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A BARROSÂNA | Setembro | 2018 3
A BARROSÂNA
A
Ano I
Mensal
Contacto: dvazchaves@hotmail.com
Fundador:
Domingos Chaves
EDIÇÃO 12–OUTUBRO 2018
A BARROSÂNA
Revista mensal das terras altas do Barroso
A informação “terra a terra”
Descobrir as Terras do Barrosoo
é descobrir apaisagem diversa
de miradouros, com vistas de cortar a
respiração…
A “Grande Rota”…
A norte
há uma “porta para o paraíso”…
Viva a República…
5 de Outubro 1910
OS DESTAQUES…
O FAROL DO BARROSO
EDITORIAL
O CONCELHO EM NOTICIAS
A GRANDE ROTA
COMUNIDADES
POLITICA LOCAL
O PAÍS GLOBAL A ENTREVISTA
A REPÚBLICA-5 OUTUBROBARROSÕES ILUSTRES
EDIÇÃO NÚMERO 12
FichaTécnica
Periodicidade
MENSAL
Data
Outubro 2018
Coordenação
Domingos Chaves
Textosda Edição
Domingos Chaves; Marie Oliveira,
Arménio Santos, Carlos Tomás, Fernando
Botelho Gomes; Isabel Tavares, Carlos
Fragateiro, Raquel Costa, José Alves, Jorge
Martins, Catarina Pereira, António
Lourenço Fontes e Gabinete de Imprensa
da C.M. Montalegre
Fotografia
Domingos Chaves, C.M. Montalegre, José
Alves, Fernando D. C. Ribeiro, Mauro
Fernandes Heléne Martins, Raquel Costa e
Portal Google
ISBN
152281/2017
Execução
Domingos Chaves
Contacto
dvazchaves@hotmail.com
REVISTAONLINE
https://a-barrosana.webnode.pt/
A BARROSÂNA OUTUBRO 20182
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Terras de Barroso
O turismo tem vindo a ganhar espaço crescente nas estratégias de desenvolvimento dos territórios. Contudo, para que possa
constituir-se num instrumento de desenvolvimento, torna-se necessário – para além das muitas exigências ao nível das infra-
estruturas, equilíbrio ambiental e valorização do património – fazer um esforço no sentido de criar produtos turísticos inovadores
e diversificados. Situada lá bem no norte de Portugal - em Trás-os-Montes, ficam as Terras do Barroso e a “capital da república”
Montalegre, as quais fazendo fronteira a norte com a Galiza espanhola, com os “vizinhos” Chaves, Cabeceiras de Basto, Vieira do
Minho, Terras de Bouro e cada vez mais beneficiada por facilidades de acesso através da A52 espanhola, N103, A24 e agora
também pela M508, aliadas à sua proximidade com Espanha, permitem colocar a região num plano privilegiado do mercado
turístico receptor português. No que se refere às potencialidades da região, a envolvência natural confere-lhe uma riqueza e
variedade paisagística e uma enorme diversidade de fauna e flora características, que permitem o desenvolvimento de um turismo
activo. O seu património histórico-cultural que se encontra disperso por toda a região, sendo constituído por uma enorme
diversidade que abrange testemunhos arqueológicos - megalíticos, romanos, medievais -, passa pelas edificações de carácter
religioso - igrejas, capelas, cruzeiros, e monumentos destinados à defesa – castelos e castros, entre outros. As manifestações
populares atraem também um número cada vez maior de pessoas e ocupam já um lugar de destaque, fazendo as romarias e as
festas, maioritariamente religiosas, parte da sua oferta cultural. O artesanato é outra das actividades de carácter popular em
expansão e que mais atrai o turista. Os produtos regionais enriquecem a oferta local ao associarem a gastronomia, outro ponto
forte da região, para o qual contribuiem fundamentalmente a posta e o cozido barrosão bem como o cabrito, componentes
turísticas de grande importância para a região. Muitos dos produtos, porque possuem características únicas, estão certificados,
como é o caso do mel, da carne barrosã, agora também do vinho, e como não podia deixar de ser, do famoso fumeiro barrosão,
actividades muito enraizadas social e culturalmente na região. A oferta de alojamento turístico, fulcral para o seu
desenvolvimento, é disponibilizada em unidades de turismo rural, assim como por hotéis, pensões, estalagens e residenciais,
consideradas pelos visitantes como de qualidade. São pois todas estas características, que fazem da região do Barroso um local
maravilhoso e apelativo.
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AS POTENCIALIDADES DA REGIÃO
A norte há uma “porta para o paraíso”…
A BARROSÂNA
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A BARROSÂNA
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Terras de Barroso
Do planalto barrosão, a nordeste da capital do Barroso,
sobressai o espigão de uma serra que no Outono é escura
e ameaçadora, no Inverno é branca, na Primavera verde e
no Verão garrida. É a serra do Larouco, cuja altitude
máxima atinge os 1527 metros acima do nível do mar.
Está disposta na direcção norte/sul, atravessando a
fronteira e prolongando-se para terras da Galiza, com um
comprimento de cerca de 10 quilómetros. Chega-se lá,
partindo de Montalegre pela estrada que vai para Vilar
de Perdizes, que depois se deixa na direcção de
Padornelos. Daqui, toma-se a estrada de Sendim e do
antigo posto fronteiriço, cuja estrada se deixa para a
direita, na direcção da pendente ocidental da serra. Até
aqui a estrada é pouco pronunciada, a partir de então
começa a subir, mas é de fácil acesso, dado terem ali
ocorrido obras de beneficiação há muito pouco tempo. O
panorama imenso que daqui se avista, consoante se vai
subindo, compensa o esforço da subida, seja ela feita a
pé, de automóvel, ou através de qualquer outro meio. A
zona do topo, próxima já da raia, é conhecida por Fonte
da Pipa. Trata-se de um planalto a cerca de 1500 metros
de altitude, que no Inverno e na Primavera está sempre
bastante molhado, por reter as águas pluviais. Um pouco
mais abaixo, na encosta poente da serra, com esta água
começa a formar-se o rio Cávado. Aos 1527 metros de
aItitude, num plateau rochoso, está um marco geodésico,
de onde o panorama é fabuloso. Avista-se todo o Barroso,
o Alto Tâmega e o Gerês, como se fossem vistos de avião.
O seu nome provem do Deus Celta Larauco, que originou
também Larouco - Município espanhol que integra a
província de Ourense. (Continua na página seguinte)
OUTUBRO 2018
SERRA DO LAROUCO
O grande farol das Terras do Barroso…
A BARROSÂNA
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A BARROSÂNA
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Terras de BarrosoIntegra-se no sistema montanhoso da Peneda/Gerês e serve de fronteira entre o distrito de Vila Real e a
Galiza espanhola. Nesta grande massa granítica distinguem-se, na vertente poente, manchas de xisto
metamorfizado que originam encostas abruptas onde aves de rapina, como a águia-de-asa-redonda
ocupam o território. A Serra do Larouco apresenta, ainda, uma vegetação em função da altitude,
constituída nomeadamente por matos de urzes, sargaços e giestas, e algumas pastagens que se situam
junto a cursos de água segundo a antiquíssima técnica dos prados de lima. Nas suas vertentes constatam-
se campos de cultivo e algumas manchas de mata climática, como sejam o carvalho-alvarinho, o carvalho-
negral e o vidoeiro. Os aglomerados urbanos de que são exemplo, as freguesias de Gralhas e de Santo
André, estão rodeados por campos outrora intensamente trabalhados. Para além do Cávado, que como se
disse tem aqui origem, também por aqui nasce o Rio Salas. Um e outro sulcam as encostas desta serra e a
“galeria ripícola” é o habitat de inúmeras espécies de fauna e flora. Por debaixo da protecção fornecida
pela vegetação típica das linhas de água, persistem ainda mamíferos como o lobo, a raposa, o corço, o
javali, a par de répteis como o lagarto-de-água, a cobra-bordalesa e o sapo-parteiro.
SERRA DO LAROUCO
À serra chamavam os romanos Monte Ladiço.
Nas suas encostas foi colocada na Idade Média
uma atalaia, que mais tarde se transformou em
castelo, dividindo inicialmente as dioceses de
Braga e Lugo, e depois, Portugal da Galiza.
O grande farol das Terras do Barroso…
SERRA DO LAROUCO
No caso do Salas, trata-se de um rio internacional que
nasce já em território galego, na vertente norte da
Serra, concelho de Baltar. Atravessa o território do
antigo Couto Misto e o extremo norte da freguesia
raiana de Tourém, do concelho de Montalegre e tem a
sua foz no rio Lima, ainda em território espanhol. na
povoação galega de Lobios.
A historiografia galaica, diz que no cimo do Larouco
havia há dois mil anos, um templo a Júpiter.
Arqueólogos da região raiana, de ambos os lados da
fronteira, apoiados por populares, têm feito nos últimos
anos, no verão, réplicas das festas pagãs que havia
outrora. À serra chamavam os romanos Monte Ladiço.
Nas suas encostas foi colocada na Idade Média uma
atalaia, que mais tarde se transformou em castelo,
dividindo inicialmente as dioceses de Braga e Lugo e
depois Portugal da Galiza.
(Continuação)
OUTUBRO 2018
A BARROSÂNA
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A BARROSÂNA
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Dentro de dois anos, vai poder percorrer-se o
Parque Nacional da Peneda-Gerês a pé de uma
extremidade à outra. Basta que se tenha energia
e tempo para isso, claro está. O projecto em
questão, chamado “Grande Rota”, está em
processo de implementação e vai unir vários
trilhos deste parque natural para formar um
principal, de acesso pedonal.
O plano provisório foi apresentado fáz um ano e
prevê um trilho que se estende ao longo de 200
quilómetros e de 18 localidades, entre
Inverneira da Ameijoeira, em Melgaço - o início
da rota - e Tourém, já no concelho de Montalegre
como meta. Esta reorganização tem como
objectivos, dinamizar o turismo no Parque
Nacional da Peneda-Gerês, nomeadamente um
aumento anual de 5000 visitantes e uma subida
A “Grande Rota”…
ENTRE A PAISAGEM E O PATRIMÓNIO
HISTÓRICO…
Descobrir as Terras doBarrosoo édescobrir a
paisagem diversa demiradouros comvistas de
cortar arespiração, arquitectura religiosa
abundante eprofundas marcas dahistória…
OUTUBRO 2018
Diz-se que por aqui não “passou Cristo”!... Mas também não foi preciso, tamanha é a beleza desta zona
que teima em resistir aos atentados contra a natureza. Trata-se da “Grande Rota”, uma junção de vários
trilhos pedonais do Parque Nacional da Peneda-Gerês num principal, que se vai estender ao longo de 200
quilómetros, ligando as extremidades do território e visando um aumento de 5000 visitantes por ano.
de 2,5% no número de dormidas no alojamento deste Parque,
segundo dados que constam no plano provisório. A iniciativa,
que tem um orçamento de 300 mil euros, é financiada pelo
Norte 2020 - Programa Operacional Regional do Norte, e
responsabilidade da Adere Peneda-Gerês -Associação de
Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda
Gerês -, e pretende também chamar a atenção de visitantes
estrangeiros, ou não fosse o nosso país estar a atravessar um
pico de procura turística. Para esse efeito, será criado
brevemente um site promocional desta nova Grande Rota. Além
disso, visa aumentar a segurança dos seus visitantes com este
trilho principal, e diminuir o número de pessoas que se perdem
dentro do Parque. A Adere Peneda-Gerês já frisou que as obras
de requalificação vão começar em breve e que não irá afectar, de
qualquer forma, a sustentabilidade ambiental deste território.
Prevê-se que o plano que vai revigorar o Parque Natural, que
inclui ainda o melhoramento da cobertura móvel e o restauro de
áreas ardidas, esteja terminado dentro de dois anos.
A BARROSÂNA
EDITORIAL
Por: Domingos Chaves
A BARROSÂNA 7
Foi a 5 de Outubro de 1910 que finalmente terminou o poder vitalício
e hereditário. Exactamente há 108 anos, quando às 12H00 deste dia,
da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, foi proclamada e aclamada
a República, perante o júbilo de milhares de cidadãos.
República que aboliu os privilégios e os títulos da nobreza; que à
hereditariedade fez suceder o escrutínio do voto; que aos registos
paroquiais, consagrou o Registo Civil obrigatório; que ao direito
divino, fez prevalecer a vontade popular; que à indissolubilidade do
matrimónio, permitiu o direito ao divórcio; que à conivência entre o
trono e o altar, estabeleceu a separação da Igreja e do Estado; e que
aos súbditos, transformou em cidadãos de pleno direito.
Foram os heróis da Rotunda que libertaram Portugal da monarquia e
da ditadura a que João Franco imprimiu a crueldade e o rei a
cumplicidade. Para o efeito a Franco-Maçonaria divulgou os ideais
repúblicanos e a Carbonária foi o braço armado para a sua vitória.
Cândido dos Reis, Machado dos Santos, Magalhães Lima, António José
de Almeida, Teófilo Braga, Basílio Teles, Eusébio Leão, Cupertino
Ribeiro, José Relvas, Afonso Costa, João Chagas e Miguel Bombarda,
foram os mais destacados desses heróis que prepararam e fizeram a
Revolução.
É por tudo isto, que agora se celebra-se neste 5 de Outubro, o dia em
que se exige ser cidadão e se recusa ser vassalo. Merecem-no os seus
heróis que nos deixaram o legado, e merecem-no todos aqueles que
amam e prezam os que servem honradamente a República.
Viva o 5 de Outubro
Viva a República…
Viva a República…
OUTUBRO 2018
A BARROSÂNA
SOCIEDADE…
A BARROSÂNA 8
Governo dá mais esclarecimentos
sobre o tema
OUTUBRO 2018
Sete diplomas aprovados pelo Governo,
permitem aos Municípios ter novas
competências que vão da prevenção da
violência doméstica à limpeza de praias
fluviais e à autorização de rifas e concursos
De acordo com o Ministro da Administração Interna,
Eduardo Cabrita, que tutela as autarquias, parte dos
diplomas sectoriais de transferência de competências
para os Municípios refere-se às áreas da Justiça,
Policiamento de Proximidade, Jogos de Fortuna e de
Azar e Gestão de Praias Parítimas Fluviais inseridas no
domínio público hídrico do Estado. Na Justiça, os
Municípios e entidades Intermunicipais, deverão
receber competências nas áreas da reinserção social
de jovens e adultos, da prevenção e combate à
violência doméstica, do apoio às vítimas de crimes e
na rede dos julgados de paz. Ainda segundo o Governo,
os Municípios terão competência de definir o modelo
estratégico que pretendem implementar ao nível do
policiamento de proximidade. A autorização da
exploração de jogos de fortuna ou azar, competências
que cabiam aos Governos Civis antes de serem
extintos, são agora competência dos municípios, que
também têm de autorizar rifas, tômbolas, sorteios,
concursos publicitários, concursos de conhecimentos e
passatempos. Por outro lado, aos municípios caberá
também fazer a gestão sobre as praias marítimas e
sobre as praias fluviais e lacustres integradas no
domínio público hídrico do Estado.
Descentralização
LUCILIA GAGO É A NOVA PROCURADORA
10% DOS MUNICIPIOS REJEITARAM
DESCENTRALIZAÇÃO EM 2019
Pelo menos 30 Municípios, de Norte a Sul do País,
rejeitaram a transferência de competências em
2019. Foram 24 Municípios da CDU, Porto do
Independente Rui Moreira, Maia, Santa Maria da
Feira e Espinho, todos do PSD, e Vila do Conde e
Redondo, ambos independentes. Todos deliberaram
rejeitar a transferência de competências já no
próximo ano e do facto deram conhecimento à
Direcção-Geral das Autarquias Locais, conforme
determina a lei-quadro da descentralização.
Lucilia Gago, é a nova Procuradora Geral da República. É especialista em
Direito da Família e foi nomeada por Marcelo Rebelo de Sousa, de
acordo com nota publicada no site da Presidência da República. Sem
surpresa, está assim encontrada a substituta de Joana Marques Vidal
por proposta do Primeiro-Ministro António Costa. O Presidente da
República justifica a escolha com a defesa da “limitação de mandatos,
em homenagem à vitalidade da Democracia, à afirmação da
credibilidade das Instituições e à renovação de pessoas e estilos, ao
serviço dos mesmos valores e princípios”.
As razões de António Costa
O Presidente da República fez ainda questão de publicitar no site da
Presidência uma carta que o Primeiro-Ministro enviou com a proposta
de Lucília Gago, com a data de 20 de Setembro. Carta, onde constam as
razões que levaram António Costa a propor o nome daquela magistrada
do Ministério Público. As palavras-chave dessa missiva, não deixaram
dúvidas: “Continuidade”, “Autonomia”, “Separação e
interdependência de poderes”, e “Mandato longo e único”.
Enquanto Rui Rio apoiou o Governo na decisão de propor a nomeação de
uma nova PGR e aceite pelo Presidente da República, o ex-Primeiro-
Ministro Pedro Passos Coelho, não perdeu a oportunidade para face a tal
decisão , dar umas “bicadas” em Marcelo Rebelo de Sousa e no Primeiro-
Ministro, ao argumentar em artigo de opinião “que faltou decência para
assumir com transparência os motivos que levaram à substituição de
Joana Marques Vidal”. "Nestes anos de mandato, que a Constituição
determina poder ser renovável – argumenta ainda Passos Coelho -
entendeu quem pode, que a senhora procuradora deveria ser substituída”.
O ex-Primeiro-Ministro do PSD, que propôs em 2012 a nomeação de
Joana Marques Vidal para o cargo, refere ainda que se preferiu a "falácia
da defesa de um mandato único e longo para justificar a decisão".
Refira-se a este propósito, que a dupla confiança do Governo e do PR,
pôs assim termo à guerrilha da direita que a doutora Cristas e os
sectores radicais do PSD ligados a Passos Coelho e Marques Mendes se
esforçaram por partidarizar. Felizmente e a “bem da nação”, que a Pátria,
a democracia e a isenção partidária prescindiram da inédita recondução,
sem qualquer sobressalto.
PASSOS COELHO “ATIRA-SE” A COSTA E MARCELO
A BARROSÂNA
SOCIEDADE…
A BARROSÂNA 9
MINISTRO DA DEFESA RECUSA
SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO
Azeredo Lopes afasta discussão sobre Serviço Militar
Obrigatório e anunciou medidas para que a carreira
militar se torne mais atractiva, sustentando que "não
está no horizonte próximo" qualquer discussão sobre a
reintrodução do Serviço Militar Obrigatório. "Desde o
início do mandato que eu tenho vindo a afirmar que a
questão do SMO não se coloca para o Governo que eu
integro e não integra o programa do Governo", referiu
Azeredo Lopes. O novo regime de incentivos, em
preparação desde o início do ano, alargará o número de
entidades públicas com uma "quota" para o
recrutamento de ex-militares e visa maior qualificação,
certificação da formação e a integração profissional dos
cidadãos que optem pela vida militar. O Ministério da
Defesa espera ter concluído até ao final do mandato o
projecto para a introdução do "Referencial da Educação
para a Segurança, Defesa e a Paz" nos projectos
educativos nos vários níveis de ensino a nível nacional.
VISTOS GOLD|SENTENÇA ADIADA PARA 2019
PORTAGENS | NOVA CLASSIFICAÇÃO DE
VEÍCULOS ENTRA EM VIGOR A 1 DE JANEIRO
A partir de 1 de janeiro do próximo ano, pagam a tarifa de
portagem relativa à classe 1, desde que usem o sistema de
pagamento automático, os veículos ligeiros de passageiros e
mistos, com dois eixos, peso bruto superior a 2300 kg e igual
ou inferior a 3500 kg, com lotação igual ou superior a cinco
lugares e uma altura, medida à vertical do primeiro eixo do
veículo, igual ou superior a 1,10 m e inferior a 1,30 m, desde
que não apresentem tracção às quatro rodas permanente ou
inserível. O ajuste das classes vinha a ser reivindicado pelo
sector automóvel. Com o modelo actual de portagens, as
viaturas com mais de 1,10 metros de altura, eram incluídas na
classe dois. A partir de Janeiro, sê-lo-à na classe 1.
OUTUBRO 2018
A leitura do Acórdão do julgamento do processo Vistos Gold, que
envolve, entre outros arguidos, o ex-Ministro da Administração
Interna Miguel Macedo, foi adiada para 17 de Maio de 2019. Nas
alegações finais do julgamento, realizadas antes das férias judiciais
de verão, o Ministério Público pediu a condenação do ex-Presidente
do Instituto dos Registos e Notariado António Figueiredo a uma
pena até oito anos de prisão e a sua suspensão de funções públicas
por um período de dois a três anos. Para os restantes arguidos,
incluindo o ex-Ministro da Administração Interna Miguel Macedo e
a antiga Secretária-Geral do Ministério da Justiça Maria Antónia
Anes, o Procurador José Niza pediu que fossem condenados a uma
pena única não superior a cinco anos de prisão, admitindo que a
mesma possa ser suspensa na execução, à excepção do empresário
Jaime Gomes, para quem pediu prisão efectiva.
A posição do Ministério Público, mereceu muitas críticas dos
advogados de defesa que pediram a absolvição dos seus
constituintes. O processo Vistos ‘Gold que tem 21 arguidos -17
pessoas singulares e quatro empresas, prende-se com a alegada
prática dos crimes de corrupção activa e passiva, recebimento
indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de
poder, tráfico de influências e branqueamento de capitais.
MAIORIA DOS INCÊNDIOS DE 2018
DEVE-SE A QUEIMADAS
Apesar da gravidade dos incêndios que deflagraram em Portugal
continental, 2018 é dos anos com menor área ardida. Os números
são do Relatório Provisório de Incêndios Rurais do Instituto da
Conservação da Natureza e das Florestas –ICNF.
Segundo o relatório, houve 7670 incêndios rurais que resultaram
num total de 34 791 hectares de área ardida. Comparando os
valores do ano de 2018 com o histórico dos 10 anos anteriores,
assinala-se que se registaram menos 40% de incêndios rurais e
menos 49% de área ardida relativamente à media anual do
período. O ano de 2018 apresenta, até final de Agosto, o segundo
valor mais reduzido em número de ocorrências e o quinto valor
mais reduzido de área ardida, desde 2008.
Do total de 7670 incêndios rurais verificados no ano de 2018,
4850 foram investigados e têm o processo de averiguação de
causas concluído. Até à data, as causas mais frequentes em 2018
são as queimadas - 66% - e incendiarismo imputável 14% –
apesar de não se explicitar que tipo de incendiarismo é este.
A BARROSÂNA
SOCIEDADE…
A BARROSÂNA 10
Os trágicos episódios de violência sobre as mulheres num
quadro de violência doméstica não param. São já mais de
vinte, as vitimas no corrente ano. Há porém que dizer, que
o mundo da violência doméstica é bem mais denso e grave
do que a realidade que conhecemos. Ou seja, aquilo que se
conhece, apesar de recorrentemente termos notícias de
casos extremos, é "apenas" a parte que fica visível de um
mundo escuro que esconde muitas mais situações que
diariamente ocorrem numa casa perto de si. É preciso por
isso denunciá-las e exigir uma legislação condizente com a
barbárie a que se vem assistindo.
Foi publicado em Diário da República, o Regime Juridico do Maior
Acompanhado. Esta legislação substituirá depois de entrar em vigor,
dentro de seis meses, os regimes de interdição e de inabilitação.
Dado o volume de problemas e obstáculos não está tudo resolvido mas
trata-se de um passo importante na melhoria das condições de vida
das pessoas com deficiência, mas não só, e no cumprimento dos seus
direitos sociais e individuais. Neste sentido é fundamental que se
garanta o seu direito à independência, autonomia e auto-determinação
que sustentem vidas com dignidade.
