Este documento fornece um resumo da história e cultura de York, Inglaterra, desde os tempos romanos até os dias atuais, destacando os períodos romano, viking, medieval, tudor, georgiano e vitoriano da cidade, bem como eventos importantes durante as guerras mundiais. A cidade preservou muitos vestígios de seu passado, como estruturas romanas, a Catedral de York e o bairro medieval do Shambles.
2. Situada na confluência dos rios Ouse e Foss, no
condado de North Yorkshire, e a nordeste de Leeds
e sul de Middlesborough esta cidade medieval
extraordinariamente preservada é paragem
obrigatória para os amantes da história!
3. York (Eboracum) foi fundada durante o
reinado do imperador romano
Vespasiano no ano 71 da nossa era.
Tornou-se a capital da província romana
da Britânia Inferior.
O imperador Septimus Severus residiu
aqui entre os anos 209-211 e aqui
morreu neste ano. O pai de Constantino
I, também morreu em York no ano de
306.
Foi em York que as tropas de Constantino
o proclamaram imperador.
York Romana
(Eboracum)
4. A torre multiangular, a maior das estruturas remanescentes das muralhas romanas.
Outros vestígios da presença romana:
Restos do edifício da sede da fortaleza legionária romana foram descobertos debaixo da catedral de York;
Uma coluna romana;
uma estátua de Constantino;
um banho romano,
um Templo Romano;
o local de uma ponte romana sobre o Rio Ouse;
podem ser vistos ainda alguns restos das muralhas da cidade romana .
5. York (Jorvik) foi conquistada pela
primeira vez em novembro de 866 por
um exército de Vikings dinamarqueses
O festival anual
JORVIK Viking é
uma mistura
emocionante de
combate,
conhecimento e
cultura.
York Viking (Jorvik)
Baseado neste período viking foi criado o
museu, o Jorvik Viking Center, com
vestígios arqueológicos deste período.
6. York Medieval
A catedral
A Catedral e Igreja Metropolítica de São Pedro em Iorque, Catedral de York (York Minster,) é
a maior catedral de estilo gótico do norte europeu. É a sede do Arcebispo de York (o
segundo mais alto cargo da Igreja Anglicana), e catedral da Diocese de York. Foi inaugurada
em 637 d.C. Ao longo dos tempos foi sujeita a diversas obras de restauro.
7. The minster library
A Biblioteca detém as extensas coleções
impressas do Capítulo de York, bem
como uma moderna biblioteca. Possui
mais de 120.000 livros.
8. Muralhas e torres de York
As muralhas romanas sobreviveram até o século IX quando,
em 866, York foi invadida pelos vikings dinamarqueses.
Estes, enterraram a parede romana existente sob um banco
de terra e encimado com uma paliçada - uma cerca alta de
estacas de madeira, pontiagudas. Nos séculos XIII e XIV, a
paliçada de madeira foi substituída com o muro de pedra
que vemos hoje.
O perímetro defensivo estendeu-se sobre 2 milhas que
abrangem a cidade e o castelo medievais.
9.
10. O castelo de York foi construído por William, o Conquistador, em 1068, para subjugar o norte.
Inicialmente teria sido construído em madeira.
Este edifício viria a ser queimado quando, em 1190, 150 judeus foram massacrados no local. Entre
1190 e 1194, foi reparado e o monte foi elevado à sua altura atual. Uma segunda estrutura de madeira
foi destruída (desta vez por um vendaval). Em 1244, com a ameaça de guerra na Escócia, o Castelo foi
reconstruído em pedra.
O último papel militar da torre ocorreu a quando da Guerra Civil. Em 1642 foi ocupado por tropas -
primeiro realistas, depois parlamentares. Uma guarnição de soldados permaneceu na torre até que foi
queimada por um incêndio em 1684. Hoje, os restos mais impressionantes são a torre de Clifford.
Clifford’s Tower
11. Merchant Adventurer's Hall
York medieval tinha mais de 100 ofícios diferentes, mas apenas cerca de 50 - 60 integravam a
Guilda (organização de um único negócio ou grupo de negócios relacionados, com o objetivo
de fiscalizar as atividades dos seus membros e regulação dos padrões de fabricação.
Uma das melhores Guildas medievais na Inglaterra.
Edifício construído por volta de 1357
12. The Shambles
a rua dos carniceiros
Quem visita York tem necessariamente de percorrer o Shambles. Talvez a rua medieval melhor preservada do mundo.
Muitos dos edifícios na rua datam do final do século XIV.
