrence que me
confirmouque comasnovaspesqui-
sas era possível concluir que a amostra
podiacoincidircomotecidodeumcoraçãoinflama-
do. Portanto, estudos tinham provado que esses
tecidoseramdeumcoraçãoinflamado:issosignifica-
va que a pessoa a quem pertencia devia ter sofrido
muito. Para esclarecer nossas dúvidas no dia 2 de
março de 2004, encontramos o melhor especialistas
em doenças do coração e medicina forense, Professor
FrederickZugibe,NovaIorque,ColumbiaUniversi-
ty O professor não sabia, no entanto, que a amostra
que eu tinha levado pertencesse à hóstia.
"A amostra que ele me trouxe - disse-me Professor
Zugibe - é o músculo do coração, do miocárdio,
exatamente é o ventrículo esquerdo" e confirmei que
meu paciente tinha sofrido muito. Então lhe pergun-
tei: “Doutor, por que meu paciente sofreu muito?”.
Ele respondeu: “Porque seu paciente tinha coágulos,
às vezes, não conseguia respirar, pois não tinha
oxigênio e sofreu muito porque cada aspiração era
dolorosa.Provavelmentelevouumgolpenaalturado
peito. Também o coração apresentava uma atividade
dinâmica (viva) no momento em que trouxe a amo-
stra”. “Por que?” Lhe perguntei. “Porque encontra-
mos glóbulos brancos intactos e os glóbulos brancos
são transportados apenas pelo sangue e então se
existem glóbulos brancos é porque no momento em
que o senhor me trouxe a amostra, o material estava
pulsando”. O professor então perguntou a quem
pertencia esta amostra e quando lhe dissemos que
provinhadeumahóstiaconsagrada,exclamou:“Não
acredito”. Ficou muito impressionado. O mesmo
Professor mostrou-nos em um livro o caso de um
paciente que apresentava as mesmas lesões semelhan-
tes àquelas da amostra que havíamos trazido. O
miocárdio é o músculo que dá vida a todo o coração
e ao nosso corpo. Um teólogo, com razão, salientou
que o fato de que tenha sido o miocárdio não foi
aleatório, mas escondia um simbolismo. O senhor
neste milagre quis mostrar o miocárdio, que é o
músculoquedávidaaocoração,assimcomoaEuca-
ristia faz com a igreja. E por que o ventrículo esquer-
do? Porque dali sai o sangue purificado e Jesus é
aquele que purifica a sua Igreja de seus pecados.
“Doutor- disse-me Professor Zugibe- no momento
em que o senhor trouxe esta amostra, este coração
estava vivo!”. Seu relatório foi enviado em 26 de
março de 2005, 5 anos e meio após o início dos
estudos e as conclusões foram as seguintes: “Trata-se
do tecido do coração que sofre alterações degenerati-
vas do miocárdio e essas alterações são devido ao fato
dequeascélulasestãoinflamadaseestãorelacionadas
comoventrículoesquerdodocoração».Nodia17de
março levei os resultados ao cardeal Maria Bergoglio.
«E
Quando o Professor Zugibe
soube que a amostra era originária
de uma hóstia consagrada,
exclamou: “Não acredito” e
ficou muito impressionado.
Ele mesmo mostrou-nos em
um livro o caso de um paciente
que apresentava as mesmas
lesões semelhantes àquelas da
amostra que havíamos trazido.
Dr. Zugibe confirmou que, no
momento em que ele entregou
a amostra a analisar a mesma
apresentava uma atividade vital.
O Professor Zugive confirmou que a amostra correspondia ao
músculo O Professor Zugive confirmou que a amostra correspondia
ao músculo cardíaco, do miocárdio, o ventrículo esquerdo e que o
paciente ao qual pertencia tinham sofrido muito por causa de coágulos
de sangue que indicavam que em alguns momentos ele não conseguia
respirar devido à falta de oxigênio e cada respiração era muito dolorosa.
De acordo com o Professor o paciente tinha levado um golpe no
peito. Também o coração teve uma atividade dinâmica (viva) no
momento em foi levado ao laboratório visto que foram encontrados
glóbulos brancos intactos que são transportados pelo sangue, isso só
confirmou que a amostra estava pulsando.
É importante notar que se se extrai o sangue de uma pessoa, depois de
15 minutos os glóbulos brancos se desintegram. Portanto, é absolutamente
inexplicável do ponto de vista científico que, em 2005, em 1996 houvesse
amostras de glóbulos brancos no sangue Isso mostra que o coração
tinhaumaatividadedinâmicaevivanomomentoemqueforamrecolhidas
as amostras.
Em 15 de agosto de 1996, padre Alejandro Pezet, pegou do chão
uma hóstia consagrada que depois de ter colocado em um recipiente
com água para dissolvê-la, conservou-a no tabernáculo. Quando no
dia 26 de agosto reabriu o Tabernáculo a mesma estava coberta por
uma substância avermelhada.
3
Em 2001 Professor Edoardo
Linoli na Itália, o mesmo que
analisou o milagre de Lanciano,
confirmou que esta não era pele,
mas provavelmente um fragmen-
to de tecido do coração humano.
Também oDr. John Walker,
professor da Universidade de
Sidney, na Austrália, estudou a
amostra sem saber de onde veio
e concluiu que se tratava de
uma amostra de pele humana
que continha células musculares,
e também que havia glóbulos
brancos intactos (é importante
evidenciar que os glóbulos
brancos, fora do corpo depois
de 15 minutos se desintegram e
nesse caso já tinham passado 6
anos e eles estavam intactos).
Em 2 de março de 2004,
Professor Frederick Zugibe, da
Universidade de Colúmbia,
Nova York, o especialista em
medicina forense do coração
recebeu a amostra sem saber que
derivava de uma hóstia consagra-
da que tinha sangrado.
Aorta
Artéria pulmonar
Veia pulmonar
Átrio esquerdo
Ventrículo esquerdo
Músculo do miocárdio
Átrio direito
Ventrículo direito
CALANDA
ESPANHA, 1640
O “Milagre dos Milagres”
O jovem Miguel-Juan Pellicer
teve a sua perna amputada
por causa de um acidente,
mas graças à sua grande
devoção ao Santíssimo
Sacramento e à Virgem
do Pilar, aconteceu
o grande milagre que foi
imediatamente reconhecido
e aprovado pelo Bispo de
Zaragoza, quem presidiu
o processo canônico. Na
sentença definitiva ele
escreveu que “a Miguel-Juan
Pellicer de Calanda, foi
restituída milagrosamente
a perna direita, amputada
anos atrás e isso não foi um
fato natural, mas milagroso”.
iguel-Juan Pellicer, nasceu em 1617 em
Calanda, um vilarejo a uns cem quilômetros
de Zaragoza, numa família de pobres
camponeses. Aos 19 anos decidiu trabalhar com
um tio em Castellon de la Plata. Um dia, durante
os trabalhos do campo, uma carroça cheia de
grãos passou em cima dele e Miguel-Juan foi
levado ao hospital geral de Valença com a perna
direita fraturada.
Juan viu que os médicos daquele hospital não
eram capazes de curá-lo, assim que saiu de lá e
viajou trezentos quilômetros para chegar em
Zaragoza e pedir ajuda à Nossa Senhora do Pilar.
Caminhou com muletas, apoiando o joelho da
perna fraturada e infeccionada num pedaço de
madeira. Chegou a Zaragoza em outubro de
1637 exausto e febril, arrastou-se até o Santuário
do Pilar onde se confessou e recebeu a Eucaristia;
depois foi internado no Real Hospital da Graça.
Dado o estado da gangrena os médicos estabe-
leceram que o único modo de salvar a sua vida
era amputando a perna, assim ela foi cortada
com serra e escalpelo quadro dedos abaixo do
joelho e cauterizada com ferro incandescente.
Um jovem estagiário, Juan Lorenzo
Garcia, recolheu o membro amputado e enterrou-o
no cemitério anexado ao hospital. Desse dia em
diante, Miguel foi obrigado a sobreviver pedindo
esmola nas portas do Santuário da Virgem do
Pilar. Todas as manhãs estava presente na Missa
e rezava com fervor diante do Santíssimo
Sacramento e tinha o costume de ungir a perna
amputada com o óleo da lâmpada do Tabernáculo.
Depois de três anos fora de casa, decidiu regressar
e a família o acolheu com afeição.
Em março de 1640, depois de uma vigília
mariana, Miguel-Juan, sentindo-se muito can-
sado, foi a descansar mais cedo e como sempre,
ungiu a sua ferida com o óleo da lâmpada do
Santíssimo Sacramento do Santuário da Virgem
do Pilar.
Quando a mãe de Miguel foi ver se ele estava
bem, observando-o enquanto dormia, viu dois pés
debaixo das cobertas e não um só. Miguel-Juan
tinha recuperado milagrosamente a mesma perna
que tinha sido enterrada três anos antes pelo
estagiário Garcia. De acordo com o testemunho
dos presentes e com o processo canônico “a
perna era pálida, menor e com a massa muscular
mais reduzida, mas era perfeitamente viva e
permitia caminhar”.
M
© 2006, Edizioni San Clemente
De acordo com a lenda, a capela
primitiva do Santuário foi
construída pelo apóstolo Tiago,
o Maior, no ano 40 em memória
da prodigiosa vinda da Virgem
de Jerusalém a Zaragoza para
consolá-lo, porque ele estava
muito desapontado com os
resultados negativos da sua
evangelização. “O Pilar” é a
coluna de alabastro na qual a
Virgem apoiou os seus pés.
Santuário da Virgem do
Pilar, Zaragoza
Pintura antiga que retrata o
Milagre presente no Santuário
do Pilar
Documento original do
notário Miguel Andreu do dia
2 de abril de 1640 no qual se
certifica o Milagre de Calanda
João Paulo II diante
da estátua da Virgem do Pilar
em Zaragoza
O Papa Pio XII rezando
diante de uma estátua da
Virgem do Pilar que tinha
recebido de presente
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  • 2. Em todo o mundo, diversas instituições religiosas reproduziram esta mostra que foi iniciada por Carlo Acutis antes de morrer. Os Milagres Eucarísticos são aqueles que estão relacionados com a Eucaristia e com a sagrada hóstia e que foram reconhecidos pela Igreja. Um exemplo a ser citado é a vida milagrosa de Marthe Robin, uma mulher que viveu no interior da França e, durante cinquenta e três anos, alimentou-se exclusivamente de Eucaristia. Ela faleceu em 1981 e dedicou sua vida ao amor a Jesus. Para Dom Alessandro, esses milagres ajudam a revigorar a devoção e o respeito pela Eucaristia. “A partir da hóstia consagrada, aconteceram fatos interessantes no mundo inteiro”, afirma. Dom Alessandro ressalta ainda que o conhecimento destes eventos extraordinários reconhecidos pela Igreja vivifica a fé dos devotos no sacrifício do Corpo e Sangue do Senhor Jesus Cristo. Além disso, Dom Alessandro reitera que os Milagres Eucarísticos são uma ação de Deus que prova, por meio da eucaristia, a sua presença real. "Os Milagres Eucarísticos pretendem confirmar esta fé, que se baseia nas Palavras de Jesus, segundo as quais o que parece pão já não é pão, e o que parece vinho já não é vinho. Efetivamente, nos Milagres Eucarísticos figuram a Carne e o Sangue, ou um ou outro, conforme o
  • 3. caso. O propósito dos Milagres é provar que não devemos olhar para a aparência exterior (pão e vinho), mas para a substância, a verdadeira realidade da coisa, que é carne e sangue"; Carlo viveu uma vida de amor e devoção a Cristo e à Eucaristia e utilizou a internet e as tecnologias para evangelizar e interceder pela vida daqueles que não conhecem a Jesus. Faleceu de leucemia em 2006 e foi beatificado em 2020. Em vida, Acutis idealizou uma exposição sobre os Milagres Eucarísticos ao redor do mundo. Embora tenha falecido antes de finalizar a mostra, sua ideia teve continuidade através de outros fiéis que seguiram o planejamento feito por Carlo. LINKS: https://noticias.cancaonova.com/igreja/santuario- de-caravaggio-tem-exposicao-idealizada-pelo- beato-carlo-acutis/ https://caravaggio.org.br/pagina/carlo-acutis
