O documento descreve o declínio do Império Romano na Idade Média, com a estagnação econômica e decadência das instituições antigas. O cristianismo converteu os europeus e os bárbaros invadiram o Império, trazendo novas crenças. Uma nova sociedade emergiu combinando tradições romanas, costumes bárbaros, a Bíblia e filosofia grega.
AULA 5. 1 - O Declínio do Império Romano - PARTE 2.pptx
1. História das Ideias Económicas e do
Pensamento Contemporâneo
Docente: Lic. Adriano Uaieca
E-mail: adriano.uaieca@gmail.com
2. O Declínio do Império Romano na Idade Média
Nos dois últimas séculos da dominação romana, o Império não consegue mais
manter a mesma força militar e o elevado grau de coesão política e
ordenamento jurídico que no passado fizeram sua glória.
Há uma estagnação económica.
As antigas instituições entram em decadência e um novo conjunto de crenças
religiosas emerge, então sob influência do cristianismo.
Depois de séculos de perseguição implacável, em 313 o Imperador Constantino
legaliza o culto cristão. Ele próprio veio a aderir a nova religião.
O cristianismo converteu os europeus começando pela periferia do Império,
incluindo as áreas rebeladas dos povos bárbaros.
As legiões (6.000 homens) de bárbaros germanos e eslavos (povo originário da
Rússia que se espalhou pelo leste europeu) invadiam o império, suas crenças
cristãs atingiram Roma.
3. Cont.
Constantino chegou ao poder com o apoio dos
germanos e em contrapartida autorizou suas práticas
religiosas cristãs.
A nova sociedade, que começa a se formar a partir de
então, é uma amálgama de tradições que reúne:
as antigas instituições romanas;
os costumes dos bárbaros;
o credo da Bíblia; e
os aspectos da filosofia grega.
4. Cont.
A sociedade germânica organizou-se em vilas rurais
constituídas:
grupos auto - suficientes de famílias;
praticava - se entre eles certa democracia;
observava - se igualdade de riquezas;
predomina sentimento de solidariedade;
vida económica era controlada;
Não havia moeda e o comércio apenas era tolerado.
5. Cont.
A nítida divisão entre direito público e privado, como nos
romanos, não se observa e os direitos absolutos de propriedade,
perante os germânicos, são substituídos por noção de propriedade
relativa e mutável de acordo com interesses comunitários, pois as
leis romanas, apareciam como nova roupagem para os germânicos.
No período final do Império Romano, floresce a doutrina do
cristianismo em sua fase primitiva. Os evangelhos do Novo
Testamento difundem uma ética herdada da tradição judaica.
Cristo perpetuou e difundiu essa tradição ao pregar uma certa
indiferença em relação à sociedade e defender o caminho da salvação
da alma pela caridade e combate ao egoísmo dos homens ricos.
Cristo realça a dignidade fundamental do homem ao pregar a
igualdade de todos perante Deus.
6. Cont.
Essa doutrina, trouxe implicações em termos de uma nova visão dos
processos económicos; a escravidão é condenada e o trabalho
passa a ser vista como uma actividade digna.
O acúmulo de riquezas é reprovado e o cristão ideal, reforçado em
muitas passagens do Evangelho de Lucas, deve procurar repartir os
seus bens.
Os primeiros padres da Igreja Católicos (dessa época), seguindo os
preceitos do envangelho, defendem o regime comunista de sociedade.
No século III, Cipriano, bispo de Cartago -Tunísia, diz que é dever dos
cristãos partilhar os bens.
A ânsia da riqueza continua condenável: a ganância, a avareza, o
egoísmo, o amor às coisas materiais e outros “pecados“ económicos.
7. Cont.
Entretanto, a atitude dos padres da igreja primitiva com relação à riqueza
começa a mudar.
Clemente de Alexandria escreve sobre a salvarção do homem rico:
a fortuna é uma dádiva de Deus;
deve ser usada na caridade, para promover o bem-estar dos semelhantes,
como é o caso dos pobres;
A riqueza não é condenável em si mesma, 0 importante é o uso que se faz
dela.
O Estado ajuda a Igreja na salvação das almas e a autoridade do rei é tão-somente
a serviço da religião.
Agostinho, defendeu que a escravidão não é uma instituição natural, pois Deus
criou os homens para dominarem os animais e não os outros homens.
8. Exercícios
1. O Império romano após cerca de dois mil anos manteve o domínio.
Debruça-se sobre esta afirmação .
2. Como se distingue o conceito de salvação das almas de Atenas relativamente
ao cristianismo.
3. Os padres da igreja opõe-se quanto acúmulo da riqueza. Argumente.