SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 10
Baixar para ler offline
Fórum do Mar -
 - Conferência Internacional - Valorização económica e
sustentabilidade dos recursos marinhos



Sea Forum-
-International Conference-Economic enhancement
and sustainability of marine resources




                                 Resumos /Abstracts
Painel 1 –

                                        Exploração e Monitorização de Recursos Marinhos

                              Panel 1 – Exploration and Monitoring of Marine Resources


Steven Scot, University of Toronto
Title: Seafloor metal mining – the dawning of a new industry
Abstract:
First observed more than 30 years ago, high temperature hot springs (“black smokers”) on the
deep ocean floor are precipitating mounds and columnar edifices (“chimneys”) of copper, zinc,
lead, iron and silver sulphides, gold and other major and minor elements. Some deposits are of
sufficient size and metal content to be considered for mining. The speaker is a pioneer in the
study of these seafloor massive sulfide (SMS) deposits and is the co-discoverer of the Solwara
site in the Manus basin of the Bismarck Sea offshore eastern Papua New Guinea that a
Toronto-headquartered company, Nautilus Minerals, intends to mine. He will present an
overview of this new type of mineral resource, proposed robotic mining methods,
environmental issues unique to these deposits and implications for the Portuguese waters
around the Azores.

Marcel Jaspars, University of Abardeen
Title: Grand challenges for current and future marine biotech research in Europe
Abstract:
Marine (‘Blue’) biotechnology is the only ‘colour’ of biotechnology that is defined by its source
rather than by function. As such, it may find use in any number of applications in the food,
energy, health, environment and industrial sectors. This presentation will explore the
challenges and opportunities facing marine biotechnology and how to realise its potential to
make a major contribution to all these sectors in Europe and globally. To achieve this, a
number of ‘Grand Challenges’ in marine biotechnology need to be addressed in the fields of
food, energy, health, environment and industry. Changes in policy, science funding, science
administration, and education must be made to fully exploit the unique bioresources available
in the oceans.


Vicente Pérez Muñuzuri, MeteoGalicia. Consellería de Medio Ambiente. Xunta de Galicia
Title: Pro Oceanic observatory for the Iberian shelf (RAIA)
Abstract:
RAIA is an Interreg IV-A project between North of Portugal and Galicia supported by ERDF
funds (2009-2013) whose main aim is the development of an oceanic observatory constituted
by a cross-border infrastructure of observation of the ocean and by an extensive network of
operational oceanography based in the monitoring and the prediction of the ocean by means
of the use of numerical models and the construction and the development of new platforms
ocean-meteorological in the mouths of the rivers Douro and Miño, in the mouth of the estuary
of Pontevedra near of the Island of Ons and in the coastal platform to the height of Porto and
Cape Silleiro.
The project contemplates besides the following specific aims:
Development of new technologies that allow to build a cross-border regional technological
base with capacity for international expansion.
Development of a common platform of data (observations in real time and forecasts).
Operational implementation of hydrodynamic models, waves and water quality in the platform
and coastal.
The development and implementation of a wide range of products for end users (models of
current and agitation, models of spill propagation, models of derives of larvae, forecast of the
state of the sea, forecast of the quality of the waters, etc).


Ricardo Serrão Santos, Universidade dos Açores
Título: Os Campos Hidrotermais e a sua Biosfera
Abstract:
Um dos mais interessantes habitats do mar profundo foi descoberto 1977 ao largo das
Galápagos e 10 anos depois ao largo dos Açores. A muitos metros de profundidade foram
encontrados autênticos oásis de vida marinha, muito distinta da que conhecíamos até então e
marcada por elevadas densidades e biomassas em torno de sistemas vulcânicos ativos, as
chamadas fontes hidrotermais. O paradoxo dos ecossistemas hidrotermais reside no facto de
comportarem biomassas abundantes (+ de 20 kg/m2), biodiversidade endémica e de
crescimento rápido apesar da elevada toxicidade ambiente como elementos radão radioativos
e diversos metais pesados.
As comunidades hidrotermais são metabólica e fisiologicamente diversas e sobrevivem em
condições extremas de pressão, temperatura, acidez, elevadas taxas de metais pesados e
radioatividade sendo por isso particularmente promissoras quanto ao seu potencial
biotecnológico.
Painel 2 –

                               Potencial de valorização económica dos recursos marinhos

                          Panel 2-Potential economic enhancement of marine resources


Projecto: Windfloat
Empresa: EDP
Orador: João Maciel

The WindFloat Project is a technology development project aiming at the demonstration of a
deep / floating offshore technology. The WindFloat is triangular semi-submersible foundation
integrating a multi-MW wind turbine, suitable for offshore wind energy exploration in
locations with above 40m water depth. The WindFloat Project demonstration phase is being
developed in Portugal and includes design, construction, installation and testing of a full scale
WindFloat with a 2 MW turbine.
The project is undergoing its construction / assembly phase and is estimated to be installed
during 2nd semester fo 2011.
The WindFloat Project is being developed by EDP Inovação, Principle Power, A. Silva Matos and
Vestas and has secured a significant support from the Portuguese State. The project also
involves a significant number of Portuguese companies and fosters the devlopment of a deep
offshore wind technology cluster in Portugal.

Projecto: WEGA
Empresa: Sea For Life
Orador: Jorge Pina Rodrigues

Com o desejo de agarrar as oportunidades proporcionadas pelo nosso oceano, a Sea For Life é
uma empresa Portuguesa que nasceu com o propósito de desenvolver e construir uma
tecnologia inovadora capaz de converter a energia contida nas ondas em energia eléctrica – o
dispositivo WEGA (Wave Energy Gravitational Absorber).
Após terminar a fase de definição do conceito de aproveitamento de energia e respectivos
ensaios laboratoriais, a Sea For Life entrou na segunda fase do seu desenvolvimento: o
projecto de demonstração da viabilidade técnica do sistema WEGA em near shore.
Este será um grande desafio, que se enquadra em linhas de desenvolvimento nacionais como
as energias alternativas, tecnologia & inovação e aproveitamento dos recursos oceânicos,
podendo o seu sucesso constituir uma nova fonte de exportações e, por isso, de
competitividade nacional.


Projecto: SIGA
Empresa: Foodintech
Orador: Miguel Fernandes

O SIGA – Sistema Integrado de Gestão Alimentar, é um dos projectos associados á acção
Panthalassa, que tem como objectivo o desenvolvimento de uma aplicação informática
específica, para a gestão das operações de transformação alimentar. A aplicação SIGA suporta
o conceito: “PAPER FREE INDUSTRY”, gestão de dados industriais sem a utilização de sistemas
em papel. A tecnologia informática, que permite controlar e monitorizar todos os dados de
produção, qualidade, segurança alimentar e rastreabilidade, é parte de uma visão global de
incorporação tecnológica pelas Industrias Alimentares, que passa pelos seguintes níveis:
Sistemas de Informação» Integração de Dados» Automação de Operações.
O objectivo do sistema SIGA, prende se com a necessidade de registar, compilar e processar
dados de produção de uma forma ágil, que por sua vez permitem á gestão alinhar os seus
factores de produção numa estratégia de alto desempenho operacional.