O Shambles era uma rua de lojas de açougue, muitas com um matadouro nas traseiras, garantindo um pronto
abastecimento de carne fresca à população de York. A carne era pendurada fora das lojas e dispostas para venda.
Ainda é possível ver alguns ganchos originais usados apara pendurar as carnes.
Faltando instalações modernas de saneamento, havia um problema constante na eliminação dos resíduos produzidos
pelo abate de animais. As calçadas são elevadas de ambos os lados da rua para formar um canal por onde corriam as
águas sujas da lavagem das miudezas e do sangue, que ocorria duas vezes por semana. A rua muito estreita protegia a
carne de qualquer sol direto.
Shambles deriva de "Shammel", uma palavra anglo-saxónica que designava as prateleiras que eram uma caraterística
dominante das montras das lojas.
13. A Casa de York foi uma dinastia de reis
ingleses do século XV e uma das fações
beligerantes da chamada Guerra das
Rosas contra a Dinastia de Lencastre. O
seu nome deriva do facto dos seus
membros descenderem de Ricardo,
Duque de Iorque e o seu símbolo era
uma rosa branca.
No fim da Guerra das Rosas, Isabel de
Iorque casou-se com o rei Henrique VII
de Inglaterra, da casa de Lencastre, e
os seus descendentes reinaram e
formaram a Casa Tudor.
Casa de York
14. A dinastia ou Casa Tudor começou após a morte do Rei Ricardo III em 1485,
quando Henrique Tudor (Henrique VII) se tornou rei e terminou com a morte de
Elizabeth I, em 1603).
York Tudor
1485- 1603
15. Dissolução dos
mosteiros 1536-1539
York era sede de bispado. A abadia de York, St Mary's, era a maior das casas religiosas da cidade, mas não a
única. Havia também o Priorado da Santíssima Trindade, o Hospital de St Leonard, o Convento de Santo
André, o Convento de Clementhorpe entre outros.
York foi das cidades que mais perdeu com a reforma religiosa de Henrique VIII, por isso não é nenhuma
surpresa que a marcha rebelde conhecida como “Peregrinação da Graça” tenha iniciado nesta cidade.
16. O santuário de Santa
Margaret Clitherow
Margaret Clitherow, Middleton de
nascimento, nasceu em 1556. Casou-
se em 1571 com John Clitherow, um
rico açougueiro da cidade. A família
morava em The Shambles.
Converteu-se ao catolicismo romano
em 1574. Embora o seu marido
pertencesse à igreja anglicana. Foi
presa pela primeira vez em 1577 por
não participar nos cultos da igreja
anglicana. Seguiram-se mais dois
encarceramentos no Castelo de York.
Margaret arriscou a sua vida abrigando
e mantendo os sacerdotes. A sua casa
tornou-se um dos mais importantes
esconderijos para padres fugitivos no
norte da Inglaterra.
Margaret foi presa e acusada do crime
de abrigar os padres católicos
romanos. Embora grávida do seu
quarto filho, foi executada em 1586,
uma sexta-feira, sendo esmagada até a
morte.
Margaret foi despida e, com um lenço
amarrado no rosto, foi colocada sobre
uma pedra afiada à porta de sua
própria casa e, em cima dela, foram
colocadas pesadas pedras que a
esmagaram. Embora a sua morte fosse
rápida, o seu corpo foi deixado
durante seis horas antes que o peso
fosse removido.
Após sua execução, a rainha Elizabeth I
escreveu aos cidadãos de York
expressando seu repúdio por tal pena.
17. Esta casa foi onde nasceu Guy Fawkes, a 13
abril de 1570.
Soldado inglês, católico, teve participação
direta na "Conspiração da pólvora"
(Gunpowder Plot) com o objetivo de
assassinar o rei protestante Jaime I da
Inglaterra e os membros do Parlamento
inglês durante uma sessão em 1605, para
assim dar início a uma revolta católica.
Guy Fawkes era o responsável por guardar
os barris de pólvora que seriam utilizados
para explodir o Parlamento durante a
sessão. Porém a conspiração foi desarmada
e após ser interrogado sob tortura, Fawkes
foi condenado a forca por traição e tentativa
de assassinato. Outros participantes da
conspiração tiveram o mesmo destino. A sua
captura é celebrada até os dias atuais no dia
5 de novembro, na "Noite das Fogueiras"
(Bonfire Night).
Casa de Guy Fawkes
18. Sir Thomas Herbert, nascido
na casa em 1606, era
viajante e aventureiro. Foi
com o conde de Pembroke
em uma missão ao xá da
Pérsia em 1626-29
Casa de Sir Thomas
Herbert
19. Um “guia dos horrores” convida os leitores para um
passeio pelas ruas de York, mostrando todos os seus
“scurriloussecrets”.