APARIÇÕES DE FÁTIMA EM NOVA VERSÃO
OUTUBRO 2018
A INDOMESTICÁVEL VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
DEFICIÊNCIA E DIREITOS
Domingos Chaves
A maioria das denúncias que estão a ser
feitas sobre os abusos sexuais nos Estados
Unidos, na Australia, na Irlanda, na América
Latina e noutras partes do globo – alguns
até bem próximos de nós, remontam há cer-
NÃO SOU FARISEU…
ca de 60, 70 ou 80 anos. Além destes, há obviamente outros bem
mais recentes, que infelizmente continuam a persistir!... E sendo
assim, a denúncia destes crimes hediondos não podem “cair em
saco rôto”. Pede-se por isso que a Justiça funcione sem piedade ou
delongas e castigue severamente os infractores de tais crimes, que
não só deixam cicatrizes para sempre nas vítimas, como carregam
o seu sofrimento para toda a vida. Porém, há que dizer também,
que algumas destas situações estão a ser muito bem aproveitadas,
para que os anticlericais primários e os desencantados ou
amargurados da vida, cuspam o seu ódio doentio e a sua vingança
rasca sobre a Igreja Católica e particularmente, os sacerdotes. E
chegados aqui, convirá por isso afirmar, que “nem só de mal vive o
homem”!... Há que lembrar também, o muito que faz a Igreja
Católica e particularmente, os padres, os religiosos e religiosas que
por esse mundo fora salvam todos os dias crianças, idosos e tantos
excluídos do sistema louco capitalista que inventamos - produzir,
consumir e descartar, tudo à conta de mais pobreza e exclusão
social. São milhões de pessoas que a Igreja em todo o mundo salva
da fome, trata das feridas dos doentes, visita os abandonados,
consola os idosos e acolhe a imensa multidão de crianças
descartadas pela maldade de pais irresponsáveis e da indiferença
das sociedades. À conta disso, são com frequência assassinados
religiosos e religiosas, mas para noticiar tais acontecimentos,
parece faltar papel e tinta ao jornalismo. Quanto aos sacerdotes, é
óbvio que nenhum é herói, mas nem todos são psicopatas
neuróticos. São homens, como todos os homens, que procuram
servir a sociedade num mundo já de si imperfeito, onde proliferam
a pobreza e as fragilidades. Mas neles existe também algo de bom,
como em todos os seres humanos. Gosto de ver o todo e não
apenas as caricaturas distorcidas – “ovelhas ranhosas” existem em
todos os rebanhos. Por isso, prefiro falar mais de pessoas sérias e
honestas do que andar à caça de pecadores para os indicar e julgar.
Não sou fariseu…
Uma nova versão sobre as aparições de Fátima, a ser
apresentada em filme no próximo ano, em Portugal e no
mundo, está já na forja. As filmagens, com Harvey Keitel e
Sônia Braga entre os actores principais, inspiradas no
fenómeno religioso ocorrido há 100 anos, começaram já
na Tapada de Mafra, perto de Lisboa e continuam nas
próximas oito semanas pelo país. A Tapada de Mafra, foi o
cenário escolhido pelos produtores para as filmagens das
cenas relacionadas com a vida dos três pastorinhos,
representados pelos espanhóis Stephanie Gil, Alejandra
Howard e Jorge Lamelas, e com as "aparições" que
aconteceram na Cova da Iria, espaço do actual Santuário
de Fátima. Rose Ganguzza, uma das principais produtoras,
contou à agência Lusa que, desde criança, conhecia a
história dos três pastorinhos e decidiu trazê-la para o
cinema, com um argumento que é "baseado na religião
católica", mas que transcende todas as religiões e se
resume a uma "história da humanidade".
O filme aborda o que "estava a acontecer em Portugal em
1917 para criar o contexto da história e vai contar com
duas estreias mundiais, de cariz solidário, uma em Fátima
a 13 de Maio do próximo ano e outra em Nova Iorque, nos
Estados Unidos da América, ocasiões para ver cantar ao
vivo o cantor italiano Andrea Bocelli, autor e intérprete de
"Gloria", o tema de fecho do filme. A produção conta com
meio milhar de especialistas, 70 actores portugueses,
2.500 figurantes portugueses e 200 animais. "Fatima" é
também o primeiro filme a ser apoiado pelo Estado no
âmbito do recém-criado Fundo de Apoio ao Turismo,
A BARROSÂNA
SOCIEDADE…
A BARROSÂNA 11
É com estas notícias que a direita se morde toda.
Quem não se lembra de Passos se ter fartado de
dizer que vinha aí o diabo?!... Ora afinal o que veio
foi mais emprego e mais dinheiro, pelo que os
portugueses correm o risco de julgar que se o Costa
é o diabo, deve estar muito bem disfarçado, porque
mais parece o Pai Natal...
Na vigência da "Geringonça" foram
criados 500 mil empregos, nos
quais as mulheres dominaram e
representam hoje 49% da força de
trabalho. Esta onda feminina
ultrapassou mesmo a Suécia que
batia o recorde neste campo.
Curiosamente, os mortos em
acidentes de trabalho são 100%
homens.
Sócrates deixou 4.867.100 pessoas a trabalhar.
Agora de novo com o PS, a força de trabalho subiu
para 4.874.100 trabalhadores. Mas o mais
extraordinário é que foram criados 219 mil
empregos ocupados por pessoas entre os 55 e os
64 anos, a mostrar que muitas empresas
necessitavam de pessoal com experiência. Os
homens perderam com o Governo Passos|Cristas
310 mil empregos e recuperaram apenas 235 mil
postos de trabalho. As mulheres perderam
perderam 202 mil e ganharam 284 mil.
Porém, na agricultura há ainda
uma tremenda falta de mão de
obra, e a maioria dos que por cá
labutam são asiáticos, oriundos
de países como o Bangla Desh e
Tailândia, que trabalham nas
estufas.
Também a indústria luta com muita falta de trabalhadores e até as
fundições foram buscar pessoal com 60 anos porque não encontram
ninguém. Nalgumas empresas, esse pessoal mais idoso está a formar
jovens que são empregues já não a título precário, mas definitivamente
para que a empresa os não perca. Há um pequeno período precário
para verificar se são pessoas motivadas para aquele trabalho que era
sujo e difícil no passado recente, mas hoje é muito melhor com os
equipamentos modernos.
A “ESTÓRIA DO DIABO” QUE NÃO VINGOU…
“DESEMPREGO EM MÍNIMOS DE 16 ANOS”…
INTERIOR ATRAÍU POUCO MAIS DE
25% DOS INVESTIMENTOS NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS
Na última década, foram assinados mais de
440 contratos para grandes projectos de
investimento, mas a esmagadora maioria
acabou no litoral.Entre 2008 e a primeira
metade deste ano, foram assinados e
apoiados 443 grandes projectos de
investimento negociados pela Agência para
o Investimento e Comércio Externo de
Portugal-AICEP, mas apenas 117, ou seja,
26,4% foram para o interior, muito longe
dos 326 instalados no litoral,
correspondendo a quase 74% do total.
BE QUER ACABAR COM IRS
ESPECIAL PARA ESTRANGEIROS
O Bloco de Esquerda vai
propôr o fim do regime
fiscal dos residentes não
habituais.
GOVERNO LANÇA NOVOS CANAIS TDT
O Ministério da Cultura, que tem a tutela da
comunicação social, enviou para a Entidade
Reguladora para a Comunicação Social – ERC, o
regulamento e o caderno de encargos para dois
novos canais na Televisão Digital Terrestre – TDT.
São dois concursos distintos!... Um para um canal
temático de informação e o outro para um canal de
desporto. Depois de ter reforçado a oferta da TDT
em Dezembro de 2016 com a introdução de dois
canais públicos na TDT - a RTP 3 e a RTP
Informação, estes dois concursos são destinados a
canais privados. Actualmente, a TDT oferece aos
espectadores sete canais. Quatro da RTP -RTP 1,
RTP 2, RTP 3 e RTP Memória, a SIC, a TVI e o Canal
Parlamento.
OUTUBRO 2018
Mariana Mortágua diz que a decisão do Partido está
tomada, mas vai surgir quando forem apresentadas
as propostas de alteração ao projecto do Orçamento
do Estado para 2019. Apoio do PS não está
garantido. A deputada bloquista defende um ponto
final ao regime em vigor. Diz que está por provar a
eficácia de um instrumento que “dá a alguém o
direito de não pagar os impostos que o resto da
população paga”.
QUASE UM TERÇO DOS JOVENS ADULTOS
NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM
Portugal é o quarto país da OCDE com
mais baixos níveis de escolaridade entre
os jovens adultos, só ultrapassado pelo
México, Turquia e Espanha, revela o
relatório da OCDE “Education at a Glance
2018”. Três em cada dez portugueses
entre os 25 e os 43 anos não concluíram
o ensino secundário, segundo dados do
relatório internacional relativos a 2017,
que colocam Portugal entre os últimos de
uma lista dos 35 países da OCDE. Ainda
segundo o mesmo relatório, 15,2% dos jo
vens entre os 18 e os 24 anos não estuda nem trabalha – a chamada
geração“nem-nem”, colocando Portugal no 10.º lugar da mesma lista. Refira-
se que esta situação em Portugal é mais grave do que a média registada na
OCDE - 14,5% - assim como em vários países da União Europeia - 14,3%. Na
lista dos países mais problemáticos da Europa, a Espanha surge na frente
com 20,9%, logo seguida da França com 18,7%.
3
A BARROSÂNA
COMUNIDADES
A BARROSÂNA 12
ECONOMIE: en 2018 le Portugal
continue sa course vers le plein
emploi et la réduction des
inégalités sociales
Le Portugal est devenu le meilleur élève de la zone euro avec une
croissance économique au plus haut, un chômage au plus bas, des
investissements en progression permanente, un déficit budgétaire qui tend
vers le zéro. Toutes ces bonnes nouvelles sont de plus accompagnées par
une première mondiale : l'énergie électrique produite par les
renouvelables a dépassé la consommation du pays. Seul point noir,
idéologique, celui là : la politique menée pour parvenir à ces résultats est
encore et toujours à l'opposée de celle préconisée par Bruxelles et suivie
par Berlin ou Paris. Le budget 2018 du Premier ministre portugais
présenté à la Commission européenne fin 2017 n'a pas beaucoup plu. La
Commission estimait que la baisse — exigée — de 0,6% des dépenses
publiques ne serait — selon les calculs prévisionnels bruxellois — que de
"seulement" 0,4%. Etrange reproche lorsque l'on sait que le déficit du
Portugal est désormais l'un des plus bas de la zone euro, à 1,4% en 2017 et
qu'il ne cesse de se réduire. Le petit pays au bord de la récession
économique — et d'un effondrement social majeur — il y a quelques
années encore, améliore ses performances économiques et sociales de
façon continue depuis 30 mois, au grand dam des dirigeants d'autres pays
européens adeptes des politiques libérales de rigueur budgétaire,
Emmanuel Macron en tête. Les dernières mesures du gouvernement
d'Antonio Costa, très décriées par son opposition de droite semblent
pourtant continuer d'agir en faveur d'une amélioration générale, tant
sociale qu'économique, que ce soit pour les entreprises, les investisseurs
ou les salariés et les retraités des classes moyennes et populaires.
Relance, ajustement des impôts, augmentation du salaire minimum et
incitations aux investissements
Alors qu'en France les impôts sur les plus gros revenus sont abaissés, des
taxes sur les entreprises supprimées ou compensées, tandis que les
retraites sont grévées, le gouvernement portugais à engagé une politique
fiscale inverse. Le budget 2018 portugais prévoit une baisse conséquente
des impôts sur le revenu pour les classes moyennes, accompagnée par une
nouvelle augmentation des pensions de retraite. Pour la fiscalité des
grandes entreprises, l'option portugaise est là aussi à l'opposé de celle de la
France : instauration de nouvelles taxes pour toutes les entreprises au
chiffre d'affaires supérieur à 35 millions d'euros. Côté fonctionnaires, ce
sont les déblocages des mouvements de postes et les promotions dans la
fonction publique qui se mettent en place. La politique économique de la
demande, instiguée de façon continue depuis deux ans et demi par le
gouvernement portugais, porte clairement ses fruits. Cette politique est
fondée sur une relance de la consommation par l'amélioration des
conditions professionnelles et sociales des travailleurs portugais afin
de créer de l'attractivité pour les investisseurs, améliorer la productivité,
permettre de la montée en gamme de productions.Le chômage continue
donc de baisser, établi à 7,8 % fin 2017, tandis qu'il était à 8,9 % en France
à la même période (statistiques au sens du Bureau international du
travail). Le salaire minimum a été augmenté de 530 à 557€ en 2017 et va
l'être de nouveau en 2018 pour atteindre 580€, avec l'objectif pour le
gouvernement de le porter à 600€ en 2019. La démonstration portugaise
d'une amélioration des investissements et de l'emploi privé grâce à
l'augmentation des salaires et des prestations sociales vient percuter de
plein fouet la doxa européenne voulant que la compétivité des entreprises
doive obligatoirement passer par une baisse ou un gel des salaires et la
diminution des dépenses sociales des Etats…
Propostas para emigrantes
voltarem são bem vindas
Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República afirmou que
propostas para criar condições para os
emigrantes portugueses regressarem
ao seu país são bem-vindas, “venham
de onde vierem”.
Escusando-se a comentar em concreto
o anúncio do secretário-geral do PS e
primeiro-ministro António Costa de
incentivos para os portugueses que
emigraram durante a crise financeira
regressarem ao país, Marcelo Rebelo de
Sousa sublinhou que esta é “uma
preocupação nacional, várias vezes
declarada por muitos de todos os
quadrantes” político-partidários.
“Tudo o que for feito – venha de
onde vier – é bem-vindo”
“Tudo o que for feito – venha de onde
vier – é bem-vindo” para não se
esquecer “os que estão lá fora, mas por
outro lado criar condições para os que
queiram voltar voltem”, afirmou o
Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa, quis ainda
deixar uma palavra de agradecimento
aos emigrantes que regressaram ao
país onde vivem, após as férias
passadas em Portugal: “Quero
agradecer o que eles estão a fazer,
criando Portugais fora de Portugal”.
Estão a fazer com alegria, com
determinação, muito ligados à pátria
comum, mesmo quando a sua vida é
uma vida difícil”, disse.
Marie Oliveira|Paris
OUTUBRO 2018
3
A BARROSÂNA
COMUNIDADES
A BARROSÂNA 13
“RENTRÉE” CULTURAL
PORTUGUESA
EM HAUTS-DE-FRANCE
A região de Hauts-de-France, no norte de França, teve “uma rentrée
portuguesa” preenchida com vários eventos culturais que destacaram um
país que “está na moda”, afirmou o cônsul honorário de Lille, Bruno
Cavaco. Também presidente do Comité France Portugal Hauts-de-France,
um grupo criado para promover Portugal na região, Bruno Cavaco explicou
que o programa envolveu concertos, exposições, conferências, encontros
de empresários e até a criação de um “jardim português” no âmbito do
centenário da Primeira Guerra Mundial. “Foi uma ‘rentrée’ portuguesa
bem preenchida. Portugal está na moda, há um interesse e um entusiasmo
da região Hauts-de-France por Portugal que começou com as
comemorações do centenário da Primeira Guerra Mundial. Depois houve
esta vontade de desenvolver a cooperação entre a nossa região e Portugal”,
explicou o luso-descendente, recordando a participação dos presidentes
português, Marcelo Rebelo de Sousa, e francês, Emmanuel Macron, nas
comemorações da batalha de La Lys, a 9 de abril deste ano. Em 13 de
setembro, no espaço Euratechnologies, em Lille, ocorreu um encontro de
“‘startups’ francesas de origem portuguesa”, animado pela Luso Tech
Community, uma rede de empresas inovadoras com ligações a Portugal.
Em 16 de setembro, no aeródromo de Merville, realizou-se o encontro
aéreo anual, que contou com um helicóptero EH-101 Merlin da Força
Aérea Portuguesa, “uma ocasião para homenagear também os pilotos
portugueses que combateram na Primeira Guerra Mundial”.
E em 29 e 30 de setembro, na sala de concertos l’Aéronef, em Lille, foi dado
o pontapé de saída do ‘PRT+’, uma temporada artística com Portugal em
destaque, que vai contar com uma conferência sobre “Músicas atuais e
emergência artística em Portugal”, gastronomia, e concertos de Nádia
Leirião, Diron Animal, Moullinex, La Flama Blanca, HHY&The Macumbas e
Bateu Matou. A 20 de outubro, no museu La Piscine, em Roubaix, vai ser
inaugurada uma exposição de Hervé Di Rosa, artista francês co-fundador
da Arte Modesta que vive em Lisboa e que vai apresentar as suas mais
recentes obras em cerâmica, criadas no seio de uma das fábricas históricas
de azulejos em Portugal, a Viúva Lamego. Intitulada, “L’Oeuvre au Monde”,
a exposição vai decorrer até 20 de janeiro de 2019, apresentando as obras
que Hervé Di Rosa tem feito ao longo da sua “volta ao mundo das artes”,
uma viagem que o levou a conhecer artesãos de todo o mundo e em que a
19.ª etapa é Lisboa. Paralelamente, duas outras exposições de Hervé Di
Rosa vão estar patentes no Musée du Touquet-Paris-Plage, em Le Touquet-
Paris-Plage, de 20 de outubro a 19 de maio, e na Galerie Art To Be, em Lille,
de 14 de dezembro a 31 de janeiro.A 11 de novembro, ainda no âmbito do
centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, vai ser inaugurado um
“jardim português”, intitulado “Théâtre de Verdure”, na cidade de Le
Quesnoy, da autoria dos arquitetos paisagistas Baldios e da plataforma
KWY.studio.O projeto vai ser concretizado no âmbito da criação de 15
“Jardins da Paz”, realizados por arquitetos paisagistas de diferentes países
que participaram na guerra de 1914-18.
ENSINO DO PORTUGUÊS
NO ESTRANGEIRO
NOVIDADES PARA 2018-2019
O próximo ano letivo trará novidades um pouco por
todo o mundo.
Em França, a Coordenação iniciou, em 2017-2018, o
ensino do português em duas secções internacionais,
uma no Collège Vauban, em Estrasburgo, outra no
Collège Lucien Cézard, em Fontainebleau. “Em
setembro abriU uma secção internacional em Bry-sur-
Marne, na periferia de Paris, onde há uma fortíssima
comunidade portuguesa e onde os cursos EILE estão
bem implantados no ensino primário, e isto é uma
continuidade extremamente importante”, sublinhou
Adelaide Cristóvão à margem do Encontro.
Já em Espanha, a grande novidade será a assinatura do
memorando de entendimento entre o Camões, I.P. e a
Comunidade Autónoma de Castela e Leão. “Estamos nas
últimas etapas de negociação, demos um salto
qualitativo e já conseguimos chegar a um texto final. Se
tudo correr bem assinaremos brevemente o
memorando”, revelou Filipa Soares. O português já é
ensinado como língua estrangeira naquela região
autónoma, mas passará a sê-lo de uma forma mais
abrangente. “E, sobretudo, o estatuto da língua, ainda
que integrado no sistema, passa a ser mais valorizado”,
acrescentou.
No Luxemburgo, onde a língua portuguesa foi ensinada
a 2.800 alunos por 25 professores em 2017-2018, neste
novo ano letivo a tendência será a de chegar a cerca de
2.900 alunos, desde o pré-escolar ao ensino superior,
avançou Joaquim Prazeres. Haverá ainda reforço em
algumas modalidades de ensino. “Para além do ensino
complementar, o paralelo é outra das modalidades que
estamos a trabalhar para reforçar, com o aumento do
número de inscritos e a diversificação dos locais. E
estamos a apostar no ensino secundário. É uma aposta
que até aqui não tem sido feita”, explicitou.
Um primeiro passo está a ser dado em liceus de
prestígio no Luxemburgo, como é o caso do Liceu
Vauban, uma escola privada. “O nosso objetivo é ‘entrar’
nos liceus e sensibilizar a comunidade e os alunos que
estão neste momento no ensino secundário, para a
importância do português. E criar o gosto pela
aprendizagem do português no Luxemburgo”, referiu
ainda, revelando que o ensino do português a nível
secundário, como atividade de opção, será oferecido em
quatro liceus do país, no ano letivo que se iniciou em
setembro.
Marie Oliveira|Paris
OUTUBRO 2018
3
A BARROSÂNA
COMUNIDADES…
A BARROSÂNA 14
Fernando Botelho Gomes
(O Cabasso)-Newark|USA
Sem assistencia medica nem hospitalar os bebes naciam com a preciosa
ajuda duha parteira sem formacao, uha mulher simples que tinha jeito
prajudar no parto. Mais empurrao daqui bolta dali e puxa dacola la se ia
nacendo e ate com muntissima frequencia! E habia bebés super
pribilegiados que ja habiam desenbolbido alguns dotes raros inda antes
de sairim por a porta rumo a um mundo do qual eles nada sabiam.
Habia inté alguns, deziam, quinté falabam inda antes de nacer, e que por
isso deziam ja naciam sabios, e outros quinté ja binham com garantia de
emprego e acesso as melhores instituicoes de insino. Eu pelo que me
toca inda estaba la dentro e ja sabia quase tudo do mumdo ca fora
atrabes duha rede de contactos prebiamente estabelecidos, e atao
teimei que non crer sair. A bida no utero non ara muito por ai alem mas
non passaba fome nem pagaba renda portanto non precisaba nem
sequer de trabalhar.
Mas a minha mae coitada pessoa de poucos teres e ja com mais 5
labregos que ja lhe haviam esgotado o qamim me fazia falta quiz me por
ca fora a todo o custo. Mas biu se gaga coitada. Ela mostraba me a porta
e la mia dando instruccoes do que tinha que fazer pra sair e eu olhava
pra porta e bia tao piqueninha e pensei logo... se tiber que sair daqui,
non pode ser de cabeca porque senao parto me todo. No meio desta
barafunda a minha mae non paraba de barafustar, e gritaba tao alto que
ate fazia eco nas redondezas. Insisti qou non qria sair mas ela cheia de
rezao so me dezia. Olha la o rebento do car....o por seres o ultimo es o
mais ruim. So estas aqui pra me dar azia no estomego, non ajudas in
porra nihuha, e nem sequer pagas renda. Por isso vais tepor no cara......o
daqui pra fora e agora mesmo. E bai agarra me numa orelha laba me ate
a porta, de seguida praga me um lacacao na tromba e diz. Salta daqui
pra fora que ja estas aqui a mais. Puxou me mais pro pe da porta e mete
me um empurrao tao forte que mais parecia a cabecada dum touro, e eu
pumba cai de pe como ja habia planeado e mal cai botei a correr por um
caminho abaixo onde logo a frente eu sabia qabia uha mina. Atao fui ate
la pra me botar a afogar. Mas por azar a mina tinha secado por causa
dum furo que tinjam feito num terreno mais acirma que ara do caixeiro,
e onde agora esta uma casa toda modarna e janota. Mas tibe azar
outra.bez. Duas centenas de matros abaixo corria um rigueiro que
regaba ums lameiros que dabam uma erva muito boa e verdinha pras
bacas. Fui atao todo contente a correr por ali abaixo e chego la e agua
no rigueiro nem gota.. scusado sera dezer como fiquei non e? Inda olhei
pros lados barias bezes a ver se o menos aparecia uma nacentezita
dauga pra bober um golo porque ja staba cua sede do catano, mas nem
nisso tibe sorte.. inda por cima tinha me borrado todo quando saltei e la
tibe que gramar co a carga. Satanos depois la mudei a roupa, pra non ir
a cheirar mal pra scola. F......se Pra cou sai! [ ]
MINHA TERRA É VILAR
“NACER DE PÉ”
[...]Nacer nuha aldeia transmontana algures
na 1.a metade do saclo 20 ara um feito
berdadeiramente heroico de quem daba à
luz e do rebento que recebia a luz.