  • 4. Mostra internacional Idealizada e realizada por Carlo Acutis SERVO DE DEUS CARLO ACUTIS (*Londres, 3 de maio de 1991 + Milão 2 de outubro de 2006) OS MILAGRES EUCARÍSTICOS NO MUNDO se locomover continuamente para vê-lo e hoje temos muito mais sorte porque podemos encontrá-lo em qualquer igreja perto de casa. Dizia, “Temos Jerusalém em nossa casa”. Como um bom catequista que era, fez seu melhor para encontrar formas cada vez mais atuais para ajudar os outros a reforçar sua própria fé. Por isso, deixou como herança suas mostras, entre as quais aquela dos Milagres Eu- carísticos. Foi em 2002, visitando as exposições do Encontro de Rimini, que Carlo decidiu criar uma mostra sobre os Milagres Eucarísticos re- conhecidos pela Igreja. Um trabalho desafiador em que envolveu também sua família por cerca de dois anos e meio. Os efeitos espirituais que a mostra está trazendo eram então imprevisíveis. Hoje podemos afirmar que a mostra foi hospe- dada em todos os 5 Continentes. Muitos pasto- res também pediram para reunir o material em um catálogo que tinha o prefácio autorizado pelo Cardeal Angelo Comastri, Arcipreste da Basílica Papal do Vaticano e Vigário Geral de Sua Santidade para a Cidade do Vaticano, e do S.E. Mons. Raffaello Martinelli, então Chefe do Escritório de Catequese da Congregação para a Doutrina da Fé. A partir daquele mo- mento a mostra, se pudermos dizer assim visto os resultados, “está fazendo milagres”. Apenas nos Estados Unidos, graças à ajuda dos “Cava- leiros de Colombo, da “The Cardinai Newman Society e da The Real Presence Association and Education, com o patrocínio do Cardeal Edmond Burke, foi hospedada em milhares de paróquias, em mais de 100 Universidades. Foi também promovida por algumas Conferências Episcopais, inclusive a da Filipina, Argentina, do Vietnã, etc. Ela chegou até mesmo à China e à Indonésia. Importantes Basílicas e San- tuários hospedaram a mostra de Carlo, entre eles o Santuário de Fátima, por ocasião do cen- tenário de Francisco Marto. Nas páginas www.carloacutis.com w www.miracolieucaristic.org é possível visitar virtualmente os lugares em que estes milagres aconteceram e também é possível baixar direta- mente os painéis. A Mostra é gratuita e é possível solicitar sua entrada através do endereço de e-mail a seguir: info@carloacutis.com Ou escrevendo para: Associazione Amici di Carlo Acutis Via Ariosto 21 - 20145 Milão Tel: 3396340122 1. (S.E. Card. Angelo Comastri, Prefácio para N. Gori, Carlo Acutis. Um jovem para os jovens) ara seguir em direção a esta Meta, e não “morrer como cópia”, Carlo dizia que nossa Bússola deve ser a Palavra de Deus, com a qual devemos lidar constante- mente. Mas, para uma Meta alta assim, são ne- cessários Meios muito especiais: os Sacramen- tos e a oração. Carlo colocava o Sacramento da Eucaristia no centro de sua própria vida, o qual chamava de “meu caminho para o Céu”. Aceito para a Primeira Comunhão com apenas 7 anos, até hoje nunca faltou a um compromis- so diário com a Santa Missa e Reza o Terço. Procurava sempre fazer um pouco de Adoração Eucarística, uma vez que estava convencido de que “ao ficar diante de Jesus na Eucaristia as pessoas podem se tornar santos”. Carlo sempre se perguntava por que eram vistas filas quilométricas de pessoas que ficam horas espe- rando para ver um show de Rock ou um filme, mas essas mesmas filas não eram vistas em frente a Jesus na Eucaristia. Dizia que as pessoas não tinham ideia do que estavam perdendo, se as igrejas estivessem totalmente cheias, imagine só o que poderia ser feito. No Santíssimo Sacra- mento — repetia entusiasmado — Jesus está presente da mesma forma como estava presente há 2.000 anos, nos tempos dos Apóstolos, só que naquele tempo as pessoas eram obrigadas a «“Meu objetivo de vida é estar sempre junto a Jesus”. Com estas poucas palavras, Carlo Acutis, o rapaz que morreu de leucemia aos 15 anos, descreve sua breve existên- cia: Viver com Jesus, por Jesus e em Jesus”» 1 . Para citar as palavras de Carlo: “Nossa Meta deve ser o infinito, não o finito. O infinito é nossa Pátria. Sempre nos esperam no Céu”. É sua a frase: “Todos nascem como originais, mas muitos morrem como cópias”. P
  • 5. Mostra internacional O que é um Milagre Eucarístico? MILAGRES EUCARÍSTICOS NO MUNDO secretamente sob as espécies da carne e do sangue. Se na verdade a carne e o sangue que aparecem fossem na verdade a carne e o sangue de Jesus, deveríamos dizer que Jesus ressuscita- do, que reina impassível à direita do Pai, perde uma parte de sua carne e do seu sangue, aquilo que não pode ser de forma alguma admitido. Devemos dizer, portanto, que a carne e o sangue que aparecem nos milagres estão no gênero das espécies ou aparências ou acidentes, nada mais nada menos do que a espécie do pão e do vinho. O Senhor realiza estes milagres para dar um sinal, fácil e visível a todos, de que na Eucaristia existe o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue do Senhor. Mas este verdadeiro corpo e este ver- dadeiro sangue não são aqueles que aparecem, mas sim aqueles contidos substancialmente sob as espécies ou aparências que, antes do milagre, eram pão e vinho e, após o milagre, são carne e sangue. Sob as aparências da carne e do sangue Jesus se mantém verdadeiramente e substancial- mente como estava antes do milagre. Por isso podemos adorar Gestos realmente presentes sob as espécies da carne e do sangue. Padre Roberto Coggi o.p s Milagres Eucarísticos são milagres de Deus que visam confirmar a fé na presença real do corpo e do sangue do Senhor na Eucaristia. Conhecemos a doutrina católica com relação à presença real. Com as pa- lavras da consagração: “Este é o meu corpo”, “Este é o meu sangue”, o pequeno pedaço de pão torna-se o corpo de Cristo, e o vinho torna- se o seu sangue. Esta maravilhosa mudança é chamada de Transubstanciação, a passagem da substância. Do pão e do vinho restam apenas as aparências ou espécies, que com um termo fi- losófico são denominadas acidentes. Permane- cem então as dimensões, a cor, o sabor, o cheiro e também as capacidades nutritivas, mas não a substância, a verdadeira realidade, que se tornou o corpo e o sangue do Senhor. A transubstan- ciação não pode ser de forma alguma presencia- da pelos sentidos, apenas a fé nos garante esta maravilhosa alteração. Os Milagres Eucarísticos querem confirmar esta fé, que se baseia nas pala- vras de Jesus, a qual diz que aquilo que parece ser pão, não é mais pão, e aquilo que parece vinho, não é mais vinho. Nos Milagres Eu- carísticos aparecem na verdade a carne e o sangue, ou um ou outro, dependendo do caso. O objetivo destes milagres é demonstrar que não devemos ver a aparência externa (pão e vinho), mas a substância, a verdadeira realidade daquilo, que é carne e sangue. Os teólogos me- dievais aprofundaram o tema dos Milagres Eu- carísticos (muito frequentes em seu tempo), e lhes deram diversas interpretações, mas a mais bem-fundada e razoável parece ser a do “Doutor da Eucaristia” por excelência, ou seja 5. Tomma- so d’Aquino (cf. Somma Teologica III, q. 76, a.8). Ele diz que o corpo e o sangue que apare- cem após o milagre são devido à transformação das espécies eucarísticas, ou seja, dos acidentes, e não tocam a verdadeira substância do corpo e sangue de Jesus. Ou seja, as espécies do pão e do vinho são transformadas milagrosamente em espécie de carne e sangue, mas o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Jesus não são aqueles que aparecem, mas aqueles que, antes do milagre, estavam escondidos sob as espécies do pão e do vinho e que continuam existindo O
  • 6. ALATRI ITÁLIA, 1228 ilagre Eucarístico de Ainda hoje,se encontra devida- mente conservada, na Catedral de São Paulo na cidade de Alatri, a relíquia deste Milagre Eucarístico que se deu no ano de 1228. Trata-se de um fragmento de Partícula convertida em verdadeira Carne.Uma jovem senhora para reconquistar o amor do seu noivo, dirigiu-se a uma feiticeira que, com o fim de lhe preparar um filtro de amor, lhe ordenou que roubasse uma Hóstia Consagrada. Durante uma missa, a jovem consegue tirar uma Hóstia que logo esconde no interior de um pano, mas, chegada a casa, apercebe-se que a Hóstia se trans- formou em Carne Ensanguentada. Deste Prodígio nos falam nume- rosos documentos entre os quais a Bula de Papa Gregório IX. testemunho mais respeitável deste Milagre encontra-se na Bula “FraternitasTuae” escrita pelo Papa Gregório IX (13 de Março 1228) na qual o Pontífice dá resposta a uma carta do Bispo de Alatri, Giovanni V. Eis o texto da Bula Pontifícia: «Eu, Gregório Bispo, servo dos servos de Deus, ao Venerável Irmão Bispo de Alatri, Saúde e Bênçãos Apostólicas. Acabei de receber a tua carta, irmão caríssimo, que nos informa como uma certa jovem influenciada pelos maus conselhos de uma maléfica senhora, depois de ter recebido do Sacerdote o Sacratíssimo Corpo de Cristo, o retém na sua boca, até à oportunidade favorável de o colocar dentro de um pano, de onde, passados três dias, encontrou o que tinha recebido em forma de pão, agora transformado em Carne, como todos ainda hoje podem constatar com os seus próprios olhos. Porque tudo isto te foi revelado humildemente, por várias senhoras, que desejam o nosso parecer sobre a punição a aplicar às culpadas. Em primeiro lugar, devemos dar graças com todas as nossas forças, Àquele que, trabalhando cada coisa de modo maravilhoso, todavia, em qualquer ocasião repete os milagres, e suscita novos prodígios a fim de que, fortifi- cando a nossa fé na verdade da Igreja Católica, sustentando a nossa esperança, e reacendendo a chama da caridade, chamemos a nós os pecadores, convertamos os pérfidos e confundamos a mal- dade dos hereges. Portanto, caríssimo irmão, por meio desta carta apostólica, ordenamos que seja infligida uma punição mais leve à jovem que, convenhamos, terá cometido este delito, mais por fraqueza do que por maldade, especialmente porque é de crer que esteja já suficientemente arrependida só por confessar o seu pecado. Quanto à instigadora que com a sua perversidade a levou a cometer o sacrilégio, depois de lhe aplicares uma qualquer medida disciplinar, que achamos oportuno confiar ao teu critério, impõe-lhe que ao visitar o Bispo mais próximo, confesse humildemente o seu crime, implorando com devota submissão, o perdão da sua falta». O Sumo Pontífice interpretou o episódio como sendo um sinal contra a difundida heresia acerca da presença real de Jesus na Eucaristia e perdoou às duas mulheres arrependidas. Na ocasião do 750º aniversário foi mandada cunhar uma medalha comemorativa que representa, numa das faces, a fachada da Catedral encimada pelo relicário da Hóstia Consagrada e na outra, o busto do Papa Gregório IX com a Bula Pontifícia. Quadros presentes na Catedral de Alatri que ilustram as várias fases do Prodígio. Em 1978 celebrou-se solenemente o 750º aniversário do Prodígio. Para a ocasião foi cunhada uma medalha que apresenta na frente uma imagem do Papa Gregório IX com a Bula, e no verso a fachada da Catedral com a Hóstia por cima. Relicário onde se guarda a Relíquia Milagrosa. Capela no interior da Catedral onde se guarda a relíquia do Milagre. Catedral de S. Paulo de Alatri. Bula “Fraternitastuae” do Papa Gregório IX. Carta do reitor de S. Maria em Terme, de 22 de Março de 1888, na qual agradece pela dádiva de parte da relíquia da Hóstia Consagrada conservada em Alatri. Pormenor da relíquia. O © 2006, Edizioni San Clemente Capela onde está exposta a Hóstia Consagrada.
