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CURRENT ISSUES
Julho 2010 volume 10 número 3
Fusões e Aquisições no Brasil
Denise Castro
Fusões e aquisições são operações de inegável relevância no cenário econômico mundial. No
Brasil, com a abertura e o fortalecimento da economia, tais processos ganharam importância
crescente a partir do início da década de 90, já que se constituem em interessantes alternativas
de crescimento, num mercado onde se verificam tendências de consolidação de diversos setores
e de globalização.
O histórico de operações de fusões e aquisi-
ções no Brasil pode ser considerado recente.
Só na década de 1990, que representou o
início de uma nova era econômica, em que
o país deixou de ser uma economia fechada
e sem competitividade para se tornar uma
economia globalizada, as operações de M&A
(Mergers and Acquisitions) passaram a ter
mais representatividade no cenário econô-
mico, a partir da maior abertura do país para
o mercado global. Anteriormente a esse pe-
ríodo, tais transações ocorriam em menor
escala, e concentravam-se em alguns seto-
res, como é o caso do setor bancário, cujo
crescimento, em especial nas décadas de 60
e 70, deu-se através de um processo de con-
centração e centralização calcado em fusões
e aquisições.
A concentração bancária no Brasil remonta
ao final da década de 1940. De 1945 a
1964, fase inicial da industrialização brasi-
leira acompanhada por longo período inflaci-
onário e proliferação de atividades especula-
tivas, surgiu um grande número de pequenos
bancos com frágil estrutura de capital, que
desapareceram sem que os bancos mais só-
lidos se interessassem em sua absorção, a
despeito de alguns incentivos oferecidos pela
política econômica. Com isso, o número de
bancos passou de 510 para 328, refletindo
a fragilidade de uma parcela expressiva do
sistema.
Em 1964 e 65 houve a reestruturação do
mercado financeiro, com as reformas do sis-
tema bancário e do mercado de capitais, que
instituíram o sistema de correção monetária,
reformularam o sistema de intermediação fi-
nanceira no país, e disciplinaram o mercado
de capitais, com a criação do Conselho Mo-
netário Nacional e do Banco Central. De
C U R R E N T I S S U E S
__________________________________________________________________________________
DELTA ECONOMICS & FINANCE 2
1967 a 1973, a política bancária conduzida
pelo então ministro Delfim Netto levou a pro-
nunciadas tendências de concentração no
segmento dos bancos, resultando na forma-
ção de conglomerados financeiros, e levando
à nova redução do número de bancos priva-
dos, que caíram para um total de 81 em
1974.
Em setembro de 1988, através da Resolução
n° 1524 do CMN, que extinguiu a exigência
da carta-patente e criou os bancos múltiplos,
foi realizada nova reforma bancária no Brasil,
com a desregulamentação do sistema finan-
ceiro e o fim da compartimentação legal que
existia até então. Após a referida legislação,
houve forte expansão do sistema bancário,
fazendo com que o número de bancos mais
que dobrasse, atingindo um total de 244
bancos em dezembro de 1994 (Banco Cen-
tral (2010)).
Após a crise do México de 1995 e a crise
asiática de 1997, o governo brasileiro imple-
mentou um programa de ajuste no setor ban-
cário, reestruturando o sistema através de li-
quidações e privatizações de bancos públi-
cos, incentivando a fusão, incorporação e
transferência de controle acionário de ban-
cos privados e permitindo a entrada de insti-
tuições estrangeiras para comprar bancos
"problemáticos". Essas medidas provocaram
uma onda de fusões e aquisições bancárias,
cujo pico ocorreu em 1997.
A despeito das operações ocorridas em seto-
res tais como o bancário, a Revista FAE Bu-
siness (2009) e diversas outras fontes atri-
buem o início do processo de M&A no Brasil
à década de 90: "Esse processo iniciou-se
nos primeiros anos da década de 90, de uma
forma tímida", dificultado pelos elevados ní-
veis de inflação, e consequente dificuldade
de planejamento por parte das empresas. No
período, houve redução de barreiras existen-
tes à entrada de capital estrangeiro, redução
de tarifas de proteção às indústrias nacionais
e um fortalecimento do processo de privati-
zações, considerado impulsionador das fu-
sões e aquisições no país (Héau (2001)).