Projecto: Bubblenet
Instituição: IPL /ESTM
Orador: Tiago Almeida

O projecto Bubble net trata, na sua essência, de uma nova arte de pesca que tem por base a
preocupação com a resolução de problemas existentes numa das artes de pesca com maior
importância a nível nacional e mundial: a pesca do cerco. A sensibilização para educação
ambiental e ecológica da comunidade pesqueira e a conservação dos recursos marinhos são
também um pilar deste projecto.
Esta tecnologia inovadora pretende simular o comportamento das baleias corcunda de modo a
aprisionar e capturar o peixe, tendo já sido efectuado um pedido de registo de patente
internacional para a técnica inerente à Bubble net.
A técnica desta arte é semelhante à utilizada no cerco tradicional com algumas inovações. A
Bubble net será largada pela embarcação mais pequena (chata) de modo a cercar o cardume.
Seguidamente liga-se a corrente de ar da câmara superior para a formação da parede de
bolhas. Esta rede de bolhas irá cercar o cardume, à semelhança do que acontece na natureza,
aprisionando-o.
A captura do peixe deverá ser iniciada momentos após a rede de bolhas estar operacional, de
modo a maximizar a captura e evitar a fuga de peixe, com a utilização de uma bomba
sugadora. Após a cota do barco ser atingida, desliga-se a parede de bolhas, e recolhe-se a
Bubble Net, processo muito rápido e inofensivo para o peixe não capturado. É de notar que na
arte do cerco tradicional o peixe cercado é todo capturado, o excedente é posteriormente
devolvido ao mar já morto ou declarado em lota como sendo outra espécie.
A grande inovação reside na ausência de redes, responsáveis pela morte por aprisionamento
de elevado número de grandes predadores, como os tubarões, por cerca de 90% dos
arrojamentos de cetáceos (golfinhos e baleias que dão à costa), assim como pelo
aprisionamento de tartarugas e outras espécies marinhas ameaçadas.
A ausência de redes físicas, em conjunto com a bomba sugadora, elimina também o desgaste
físico e o excessivo manuseamento do pescado, que diminui a sua qualidade sensorial
(melhora a consistência da carne, e diminui as lesões). Permite, portanto, uma melhor
qualidade do pescado, reduzindo de forma significativa a rejeição de peixe em lota e
consequentemente a sua valorização.
Deste modo, a eliminação das redes traduz-se, nesta nova tecnologia, em três ganhos
essenciais: Ecologia, Economia e Qualidade do Pescado.

complementares entre si: o desenvolvimento de uma nova técnica de pesca de cerco (que
procurará contribuir para dar resposta a alguns dos principais problemas estruturais do
sector), e o desenvolvimento de acções de informação/sensibilização junto dos profissionais
da pesca, com vista à adopção da nova técnica e à promoção do envolvimento das
comunidades piscatória e científica na resolução dos actuais problemas do sector.
Projecto: Janela Única Portuária
Empresa: APDL
Orador: Luís Marinho Dias

Os portos são nós principais de uma rede que presta serviços aos Sistemas Logísticos que os
utilizam.
Nesse sentido, a eficiência dos serviços que presta tem vindo a ser trabalhada ao longo dos
últimos anos, através de uma intervenção consistente na sua infra-estrutura.
Referenciam-se aqui três projectos de maior relevância, dois actuando no nó porto (PCOM e
PIPe) e um terceiro de prospectiva sobre os requisitos da integração do nó porto na rede de
serviços logísticos (PortMoS).
Com as duas intervenções sobre o nó porto, Portugal colocou-se muito pragmaticamente na
frente do que melhor se faz na Europa e no mundo, tendo a sua quota parte de
responsabilidade na génese da recente Directiva 2010 /65 /EU, tendente a colocar uma Janela
Única Portuária (JUP) em todos os portos europeus.

No actual estado da arte, urge trabalhar vectores da economia do mar que ultrapassam a
actual implementação da JUP, designadamente a formalização da rede de serviços logísticos
como mercado regulado por especificações e normas estabilizadas, transportando para os
modos de grande capacidade as melhores práticas já consolidadas nas redes de correio
urgente. Este desafio ambicioso permitirá dar consistência e utilidade aos fortes investimentos
já desenvolvidos nos portos, cujos benefícios disponíveis não têm vindo a ser transpostos para
os clientes.
Os serviços à mercadoria devem pois ter espaço próprio nas prioridades da economia do mar,
para o que importa interiorizar os vários conceitos com eles relacionados (MOS, SSS, e-Port).
Em Portugal foi concebido o conceito de JUL (Janela Única Logística), que se apresenta nesta
intervenção. Para o efeito, considera-se incontornável apreciar e decidir sobre as opções de
governação deste mercado de serviços, mantendo um estreito contacto com os
intervenientes, suas expectativas e interesses.
Apresenta-se então o Projecto MIELE como instrumento para o desenvolvimento deste
mercado de serviços logísticos, que está a ser desenvolvido com Itália, Espanha, Chipre e
Alemanha. Este projecto tem uma estratégia de disseminação que importa conhecer e
interiorizar, de forma a gerar a necessária massa crítica e a utilidade que se requer nestas
intervenções.


Projecto: Gama98 rope
Empresa: Euronete
Orador: Sérgio Leite

Gama98® Dyneema® ropes for moorings for ultra-deepwater MODU: As operators go further
offshore, Gama98® Dyneema® rope is an increasingly attractive option for ultra-deepwater
moorings, particularly beyond 2,000m.
Brazilian oil and gas producer Petroleo Brasileiro SA (Petrobras) has recently placed the first-
ever, worldwide order for Dyneema® synthetic mooring rope for deepwater MODU (Mobile
Operating Drilling Unit) projects with Lankhorst Ropes.
The decision to use high modulus polyethylene rather than conventional deepwater polyester
rope reflects the current state of synthetic rope technology and the practicalities of oil and gas
field exploration going deeper and further offshore.
Gama98® Dyneema® rope developments: Polyester has been the rope material of choice for
MODU and long-term deepwater moorings beyond 1500m. Polyester has excellent elasticity
allowing the line to stretch and absorb the dynamic loads experienced by a floating production
unit. It also has excellent fatigue life and very low creep.
Beyond 2000m water depth the polyester elasticity becomes a problem as longer mooring
lines allow greater surface motions. This translates into greater horizontal offsets which may
exceed steel catenary riser (SCR) and top-tensioned steel riser top riser limits, leading to riser
failure.
To reduce these offset effects stiffer materials or hybrid mooring systems are required to
compensate for the longer line lengths; and provide a more sympathetic riser environment.
Gama98® Dyneema® rope is now widely considered to be the most suitable material for these
longer line lengths. The yarns are characterised by very high stiffness, combining high strength
and modulus, providing lighter and smaller diameter ropes.