BRASIL|MULHER QUE É MULHER
NÃO VOTA BOLSONARO.
E HOMEM QUE É HOMEM TAMBÉM NÃO
OUTUBRO 2018
Jair Bolsonaro é a última ameaça latino-
americana e a sua eventual vitória nas eleições
de 7 de Outubro no Brasil, será um verdadeiro
desastre. O candidato do Partido Social Liberal,
representa a extrema-direita brasileira e lidera
as sondagens presidenciais, e para além de se
afirmar como um admirador do ditador
Augusto Pinochet, é também comparado a
Donald Trump e à sua insensatez política e
social que tanto ameaça a paz no mundo. É uma
verdadeira ameaça para o Brasil, para o povo
brasileiro e para a América Latina. Jair
Bolsonaro é mesmo um perigo, como mostra a
sua longa carreira política, mas o seu currículo
está cheio de afirmações controversas, que vão
desde a defesa da tortura e da ditadura militar,
até à esterilização dos pobres. Os anos de
convulsão por que o Brasil tem passado, com os
seus problemas endémicos de corrupção, a
enorme violência que grassa no país e uma
recessão económica que afecta o emprego, que
reduz o rendimento e que aumenta a pobreza,
írá agravar-se ainda mais caso Bolsonaro venha
a ser o eleito. De acordo com as sondagens, na
aritmética eleitoral deverá vencer a 1.ª volta
das eleições, mas terá que disputar uma 2.ª no
dia 28 de Outubro com Fernando Haddad, Ciro
Gomes ou Geraldo Alckmin. O que se espera é
que os brasileiros saibam rejeitar os reais
perigos do bolsonarismo e das suas orientações
radicais e escolham um candidato democrático
e com um projecto de progresso para o Brasil.
A BARROSÂNA
O CONCELHO EM NOTICIAS…
A BARROSÂNA 15
O executivo municipal visitou os trabalhos de
requalificação da escola EB 2/3/Sec. Bento da Cruz, em
Montalegre. As obras para a remodelação da cozinha,
refeitório, polivalente, gimnodesportivo e espaços de
apoio tiveram um custo total elegível de 1.000.000€. O
desenvolvimento dos trabalhos aconteceu a bom ritmo,
cumprindo os prazos de execução da empreitada e não
perturbaram o início das actividades lectivas que
aconteceu a 17 de Setembro. Recorde-se que o
Município incluiu no pacto territorial do Alto Tâmega o
projecto de recuperação de todas as escolas do concelho.
Fátima Fernandes | Vereadora da Educação da
Câmara de Montalegre
«Enche-me de orgulho ver esta obra tão grande que vai
servir para promover o sucesso educativo. Não tenho
dúvidas de que escolas com mais condições são
potenciadoras de mais sucesso. Trata-se da minha
escola. Vim para cá no segundo ano após a sua abertura.
Tenho aqui uma parte emotiva. Vi a degradação após
tantos anos de uso e agora é uma grande alegria ver esta
remodelação. Queremos dotar as infraestruturas das
melhores condições. Tenho a certeza que os alunos se
sentirão melhor na sua escola. A educação é uma área de
extrema importância. Numa escola tem que haver
emoção e estas obras vão trazer orgulho num espaço
bonito».
LIVROS DE ACTIVIDADES GRATUITOS
PARA OS ALUNOS ABRANGIDOS PELA ACÇAO SOCIAL ESCOLAR
ESCOLA BENTO DA CRUZ-REQUALIFICADA
O Ecomuseu de Barroso - espaço padre Fontes, apresenta até ao
próximo dia 31 de Outubro, um leque de fotografias sobre a fauna e
a flora do Parque Nacional da Peneda Gerês, da autoria de Lília
Jorge, uma jovem natural de Pitões das Júnias, do concelho de
Montalegre, que vê na fotografia um "escape para renovar
energias". Lília Jorge recebeu recentemente o 1.º lugar no 2.º
Concurso Nacional de Fotografia SIGMA, na categoria "Wild Life" -
os animais no seu habitat natural. A exposição de fotografias,
intitulada "Recortes da minha Serra“, está patente desde o dia 21
de Agosto no Ecomuseu de Barroso - espaço padre Fontes, em
Montalegre, junto ao Castelo e está aberto ao público todos os
dias das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
ECOMUSEU |EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA
O Município de Montalegre anunciou que vai oferecer a todos
os alunos abrangidos pelos escalões 1, 2 e 3 da Acção Social
Escolar, os livros de actividades relativos aos manuais
escolares. Para o efeito, os pais ou encarregados de educação,
devem assim dirigir-se à área dos Serviços Sociais da Câmara
e solicitar a requisição que lhes permitirá levantar os
referidos livros nas livrarias da área de influência das escolas
frequentadas pelos alunos, munidos do comprovativo de
atribuição do escalão – explicou fonte da autarquia.
A iniciativa acontece no âmbito dos Projectos Integrados e
Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar, financiado pelo
Portugal 2020, através do Programa Operacional Norte 2020
e pela União Europeia através do FSE.
OUTUBRO 2018
A BARROSÂNA
O CONCELHO EM NOTICIAS…
A BARROSÂNA 16
VILAR DE PERDIZES – XXXII CONGRESSO DE MEDICINA POPULAR
PADRE FONTES TRANSFORMOU O
MISTICISMO NUMA ATRACÇÃO
TURÍSTICA…
Vilar de Perdizes que outrora foi uma das várias Honras do
Barroso, é hoje bem conhecida a nível nacional pelo facto de ali se
realizar há mais de três décadas o Congresso de Medicina Popular.
Desde a sua origem que ocorrem ao evento, gente de todas as
condições, ávidas de cultura e tradições. Desta vez, estiveram mais
uma vez presentes, médicos, especialistas de nomeada, e
obviamente também, os “vendedores de banha de cobra”. Funciona
como ponto de encontro de culturas, credos, medicinas, religiões e
saberes, numa feira original popular e erudita, para questionar
métodos e crenças, novidades e antiguidades e uma ocasião para
conhecer o país real, profundo, oculto, esquecido e marginalizado.
Vendem-se ali licores de todo o género, chás, infusões e mais
recentemente até os “bruxos” estão presentes. Passam três dias em
Vilar de Perdizes, atarefadas à procura do mito. O sagrado e o
profano estiveram mais uma vez lado a lado na região do Barroso, e
o padre António Lourenço Fontes, foi como de costume, o principal
impulsionador do Congresso de Medicina Popular de Vilar de
Perdizes - cuja 32.ª edição teve lugar entre os dias 31 de Agosto e 2
de Setembro. Um evento pioneiro que atraíu os olhares do país
para esta aldeia barrosã e transformou o misticismo numa atracção
turística. Padre Fontes que é sem sombra para qualquer dúvida, o
maior embaixador do Barroso e de atracção turística desta região.
Escritor e hoteleiro, é igualmente um homem solidário, estudioso
das plantas e ervas e também marca de vinho e de um licor já
galardoado a ouro. "A junção do sagrado e do profano
protagonizado por um padre, deu mais-valia e chamariz ao
Congresso. Foi como que a arte de sacralizar o profano e profanar o
sagrado", afirma o sacerdote que nasceu em Cambezes do Rio, em
1940. Em Vilar de Perdizes, o padre construiu um palco ao qual
todos são convidados a subir, e onde anualmente, se reúnem
cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns,
astrólogos, tarólogos, massagistas e ervanários, curiosos e turistas.
A primeira edição do evento realizou-se em 1983, numa altura em
que as tradições e a medicina popular antiga estavam a cair em
desuso devido à concorrência ou oposição da medicina química ou
moderna. Vilar de Perdizes e até Montalegre – sede do concelho,
eram terras isoladas, onde faltava quase tudo, e por isso, a
população tinha de recorrer à medicina popular para curar as suas
doenças. “O primeiro abrir e rasgar das nossas fronteiras foi feito
pelo Congresso de Medicina Popular e o sentido de oportunidade
do padre Fontes é a prova disso mesmo”, salienta o Presidente da
Câmara de Montalegre, Orlando Alves.
-vitalizar o tecido económico”. “Estamos a falar de três pilares em
que assenta o desenvolvimento turístico da região: o Congresso, a
Sexta-Feira 13 e a Feira do Fumeiro. É à volta destes três vectores
que toda a dinamização económica e turística do concelho se
acomoda”, frisa o Presidente da autarquia. Orlando Alves refere
que nas últimas décadas, abriram restaurantes, hotéis e unidades
de alojamento rural. Actualmente existem cerca de 400 camas
espalhadas pelo concelho e há novos projectos em curso. No
entanto, num concelho com área idêntica à da ilha da Madeira, a
agricultura continua a ser “a actividade económica preferencial dos
barrosões”.
Segundo o Presidente da Câmara, há jovens agricultores a
instalarem-se, por exemplo na área da pecuária, com destaque para
a criação de gado barrosão, ovino e caprino. Para ajudar o sector
primário, o Município inscreve todos os anos cerca de dois milhões
de euros no seu orçamento. “É para nós reconfortante ver que este
apoio está a ser aproveitado sobretudo por parte dos jovens que se
instalam e nos dão garantias de futuro”, sublinha. Orlando Alves
refere também, que “o concelho soube aproveitar os fundos
comunitários e frisa que, actualmente as 135 aldeias do concelho
estão “devidamente infraestruturadas”. “Temos 98% da população
com água ao domicílio e 80% da população está servida com redes
de saneamento”, destaca. A grande batalha deste território, muito
afectado pelo envelhecimento, é o combate ao despovoamento.
Para ajudar nesta luta, Montalegre quer ser um “santuário dos
desportos de natureza”, uma estratégia que cruza o desporto e a
cultura e une a tradição à modernidade e que tem como objectivo
atrair mais visitantes e ajudar a fixar os mais novos. Para David
Teixeira, Vice-Presidente do Município, esta edição do Congresso
reuniu este ano menos stands, mas, trata-se de um evento que se
“faz do contacto com quem tem os saberes populares, debatendo o
que a medicina popular trouxe até hoje com a transformação da
medicina convencional em relação aos fármacos”. “A palestra a que
tivemos a oportunidade de assistir na exposição de plantas foi
fantástica”- referiu, e por isso, e por tudo quanto este evento
representa, “merece um envolvimento maior da população”,
argumentando ainda que o mesmo “precisa de ser reinventado com
um novo ar”. Saliente-se a terminar, que o palco para estas
iniciativas se estende desde a serra do Larouco na fronteira com a
Galiza, segue o curso do rio Cávado até ao Parque Nacional da
Peneda-Gerês, e entre os diversos eventos, se destacam as
caminhadas, observação de aves, parapente, ultramaratonas,
campeonatos de pesca ou troféus de BTT. E depois, Montalegre tem
ainda assegurado o Mundial de Rali-Cross, uma prova que segundo
David Teixeira, promove a internacionalização deste concelho, já
que atrai milhares de galegos e portugueses aficionados pelos
desportos automóveis.
(…) até 1983, Vilar de Perdizes e todo o
concelho eram terras isoladas, onde
faltava quase tudo. Até para curar as
doenças, muitas vezes a população tinha
de recorrer à medicina popular…
Orlando Alves, que classifica ainda este Congresso como o “pai e a
mãe das sextas-feiras 13”, evento que atrai milhares de pessoas ao
concelho. Refere ainda o autarca, que Montalegre soube aproveitar
“esta âncora” e implementou outras iniciativas como a Feira do
Fumeiro, que hoje tem uma grande projecção mediática e ajuda a re-
OUTUBRO 2018
A BARROSÂNA
O CONCELHO EM NOTICIAS…
A BARROSÂNA 17
REGIÃO BARROSÃ PRODUZ 79 % DA
ENERGIA PRODUZIDA A NORTE
Só nos primeiros seis meses de 2018, a região
norte foi responsável por 44% do total da
produção de energia em Portugal - 12 484 GWh de
um total de 28 113, e por 49% do consumo
nacional. Os dados são da REN – Redes
Energéticas Nacionais e mostram um aumento
significativo destes indicadores face a 2017,
quando a produção de energia a norte não foi além
dos 30% - 16 476 GWh de um total de 54 546, e o
consumo se ficou pelos 33%.
O grande destaque vai precisamente para a energia
hídrica, com a região barrosã a acautelar 79% da
produção - 6661 GWh, entre janeiro e junho deste
ano. No total do ano passado, que ficou marcado
por uma seca extrema em Portugal, os municípios
nortenhos acautelaram, ainda assim, 74% da
produção hídrica - 5429 GWh.
Este verão, "a sala de visitas de Salto" foi muito procurada, sobretudo
aos fins de semana. Num deles, o Parque de Lazer do Torrão da Veiga,
acolheu o Convívio Anual da União de Freguesias de Guilhufe e Urrô-
Penafiel. Foram cerca de 700 pessoas, que vieram confraternizar na
vila de Salto. O Parque Natural, bem localizado dentro da vila e perto
dos serviços, está vedado, tem erva natural, sombra de carvalhas
centenárias, bancos e mesas de pedra, rio, praia fluvial, fontanários,
iluminação, aparelhos de geriatria e infantil, polidesportivo relvado,
Bar e casas de banho. Aqui… sim, sente-se a natureza.
PENAFIDELENSES CONFRATERNIZARAM EM SALTO
GRALHAS COM NOVOS ACESSOS
COMPANHIA DE TEATRO FILANDORRA
LANÇA POLO DE CRIAÇÃO
TEATRAL NO BARROSO
CARAVANAS DE VERANEANTES INVADEM O LAROUCO
Foram portugueses, angolanos, ingleses, argentinos e até
americanos!... Uma caravana de gente, que resolveu “assaltar” o
Larouco com entrada por Padornelos e saída por Gralhas, através de
um percurso acidentado, mas a convidar à aventura. Valeu a pena…
A Filandorra – Teatro do Nordeste, deu início à nova
temporada com o lançamento público do projecto “O
Teatro e as Serras. Projecto a implementar no concelho
de Montalegre e que consiste na adaptação ao palco dos
contos “proibidos” da tradição oral das terras dos
Barroso, que Bento da Cruz escutou em criança de
contadores de craveira como João do Gervaz, de Vila da
Ponte ou de Manuel da Inácia de Negrões, e que
reproduziu na obra Histórias da Vermelhinha, numa
espécie de “viagem” pelo mundo rural do tempo dos
nossos avós quando vestiam de linho no Verão e de
burel no Inverno e eram o esteio do ensino dos mais
novos. A estreia está agendada para 22 de Fevereiro de
2019, dia que assinala o nascimento do escritor
barrosão.
OUTUBRO 2018
Quem os viu e quem os vê!... Os acessos à aldeia de Gralhas, foram
objecto de consideráveis melhoramentos, quer ao nível do pavimento,
que se encontrava particularmente degradado, quer com valetas
novas, à entrada da aldeia, no sentido Meixedo-Gralhas. Também do
lado oposto, para quem vem de Solveira, a antiga estrada que dá
acesso ao casario, tem agora novo pavimento, faltando apenas
concluir as valetas para escoamento das águas..
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A BARROSÂNA
A BARROSÂNA 18
O CONCELHO EM NOTICIAS…
OFICINA DO BUREL EM LISBOA NO FESTIVAL
CIOF - CULTURAS MEDITERRÂNICAS
Carlos Medeiros e Elsa Gonçalves, costureiros artesãos da Oficina do
Burel – Único no Momento, de Montalegre, participaram em Lisboa,
num dos maiores eventos europeus dedicados às culturas
mediterrânicas tradicionais e populares. A mostra aconteceu no
passado mês. Sob o mote “Mediterrâneo: Território dos 5 sentidos”,
no festival estiveram presentes 10 grupos internacionais e 32 grupos
tradicionais portugueses, que vão desde o canto e o folclore até ao
artesanato. Para além da mostra que ocorreu ao longo de cinco dias,
houve ainda lugar a concertos de world music, workshops, espaços
dedicados aos mais pequenos e sessões de cinema, entre outro. Tudo
decorreu no Parque Desportivo 1.º de Maio, em Alvalade.
Paralelamente ao festival decorreu ainda a Conferência Internacional
Mediterrâneo: Território dos 5 Sentidos, organizada pelo CRIA –
Centro em Rede de Investigação e Antropologia do ISCTE, com o
apoio da Associação Turismo de Lisboa.
FERRAL|67.º CONCURSO PECUÁRIO
RAÇA BARROSÃ
Ferral, voltou a promover a raça barrosã com a
organização de mais um concurso pecuário – o
67.º, que teve a particularidade de ser o último
neste ano de 2018 no concelho de Montalegre. Os
diversos exemplares desfilaram sob o olhar
atento dos apreciadores deste tipo de eventos e
de um Juri que no final premiou os diversos
concorrentes presentes, dos quais se destacam as
representações de Salto, Fafe, Montalegre e
Cabeceiras de Basto.
Para o final ficaram as palavras à comunicação
social, que aqui se reproduzem, do Presidente da
Câmara Municipal de Montalegre, Presidente da
Junta de Freguesia de Ferral e do Secretário
Técnico do Livro Genealógico da Raça Barrosã.
Orlando Alves | Presidente da Câmara de Montalegre
«É o tributo que o município presta aos
produtores pecuários. É uma forma de estimular
o aumento da produção, apoiando-os numa
atividade difícil e que não é economicamente
compensadora. O município destina um conjunto
de atenções para a atividade pecuária.
Destinamos mais de 30 mil euros para os
concursos pecuários que se fazem no concelho.
Houve o cuidado de desenvolver um concurso
destinado apenas a produtores do concelho.
Trabalhamos na defesa do nosso património».
Aníbal Ferreira|Junta de Freguesia de Ferral
«Mais uma edição do nosso concurso pecuário, muito
concorrida e com belos exemplares. Felizmente,
ainda temos muitos criadores e congratulamo-nos
com isso. É um dia de festa para Ferral e
proporcionamos outras actividades de convívio para
a nossa população»:
José Leite|Secretário Técnico do Livro Genealógico da
Reça Barrosã
«Os concursos no concelho de Montalegre iniciaram-
se em 1908. São muito antigos. Hoje em dia,
verificamos que há muitos produtores destas terras.
É preciso continuarmos a valorizar esta raça e esta
carne que tem Denomiação de Origem Protegida -
DOP. Merecia ser paga a um preço superior. Dessa
forma tínhamos muito mais criadores. É um produto
nobre e gourmet que toda a gente aprecia».
MONTALEGRE|REUNIÃO COM PRODUTORES FUMEIRO
Decorreu no Pavilhão Multiusos de Montalegre mais uma sessão de
esclarecimento para os produtores de fumeiro. A sessão destinou-se a
promover a cooperação e competição empresarial, no âmbito da execução
do projecto Fumeiro de Montalegre–Cooperar para competir e
desenvolver. Uma acção promovida pela Associação de Produtores de
Fumeiro da Terra Fria Barrosã e dinamizada pela ASAE, subordinada ao
tema “Rotulagem e rastreabilidade de produtos à base de carne”. Para
David Teixeira, “esta estratégia de valorização do nosso produto e de tentar
criar a possibilidade da venda primária é uma das nossas grandes
preocupações. São sobretudo acções de sensibilização para os produtores,
no sentido de produzirem com qualidade, cumprindo as regras da ASAE.
São sessões muito importantes para evitar futuras sanções. Ficam
desafios na inovação, sobretudo no que respeita às alergias. Penso que os
produtos sem glúten podem ser uma nova estratégia na próxima edição da
Feira do Fumeiro”.
OUTUBRO 2018
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A BARROSÂNA
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O CONCELHO EM NOTICIAS…
MONTALEGRE EM VIAS DE CONCLUIR SUBSTITUIÇÃO
DAS LUMINÁRIAS DE MERCÚRIO PELO SISTEMA LED
Montalegre vai substituir a iluminação pública das 135 localidades
do concelho por lâmpadas LED, um projecto de eficiência
energética que vai custar três milhões de euros, informou o
Presidente da autarquia. “É um investimento que vai permitir que
todo o concelho de Montalegre fique assim como uma espécie de
noite de lua cheia”, afirmou Orlando Alves à agência Lusa. O
autarca explicou que vão ser substituídas “10 mil luminárias por
lâmpadas LED”, daí resultando uma “poupança significativa de 140
mil euros por ano”. A actual factura correspondente à iluminação
pública do concelho ultrapassa os 500 mil euros por ano. O
projecto de eficiência energética em Montalegre resulta de um
contrato com uma empresa, que está a concretizar o investimento
e a intervenção, e a quem a autarquia vai pagar durante 12 anos,
cerca de 263 mil euros anuais. Pela concessão, obrigatória por lei,
o Município pagará ainda 140 mil euros por ano à EDP. Mas
segundo o autarca, “o ganho maior é o contributo para a redução
das emissões de dióxido de carbono CO2”. “Seremos o primeiro
concelho no país a ter todo o concelho, que é enorme - tem a área
da ilha da Madeira -, são 135 localidades, onde as luminárias de
mercúrio irão ser todas substituídas por lâmpada LED”, salientou.
MONTALEGRE-CONCELHO DETÉM A QUINTA MAIOR MINA DE LITIO DO MUNDO
Prospecção aponta para depósito de 30 milhões
de toneladas de lítio. "No ranking mundial de explorações de lítio extraído de pedra, esta é a quinta maior
mina do mundo", afirmou Ricardo Pinheiro, o director executivo da Lusorecursos.
A LusoRecursos disse que a prospecção em Cepeda-
Montalegre, revelou um depósito de 30 milhões de toneladas de
lítio e que o projecto de exploração prevê um investimento de
400 milhões de euros e a criação de 250 empregos. Depois de
anos de prospecção e de uma contenda judicial com a empresa
australiana Novo Lítio, o director executivo da LusoRecursos,
Ricardo Pinheiro, afirmou à agência Lusa que o processo "está
estabilizado" e que o próximo passo "é assinar o contrato de
concessão de exploração com o Estado". Contactada pela Lusa, a
Direcção Geral de Energia e Geologia, através do Ministério da
Economia, esclareceu que a "titularidade do contrato de
prospecção e pesquisa e do subsequente pedido de exploração é
da empresa LusoRecursos". A fonte, referiu ainda que o
processo de Cepeda se encontra "em fase de instrução, havendo
a necessidade de a empresa apresentar o Estudo de Impacto
Ambiental“, e que neste momento, "não é possível indicar uma
previsão de data para a assinatura do contrato", precisamente
por causa do EIA. Ricardo Pinheiro referiu, que só na área
investigada em Cepeda, freguesia de Morgade e Sarraquinhos,
as prospecções apontam para um depósito de "30 milhões de
toneladas de lítio". A área de concessão é muito superior à
investigada. "No ranking mundial de explorações de lítio
extraído de pedra, esta é a quinta maior mina do mundo",
afirmou. A procura mundial pelo lítio, usado na produção de
baterias para automóveis e placas utilizadas no fabrico de
electrodomésticos, está a aumentar e Portugal é reconhecido
como um dos países com reservas suficientes para uma
exploração comercial economicamente viável. Ricardo Pinheiro
referiu que ainda há estudos que estão em curso, no entanto
adiantou que o projecto de exploração e primeira
transformação em Cepeda poderá "rondar os 400 milhões de
euros" e vai "criar 250 postos de trabalho directos". "O que
interessa é nós aqui, em Montalegre, acrescentarmos valor ao
produto", frisou. O projecto prevê, acrescentou, a construção de
uma unidade industrial para o processamento dos compostos
de lítio, que vai ser alimentada por energias renováveis. Ricardo
Pinheiro referiu ainda, que uma das prioridades é ajudar ao
regresso "de filhos da terra“, e que nesta área, não vão ser
criados aldeamentos mineiros. Ao invés, a ideia é ajudar na
reconstrução e revitalização das aldeias que estão na área da
concessão. O projecto é acompanhado de um "plano de
recuperação ambiental", que prevê uma reflorestação contínua
nos aterros que vão sendo feitos com a extracção do minério e
ainda financiar projectos de conservação da Reserva da
Biosfera Gerês-Xurés. A exploração em Cepeda vai ser feita a
"céu aberto", sem recurso a explosivos e com a utilização de
uma máquina, tipo uma fresadora agrícola, que vai ripando a
rocha. O geólogo António Silva, afirmou que o projecto está a
gerar muito interesse a nível da comunidade internacional, com
várias instituições científicas a quererem desenvolver ali
trabalhos em parceria. A concessão de exploração de lítio em
Cepeda chegou aos tribunais em 2017, depois de a Novo Lítio
ter entrado em litígio com a LusoRecursos. Nesse ano, o
Ministério da Economia esclareceu ter um contrato
"devidamente válido" com a empresa portuguesa para a
prospecção e pesquisa de lítio em Montalegre. O contrato de
prospecção e pesquisa foi assinado em 7 de Dezembro de 2012,
entre o Estado português e a Lusorecursos, tendo um período
inicial de dois anos e com a possibilidade de três prorrogações
anuais, até ao máximo de cinco anos. Já em Fevereiro deste ano, o
Tribunal da Relação de Guimarães confirmou a decisão de primeira
instância que rejeitou a providência cautelar apresentada pela
empresa australiana para ficar com a concessão da exploração de
lítio em Sepeda. À Lusa, Ricardo Pinheiro afirmou que a
"divergência com a Novo Lítio está sanada"."A Novo Lítio submeteu
um processo em tribunal, que perdeu, fez um recurso para a
Relação que perdeu também, por isso o assunto está complemente
resolvido. A Lusorecursos tem todas as condições, neste momento,
para avançar", frisou.