Soma-se a isso o fato de que muitas empre-
sas familiares passaram por mudanças de
geração, nas quais os herdeiros não neces-
sariamente se interessaram pelos negócios,
ou sentiram-se incapacitados para gerí-los,
resultando na necessidade de sua profissio-
nalização, reorganização e/ou venda.
A economia brasileira, por sua vez, passou
gradativamente a apresentar um melhor de-
sempenho, especialmente em função da es-
tabilidade, exercendo maior atratividade para
investidores estrangeiros. Entre 1990 e
1994, segundo a Revista FAE Business, 32%
dos negócios efetivados no país envolveram
capital estrangeiro, contra 52% no período
de 1995 a 99. Dados da KPMG (2005) re-
portam que de 1994 a 2004, 58% das ope-
rações de fusões e aquisições no Brasil en-
volveram capital estrangeiro. Observou-se
ainda o crescimento gradativo do número de
transações efetuadas e dos valores envolvi-
dos: em 94 foram 294 processos, e em
2000, 624 processos, segundo dados da
PricewatherhouseCoopers (PwC).
O ano 2000 foi recorde de operações se
comparado aos anos anteriores, com forte
influência de negócios relacionados à Inter-
net, que totalizaram 18,6% do total de ope-
rações, sendo ainda destaque no ano a forte
atuação de investidores estrangeiros. Dados
da Thomson Financial reportam que, so-
mente no ano de 2002, estas operações to-
talizaram US$ 12 bilhões no Brasil, o que
correspondeu a quase metade das transa-
ções realizadas na América Latina.
C U R R E N T I S S U E S
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DELTA ECONOMICS & FINANCE 3
No ano de 2003, período de transição polí-
tica no país, os cenários macroeconômicos
local e internacional apresentaram-se desfa-
voráveis. Com isso, os investidores estrangei-
ros focaram em seus países de origem, e não
atuaram externamente, como fizeram no ano
anterior. Desta forma, todas as modalidades
de transações apresentaram queda, com as
atividades de fusões e aquisições decres-
cendo 15% em relação ao ano anterior, e
maior impacto nas joint ventures, normal-
mente associadas a um primeiro passo para
a entrada de multinacionais no país (Relató-
rio de Fusões e Aquisições PwC 2003). No
último trimestre do ano, porém, já era obser-
vada a tendência de crescimento que se con-
firmou em 2004: as transações cresceram
17% no trimestre em relação à igual período
em 2002. A recuperação se deu principal-
mente em operações de aquisição de con-
trole e compra de participações minoritárias,
fortemente associadas aos investimentos
nacionais, pois embora o ambiente tenha
melhorado a partir do último trimestre de
2003, os investidores estrangeiros não vol-
taram a atuar como no passado.
Analisando-se os números de transações e a
participação de capital externo versus capital
nacional, fica claro que a queda verificada
em 2002 e 2003 deveu-se preponderante-
mente à diminuição da participação do capi-
tal estrangeiro, que se reduziu em 53%, en-
quanto as operações com capital nacional
reduziram-se em 26%. Nas aquisições ocor-
ridas em 2003, os investidores nacionais es-
tiveram presentes em 68% dos casos (65%
em 2002 e 54% em 2001).
Em 2004 houve crescimento de 23,4% dos
negócios, marcado pela volta dos estrangei-
ros ao país e pelo anúncio de transações de
grande porte no segundo semestre do ano:
foram anunciados 38 negócios acima de
US$100 milhões, frente a 22 negócios em
2003 e 26 negócios em 2002. A participa-
ção estrangeira atingiu 43% das transações,
contra 32% no ano anterior, e concentrou-se
em operações de compra de controle, indi-
cando a intenção por parte de investidores
estrangeiros de se consolidar no país por um
prazo maior. Parte significativa das joint ven-
tures, cujo número de negócios cresceu 63%
em 2004, esteve associada à formação de
parcerias para a participação em leilões pú-
blicos.