Projecto: LAJEADO
Instituição: (INESC TEC)
Orador: Anibal Matos

Esta apresentação descreve o “Sistema integrado de monitorização georreferenciada de
barragem e reservatório” contratado pela CEB Lajeado, empresa brasileira de produção
hidroeléctrica do Grupo EDP. Tendo por base o robot submarino TriMARES desenvolvido pelo
INESC Porto, este sistema permite simplificar e automatizar as tarefas de inspecção visual de
estruturas submersas de uma central hidroelétrica e de mapeamento de fundos e medição de
parâmetros de qualidade da água em albufeiras. Este sistema permite que as tarefas de
inspecção e monitorização possam ser realizadas com menores custos e com maior frequência,
antecipando eventuais anomalias e evitando acidentes ecológicos. Garante-se, assim, a
integridade das estruturas das barragens por mais tempo e um melhor aproveitamento dos
recursos hídricos.
Ancorado na larga experiência do INESC Porto no desenvolvimento e utilização de ferramentas
robóticas para o meio aquático, este projeto insere-se resultado dos esforços realizados pelo
INESC Porto no desenvolvimento de sistemas inovadores e de impacto económico elevado no
âmbito das atividades ligadas ao domínio da água, incluindo a economia do mar.


Projecto: Pitvant - Seacon: Veículos aéreos e submarinos não tripulados para aplicações de
uso dual
Instituição: FEUP
Orador: João Tasso de Figueiredo Borges de Sousa

Esta apresentação descreve o desenvolvimento de veículos autónomos submarinos e aéreos
levado a cabo em cooperação entre a Universidade do Porto e, respectivamente, a Marinha e
Força Aérea Portuguesas, no âmbito dos projectos Seacon e Pitvant com financiamento do
Ministério da Defesa Nacional.
O projecto Seacon, desenvolvido em parceria entre a Marinha Portuguesa e a Universidade do
Porto, teve início em 2009 e tem uma duração prevista de dois anos. Este projecto tem por
objectivos o treino, demonstração e desenvolvimento de conceitos de operação com veículos
submarinos autónomos de pequena dimensão, bem assim como o apoio ao destacamento de
Guerra de Minas. Neste âmbito está prevista a entrega de três veículos submarinos autónomos
à Marinha Portuguesa em Julho do corrente ano. O projecto incluiu exercícios internacionais
entre os quais se destaca o REP10, que foi organizado em colaboração com o Naval Undersea
Research Center da Nato e com o Naval Undersea Warfare Center da Marinha Americana. Este
exercício, que teve lugar em Julho de 2010, contou com a participação de 10 veículos
submarinos autónomos e ainda de um veículo de superfície autónomo.
O projecto de PITVANT, desenvolvido em parceria entre a Força Aérea Portuguesa e a
Universidade do Porto, teve início em Novembro de 2008 e tem uma duração prevista de sete
anos. Embora tendo a sua génese na Academia da Força Aérea, o projecto é transversal a toda
a Força Aérea, envolvendo, para além da própria Academia, o Comando Logístico, o Estado-
Maior e o Comando Aéreo. A equipa da Universidade do Porto é liderada pela Faculdade de
Engenharia, e inclui a Faculdade de Ciências e o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão
Industrial. O projecto conta com uma forte cooperação internacional com a Honeywell,
Embraer, Agência de Defesa Sueca, Universidade da Califórnia em Berkeley e Universidade das
Forças Armadas de Munique. O projecto tem 4 objectivos principais: 1) desenvolver e testar
tecnologias de sistemas aéreos não tripulados (UAS); 2) desenvolver novos conceitos de
operação para UAS de pequena a média dimensão; 3) avaliar e testar a utilização dos sistemas
e tecnologias desenvolvidos num largo espectro de missões, tanto militares como civis; 4)
formação avançada em UAS. Neste âmbito estão a ser projectados, construídos e testados em
ambiente operacional, três tipos de UAS, com envergaduras de asa compreendidas entre 1,6m
e 7m, bem assim as tecnologias de comando e controlo para equipas de UAS, que constituem a
próxima geração de desenvolvimentos nesta área. O projecto já acumulou mais de 300 voos
autónomos.


Projecto: ECOCEANUS
Empresa: - Ecoceanus Ciência e Ecoturismo
Orador: Daniel Machado

Numa altura em que cada vez mais se levanta a questão da harmonização do desenvolvimento
humano e económico com a conservação do ambiente e a consciencialização da sociedade a
Ecoceanus implementa na sua área de trabalho, o ecocturismo, um modelo de
desenvolvimento sustentado de programas turísticos inovadores e qualificados.
Esta dinâmica de funcionamento assenta na certeza de que o conhecimento científico é um
produto turístico economicamente viável e que a geração desse mesmo conhecimento pode
ser altamente potencializada por uma participação aberta ao cidadão e à sociedade. Os
actores públicos e privados que podem e devem participar deste modelo de desenvolvimento
têm muito a ganhar e pouco ou nada a perder quando desenvolvem as suas actividades dentro
desta dinâmica.
Estas são algumas da premissas que orientam a Ecoceanus no desenvolvimento dos seus
produtos turísticos, bem como no processo de internacionalização que está a desenvolver.
É exactamente sobre esta dinâmica e a sua implementação que incidirá a nossa apresentação
no Fórum do Mar.
Painel 3

                                                 Governance e Sustentabilidade dos Oceanos

                                  Panel 3- Governance and the sustainability of the oceans


Luís Cuervo Spottorno, Directorate General for Fisheries and Maritime Affairs
Title: "The Integrated Maritime Policy strategy for the Atlantic: new opportunities for Atlantic
coastal communities"

Luis Cuervo Spottorno will tackle the role of maritime governance in the context of the
forthcoming EU Integrated Maritime Policy strategy for the Atlantic Ocean area –due for
adoption by the European Commission next autumn.
The strategy is a concrete opportunity to increase environmental and economic sustainability
of EU Atlantic Ocean coastal communities, notably by sustaining the development of growth
and employment opportunities in maritime sectors. Particular attention will be given to the
role of governance and clustering in contributing to fulfil these objectives.



Miguel Marques , Price Waterhouse Coopers
Titulo: Rumo a um oceano sustentável…

O crescimento e o desenvolvimento sustentável do planeta, passa necessariamente pela forma
como são explorados os recursos dos oceanos.
O recurso “mar” inclui riquezas que podem beneficiar a humanidade e que ainda não se
encontram totalmente identificadas e quantificadas. No entanto, as riquezas que já se
conhecem existir, por vezes, são excessivamente exploradas, desequilibrando habitats e
contextos sócio-culturais.
O estudo, a definição e a implementação de um novo modelo de governação dos oceanos é
vital para o desenvolvimento do planeta. Este novo modelo de governação deve orientar a
humanidade para um “mar” sustentável, respeitando os três pilares base da sustentabilidade
(económico, social e ambiental).
As empresas que utilizam o recurso “mar” têm que ter visões de futuro, compatíveis com os
três pilares do crescimento e desenvolvimento sustentável, seguindo o exemplo mais
sofisticado das sociedades que pertencem ao Dow Jones Sustainability Index.