OUTUBRO 2018
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A BARROSÂNA
A BARROSÂNA 20
O CONCELHO EM NOTICIAS…
A Câmara de Montalegre vendeu, em hasta pública, um conjunto de
equipamentos e veículos usados que se encontravam imobilizados
nos estaleiros municipais. A sessão decorreu no salão nobre da
autarquia e contou com diversas licitações nos diferentes lotes que
renderam cerca 95 mil euros. Segundo nota divulgada no site do
município, em hasta pública estavam dezasseis lotes que incluíam
maquinas pesadas e respectivos equipamentos e ainda algumas
viaturas ligeiras. A base de licitação variava entre 50 e 15.500
euros. A sessão contou com muita participação e ficou marcada pela
concorrência de licitações. Orlando Alves, considerou que foi “um
leilão muito disputado e participado de forma leal”. Para além do
encaixe financeiro, foi também uma oportunidade de “movimentar
estes bens móveis que se encontravam inoperacionais nos
estaleiros municipais”. Segundo o autarca, trata-se de um processo
que terá continuidade, dada a existência de mais equipamentos que
não estão em uso, esperando que próximas hastas “tenham a
mesma aceitação”.
MUNICIPIO VENDE EM HASTA PÚBLICA
EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS EM “FIM DE VIDA”
OUTUBRO 2018
SANGUINHEDO
A ALDEIA QUE VOLTOU A TER VIDA
MAS AINDA EM LUTA CONTRA O TEMPO
Nesta aldeia, salvo as várias excepções de fim de semana,
ou de época de férias, já não vivia ninguém desde hà mais
de uma década. Actualmente e graças a um
empreendimento turístico na Quinta da Riba, é já ponto de
encontro de viajantes que ali se deslocam para
beneficiarem de uma variedade de actividades populares,
disponíveis na área em redor do alojamento, incluindo
caminhadas. A Quinta da Riba é uma propriedade que
providência passeios a cavalo, com um total de 10 cavalos
lusitanos e onde se promove a equitação.
Entre as várias comodidades desta propriedade estão um
jardim e um terraço, com acesso em toda a área de Wi-Fi
gratuito. Os quartos deste alojamento de turismo rural
estão equipados com um guarda-roupa e estão completos
com uma casa de banho partilhada.
Sanguinhedo e a Quinta da Riba, ficam a 41 kms de Braga e
o aeroporto mais próximo é o Francisco Sá Carneiro, a 76
km deste alojamento de turismo rural. Esta propriedade
também tem uma das localizações melhor pontuadas e os
hóspedes que por ali passam têm mostrado o seu agrado,
tendo em conta a boa relação preço/qualidade.
LADRUGÃES
NOVO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO ELÉCTRICA
A EDP Distribuição colocou em exploração um novo posto de
transformação, ao mesmo tempo que renovou a rede de baixa
tensão, na localidade de Ladrugães, freguesia de Reigoso. No
âmbito desta obra, foi colocado em serviço um novo posto de
transformação - que possui uma potência instalada de 100
KVA - onde foram construídos 400 metros de rede de média
tensão. A par disto, foi também efectuada a renovação da rede
de baixa tensão e iluminação pública, substituindo rede nua de
baixa secção, por um novo cabo troçada de secção adequada,
numa extensão de 300 metros. A obra visa assegurar a
melhoria da qualidade da energia fornecida e da iluminação
pública, assim como permite a obtenção de uma maior
flexibilidade na exploração da rede de baixa tensão,
possibilitando reconfigurações alternativas de alimentação e
garantindo a observância dos níveis de tensão regulamentares.
Fica também garantida reserva de potência para fazer face a
futuros aumentos de consumos, quer dos clientes existentes
quer de novos clientes. (Fonte:CMMontalegre)
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A BARROSÂNA
A BARROSÂNA 21
O CONCELHO EM NOTICIAS…
PELA ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE | SEMINÁRIO EM MONTALEGRE
OUTUBRO 2018
A Câmara de Montalegre, em parceria com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, promoveu no passado
dia 25 de Setembro, um seminário/colóquio subordinado ao tema, “CAMINHOS PARA A ERRADICAÇÃO DA
BRUCELOSE”. O evento teve lugar no Auditório Municipal, e ao longo das diversas intervenções, foram
apresentados os principais aspectos e resultados dos planos de erradicação desta doença, ao mesmo tempo que
foram discutidas as medidas a reforçar para o seu combate. A acção destinou-se a toda a comunidade em geral,
sobretudo aos produtores, médicos veterinários e outras entidades relacionadas com a área.
PRÓXIMA FEIRA DO FUMEIRO
JÁ TEM DATA MARCADA
A próxima Feira do Fumeiro de Montalegre já tem data
marcada. O evento decorrerá entre os dias 24 e 27 de Janeiro
do próximo ano. Trata-se da 28.ª edição e vai mais uma vez
ser uma "montra do mundo rural" com cerca de 70
produtores a exporem as mais de 50 toneladas de fumeiro e
um volume de negócios estimado de 2,5 milhões de euros.
Como de costume, para além do fumeiro, haverá ainda à
venda pão da região, bolos, folares, mel, compotas, ervas
aromáticas e medicinais e licores regionais. Até ao momento
da saída desta edição da “A Barrosana”, desconhece-se o
programa para esta edição.
III TRANSCÁVADO BTT-GPS
Uma das mais desafiantes provas de superação na
modalidade de BTT volta a ter o ponto de partida
na foz, em Esposende, percorrendo cerca de 150
km, até à Serra do Larouco, por terras de média e
alta altitude. Depois do inequívoco sucesso das
edições anteriores explorar ainda mais os trilhos
que ladeiam o Rio Cávado valorizando a sua ecovia
e a natureza no seu esplendor, no abraço a toda
região hidrográfica, são alguns dos objetivos de
mais uma edição, a qual também contempla um
incremento no número de inscrições.
O trajeto percorrerá as margens do Rio Cávado,
proporcionando aos atletas o desfrute das
majestosas paisagens de singular história e
estórias de um Rio de Alma e beleza natural,
aliando a prática desportiva ao deleite da Mãe
Natureza.
Associado a estes aspetos está a promoção dos
territórios atravessados pela prova, em parceria
com os municípios de Esposende, Barcelos, Braga,
Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso, Vieira do
Minho, Terras de Bouro e Montalegre, numa
dimensão supra municipal, criando um maior
envolvimento e união entre os municípios.
(Texto e imagem:Câmara Municipal de Montalegre)
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A BARROSÂNA
A BARROSÂNA 22
POLITICA LOCAL
A vóz do Presidente…
Por altura da realização do Congresso de Medicina Popular
de Vilar de Perdizes no pretérito mês de Setembro, em
entrevista ao jornal “A Voz de Chaves, Orlando Alves,
Presidente da Câmara de Montalegre, considerou que o
Congresso tem potencialidade de crescimento, assim como a
exploração do Parque da Peneda Gerês, tornando-se num
desafio para os jovens do concelho. Considerou também, que
as actuais competências das autarquias não estão ajustadas à
realidade dos tempos modernos, sobretudo, ao não
permitirem uma maior intervenção na dinamização
económica nos territórios. Dado o interesse para a região
nas suas palavras, transcreve-se na íntegra a dita entrevista,
com a ressalva dos devidos créditos para o referido jornal
A Voz de Chaves: Teremos neste fim de semana mais
uma edição do Congresso de Medicina Popular. É um
acontecimento marcante para o Barroso?
Orlando Alves: O Congresso continua a ser um momento
importante na vida cultural e social do Barroso. É uma
outra forma de apelar à presença das pessoas até nós, até
ao território, e, dessa forma, dar a conhecer o Barroso e
dinamizar-se também a economia. Continua a ser um
acontecimento que concita as atenções dos media, quanto
mais não seja para uma nota de rodapé. Estava em
período de férias e vi numa das televisões, que nem era o
canal generalista, a referência ao Congresso. Ultimamente
tem vindo a perder algum fôlego (não vale a pena
camuflar ou esconder, como infelizmente também algum
fulgor que tem diminuído também com a vitalidade do seu
autor que é o Padre Fontes, com os anos e com o problema
de saúde que tem), e peca por não haver, localmente,
quem agarre esta iniciativa. E é importante que as forças
vivas de Vilar de Perdizes apareçam, se mobilizem e
defendam esta causa para a qual, obviamente, a Câmara
Municipal está de braços abertos e dará todo o apoio.
O Congresso de Medicina Popular continua a ter
potencial de crescimento, com novas ideias,
nomeadamente, na vertente dos chás, tão em voga
hoje em dia?
Essa foi a vertente que o Congresso nunca soube explorar.
Ou melhor, essa é a lacuna ou o vazio que eu vejo no
Congresso. Há muitos anos que Vilar de Perdizes devia ser
um centro de medicina popular, com espaços para
atividade comercial dedicados aos chás, mezinhas e todas
as terapias associadas. Um centro de medicina popular
onde os profissionais desta atividade viessem dar as suas
consultas e atraíssem de todo o país as pessoas que estão
carentes deste tipo de tratamento. Essa foi a janela que se
abriu para Vilar de Perdizes e que lamentavelmente nunca
conseguiu exponenciar-se e perdeu-se uma oportunidade
para, digamos, a implementação do centro nacional de
cultura ou de medicina popular.
Acha que ainda vai a tempo?
Ainda vai a tempo se as pessoas de Vilar, obviamente,
quiserem, se as pessoas do Barroso quiserem, se
apostarem na produção e comercialização deste tipo de
mezinhas e de remédios. Convém não esquecer que Vilar
de Perdizes é um nome comercialmente muito forte.
Qualquer coisa que saia daqui com o rótulo de “Vilar de
Perdizes” tem, à partida, 60 ou 70% de hipóteses de
vingar no mercado global que é feroz e competitivo. E isso
depende, obviamente, muito da iniciativa privada e da
capacidade que cada ser, individualmente, possa criar e
desenvolver uma determinada ideia.
Existe agora a vantagem de a estrada que liga Vilar de
Perdizes a Chaves e a Montalegre já estar arranjada…
Sim, as barreiras estão a desfazer-se. A proximidade à grande cidade
de Chaves é já uma evidência, e a acessibilidade deixa de constituir
uma desculpa para a ineficiência ou ineficácia de todos nós.
Relacionado com a Medicina Popular, está também a natureza…
Considera que o concelho está a saber explorar este recurso
Natural, tal como o Parque da Peneda-Gerês?
O Parque da Peneda-Gerês é uma mola importantíssima para o
desenvolvimento das regiões que atravessa, dos cinco municípios que
atravessa, sendo que Montalegre tem 1/3 da área do Parque, e sendo
também que a área de Montalegre é a parte de ambiente natural e
rural mais marcadamente vincada. E é lamentável que nós, os nativos,
conheçamos muito pouco do Parque, e numa incursão que hoje
pudéssemos fazer iríamos encontrar muitos estrangeiros de mochila
às costas a calcorrear os trilhos que existem no Parque e a conviver
numa relação harmoniosa com a natureza. São estes exemplos que os
estrangeiros nos dão e que nós temos de saber assimilar e, digamos,
até replicar nas nossas vidas, no nosso quotidiano.
Aqui em Montalegre há associações que se dedicam à exploração
e divulgação desses percursos?
Não há infelizmente e é a mesma situação de Vilar de Perdizes. Não há
dinâmicas nascidas no interior do Parque que dêem uma dimensão
comercial ao potencial que o Parque encerra. Há na zona de Cabril um
jovem que se dedica a acompanhar turistas à serra, mas não o faz de
forma ligada a uma empresa que ele próprio construa ou desenvolva.
Ainda esta semana li uma reportagem num outro jornal acerca dos
Picos da Europa, onde há dezenas de empresas a encaminhar os
turistas que queiram perfazer os trilhos. Essa é a lacuna que existe
também no Parque e que também não cabe aos poderes públicos
implementar ou desenvolver. Não cabe à Câmara obrigar a ser guia
turístico, assim como não cabe à Câmara obrigar quem quer que seja a
ser médico, enfermeiro ou gerente de pastelaria. Estas oportunidades
existem e infelizmente não estão a ser agarradas. Estas questões do
Parque e do Congresso já têm dezenas de anos, e não vemos a nossa
juventude, com todo o enriquecimento e valorização que hoje tem e
onde genericamente todos têm já uma formatura ou um curso
superior, não se vê uma ideia luminosa a ser implementada, a ser
estruturada para que possa naturalmente ser apoiada. A pé ou até a
cavalo, há um potencial enorme por explorar e que cabe aos jovens
que querem fazer a sua vida no território desenvolver. E a esses jovens
eu digo: agarrem essas oportunidades, apresentem essa ideia,
estruturem esse projeto, e venham à Câmara, que a Câmara apoia.
Com a descentralização que está em curso, não terão as
autarquias um maior poder de intervenção na dinamização
económica?
A descentralização tal como foi apresentada, no meu ponto de vista,
quase se assemelha a um descartar de responsabilidades por parte da
administração central. A própria legislação que foi produzida veio aos
bochechos, ao ponto de se ter apontado a data de 15 de setembro para
que os municípios se pronunciassem, e agora essa data já vai até ao
final do ano e tudo isto representa um agarrar deste desígnio com
pouco entusiasmo e com muita descrença. Descentralizar
responsabilidades sem que sejam acompanhadas das correspondentes
contrapartidas financeiras não é uma atuação simpática. E o município
de Montalegre, que já fez uma primeira assunção de responsabilidades
(Continua na página seguinte)
OUTUBRO 2018
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A BARROSÂNA
A BARROSÂNA 23
A FORÇA DA MUDANÇA
INSURGIU-SE CONTRA O FESTIVAL
“FORA DO TEMPO”
POLITICA LOCAL
na área da educação, ficou a perder com o protocolo que foi na
altura assinado com o Ministério da Educação. Estamos todos
com receio que as coisas não venham a representar a necessária
eficácia e que, sobretudo, se traduzam em mais encargos para
os municípios.
As autarquias só aceitam se quiserem?
Não, a partir de 2020 é obrigatório. Agora ainda temos o prazo
de um ano para dizer que aceitamos ou não. Depois passa a ser
obrigatório. E obviamente que esta não é uma relação escorreita
entre a administração central e a administração local. Continuo
a defender uma regionalização, uma entidade regional que faça
a ligação aos sucessivos ministérios. Não quer dizer que tenha
de ser um Governo Regional. Tem é de haver entidades
regionais que estejam neste caminho, neste imenso vazio que há
entre o Governo e as autarquias, e que de permeio não existe
mais nada. E continuo sobretudo a dizer que há que alterar o
figurino de atuação das autarquias. Estas continuam a navegar
na mesma onda saída da Revolução de 1974.
Como assim?
As competências são sempre as mesmas. E, respondendo de
forma mais concreta à questão há pouco colocada, não podemos
dinamizar a atividade produtiva local, não podemos promover
apoios para entidades ou setores que sejam dinamizadores da
vida económica de um território e que sejam geradores de
emprego. Continuamos a não ter meios para poder fazer aquilo
que se impõe que já devia ter sido feito há muito tempo que é o
cadastro da propriedade rústica e o dimensionamento da
propriedade. Continuamos a não poder, por exemplo, intervir
no setor empresarial local, em empresas em que a Câmara seja
participada como, por exemplo, o matadouro, que apresenta
momentos difíceis. São 30 postos de trabalho que estão em
risco. São 30 famílias que vivem aqui e que de um dia para o
outro poderão ter de ir embora porque a Câmara não pode
intervir, não pode substituir um vidro no matadouro, por
exemplo. Esse figurino de atuação que tire as Câmaras do
circuito do obreirismo, do faz calceta, faz arruamento, faz
estrada, mete água e saneamento, esse figurino está
ultrapassado até porque as nossas terras hoje estão
razoavelmente infraestruturadas e o orçamento da Câmara
deveria estar a ser canalizado para outros patamares, para
outros voos dinamizadores da atividade económica. Portanto, a
descentralização será um fiasco. Representará, sobretudo, a
assunção de mais encargos por parte das autarquias que vão
deixar depois de ter orçamento para continuar com o
obreirismo, que eu condeno. Por sua vez, o figurino de
privilegiar essencialmente o faz infraestrutura, já faz pouco
sentido prevalecer no século XXI porquanto hoje a uma Câmara
deve caber um papel mais interventivo na dinamização
territorial.
Paulo Chaves
(Continuação…)
OUTUBRO 2018
Em reunião de Câmara e segundo nota divulgada pelos seus
canais de comunicação, a “A Força da Mudança”, Coligação
concorrente às últimas Eleições Autárquicas, solicitou a
“intervenção dos serviços municipais para punir a
organização do Festival Fora do Tempo pelo incumprimento
das leis ambientais, depois de terem deixado as margens da
barragem dos Pisões, na Lama da Missa, cheias de lixo”.
Entende a dita Coligação, “que ainda que o Festival traga
alguns benefícios para o concelho, não podemos permitir que
a legislação ambiental e a lei do ruído sejam desrespeitadas
de forma grosseira”. Contra tal solicitação se manifestou o
Presidente Orlando Alves, argumentando que “se percebe bem
a posição dos senhores Vereadores da Oposição, mas não se lhe
consta - disse, “que o Meo Sudoeste, Paredes de Coura, Rock in
Rio e outros festivais de verão, tragam tanta celeuma, como a
que a Oposição quis levantar. O dito festival – argumenta o
Presidente, “é uma iniciativa importante, um acontecimento que
já ia no segundo ano, que cresceu e se expandiu bastante,
podendo vir a tornar-se o gérmen de um evento à escala
mundial. Deste modo, alegou que este executivo não alinhava
com quem quer politizar tudo. Referiu ainda, que “estamos
gratos a quem faz este tipo de iniciativas, acarinhamos quem
vem ao nosso território e a quem promove o nosso concelho”.
Admitiu que tenha havido perturbação de algum sossego nos
dias do festival, mas isso acontece em todo o lado onde há
gente, acontece na Vila e nos dias de festa – referiu. Acontece
onde se realizam outros festivais. Este é um grande
acontecimento, continuou a explicar o Presidente, que traz muita
gente e gera milhares de euros de retorno para o concelho.
APOIOS ÀS COLECTIVIDADES DESPORTIVAS
Também em reunião de Câmara, a dita “A Força da Mudança”
votou a favor dos apoios anuais a conceder ao GD de Vilar de
Perdizes, ao GD de Salto e à Academia Abelhas Azuis, por
entender, serem instituições que verdadeiramente fomentam
a prática do desporto no nosso concelho. Em sentido
contrário, não apoiaram a proposta do Executivo no propósito
de conceder ao Centro Desportivo e Cultural de Montalegre,
apoios semelhantes, porque segundo a Coligação,
“dificilmente se pode dizer que este Clube está a fomentar a
prática do desporto”. Para a “A Força da Mudança”, não se trata
de não concordar com os apoios ao C.D.C. de Montalegre!...
Argumentam isso sim que têm dúvidas, realçando que
gostaríam que o Clube tivesse mais atletas do concelho, nem
que competisse num escalão inferior –deixando um alerta
para o futuro.
TAXAS DO IMI
Já em relação às taxas de IMI para 2019, os Vereadores da
Oposição tiveram opiniões divergentes mesmo entre si. O
Vereador José de Moura Rodrigues votou favoravelmente a
proposta da maioria socialista, enquanto isso, o Vereador
Carvalho de Moura absteve-se. Segundo este, as taxas
propostas pela maioria socialista, “são as mínimas que
legalmente podiam ser fixadas, facto que disse ter
considerado positivo; mas por outro lado argumentou que a
mesma a maioria socialista não tenha sido capaz de
explicar como é que estava a pensar por em prática os
agravamentos e reduções de taxas da sua proposta,
nomeadamente nos casos de prédios degradados,
devolutos e em ruínas, facto que pesou negativamente no
seu voto.
NOTA: parainformação mais detalhada, consultar actas das
reuniões de Câmara, disponibilizadas publicamente no site do
Municipio, em: https://www.cm-montalegre.pt/
3
A BARROSÂNA
A BARROSÂNA 24 OUTUBRO 2018
MUNICIPIO RENOVA APOIO NA FORMAÇÃO DESPORTIVA
POLITICA LOCAL
Em sessão informal, a Câmara de Montalegre assinou um conjunto de protocolos com os clubes do concelho - tal
como em anos anteriores - com vista à presente temporada desportiva. São cerca de 250 mil euros dirigidos para
a formação de atletas nas mais diversas categorias. Após a sessão, ficam para registo e memória futura, aa
palavras do Presidente Orlando Alves e dos representantes das agremiações desportivas presentes:
Orlando Alves|Presidente da Câmara
«Está formalizado o contrato de financiamento dos clubes para a nova
temporada que se inicia no mês de setembro até ao mês de maio do
próximo ano. Importa dizer que estamos a falar de apoios substanciais
às quatro coletividades do concelho, que se empenham e fazem um
excelente trabalho na formação e no entretenimento. Louvo as
direções dos clubes que se prestam a desenvolver este trabalho de
sentido cívico e de um exemplar modelo de cidadania. No distrito de
Vila Real, a Câmara de Montalegre é a autarquia que mais gasta no
apoio aos clubes. São cerca de 250 mil euros por ano. Sabemos que é
pouco, mas ninguém dá mais do que o nosso município. Tenho a
consciência do grande esforço dos dirigentes para manterem o
funcionamento das coletividades, mas importa referir que os clubes
são dos sócios e não da autarquia. Não podem continuar a ser
financiados, quase na íntegra, pelo orçamento municipal. Uma
coletividade que não desenvolva atividades ao longo do ano para a
angariação de fundos, não está a dinamizar a formação cívica e
cultural. Devem aproveitar os eventos e festas locais. Temos, também,
eventos como a "Sexta 13" e o Mundial de Rallycross que podem ser
aproveitados para a angariação de fundos e não vejo ninguém a fazê-
lo. São comerciantes de fora do concelho que aproveitam essas
oportunidades. Para os clubes, atletas, associados e dirigentes, desejo
uma época coroada de êxitos, onde prevaleça a educação e onde a
sociabilização entre claques e equipas seja uma constante todos os
dias».