Os turistas podem traçar o seu caminho pelo
passado: reunir-se na Catedral, atravessar o
Shambles encharcado de sangue e, em seguida, subir
para Micklegate - onde tantos traidores passaram.
Doenças mortais, bandidos e vikings… é uma viagem
de terror!
20. A era georgiana foi um período da
história do Reino Unido cuja
designação tem origem nos
reinados dos primeiros quatro dos
Reis da Casa de Hanôver do Reino
da Grã-Bretanha: Jorge I, Jorge II,
Jorge III e Jorge IV.
O período está compreendido
entre 1714 e 1830, com o
subperíodo da Regência, em que
Jorge IV esteve como Príncipe
Regente durante a doença do seu
pai Jorge III.
Por vezes, o pequeno reinado de
Guilherme IV, (de 1830 a 1837) é
também incluído. O último
monarca do Reino Unido foi a
sobrinha de Guilherme, Vitória,
que daria o nome à próxima era, a
era vitoriana.
A era georgiana foi um período de
prosperidade para a Inglaterra e
isso pode ser visto no estilo
elegante dos edifícios construídos
pelos georgianos em Iork.
York Georgiana
1714-1837
21. Kirkgate, no museu
do castelo de York, é
uma reconstituição
da mais velha e
famosa rua
victoriana da Grã
Bretanha. Desde
1938, este museu
tem sido visitado por
mais de 30 milhões
de pessoas.
Kirkgate – a victorian street,
York Castle Museum
A era vitoriana foi o período do
reinado da Rainha Vitória, de 20
de junho de 1837 até sua morte,
em 22 de janeiro de 1901. Foi um
longo período de paz, de
prosperidade, de "sensibilidade
refinada" e de autoconfiança
nacional.
York Vitoriana
1837-1901
22. York Railway Station
A caminho de ferro salvou York da estagnação. O transporte ferroviário ainda estava a iniciar quando o primeiro
trem chegou a York em 1839. Em 1840 o primeiro comboio ia diretamente de York a Londres. Na década de 1850,
havia 13 comboios por dia entre as duas cidades, transportando 341.000 passageiros por ano. Em 1877 uma nova
estação, a maior do país, abriu para acomodá-los. Em 1888 passavam diariamente por York 294 comboios.
Após dois anos do primeiro comboio a vapor para York, milhares de turistas começaram a chegar à cidade histórica,
vindo de Manchester, Nottingham e Londres.
23. Famílias foram devastadas. Todos os
homens capazes foram enviados para a
frente. Os raids de Zeppelins foram os
primeiros ataques diretos em York.
York na I Guerra Mundial
O terror da I Guerra Mundial é mostrado numa grande exposição
no York Castle Museum, evocativa do centenário da Primeira
Guerra Mundial. Os visitantes são enviados para o escritório de
recrutamento e viajar até aos horrores da linha de frente.
24. No início da manhã de quarta-feira,
29 de abril de 1942, York sofreu seu
pior ataque aéreo da guerra. Não foi
inteiramente inesperado. Sem
oposição para grande parte da
invasão de York, as tripulações
aéreas alemãs bombardearam ruas
comuns, esmagando-as com fogo de
metralhadora. A Luftwaffe
bombardeou alvos estratégicos - a
linha ferroviária, a estação, as
Carruagens, o aeródromo.
York Minster não foi tocado
York bombardeada na II Guerra Mundial
25. York St John University Em 11 de dezembro de 1839, numa
reunião da Sociedade Diocesana, em
York, presidida pelo Arcebispo, Vernon
Harcourt, dicidiu-se criar uma escola de
formação de professores em York.
A nova faculdade abriu em maio de
1841. Foi inicialmente chamado “York
and Ripon Diocesan Training School for
Masters”.
A nova faculdade foi um projeto
conjunto entre as duas diocese de York e
Ripon e As duas instituições foram
formalmente fundidas na década de
1970 durante uma reestruturação do
ensino superior. Por esta altura, o
"Colégio de Ripon & York St John", como
se tornou conhecido, tinha expandido a
sua gama de cursos muito além da
formação de professores. No último
quarto do século XX, a faculdade
continuou a crescer e a diversificar sua
oferta formativa. No início do novo
milénio, saiu do campus de Ripon e
consolidou o seu ensino em York. Em
outubro de 2006, quase 170 anos depois
de sua fundação, a "'Training School for
Masters" tornou-se oficialmente a “York
St John University”
As instalações antigas
As mais recentes instalações