Marta Chantal Ribeiro, University of Porto
Título: A protecção da biodiversidade marinha no contexto do desenvolvimento económico

Na comunicação privilegiam-se quatro aspectos fundamentais. Primeiro, apresentam-se as diferentes
valorações da biodiversidade marinha, dando nota dos instrumentos jurídicos mais expressivos quanto
ao dever da sua protecção. Segundo, alude-se à tendência contemporânea para um esbatimento das
fronteiras entre o conceito de bens ambientais e a noção de recurso natural vivo. Terceiro, de entre as
várias metodologias de protecção da biodiversidade, evidencia-se o instrumento das áreas marinhas
protegidas pela tripla perspectiva da sua operacionalidade, dos resultados positivos alcançados em prol
da sustentabilidade dos oceanos e pelos ensinamentos que transmite para o planeamento do espaço
marinho e aplicação da abordagem ecossistémica. Neste considerando, far-se-á o ponto da situação em
Portugal. Quarto, termina-se com uma referência aos desafios de ‘governance’ resultantes da expansão
de actividades humanas no espaço marinho, da correlativa necessidade da sua regulação e fiscalização,
e da confluência de competências para o efeito. Em especial, alerta-se para as limitações decorrentes do
Direito do Mar e do Direito da União Europeia, bem como para o necessário desenvolvimento ou
reformulação do direito interno.


António Silva Ribeiro, Estado Maior da Armada
Titulo: Desafios estratégicos à governança e sustentabilidade do mar português

Os rápidos progressos da ciência e da tecnologia verificados no século XX, permitiram
compreender melhor os impactos das actividades humanas nos oceanos, o que, combinado
com a sua difusão extensiva à escala mundial, modificou a crença de que, no uso do mar, se
poderiam acomodar todos os interesses da Humanidade.
Nestas circunstâncias, a comunicação evidenciará que os desafios estratégicos à governança e
sustentabilidade do mar, passaram a ter um crescente interesse na vida dos Estados costeiros.
Para além disso, realçará a importância de se despertarem as vocações e mobilizarem as
vontades dos portugueses, de forma a promover a governação dos assuntos do mar com
equilíbrio entre o Estado, a sociedade civil e o mercado a nível local, nacional e internacional,
satisfazendo as necessidades do presente e garantindo as das gerações futuras.
A comunicação destacará, igualmente, que os desafios políticos, económicos, ambientais,
culturais e securitários sobre o mar, apresentados na generalidade das análises conhecidas,
possuem enorme importância na tomada de decisão associada à governança e
sustentabilidade. Todavia, como esses desafios não podem deixar de ser considerados no
âmbito da formulação e da operacionalização da política marítima nacional, a comunicação
avultará a necessidade do cimento conceptual da estratégia, para os ligar, interpretar e
superar, no contexto dos processos destinados a viabilizar o uso do mar por Portugal.



João Fonseca Ribeiro, EMAM
Titulo: A Estratégia Nacional para o Mar (ENM) – O paradigma do Atlântico

 Esta apresentação abordará a implementação da ENM e a sua governança. Centrar-se-á numa
visão do Atlântico como um grande espaço de desafios e oportunidades, sendo o oceano da
Europa e, numa assinalável extensão, um espaço de soberania e jurisdição nacional. Sobre esta
abordagem, efectuará uma reflexão acerca dos seguintes tópicos: Os desígnios da “Europa
2020” e a correspondente relevância do blue growth para um espaço europeu que se deseja,
simultaneamente, inteligente, sustentável e inclusivo; A política marítima integrada,
envolvendo o planeamento estratégico das actividades marítimas onde se inclui a gestão
espacial e a perspectiva das estratégias de preservação do ambiente marinho, dos habitats e
dos ecossistemas, como forma de garantir o alívio da pressão das actividades sobre o
ambiente, sempre que necessário; E a necessidade de garantir modelos comuns de
governança e que sejam, simultaneamente, adequados à especificidade da área do Atlântico, e
promotores dos objectivos de interdependência, designadamente, nos domínios do
conhecimento, das actividades marítimas, da função de guarda da costa, da vigilância e
monitorização situacional, e da acção externa, envolvendo a diplomacia, a defesa e a
cooperação.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Conferência Internacional - Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos . 17 de Junho . Abstracts

Semelhante a Conferência Internacional - Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos . 17 de Junho . Abstracts (20)

Estudo setorial
Estudo setorialEstudo setorial
Estudo setorial
 
SMR no Mar: Janela para o futuro da energia nuclear
SMR no Mar: Janela para o futuro da energia nuclearSMR no Mar: Janela para o futuro da energia nuclear
SMR no Mar: Janela para o futuro da energia nuclear
 
mar
marmar
mar
 
09 filipe aguiar
09 filipe aguiar09 filipe aguiar
09 filipe aguiar
 
Carta Nautica outubro 2020
Carta Nautica outubro 2020Carta Nautica outubro 2020
Carta Nautica outubro 2020
 
Forum Empresarial da Ecónomia do Mar - EngºFernando R.Castro
Forum Empresarial da Ecónomia do Mar - EngºFernando R.CastroForum Empresarial da Ecónomia do Mar - EngºFernando R.Castro
Forum Empresarial da Ecónomia do Mar - EngºFernando R.Castro
 
Recursos naturais 2 (Sebenta de Geografia A).
Recursos naturais 2 (Sebenta de Geografia A).Recursos naturais 2 (Sebenta de Geografia A).
Recursos naturais 2 (Sebenta de Geografia A).
 
E book chef fish-deco
E book chef fish-decoE book chef fish-deco
E book chef fish-deco
 
SD16_Impactos_deep_off-shore
SD16_Impactos_deep_off-shoreSD16_Impactos_deep_off-shore
SD16_Impactos_deep_off-shore
 
Petróleo e gás
Petróleo e gásPetróleo e gás
Petróleo e gás
 
Exxon - SEAL - Peat Mod III
Exxon - SEAL - Peat Mod IIIExxon - SEAL - Peat Mod III
Exxon - SEAL - Peat Mod III
 
Oceanário
OceanárioOceanário
Oceanário
 
Relação politica publica pesca tecnologia sustentatbilidade
Relação politica publica pesca tecnologia sustentatbilidadeRelação politica publica pesca tecnologia sustentatbilidade
Relação politica publica pesca tecnologia sustentatbilidade
 
Sdtc feb16
Sdtc feb16Sdtc feb16
Sdtc feb16
 
Biodiversidade Marinha Dos Açores 2015
Biodiversidade Marinha Dos Açores 2015Biodiversidade Marinha Dos Açores 2015
Biodiversidade Marinha Dos Açores 2015
 
Pesca
PescaPesca
Pesca
 
Carta náutica - maio 2018
Carta náutica - maio 2018Carta náutica - maio 2018
Carta náutica - maio 2018
 
Eshte Sos Salvem O Surf Maio11
Eshte Sos Salvem O Surf Maio11Eshte Sos Salvem O Surf Maio11
Eshte Sos Salvem O Surf Maio11
 
Energia eolica offshore
Energia eolica offshoreEnergia eolica offshore
Energia eolica offshore
 
Acua pura no lamego
Acua pura no lamegoAcua pura no lamego
Acua pura no lamego
 

Mais de EXPONOR

Apresentación VITAE
Apresentación VITAEApresentación VITAE
Apresentación VITAEEXPONOR
 
VITAE Presentation
VITAE PresentationVITAE Presentation
VITAE PresentationEXPONOR
 
Apresentação VITAE
Apresentação VITAEApresentação VITAE
Apresentação VITAEEXPONOR
 