  • 7. ALBORAYA-ALMÁCERA ESPANHA, 1348 ilagre Eucarístico de Em 1348, quando um sacerdote se estava a dirigir até alguns doentes para lhes levar a Comunhão, ao atravessar um pequeno rio escorregou na água deixando cair a custódia que continha as Hóstias Consagradas. O pobre sacerdote já se tinha enfim resignado, quando pouco depois sentiu que o chamavam uns pescadores um pouco distantes, convidando-o a ir até à margem para ver alguns peixes com pequenos discos na boca que lembravam exactamente as Hóstias. As Partículas foram logo recuperadas e transportadas para a Igreja com uma procissão solene na qual participou toda a aldeia. o ano de 1348, na aldeia de Alboraya- Almácera, acontece um Milagre Eucarístico que parece aludir a episódios da vida de S. Francisco que demonstram bem que, se os homens vivem em plena graça de Deus, então todas as cria- turas vivem em harmonia entre elas. Enquanto um sacerdote atravessava um rio no dorso de uma mula, transportando uma custódia contendo O Senhor destinado a alguns enfermos, subitamente vê-se arrastado por uma enchente. O padre cai na água juntamente com a custódia, que libertou assim o seu precioso conteúdo. As Hóstias deslizaram na água e foram logo arrastadas pela corrente em direcção à vizinha foz do rio. O sacerdote salvou-se a custo, e enquanto se libertava da água e do lodo, ouve a voz de alguns pescadores que lhe pediram para ir ver, “no lugar onde as águas do rio se juntam com as do mar”, três peixes com três discos brancos na boca. Os pescadores estavam muito perplexos pois os três discos pareciam Hóstias da Comunhão. O sacerdote corre imediatamente para a igreja para voltar à margem com outra custódia. Fez tudo tão à pressa que nem sequer parou para reflectir se a história dos pescadores seria credível. A alegria foi grande quando viu que os três peixes prodigiosos estavam ali, quase completamente fora de água, e elevavam as Hóstias intactas com a boca, como pequenos troféus. Então ajoelhou-se e apresentando o cálice, rezou como jamais na sua vida havia rezado. E assim viu os peixes deporem as Hóstias no cálice, uma após a outra, para depois mergulharem na água deslizando velozes até desaparecerem no mar. Só agora o padre se apercebe que fora rodeado por um grupo de homens e mulheres que tinham seguido toda a cena. Ainda hoje é possível consultar inúmeros documentos que testemunham o Milagre. Existe também uma igrejinha edificada no lugar do Prodígio: dois peixes esculpidos sobre a porta e duas pinturas reproduzem todo o acontecimento. © 2006, Edizioni San Clemente Ermida de Alboraya Mosaico exterior da igreja Escultura comemorativa do Milagre, no centro da cidade N
  • 8. ALBORAYA-ALMÁCERA ESPANHA, 1348 ilagre Eucarístico de A alegria foi grande quando viu que os três peixes prodigiosos estavam ali, quase completamente fora de água, e elevavam as Hóstias intactas com a boca, como pequenos troféus. © 2006, Edizioni San Clemente Procissão que se faz todos os anos durante a festa do Corpo de Deus, onde se recorda o Milagre Interior da paróquia de Almácera Lápide comemorativa do Milagre Detalhe da porta de entrada Igreja construída em memória do Milagre Afluente do Sierra Calderona, atravessado pelo Sacerdote Círio comemorativo com os peixes de Alboraya-Almácera Os peixes depõem as Santas Hóstias no cálice. Fresco presente no interior da paróquia de Almácera
  • 9. ALCALÁ ESPANHA, 1597 ilagre Eucarístico de Em 1597, um ladrão roubou de uma igreja, pouco distante de Alcalá, Hóstias Consagradas juntamente com alguns objectos preciosos. Alguns dias depois, o ladrão foi tomado de profundos remorsos e dirigiu- se de imediato à Igreja dos Jesuítas para se confessar. O sacerdote que lhe fez a confissão, impôs-lhe a restituição das Hóstias que contudo, por uma questão de prudência, preferiu guardar dentro de uma urna, sem consumá-las. Após onze anos, as Hóstias estavam ainda perfeitamente intactas e depois de análises atentas, tanto médicas como teológicas, o facto foi proclamado miraculoso. m 1597, um salteador arrependido foi confes- sar-se na Igreja dos Jesuítas de Alcalá. Disse ter feito parte de um bando de salteadores mouris- cos, que, espalhados pelos montes ao redor, tinham saqueado numerosas igrejas e roubado relicários e objectos sacros, em diversas aldeias, cometendo inú- meros sacrilégios. O pecador arrependido levava consigo algumas Hóstias Consagradas que, entre lágrimas, confiou ao seu confessor. Este, emocionado, dirigiu-se logo ao seu superior para informá-lo do acontecimento. Inicialmente ficou combinado consumar as Hóstias durante uma Missa, mas depois, temendo que as mesmas estivessem envenenadas, como tinha acontecido recentemente com alguns sacerdotes em Múrcia e em Segóvia, decidiu-se conservá-las dentro de um cofre de prata e esperar a sua decomposição natural. Onze anos depois, as Partículas, que eram vinte e quatro, foram encontradas ainda intactas. O ascético padre Luís de la Palma, na qualidade de Provincial, ordenou que as Hóstias fossem transferidas para uma cave subterrânea e que, juntamente com essas, fossem colocadas outras Hóstias não consagradas. Alguns meses depois, as não consagradas entraram em decomposição por causadahumidade,enquantoasoutras,asConsagradas, permaneciam perfeitas. Passados outros seis anos, o padre Palma decide tornar público o Milagre das Hóstias Consagradas intactas. Novos exames do catedrático e médico de cabeceira de Sua Majestade, Garcia Carrera, tanto quanto a intervenção de ilus- tres teólogos, consideraram a integridade das Hóstias como um verdadeiro Milagre. Em 1619 as autoridades eclesiásticas autori- zaram oficialmente o culto do Milagre. As Santas Hóstias foram adoradas publicamente, até pelo Rei Filipe III, que em 1620 presidiu a uma solene procissão na qual participou toda a família real. Depois que Carlos III expulsa os Jesuítas de Espanha, as Santas Partículas foram deslocadas para a Igreja matriz. Em 1936 quando os revolucionários comunistas incendiaram a igreja, os sacerdotes desta, pouco antes de saírem, conseguiram esconder prudentemente as Hóstias Miraculosas. Ainda hoje porém, não se conseguiu descobrir onde. Foram efectuadas muitas pesquisas tanto na própria Igreja como na cripta, mas sem qualquer êxito. Ninguém assinou e publicou até hoje, a mínima notícia respeitante às vinte e quatro Hóstias Santas de Alcalá. «Deus faça de novo um Milagre!», exclama o erudito biógrafo da cidade D. Anselmo Raymundo Tornero, que assim transmitiu os dados históricos, minuciosa- mente descritos na sua obra. © 2006, Edizioni San Clemente E Interior da Igreja dos Jesuítas Pintura na qual está representada uma Solene Procissão em honra das Hóstias do Prodígio Catedral onde, por um período, foram conservadas as Hóstias Milagrosas Igreja dos Jesuítas, onde foram confiadas as Hóstias
  • 10. ALCOY ESPANHA, 1568 ilagre Eucarístico de O Milagre Eucarístico verificado em Alcoy, em 1568, diz respeito à descoberta milagrosa de algumas Hóstias anteriormente roubadas. Todos os anos o Prodígio é recordado pelos habitantes de Alcoy, com uma grande festa, que se celebra por ocasião do Corpo de Deus. A casa do homem que cometeu o sacrilégio, foi transformada em oratório e pode ser visitada a qualquer hora. 29 de Janeiro de 1568, um habitante de Alcoy de nome Juan Prats e de origem francesa, tendo necessidade de dinheiro, entrou ás escondidas na igreja paroquial e roubou muitos objectos sacros entre os quais havia um precioso cofrezinho de prata contendo três Hóstias Consagradas. Juan Prats consumiu prontamente as três Partículas e esconde depois o cofrezinho no seu estábulo debaixo de uns toros de madeira. No dia seguinte o pároco da igreja, D. António, apercebe-se do furto sacrílego. Devastado, tocou imediatamente o sino para advertir o povo do acontecido, e bem depressa todos os habitantes de Alcoy se reuniram em oração diante da igreja. As buscas foram de imediato iniciadas, mas revelaram-se vãs. Ao lado da casa de Juan Prats vivia então uma piedosa viúva, Maria Miralles, que possuía uma estátua do Menino Jesus. A mulher, profundamente perturbada pela profanação, começou a rezar intensamente à estátua de Jesus, suplicando-lhe que fizesse as Hóstias Consagradas regressarem aos cidadãos de Alcoy. Haviam transcorrido poucas horas desde que ela iniciara a sua fervorosa oração, quando Maria vê mover-se a mãozinha da estátua apontando o dedo para a casa do seu vizinho, Juan Prats. A mulher, desconfiada, pensou logo em advertir as autoridades civis do aconte- cido. Nesse preciso momento, o pároco, movido por uma força misteriosa dirigiu-se ao jardim da casa de Juan Prats e entrou no estábulo. Remexeu debaixo de alguns cepos de madeira e encontrou logo o cofrezinho com as três Hóstias dentro. Juan Prats, não compreendendo como era possível que as três Hóstias, que tinha anteriormente consumado, estivessem de novo presentes no interior do cofrezinho, arrependeu-se profundamente e confessou o delito. Os documentos relativos ao Prodígio e a estátua do Menino Jesus estão guardados, ainda hoje. no Mosteiro do Santo Sepulcro de Alcoy. © 2006, Edizioni San Clemente Vista de Alcoy Dança dos “Paloteig”, que se desenrola durante a Procissão de Jesus do Milagre Altar onde se conserva a pequena estátua milagrosa do Menino Jesus do Prodígio Estátua do Menino Jesus que indicou o lugar onde se encontravam as Santas Partículas furtadas por Juan Prats Procissão em honra do Milagre Relíquia do Milagre Eucarístico Fachada do Mosteiro do Santo Sepulcro onde estão conservadas as Relíquias do Prodígio Igreja construída sobre o lugar onde aconteceu o Milagre A
  • 11. ALKMAAR HOLANDA, 1429 ilagre Eucarístico de Em 1429, em Alkmaar, na Catedral de S. Lourenço, um sacerdote de nome Folkert estava a celebrar a sua primeira Missa. Depois da consagração, o padre derramou inadvertidamente sobre o altar e sobre a casula sacerdotal, o vinho consagrado, que milagrosamente se transformou em Sangue. Cada tentativa para remover as marcas de Sangue do paramento litúrgico, foi em vão. A preciosa Relíquia da casula sacerdotal, impregnada de Sangue, conserva-se ainda na Catedral de S. Lourenço em Alkmaar, a Catedral de S. Lourenço em Alkmaar guarda-se o precioso Relicário em forma de Anjo que contém a casula sacerdotal manchada de Sangue, do Milagre Eucarístico que ocorreu em 1429. No 1º de Maio de 1429, um sacerdote de nome Folkert celebrou a sua primeira Missa na Catedral de S. Lourenço. À celebração assistia ainda o pároco Volpert Schult. Pouco depois de ter pronunciado as palavras da consagração, Folkert, distraidamente, entornou sobre os seus paramentos, o vinho branco que continha o cálice, e no seu lugar aparece Sangue vivo. Terminada a Missa, preso pelo pânico, cortou o pedaço da casula manchada de Sangue e queimou-a, depois, pega na parte cortada e começou a remendá-la. Mal tinha terminado o remendo, de novo o paramento se manchou de Sangue. Os dois sacerdotes, não sabendo o que fazer, dirigiram-se imediatamente ao Bispo de Utrech com o paramento sacerdotal. Somente em 1433, o Bispo, depois de inúmeras investi- gações canónicas, aprovou oficialmente o culto do Milagre. N © 2006, Edizioni San Clemente Interior da Igreja Igreja de S. Lourenço Por gentil concessão de Meertens Instituto Relicário que contém o Sangue do Prodígio Representação existente no interior da Igreja na qual está ilustrado o Prodígio Procissão em honra do Milagre
  • 12. AMSTERDAM HOLANDA, 1345 ilagre Eucarístico de O Milagre Eucarístico de Amesterdão diz respeito a uma Hóstia Consagrada que foi protegida das chamas. Ysbrand Dommer estava gravemente doente e expeliu a Comunhão recebida, que foi depois lançada na lareira acesa, pela sua empregada. A Partícula foi encontrada, um dia depois, completamente intacta e suspensa no ar, no meio da lareira. Foram muitas as testemunhas que assistiram ao Prodígio, e o Bispo de Utrech, Jan van Arkel, logo autorizou o culto. Ainda hoje se realiza em Amesterdão, todos os anos, uma procissão em honra do Prodígio. 12 de Março de 1345, poucos dias antes da Páscoa, Ysbrand Dommer, sentindo-se já no fim da sua vida, mandou chamar o pároco da Igreja de Oude Kerk para receber o Senhor. Porém, pouco depois de ter comungado, o homem vomitou tudo numa bacia, cujo conteúdo foi depois lançado nas chamas da lareira. No dia seguinte Ysbrand estava completamente restabelecido. Uma das camareiras que o cuidavam acercou-se da lareira para atiçar o fogo e reparou numa estranha luz com uma Hóstia no centro. A mulher começou logo a gritar e toda a vizinhança acorreu e pôde verificar o Milagre. Ysbrand recuperou a Hóstia, envolve-a num linho que coloca dentro de uma caixinha, que foi de imediato levada ao pároco. O Milagre contudo continuou: o sacerdote teve de retornar a casa do doente por três vezes, para recuperar a Hóstia que miraculosamente regressava sempre à casa de Ysbrand. Decide-se então transformar a casa de Ysbrand Dommer numa capela. No dia de Páscoa todas as testemun- has do Prodígio, juntamente com o presidente da Câmara da cidade de Amstel, coligiram um cuidadoso relatório dos acontecimentos, que foi confiado ao Bispo de Utrech, Jan van Arkel, o qual autorizou o culto do Milagre. Em 1452, a capela foi destruída por um incêndio, mas estranhamente o Relicário contendo a Sagrada Partícula permaneceu intacto. Em 1665 o conselho da cidade autorizou o Padre Jan Van der Mey a transformar em capela, uma das casas do ex convento das Beghine. Para aqui foi transferido o precioso Relicário, que foi infelizmente roubado pouco depois, por ladrões desconhecidos. Ainda hoje continua a exposição permanente do Santíssimo Sacramento, para perpetua memória do Milagre. Os únicos objectos que restam, para recordação do Prodígio Eucarístico são, a caixinha que continha a Hóstia, os documentos que descrevem o Milagre e algumas pinturas que é possível ver no Museu histórico de Amesterdão. Cada ano, na noite que precede o domingo de Ramos, faz-se uma procissão silenciosa (Stille Omgang), em honra do Prodígio. A © 2006, Edizioni San Clemente Os nove painéis nos quais, o pintor C. Schenk representou as cenas do Milagre Caixinha que continha a Hóstia miraculosa Lápide que narra o Prodígio Primeira Capela das Beghine, 1397 Ysbrand Dommer recebe a Comunhão Lâmpada na qual está representado o SS. Sacramento em honra da 1ª Procissão «Stille Omgang» que se realizou para celebrar o Milagre Representação do Prodígio Pintura antiga que representa uma procissão solene em honra do Milagre Coluna que restou depois do incêndio da Igreja Nieuwezijds, antiga pintura da Capela do Milagre (1670)
  • 13. AMSTERDAM HOLANDA, 1345 ilagre Eucarístico de Em 1452 a capela foi destruída por um incêndio, mas estranhamente o Relicário que continha a Sagrada Partícula perma- neceu intacto. © 2006, Edizioni San Clemente Representação moderna do Prodígio Procissão (Stille Omgang) que se faz todos os anos em memória do Prodígio Prospecto da Procissão «Stille Omgang» Fachada da actual Igreja das Beghine, Amesterdão O Arquiduque Maximiliano da Áustria retratado em adoração diante da Relíquia da Hóstia do Milagre (1484) Capela do SS. Sacramento Escultura que representa o antigo Relicário que continha a Hóstia Milagrosa Monja da Ordem das Beghine Pintura representando o Prodígio Interior da Igreja A Capela da Igreja foi de novo destruída em 1908
  • 14. ASTI ITÁLIA, 1535-1718 ilagres Eucarísticos de Nos dois Milagres Eucarísticos de Asti, as Hóstias Consagradas jorraram Sangue vivo. São inúmeros os documentos que confirmam os dois Prodígios. No primeiro Milagre o Bispo de Asti, Monsenhor Scipione Roero, fez redigir imediatamente um acto notarial e o Papa Paulo III com um “Breve Apostólico”, datado de 6 de Novembro de 1535, concedeu a indulgência plenária a quem visitasse a Igreja de S.Secondo, no dia do aniversário do Prodígio. 1535 Em 25 de Julho de 1535, enquanto o piedoso Sacerdote Domenico Occeli, por volta das 7 horas, celebrava a Santa Missa junto ao altar principal da Colegiada de S. Secondo, no momento de fraccionar a Hóstia Consagrada, viu, ao longo de todo o comprimento desta fractura, esta empa- par-se de sangue vivo. Três gotas caíram no cálice e uma quarta permaneceu na extremidade da Hóstia. Inicialmente D. Domenico continuou a celebração da Missa. Quando destacou a parte da Hóstia que devia colocar no cálice, viu surgir desta mais Sangue. Estupefacto dirige-se aos presentes e convida-os a avizinharem-se do altar e ver o Prodígio. Quando o Sacerdote apresenta a Hóstia para consumá-la, o sangue tinha desaparecido e esta retomou de súbito a sua aparência natural. Estes foram os desenvolvimentos dos factos, segundo a tradução do relatório oficial, enviada pelo Bispo de Asti, monsenhor Scipione Roero, à Santa Sé e reproduzida no “Breve Apostólico”, na data de 6 de Novembro de 1535, com o qual o Papa Paulo III concede a indulgência plenária a todos quantos «no dia comemorativo do Milagre visitarem a Igreja do Santo e recitarem três Padres Nossos e Ave Marias em intenção do Pontífice». Segundo um outro documento reproduzido numa inscrição em mármore, naquela ocasião, há vista do Milagre, alguns soldados hereges converteram-se. Naquele tempo, Asti encontrava- se sob o domínio do imperador Carlos V e muitos deles na tropa residiam nesta cidade. Esta narra- tiva, para além dos arquivos do Vaticano, donde foi extraída uma cópia em 1884, por solicitação do Cónego Longo, encontra-se também referida no livro da Companhia do SS. Sacramento, instituída no final de 1519 na Colegiada de S. Secondo. Outros testemunhos do Prodígio são o quadro presente na Capela do Crucifixo que representa o Milagre e que remonta ao XVI século, e a inscrição em mármore na qual está escrito: «Hic ubi Christus ex sacro pane effuso sanguino exteram vi traxit fidem Astensem roboravit- Eis o Cristo do Sagrado Pão que tendo derramado o seu Sangue traça com estranha força a fé e confirma a dos Astigianos». © 2006, Edizioni San Clemente Óleo sobre tela (autor desconhecido do século XVII), representando o Prodígio Eucarístico acontecido na Colegiada de S. Secondo em 1535. A pintura conserva-se na Capela do Milagre. Interior da Colegiada de S. Secondo. Colegiada de S. Secondo, Asti. G.Badarello (fim do XVII século), Colegiada de S. Secondo, altar do Crucifixo ou do Milagre.
