O documento discute como as redes sociais como o Facebook estão afetando as amizades dos jovens. Muitos jovens agora preferem fazer amigos online ao invés de brincar fora com amigos da escola ou vizinhos. Eles colecionam centenas de "amigos" online, mas poucos são verdadeiros amigos. O documento também critica como as pessoas compartilham demais da sua vida privada online e passam muito tempo cuidando de fazendas virtuais no Facebook ao invés de valorizar amigos e família na vida real.

1. A era dos “amigos” ………
Vou começar por identificar-me; ainda sou do tempo que se brincava na rua com os amigos.
Não eramos muitos, mas no fim das aulas era uma alegria juntarmo-nos para partilhar brincadeiras,
era com satisfação que via os sorrisos dos meus amigos.
Hoje em dia tudo mudou, olho para os adolescentes ao fim de um dia de aulas e vejo pressa para
chegar a casa, não para partilhar as vivências do seu dia com a família, mas para falar com os seus
oitocentos e tal amigos.
Alguns de vocês estarão a pensar “mas que fazem tantos amigos lá em casa”.
Esse tempo já passou, agora cultiva-se a amizade virtual, através do tão badalado facebook.
Os jovens de hoje recorrem ao computador para fazer amizades, até se pode considerar em certos
casos uma prática de exercício, porque é ver qual dos jovens consegue colecionar mais amigos.
E esses oitocentos e tal amigos que os jovens não se cansam de gabar que têm na sua lista, são
mesmo amigos? Ou andam sim, a banalizar a amizade?
O certo é que deixam de conviver com os amigos da escola ou de brincar na rua com os vizinhos,
para ficar horas trancados no quarto em frente do computador.
E o que dizer do “cupido da amizade” que é o facebook? Tenho que ser sincera e dizer que também
faço parte dos milhares de pessoas que têm uma página nofacebook, difícil será encontrar quem nãoa tem.
Como utilizadora moderada que sou, vejo nele vantagens e desvantagens, aliás, como em tudo na
vida.
Do ponto de vista de cultivarantigas e distantes amizades, acho o facebook muito útil, aliás, não é a
sua funcionalidade que é má, mas sim a falta de bom senso das pessoas que o utilizam.
Podemos ver milhares de fotografias pessoais, quase a fugir para o íntimo, colocadas pelos
próprios, desvalorizando muitas vezes a sua imagem.
Outras tantas a cada cinco minutos a dizer o que fizeram, tornando publico tudo nas suas vidas.
Porquê adicionar à sua lista de amizades pessoas que nem conhece? Correndo assim tantos perigos
por mostrar tudo sobre a sua vida.
E o ridículo que é a troca de comentários com declarações de amor entre casais, quando em casa
passam um pelo outro e mal falam.
Bem, sempre provocam a inveja dos oitocentos e tal amigos que vão ver os comentários no seu
mural. Vive-se da aparência e de amizades fictícias.
E o farmville, uma aplicação do facebook que oferece às pessoas uma quinta onde cultivam muitas
coisas, tornando-se até pessoas responsáveis, com horas para apanhar as batatas, tirar o leite às vacas,
entre tantos afazeres.As pessoas empenham-se de tal forma, que até durante o dia no emprego vão
trabalhar para a quinta, gerindo bem as prioridades. Vejamos: entre atender um cliente no seu local de
trabalho e ter uns minutos para apanhar os morangos na quinta antes que estesse estraguem, é claro que
nem pensam duas vezes, o cliente que espere que não vai morrer por causa disso, se tiver pressa,volte
noutro dia.
Dê atenção aos amigos e familiares, viva a vida no meio da natureza, sinta o cheiro do ar. Viva bem,
pois estar só com o amigo facebook, não é viver de forma saudável.
Hoje, olhe para o seu amigo do lado e combine um passeio, uma brincadeira em conjunto, vai sentir
que é mais gratificante ver o sorriso do seu amigo, que receber um Like.
Adosinda Ferreira Nº15 EFA 1
CLC UNI 5 DR4