Presentation SALUS and AJUTEC
Presentation SALUS and AJUTECPresentation SALUS and AJUTEC
Presentation SALUS and AJUTECEXPONOR
 
Apresentación Salus e Ajutec 2015
Apresentación Salus e Ajutec 2015Apresentación Salus e Ajutec 2015
Apresentación Salus e Ajutec 2015EXPONOR
 
Apresentação Salus e Ajutec 2015
Apresentação Salus e Ajutec 2015Apresentação Salus e Ajutec 2015
Apresentação Salus e Ajutec 2015EXPONOR
 
Apresentação Exporhome15
Apresentação Exporhome15Apresentação Exporhome15
Apresentação Exporhome15EXPONOR
 
Andrés López, AFIDA
Andrés López, AFIDAAndrés López, AFIDA
Andrés López, AFIDAEXPONOR
 
Miguel Corais, APFC
Miguel Corais, APFCMiguel Corais, APFC
Miguel Corais, APFCEXPONOR
 
Matchmaking by Maria Martinez, IFEMA
Matchmaking by Maria Martinez, IFEMAMatchmaking by Maria Martinez, IFEMA
Matchmaking by Maria Martinez, IFEMAEXPONOR
 
Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...
Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...
Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...EXPONOR
 
Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...
Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...
Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...EXPONOR
 
O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...
O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...
O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...EXPONOR
 
The exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFI
The exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFIThe exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFI
The exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFIEXPONOR
 
Spanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFE
Spanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFESpanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFE
Spanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFEEXPONOR
 
Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012
Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012
Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012EXPONOR
 
Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...
Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...
Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...EXPONOR
 

Mais de EXPONOR (20)

Apresentación VITAE
Apresentación VITAEApresentación VITAE
Apresentación VITAE
 
VITAE Presentation
VITAE PresentationVITAE Presentation
VITAE Presentation
 
Apresentação VITAE
Apresentação VITAEApresentação VITAE
Apresentação VITAE
 
Presentation SALUS and AJUTEC
Presentation SALUS and AJUTECPresentation SALUS and AJUTEC
Presentation SALUS and AJUTEC
 
Apresentación Salus e Ajutec 2015
Apresentación Salus e Ajutec 2015Apresentación Salus e Ajutec 2015
Apresentación Salus e Ajutec 2015
 
Apresentação Salus e Ajutec 2015
Apresentação Salus e Ajutec 2015Apresentação Salus e Ajutec 2015
Apresentação Salus e Ajutec 2015
 
ICONIC
ICONICICONIC
ICONIC
 
ICONIC
ICONICICONIC
ICONIC
 
ICONIC
ICONICICONIC
ICONIC
 
Apresentação Exporhome15
Apresentação Exporhome15Apresentação Exporhome15
Apresentação Exporhome15
 
Andrés López, AFIDA
Andrés López, AFIDAAndrés López, AFIDA
Andrés López, AFIDA
 
Miguel Corais, APFC
Miguel Corais, APFCMiguel Corais, APFC
Miguel Corais, APFC
 
Matchmaking by Maria Martinez, IFEMA
Matchmaking by Maria Martinez, IFEMAMatchmaking by Maria Martinez, IFEMA
Matchmaking by Maria Martinez, IFEMA
 
Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...
Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...
Innovation: What does doing business differently really mean? by Didier Scail...
 
Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...
Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...
Experiencias exitosas de matchmaking en la industria ferial by Juan Puchalt F...
 
O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...
O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...
O estado do sector da Indústria de Feiras em Portugal, Espanha e América Lati...
 
The exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFI
The exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFIThe exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFI
The exhibitions world: today and tomorrow - by Arie Brienen UFI
 
Spanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFE
Spanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFESpanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFE
Spanish Trade Fairs Association by José Antonio Vicente, AFE
 
Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012
Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012
Das tendências à inovação | Exponor | 24.01.2012
 
Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...
Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...
Conferência «Os níveis de acção e sustentabilidade» . Societat Orgànica de Ba...
 

Último

PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Vitor Mineiro
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxSamiraMiresVieiradeM
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfAlissonMiranda22
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 

Último (20)

PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
Descreve o conceito de função, objetos, imagens, domínio e contradomínio.
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptxPLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
PLANOS E EIXOS DO CORPO HUMANO.educacao física pptx
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdfRedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
RedacoesComentadasModeloAnalisarFazer.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 

Conferência Internacional - Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos . 17 de Junho . Abstracts