Paulo Viage|Presidente do C.
D.C. de Montalegre
«Este apoio é essencial para o nosso clube
permanecer na competição em que estamos
inseridos. Seria impossível sem o apoio do
município. É com muito agrado e satisfação
que recebemos este financiamento. Só para
terem uma ideia, só nos jogos que
organizamos no nosso estádio temos uma
despesa que ronda os 17 mil euros anuais. São
mil euros por cada partida que se joga em
casa. Só nós sabemos as nossas dificuldades,
dado o escalão desportivo onde nos
mantemos. Queremos continuar a levar o
nosso clube e a nossa região pelo país fora».
Jorge Carvalho|Presidente do
G.D. de Salto
«É um apoio muito importante e sem este
financiamento era impossível mantermos
cinco equipas ativas. A verba é utilizada em
todas as equipas do grupo. Exige que
sejamos rigorosos na gestão e na utilização
que é praticamente igual de ano para ano».
MárcioRodrigues|Presidente
do G.D. de Vilar de Perdizes
circunstâncias geográficas das nossas
equipas. Os patrocínios e os sócios são
cada vez menos. Há cada vez menos
pessoas. O nosso município apoia muito o
desporto e nós tentamos corresponder da
melhor maneira, dignificando o nosso
nome. Neste momento temos sete equipas
no ativo».
Paula Solange Silva|Academia de Futebol e
Futsal Abelhas Azuis
«Somos uma academia que forma jovens para o desporto e precisamos
de contar com todos os apoios possíveis. É uma ajuda essencial para
todos os nossos escalões. Temos cerca de 100 atletas. É uma verba
utilizada nos transportes, alimentação, equipamentos, que são
constantemente atualizados. Agradecemos que o público venha assistir
aos nossos eventos desportivos. Queremos a participação dos nossos
jovens. Eles são o futuro e queremos que estejam muito bem
preparados. Investir na formação desportiva é, sem dúvida, uma boa
aposta».
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  • 1. A BARROSÂNA | Setembro | 2018 3 A BARROSÂNA A Ano I Mensal Contacto: dvazchaves@hotmail.com Fundador: Domingos Chaves EDIÇÃO 12–OUTUBRO 2018 A BARROSÂNA Revista mensal das terras altas do Barroso A informação “terra a terra” Descobrir as Terras do Barrosoo é descobrir apaisagem diversa de miradouros, com vistas de cortar a respiração… A “Grande Rota”… A norte há uma “porta para o paraíso”… Viva a República… 5 de Outubro 1910
  • 2. OS DESTAQUES… O FAROL DO BARROSO EDITORIAL O CONCELHO EM NOTICIAS A GRANDE ROTA COMUNIDADES POLITICA LOCAL O PAÍS GLOBAL A ENTREVISTA A REPÚBLICA-5 OUTUBROBARROSÕES ILUSTRES EDIÇÃO NÚMERO 12 FichaTécnica Periodicidade MENSAL Data Outubro 2018 Coordenação Domingos Chaves Textosda Edição Domingos Chaves; Marie Oliveira, Arménio Santos, Carlos Tomás, Fernando Botelho Gomes; Isabel Tavares, Carlos Fragateiro, Raquel Costa, José Alves, Jorge Martins, Catarina Pereira, António Lourenço Fontes e Gabinete de Imprensa da C.M. Montalegre Fotografia Domingos Chaves, C.M. Montalegre, José Alves, Fernando D. C. Ribeiro, Mauro Fernandes Heléne Martins, Raquel Costa e Portal Google ISBN 152281/2017 Execução Domingos Chaves Contacto dvazchaves@hotmail.com REVISTAONLINE https://a-barrosana.webnode.pt/ A BARROSÂNA OUTUBRO 20182 A BARROSÂNA 7 6 11 15 22 26 32 46 47 4
  • 3. A BARROSÂNA 3 A BARROSÂNA 3 Terras de Barroso O turismo tem vindo a ganhar espaço crescente nas estratégias de desenvolvimento dos territórios. Contudo, para que possa constituir-se num instrumento de desenvolvimento, torna-se necessário – para além das muitas exigências ao nível das infra- estruturas, equilíbrio ambiental e valorização do património – fazer um esforço no sentido de criar produtos turísticos inovadores e diversificados. Situada lá bem no norte de Portugal - em Trás-os-Montes, ficam as Terras do Barroso e a “capital da república” Montalegre, as quais fazendo fronteira a norte com a Galiza espanhola, com os “vizinhos” Chaves, Cabeceiras de Basto, Vieira do Minho, Terras de Bouro e cada vez mais beneficiada por facilidades de acesso através da A52 espanhola, N103, A24 e agora também pela M508, aliadas à sua proximidade com Espanha, permitem colocar a região num plano privilegiado do mercado turístico receptor português. No que se refere às potencialidades da região, a envolvência natural confere-lhe uma riqueza e variedade paisagística e uma enorme diversidade de fauna e flora características, que permitem o desenvolvimento de um turismo activo. O seu património histórico-cultural que se encontra disperso por toda a região, sendo constituído por uma enorme diversidade que abrange testemunhos arqueológicos - megalíticos, romanos, medievais -, passa pelas edificações de carácter religioso - igrejas, capelas, cruzeiros, e monumentos destinados à defesa – castelos e castros, entre outros. As manifestações populares atraem também um número cada vez maior de pessoas e ocupam já um lugar de destaque, fazendo as romarias e as festas, maioritariamente religiosas, parte da sua oferta cultural. O artesanato é outra das actividades de carácter popular em expansão e que mais atrai o turista. Os produtos regionais enriquecem a oferta local ao associarem a gastronomia, outro ponto forte da região, para o qual contribuiem fundamentalmente a posta e o cozido barrosão bem como o cabrito, componentes turísticas de grande importância para a região. Muitos dos produtos, porque possuem características únicas, estão certificados, como é o caso do mel, da carne barrosã, agora também do vinho, e como não podia deixar de ser, do famoso fumeiro barrosão, actividades muito enraizadas social e culturalmente na região. A oferta de alojamento turístico, fulcral para o seu desenvolvimento, é disponibilizada em unidades de turismo rural, assim como por hotéis, pensões, estalagens e residenciais, consideradas pelos visitantes como de qualidade. São pois todas estas características, que fazem da região do Barroso um local maravilhoso e apelativo. OUTUBRO 2018 AS POTENCIALIDADES DA REGIÃO A norte há uma “porta para o paraíso”…
  • 4. A BARROSÂNA 3 A BARROSÂNA 4 Terras de Barroso Do planalto barrosão, a nordeste da capital do Barroso, sobressai o espigão de uma serra que no Outono é escura e ameaçadora, no Inverno é branca, na Primavera verde e no Verão garrida. É a serra do Larouco, cuja altitude máxima atinge os 1527 metros acima do nível do mar. Está disposta na direcção norte/sul, atravessando a fronteira e prolongando-se para terras da Galiza, com um comprimento de cerca de 10 quilómetros. Chega-se lá, partindo de Montalegre pela estrada que vai para Vilar de Perdizes, que depois se deixa na direcção de Padornelos. Daqui, toma-se a estrada de Sendim e do antigo posto fronteiriço, cuja estrada se deixa para a direita, na direcção da pendente ocidental da serra. Até aqui a estrada é pouco pronunciada, a partir de então começa a subir, mas é de fácil acesso, dado terem ali ocorrido obras de beneficiação há muito pouco tempo. O panorama imenso que daqui se avista, consoante se vai subindo, compensa o esforço da subida, seja ela feita a pé, de automóvel, ou através de qualquer outro meio. A zona do topo, próxima já da raia, é conhecida por Fonte da Pipa. Trata-se de um planalto a cerca de 1500 metros de altitude, que no Inverno e na Primavera está sempre bastante molhado, por reter as águas pluviais. Um pouco mais abaixo, na encosta poente da serra, com esta água começa a formar-se o rio Cávado. Aos 1527 metros de aItitude, num plateau rochoso, está um marco geodésico, de onde o panorama é fabuloso. Avista-se todo o Barroso, o Alto Tâmega e o Gerês, como se fossem vistos de avião. O seu nome provem do Deus Celta Larauco, que originou também Larouco - Município espanhol que integra a província de Ourense. (Continua na página seguinte) OUTUBRO 2018 SERRA DO LAROUCO O grande farol das Terras do Barroso…
  • 5. A BARROSÂNA 3 A BARROSÂNA 5 Terras de BarrosoIntegra-se no sistema montanhoso da Peneda/Gerês e serve de fronteira entre o distrito de Vila Real e a Galiza espanhola. Nesta grande massa granítica distinguem-se, na vertente poente, manchas de xisto metamorfizado que originam encostas abruptas onde aves de rapina, como a águia-de-asa-redonda ocupam o território. A Serra do Larouco apresenta, ainda, uma vegetação em função da altitude, constituída nomeadamente por matos de urzes, sargaços e giestas, e algumas pastagens que se situam junto a cursos de água segundo a antiquíssima técnica dos prados de lima. Nas suas vertentes constatam- se campos de cultivo e algumas manchas de mata climática, como sejam o carvalho-alvarinho, o carvalho- negral e o vidoeiro. Os aglomerados urbanos de que são exemplo, as freguesias de Gralhas e de Santo André, estão rodeados por campos outrora intensamente trabalhados. Para além do Cávado, que como se disse tem aqui origem, também por aqui nasce o Rio Salas. Um e outro sulcam as encostas desta serra e a “galeria ripícola” é o habitat de inúmeras espécies de fauna e flora. Por debaixo da protecção fornecida pela vegetação típica das linhas de água, persistem ainda mamíferos como o lobo, a raposa, o corço, o javali, a par de répteis como o lagarto-de-água, a cobra-bordalesa e o sapo-parteiro. SERRA DO LAROUCO À serra chamavam os romanos Monte Ladiço. Nas suas encostas foi colocada na Idade Média uma atalaia, que mais tarde se transformou em castelo, dividindo inicialmente as dioceses de Braga e Lugo, e depois, Portugal da Galiza. O grande farol das Terras do Barroso… SERRA DO LAROUCO No caso do Salas, trata-se de um rio internacional que nasce já em território galego, na vertente norte da Serra, concelho de Baltar. Atravessa o território do antigo Couto Misto e o extremo norte da freguesia raiana de Tourém, do concelho de Montalegre e tem a sua foz no rio Lima, ainda em território espanhol. na povoação galega de Lobios. A historiografia galaica, diz que no cimo do Larouco havia há dois mil anos, um templo a Júpiter. Arqueólogos da região raiana, de ambos os lados da fronteira, apoiados por populares, têm feito nos últimos anos, no verão, réplicas das festas pagãs que havia outrora. À serra chamavam os romanos Monte Ladiço. Nas suas encostas foi colocada na Idade Média uma atalaia, que mais tarde se transformou em castelo, dividindo inicialmente as dioceses de Braga e Lugo e depois Portugal da Galiza. (Continuação) OUTUBRO 2018
  • 6. A BARROSÂNA 3 A BARROSÂNA 6 Dentro de dois anos, vai poder percorrer-se o Parque Nacional da Peneda-Gerês a pé de uma extremidade à outra. Basta que se tenha energia e tempo para isso, claro está. O projecto em questão, chamado “Grande Rota”, está em processo de implementação e vai unir vários trilhos deste parque natural para formar um principal, de acesso pedonal. O plano provisório foi apresentado fáz um ano e prevê um trilho que se estende ao longo de 200 quilómetros e de 18 localidades, entre Inverneira da Ameijoeira, em Melgaço - o início da rota - e Tourém, já no concelho de Montalegre como meta. Esta reorganização tem como objectivos, dinamizar o turismo no Parque Nacional da Peneda-Gerês, nomeadamente um aumento anual de 5000 visitantes e uma subida A “Grande Rota”… ENTRE A PAISAGEM E O PATRIMÓNIO HISTÓRICO… Descobrir as Terras doBarrosoo édescobrir a paisagem diversa demiradouros comvistas de cortar arespiração, arquitectura religiosa abundante eprofundas marcas dahistória… OUTUBRO 2018 Diz-se que por aqui não “passou Cristo”!... Mas também não foi preciso, tamanha é a beleza desta zona que teima em resistir aos atentados contra a natureza. Trata-se da “Grande Rota”, uma junção de vários trilhos pedonais do Parque Nacional da Peneda-Gerês num principal, que se vai estender ao longo de 200 quilómetros, ligando as extremidades do território e visando um aumento de 5000 visitantes por ano. de 2,5% no número de dormidas no alojamento deste Parque, segundo dados que constam no plano provisório. A iniciativa, que tem um orçamento de 300 mil euros, é financiada pelo Norte 2020 - Programa Operacional Regional do Norte, e responsabilidade da Adere Peneda-Gerês -Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda Gerês -, e pretende também chamar a atenção de visitantes estrangeiros, ou não fosse o nosso país estar a atravessar um pico de procura turística. Para esse efeito, será criado brevemente um site promocional desta nova Grande Rota. Além disso, visa aumentar a segurança dos seus visitantes com este trilho principal, e diminuir o número de pessoas que se perdem dentro do Parque. A Adere Peneda-Gerês já frisou que as obras de requalificação vão começar em breve e que não irá afectar, de qualquer forma, a sustentabilidade ambiental deste território. Prevê-se que o plano que vai revigorar o Parque Natural, que inclui ainda o melhoramento da cobertura móvel e o restauro de áreas ardidas, esteja terminado dentro de dois anos.
  • 7. A BARROSÂNA EDITORIAL Por: Domingos Chaves A BARROSÂNA 7 Foi a 5 de Outubro de 1910 que finalmente terminou o poder vitalício e hereditário. Exactamente há 108 anos, quando às 12H00 deste dia, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, foi proclamada e aclamada a República, perante o júbilo de milhares de cidadãos. República que aboliu os privilégios e os títulos da nobreza; que à hereditariedade fez suceder o escrutínio do voto; que aos registos paroquiais, consagrou o Registo Civil obrigatório; que ao direito divino, fez prevalecer a vontade popular; que à indissolubilidade do matrimónio, permitiu o direito ao divórcio; que à conivência entre o trono e o altar, estabeleceu a separação da Igreja e do Estado; e que aos súbditos, transformou em cidadãos de pleno direito. Foram os heróis da Rotunda que libertaram Portugal da monarquia e da ditadura a que João Franco imprimiu a crueldade e o rei a cumplicidade. Para o efeito a Franco-Maçonaria divulgou os ideais repúblicanos e a Carbonária foi o braço armado para a sua vitória. Cândido dos Reis, Machado dos Santos, Magalhães Lima, António José de Almeida, Teófilo Braga, Basílio Teles, Eusébio Leão, Cupertino Ribeiro, José Relvas, Afonso Costa, João Chagas e Miguel Bombarda, foram os mais destacados desses heróis que prepararam e fizeram a Revolução. É por tudo isto, que agora se celebra-se neste 5 de Outubro, o dia em que se exige ser cidadão e se recusa ser vassalo. Merecem-no os seus heróis que nos deixaram o legado, e merecem-no todos aqueles que amam e prezam os que servem honradamente a República. Viva o 5 de Outubro Viva a República… Viva a República… OUTUBRO 2018
  • 8. A BARROSÂNA SOCIEDADE… A BARROSÂNA 8 Governo dá mais esclarecimentos sobre o tema OUTUBRO 2018 Sete diplomas aprovados pelo Governo, permitem aos Municípios ter novas competências que vão da prevenção da violência doméstica à limpeza de praias fluviais e à autorização de rifas e concursos De acordo com o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que tutela as autarquias, parte dos diplomas sectoriais de transferência de competências para os Municípios refere-se às áreas da Justiça, Policiamento de Proximidade, Jogos de Fortuna e de Azar e Gestão de Praias Parítimas Fluviais inseridas no domínio público hídrico do Estado. Na Justiça, os Municípios e entidades Intermunicipais, deverão receber competências nas áreas da reinserção social de jovens e adultos, da prevenção e combate à violência doméstica, do apoio às vítimas de crimes e na rede dos julgados de paz. Ainda segundo o Governo, os Municípios terão competência de definir o modelo estratégico que pretendem implementar ao nível do policiamento de proximidade. A autorização da exploração de jogos de fortuna ou azar, competências que cabiam aos Governos Civis antes de serem extintos, são agora competência dos municípios, que também têm de autorizar rifas, tômbolas, sorteios, concursos publicitários, concursos de conhecimentos e passatempos. Por outro lado, aos municípios caberá também fazer a gestão sobre as praias marítimas e sobre as praias fluviais e lacustres integradas no domínio público hídrico do Estado. Descentralização LUCILIA GAGO É A NOVA PROCURADORA 10% DOS MUNICIPIOS REJEITARAM DESCENTRALIZAÇÃO EM 2019 Pelo menos 30 Municípios, de Norte a Sul do País, rejeitaram a transferência de competências em 2019. Foram 24 Municípios da CDU, Porto do Independente Rui Moreira, Maia, Santa Maria da Feira e Espinho, todos do PSD, e Vila do Conde e Redondo, ambos independentes. Todos deliberaram rejeitar a transferência de competências já no próximo ano e do facto deram conhecimento à Direcção-Geral das Autarquias Locais, conforme determina a lei-quadro da descentralização. Lucilia Gago, é a nova Procuradora Geral da República. É especialista em Direito da Família e foi nomeada por Marcelo Rebelo de Sousa, de acordo com nota publicada no site da Presidência da República. Sem surpresa, está assim encontrada a substituta de Joana Marques Vidal por proposta do Primeiro-Ministro António Costa. O Presidente da República justifica a escolha com a defesa da “limitação de mandatos, em homenagem à vitalidade da Democracia, à afirmação da credibilidade das Instituições e à renovação de pessoas e estilos, ao serviço dos mesmos valores e princípios”. As razões de António Costa O Presidente da República fez ainda questão de publicitar no site da Presidência uma carta que o Primeiro-Ministro enviou com a proposta de Lucília Gago, com a data de 20 de Setembro. Carta, onde constam as razões que levaram António Costa a propor o nome daquela magistrada do Ministério Público. As palavras-chave dessa missiva, não deixaram dúvidas: “Continuidade”, “Autonomia”, “Separação e interdependência de poderes”, e “Mandato longo e único”. Enquanto Rui Rio apoiou o Governo na decisão de propor a nomeação de uma nova PGR e aceite pelo Presidente da República, o ex-Primeiro- Ministro Pedro Passos Coelho, não perdeu a oportunidade para face a tal decisão , dar umas “bicadas” em Marcelo Rebelo de Sousa e no Primeiro- Ministro, ao argumentar em artigo de opinião “que faltou decência para assumir com transparência os motivos que levaram à substituição de Joana Marques Vidal”. "Nestes anos de mandato, que a Constituição determina poder ser renovável – argumenta ainda Passos Coelho - entendeu quem pode, que a senhora procuradora deveria ser substituída”. O ex-Primeiro-Ministro do PSD, que propôs em 2012 a nomeação de Joana Marques Vidal para o cargo, refere ainda que se preferiu a "falácia da defesa de um mandato único e longo para justificar a decisão". Refira-se a este propósito, que a dupla confiança do Governo e do PR, pôs assim termo à guerrilha da direita que a doutora Cristas e os sectores radicais do PSD ligados a Passos Coelho e Marques Mendes se esforçaram por partidarizar. Felizmente e a “bem da nação”, que a Pátria, a democracia e a isenção partidária prescindiram da inédita recondução, sem qualquer sobressalto. PASSOS COELHO “ATIRA-SE” A COSTA E MARCELO
  • 9. A BARROSÂNA SOCIEDADE… A BARROSÂNA 9 MINISTRO DA DEFESA RECUSA SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO Azeredo Lopes afasta discussão sobre Serviço Militar Obrigatório e anunciou medidas para que a carreira militar se torne mais atractiva, sustentando que "não está no horizonte próximo" qualquer discussão sobre a reintrodução do Serviço Militar Obrigatório. "Desde o início do mandato que eu tenho vindo a afirmar que a questão do SMO não se coloca para o Governo que eu integro e não integra o programa do Governo", referiu Azeredo Lopes. O novo regime de incentivos, em preparação desde o início do ano, alargará o número de entidades públicas com uma "quota" para o recrutamento de ex-militares e visa maior qualificação, certificação da formação e a integração profissional dos cidadãos que optem pela vida militar. O Ministério da Defesa espera ter concluído até ao final do mandato o projecto para a introdução do "Referencial da Educação para a Segurança, Defesa e a Paz" nos projectos educativos nos vários níveis de ensino a nível nacional. VISTOS GOLD|SENTENÇA ADIADA PARA 2019 PORTAGENS | NOVA CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS ENTRA EM VIGOR A 1 DE JANEIRO A partir de 1 de janeiro do próximo ano, pagam a tarifa de portagem relativa à classe 1, desde que usem o sistema de pagamento automático, os veículos ligeiros de passageiros e mistos, com dois eixos, peso bruto superior a 2300 kg e igual ou inferior a 3500 kg, com lotação igual ou superior a cinco lugares e uma altura, medida à vertical do primeiro eixo do veículo, igual ou superior a 1,10 m e inferior a 1,30 m, desde que não apresentem tracção às quatro rodas permanente ou inserível. O ajuste das classes vinha a ser reivindicado pelo sector automóvel. Com o modelo actual de portagens, as viaturas com mais de 1,10 metros de altura, eram incluídas na classe dois. A partir de Janeiro, sê-lo-à na classe 1. OUTUBRO 2018 A leitura do Acórdão do julgamento do processo Vistos Gold, que envolve, entre outros arguidos, o ex-Ministro da Administração Interna Miguel Macedo, foi adiada para 17 de Maio de 2019. Nas alegações finais do julgamento, realizadas antes das férias judiciais de verão, o Ministério Público pediu a condenação do ex-Presidente do Instituto dos Registos e Notariado António Figueiredo a uma pena até oito anos de prisão e a sua suspensão de funções públicas por um período de dois a três anos. Para os restantes arguidos, incluindo o ex-Ministro da Administração Interna Miguel Macedo e a antiga Secretária-Geral do Ministério da Justiça Maria Antónia Anes, o Procurador José Niza pediu que fossem condenados a uma pena única não superior a cinco anos de prisão, admitindo que a mesma possa ser suspensa na execução, à excepção do empresário Jaime Gomes, para quem pediu prisão efectiva. A posição do Ministério Público, mereceu muitas críticas dos advogados de defesa que pediram a absolvição dos seus constituintes. O processo Vistos ‘Gold que tem 21 arguidos -17 pessoas singulares e quatro empresas, prende-se com a alegada prática dos crimes de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder, tráfico de influências e branqueamento de capitais. MAIORIA DOS INCÊNDIOS DE 2018 DEVE-SE A QUEIMADAS Apesar da gravidade dos incêndios que deflagraram em Portugal continental, 2018 é dos anos com menor área ardida. Os números são do Relatório Provisório de Incêndios Rurais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas –ICNF. Segundo o relatório, houve 7670 incêndios rurais que resultaram num total de 34 791 hectares de área ardida. Comparando os valores do ano de 2018 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 40% de incêndios rurais e menos 49% de área ardida relativamente à media anual do período. O ano de 2018 apresenta, até final de Agosto, o segundo valor mais reduzido em número de ocorrências e o quinto valor mais reduzido de área ardida, desde 2008. Do total de 7670 incêndios rurais verificados no ano de 2018, 4850 foram investigados e têm o processo de averiguação de causas concluído. Até à data, as causas mais frequentes em 2018 são as queimadas - 66% - e incendiarismo imputável 14% – apesar de não se explicitar que tipo de incendiarismo é este.