  • 15. Pormenor do pé do cálice do Milagre da “Opera Pia Milliavacca”. ASTI ITÁLIA, 1535-1718 ilagres Eucarísticos de O segundo Milagre acontece por sua vez na antiga capela da “Opera Pia Milliavacca” e é documentado por variados testemunhos recolhidos por um notário, subscritos pelo sacerdote celebrante e por eminentes personalidades eclesiásticas e laicas. 1718 Na manhã de 10 de Maio de 1718 o sacerdote Francesco Scotto dirigiu-se à “Opera Pia Milliavacca” para celebrar a Santa Missa. Eram cerca de 8 horas. A igreja do Instituto era dividida em duas partes; a anterior, na qual podiam assistir os de fora, e a pos- terior, atrás do altar, reservada aos alunos internos. Na parte anterior, isto é, diante do altar, encontrava- se sozinho o notário Scipione Alessandro Ambrogio, chanceler do Bispado e tesoureiro do Instituto. Na parte posterior da igreja encontravam-se, por sua vez, os colegiais. Quando o sacerdote estava próximo à elevação da Hóstia, o Dr. Ambrogio apercebe-se que a Hóstia estava partida em duas partes. Apenas o sacerdote tinha elevado o cálice, o homem convencido que uma Hóstia partida não fosse matéria válida, avizinhou-se do altar para prevenir o sacerdote e correu logo a pegar numa outra Hóstia na sacristia. Entretanto o celebrante elevou com os dedos a Hóstia e encontrou-a realmente dividida em duas metades e, com infinita admiração, viu o perfil lon- gitudinal das duas, completamente avermelhadas de sangue, mais o pé do cálice e o copo, tambem manchados de sangue, e ainda alguns salpicos sanguíneos sobre o corporal. Ambrogio entretanto tinha chegado com a nova Hóstia e apercebe-se que esta sangrava. Começou de imediato a chorar. O notário corre rápido a chamar o cónego Argenta, confessor do Instituto, o teólogo Vaglio e o penitencieiro Ferrero, que foram, também esses, testemunhas directas do Prodígio. Simultaneamente com este ajuntamento chegaram também outros sacerdotes e três médicos da cidade, os doutores Argenta, Volponi e Vercellone, os quais atestaram sob juramento, que aquelas manchas vermelhas eram verdadeiro sangue. Entre os presentes, um deles foi assaltado pela dúvida de que o sangue pudesse ser proveniente do nariz ou da boca do sacerdote, mas alguns cirurgiões presentes, depois de minuciosa observação, excluíram qualquer dúvida a esse propósito. Intervieram depois o vigário episcopal, como secretário da Cúria e o vigário da Inquisição, R. Bordino, que de comum acordo redigiram um relatório do Milagre. Uma outra importante prova da auten- ticidade do Milagre é nos fornecida por um documento quediz,comoMonsenhorFillipoArtico,BispodeAsti, em 1841 fez examinar o cálice e a Hóstia do Milagre por alguns peritos em Física, que confirmaram a origem hemática das manchas vermelhas. A “Opera Pia Milliavacca” conservou ciosamente os testemunhos do Prodígio: o cálice com manchas de sangue, a Hóstia da celebração infelizmente corrompida e reduzida a um véu, a patena, o corporal e o cálice de prata dourado. Catedral de Asti. © 2006, Edizioni San Clemente O cálice do Prodígio está conservado no interior da Catedral de Asti, na Capela dedicada a S. Filippo Neri. Opera Pia Milliavacca, cálice do Milagre de 1718. Observar a correspondência das gotas de Sangue no copo e no pé do cálice.
  • 16. AUGSBURG ALEMANHA, 1194 ilagre Eucarístico de O Milagre Eucarístico de Augsburg, conhecido pelos locais com o nome de «Wunderbarlichen Gutes – Bem Miraculoso», é descrito em numerosos livros e documentos históricos, que se podem consultar na Biblioteca estatal e cívica de Augsburg. Uma Hóstia roubada transformou-se em Carne ensanguentada. No decorrer dos séculos foram realizadas diversas análises sobre a Partícula que sempre confirmaram que se trata de carne e sangue humano. Hoje o convento de Heilig Kreuz é guardado pelos Padres Dominicanos. m 1194, uma senhora de Augsburg particu- larmente devota do Santíssimo Sacramento, depois de ter comungado, pôs a Hóstia num lenço, sem se fazer notar, e levou-a depois para casa colocando-a num invólucro de cera dentro de um roupeiro. Naquele tempo era muito difícil encontrar tabernáculos nas Igrejas para poder praticar a adoração eucarística. Somente em 1264, com a introdução da festa do Corpo de Deus, se difunde esta devoção. Transcorreram cinco anos e a 11 de Maio de 1199 a senhora, atormentada pelos remorsos, confessou-se ao superior do convento de Heilig Kreuz, o Padre Berthold, a quem confiou a Hóstia. O sacerdote abriu o invólucro de cera que envolvia a Partícula e vê que esta se tinha transformado em carne ensanguentada. A Hóstia apresentava-se «dividida em duas partes, unidas uma à outra, por uma trama de finos fios de carne sangrenta». O Padre Berthold dirigiu-se imedia- tamente ao Bispo da cidade, Udalskalk, que ordenou que a Hóstia prodigiosa fosse «trans- ferida, acompanhada do clero e do povo, para a Catedral, e exposta num Relicário de cristal, para pública adoração». O Milagre continuou: a Hóstia começou a crescer e a inchar e este fenómeno durou, diante os olhos de todos, desde o dia de Páscoa até à festa de S. João Baptista. Em seguida o Bispo Udalskalk tornou a transportar a Hóstia para o convento de Heilig Kreuz e estabeleceu que, «para recordação de um facto tão memorável e extraordinário», a cada ano fosse festejado um aniversário especial em honra da Santa Relíquia. Em 1200, o conde de Rechber, doou aos Padres agostinianos um escrínio de prata, rectangular, provido de uma abertura anterior, no qual ficou colocada a Hóstia do Milagre. Para além do Prodígio eucarístico verificaram-se outros episódios extraordinários, como a aparição sobre a Hóstia, do Menino Jesus vestido de branco, com o rosto radiante e a fronte cingida por uma coroa de ouro, ou o sangramento do Crucifixo da Igreja, ou a aparição de Jesus aben- çoando a assembleia. E © 2006, Edizioni San Clemente Convento de Heilig Kreuz, Augsburg Relicário que contem a Hóstia do Prodígio conhecida com o nome de Wunderbarlichen Gutes – Bem Miraculoso.
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  • 18. AVINHÃO FRANÇA, 1433 ilagre Eucarístico de Em 30 de Novembro de 1433 o Santíssimo Sacramento fica exposto para adoração pública na pequena Capela da Irmandade dita «dos Penitentes grigi» De repente Avinhão foi submersa pela água que transbordara do rio que a atravessa, o Ródano. Dois membros da Irmandade conseguiram com uma barca alcançar a capela onde permanecia, não guardado, o Santíssimo Sacramento exposto para adoração. Quando entraram no interior da capela viram que as águas se tinham dividido, pela direita e pela esquerda, deixando o altar e o Relicário perfeitamente enxutos. Milagre Eucarístico de Avinhão aconte- ceu na Capela da Santa Cruz, sede da Irmandade, dita dos “Penitentes grigi”, a qual remonta aos tempos longínquos do piedoso Rei Luís VIII, que, para celebrar a vitória sobre os hereges “Albigeses”, os quais negavam a presença real de Jesus na Eucaristia, tinha organizado um acto solene de reparação para o dia 14 de Setembro de 1226, festa litúrgica da exaltação da Santa Cruz. No relatório oficial, ainda hoje guar- dado na Capela dos “Penitentes grigi”, lê-se que no 30 de Novembro de 1433, enquanto o Santíssimo estava exposto na pequena capela, para pública adoração, a vila de Avinhão foi asso- lada por uma terrível inundação, pelo transbordar do rio Ródano, provocada pelas abundantes chu- vas dos dias precedentes. Na confusão geral Armand e Jehan de Pouzilhac-Farure, então cabos da Irmandade, demoraram muito tempo antes de conseguirem alcançar, com a sua barca, a capela, a fim de porem a salvo o Relicário contendo o Santíssimo Sacramento. Apenas chegados, das cancelas sobran- ceiras à porta olharam para o altar para ver o que tinha sido feito do Relicário, e observaram que a água, que tinha ultrapassado a altura de quase seis pés dentro da igreja, se tinha dividido pela direita e pela esquerda do altar, como dois muros, e entre estes, seco, permanecia protegido o altar com o Relicário. A notícia do Milagre espalhou-se rapidamente e todo o povo, bem como as autoridades acorreram ao sítio entoando cânticos de louvor e agradecimento ao Senhor. Várias centenas de pessoas foram testemunhas deste Milagre. Em seguida a Irmandade dos Penitentes “Grigi” decide que o aniversário do Milagre seria celebrado todos os anos, na capela, no dia do Apóstolo Santo Andrea. Ainda hoje, a cada dia 30 de Novembro, os irmãos, se reúnem para celebrar a memória do Milagre, e antes da bênção do Santíssimo Sacramento, executam o “Cantemos ao Senhor”, o cântico de Moisés, composto depois da passagem do Mar Vermelho: «quero cantar em honra do Senhor porque triunfou admiravelmente (...). Ao sopro da tua ira as águas acumularam-se, ergueram-se as ondas como uma barreira (...). Quem é como Tu, majestoso na santidade, formidável nos empreen- dimentos, obreiro de Prodígios? Guiaste com os teus favores este povo que resgataste (Êxodo 15, 1-18)». © 2006, Edizioni San Clemente Altar onde aconteceu o Prodígio Lápide que descreve o Milagre Vitral no interior da Igreja no qual está representado o Milagre Vitral da Capela Estampa antiga do Milagre de Avinhão O
  • 19. AVINHÃO FRANÇA, 1433 iracle Eucharistiqe d A notícia do Milagre difunde-se rapidamente, e todo o povo bem como as autoridades acorreram ao lugar, entoando Cânticos de louvor e agradecimento, ao Senhor. © 2006, Edizioni San Clemente Gabriel de Vidaud Latour, primeiro Mestre dos penitentes “Grigi” Hábito dos penitentes “Grigi” Palácio dos Papas, Avinhão Fachada da Capela dos Penitentes “Grigi” Fresco da Capela Canal que corre próximo à Capela
  • 20. BAGNO DE ROMAGNA ITÁLIA, 1412 ilagre Eucarístico de Em 1412, o então prior da Basílica de Santa Maria de Bagno de Romagna, Padre Lazzaro de Verona, enquanto celebrava a Santa Missa, foi assaltado por fortes dúvidas acerca da real presença de Jesus no SS. Sacramento. Tinha apenas pronunciado as palavras da consagração do vinho, quando este se trans- formou em sangue vivo e começou a ferver, saindo do cálice e derramando-se sobre o corporal. O Padre Lazzaro, profundamente comovido e arrependido, confessou aos fiéis presentes na celebração a sua incredulidade e o grandioso Milagre que o Senhor tinha operado sob o seu olhar. m Bagno de Romagna, na Basílica de Santa Maria Assunta, está conservada a Relíquia do Milagre Eucarístico do “Sacro Lino intrisodi Sangue” (“Sagrado Linho embebido de Sangue”). O historiador Fortunio descreve assim o Milagre, na sua obra ” s e s n e l u d l a m a C s e l a n n A “ : «Corria o ano de 1412. A Abadia Camaldolese de Santa Maria em Bagno (nesse tempo priorado) era governada por D. Lazzaro,originário do Veneto. Enquanto este um dia celebrava o Divino Sacrifício, a sua mente ficou possuída, por obra do maligno, por uma forte dúvida sobre a real presença de Jesus no SS. Sacramento; e eis que vê a sagrada espécie do vinho entrar em ebulição e derramar-se para fora do cálice, espalhando-se sobre o corporal, em forma de sangue vivo e pal- pitante, que logo ficou todo ensopado.É impossível descrever a comoção e perturbação mental que o acolhe naquele momento, diante de um aconte- cimento tão espantoso. Chorando, voltou-se para os presentes, confessando a falta de fé e o Prodígio que então se realizara sob o seu olhar». O fradeLazzaro foi de seguida transferido para Bolonha, como capelão do Mosteiro feminino Camaldolese de Santa Cristina, onde morre em 1416. Os Camaldoleses, com altos e baixos, apoiaram Pieve de Bagno, até à eliminação napoleónica de 1808; desde então a Paróquia – Basílica de S. Maria Assunta, depois de ser regida, por um breve período, pela Diocese de Sansepolcro, em 1975, passou definitivamente a fazer parte da diocese de Cesena. Em 1912, o Cardeal Guilio Boschi, Arcebispo de Ferrara, fez celebrar o quinto centenário do Milagre, ao qual se seguiu um congresso de estudos eucarísticos. Em 1958, S.E. Domenico Bornigia, mandou executar uma análise química sobre a mancha do corporal do Milagre, na Universidade de Florença, que confirmou ser de origem hematológica. Na Basílica encontra-se uma incisão em madeira, de 1400, intitulada “Nossa Senhora do Sangue” colorida e raríssima, que se encontra na 3° capela à esquerda. Esta imagem é assim chamada, porque como refere D. Be nedetto Tenaci, abade de Bagno e testemunha ocular do Prodígio, em 20 de Maio de 1498, a imagem verteu sangue do braço esquerdo. Todos os anos durante a festa do Corpo de Deus, o corporal é levado em procissão pelas ruas da cidade e fica exposto todos os domingos, durante a estação termal que vai de Março a Novembro, na missa que se celebra às 11 horas. E Pormenor das manchas de Sangue presentes no Corporal do Prodígio Basílica de Santa Maria de Bagno de Romagna Pintura que representa o Milagre presente na Basílica Interior da Basílica Vista panorâmica de Santa Maria de Bagno Capela com a urna da Beata Giovanna © 2006, Edizioni San Clemente Relíquia do Corporal Manchado de Sangue