  • 1. Fórum do Mar - - Conferência Internacional - Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos Sea Forum- -International Conference-Economic enhancement and sustainability of marine resources Resumos /Abstracts
  • 2. Painel 1 – Exploração e Monitorização de Recursos Marinhos Panel 1 – Exploration and Monitoring of Marine Resources Steven Scot, University of Toronto Title: Seafloor metal mining – the dawning of a new industry Abstract: First observed more than 30 years ago, high temperature hot springs (“black smokers”) on the deep ocean floor are precipitating mounds and columnar edifices (“chimneys”) of copper, zinc, lead, iron and silver sulphides, gold and other major and minor elements. Some deposits are of sufficient size and metal content to be considered for mining. The speaker is a pioneer in the study of these seafloor massive sulfide (SMS) deposits and is the co-discoverer of the Solwara site in the Manus basin of the Bismarck Sea offshore eastern Papua New Guinea that a Toronto-headquartered company, Nautilus Minerals, intends to mine. He will present an overview of this new type of mineral resource, proposed robotic mining methods, environmental issues unique to these deposits and implications for the Portuguese waters around the Azores. Marcel Jaspars, University of Abardeen Title: Grand challenges for current and future marine biotech research in Europe Abstract: Marine (‘Blue’) biotechnology is the only ‘colour’ of biotechnology that is defined by its source rather than by function. As such, it may find use in any number of applications in the food, energy, health, environment and industrial sectors. This presentation will explore the challenges and opportunities facing marine biotechnology and how to realise its potential to make a major contribution to all these sectors in Europe and globally. To achieve this, a number of ‘Grand Challenges’ in marine biotechnology need to be addressed in the fields of food, energy, health, environment and industry. Changes in policy, science funding, science administration, and education must be made to fully exploit the unique bioresources available in the oceans. Vicente Pérez Muñuzuri, MeteoGalicia. Consellería de Medio Ambiente. Xunta de Galicia Title: Pro Oceanic observatory for the Iberian shelf (RAIA) Abstract: RAIA is an Interreg IV-A project between North of Portugal and Galicia supported by ERDF funds (2009-2013) whose main aim is the development of an oceanic observatory constituted by a cross-border infrastructure of observation of the ocean and by an extensive network of operational oceanography based in the monitoring and the prediction of the ocean by means of the use of numerical models and the construction and the development of new platforms ocean-meteorological in the mouths of the rivers Douro and Miño, in the mouth of the estuary of Pontevedra near of the Island of Ons and in the coastal platform to the height of Porto and Cape Silleiro. The project contemplates besides the following specific aims: Development of new technologies that allow to build a cross-border regional technological base with capacity for international expansion.
  • 3. Development of a common platform of data (observations in real time and forecasts). Operational implementation of hydrodynamic models, waves and water quality in the platform and coastal. The development and implementation of a wide range of products for end users (models of current and agitation, models of spill propagation, models of derives of larvae, forecast of the state of the sea, forecast of the quality of the waters, etc). Ricardo Serrão Santos, Universidade dos Açores Título: Os Campos Hidrotermais e a sua Biosfera Abstract: Um dos mais interessantes habitats do mar profundo foi descoberto 1977 ao largo das Galápagos e 10 anos depois ao largo dos Açores. A muitos metros de profundidade foram encontrados autênticos oásis de vida marinha, muito distinta da que conhecíamos até então e marcada por elevadas densidades e biomassas em torno de sistemas vulcânicos ativos, as chamadas fontes hidrotermais. O paradoxo dos ecossistemas hidrotermais reside no facto de comportarem biomassas abundantes (+ de 20 kg/m2), biodiversidade endémica e de crescimento rápido apesar da elevada toxicidade ambiente como elementos radão radioativos e diversos metais pesados. As comunidades hidrotermais são metabólica e fisiologicamente diversas e sobrevivem em condições extremas de pressão, temperatura, acidez, elevadas taxas de metais pesados e radioatividade sendo por isso particularmente promissoras quanto ao seu potencial biotecnológico.
  • 4. Painel 2 – Potencial de valorização económica dos recursos marinhos Panel 2-Potential economic enhancement of marine resources Projecto: Windfloat Empresa: EDP Orador: João Maciel The WindFloat Project is a technology development project aiming at the demonstration of a deep / floating offshore technology. The WindFloat is triangular semi-submersible foundation integrating a multi-MW wind turbine, suitable for offshore wind energy exploration in locations with above 40m water depth. The WindFloat Project demonstration phase is being developed in Portugal and includes design, construction, installation and testing of a full scale WindFloat with a 2 MW turbine. The project is undergoing its construction / assembly phase and is estimated to be installed during 2nd semester fo 2011. The WindFloat Project is being developed by EDP Inovação, Principle Power, A. Silva Matos and Vestas and has secured a significant support from the Portuguese State. The project also involves a significant number of Portuguese companies and fosters the devlopment of a deep offshore wind technology cluster in Portugal. Projecto: WEGA Empresa: Sea For Life Orador: Jorge Pina Rodrigues Com o desejo de agarrar as oportunidades proporcionadas pelo nosso oceano, a Sea For Life é uma empresa Portuguesa que nasceu com o propósito de desenvolver e construir uma tecnologia inovadora capaz de converter a energia contida nas ondas em energia eléctrica – o dispositivo WEGA (Wave Energy Gravitational Absorber). Após terminar a fase de definição do conceito de aproveitamento de energia e respectivos ensaios laboratoriais, a Sea For Life entrou na segunda fase do seu desenvolvimento: o projecto de demonstração da viabilidade técnica do sistema WEGA em near shore. Este será um grande desafio, que se enquadra em linhas de desenvolvimento nacionais como as energias alternativas, tecnologia & inovação e aproveitamento dos recursos oceânicos, podendo o seu sucesso constituir uma nova fonte de exportações e, por isso, de competitividade nacional. Projecto: SIGA Empresa: Foodintech Orador: Miguel Fernandes O SIGA – Sistema Integrado de Gestão Alimentar, é um dos projectos associados á acção Panthalassa, que tem como objectivo o desenvolvimento de uma aplicação informática específica, para a gestão das operações de transformação alimentar. A aplicação SIGA suporta o conceito: “PAPER FREE INDUSTRY”, gestão de dados industriais sem a utilização de sistemas em papel. A tecnologia informática, que permite controlar e monitorizar todos os dados de produção, qualidade, segurança alimentar e rastreabilidade, é parte de uma visão global de
  • 5. incorporação tecnológica pelas Industrias Alimentares, que passa pelos seguintes níveis: Sistemas de Informação» Integração de Dados» Automação de Operações. O objectivo do sistema SIGA, prende se com a necessidade de registar, compilar e processar dados de produção de uma forma ágil, que por sua vez permitem á gestão alinhar os seus factores de produção numa estratégia de alto desempenho operacional. Projecto: Bubblenet Instituição: IPL /ESTM Orador: Tiago Almeida O projecto Bubble net trata, na sua essência, de uma nova arte de pesca que tem por base a preocupação com a resolução de problemas existentes numa das artes de pesca com maior importância a nível nacional e mundial: a pesca do cerco. A sensibilização para educação ambiental e ecológica da comunidade pesqueira e a conservação dos recursos marinhos são também um pilar deste projecto. Esta tecnologia inovadora pretende simular o comportamento das baleias corcunda de modo a aprisionar e capturar o peixe, tendo já sido efectuado um pedido de registo de patente internacional para a técnica inerente à Bubble net. A técnica desta arte é semelhante à utilizada no cerco tradicional com algumas inovações. A Bubble net será largada pela embarcação mais pequena (chata) de modo a cercar o cardume. Seguidamente liga-se a corrente de ar da câmara superior para a formação da parede de bolhas. Esta rede de bolhas irá cercar