  • 10. A BARROSÂNA SOCIEDADE… A BARROSÂNA 10 Os trágicos episódios de violência sobre as mulheres num quadro de violência doméstica não param. São já mais de vinte, as vitimas no corrente ano. Há porém que dizer, que o mundo da violência doméstica é bem mais denso e grave do que a realidade que conhecemos. Ou seja, aquilo que se conhece, apesar de recorrentemente termos notícias de casos extremos, é "apenas" a parte que fica visível de um mundo escuro que esconde muitas mais situações que diariamente ocorrem numa casa perto de si. É preciso por isso denunciá-las e exigir uma legislação condizente com a barbárie a que se vem assistindo. Foi publicado em Diário da República, o Regime Juridico do Maior Acompanhado. Esta legislação substituirá depois de entrar em vigor, dentro de seis meses, os regimes de interdição e de inabilitação. Dado o volume de problemas e obstáculos não está tudo resolvido mas trata-se de um passo importante na melhoria das condições de vida das pessoas com deficiência, mas não só, e no cumprimento dos seus direitos sociais e individuais. Neste sentido é fundamental que se garanta o seu direito à independência, autonomia e auto-determinação que sustentem vidas com dignidade. APARIÇÕES DE FÁTIMA EM NOVA VERSÃO OUTUBRO 2018 A INDOMESTICÁVEL VIOLÊNCIA DOMÉSTICA DEFICIÊNCIA E DIREITOS Domingos Chaves A maioria das denúncias que estão a ser feitas sobre os abusos sexuais nos Estados Unidos, na Australia, na Irlanda, na América Latina e noutras partes do globo – alguns até bem próximos de nós, remontam há cer- NÃO SOU FARISEU… ca de 60, 70 ou 80 anos. Além destes, há obviamente outros bem mais recentes, que infelizmente continuam a persistir!... E sendo assim, a denúncia destes crimes hediondos não podem “cair em saco rôto”. Pede-se por isso que a Justiça funcione sem piedade ou delongas e castigue severamente os infractores de tais crimes, que não só deixam cicatrizes para sempre nas vítimas, como carregam o seu sofrimento para toda a vida. Porém, há que dizer também, que algumas destas situações estão a ser muito bem aproveitadas, para que os anticlericais primários e os desencantados ou amargurados da vida, cuspam o seu ódio doentio e a sua vingança rasca sobre a Igreja Católica e particularmente, os sacerdotes. E chegados aqui, convirá por isso afirmar, que “nem só de mal vive o homem”!... Há que lembrar também, o muito que faz a Igreja Católica e particularmente, os padres, os religiosos e religiosas que por esse mundo fora salvam todos os dias crianças, idosos e tantos excluídos do sistema louco capitalista que inventamos - produzir, consumir e descartar, tudo à conta de mais pobreza e exclusão social. São milhões de pessoas que a Igreja em todo o mundo salva da fome, trata das feridas dos doentes, visita os abandonados, consola os idosos e acolhe a imensa multidão de crianças descartadas pela maldade de pais irresponsáveis e da indiferença das sociedades. À conta disso, são com frequência assassinados religiosos e religiosas, mas para noticiar tais acontecimentos, parece faltar papel e tinta ao jornalismo. Quanto aos sacerdotes, é óbvio que nenhum é herói, mas nem todos são psicopatas neuróticos. São homens, como todos os homens, que procuram servir a sociedade num mundo já de si imperfeito, onde proliferam a pobreza e as fragilidades. Mas neles existe também algo de bom, como em todos os seres humanos. Gosto de ver o todo e não apenas as caricaturas distorcidas – “ovelhas ranhosas” existem em todos os rebanhos. Por isso, prefiro falar mais de pessoas sérias e honestas do que andar à caça de pecadores para os indicar e julgar. Não sou fariseu… Uma nova versão sobre as aparições de Fátima, a ser apresentada em filme no próximo ano, em Portugal e no mundo, está já na forja. As filmagens, com Harvey Keitel e Sônia Braga entre os actores principais, inspiradas no fenómeno religioso ocorrido há 100 anos, começaram já na Tapada de Mafra, perto de Lisboa e continuam nas próximas oito semanas pelo país. A Tapada de Mafra, foi o cenário escolhido pelos produtores para as filmagens das cenas relacionadas com a vida dos três pastorinhos, representados pelos espanhóis Stephanie Gil, Alejandra Howard e Jorge Lamelas, e com as "aparições" que aconteceram na Cova da Iria, espaço do actual Santuário de Fátima. Rose Ganguzza, uma das principais produtoras, contou à agência Lusa que, desde criança, conhecia a história dos três pastorinhos e decidiu trazê-la para o cinema, com um argumento que é "baseado na religião católica", mas que transcende todas as religiões e se resume a uma "história da humanidade". O filme aborda o que "estava a acontecer em Portugal em 1917 para criar o contexto da história e vai contar com duas estreias mundiais, de cariz solidário, uma em Fátima a 13 de Maio do próximo ano e outra em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, ocasiões para ver cantar ao vivo o cantor italiano Andrea Bocelli, autor e intérprete de "Gloria", o tema de fecho do filme. A produção conta com meio milhar de especialistas, 70 actores portugueses, 2.500 figurantes portugueses e 200 animais. "Fatima" é também o primeiro filme a ser apoiado pelo Estado no âmbito do recém-criado Fundo de Apoio ao Turismo,
  • 11. A BARROSÂNA SOCIEDADE… A BARROSÂNA 11 É com estas notícias que a direita se morde toda. Quem não se lembra de Passos se ter fartado de dizer que vinha aí o diabo?!... Ora afinal o que veio foi mais emprego e mais dinheiro, pelo que os portugueses correm o risco de julgar que se o Costa é o diabo, deve estar muito bem disfarçado, porque mais parece o Pai Natal... Na vigência da "Geringonça" foram criados 500 mil empregos, nos quais as mulheres dominaram e representam hoje 49% da força de trabalho. Esta onda feminina ultrapassou mesmo a Suécia que batia o recorde neste campo. Curiosamente, os mortos em acidentes de trabalho são 100% homens. Sócrates deixou 4.867.100 pessoas a trabalhar. Agora de novo com o PS, a força de trabalho subiu para 4.874.100 trabalhadores. Mas o mais extraordinário é que foram criados 219 mil empregos ocupados por pessoas entre os 55 e os 64 anos, a mostrar que muitas empresas necessitavam de pessoal com experiência. Os homens perderam com o Governo Passos|Cristas 310 mil empregos e recuperaram apenas 235 mil postos de trabalho. As mulheres perderam perderam 202 mil e ganharam 284 mil. Porém, na agricultura há ainda uma tremenda falta de mão de obra, e a maioria dos que por cá labutam são asiáticos, oriundos de países como o Bangla Desh e Tailândia, que trabalham nas estufas. Também a indústria luta com muita falta de trabalhadores e até as fundições foram buscar pessoal com 60 anos porque não encontram ninguém. Nalgumas empresas, esse pessoal mais idoso está a formar jovens que são empregues já não a título precário, mas definitivamente para que a empresa os não perca. Há um pequeno período precário para verificar se são pessoas motivadas para aquele trabalho que era sujo e difícil no passado recente, mas hoje é muito melhor com os equipamentos modernos. A “ESTÓRIA DO DIABO” QUE NÃO VINGOU… “DESEMPREGO EM MÍNIMOS DE 16 ANOS”… INTERIOR ATRAÍU POUCO MAIS DE 25% DOS INVESTIMENTOS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS Na última década, foram assinados mais de 440 contratos para grandes projectos de investimento, mas a esmagadora maioria acabou no litoral.Entre 2008 e a primeira metade deste ano, foram assinados e apoiados 443 grandes projectos de investimento negociados pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal-AICEP, mas apenas 117, ou seja, 26,4% foram para o interior, muito longe dos 326 instalados no litoral, correspondendo a quase 74% do total. BE QUER ACABAR COM IRS ESPECIAL PARA ESTRANGEIROS O Bloco de Esquerda vai propôr o fim do regime fiscal dos residentes não habituais. GOVERNO LANÇA NOVOS CANAIS TDT O Ministério da Cultura, que tem a tutela da comunicação social, enviou para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social – ERC, o regulamento e o caderno de encargos para dois novos canais na Televisão Digital Terrestre – TDT. São dois concursos distintos!... Um para um canal temático de informação e o outro para um canal de desporto. Depois de ter reforçado a oferta da TDT em Dezembro de 2016 com a introdução de dois canais públicos na TDT - a RTP 3 e a RTP Informação, estes dois concursos são destinados a canais privados. Actualmente, a TDT oferece aos espectadores sete canais. Quatro da RTP -RTP 1, RTP 2, RTP 3 e RTP Memória, a SIC, a TVI e o Canal Parlamento. OUTUBRO 2018 Mariana Mortágua diz que a decisão do Partido está tomada, mas vai surgir quando forem apresentadas as propostas de alteração ao projecto do Orçamento do Estado para 2019. Apoio do PS não está garantido. A deputada bloquista defende um ponto final ao regime em vigor. Diz que está por provar a eficácia de um instrumento que “dá a alguém o direito de não pagar os impostos que o resto da população paga”. QUASE UM TERÇO DOS JOVENS ADULTOS NÃO ESTUDAM NEM TRABALHAM Portugal é o quarto país da OCDE com mais baixos níveis de escolaridade entre os jovens adultos, só ultrapassado pelo México, Turquia e Espanha, revela o relatório da OCDE “Education at a Glance 2018”. Três em cada dez portugueses entre os 25 e os 43 anos não concluíram o ensino secundário, segundo dados do relatório internacional relativos a 2017, que colocam Portugal entre os últimos de uma lista dos 35 países da OCDE. Ainda segundo o mesmo relatório, 15,2% dos jo vens entre os 18 e os 24 anos não estuda nem trabalha – a chamada geração“nem-nem”, colocando Portugal no 10.º lugar da mesma lista. Refira- se que esta situação em Portugal é mais grave do que a média registada na OCDE - 14,5% - assim como em vários países da União Europeia - 14,3%. Na lista dos países mais problemáticos da Europa, a Espanha surge na frente com 20,9%, logo seguida da França com 18,7%.
  • 12. 3 A BARROSÂNA COMUNIDADES A BARROSÂNA 12 ECONOMIE: en 2018 le Portugal continue sa course vers le plein emploi et la réduction des inégalités sociales Le Portugal est devenu le meilleur élève de la zone euro avec une croissance économique au plus haut, un chômage au plus bas, des investissements en progression permanente, un déficit budgétaire qui tend vers le zéro. Toutes ces bonnes nouvelles sont de plus accompagnées par une première mondiale : l'énergie électrique produite par les renouvelables a dépassé la consommation du pays. Seul point noir, idéologique, celui là : la politique menée pour parvenir à ces résultats est encore et toujours à l'opposée de celle préconisée par Bruxelles et suivie par Berlin ou Paris. Le budget 2018 du Premier ministre portugais présenté à la Commission européenne fin 2017 n'a pas beaucoup plu. La Commission estimait que la baisse — exigée — de 0,6% des dépenses publiques ne serait — selon les calculs prévisionnels bruxellois — que de "seulement" 0,4%. Etrange reproche lorsque l'on sait que le déficit du Portugal est désormais l'un des plus bas de la zone euro, à 1,4% en 2017 et qu'il ne cesse de se réduire. Le petit pays au bord de la récession économique — et d'un effondrement social majeur — il y a quelques années encore, améliore ses performances économiques et sociales de façon continue depuis 30 mois, au grand dam des dirigeants d'autres pays européens adeptes des politiques libérales de rigueur budgétaire, Emmanuel Macron en tête. Les dernières mesures du gouvernement d'Antonio Costa, très décriées par son opposition de droite semblent pourtant continuer d'agir en faveur d'une amélioration générale, tant sociale qu'économique, que ce soit pour les entreprises, les investisseurs ou les salariés et les retraités des classes moyennes et populaires. Relance, ajustement des impôts, augmentation du salaire minimum et incitations aux investissements Alors qu'en France les impôts sur les plus gros revenus sont abaissés, des taxes sur les entreprises supprimées ou compensées, tandis que les retraites sont grévées, le gouvernement portugais à engagé une politique fiscale inverse. Le budget 2018 portugais prévoit une baisse conséquente des impôts sur le revenu pour les classes moyennes, accompagnée par une nouvelle augmentation des pensions de retraite. Pour la fiscalité des grandes entreprises, l'option portugaise est là aussi à l'opposé de celle de la France : instauration de nouvelles taxes pour toutes les entreprises au chiffre d'affaires supérieur à 35 millions d'euros. Côté fonctionnaires, ce sont les déblocages des mouvements de postes et les promotions dans la fonction publique qui se mettent en place. La politique économique de la demande, instiguée de façon continue depuis deux ans et demi par le gouvernement portugais, porte clairement ses fruits. Cette politique est fondée sur une relance de la consommation par l'amélioration des conditions professionnelles et sociales des travailleurs portugais afin de créer de l'attractivité pour les investisseurs, améliorer la productivité, permettre de la montée en gamme de productions.Le chômage continue donc de baisser, établi à 7,8 % fin 2017, tandis qu'il était à 8,9 % en France à la même période (statistiques au sens du Bureau international du travail). Le salaire minimum a été augmenté de 530 à 557€ en 2017 et va l'être de nouveau en 2018 pour atteindre 580€, avec l'objectif pour le gouvernement de le porter à 600€ en 2019. La démonstration portugaise d'une amélioration des investissements et de l'emploi privé grâce à l'augmentation des salaires et des prestations sociales vient percuter de plein fouet la doxa européenne voulant que la compétivité des entreprises doive obligatoirement passer par une baisse ou un gel des salaires et la diminution des dépenses sociales des Etats… Propostas para emigrantes voltarem são bem vindas Marcelo Rebelo de Sousa O Presidente da República afirmou que propostas para criar condições para os emigrantes portugueses regressarem ao seu país são bem-vindas, “venham de onde vierem”. Escusando-se a comentar em concreto o anúncio do secretário-geral do PS e primeiro-ministro António Costa de incentivos para os portugueses que emigraram durante a crise financeira regressarem ao país, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que esta é “uma preocupação nacional, várias vezes declarada por muitos de todos os quadrantes” político-partidários. “Tudo o que for feito – venha de onde vier – é bem-vindo” “Tudo o que for feito – venha de onde vier – é bem-vindo” para não se esquecer “os que estão lá fora, mas por outro lado criar condições para os que queiram voltar voltem”, afirmou o Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa, quis ainda deixar uma palavra de agradecimento aos emigrantes que regressaram ao país onde vivem, após as férias passadas em Portugal: “Quero agradecer o que eles estão a fazer, criando Portugais fora de Portugal”. Estão a fazer com alegria, com determinação, muito ligados à pátria comum, mesmo quando a sua vida é uma vida difícil”, disse. Marie Oliveira|Paris OUTUBRO 2018
  • 13. 3 A BARROSÂNA COMUNIDADES A BARROSÂNA 13 “RENTRÉE” CULTURAL PORTUGUESA EM HAUTS-DE-FRANCE A região de Hauts-de-France, no norte de França, teve “uma rentrée portuguesa” preenchida com vários eventos culturais que destacaram um país que “está na moda”, afirmou o cônsul honorário de Lille, Bruno Cavaco. Também presidente do Comité France Portugal Hauts-de-France, um grupo criado para promover Portugal na região, Bruno Cavaco explicou que o programa envolveu concertos, exposições, conferências, encontros de empresários e até a criação de um “jardim português” no âmbito do centenário da Primeira Guerra Mundial. “Foi uma ‘rentrée’ portuguesa bem preenchida. Portugal está na moda, há um interesse e um entusiasmo da região Hauts-de-France por Portugal que começou com as comemorações do centenário da Primeira Guerra Mundial. Depois houve esta vontade de desenvolver a cooperação entre a nossa região e Portugal”, explicou o luso-descendente, recordando a participação dos presidentes português, Marcelo Rebelo de Sousa, e francês, Emmanuel Macron, nas comemorações da batalha de La Lys, a 9 de abril deste ano. Em 13 de setembro, no espaço Euratechnologies, em Lille, ocorreu um encontro de “‘startups’ francesas de origem portuguesa”, animado pela Luso Tech Community, uma rede de empresas inovadoras com ligações a Portugal. Em 16 de setembro, no aeródromo de Merville, realizou-se o encontro aéreo anual, que contou com um helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, “uma ocasião para homenagear também os pilotos portugueses que combateram na Primeira Guerra Mundial”. E em 29 e 30 de setembro, na sala de concertos l’Aéronef, em Lille, foi dado o pontapé de saída do ‘PRT+’, uma temporada artística com Portugal em destaque, que vai contar com uma conferência sobre “Músicas atuais e emergência artística em Portugal”, gastronomia, e concertos de Nádia Leirião, Diron Animal, Moullinex, La Flama Blanca, HHY&The Macumbas e Bateu Matou. A 20 de outubro, no museu La Piscine, em Roubaix, vai ser inaugurada uma exposição de Hervé Di Rosa, artista francês co-fundador da Arte Modesta que vive em Lisboa e que vai apresentar as suas mais recentes obras em cerâmica, criadas no seio de uma das fábricas históricas de azulejos em Portugal, a Viúva Lamego. Intitulada, “L’Oeuvre au Monde”, a exposição vai decorrer até 20 de janeiro de 2019, apresentando as obras que Hervé Di Rosa tem feito ao longo da sua “volta ao mundo das artes”, uma viagem que o levou a conhecer artesãos de todo o mundo e em que a 19.ª etapa é Lisboa. Paralelamente, duas outras exposições de Hervé Di Rosa vão estar patentes no Musée du Touquet-Paris-Plage, em Le Touquet- Paris-Plage, de 20 de outubro a 19 de maio, e na Galerie Art To Be, em Lille, de 14 de dezembro a 31 de janeiro.A 11 de novembro, ainda no âmbito do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, vai ser inaugurado um “jardim português”, intitulado “Théâtre de Verdure”, na cidade de Le Quesnoy, da autoria dos arquitetos paisagistas Baldios e da plataforma KWY.studio.O projeto vai ser concretizado no âmbito da criação de 15 “Jardins da Paz”, realizados por arquitetos paisagistas de diferentes países que participaram na guerra de 1914-18. ENSINO DO PORTUGUÊS NO ESTRANGEIRO NOVIDADES PARA 2018-2019 O próximo ano letivo trará novidades um pouco por todo o mundo. Em França, a Coordenação iniciou, em 2017-2018, o ensino do português em duas secções internacionais, uma no Collège Vauban, em Estrasburgo, outra no Collège Lucien Cézard, em Fontainebleau. “Em setembro abriU uma secção internacional em Bry-sur- Marne, na periferia de Paris, onde há uma fortíssima comunidade portuguesa e onde os cursos EILE estão bem implantados no ensino primário, e isto é uma continuidade extremamente importante”, sublinhou Adelaide Cristóvão à margem do Encontro. Já em Espanha, a grande novidade será a assinatura do memorando de entendimento entre o Camões, I.P. e a Comunidade Autónoma de Castela e Leão. “Estamos nas últimas etapas de negociação, demos um salto qualitativo e já conseguimos chegar a um texto final. Se tudo correr bem assinaremos brevemente o memorando”, revelou Filipa Soares. O português já é ensinado como língua estrangeira naquela região autónoma, mas passará a sê-lo de uma forma mais abrangente. “E, sobretudo, o estatuto da língua, ainda que integrado no sistema, passa a ser mais valorizado”, acrescentou. No Luxemburgo, onde a língua portuguesa foi ensinada a 2.800 alunos por 25 professores em 2017-2018, neste novo ano letivo a tendência será a de chegar a cerca de 2.900 alunos, desde o pré-escolar ao ensino superior, avançou Joaquim Prazeres. Haverá ainda reforço em algumas modalidades de ensino. “Para além do ensino complementar, o paralelo é outra das modalidades que estamos a trabalhar para reforçar, com o aumento do número de inscritos e a diversificação dos locais. E estamos a apostar no ensino secundário. É uma aposta que até aqui não tem sido feita”, explicitou. Um primeiro passo está a ser dado em liceus de prestígio no Luxemburgo, como é o caso do Liceu Vauban, uma escola privada. “O nosso objetivo é ‘entrar’ nos liceus e sensibilizar a comunidade e os alunos que estão neste momento no ensino secundário, para a importância do português. E criar o gosto pela aprendizagem do português no Luxemburgo”, referiu ainda, revelando que o ensino do português a nível secundário, como atividade de opção, será oferecido em quatro liceus do país, no ano letivo que se iniciou em setembro. Marie Oliveira|Paris OUTUBRO 2018
  • 14. 3 A BARROSÂNA COMUNIDADES… A BARROSÂNA 14 Fernando Botelho Gomes (O Cabasso)-Newark|USA Sem assistencia medica nem hospitalar os bebes naciam com a preciosa ajuda duha parteira sem formacao, uha mulher simples que tinha jeito prajudar no parto. Mais empurrao daqui bolta dali e puxa dacola la se ia nacendo e ate com muntissima frequencia! E habia bebés super pribilegiados que ja habiam desenbolbido alguns dotes raros inda antes de sairim por a porta rumo a um mundo do qual eles nada sabiam. Habia inté alguns, deziam, quinté falabam inda antes de nacer, e que por isso deziam ja naciam sabios, e outros quinté ja binham com garantia de emprego e acesso as melhores instituicoes de insino. Eu pelo que me toca inda estaba la dentro e ja sabia quase tudo do mumdo ca fora atrabes duha rede de contactos prebiamente estabelecidos, e atao teimei que non crer sair. A bida no utero non ara muito por ai alem mas non passaba fome nem pagaba renda portanto non precisaba nem sequer de trabalhar. Mas a minha mae coitada pessoa de poucos teres e ja com mais 5 labregos que ja lhe haviam esgotado o qamim me fazia falta quiz me por ca fora a todo o custo. Mas biu se gaga coitada. Ela mostraba me a porta e la mia dando instruccoes do que tinha que fazer pra sair e eu olhava pra porta e bia tao piqueninha e pensei logo... se tiber que sair daqui, non pode ser de cabeca porque senao parto me todo. No meio desta barafunda a minha mae non paraba de barafustar, e gritaba tao alto que ate fazia eco nas redondezas. Insisti qou non qria sair mas ela cheia de rezao so me dezia. Olha la o rebento do car....o por seres o ultimo es o mais ruim. So estas aqui pra me dar azia no estomego, non ajudas in porra nihuha, e nem sequer pagas renda. Por isso vais tepor no cara......o daqui pra fora e agora mesmo. E bai agarra me numa orelha laba me ate a porta, de seguida praga me um lacacao na tromba e diz. Salta daqui pra fora que ja estas aqui a mais. Puxou me mais pro pe da porta e mete me um empurrao tao forte que mais parecia a cabecada dum touro, e eu pumba cai de pe como ja habia planeado e mal cai botei a correr por um caminho abaixo onde logo a frente eu sabia qabia uha mina. Atao fui ate la pra me botar a afogar. Mas por azar a mina tinha secado por causa dum furo que tinjam feito num terreno mais acirma que ara do caixeiro, e onde agora esta uma casa toda modarna e janota. Mas tibe azar outra.bez. Duas centenas de matros abaixo corria um rigueiro que regaba ums lameiros que dabam uma erva muito boa e verdinha pras bacas. Fui atao todo contente a correr por ali abaixo e chego la e agua no rigueiro nem gota.. scusado sera dezer como fiquei non e? Inda olhei pros lados barias bezes a ver se o menos aparecia uma nacentezita dauga pra bober um golo porque ja staba cua sede do catano, mas nem nisso tibe sorte.. inda por cima tinha me borrado todo quando saltei e la tibe que gramar co a carga. Satanos depois la mudei a roupa, pra non ir a cheirar mal pra scola. F......se Pra cou sai! [ ] MINHA TERRA É VILAR “NACER DE PÉ” [...]Nacer nuha aldeia transmontana algures na 1.a metade do saclo 20 ara um feito berdadeiramente heroico de quem daba à luz e do rebento que recebia a luz. BRASIL|MULHER QUE É MULHER NÃO VOTA BOLSONARO. E HOMEM QUE É HOMEM TAMBÉM NÃO OUTUBRO 2018 Jair Bolsonaro é a última ameaça latino- americana e a sua eventual vitória nas eleições de 7 de Outubro no Brasil, será um verdadeiro desastre. O candidato do Partido Social Liberal, representa a extrema-direita brasileira e lidera as sondagens presidenciais, e para além de se afirmar como um admirador do ditador Augusto Pinochet, é também comparado a Donald Trump e à sua insensatez política e social que tanto ameaça a paz no mundo. É uma verdadeira ameaça para o Brasil, para o povo brasileiro e para a América Latina. Jair Bolsonaro é mesmo um perigo, como mostra a sua longa carreira política, mas o seu currículo está cheio de afirmações controversas, que vão desde a defesa da tortura e da ditadura militar, até à esterilização dos pobres. Os anos de convulsão por que o Brasil tem passado, com os seus problemas endémicos de corrupção, a enorme violência que grassa no país e uma recessão económica que afecta o emprego, que reduz o rendimento e que aumenta a pobreza, írá agravar-se ainda mais caso Bolsonaro venha a ser o eleito. De acordo com as sondagens, na aritmética eleitoral deverá vencer a 1.ª volta das eleições, mas terá que disputar uma 2.ª no dia 28 de Outubro com Fernando Haddad, Ciro Gomes ou Geraldo Alckmin. O que se espera é que os brasileiros saibam rejeitar os reais perigos do bolsonarismo e das suas orientações radicais e escolham um candidato democrático e com um projecto de progresso para o Brasil.