  • 21. BENNINGEN ALEMANHA, 1216 ilagre Eucarístico de Em 1216, a aldeia de Benningen foi teatro de um Milagre Eucarístico no qual uma Hóstia sangrou. Poucos anos depois, em 1221, os cidadãos de Benningen iniciaram a construção de uma capela em honra deste Prodígio, conhecida com o nome de Riedkapelle zum Hochwürdigen gut. De 1674 a 1718 a Riedkapelle foi reestruturada e ampliada para acolher os numerosos peregrinos. Durante a festa do Corpo de Deus, todos os anos, a paróquia de Benningen desloca-se em procissão à Riedkapelle, para celebrar a comemoração do Milagre. m antigo documento de 1216 relata uma história na qual se narra que dois moleiros estavam há anos em litígio entre eles. Um dia, um destes, exasperado por mais uma contro- vérsia, depois de ter feito a Comunhão roubou uma Hóstia Consagrada que depois esconde entre as pedras do moinho do seu vizinho, com a intenção de caluniá-lo. Durante a festa de S. Gregório, a Hóstia começou a sangrar tão abundantemente que toda a aldeia e o Bispo, disso tomaram consciência. O moleiro sacrílego arrependeu-se e confessou o delito. As pinturas da capela construída em honra do Prodígio foram executadas por Johann Friedrich Sichelbein, para se ilustrar a história. O retrato sobre o altar mostra o Bispo Federico de Augsburg que deposita a Hóstia num recipiente precioso, na Igreja de S. Martino em Memmingen. No decorrer dos séculos, por causa de adversidades históricas, perderam-se as pistas da preciosa Relíquia. Por muito tempo se acreditou que os quadros que ornam a capela, fossem cópias das expostas no Museu do Mosteiro de Ottobeuren. Somente durante o restauro de 1987, se descobriu que se tratava, pelo contrário, dos originais. No tecto de madeira estão frescos que ilustram a Paixão de Cristo e cenas do Antigo e Novo Testamento. © 2006, Edizioni San Clemente Fachada externa da Riedkapelle Interior da Riedkapelle Johann Friedrich Sibelbein (1640), Procissão da Hóstia Miraculosa U
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  • 23. BERGEN HOLANDA, 1421 ilagre Eucarístico de A cidade de Bergen é famosa, não só pelos seus característicos canais, mas também por um Milagre Eucarístico que se verificou em 1421. Foram bastantes os meses que o Pároco da Igreja de S. Pedro e Paulo andou na dúvida se, na Hóstia Consagrada estaria verdadeiramente presente o Corpo e o Sangue de Cristo. O sacerdote não mostrava nenhuma devoção para com o Santíssimo Sacramento, tanto que um dia, depois de ter celebrado a Missa, pega nas Partículas restantes e lança-as na água do rio. Passados alguns meses as Hóstias foram encontradas flutuando na água e impregnadas de Sangue. ergen op Zoom (cidade sobre Orlo) situa-se ao longo do estuário do rio Schelda e é sulcada por numerosos canais. Em 1421, no primeiro domingo da festa de Pentecostes, o Pároco da Igreja S. Pedro e Paulo, incrédulo sobre a veracidade da transubstanciação, depois - a s n o C s a i t s ó H s a a m o t , a s s i M a o d a r b e l e c r e t e d gradas restantes e lança-as num dos canais. Alguns meses depois, as Hóstias foram encontradas por alguns pescadores, boiando na água e impregnadas de Sangue coagulado. A notícia do achado das Hóstias prodigiosas propagou-se velozmente e imediatamente começaram a afluir numerosos peregrinos. O culto foi aprovado pelo Bispo e, mesmo que durante a reforma protestante tivesse sido vetado por um longo período, os católicos continuaram silenciosamente a manter viva a sua memória. No século XX o culto foi restabele- cido e são numerosas as iniciativas populares que recordam o Prodígio. B © 2006, Edizioni San Clemente Jules Breton, Procissão do Santíssimo Sacramento, 1857 Vista de uma maqueta da cidade de Bergen no tempo do Prodígio A Igreja de S. Pedro e Paulo e o rio Schelda Vista do rio Schelda Pintura que representa a procissão em honra do Milagre, Instituto Meertens
  • 24. © 2006, Edizioni San Clemente Milagre Eucarístico de BETANIA VENEZUELA, 8 DE DEZEMBRO DE 1991 Nodia 8dedezembro de1991, o padre Otty Ossa Aristizábal celebrava a missa na capela do Santuário de Betânia em Cúa e durante a consagração, viu a hóstia sangrar. A hóstia milagrosa está guardada na cidade de Los Teques, no convento das Freiras Agostinianas do Sagrado Coração de Jesus, no qual é exibida para adoração dos fiéis etodososanosmuitosperegrinos, também estrangeiros, visitam o local. Ocorreram muitos casos prodigiosos envolvendo a Hóstia Milagrosa, especialmente o caso do jovem americano que filmou a hóstia pulsando como um coração. ste Milagre Eucarístico aconteceu na missa de meia-noite do dia 8 de dezembro de 1991, no Santuário Mariano de Finca Betânia em Cúa, na Venezuela. Padre Otty, Capelão do santuário, descreve o caso: “Depois de levar à boca uma das partes da hóstia magna que tinha dividido em 4 partes, colocou-asnoprato.Logoapósabaixeimeuolharem direçãodopratinhoenãopudeacreditarnoqueeuvi: uma dos pedaços da hóstia que dividi tinha uma mancha vermelha uniforme e estava começando a soltar uma substância vermelha, semelhante ao sangue que flui de uma ferida. Após a missa, sozinho na sacristia do Santuário, observei a hóstia com cuidado. No dia seguinte, às 6 da manhã, voltei à sacristia para ver a hóstia e continuava a escorrer sangue que rapidamente começou a secar. Entretanto, ainda hoje, o sangue parece ser fresco. A coisa mais estranha é que o sangue saia apenas de um lado da partícula sem entretanto manchar as demais peças eucarísticas”. Durante a missa havia muitos peregrinos que notaram que o sacerdote não apresentava feridas que derramassem o mesmo sangue que saía hóstia. Ademais, as análises revelaram que o sangue do sacerdote não correspondia com aquele da partícula. A hóstia do milagre foi submetida a estudos minuciosos, requisitados pelo então Bispo de Los Teques, S.E. Mons. Pio Bello Ricardo e os resultados confirmaram que o sangue, humano e de tipo AB positivo, correspondia com a amostra sanguínea encontrada no dossel do Sudário de Turim e na hóstia do Milagre Eucarístico em Lanciano, Itália, em 750 d.c. e analisada por 500 comissõesdaOrganizaçãoMundialdesaúde.Apartir disso,ahóstiatransformou-seemobjetodeveneração e adoração de milhares de peregrinos que vêm não só da Venezuela, mas também de todo o mundo. É possívelverahóstiamilagrosanoconventodasFreiras Agostinianas do Sagrado Coração de Jesus em Los Teques todos os dias do ano, a qualquer hora na capela dedicada à Adoração Perpétua. Um jovem fiel de New Jersey, Daniel J. Senford, foi à peregrinagem no Convento das Agostinianas para ver a hóstia com sangue, conseguiu filmar outro episódio milagroso. Eis a história: Em 12 de novembro de 1998 fiz uma peregrinagem a Betânia, com um grupo de oração e levaram-nos para ver a hóstia milagrosa de Betânia na capeladasFreirasAgostinianasemLosTeques.Nosso diretor espiritual, padre Mazzarella, celebrou a missa. Após a celebração, abri a porta do Tabernáculo, que continhaahóstiadomilagre.Comgrandeespanto,vi que a hóstia era incandescente como se fosse em chamas e havia um coração pulsante, sangrando no seucentro.Presencieiacenaporcercade30segundos ouumpoucomenos;logoaseguir,ahóstiavoltouao estado normal. Consegui filmar uma parte deste milagre com minha filmadora…”. E O Santuário de Finca Betânia onde ocorreu o milagre Tabernáculo onde estão guardadas as relíquias da Hóstia que sangrou S.E. Monsenhor Pio Bello Ricardo que aprovou o Milagre Eucarístico de Betânia Novo Tabernáculo na Capela da Adoração Perpétua no Convento das Freiras Agostinianas do Sagrado Coração de Jesus em Los Teques, para onde foram transferidasasrelíquiasdoMilagre Eucarístico de Betânia.
  • 25. BETTBRUNN ALEMANHA, 1125 ilagre Eucarístico de No Milagre Eucarístico de Bettbrunn, um camponês muito piedoso, por excesso de zelo, roubou uma Hóstia Consagrada que levou para a sua quinta de Viehbrunn. Um dia a Partícula cai por terra, acidentalmente, mas ninguém conseguiu recolhê-la. Tentou-se de tudo, e finalmente intervém o Bispo de Regensburg que consegue apanhar a Partícula, apenas depois de ter prometido ao Senhor a construção de uma Igreja em Sua honra. A notícia do Prodígio difunde-se velozmente e atraiu numerosos peregrinos. construção da aldeia de Bettbrunn e da actual Igreja de S. Salvador, deve-se a um Prodígio Eucarístico que se verificou em 1125. No local em que hoje surge a aldeia e a igreja, havia naquele tempo somente uma pequena herdade chamada Viehbrunn, porque ao lado, havia um poço que era usado para dar de beber aos animais. O proprietário era um homem profundamente devoto do Santíssimo Sacramento, que habitando a uma hora e meia de distância da Igreja paroquial de Tholling, nem sempre conseguia deslocar-se à Missa. Por causa dessa devoção, e como solução, decide furtar uma Hóstia Consagrada e levá-la para casa. O camponês pega no bastão que trazia sempre consigo e aí fez um furo sobre a extremidade superior, no qual colocou a Hóstia. Todos os dias, quando os animais repousavam, cravava o bastão no terreno, e se ajoelhava diante do Santíssimo, por muitas horas. Por vários meses o homem andou assim, avante, até que um dia, distraidamente, num impulso lançou o bastão que continha a Partícula, contra os animais que se tinham afastado demasiado. A Hóstia cai por terra e o pastor, profundamente aflito, inclinou-se para pegá-la. Cada tentativa de levantá-la da terra resultou inútil, e não sabendo o que fazer, foi chamar o pároco de Tholling. Também ao sacerdote foi impossível recolhê-la e então recorreu-se ao Bispo Hartwich, de Regensburg, que logo se dirigiu ao lugar do Prodígio com todo o seu clero. Somente quando prometeu construir naquele sítio uma capela, o Bispo conseguiu levantar a Hóstia da terra. Em 1125 a construção da capela ficou terminada e a preciosa Relíquia foi guardada nesse lugar até 1330, apesar de um incêndio, que não destruiu tudo. A capela foi de imediato reconstruída, e no seu interior foi posta uma das colunas que se tinha salvado do incêndio. © 2006, Edizioni San Clemente Fiéis em peregrinação em Bettbrunn Representação antiga da Igreja de S. Salvador Igreja de S. Salvador em Bettbrunn Interior da Igreja de S. Salvador A
  • 26.