Do ponto de vista macroeconômico, o aque-
cimento das operações de M&A pode ser
atribuído ao reaquecimento da economia
global e à consolidação de um cenário eco-
nômico interno mais favorável, dois anos
após a eleição presidencial. Graças ao maior
controle da inflação e do déficit público, con-
tas externas equilibradas devido ao aumento
das exportações e redução das taxas de juros
praticadas internamente, a economia do país
passou a apresentar melhores perspectivas
de crescimento, levando a uma redução na
percepção do risco país. Consequente-
mente, as compras por investidores estran-
geiros, com preferência por aquisição de
controle, cresceram 42%.
Em 2005, apesar de leve redução no número
de transações ocorridas, os valores envolvi-
dos evoluíram positivamente: foram anunci-
ados 33 negócios com valor superior a US$
100 milhões, com valor médio por transação
de US$ 328 milhões, um aumento de 25%
em relação a 2004, quando o valor médio
deste tipo de transações foi de US$ 262 mi-
lhões. No ano, houve 271 compras de parti-
cipações controladoras e não controladoras,
das quais 103 divulgaram o valor: US$ 11,2
bilhões. A transação de maior valor foi a
compra de 100% das ações da argentina
Loma Negra pela Camargo Corrêa, que tota-
lizou US$ 1,0 bilhão (Relatório F&A- PwC
2005).
C U R R E N T I S S U E S
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DELTA ECONOMICS & FINANCE 4
O movimento de 2006, ainda de acordo com
a fonte, foi 51% superior ao do ano anterior,
com 389 compras de participações controla-
doras e não controladoras, das quais 140 di-
vulgaram valor: US$ 40,7 bilhões. Compa-
rado aos anos anteriores, o número de tran-
sações só não foi maior que os de 2000 e
2001, quando houve forte influência de ne-
gócios de menor porte, envolvendo a Inter-
net. A transação de maior valor foi a aquisi-
ção de 86,6% da Inco pela Companhia Vale
do Rio Doce envolvendo um total de US$
14,9 bilhões.
As joint ventures no ano foram impulsiona-
das principalmente pelos negócios envol-
vendo investidores nacionais nos setores de
Construção/ Incorporação e Açúcar e Álcool.
Desde 2003, o número de joint ventures
evoluiu positivamente, indicando que o me-
canismo se mostra viabilizador de cresci-
mento, especialmente entre empresas naci-
onais, diferentemente seu uso na década de
1990, quando o principal foco eram os tes-
tes de mercado por empresas estrangeiras
antes da realização de investimentos mais
relevantes.
Ao lado de transações em que empresas
multinacionais adquiriram nacionais, em
2006 ocorreram diversos negócios importan-
tes no sentido inverso, com aumento expres-
sivo deste tipo de movimentação. Isto foi fa-
cilitado pelo real mais valorizado, que au-
mentou o poder de compra das empresas
nacionais. Houve ainda muitos casos de em-
presas brasileiras comprando outras também
situadas no Brasil, porém de acionistas es-
trangeiros. Em alguns destes casos, a queda
do risco Brasil e a melhor precificação das
ações de empresas de capital aberto nas bol-
sas de valores brasileiras desempenharam
importante papel.
1. Initial Public Offering.
O forte crescimento e a valorização das bol-
sas de valores viabilizaram a realização de
um número sem precedentes de IPOs sendo
que diversas empresas utilizaram os recursos
captados para fazer aquisições.1
Em outros
casos, a valorização e maior liquidez das bol-
sas permitiu que ações de emissão de em-
presas de capital aberto fossem utilizadas
como moeda de pagamento de aquisições
efetuadas, além da venda de participações
dos fundos de private equity. A intensidade
no fluxo de investimentos estrangeiros, ainda
inferior ao nível desejado e ao dos demais
países do BRIC’s2
, demonstrava relativo con-
forto dos investidores com a economia brasi-
leira.