  • 15. A BARROSÂNA O CONCELHO EM NOTICIAS… A BARROSÂNA 15 O executivo municipal visitou os trabalhos de requalificação da escola EB 2/3/Sec. Bento da Cruz, em Montalegre. As obras para a remodelação da cozinha, refeitório, polivalente, gimnodesportivo e espaços de apoio tiveram um custo total elegível de 1.000.000€. O desenvolvimento dos trabalhos aconteceu a bom ritmo, cumprindo os prazos de execução da empreitada e não perturbaram o início das actividades lectivas que aconteceu a 17 de Setembro. Recorde-se que o Município incluiu no pacto territorial do Alto Tâmega o projecto de recuperação de todas as escolas do concelho. Fátima Fernandes | Vereadora da Educação da Câmara de Montalegre «Enche-me de orgulho ver esta obra tão grande que vai servir para promover o sucesso educativo. Não tenho dúvidas de que escolas com mais condições são potenciadoras de mais sucesso. Trata-se da minha escola. Vim para cá no segundo ano após a sua abertura. Tenho aqui uma parte emotiva. Vi a degradação após tantos anos de uso e agora é uma grande alegria ver esta remodelação. Queremos dotar as infraestruturas das melhores condições. Tenho a certeza que os alunos se sentirão melhor na sua escola. A educação é uma área de extrema importância. Numa escola tem que haver emoção e estas obras vão trazer orgulho num espaço bonito». LIVROS DE ACTIVIDADES GRATUITOS PARA OS ALUNOS ABRANGIDOS PELA ACÇAO SOCIAL ESCOLAR ESCOLA BENTO DA CRUZ-REQUALIFICADA O Ecomuseu de Barroso - espaço padre Fontes, apresenta até ao próximo dia 31 de Outubro, um leque de fotografias sobre a fauna e a flora do Parque Nacional da Peneda Gerês, da autoria de Lília Jorge, uma jovem natural de Pitões das Júnias, do concelho de Montalegre, que vê na fotografia um "escape para renovar energias". Lília Jorge recebeu recentemente o 1.º lugar no 2.º Concurso Nacional de Fotografia SIGMA, na categoria "Wild Life" - os animais no seu habitat natural. A exposição de fotografias, intitulada "Recortes da minha Serra“, está patente desde o dia 21 de Agosto no Ecomuseu de Barroso - espaço padre Fontes, em Montalegre, junto ao Castelo e está aberto ao público todos os dias das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. ECOMUSEU |EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA O Município de Montalegre anunciou que vai oferecer a todos os alunos abrangidos pelos escalões 1, 2 e 3 da Acção Social Escolar, os livros de actividades relativos aos manuais escolares. Para o efeito, os pais ou encarregados de educação, devem assim dirigir-se à área dos Serviços Sociais da Câmara e solicitar a requisição que lhes permitirá levantar os referidos livros nas livrarias da área de influência das escolas frequentadas pelos alunos, munidos do comprovativo de atribuição do escalão – explicou fonte da autarquia. A iniciativa acontece no âmbito dos Projectos Integrados e Inovadores de Combate ao Insucesso Escolar, financiado pelo Portugal 2020, através do Programa Operacional Norte 2020 e pela União Europeia através do FSE. OUTUBRO 2018
  • 16. A BARROSÂNA O CONCELHO EM NOTICIAS… A BARROSÂNA 16 VILAR DE PERDIZES – XXXII CONGRESSO DE MEDICINA POPULAR PADRE FONTES TRANSFORMOU O MISTICISMO NUMA ATRACÇÃO TURÍSTICA… Vilar de Perdizes que outrora foi uma das várias Honras do Barroso, é hoje bem conhecida a nível nacional pelo facto de ali se realizar há mais de três décadas o Congresso de Medicina Popular. Desde a sua origem que ocorrem ao evento, gente de todas as condições, ávidas de cultura e tradições. Desta vez, estiveram mais uma vez presentes, médicos, especialistas de nomeada, e obviamente também, os “vendedores de banha de cobra”. Funciona como ponto de encontro de culturas, credos, medicinas, religiões e saberes, numa feira original popular e erudita, para questionar métodos e crenças, novidades e antiguidades e uma ocasião para conhecer o país real, profundo, oculto, esquecido e marginalizado. Vendem-se ali licores de todo o género, chás, infusões e mais recentemente até os “bruxos” estão presentes. Passam três dias em Vilar de Perdizes, atarefadas à procura do mito. O sagrado e o profano estiveram mais uma vez lado a lado na região do Barroso, e o padre António Lourenço Fontes, foi como de costume, o principal impulsionador do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes - cuja 32.ª edição teve lugar entre os dias 31 de Agosto e 2 de Setembro. Um evento pioneiro que atraíu os olhares do país para esta aldeia barrosã e transformou o misticismo numa atracção turística. Padre Fontes que é sem sombra para qualquer dúvida, o maior embaixador do Barroso e de atracção turística desta região. Escritor e hoteleiro, é igualmente um homem solidário, estudioso das plantas e ervas e também marca de vinho e de um licor já galardoado a ouro. "A junção do sagrado e do profano protagonizado por um padre, deu mais-valia e chamariz ao Congresso. Foi como que a arte de sacralizar o profano e profanar o sagrado", afirma o sacerdote que nasceu em Cambezes do Rio, em 1940. Em Vilar de Perdizes, o padre construiu um palco ao qual todos são convidados a subir, e onde anualmente, se reúnem cientistas e investigadores, curandeiros, bruxos, videntes, médiuns, astrólogos, tarólogos, massagistas e ervanários, curiosos e turistas. A primeira edição do evento realizou-se em 1983, numa altura em que as tradições e a medicina popular antiga estavam a cair em desuso devido à concorrência ou oposição da medicina química ou moderna. Vilar de Perdizes e até Montalegre – sede do concelho, eram terras isoladas, onde faltava quase tudo, e por isso, a população tinha de recorrer à medicina popular para curar as suas doenças. “O primeiro abrir e rasgar das nossas fronteiras foi feito pelo Congresso de Medicina Popular e o sentido de oportunidade do padre Fontes é a prova disso mesmo”, salienta o Presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves. -vitalizar o tecido económico”. “Estamos a falar de três pilares em que assenta o desenvolvimento turístico da região: o Congresso, a Sexta-Feira 13 e a Feira do Fumeiro. É à volta destes três vectores que toda a dinamização económica e turística do concelho se acomoda”, frisa o Presidente da autarquia. Orlando Alves refere que nas últimas décadas, abriram restaurantes, hotéis e unidades de alojamento rural. Actualmente existem cerca de 400 camas espalhadas pelo concelho e há novos projectos em curso. No entanto, num concelho com área idêntica à da ilha da Madeira, a agricultura continua a ser “a actividade económica preferencial dos barrosões”. Segundo o Presidente da Câmara, há jovens agricultores a instalarem-se, por exemplo na área da pecuária, com destaque para a criação de gado barrosão, ovino e caprino. Para ajudar o sector primário, o Município inscreve todos os anos cerca de dois milhões de euros no seu orçamento. “É para nós reconfortante ver que este apoio está a ser aproveitado sobretudo por parte dos jovens que se instalam e nos dão garantias de futuro”, sublinha. Orlando Alves refere também, que “o concelho soube aproveitar os fundos comunitários e frisa que, actualmente as 135 aldeias do concelho estão “devidamente infraestruturadas”. “Temos 98% da população com água ao domicílio e 80% da população está servida com redes de saneamento”, destaca. A grande batalha deste território, muito afectado pelo envelhecimento, é o combate ao despovoamento. Para ajudar nesta luta, Montalegre quer ser um “santuário dos desportos de natureza”, uma estratégia que cruza o desporto e a cultura e une a tradição à modernidade e que tem como objectivo atrair mais visitantes e ajudar a fixar os mais novos. Para David Teixeira, Vice-Presidente do Município, esta edição do Congresso reuniu este ano menos stands, mas, trata-se de um evento que se “faz do contacto com quem tem os saberes populares, debatendo o que a medicina popular trouxe até hoje com a transformação da medicina convencional em relação aos fármacos”. “A palestra a que tivemos a oportunidade de assistir na exposição de plantas foi fantástica”- referiu, e por isso, e por tudo quanto este evento representa, “merece um envolvimento maior da população”, argumentando ainda que o mesmo “precisa de ser reinventado com um novo ar”. Saliente-se a terminar, que o palco para estas iniciativas se estende desde a serra do Larouco na fronteira com a Galiza, segue o curso do rio Cávado até ao Parque Nacional da Peneda-Gerês, e entre os diversos eventos, se destacam as caminhadas, observação de aves, parapente, ultramaratonas, campeonatos de pesca ou troféus de BTT. E depois, Montalegre tem ainda assegurado o Mundial de Rali-Cross, uma prova que segundo David Teixeira, promove a internacionalização deste concelho, já que atrai milhares de galegos e portugueses aficionados pelos desportos automóveis. (…) até 1983, Vilar de Perdizes e todo o concelho eram terras isoladas, onde faltava quase tudo. Até para curar as doenças, muitas vezes a população tinha de recorrer à medicina popular… Orlando Alves, que classifica ainda este Congresso como o “pai e a mãe das sextas-feiras 13”, evento que atrai milhares de pessoas ao concelho. Refere ainda o autarca, que Montalegre soube aproveitar “esta âncora” e implementou outras iniciativas como a Feira do Fumeiro, que hoje tem uma grande projecção mediática e ajuda a re- OUTUBRO 2018
  • 17. A BARROSÂNA O CONCELHO EM NOTICIAS… A BARROSÂNA 17 REGIÃO BARROSÃ PRODUZ 79 % DA ENERGIA PRODUZIDA A NORTE Só nos primeiros seis meses de 2018, a região norte foi responsável por 44% do total da produção de energia em Portugal - 12 484 GWh de um total de 28 113, e por 49% do consumo nacional. Os dados são da REN – Redes Energéticas Nacionais e mostram um aumento significativo destes indicadores face a 2017, quando a produção de energia a norte não foi além dos 30% - 16 476 GWh de um total de 54 546, e o consumo se ficou pelos 33%. O grande destaque vai precisamente para a energia hídrica, com a região barrosã a acautelar 79% da produção - 6661 GWh, entre janeiro e junho deste ano. No total do ano passado, que ficou marcado por uma seca extrema em Portugal, os municípios nortenhos acautelaram, ainda assim, 74% da produção hídrica - 5429 GWh. Este verão, "a sala de visitas de Salto" foi muito procurada, sobretudo aos fins de semana. Num deles, o Parque de Lazer do Torrão da Veiga, acolheu o Convívio Anual da União de Freguesias de Guilhufe e Urrô- Penafiel. Foram cerca de 700 pessoas, que vieram confraternizar na vila de Salto. O Parque Natural, bem localizado dentro da vila e perto dos serviços, está vedado, tem erva natural, sombra de carvalhas centenárias, bancos e mesas de pedra, rio, praia fluvial, fontanários, iluminação, aparelhos de geriatria e infantil, polidesportivo relvado, Bar e casas de banho. Aqui… sim, sente-se a natureza. PENAFIDELENSES CONFRATERNIZARAM EM SALTO GRALHAS COM NOVOS ACESSOS COMPANHIA DE TEATRO FILANDORRA LANÇA POLO DE CRIAÇÃO TEATRAL NO BARROSO CARAVANAS DE VERANEANTES INVADEM O LAROUCO Foram portugueses, angolanos, ingleses, argentinos e até americanos!... Uma caravana de gente, que resolveu “assaltar” o Larouco com entrada por Padornelos e saída por Gralhas, através de um percurso acidentado, mas a convidar à aventura. Valeu a pena… A Filandorra – Teatro do Nordeste, deu início à nova temporada com o lançamento público do projecto “O Teatro e as Serras. Projecto a implementar no concelho de Montalegre e que consiste na adaptação ao palco dos contos “proibidos” da tradição oral das terras dos Barroso, que Bento da Cruz escutou em criança de contadores de craveira como João do Gervaz, de Vila da Ponte ou de Manuel da Inácia de Negrões, e que reproduziu na obra Histórias da Vermelhinha, numa espécie de “viagem” pelo mundo rural do tempo dos nossos avós quando vestiam de linho no Verão e de burel no Inverno e eram o esteio do ensino dos mais novos. A estreia está agendada para 22 de Fevereiro de 2019, dia que assinala o nascimento do escritor barrosão. OUTUBRO 2018 Quem os viu e quem os vê!... Os acessos à aldeia de Gralhas, foram objecto de consideráveis melhoramentos, quer ao nível do pavimento, que se encontrava particularmente degradado, quer com valetas novas, à entrada da aldeia, no sentido Meixedo-Gralhas. Também do lado oposto, para quem vem de Solveira, a antiga estrada que dá acesso ao casario, tem agora novo pavimento, faltando apenas concluir as valetas para escoamento das águas..
  • 18. 3 A BARROSÂNA A BARROSÂNA 18 O CONCELHO EM NOTICIAS… OFICINA DO BUREL EM LISBOA NO FESTIVAL CIOF - CULTURAS MEDITERRÂNICAS Carlos Medeiros e Elsa Gonçalves, costureiros artesãos da Oficina do Burel – Único no Momento, de Montalegre, participaram em Lisboa, num dos maiores eventos europeus dedicados às culturas mediterrânicas tradicionais e populares. A mostra aconteceu no passado mês. Sob o mote “Mediterrâneo: Território dos 5 sentidos”, no festival estiveram presentes 10 grupos internacionais e 32 grupos tradicionais portugueses, que vão desde o canto e o folclore até ao artesanato. Para além da mostra que ocorreu ao longo de cinco dias, houve ainda lugar a concertos de world music, workshops, espaços dedicados aos mais pequenos e sessões de cinema, entre outro. Tudo decorreu no Parque Desportivo 1.º de Maio, em Alvalade. Paralelamente ao festival decorreu ainda a Conferência Internacional Mediterrâneo: Território dos 5 Sentidos, organizada pelo CRIA – Centro em Rede de Investigação e Antropologia do ISCTE, com o apoio da Associação Turismo de Lisboa. FERRAL|67.º CONCURSO PECUÁRIO RAÇA BARROSÃ Ferral, voltou a promover a raça barrosã com a organização de mais um concurso pecuário – o 67.º, que teve a particularidade de ser o último neste ano de 2018 no concelho de Montalegre. Os diversos exemplares desfilaram sob o olhar atento dos apreciadores deste tipo de eventos e de um Juri que no final premiou os diversos concorrentes presentes, dos quais se destacam as representações de Salto, Fafe, Montalegre e Cabeceiras de Basto. Para o final ficaram as palavras à comunicação social, que aqui se reproduzem, do Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, Presidente da Junta de Freguesia de Ferral e do Secretário Técnico do Livro Genealógico da Raça Barrosã. Orlando Alves | Presidente da Câmara de Montalegre «É o tributo que o município presta aos produtores pecuários. É uma forma de estimular o aumento da produção, apoiando-os numa atividade difícil e que não é economicamente compensadora. O município destina um conjunto de atenções para a atividade pecuária. Destinamos mais de 30 mil euros para os concursos pecuários que se fazem no concelho. Houve o cuidado de desenvolver um concurso destinado apenas a produtores do concelho. Trabalhamos na defesa do nosso património». Aníbal Ferreira|Junta de Freguesia de Ferral «Mais uma edição do nosso concurso pecuário, muito concorrida e com belos exemplares. Felizmente, ainda temos muitos criadores e congratulamo-nos com isso. É um dia de festa para Ferral e proporcionamos outras actividades de convívio para a nossa população»: José Leite|Secretário Técnico do Livro Genealógico da Reça Barrosã «Os concursos no concelho de Montalegre iniciaram- se em 1908. São muito antigos. Hoje em dia, verificamos que há muitos produtores destas terras. É preciso continuarmos a valorizar esta raça e esta carne que tem Denomiação de Origem Protegida - DOP. Merecia ser paga a um preço superior. Dessa forma tínhamos muito mais criadores. É um produto nobre e gourmet que toda a gente aprecia». MONTALEGRE|REUNIÃO COM PRODUTORES FUMEIRO Decorreu no Pavilhão Multiusos de Montalegre mais uma sessão de esclarecimento para os produtores de fumeiro. A sessão destinou-se a promover a cooperação e competição empresarial, no âmbito da execução do projecto Fumeiro de Montalegre–Cooperar para competir e desenvolver. Uma acção promovida pela Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã e dinamizada pela ASAE, subordinada ao tema “Rotulagem e rastreabilidade de produtos à base de carne”. Para David Teixeira, “esta estratégia de valorização do nosso produto e de tentar criar a possibilidade da venda primária é uma das nossas grandes preocupações. São sobretudo acções de sensibilização para os produtores, no sentido de produzirem com qualidade, cumprindo as regras da ASAE. São sessões muito importantes para evitar futuras sanções. Ficam desafios na inovação, sobretudo no que respeita às alergias. Penso que os produtos sem glúten podem ser uma nova estratégia na próxima edição da Feira do Fumeiro”. OUTUBRO 2018
  • 19. 3 A BARROSÂNA A BARROSÂNA 19 O CONCELHO EM NOTICIAS… MONTALEGRE EM VIAS DE CONCLUIR SUBSTITUIÇÃO DAS LUMINÁRIAS DE MERCÚRIO PELO SISTEMA LED Montalegre vai substituir a iluminação pública das 135 localidades do concelho por lâmpadas LED, um projecto de eficiência energética que vai custar três milhões de euros, informou o Presidente da autarquia. “É um investimento que vai permitir que todo o concelho de Montalegre fique assim como uma espécie de noite de lua cheia”, afirmou Orlando Alves à agência Lusa. O autarca explicou que vão ser substituídas “10 mil luminárias por lâmpadas LED”, daí resultando uma “poupança significativa de 140 mil euros por ano”. A actual factura correspondente à iluminação pública do concelho ultrapassa os 500 mil euros por ano. O projecto de eficiência energética em Montalegre resulta de um contrato com uma empresa, que está a concretizar o investimento e a intervenção, e a quem a autarquia vai pagar durante 12 anos, cerca de 263 mil euros anuais. Pela concessão, obrigatória por lei, o Município pagará ainda 140 mil euros por ano à EDP. Mas segundo o autarca, “o ganho maior é o contributo para a redução das emissões de dióxido de carbono CO2”. “Seremos o primeiro concelho no país a ter todo o concelho, que é enorme - tem a área da ilha da Madeira -, são 135 localidades, onde as luminárias de mercúrio irão ser todas substituídas por lâmpada LED”, salientou. MONTALEGRE-CONCELHO DETÉM A QUINTA MAIOR MINA DE LITIO DO MUNDO Prospecção aponta para depósito de 30 milhões de toneladas de lítio. "No ranking mundial de explorações de lítio extraído de pedra, esta é a quinta maior mina do mundo", afirmou Ricardo Pinheiro, o director executivo da Lusorecursos. A LusoRecursos disse que a prospecção em Cepeda- Montalegre, revelou um depósito de 30 milhões de toneladas de lítio e que o projecto de exploração prevê um investimento de 400 milhões de euros e a criação de 250 empregos. Depois de anos de prospecção e de uma contenda judicial com a empresa australiana Novo Lítio, o director executivo da LusoRecursos, Ricardo Pinheiro, afirmou à agência Lusa que o processo "está estabilizado" e que o próximo passo "é assinar o contrato de concessão de exploração com o Estado". Contactada pela Lusa, a Direcção Geral de Energia e Geologia, através do Ministério da Economia, esclareceu que a "titularidade do contrato de prospecção e pesquisa e do subsequente pedido de exploração é da empresa LusoRecursos". A fonte, referiu ainda que o processo de Cepeda se encontra "em fase de instrução, havendo a necessidade de a empresa apresentar o Estudo de Impacto Ambiental“, e que neste momento, "não é possível indicar uma previsão de data para a assinatura do contrato", precisamente por causa do EIA. Ricardo Pinheiro referiu, que só na área investigada em Cepeda, freguesia de Morgade e Sarraquinhos, as prospecções apontam para um depósito de "30 milhões de toneladas de lítio". A área de concessão é muito superior à investigada. "No ranking mundial de explorações de lítio extraído de pedra, esta é a quinta maior mina do mundo", afirmou. A procura mundial pelo lítio, usado na produção de baterias para automóveis e placas utilizadas no fabrico de electrodomésticos, está a aumentar e Portugal é reconhecido como um dos países com reservas suficientes para uma exploração comercial economicamente viável. Ricardo Pinheiro referiu que ainda há estudos que estão em curso, no entanto adiantou que o projecto de exploração e primeira transformação em Cepeda poderá "rondar os 400 milhões de euros" e vai "criar 250 postos de trabalho directos". "O que interessa é nós aqui, em Montalegre, acrescentarmos valor ao produto", frisou. O projecto prevê, acrescentou, a construção de uma unidade industrial para o processamento dos compostos de lítio, que vai ser alimentada por energias renováveis. Ricardo Pinheiro referiu ainda, que uma das prioridades é ajudar ao regresso "de filhos da terra“, e que nesta área, não vão ser criados aldeamentos mineiros. Ao invés, a ideia é ajudar na reconstrução e revitalização das aldeias que estão na área da concessão. O projecto é acompanhado de um "plano de recuperação ambiental", que prevê uma reflorestação contínua nos aterros que vão sendo feitos com a extracção do minério e ainda financiar projectos de conservação da Reserva da Biosfera Gerês-Xurés. A exploração em Cepeda vai ser feita a "céu aberto", sem recurso a explosivos e com a utilização de uma máquina, tipo uma fresadora agrícola, que vai ripando a rocha. O geólogo António Silva, afirmou que o projecto está a gerar muito interesse a nível da comunidade internacional, com várias instituições científicas a quererem desenvolver ali trabalhos em parceria. A concessão de exploração de lítio em Cepeda chegou aos tribunais em 2017, depois de a Novo Lítio ter entrado em litígio com a LusoRecursos. Nesse ano, o Ministério da Economia esclareceu ter um contrato "devidamente válido" com a empresa portuguesa para a prospecção e pesquisa de lítio em Montalegre. O contrato de prospecção e pesquisa foi assinado em 7 de Dezembro de 2012, entre o Estado português e a Lusorecursos, tendo um período inicial de dois anos e com a possibilidade de três prorrogações anuais, até ao máximo de cinco anos. Já em Fevereiro deste ano, o Tribunal da Relação de Guimarães confirmou a decisão de primeira instância que rejeitou a providência cautelar apresentada pela empresa australiana para ficar com a concessão da exploração de lítio em Sepeda. À Lusa, Ricardo Pinheiro afirmou que a "divergência com a Novo Lítio está sanada"."A Novo Lítio submeteu um processo em tribunal, que perdeu, fez um recurso para a Relação que perdeu também, por isso o assunto está complemente resolvido. A Lusorecursos tem todas as condições, neste momento, para avançar", frisou. OUTUBRO 2018