o cardume, à semelhança do que acontece na natureza, aprisionando-o. A captura do peixe deverá ser iniciada momentos após a rede de bolhas estar operacional, de modo a maximizar a captura e evitar a fuga de peixe, com a utilização de uma bomba sugadora. Após a cota do barco ser atingida, desliga-se a parede de bolhas, e recolhe-se a Bubble Net, processo muito rápido e inofensivo para o peixe não capturado. É de notar que na arte do cerco tradicional o peixe cercado é todo capturado, o excedente é posteriormente devolvido ao mar já morto ou declarado em lota como sendo outra espécie. A grande inovação reside na ausência de redes, responsáveis pela morte por aprisionamento de elevado número de grandes predadores, como os tubarões, por cerca de 90% dos arrojamentos de cetáceos (golfinhos e baleias que dão à costa), assim como pelo aprisionamento de tartarugas e outras espécies marinhas ameaçadas. A ausência de redes físicas, em conjunto com a bomba sugadora, elimina também o desgaste físico e o excessivo manuseamento do pescado, que diminui a sua qualidade sensorial (melhora a consistência da carne, e diminui as lesões). Permite, portanto, uma melhor qualidade do pescado, reduzindo de forma significativa a rejeição de peixe em lota e consequentemente a sua valorização. Deste modo, a eliminação das redes traduz-se, nesta nova tecnologia, em três ganhos essenciais: Ecologia, Economia e Qualidade do Pescado. complementares entre si: o desenvolvimento de uma nova técnica de pesca de cerco (que procurará contribuir para dar resposta a alguns dos principais problemas estruturais do sector), e o desenvolvimento de acções de informação/sensibilização junto dos profissionais da pesca, com vista à adopção da nova técnica e à promoção do envolvimento das comunidades piscatória e científica na resolução dos actuais problemas do sector.
  • 6. Projecto: Janela Única Portuária Empresa: APDL Orador: Luís Marinho Dias Os portos são nós principais de uma rede que presta serviços aos Sistemas Logísticos que os utilizam. Nesse sentido, a eficiência dos serviços que presta tem vindo a ser trabalhada ao longo dos últimos anos, através de uma intervenção consistente na sua infra-estrutura. Referenciam-se aqui três projectos de maior relevância, dois actuando no nó porto (PCOM e PIPe) e um terceiro de prospectiva sobre os requisitos da integração do nó porto na rede de serviços logísticos (PortMoS). Com as duas intervenções sobre o nó porto, Portugal colocou-se muito pragmaticamente na frente do que melhor se faz na Europa e no mundo, tendo a sua quota parte de responsabilidade na génese da recente Directiva 2010 /65 /EU, tendente a colocar uma Janela Única Portuária (JUP) em todos os portos europeus. No actual estado da arte, urge trabalhar vectores da economia do mar que ultrapassam a actual implementação da JUP, designadamente a formalização da rede de serviços logísticos como mercado regulado por especificações e normas estabilizadas, transportando para os modos de grande capacidade as melhores práticas já consolidadas nas redes de correio urgente. Este desafio ambicioso permitirá dar consistência e utilidade aos fortes investimentos já desenvolvidos nos portos, cujos benefícios disponíveis não têm vindo a ser transpostos para os clientes. Os serviços à mercadoria devem pois ter espaço próprio nas prioridades da economia do mar, para o que importa interiorizar os vários conceitos com eles relacionados (MOS, SSS, e-Port). Em Portugal foi concebido o conceito de JUL (Janela Única Logística), que se apresenta nesta intervenção. Para o efeito, considera-se incontornável apreciar e decidir sobre as opções de governação deste mercado de serviços, mantendo um estreito contacto com os intervenientes, suas expectativas e interesses. Apresenta-se então o Projecto MIELE como instrumento para o desenvolvimento deste mercado de serviços logísticos, que está a ser desenvolvido com Itália, Espanha, Chipre e Alemanha. Este projecto tem uma estratégia de disseminação que importa conhecer e interiorizar, de forma a gerar a necessária massa crítica e a utilidade que se requer nestas intervenções. Projecto: Gama98 rope Empresa: Euronete Orador: Sérgio Leite Gama98® Dyneema® ropes for moorings for ultra-deepwater MODU: As operators go further offshore, Gama98® Dyneema® rope is an increasingly attractive option for ultra-deepwater moorings, particularly beyond 2,000m. Brazilian oil and gas producer Petroleo Brasileiro SA (Petrobras) has recently placed the first- ever, worldwide order for Dyneema® synthetic mooring rope for deepwater MODU (Mobile Operating Drilling Unit) projects with Lankhorst Ropes. The decision to use high modulus polyethylene rather than conventional deepwater polyester rope reflects the current state of synthetic rope technology and the practicalities of oil and gas field exploration going deeper and further offshore. Gama98® Dyneema® rope developments: Polyester has been the rope material of choice for MODU and long-term deepwater moorings beyond 1500m. Polyester has excellent elasticity
  • 7. allowing the line to stretch and absorb the dynamic loads experienced by a floating production unit. It also has excellent fatigue life and very low creep. Beyond 2000m water depth the polyester elasticity becomes a problem as longer mooring lines allow greater surface motions. This translates into greater horizontal offsets which may exceed steel catenary riser (SCR) and top-tensioned steel riser top riser limits, leading to riser failure. To reduce these offset effects stiffer materials or hybrid mooring systems are required to compensate for the longer line lengths; and provide a more sympathetic riser environment. Gama98® Dyneema® rope is now widely considered to be the most suitable material for these longer line lengths. The yarns are characterised by very high stiffness, combining high strength and modulus, providing lighter and smaller diameter ropes. Projecto: LAJEADO Instituição: (INESC TEC) Orador: Anibal Matos Esta apresentação descreve o “Sistema integrado de monitorização georreferenciada de barragem e reservatório” contratado pela CEB Lajeado, empresa brasileira de produção hidroeléctrica do Grupo EDP. Tendo por base o robot submarino TriMARES desenvolvido pelo INESC Porto, este sistema permite simplificar e automatizar as tarefas de inspecção visual de estruturas submersas de uma central hidroelétrica e de mapeamento de fundos e medição de parâmetros de qualidade da água em albufeiras. Este sistema permite que as tarefas de inspecção e monitorização possam ser realizadas com menores custos e com maior frequência, antecipando eventuais anomalias e evitando acidentes ecológicos. Garante-se, assim, a integridade das estruturas das barragens por mais tempo e um melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Ancorado na larga experiência do INESC Porto no desenvolvimento e utilização de ferramentas robóticas para o meio aquático, este projeto insere-se resultado dos esforços realizados pelo INESC Porto no desenvolvimento de sistemas inovadores e de impacto económico elevado no âmbito das atividades ligadas ao domínio da água, incluindo a economia do mar. Projecto: Pitvant - Seacon: Veículos aéreos e submarinos não tripulados para aplicações de uso dual Instituição: FEUP Orador: João Tasso de Figueiredo Borges de Sousa Esta apresentação descreve o desenvolvimento de veículos autónomos submarinos e aéreos levado a cabo em cooperação entre a Universidade do Porto e, respectivamente, a Marinha e Força Aérea Portuguesas, no âmbito dos projectos Seacon e Pitvant com financiamento do Ministério da Defesa Nacional. O projecto Seacon, desenvolvido em parceria entre a Marinha Portuguesa e a Universidade do Porto, teve início em 2009 e tem uma duração prevista de dois anos. Este projecto tem por objectivos o treino, demonstração e desenvolvimento de conceitos de operação com veículos submarinos autónomos de pequena dimensão, bem assim como o apoio ao destacamento de Guerra de Minas. Neste âmbito está prevista a entrega de três veículos submarinos autónomos à Marinha Portuguesa em Julho do corrente ano. O projecto incluiu exercícios internacionais entre os quais se destaca o REP10, que foi organizado em colaboração com o Naval Undersea Research Center da Nato e com o Naval Undersea Warfare Center da Marinha Americana. Este