  • 27. BLANOT FRANÇA, 1331 ilagre Eucarístico de No Milagre Eucarístico de Blanot, durante a Missa pascal de 1331, no momento da Comunhão o sacerdote deixou cair, por descuido, um fragmento da Hóstia Consagrada sobre a toalha. O pároco tentou de imediato recuperá-lo mas não lhe foi possível. O fragmento, de facto, tinha-se transformado em Sangue formando uma grande mancha sobre a toalha. Ainda hoje na aldeia de Blanot se guarda a Relíquia do tecido ensanguentado. o XIV século Blanot era uma pequena aldeia no centro de França e fazia parte da diocese de Autun. O Bispo desta cidade, Pierre Bertrand, mandou fazer um inquérito canónico ao seu oficial de cúria, Jean Jarossier, no mesmíssimo ano em que aconteceu o Milagre. Por esta razão, está hoje disponível um relatório detalhado dos factos. «No dia de Páscoa de 1331, na primeira hora, D. Hugues de la Baume vigário de Blanot, celebrou a primeira Missa e ao distri- buir a Comunhão a Jacquette, viúva de Regnaut de Effour, um fragmento da Hóstia Consagrada cai sobre a toalha segura por dois “probiviri” (honestos cidadãos), um dos quais se chamava Thomas Caillot. A senhora Jacquette não se tinha apercebido de nada, mas Thomas, que segurava a toalha, viu a particulazinha caída e avisou o sacerdote que estava já a colocar o cálice sobre o altar: “Reverendo voltai aqui porque o Corpo de Nosso Senhor caiu da boca desta senhora sobre a toalha”. O celebrante corre rápido a recolher a partícula, mas inesperadamente a fracção que podia equivaler a um quinto da Hóstia, desapa- rece e em seu lugar surge uma gota de sangue. Vendo o facto, o Vigário levou logo a toalha para a sacristia e começou a lavar com água, a parte onde aparecia o sangue. Lavou-a e esfre- gou-a várias vezes mas esta, misteriosamente, continuava sempre mais vermelha e mais larga. O Vigário maravilhado e comovido, pede uma faca a Thomas Caillot que rasgou logo ali sobre o altar, a parte da toalha manchada que pôs num relicário depois de tê-la mostrado a toda a gente. Depois, comovido, exclamou: «“Boa gente: aqui está o Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, porque eu tentei de todos os modos lavá-Lo e esfregá-Lo e de nenhum modo consegui separá-Lo desta toalha”». Todos os anos na cidadezinha de Blanot se rende particular honra à Reliquia do Milagre no dia da festa do Corpo de Deus. © 2006, Edizioni San Clemente Vista da aldeia de Blanot Paróquia de Blanot Procissão em honra do Milagre Antiga lápide que descreve o Milagre Relicário contendo a Rélíquia do Prodígio Pormenores das pinturas com que adornaram o Relicário Estojo do século XVII contendo o Tecido manchado de Sangue que se conserva num tubo de cristal em Blamot. N
  • 28. BOIS-SEIGNEUR-ISAAC BÉLGICA, 1405 ilagre Eucarístico de No Milagre Eucarístico de Bois-Seigneur-Isaac, a Hóstia Consagrada sangrou e manchou o Corporal da Missa. A 3 de Maio de 1413, o Bispo de Cambrai, Pedro de Ailly, autorizou o culto desta Sagrada Relíquia do Milagre. A primeira procissão fez-se em 1414.A 13 de Janeiro de 1424, o Papa Martino V, aprovou oficialmente a construção do Mosteiro de Bois-Seigneur-Isaac. Ainda hoje, o Mosteiro é meta de peregrinação, e na sua Capela é possível venerar a Sagrada Relíquia do Corporal manchado de Sangue. partir da terça-feira que antecede o Pentecostes do ano de 1405, ao senhor do lugar, Jean de Huldenberg, por três vezes consecutivas lhe aparece Jesus coberto de chagas. Somente durante a terceira aparição, o Senhor lhe falou dizendo-lhe: «Vai à Capela de Isaac, ali me encontrarás». Ao mesmo tempo, também o pároco, Pedro Ost, ouve uma voz que lhe ordenava que se dirigisse à Capela de Isaac para celebrar a Missa da Santa Cruz. No dia seguinte o pároco convocou todos os fiéis para assistir à Missa na Capela de Isaac, e entre estes estava também Jean de Huldenberg. O sacerdote começou a celebração da Missa e quando abriu o Corporal, vê que no meio deste, tinha ficado, da Missa da terça-feira precedente, um pedaço da magna Hóstia Consagrada. Tentou então consumá-la, mas esta não se destacava do Corporal e começou a sangrar. O padre empalideceu e Jean, que se tinha apercebido de tudo, socorre-o e conforta-o dizendo-lhe: «Não tenha medo, esta maravilha vem de Deus»; e contou-lhe também as suas visões. Durante quatro dias, até à terça-feira de Pentecostes, o Sangue continuou a correr, atingindo a espessura de um dedo por três de largura. Depois, tendo manchado quase com- pletamente o Corporal, começou a coagular lentamente e ficou seco. O Milagre foi visto e atestado por muitíssimas pessoas. O Bispo de Cambrai, Pedro de Ailly informado do acontecimento, quer examinar pessoalmente o Corporal manchado de Sangue, que conservou na sua casa por cerca de dois anos. Cada ten- tativa de remover a mancha de Sangue do Corporal resultava inútil. O Bispo abriu então um inquérito, onde foram recolhidos testemunhos a propósito dos prodígios operados por esse mesmo Preciosíssimo Sangue da Relíquia. A 16 de Junho de 1410, o Bispo Pedro de Ailly, concedeu 40 dias de indulgências a todos aqueles que tivessem visitado a Capela de Bois-Seigneur- Isaac, e a 3 de Março de 1413 declarou que o Corporal podia ser venerado como Relíquia Sacra, instituindo uma procissão solene em honra do Prodígio, com a exposição pública do Santíssimo Sacramento. Ainda hoje, todos os anos, no domingo seguinte à festa da Natividade de Maria, os cidadãos de Bois-Seigneur-Isaac reúnem-se em oração, para festejar a memória do Prodígio Eucarístico. A Pedra do altar, na qual o Cura de Haut-Ittre celebrou a Santa Missa onde se verificou o Milagre Relíquia de um espinho da coroa de Jesus Altar-mor, Laurent Delvaux (XVIII século) Coro da Capela do Santo Sangue Santuário do Santo Sangue, Capela das Relíquias Abadia Premostratense, Capela do Santo Sangue Relíquia do Milagre Eucarístico, o Corporal manchado de Sangue Pintura antiga do Castelo e da Abadia de Bois-Seigneur-Isaac © 2006, Edizioni San Clemente Interior da Capela do Santo Sangue Relíquia da verdadeira Cruz
  • 29. BOIS-SEIGNEUR-ISAAC BÉLGICA, 1405 ilagre Eucarístico de No Milagre Eucarístico de Bois-Seigneur-Isaac, a Hóstia Consagrada sangrou e manchou o Corporal da Missa. A 3 de Maio de 1413, o Bispo de Cambrai, Pedro de Ailly, autorizou o culto desta Sagrada Relíquia do Milagre. A primeira procissão fez-se em 1414.A 13 de Janeiro de 1424, o Papa Martino V, aprovou oficialmente a construção do Mosteiro de Bois-Seigneur-Isaac. Ainda hoje, o Mosteiro é meta de peregrinação, e na sua Capela é possível venerar a Sagrada Relíquia do Corporal manchado de Sangue. partir da terça-feira que antecede o Pentecostes do ano de 1405, ao senhor do lugar, Jean de Huldenberg, por três vezes consecutivas lhe aparece Jesus coberto de chagas. Somente durante a terceira aparição, o Senhor lhe falou dizendo-lhe: «Vai à Capela de Isaac, ali me encontrarás». Ao mesmo tempo, também o pároco, Pedro Ost, ouve uma voz que lhe ordenava que se dirigisse à Capela de Isaac para celebrar a Missa da Santa Cruz. No dia seguinte o pároco convocou todos os fiéis para assistir à Missa na Capela de Isaac, e entre estes estava também Jean de Huldenberg. O sacerdote começou a celebração da Missa e quando abriu o Corporal, vê que no meio deste, tinha ficado, da Missa da terça-feira precedente, um pedaço da magna Hóstia Consagrada. Tentou então consumá-la, mas esta não se destacava do Corporal e começou a sangrar. O padre empalideceu e Jean, que se tinha apercebido de tudo, socorre-o e conforta-o dizendo-lhe: «Não tenha medo, esta maravilha vem de Deus»; e contou-lhe também as suas visões. Durante quatro dias, até à terça-feira de Pentecostes, o Sangue continuou a correr, atingindo a espessura de um dedo por três de largura. Depois, tendo manchado quase com- pletamente o Corporal, começou a coagular lentamente e ficou seco. O Milagre foi visto e atestado por muitíssimas pessoas. O Bispo de Cambrai, Pedro de Ailly informado do acontecimento, quer examinar pessoalmente o Corporal manchado de Sangue, que conservou na sua casa por cerca de dois anos. Cada ten- tativa de remover a mancha de Sangue do Corporal resultava inútil. O Bispo abriu então um inquérito, onde foram recolhidos testemunhos a propósito dos prodígios operados por esse mesmo Preciosíssimo Sangue da Relíquia. A 16 de Junho de 1410, o Bispo Pedro de Ailly, concedeu 40 dias de indulgências a todos aqueles que tivessem visitado a Capela de Bois-Seigneur- Isaac, e a 3 de Março de 1413 declarou que o Corporal podia ser venerado como Relíquia Sacra, instituindo uma procissão solene em honra do Prodígio, com a exposição pública do Santíssimo Sacramento. Ainda hoje, todos os anos, no domingo seguinte à festa da Natividade de Maria, os cidadãos de Bois-Seigneur-Isaac reúnem-se em oração, para festejar a memória do Prodígio Eucarístico. A Pedra do altar, na qual o Cura de Haut-Ittre celebrou a Santa Missa onde se verificou o Milagre Relíquia de um espinho da coroa de Jesus Altar-mor, Laurent Delvaux (XVIII século) Coro da Capela do Santo Sangue Santuário do Santo Sangue, Capela das Relíquias Abadia Premostratense, Capela do Santo Sangue Relíquia do Milagre Eucarístico, o Corporal manchado de Sangue Pintura antiga do Castelo e da Abadia de Bois-Seigneur-Isaac © 2006, Edizioni San Clemente Interior da Capela do Santo Sangue Relíquia da verdadeira Cruz
  • 30. BOLSENA ITÁLIA, 1264 ilagre Eucarístico de Um sacerdote de Praga, que se encontrava em viagem por Itália, estava a celebrar a Missa na Basílica de Bolsena, quando, no momento da consagração acontece um pro- dígio: a Hóstia transformou-se em carne. Este milagre sustenta a fé do sacerdote duvidoso acerca da real presença de Cristo na Eucaristia. As Sagradas Espécies foram imediatamente inspeccionadas pelo Papa Urbano IV e por S. Tomás de Aquino. O Pontífice decide então estender a toda a Igreja a festa do Corpo de Cristo «com o intuito de que este excelso e venerável sacramento, fosse para todos, um memorial do extraordinário amor de Deus por nós». s actuais pesquisas históricas confirmam, tanto quanto reportam as testemunhas mais antigas, sobre o Milagre que aconteceu no Verão de 1264. Um sacerdote boémio, Pietro de Praga, vem a Itália para uma audiência com o Papa Urbano IV, que durante o Verão se tinha transferido para Orvieto acompanhado por S. Tomás de Aquino, e por numerosos outros teólogos e Cardeais. Pietro de Praga, pouco depois de ser recebido pelo Papa, decidiu-se a voltar para a Boémia. Ao longo do caminho de retorno, parou em Bolsena, onde celebrou a Missa na Igreja intitulada de Santa Cristina. No momento da consagração, quando o sacerdote pronunciou as palavras que dão origem à transubstanciação, acontece o Milagre, assim descrito numa lápide colocada para recordação: «Imprevistamente aquela Hóstia aparece de modo visível, verdadeira carne banhada de sangue vermelho, excepto naquela Partícula segura por ele: que não acredita que acontecesse sem mistério, mas sobretudo para fazer notar a todos, que aquela era a mesma Hóstia que estava nas mãos do sacerdote celebrante, elevada acima do cálice. Graças a este Milagre o Senhor reforçou a fé do sacerdote que apesar da sua provada piedade e moralidade nutria grandes dúvidas acerca da real presença de Cristo nas Espécies do pão e do vinho consagrados. A notícia do Milagre difunde-se rápido e quer o Papa, quer S. Tomás de Aquino, puderam logo verificar pessoalmente o Prodígio. Depois de um atento exame Urbano IV aprovou o culto. Ele decidiu então estender a festa do Corpo de Cristo, que até àquele momento era uma festa que compreendia somente a diocese de Liege, a toda a Igreja universal. O Papa encarregou S. Tomás de escrever a liturgia que viria a acompanhar a Bula «Transiturus de hoc mundo ad Patrem» na qual vêm expostas as razões pelas quais a Eucaristia é tão importante para a vida da Igreja. © 2006, Edizioni San Clemente Tapete de flores em honra do Milagre. Igreja de Santa Cristina em Bolsena, altar onde se verificou o Milagre. Catedral de Santa Cristina em Bolsena. O encontro sobre a ponte de Riochiaro (Ugolino de Ilario). Catedral de Orvieto. A
  • 31. BOLSENA ITÁLIA, 1264 ilagre Eucarístico de « Imprevistamente aquela Hóstia aparece de modo visível, verdadeira carne banhada de sangue vermelho (…)». © 2006, Edizioni San Clemente Francesco Trevisani. Milagre de Bolsena, partcular. Pergaminho da época sobre o milagre, do notário Cesare Severo Durantino. Detalhe do Relicário. Relicário do Corporal, Ugolino de Vieri e sócios (1338), Orvieto. Tabernáculo onde se conserva uma das pedras manchadas do Sangue do Prodígio, Bolsena. Pormenor da pedra manchada de Sangue, Bolsena. Catedral de Orvieto, capela do Sagrado Corporal. Interior da Catedral de Orvieto. Fragmentos da Hóstia do Milagre. Pormenor da Missa de Bolsena. Raffaelo (1513), Museu do Vaticano. Adoração pública em honra da festa do Corpo de Cristo, Orvieto. Pintura de Francesco Trevisani. Pintura sobre a Santa Missa de Bolsena, de Francesco Robbio. Colecção do Museu Diocesano de Milão. João Paulo II durante a visita pastoral a Orvieto (17 Junho 1990).