  • 20. 3 A BARROSÂNA A BARROSÂNA 20 O CONCELHO EM NOTICIAS… A Câmara de Montalegre vendeu, em hasta pública, um conjunto de equipamentos e veículos usados que se encontravam imobilizados nos estaleiros municipais. A sessão decorreu no salão nobre da autarquia e contou com diversas licitações nos diferentes lotes que renderam cerca 95 mil euros. Segundo nota divulgada no site do município, em hasta pública estavam dezasseis lotes que incluíam maquinas pesadas e respectivos equipamentos e ainda algumas viaturas ligeiras. A base de licitação variava entre 50 e 15.500 euros. A sessão contou com muita participação e ficou marcada pela concorrência de licitações. Orlando Alves, considerou que foi “um leilão muito disputado e participado de forma leal”. Para além do encaixe financeiro, foi também uma oportunidade de “movimentar estes bens móveis que se encontravam inoperacionais nos estaleiros municipais”. Segundo o autarca, trata-se de um processo que terá continuidade, dada a existência de mais equipamentos que não estão em uso, esperando que próximas hastas “tenham a mesma aceitação”. MUNICIPIO VENDE EM HASTA PÚBLICA EQUIPAMENTOS E VEÍCULOS EM “FIM DE VIDA” OUTUBRO 2018 SANGUINHEDO A ALDEIA QUE VOLTOU A TER VIDA MAS AINDA EM LUTA CONTRA O TEMPO Nesta aldeia, salvo as várias excepções de fim de semana, ou de época de férias, já não vivia ninguém desde hà mais de uma década. Actualmente e graças a um empreendimento turístico na Quinta da Riba, é já ponto de encontro de viajantes que ali se deslocam para beneficiarem de uma variedade de actividades populares, disponíveis na área em redor do alojamento, incluindo caminhadas. A Quinta da Riba é uma propriedade que providência passeios a cavalo, com um total de 10 cavalos lusitanos e onde se promove a equitação. Entre as várias comodidades desta propriedade estão um jardim e um terraço, com acesso em toda a área de Wi-Fi gratuito. Os quartos deste alojamento de turismo rural estão equipados com um guarda-roupa e estão completos com uma casa de banho partilhada. Sanguinhedo e a Quinta da Riba, ficam a 41 kms de Braga e o aeroporto mais próximo é o Francisco Sá Carneiro, a 76 km deste alojamento de turismo rural. Esta propriedade também tem uma das localizações melhor pontuadas e os hóspedes que por ali passam têm mostrado o seu agrado, tendo em conta a boa relação preço/qualidade. LADRUGÃES NOVO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO ELÉCTRICA A EDP Distribuição colocou em exploração um novo posto de transformação, ao mesmo tempo que renovou a rede de baixa tensão, na localidade de Ladrugães, freguesia de Reigoso. No âmbito desta obra, foi colocado em serviço um novo posto de transformação - que possui uma potência instalada de 100 KVA - onde foram construídos 400 metros de rede de média tensão. A par disto, foi também efectuada a renovação da rede de baixa tensão e iluminação pública, substituindo rede nua de baixa secção, por um novo cabo troçada de secção adequada, numa extensão de 300 metros. A obra visa assegurar a melhoria da qualidade da energia fornecida e da iluminação pública, assim como permite a obtenção de uma maior flexibilidade na exploração da rede de baixa tensão, possibilitando reconfigurações alternativas de alimentação e garantindo a observância dos níveis de tensão regulamentares. Fica também garantida reserva de potência para fazer face a futuros aumentos de consumos, quer dos clientes existentes quer de novos clientes. (Fonte:CMMontalegre)
  • 21. 3 A BARROSÂNA A BARROSÂNA 21 O CONCELHO EM NOTICIAS… PELA ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE | SEMINÁRIO EM MONTALEGRE OUTUBRO 2018 A Câmara de Montalegre, em parceria com a Direção Geral de Alimentação e Veterinária, promoveu no passado dia 25 de Setembro, um seminário/colóquio subordinado ao tema, “CAMINHOS PARA A ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE”. O evento teve lugar no Auditório Municipal, e ao longo das diversas intervenções, foram apresentados os principais aspectos e resultados dos planos de erradicação desta doença, ao mesmo tempo que foram discutidas as medidas a reforçar para o seu combate. A acção destinou-se a toda a comunidade em geral, sobretudo aos produtores, médicos veterinários e outras entidades relacionadas com a área. PRÓXIMA FEIRA DO FUMEIRO JÁ TEM DATA MARCADA A próxima Feira do Fumeiro de Montalegre já tem data marcada. O evento decorrerá entre os dias 24 e 27 de Janeiro do próximo ano. Trata-se da 28.ª edição e vai mais uma vez ser uma "montra do mundo rural" com cerca de 70 produtores a exporem as mais de 50 toneladas de fumeiro e um volume de negócios estimado de 2,5 milhões de euros. Como de costume, para além do fumeiro, haverá ainda à venda pão da região, bolos, folares, mel, compotas, ervas aromáticas e medicinais e licores regionais. Até ao momento da saída desta edição da “A Barrosana”, desconhece-se o programa para esta edição. III TRANSCÁVADO BTT-GPS Uma das mais desafiantes provas de superação na modalidade de BTT volta a ter o ponto de partida na foz, em Esposende, percorrendo cerca de 150 km, até à Serra do Larouco, por terras de média e alta altitude. Depois do inequívoco sucesso das edições anteriores explorar ainda mais os trilhos que ladeiam o Rio Cávado valorizando a sua ecovia e a natureza no seu esplendor, no abraço a toda região hidrográfica, são alguns dos objetivos de mais uma edição, a qual também contempla um incremento no número de inscrições. O trajeto percorrerá as margens do Rio Cávado, proporcionando aos atletas o desfrute das majestosas paisagens de singular história e estórias de um Rio de Alma e beleza natural, aliando a prática desportiva ao deleite da Mãe Natureza. Associado a estes aspetos está a promoção dos territórios atravessados pela prova, em parceria com os municípios de Esposende, Barcelos, Braga, Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Terras de Bouro e Montalegre, numa dimensão supra municipal, criando um maior envolvimento e união entre os municípios. (Texto e imagem:Câmara Municipal de Montalegre)
  • 22. 3 A BARROSÂNA A BARROSÂNA 22 POLITICA LOCAL A vóz do Presidente… Por altura da realização do Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes no pretérito mês de Setembro, em entrevista ao jornal “A Voz de Chaves, Orlando Alves, Presidente da Câmara de Montalegre, considerou que o Congresso tem potencialidade de crescimento, assim como a exploração do Parque da Peneda Gerês, tornando-se num desafio para os jovens do concelho. Considerou também, que as actuais competências das autarquias não estão ajustadas à realidade dos tempos modernos, sobretudo, ao não permitirem uma maior intervenção na dinamização económica nos territórios. Dado o interesse para a região nas suas palavras, transcreve-se na íntegra a dita entrevista, com a ressalva dos devidos créditos para o referido jornal A Voz de Chaves: Teremos neste fim de semana mais uma edição do Congresso de Medicina Popular. É um acontecimento marcante para o Barroso? Orlando Alves: O Congresso continua a ser um momento importante na vida cultural e social do Barroso. É uma outra forma de apelar à presença das pessoas até nós, até ao território, e, dessa forma, dar a conhecer o Barroso e dinamizar-se também a economia. Continua a ser um acontecimento que concita as atenções dos media, quanto mais não seja para uma nota de rodapé. Estava em período de férias e vi numa das televisões, que nem era o canal generalista, a referência ao Congresso. Ultimamente tem vindo a perder algum fôlego (não vale a pena camuflar ou esconder, como infelizmente também algum fulgor que tem diminuído também com a vitalidade do seu autor que é o Padre Fontes, com os anos e com o problema de saúde que tem), e peca por não haver, localmente, quem agarre esta iniciativa. E é importante que as forças vivas de Vilar de Perdizes apareçam, se mobilizem e defendam esta causa para a qual, obviamente, a Câmara Municipal está de braços abertos e dará todo o apoio. O Congresso de Medicina Popular continua a ter potencial de crescimento, com novas ideias, nomeadamente, na vertente dos chás, tão em voga hoje em dia? Essa foi a vertente que o Congresso nunca soube explorar. Ou melhor, essa é a lacuna ou o vazio que eu vejo no Congresso. Há muitos anos que Vilar de Perdizes devia ser um centro de medicina popular, com espaços para atividade comercial dedicados aos chás, mezinhas e todas as terapias associadas. Um centro de medicina popular onde os profissionais desta atividade viessem dar as suas consultas e atraíssem de todo o país as pessoas que estão carentes deste tipo de tratamento. Essa foi a janela que se abriu para Vilar de Perdizes e que lamentavelmente nunca conseguiu exponenciar-se e perdeu-se uma oportunidade para, digamos, a implementação do centro nacional de cultura ou de medicina popular. Acha que ainda vai a tempo? Ainda vai a tempo se as pessoas de Vilar, obviamente, quiserem, se as pessoas do Barroso quiserem, se apostarem na produção e comercialização deste tipo de mezinhas e de remédios. Convém não esquecer que Vilar de Perdizes é um nome comercialmente muito forte. Qualquer coisa que saia daqui com o rótulo de “Vilar de Perdizes” tem, à partida, 60 ou 70% de hipóteses de vingar no mercado global que é feroz e competitivo. E isso depende, obviamente, muito da iniciativa privada e da capacidade que cada ser, individualmente, possa criar e desenvolver uma determinada ideia. Existe agora a vantagem de a estrada que liga Vilar de Perdizes a Chaves e a Montalegre já estar arranjada… Sim, as barreiras estão a desfazer-se. A proximidade à grande cidade de Chaves é já uma evidência, e a acessibilidade deixa de constituir uma desculpa para a ineficiência ou ineficácia de todos nós. Relacionado com a Medicina Popular, está também a natureza… Considera que o concelho está a saber explorar este recurso Natural, tal como o Parque da Peneda-Gerês? O Parque da Peneda-Gerês é uma mola importantíssima para o desenvolvimento das regiões que atravessa, dos cinco municípios que atravessa, sendo que Montalegre tem 1/3 da área do Parque, e sendo também que a área de Montalegre é a parte de ambiente natural e rural mais marcadamente vincada. E é lamentável que nós, os nativos, conheçamos muito pouco do Parque, e numa incursão que hoje pudéssemos fazer iríamos encontrar muitos estrangeiros de mochila às costas a calcorrear os trilhos que existem no Parque e a conviver numa relação harmoniosa com a natureza. São estes exemplos que os estrangeiros nos dão e que nós temos de saber assimilar e, digamos, até replicar nas nossas vidas, no nosso quotidiano. Aqui em Montalegre há associações que se dedicam à exploração e divulgação desses percursos? Não há infelizmente e é a mesma situação de Vilar de Perdizes. Não há dinâmicas nascidas no interior do Parque que dêem uma dimensão comercial ao potencial que o Parque encerra. Há na zona de Cabril um jovem que se dedica a acompanhar turistas à serra, mas não o faz de forma ligada a uma empresa que ele próprio construa ou desenvolva. Ainda esta semana li uma reportagem num outro jornal acerca dos Picos da Europa, onde há dezenas de empresas a encaminhar os turistas que queiram perfazer os trilhos. Essa é a lacuna que existe também no Parque e que também não cabe aos poderes públicos implementar ou desenvolver. Não cabe à Câmara obrigar a ser guia turístico, assim como não cabe à Câmara obrigar quem quer que seja a ser médico, enfermeiro ou gerente de pastelaria. Estas oportunidades existem e infelizmente não estão a ser agarradas. Estas questões do Parque e do Congresso já têm dezenas de anos, e não vemos a nossa juventude, com todo o enriquecimento e valorização que hoje tem e onde genericamente todos têm já uma formatura ou um curso superior, não se vê uma ideia luminosa a ser implementada, a ser estruturada para que possa naturalmente ser apoiada. A pé ou até a cavalo, há um potencial enorme por explorar e que cabe aos jovens que querem fazer a sua vida no território desenvolver. E a esses jovens eu digo: agarrem essas oportunidades, apresentem essa ideia, estruturem esse projeto, e venham à Câmara, que a Câmara apoia. Com a descentralização que está em curso, não terão as autarquias um maior poder de intervenção na dinamização económica? A descentralização tal como foi apresentada, no meu ponto de vista, quase se assemelha a um descartar de responsabilidades por parte da administração central. A própria legislação que foi produzida veio aos bochechos, ao ponto de se ter apontado a data de 15 de setembro para que os municípios se pronunciassem, e agora essa data já vai até ao final do ano e tudo isto representa um agarrar deste desígnio com pouco entusiasmo e com muita descrença. Descentralizar responsabilidades sem que sejam acompanhadas das correspondentes contrapartidas financeiras não é uma atuação simpática. E o município de Montalegre, que já fez uma primeira assunção de responsabilidades (Continua na página seguinte) OUTUBRO 2018
  • 23. 3 A BARROSÂNA A BARROSÂNA 23 A FORÇA DA MUDANÇA INSURGIU-SE CONTRA O FESTIVAL “FORA DO TEMPO” POLITICA LOCAL na área da educação, ficou a perder com o protocolo que foi na altura assinado com o Ministério da Educação. Estamos todos com receio que as coisas não venham a representar a necessária eficácia e que, sobretudo, se traduzam em mais encargos para os municípios. As autarquias só aceitam se quiserem? Não, a partir de 2020 é obrigatório. Agora ainda temos o prazo de um ano para dizer que aceitamos ou não. Depois passa a ser obrigatório. E obviamente que esta não é uma relação escorreita entre a administração central e a administração local. Continuo a defender uma regionalização, uma entidade regional que faça a ligação aos sucessivos ministérios. Não quer dizer que tenha de ser um Governo Regional. Tem é de haver entidades regionais que estejam neste caminho, neste imenso vazio que há entre o Governo e as autarquias, e que de permeio não existe mais nada. E continuo sobretudo a dizer que há que alterar o figurino de atuação das autarquias. Estas continuam a navegar na mesma onda saída da Revolução de 1974. Como assim? As competências são sempre as mesmas. E, respondendo de forma mais concreta à questão há pouco colocada, não podemos dinamizar a atividade produtiva local, não podemos promover apoios para entidades ou setores que sejam dinamizadores da vida económica de um território e que sejam geradores de emprego. Continuamos a não ter meios para poder fazer aquilo que se impõe que já devia ter sido feito há muito tempo que é o cadastro da propriedade rústica e o dimensionamento da propriedade. Continuamos a não poder, por exemplo, intervir no setor empresarial local, em empresas em que a Câmara seja participada como, por exemplo, o matadouro, que apresenta momentos difíceis. São 30 postos de trabalho que estão em risco. São 30 famílias que vivem aqui e que de um dia para o outro poderão ter de ir embora porque a Câmara não pode intervir, não pode substituir um vidro no matadouro, por exemplo. Esse figurino de atuação que tire as Câmaras do circuito do obreirismo, do faz calceta, faz arruamento, faz estrada, mete água e saneamento, esse figurino está ultrapassado até porque as nossas terras hoje estão razoavelmente infraestruturadas e o orçamento da Câmara deveria estar a ser canalizado para outros patamares, para outros voos dinamizadores da atividade económica. Portanto, a descentralização será um fiasco. Representará, sobretudo, a assunção de mais encargos por parte das autarquias que vão deixar depois de ter orçamento para continuar com o obreirismo, que eu condeno. Por sua vez, o figurino de privilegiar essencialmente o faz infraestrutura, já faz pouco sentido prevalecer no século XXI porquanto hoje a uma Câmara deve caber um papel mais interventivo na dinamização territorial. Paulo Chaves (Continuação…) OUTUBRO 2018 Em reunião de Câmara e segundo nota divulgada pelos seus canais de comunicação, a “A Força da Mudança”, Coligação concorrente às últimas Eleições Autárquicas, solicitou a “intervenção dos serviços municipais para punir a organização do Festival Fora do Tempo pelo incumprimento das leis ambientais, depois de terem deixado as margens da barragem dos Pisões, na Lama da Missa, cheias de lixo”. Entende a dita Coligação, “que ainda que o Festival traga alguns benefícios para o concelho, não podemos permitir que a legislação ambiental e a lei do ruído sejam desrespeitadas de forma grosseira”. Contra tal solicitação se manifestou o Presidente Orlando Alves, argumentando que “se percebe bem a posição dos senhores Vereadores da Oposição, mas não se lhe consta - disse, “que o Meo Sudoeste, Paredes de Coura, Rock in Rio e outros festivais de verão, tragam tanta celeuma, como a que a Oposição quis levantar. O dito festival – argumenta o Presidente, “é uma iniciativa importante, um acontecimento que já ia no segundo ano, que cresceu e se expandiu bastante, podendo vir a tornar-se o gérmen de um evento à escala mundial. Deste modo, alegou que este executivo não alinhava com quem quer politizar tudo. Referiu ainda, que “estamos gratos a quem faz este tipo de iniciativas, acarinhamos quem vem ao nosso território e a quem promove o nosso concelho”. Admitiu que tenha havido perturbação de algum sossego nos dias do festival, mas isso acontece em todo o lado onde há gente, acontece na Vila e nos dias de festa – referiu. Acontece onde se realizam outros festivais. Este é um grande acontecimento, continuou a explicar o Presidente, que traz muita gente e gera milhares de euros de retorno para o concelho. APOIOS ÀS COLECTIVIDADES DESPORTIVAS Também em reunião de Câmara, a dita “A Força da Mudança” votou a favor dos apoios anuais a conceder ao GD de Vilar de Perdizes, ao GD de Salto e à Academia Abelhas Azuis, por entender, serem instituições que verdadeiramente fomentam a prática do desporto no nosso concelho. Em sentido contrário, não apoiaram a proposta do Executivo no propósito de conceder ao Centro Desportivo e Cultural de Montalegre, apoios semelhantes, porque segundo a Coligação, “dificilmente se pode dizer que este Clube está a fomentar a prática do desporto”. Para a “A Força da Mudança”, não se trata de não concordar com os apoios ao C.D.C. de Montalegre!... Argumentam isso sim que têm dúvidas, realçando que gostaríam que o Clube tivesse mais atletas do concelho, nem que competisse num escalão inferior –deixando um alerta para o futuro. TAXAS DO IMI Já em relação às taxas de IMI para 2019, os Vereadores da Oposição tiveram opiniões divergentes mesmo entre si. O Vereador José de Moura Rodrigues votou favoravelmente a proposta da maioria socialista, enquanto isso, o Vereador Carvalho de Moura absteve-se. Segundo este, as taxas propostas pela maioria socialista, “são as mínimas que legalmente podiam ser fixadas, facto que disse ter considerado positivo; mas por outro lado argumentou que a mesma a maioria socialista não tenha sido capaz de explicar como é que estava a pensar por em prática os agravamentos e reduções de taxas da sua proposta, nomeadamente nos casos de prédios degradados, devolutos e em ruínas, facto que pesou negativamente no seu voto. NOTA: parainformação mais detalhada, consultar actas das reuniões de Câmara, disponibilizadas publicamente no site do Municipio, em: https://www.cm-montalegre.pt/
  • 24. 3 A BARROSÂNA A BARROSÂNA 24 OUTUBRO 2018 MUNICIPIO RENOVA APOIO NA FORMAÇÃO DESPORTIVA POLITICA LOCAL Em sessão informal, a Câmara de Montalegre assinou um conjunto de protocolos com os clubes do concelho - tal como em anos anteriores - com vista à presente temporada desportiva. São cerca de 250 mil euros dirigidos para a formação de atletas nas mais diversas categorias. Após a sessão, ficam para registo e memória futura, aa palavras do Presidente Orlando Alves e dos representantes das agremiações desportivas presentes: Orlando Alves|Presidente da Câmara «Está formalizado o contrato de financiamento dos clubes para a nova temporada que se inicia no mês de setembro até ao mês de maio do próximo ano. Importa dizer que estamos a falar de apoios substanciais às quatro coletividades do concelho, que se empenham e fazem um excelente trabalho na formação e no entretenimento. Louvo as direções dos clubes que se prestam a desenvolver este trabalho de sentido cívico e de um exemplar modelo de cidadania. No distrito de Vila Real, a Câmara de Montalegre é a autarquia que mais gasta no apoio aos clubes. São cerca de 250 mil euros por ano. Sabemos que é pouco, mas ninguém dá mais do que o nosso município. Tenho a consciência do grande esforço dos dirigentes para manterem o funcionamento das coletividades, mas importa referir que os clubes são dos sócios e não da autarquia. Não podem continuar a ser financiados, quase na íntegra, pelo orçamento municipal. Uma coletividade que não desenvolva atividades ao longo do ano para a angariação de fundos, não está a dinamizar a formação cívica e cultural. Devem aproveitar os eventos e festas locais. Temos, também, eventos como a "Sexta 13" e o Mundial de Rallycross que podem ser aproveitados para a angariação de fundos e não vejo ninguém a fazê- lo. São comerciantes de fora do concelho que aproveitam essas oportunidades. Para os clubes, atletas, associados e dirigentes, desejo uma época coroada de êxitos, onde prevaleça a educação e onde a sociabilização entre claques e equipas seja uma constante todos os dias». Paulo Viage|Presidente do C. D.C. de Montalegre «Este apoio é essencial para o nosso clube permanecer na competição em que estamos inseridos. Seria impossível sem o apoio do município. É com muito agrado e satisfação que recebemos este financiamento. Só para terem uma ideia, só nos jogos que organizamos no nosso estádio temos uma despesa que ronda os 17 mil euros anuais. São mil euros por cada partida que se joga em casa. Só nós sabemos as nossas dificuldades, dado o escalão desportivo onde nos mantemos. Queremos continuar a levar o nosso clube e a nossa região pelo país fora». Jorge Carvalho|Presidente do G.D. de Salto «É um apoio muito importante e sem este financiamento era impossível mantermos cinco equipas ativas. A verba é utilizada em todas as equipas do grupo. Exige que sejamos rigorosos na gestão e na utilização que é praticamente igual de ano para ano». MárcioRodrigues|Presidente do G.D. de Vilar de Perdizes circunstâncias geográficas das nossas equipas. Os patrocínios e os sócios são cada vez menos. Há cada vez menos pessoas. O nosso município apoia muito o desporto e nós tentamos corresponder da melhor maneira, dignificando o nosso nome. Neste momento temos sete equipas no ativo». Paula Solange Silva|Academia de Futebol e Futsal Abelhas Azuis «Somos uma academia que forma jovens para o desporto e precisamos de contar com todos os apoios possíveis. É uma ajuda essencial para todos os nossos escalões. Temos cerca de 100 atletas. É uma verba utilizada nos transportes, alimentação, equipamentos, que são constantemente atualizados. Agradecemos que o público venha assistir aos nossos eventos desportivos. Queremos a participação dos nossos jovens. Eles são o futuro e queremos que estejam muito bem preparados. Investir na formação desportiva é, sem dúvida, uma boa aposta».