Segundo o relatório de Fusões & Aquisições
no Brasil divulgado pela PwC, durante 2007
o número de transações apresentou um au-
mento de 25% em relação a 2006, atingindo
718 transações, e um crescimento médio
anual de 36% nos dois últimos anos. Este
total configurou-se como o maior número de
transações já registrado no Brasil, superando
a máxima histórica do ano 2000, o que se
torna ainda mais significativo se considerado
que os resultados naquele ano foram impac-
tados por grande número de pequenos negó-
cios ligados à bolha da internet. De acordo
com dados da mesma fonte, o volume de
transações no ano foi de US$ 58,8 bilhões.
A estabilidade econômica, a forte liquidez in-
ternacional, a queda na taxa de juros e o
crescimento do número de empresas com
ações negociadas na Bovespa são mencio-
nados como quatro dos principais fatores
que explicam um dos momentos mais favo-
ráveis para os movimentos de fusões e aqui-
sições (PwC (2009)). Dessa forma, 2007
consolidou-se como um ano recorde, seja
em número de operações, seja em volumes
2. BRIC’s: bloco de países emergentes: Brasil , Rús-
sia, Índia e China.
C U R R E N T I S S U E S
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DELTA ECONOMICS & FINANCE 5
de recursos envolvidos, o que parcialmente
se constitui num reflexo da confiança dos in-
vestidores no mercado local.
Este crescimento foi calcado na participação
de capital nacional, que cresceu 68,5 % em
relação a 2006, e foi responsável por 68%
do total de operações. Destaque ainda para
operações de aquisição de controle, que
passaram de 52% para 62% dos negócios
anunciados.
O capital estrangeiro teve sua participação
reduzida para 32% das transações, e as joint
ventures reduziram-se pela primeira vez
desde 2003.
Os setores de maior destaque foram alimen-
tos e construção civil. No setor alimentos,
destacaram-se operações envolvendo com-
pra e união de usinas de açúcar e álcool,
segmento no qual observou-se a consolida-
ção da entrada de capital estrangeiro e frigo-
ríficos, que passa por um processo global de
consolidação. Na construção civil, joint ven-
tures como as protagonizadas por Rossi Re-
sidencial, e Gafisa, foram responsáveis pelo
aumento de 39% das transações do seg-
mento (Portal da Administração (2009)).
A tendência de aumento de operações de
F&A se justifica tanto pela busca de cresci-
mento por parte das empresas, quanto em
função do crescimento da economia mun-
dial, com consequente aumento da liquidez
financeira, que resultou num aumento da de-
manda por opções de investimento.
Soma-se a isso o fato de as oportunidades
de investimento nas economias mais desen-
volvidas, como Europa e Estados Unidos,
oferecerem um menor grau de atratividade,
já que o retorno esperado nestas economias
tende a ser menor que nos chamados países
emergentes. Investidores situados em mer-
cados maduros, com destaque para os
norte-americanos, estão crescentemente
voltando suas atenções para fora do seu am-
biente doméstico, uma vez que estão cientes
da significativa melhora da relação risco-re-
torno que a diversificação global dos investi-
mentos pode gerar em suas carteiras. Des-
taca-se ainda no ano o aumento da partici-
pação dos fundos, que passaram a atuar em
negócios maiores, comprando o controle ou
até a totalidade das empresas.
Em 2008, ano da crise financeira internaci-
onal, foi atingido novo recorde de transa-
ções, de US$ 95 bilhões, com destaque para
grandes transações entre empresas brasilei-
ras, como Itaú e Unibanco, e a fusão das Bol-
sas de Mercadoria e Futuros - BMF e da
Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA.
Dados da PwC para 2009 reportaram ten-
dência de queda, que se justifica tanto pela
crise econômica quanto pelo fato de que o
ano de 2008 contou com operações de
grande vulto. Cabe ainda ressaltar a prepon-
derância da participação de capital nacional,
com 58% das operações no ano.