  • 32. BORDÉUS FRANÇA, 1822 ilagre Eucarístico de No Milagre Eucarístico de Bordéus, na Hóstia exposta para pública adoração, aparece por mais de vinte minutos, Jesus, abençoando. Ainda hoje é possível visitar a Capela do Milagre e venerar a preciosa Relíquia do Sacrário da Aparição, que se conserva em Martillac, França, na igreja da comunidade contemplativa «La Solitude». («A Solidão») Milagre Eucarístico de Bordéus está ligado estreitamente à Comunidade fundada em 1820, pelo venerável Padre Pierre Noaille, que ainda hoje está activa sobretudo na Ásia e na África. O Prodígio acontece vinte meses depois da fundação da Comunidade, na sua Igreja de Santa Eulália na Rua Mazarin em Bordéus. Jesus aparece na Hóstia logo depois que o Abade Delort, que justamente nesse dia substituía o Padre Noaille nas celebrações litúrgicas, distri- buiu a bênção com o Santíssimo Sacramento. Os numerosos fiéis presentes puderam contemplar por mais de vinte minutos a aparição de Jesus, abençoando, impresso na Hóstia exposta à veneração pública. Alguém testemunhou ter até ouvido Jesus dizer: «Eu sou Aquele que sou». Este acontecimento foi aprovado pelas autoridades eclesiásticas, entre as quais o Arcebispo de Bordéus, Monsenhor d'Aviau, que escutou pessoal- mente os testemunhos dos fiéis que assistiram ao Prodígio. É possível visitar, ainda hoje, a Capela do Milagre e venerar a Preciosa Relíquia do Sacrário da Aparição. © 2006, Edizioni San Clemente Retrato de Pierre-Bienvenu Noailles, fundador da Comunidade religiosa da "Sainte-Famille-Dame de Lorette Igreja de Santa Eulália em Bordéus Relicário do Milagre Interior da Igreja «La Solitude». («A Solidão») Madre Rita Bonnat, primeira Madre geral da Comunidade, com duas órfãs «La Solitude», Martillac (França), Mosteiro da Santa Família O
  • 33. BOXMEER HOLANDA, 1400 ilagre Eucarístico de Em Boxmeer, na Holanda, no ano de 1400, as espécies do vinho transformaram-se em Sangue e saíram do cálice, espalhando-se sobre o Corporal. O padre, aterrorizado com esta visão, pede imediatamente perdão a Deus e o Sangue cessou imediatamente de sair do cálice. O Sangue que caiu sobre o Corporal coagulou, formando uma massa do tamanho de uma noz. É possível ver, ainda hoje, o Sangue que não sofreu nenhuma alteração no tempo. Milagre Eucarístico de Boxmeer verificou- se na Igreja de S. Pedro e Paulo, em 1400. O sacerdote Arnoldus Groen, estava a celebrar a Missa e imedia- tamente depois de ter consagrado as espécies eucarísticas, duvidou da presença real do Senhor no pão e no vinho consagrados. As espécies do vinho começaram inesperadamente como que a fervilhar, vertendo do cálice e espalhando-se sobre o corporal. O vinho tinha-se transmutado em Sangue, que coagulou formando um grande grumo. A Relíquia do Corporal e do Sangue, ainda hoje se conserva e o aniversário do Prodígio todos os anos se festeja com uma procissão solene. São numerosos os documentos que narram o Prodígio, entre os quais estão muitas lápides e pinturas, e os próprios Pontífices, Clemente XI, Bento XIV, Pio IX e Leão XIII manifestaram uma particular devoção para com o Prodígio. O © 2006, Edizioni San Clemente Igreja de S. Pedro e Paulo em Boxmeer Relíquia do Sangue Procissão em honra do Prodígio Vitral no interior da Igreja no qual está representado o Prodígio Interior da Igreja
  • 34. BOXTEL-HOOGSTRATEN HOLANDA, 1380 ilagre Eucarístico de Boxtel é famosa, sobretudo por um Milagre Eucarístico que se verificou por volta de 1380. Um padre de nome Eligio van der Aker estava a celebrar Missa diante do altar dos Reis Magos. Inadvertidamente, logo após a consagração, derrubou o cálice com o vinho branco consagrado lá dentro, o qual se transformou em Sangue e manchou o corporal e a toalha do altar. A Relíquia do corporal manchado de Sangue conserva- se ainda agora em Boxtel, e a toalha, por sua vez, foi dada à cidadezinha de Hoogstraten. O documento mais respeitável que relata o Milagre é um decreto escrito em 1380 pelo Cardeal Pileus. m 1380, o sacerdote Eligio van der Aker celebrou a Missa na Igreja de S. Pedro. Pouco depois de ter consagrado as espécies do vinho, entornou-o inadvertidamente sobre o corporal e sobre a toalha do altar. Muito embora ele tivesse utilizado vinho branco para a Missa, este transformou-se em Sangue. No final da celebração o sacerdote corre para a sacristia e tenta remover as manchas de Sangue dos sagrados linhos, mas cada tentativa sua resultou inútil. Não sabendo o que fazer, esconde a toalha e o corporal numa mala debaixo da cama. Só à hora da morte, revelou o segredo ao seu confessor, o Padre Enrico van Meerheim, que logo informou o Cardeal Pileus, que, naquele tempo, era o delegado apostólico do Papa Urbano VI e titular da Igreja de Santa Prassede. O Cardeal, após ter executado um aprofundado inquérito sobre como se desenvolveram os factos, a 25 de Junho de 1380 deu autorização para o culto, através de um decreto. Em 1652, por causa de lutas religiosas, as Relíquias foram transportadas para Hoogstraten, nos confins da Bélgica. Só em 1924, depois de insistentes pedidos, o corporal manchado de Sangue foi restituído à pequena cidadezinha de Boxtel. Todos os anos, por ocasião da festa da Santíssima Trindade, os cidadãos de Boxtel organizam uma procissão solene em memória do Prodígio Eucarístico, e expõem a Relíquia para veneração pública. E © 2006, Edizioni San Clemente Exterior da Igreja de S. Catarina, Hoogstraten Interior da Igreja A Relíquia levada em Procissão Relíquia do Corporal ensanguentado Por amável concessão do Instituto Meertens Representações antigas do Prodígio Antiga pintura existente na Igreja na qual está ilustrado o Prodígio Relíquia do Sangue do Prodígio, Igreja de Santa Catarina O Milagre Eucarístico verificou-se na Igreja de S. Pedro em Boxtel
  • 35. BREDA-NIERVAART HOLANDA, 1300 ilagre Eucarístico de O Milagre Eucarístico de Breda-Niervaart realizou-se a 24 de Junho de 1300. Naquele tempo, a Holanda estava ocupada por tropas do exército espanhol e, durante um saque, um soldado roubou uma Hóstia Consagrada que foi encontrada, pouco tempo depois, por um camponês de nome Jan Bautoen, escondida sobre um montão de terra e em perfeito estado. Um dos documentos mais conceituados e completos que descrevem os acontecimentos ligados a este Milagre é a pesquisa desenvolvida pelo Bispo de Link. Do Prodígio ficaram pistas, não só nos documentos mas também nas pinturas da Igreja. 24 de Junho de 1300, o camponês Jan Bautoen está a cavar um terreno situado na vizinhança da aldeia de Niervaart. Ao levantar um montão de terra, encontrou uma Hóstia completamente intacta, que confiou de imediato ao pároco da aldeia de Niervaart. A Hóstia foi colocada numa preciosa custódia, e embora tivessem transcorrido dez anos, constatou-se que as espécies do pão se mantinham intactas. A notícia correu depressa entre a gente que começou a venerar a Hóstia. Em 1449, a Partícula foi transferida para a igreja Colegiada de Nossa Senhora de Breda, e para guardá-la foi construído um artístico Relicário. Com as lutas religiosas, perdeu-se infe- lizmente o rasto da Hóstia milagrosa, mesmo que o povo tenha mantido sempre viva a devoção para com este Prodígio Eucarístico. Após vicissitudes alternadas, no século XX o culto foi solenemente restabelecido por uma Confraria de Breda dedicada ao Santíssimo Sacramento. Ainda hoje, a cada ano, durante a festa do Corpo de Deus, se fazem procissões e orações públicas em honra do Prodígio. A © 2006, Edizioni San Clemente Igreja Colegiada de Nossa Senhora, Breda Interior da Igreja Artístico Relicário, no qual a Hóstia milagrosa era levada em procissão, Breda Procissão que se realiza todos os anos em honra do Prodígio A relíquia da Hóstia do Prodígio é levada em procissão (1535), Museu Sacro de Breda Por amável concessão do Instituto Meertens Estandarte representando a descoberta da Hóstia do Milagre
  • 36. BRUGES BÉLGICA O Preciosíssimo Sangue de Jesus Os mais antigos documentos respeitantes ao Santo Sangue de Bruges remontam a 1256. O Santo Sangue, provavelmente fazia parte de um grupo de Relíquias sobre a Paixão de Cristo que se conservavam no Museu Imperial de Bucoleon, em Constantinopla. Em 1203, Constantinopla foi sitiada e conquistada pelos croatas. Balduíno IX, Conde da Flandres, depois de ter sido coroado o novo imperador, envia a Relíquia do Preciosíssimo Sangue para a sua pátria em Bruges. ecentemente foram realizadas análises na gar- rafa de cristal de rocha, contendo o Santo Sangue. A datação da garrafa remonta ao XI século. É também certo que a garrafa foi executada numa área próxima de Constantinopla. Mesmo que na Bíblia nunca tenha sido mencionado explicita- mente que o Sangue de Cristo tenha sido guardado, num dos Evangelhos Apócrifos, diz-se que José de Arimatea conservou algumas gotas de Sangue de Jesus. Segundo uma antiga tradição, o Conde Diederik van den Elzas levou a garrafa contendo o Sangue de Cristo, de Jerusalém para Bruges na segunda cruzada. Recentes investigações, porém, puseram em evidência o facto de que a Relíquia ter chegado a Bruges mais tarde, possivelmente por volta de 1250, e que provinha de Constantinopla. A adoração da Relíquia é a ori- gem da famosa procissão internacional que se faz todos os anos, através das ruas da cidade, no dia da festa da Ascensão. Os cidadãos de Bruges vestem- se com fatos históricos e reproduzem cenas bíbli- cas e a chegada do Conde da Flandres que trans- porta a Santa Relíquia. R © 2006, Edizioni San Clemente século. É também certo que a garrafa foi executada Relíquia do Preciosíssimo Sangue O cavaleiro simula ser o Conde da Flandres que transporta o Preciosíssimo Sangue Igreja do Preciosíssimo Sangue Procissão em honra do Preciosíssimo Sangue Pormenor de Bruges Interior da Igreja do Preciosíssimo Sangue, Bruges
  • 37. BRUXELAS BÉLGICA, 1370 ilagre Eucarístico de Na Catedral de Bruxelas, encontram-se muitos testemunhos artísticos do Milagre Eucarístico que se verificou em 1370. Hóstias Consagradas foram roubadas por profanadores, que, com cutelos, as apunhalaram num acto de revolta. Dessas Partículas começou a correr Sangue vivo. O Milagre foi venerado até há poucas dezenas de anos atrás. Numerosos Relicários de várias épocas, utilizados para conter as Hóstias Prodigiosas do Milagre do Santo Sacramento, conservam-se, ainda hoje, no contíguo Museu da Catedral, a antiga capela dedicada ao SS. Sacramento. Estão lá também tapeçarias do século XVIII, que evocam o evento miraculoso. s cinco vitrais que ornam a nave lateral da Catedral recordam as várias fases do Milagre Eucarístico e foram executados em diversas épocas, entre 1436 e 1870. Os reis da Bélgica, Leopoldo I e Leopoldo II ofereceram os dois primeiros vitrais da parte baixa. Os outros foram presenteados por famílias nobres do país. Os primeiros dez vitrais (oito na nave lateral direita, junto ao coro, e dois no fundo da nave lateral esquerda), representam a história do Prodígio, tal como era transmitida em Bruxelas a partir da metade do XV século. O antigo documento narra: «No Outono de 1369, um rico mercador de Enghien, hostil à religião católica, mandou roubar Hóstias Consagradas. Para efectuar o furto serviu-se da ajuda de um jovem de Lovanio (vitrais 1-3). O mercador, porém, foi assassinado misteriosamente, poucos dias depois. A sua viúva, então, ao pensar numa punição do Céu, desembaraçou-se rapidamente das Partículas, que doa a amigos do marido, também eles contrários à religião. Estes, na Sexta-feira Santa de 1370, efectuaram uma cerimónia privada, na qual golpearam as Hóstias com cutelos, em sinal de afronta (vitrais 1-5). Das Hóstias floresceu Sangue (vitrais 4-5). O acontecimento provocou muita perturbação no ânimo dos profanadores, que, por sua vez, se desembaraçaram também das Hóstias e as deram, mediante pagamento, a um abastado comerciante católico. O homem contou toda a história ao Cura da Igreja de Nossa Senhora de La Chapelle, em Bruxelas. O cura toma conta das Hóstias (vitrais 6-7), e os profanadores foram condenados à morte pelo Duque de Brabant (vitrais 8-9). Em seguida as Santas Partículas foram transferidas com uma solene procissão para a Catedral de Santa Gudula (vitral 10)». O Sacramento do Milagre revestiu-se de um papel muito importante na história da cidade e foi considerado um símbolo nacional. O Catedral de Santa Gudula e São Miguel, Bruxelas Detalhe de um dos vitrais da Catedral de Santa Gudula e São Miguel, no qual está representado o Milagre Eucarístico Ilustrações antigas que reproduzem o Milagre O Milagre Eucarístico de Bruxelas, Museu Hiéron, Paray-le-Monial. Interior da Catedral de Santa Gudula e São Miguel, Bruxelas © 2006, Edizioni San Clemente Vitrais da Catedral nos quais estão representados os eventos ligados ao Prodígio Eucarístico
  • 38. © 2006, Edizioni San Clemente Milagre Eucarístico de BUENOS AIRES ARGENTINA, 1992-1994-1996 Na paróquia de Santa Maria de Buenos Aires ocorreram 3 Milagres Eucarísticos em 1992, 1994 e 1996. O Professor Ricardo Castañon Gomez foi chamado pelo então arcebispo de Buenos Aires, nada menos do que o atual Papa Francesco, paraanalisaromilagreacontecido em 15 de agosto de 1996. m 1992, após a missa da sexta-feira 1° de maio, ao preparar a a reserva eucarística, o ministro da Eucaristia encontrou pedaços da hóstia consagrada no corporal. Se-guindo o que a Igreja prescreve em tais situações, o sacerdote pôs os fragmentos em um recipiente com água, que depois foi colocado no Tabernáculo, até se dissolverem. Uns dias depois, alguns sacerdotes foram verificar e descobriram que nada tinha mudado. Após sete dias, na sexta-feira 8 de maio, o Tabernáculo foi aberto e os fragmentos da hóstia tinham uma cor avermelhada que parecia sangue. No domingo seguinte, 10 de maio, durante duas missas vespertinas, apareceram pequenas gotas de sangue na patenas, com o qual os sacerdotes distribuíam a comunhão. No domingo 24 de julho de 1994, durante a missa das crianças, enquanto o ministro da Eucaristia pegava a píxide do tabernáculo, viu uma gota de sangue que escorria pela parede do mesmo. No dia 15 de agosto de 1996, durante a missa da Assunção da Santíssima Virgem, uma hóstia consagrada teve de ser colocada novamente, que tinha caído no chão durante a distribuição da comunhão, em um recipiente de água para que se dissolvesse. Alguns dias depois, em 26 de agosto, um ministro da Eucaristia abriu o Tabernáculo e viu que a hóstia tinha se transformado em sangue. E Foto em que se vê o Professor Castañon Gomez, que começa a investigar o milagre e questiona os padres que foram testemunhas diretas dos fatos. Eles confirmaram que dois pedaços da hóstia consagrada sangraram em maio de 1992. Ela foi colocada em água destilada, que infelizmente é a pior maneira de preservar algo. Depois pediram uma paroquiana que era uma química para analisar o hóstia que sangrava. A doutora descobriu que era sangue humano, e que tinha uma fórmula leucocitária completa. Também disse que ficou muito surpresa em descobrir que os glóbulos brancos do sangue eram ativos, o que normalmente indica uma infeção. A doutora, no entanto, não conseguiu realizar o exame genético, pois naquela época não era possível. Amostra da hóstia que transformou em sangue em 1996 É possível receber informações sobre o milagre a cada 3° sexta-feira do mês das 20:00 às 22:00 e todos os últimos sábados do mês às 11 horas. Paróquia Santa Maria, Av. La Plata 286. Buenos Aires. Foto da amostra da hóstia que sangrou em 1992 1 O Professor Castañon Gomez mostra um das amostras da hóstia que se transformou em carne em 1992