  • 8. exercício, que teve lugar em Julho de 2010, contou com a participação de 10 veículos submarinos autónomos e ainda de um veículo de superfície autónomo. O projecto de PITVANT, desenvolvido em parceria entre a Força Aérea Portuguesa e a Universidade do Porto, teve início em Novembro de 2008 e tem uma duração prevista de sete anos. Embora tendo a sua génese na Academia da Força Aérea, o projecto é transversal a toda a Força Aérea, envolvendo, para além da própria Academia, o Comando Logístico, o Estado- Maior e o Comando Aéreo. A equipa da Universidade do Porto é liderada pela Faculdade de Engenharia, e inclui a Faculdade de Ciências e o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial. O projecto conta com uma forte cooperação internacional com a Honeywell, Embraer, Agência de Defesa Sueca, Universidade da Califórnia em Berkeley e Universidade das Forças Armadas de Munique. O projecto tem 4 objectivos principais: 1) desenvolver e testar tecnologias de sistemas aéreos não tripulados (UAS); 2) desenvolver novos conceitos de operação para UAS de pequena a média dimensão; 3) avaliar e testar a utilização dos sistemas e tecnologias desenvolvidos num largo espectro de missões, tanto militares como civis; 4) formação avançada em UAS. Neste âmbito estão a ser projectados, construídos e testados em ambiente operacional, três tipos de UAS, com envergaduras de asa compreendidas entre 1,6m e 7m, bem assim as tecnologias de comando e controlo para equipas de UAS, que constituem a próxima geração de desenvolvimentos nesta área. O projecto já acumulou mais de 300 voos autónomos. Projecto: ECOCEANUS Empresa: - Ecoceanus Ciência e Ecoturismo Orador: Daniel Machado Numa altura em que cada vez mais se levanta a questão da harmonização do desenvolvimento humano e económico com a conservação do ambiente e a consciencialização da sociedade a Ecoceanus implementa na sua área de trabalho, o ecocturismo, um modelo de desenvolvimento sustentado de programas turísticos inovadores e qualificados. Esta dinâmica de funcionamento assenta na certeza de que o conhecimento científico é um produto turístico economicamente viável e que a geração desse mesmo conhecimento pode ser altamente potencializada por uma participação aberta ao cidadão e à sociedade. Os actores públicos e privados que podem e devem participar deste modelo de desenvolvimento têm muito a ganhar e pouco ou nada a perder quando desenvolvem as suas actividades dentro desta dinâmica. Estas são algumas da premissas que orientam a Ecoceanus no desenvolvimento dos seus produtos turísticos, bem como no processo de internacionalização que está a desenvolver. É exactamente sobre esta dinâmica e a sua implementação que incidirá a nossa apresentação no Fórum do Mar.
  • 9. Painel 3 Governance e Sustentabilidade dos Oceanos Panel 3- Governance and the sustainability of the oceans Luís Cuervo Spottorno, Directorate General for Fisheries and Maritime Affairs Title: "The Integrated Maritime Policy strategy for the Atlantic: new opportunities for Atlantic coastal communities" Luis Cuervo Spottorno will tackle the role of maritime governance in the context of the forthcoming EU Integrated Maritime Policy strategy for the Atlantic Ocean area –due for adoption by the European Commission next autumn. The strategy is a concrete opportunity to increase environmental and economic sustainability of EU Atlantic Ocean coastal communities, notably by sustaining the development of growth and employment opportunities in maritime sectors. Particular attention will be given to the role of governance and clustering in contributing to fulfil these objectives. Miguel Marques , Price Waterhouse Coopers Titulo: Rumo a um oceano sustentável… O crescimento e o desenvolvimento sustentável do planeta, passa necessariamente pela forma como são explorados os recursos dos oceanos. O recurso “mar” inclui riquezas que podem beneficiar a humanidade e que ainda não se encontram totalmente identificadas e quantificadas. No entanto, as riquezas que já se conhecem existir, por vezes, são excessivamente exploradas, desequilibrando habitats e contextos sócio-culturais. O estudo, a definição e a implementação de um novo modelo de governação dos oceanos é vital para o desenvolvimento do planeta. Este novo modelo de governação deve orientar a humanidade para um “mar” sustentável, respeitando os três pilares base da sustentabilidade (económico, social e ambiental). As empresas que utilizam o recurso “mar” têm que ter visões de futuro, compatíveis com os três pilares do crescimento e desenvolvimento sustentável, seguindo o exemplo mais sofisticado das sociedades que pertencem ao Dow Jones Sustainability Index. Marta Chantal Ribeiro, University of Porto Título: A protecção da biodiversidade marinha no contexto do desenvolvimento económico Na comunicação privilegiam-se quatro aspectos fundamentais. Primeiro, apresentam-se as diferentes valorações da biodiversidade marinha, dando nota dos instrumentos jurídicos mais expressivos quanto ao dever da sua protecção. Segundo, alude-se à tendência contemporânea para um esbatimento das fronteiras entre o conceito de bens ambientais e a noção de recurso natural vivo. Terceiro, de entre as várias metodologias de protecção da biodiversidade, evidencia-se o instrumento das áreas marinhas protegidas pela tripla perspectiva da sua operacionalidade, dos resultados positivos alcançados em prol da sustentabilidade dos oceanos e pelos ensinamentos que transmite para o planeamento do espaço marinho e aplicação da abordagem ecossistémica. Neste considerando, far-se-á o ponto da situação em Portugal. Quarto, termina-se com uma referência aos desafios de ‘governance’ resultantes da expansão
  • 10. de actividades humanas no espaço marinho, da correlativa necessidade da sua regulação e fiscalização, e da confluência de competências para o efeito. Em especial, alerta-se para as limitações decorrentes do Direito do Mar e do Direito da União Europeia, bem como para o necessário desenvolvimento ou reformulação do direito interno. António Silva Ribeiro, Estado Maior da Armada Titulo: Desafios estratégicos à governança e sustentabilidade do mar português Os rápidos progressos da ciência e da tecnologia verificados no século XX, permitiram compreender melhor os impactos das actividades humanas nos oceanos, o que, combinado com a sua difusão extensiva à escala mundial, modificou a crença de que, no uso do mar, se poderiam acomodar todos os interesses da Humanidade. Nestas circunstâncias, a comunicação evidenciará que os desafios estratégicos à governança e sustentabilidade do mar, passaram a ter um crescente interesse na vida dos Estados costeiros. Para além disso, realçará a importância de se despertarem as vocações e mobilizarem as vontades dos portugueses, de forma a promover a governação dos assuntos do mar com equilíbrio entre o Estado, a sociedade civil e o mercado a nível local, nacional e internacional, satisfazendo as necessidades do presente e garantindo as das gerações futuras. A comunicação destacará, igualmente, que os desafios políticos, económicos, ambientais, culturais e securitários sobre o mar, apresentados na generalidade das análises conhecidas, possuem enorme importância na tomada de decisão associada à governança e sustentabilidade. Todavia, como esses desafios não podem deixar de ser considerados no âmbito da formulação e da operacionalização da política marítima nacional, a comunicação avultará a necessidade do cimento conceptual da estratégia, para os ligar, interpretar e superar, no contexto dos processos destinados a viabilizar o uso do mar por Portugal. João Fonseca Ribeiro, EMAM Titulo: A Estratégia Nacional para o Mar (ENM) – O paradigma do Atlântico Esta apresentação abordará a implementação da ENM e a sua governança. Centrar-se-á numa visão do Atlântico como um grande espaço de desafios e oportunidades, sendo o oceano da Europa e, numa assinalável extensão, um espaço de soberania e jurisdição nacional. Sobre esta abordagem, efectuará uma reflexão acerca dos seguintes tópicos: Os desígnios da “Europa 2020” e a correspondente relevância do blue growth para um espaço europeu que se deseja, simultaneamente, inteligente, sustentável e inclusivo; A política marítima integrada, envolvendo o planeamento estratégico das actividades marítimas onde se inclui a gestão espacial e a perspectiva das estratégias de preservação do ambiente marinho, dos habitats e dos ecossistemas, como forma de garantir o alívio da pressão das actividades sobre o ambiente, sempre que necessário; E a necessidade de garantir modelos comuns de governança e que sejam, simultaneamente, adequados à especificidade da área do Atlântico, e promotores dos objectivos de interdependência, designadamente, nos domínios do conhecimento, das actividades marítimas, da função de guarda da costa, da vigilância e monitorização situacional, e da acção externa, envolvendo a diplomacia, a defesa e a cooperação.