Acredita-se num cenário favorável para o
mercado de fusões e aquisições no médio
prazo, em sintonia com a tendência mundial,
que deverá ser impactado pelo desempenho
da economia.
O gráfico a seguir apresenta o desempenho
das transações de F&A no Brasil a partir de
1994, demonstrando o comportamento cí-
clico e a tendência de crescimento ao longo
do período.
C U R R E N T I S S U E S
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DELTA ECONOMICS & FINANCE 6
Referências
Agência Estado de Notícias. Disponível em:
<http://agenciaestado.com.br.>
Héau, Dominique (2001): Manias de Fusões
e Aquisições, em B. T. Bairros (organiza-
dora), Fusões, Aquisições e Parcerias. São
Paulo: Editora Atlas.
KPMG: Relatório de Fusões e Aquisições da
KPMG, disponível em:
<hppt://www.kpmg.com.br/publicacoes/fu-
soes_aquisicoes>
Portal da Administração: disponível em:
<www.administradores.com.br>
PricewaterhouseCoopers: Relatório de Fu-
sões e Aquisições no Brasil. 2003, 2004,
2005, 2006, 2007, 2008, disponível em:
< http://www.pwc.com>
Revista FAE Business: disponível em:
<http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista
_fae_business/n3_setembro_2002/ambi-
ente_economico4_fusões_e_aquisi-
coes_no_brasil.pdf>
Thomson Financial: disponível em:
<http://www.thomsonreuters.com>
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Denise Castro, engenheira química, é consultora associada da Delta Economics & Finance.
As opiniões expressas nesse estudo são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es) e não expressam,
necessariamente, a opinião da Delta Economics & Finance.
Sobre a Delta
Fundada em 2000, a Delta é uma empresa brasileira de consultoria econômica e financeira. Nossa missão
é oferecer soluções de qualidade aos nossos clientes mediante um compromisso com ética, inovação,
trabalho em equipe, alianças estratégicas e capacidade analítica.
Disponibilizamos sofisticadas soluções em Desenvolvimento Local & Logística, Estratégia & Operações, Fi-
nanças Corporativas e Regulação Econômica. O diferencial destas soluções está na utilização de modernos
métodos analíticos.
Nossos profissionais possuem extensa experiência em vários setores de atividade econômica, dentre eles,
automotivo, bancário, construção, energético, imobiliário, óleo e gás, petroquímico, transportes e saúde.
Para maiores informações, visite nosso site:
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Fusões e Aquisições no Brasil

  • 1. CURRENT ISSUES Julho 2010 volume 10 número 3 Fusões e Aquisições no Brasil Denise Castro Fusões e aquisições são operações de inegável relevância no cenário econômico mundial. No Brasil, com a abertura e o fortalecimento da economia, tais processos ganharam importância crescente a partir do início da década de 90, já que se constituem em interessantes alternativas de crescimento, num mercado onde se verificam tendências de consolidação de diversos setores e de globalização. O histórico de operações de fusões e aquisi- ções no Brasil pode ser considerado recente. Só na década de 1990, que representou o início de uma nova era econômica, em que o país deixou de ser uma economia fechada e sem competitividade para se tornar uma economia globalizada, as operações de M&A (Mergers and Acquisitions) passaram a ter mais representatividade no cenário econô- mico, a partir da maior abertura do país para o mercado global. Anteriormente a esse pe- ríodo, tais transações ocorriam em menor escala, e concentravam-se em alguns seto- res, como é o caso do setor bancário, cujo crescimento, em especial nas décadas de 60 e 70, deu-se através de um processo de con- centração e centralização calcado em fusões e aquisições. A concentração bancária no Brasil remonta ao final da década de 1940. De 1945 a 1964, fase inicial da industrialização brasi- leira acompanhada por longo período inflaci- onário e proliferação de atividades especula- tivas, surgiu um grande número de pequenos bancos com frágil estrutura de capital, que desapareceram sem que os bancos mais só- lidos se interessassem em sua absorção, a despeito de alguns incentivos oferecidos pela política econômica. Com isso, o número de bancos passou de 510 para 328, refletindo a fragilidade de uma parcela expressiva do sistema. Em 1964 e 65 houve a reestruturação do mercado financeiro, com as reformas do sis- tema bancário e do mercado de capitais, que instituíram o sistema de correção monetária, reformularam o sistema de intermediação fi- nanceira no país, e disciplinaram o mercado de capitais, com a criação do Conselho Mo- netário Nacional e do Banco Central. De