  • 39. © 2006, Edizioni San Clemente Milagre Eucarístico de BUENOS AIRES ARGENTINA, 1992-1994-1996 Esta é a resenha feita pelo Professor Castañonsobreomilagreeucarístico ocorrido em 1996, na paróquia deSantaMaria:«Nodia15deagosto de 1996, um fiel recebeu a hóstia consagrada em suas mãos para comungar mas inadvertidamente deixou-a cair no chão e pensou que seria melhor não pegá-la porque parecia-lhe “suja”. Outra pessoa mais pia percebeu o que tinha acontecido, recolheu-a e guardou-a, informando imediatamente ao padre Alejandro Pezet.Opadre,seguindoasdiretivas daIgrejarelativasataiscircunstâncias, colocou a hóstia em um recipiente com água e guardou-a no tabernáculo até que dissolvesse». o dia 26 de agosto o tabernáculo foi reaberto para que o recipiente com a hóstia caída fosse retirado e descobriu-se que dissolveu e apresentava algumas manchas avermelhadas que aumentavam a cada dia. Os padres da paróquia foram imediatamente procurar ao Arcebispo de Buenos Aires, para dizer-lhe o que tinha acontecido. Foi decidido esperar antes de prosseguir com a investigaçãoeem1999,depoisqueoArcebisposoube que eu estava realizando estas investigações científicas gratuitamente,meencarregoudecuidardocaso.Em6 deoutubrode1999,fuiparaBuenosAireseentrevistei os5sacerdotesquetestemunharamemedisseremque houve outro caso de hóstia consagrada em maio de 1992.Elestinhamcolocado-aemáguadestilada,queé a pior maneira de preservar alguma coisa, e por isso fiquei muito preocupado. Todo mundo sabe que quando se extrai sangue, pode-se obter a fórmula leucocitária (glóbulos brancos). No sangue há uma variedade de glóbulos brancos com características específicas. Os sacerdotes, no primeiro milagre, pediramaumaparoquiana,queeraumaquímica,que analisasse a hóstia que sangrava. A doutora descobriu que era sangue humano, e que tinha uma fórmula leucocitáriacompleta.Surpreendeu-seaodescobrirque os glóbulos brancos eram ativos. A doutora, no entanto, não tinha sido capaz de realizar o exame genético, pois naquela época não era um procedimento usual. Coletei uma amostra das duas hóstias que sangraram diante do notário do arcebispo quecertificoualegalidadedessaação,conformeexigido pela autoridade da Igreja na Argentina. Gostaria de salientar que antes que você me convidasse, o então arcebispodeBuenosAiresjátinhafeito contatocoma Santa Sé pedindo as minhas referências. As referências foram dadas pelo S.E. Mons. Gianfranco Girotti, que na época era subsecretário junto a Congregação para a Doutrina da Fé e assistente direto do Cardeal Ratzinger. Nodia21deoutubrofuiaoLaboratóriode genéticaforenseanalíticadeSãoFrancisco,quedeveria realizar a análise de amostras que eu tinha trazido. Em 28 de janeiro de 2000 encontraram os fragmentos de DNAhumanonasamostras,erasanguehumano,que continha o código genético humano. Em março de 2000, fui informado que participaria da análise, assim como o famoso médico legista especialista em histopatologia Robert Lawrence, um dos maiores especialistas em tecidos. Surpreendi-me também com a participação do Dr. Robert Lawrence, porque isso implicariaimportantescustosqueeudeveriasustentar, masdisseram-mequequeriamsuacooperaçãoporque foram encontradas nas amostras substâncias que se assemelhavam a tecidos humanos. Dr. Lawrence estudou as amostras e encontrou pele humana e glóbulos brancos. Em dezembro de 2000. Lawrence medissequeconseguiriamaisamostrasdeDNA». A relíquia da hóstia transformou-se em carne, em 1996, na freguesia de Santa Maria, em Buenos Aires. O então arcebispo de Buenos Aires, o Cardeal Bergoglio, com Dr. Castañon Gomez e alguns sacerdotes da Paróquia Santa Maria. 2 O pai Alejandro Pezet, o protagonista no milagre ocorreu em 1996. Tabernáculo na Igreja de Santa Maria onde a relíquia do milagre «N
  • 40. © 2006, Edizioni San Clemente Milagre Eucarístico de BUENOS AIRES ARGENTINA, 1992-1994-1996 «Em 2001, levei as minhas amostras para o Professor Linoli que identificou as células brancas e disse-me que, com grande probabilidade, essas correspondiam ao tecido do coração. Os resultados obtidos das amostras eram semelhantes aos estudos realizados sobre a hóstia do milagre de Lanciano. Em 2002, mandamos a amostra para o Professor John Walker, na Universidade de Sydney na Austrália, que confirmou que as amostras tinham glóbulos brancos e células musculares intactas e todos sabem que os glóbulos brancos, fora do nosso corpo após 15 minutos se desintegram e já tinham passado 6 anos». m setembro de 2003 procurei o Professor Robert Lawrence que me confirmouque comasnovaspesqui- sas era possível concluir que a amostra podiacoincidircomotecidodeumcoraçãoinflama- do. Portanto, estudos tinham provado que esses tecidoseramdeumcoraçãoinflamado:issosignifica- va que a pessoa a quem pertencia devia ter sofrido muito. Para esclarecer nossas dúvidas no dia 2 de março de 2004, encontramos o melhor especialistas em doenças do coração e medicina forense, Professor FrederickZugibe,NovaIorque,ColumbiaUniversi- ty O professor não sabia, no entanto, que a amostra que eu tinha levado pertencesse à hóstia. "A amostra que ele me trouxe - disse-me Professor Zugibe - é o músculo do coração, do miocárdio, exatamente é o ventrículo esquerdo" e confirmei que meu paciente tinha sofrido muito. Então lhe pergun- tei: “Doutor, por que meu paciente sofreu muito?”. Ele respondeu: “Porque seu paciente tinha coágulos, às vezes, não conseguia respirar, pois não tinha oxigênio e sofreu muito porque cada aspiração era dolorosa.Provavelmentelevouumgolpenaalturado peito. Também o coração apresentava uma atividade dinâmica (viva) no momento em que trouxe a amo- stra”. “Por que?” Lhe perguntei. “Porque encontra- mos glóbulos brancos intactos e os glóbulos brancos são transportados apenas pelo sangue e então se existem glóbulos brancos é porque no momento em que o senhor me trouxe a amostra, o material estava pulsando”. O professor então perguntou a quem pertencia esta amostra e quando lhe dissemos que provinhadeumahóstiaconsagrada,exclamou:“Não acredito”. Ficou muito impressionado. O mesmo Professor mostrou-nos em um livro o caso de um paciente que apresentava as mesmas lesões semelhan- tes àquelas da amostra que havíamos trazido. O miocárdio é o músculo que dá vida a todo o coração e ao nosso corpo. Um teólogo, com razão, salientou que o fato de que tenha sido o miocárdio não foi aleatório, mas escondia um simbolismo. O senhor neste milagre quis mostrar o miocárdio, que é o músculoquedávidaaocoração,assimcomoaEuca- ristia faz com a igreja. E por que o ventrículo esquer- do? Porque dali sai o sangue purificado e Jesus é aquele que purifica a sua Igreja de seus pecados. “Doutor- disse-me Professor Zugibe- no momento em que o senhor trouxe esta amostra, este coração estava vivo!”. Seu relatório foi enviado em 26 de março de 2005, 5 anos e meio após o início dos estudos e as conclusões foram as seguintes: “Trata-se do tecido do coração que sofre alterações degenerati- vas do miocárdio e essas alterações são devido ao fato dequeascélulasestãoinflamadaseestãorelacionadas comoventrículoesquerdodocoração».Nodia17de março levei os resultados ao cardeal Maria Bergoglio. «E Quando o Professor Zugibe soube que a amostra era originária de uma hóstia consagrada, exclamou: “Não acredito” e ficou muito impressionado. Ele mesmo mostrou-nos em um livro o caso de um paciente que apresentava as mesmas lesões semelhantes àquelas da amostra que havíamos trazido. Dr. Zugibe confirmou que, no momento em que ele entregou a amostra a analisar a mesma apresentava uma atividade vital. O Professor Zugive confirmou que a amostra correspondia ao músculo O Professor Zugive confirmou que a amostra correspondia ao músculo cardíaco, do miocárdio, o ventrículo esquerdo e que o paciente ao qual pertencia tinham sofrido muito por causa de coágulos de sangue que indicavam que em alguns momentos ele não conseguia respirar devido à falta de oxigênio e cada respiração era muito dolorosa. De acordo com o Professor o paciente tinha levado um golpe no peito. Também o coração teve uma atividade dinâmica (viva) no momento em foi levado ao laboratório visto que foram encontrados glóbulos brancos intactos que são transportados pelo sangue, isso só confirmou que a amostra estava pulsando. É importante notar que se se extrai o sangue de uma pessoa, depois de 15 minutos os glóbulos brancos se desintegram. Portanto, é absolutamente inexplicável do ponto de vista científico que, em 2005, em 1996 houvesse amostras de glóbulos brancos no sangue Isso mostra que o coração tinhaumaatividadedinâmicaevivanomomentoemqueforamrecolhidas as amostras. Em 15 de agosto de 1996, padre Alejandro Pezet, pegou do chão uma hóstia consagrada que depois de ter colocado em um recipiente com água para dissolvê-la, conservou-a no tabernáculo. Quando no dia 26 de agosto reabriu o Tabernáculo a mesma estava coberta por uma substância avermelhada. 3 Em 2001 Professor Edoardo Linoli na Itália, o mesmo que analisou o milagre de Lanciano, confirmou que esta não era pele, mas provavelmente um fragmen- to de tecido do coração humano. Também oDr. John Walker, professor da Universidade de Sidney, na Austrália, estudou a amostra sem saber de onde veio e concluiu que se tratava de uma amostra de pele humana que continha células musculares, e também que havia glóbulos brancos intactos (é importante evidenciar que os glóbulos brancos, fora do corpo depois de 15 minutos se desintegram e nesse caso já tinham passado 6 anos e eles estavam intactos). Em 2 de março de 2004, Professor Frederick Zugibe, da Universidade de Colúmbia, Nova York, o especialista em medicina forense do coração recebeu a amostra sem saber que derivava de uma hóstia consagra- da que tinha sangrado. Aorta Artéria pulmonar Veia pulmonar Átrio esquerdo Ventrículo esquerdo Músculo do miocárdio Átrio direito Ventrículo direito
  • 41. CALANDA ESPANHA, 1640 O “Milagre dos Milagres” O jovem Miguel-Juan Pellicer teve a sua perna amputada por causa de um acidente, mas graças à sua grande devoção ao Santíssimo Sacramento e à Virgem do Pilar, aconteceu o grande milagre que foi imediatamente reconhecido e aprovado pelo Bispo de Zaragoza, quem presidiu o processo canônico. Na sentença definitiva ele escreveu que “a Miguel-Juan Pellicer de Calanda, foi restituída milagrosamente a perna direita, amputada anos atrás e isso não foi um fato natural, mas milagroso”. iguel-Juan Pellicer, nasceu em 1617 em Calanda, um vilarejo a uns cem quilômetros de Zaragoza, numa família de pobres camponeses. Aos 19 anos decidiu trabalhar com um tio em Castellon de la Plata. Um dia, durante os trabalhos do campo, uma carroça cheia de grãos passou em cima dele e Miguel-Juan foi levado ao hospital geral de Valença com a perna direita fraturada. Juan viu que os médicos daquele hospital não eram capazes de curá-lo, assim que saiu de lá e viajou trezentos quilômetros para chegar em Zaragoza e pedir ajuda à Nossa Senhora do Pilar. Caminhou com muletas, apoiando o joelho da perna fraturada e infeccionada num pedaço de madeira. Chegou a Zaragoza em outubro de 1637 exausto e febril, arrastou-se até o Santuário do Pilar onde se confessou e recebeu a Eucaristia; depois foi internado no Real Hospital da Graça. Dado o estado da gangrena os médicos estabe- leceram que o único modo de salvar a sua vida era amputando a perna, assim ela foi cortada com serra e escalpelo quadro dedos abaixo do joelho e cauterizada com ferro incandescente. Um jovem estagiário, Juan Lorenzo Garcia, recolheu o membro amputado e enterrou-o no cemitério anexado ao hospital. Desse dia em diante, Miguel foi obrigado a sobreviver pedindo esmola nas portas do Santuário da Virgem do Pilar. Todas as manhãs estava presente na Missa e rezava com fervor diante do Santíssimo Sacramento e tinha o costume de ungir a perna amputada com o óleo da lâmpada do Tabernáculo. Depois de três anos fora de casa, decidiu regressar e a família o acolheu com afeição. Em março de 1640, depois de uma vigília mariana, Miguel-Juan, sentindo-se muito can- sado, foi a descansar mais cedo e como sempre, ungiu a sua ferida com o óleo da lâmpada do Santíssimo Sacramento do Santuário da Virgem do Pilar. Quando a mãe de Miguel foi ver se ele estava bem, observando-o enquanto dormia, viu dois pés debaixo das cobertas e não um só. Miguel-Juan tinha recuperado milagrosamente a mesma perna que tinha sido enterrada três anos antes pelo estagiário Garcia. De acordo com o testemunho dos presentes e com o processo canônico “a perna era pálida, menor e com a massa muscular mais reduzida, mas era perfeitamente viva e permitia caminhar”. M © 2006, Edizioni San Clemente De acordo com a lenda, a capela primitiva do Santuário foi construída pelo apóstolo Tiago, o Maior, no ano 40 em memória da prodigiosa vinda da Virgem de Jerusalém a Zaragoza para consolá-lo, porque ele estava muito desapontado com os resultados negativos da sua evangelização. “O Pilar” é a coluna de alabastro na qual a Virgem apoiou os seus pés. Santuário da Virgem do Pilar, Zaragoza Pintura antiga que retrata o Milagre presente no Santuário do Pilar Documento original do notário Miguel Andreu do dia 2 de abril de 1640 no qual se certifica o Milagre de Calanda João Paulo II diante da estátua da Virgem do Pilar em Zaragoza O Papa Pio XII rezando diante de uma estátua da Virgem do Pilar que tinha recebido de presente