  • 2. C U R R E N T I S S U E S __________________________________________________________________________________ DELTA ECONOMICS & FINANCE 2 1967 a 1973, a política bancária conduzida pelo então ministro Delfim Netto levou a pro- nunciadas tendências de concentração no segmento dos bancos, resultando na forma- ção de conglomerados financeiros, e levando à nova redução do número de bancos priva- dos, que caíram para um total de 81 em 1974. Em setembro de 1988, através da Resolução n° 1524 do CMN, que extinguiu a exigência da carta-patente e criou os bancos múltiplos, foi realizada nova reforma bancária no Brasil, com a desregulamentação do sistema finan- ceiro e o fim da compartimentação legal que existia até então. Após a referida legislação, houve forte expansão do sistema bancário, fazendo com que o número de bancos mais que dobrasse, atingindo um total de 244 bancos em dezembro de 1994 (Banco Cen- tral (2010)). Após a crise do México de 1995 e a crise asiática de 1997, o governo brasileiro imple- mentou um programa de ajuste no setor ban- cário, reestruturando o sistema através de li- quidações e privatizações de bancos públi- cos, incentivando a fusão, incorporação e transferência de controle acionário de ban- cos privados e permitindo a entrada de insti- tuições estrangeiras para comprar bancos "problemáticos". Essas medidas provocaram uma onda de fusões e aquisições bancárias, cujo pico ocorreu em 1997. A despeito das operações ocorridas em seto- res tais como o bancário, a Revista FAE Bu- siness (2009) e diversas outras fontes atri- buem o início do processo de M&A no Brasil à década de 90: "Esse processo iniciou-se nos primeiros anos da década de 90, de uma forma tímida", dificultado pelos elevados ní- veis de inflação, e consequente dificuldade de planejamento por parte das empresas. No período, houve redução de barreiras existen- tes à entrada de capital estrangeiro, redução de tarifas de proteção às indústrias nacionais e um fortalecimento do processo de privati- zações, considerado impulsionador das fu- sões e aquisições no país (Héau (2001)). Soma-se a isso o fato de que muitas empre- sas familiares passaram por mudanças de geração, nas quais os herdeiros não neces- sariamente se interessaram pelos negócios, ou sentiram-se incapacitados para gerí-los, resultando na necessidade de sua profissio- nalização, reorganização e/ou venda. A economia brasileira, por sua vez, passou gradativamente a apresentar um melhor de- sempenho, especialmente em função da es- tabilidade, exercendo maior atratividade para investidores estrangeiros. Entre 1990 e 1994, segundo a Revista FAE Business, 32% dos negócios efetivados no país envolveram capital estrangeiro, contra 52% no período de 1995 a 99. Dados da KPMG (2005) re- portam que de 1994 a 2004, 58% das ope- rações de fusões e aquisições no Brasil en- volveram capital estrangeiro. Observou-se ainda o crescimento gradativo do número de transações efetuadas e dos valores envolvi- dos: em 94 foram 294 processos, e em 2000, 624 processos, segundo dados da PricewatherhouseCoopers (PwC). O ano 2000 foi recorde de operações se comparado aos anos anteriores, com forte influência de negócios relacionados à Inter- net, que totalizaram 18,6% do total de ope- rações, sendo ainda destaque no ano a forte atuação de investidores estrangeiros. Dados da Thomson Financial reportam que, so- mente no ano de 2002, estas operações to- talizaram US$ 12 bilhões no Brasil, o que correspondeu a quase metade das transa- ções realizadas na América Latina.
  • 3. C U R R E N T I S S U E S __________________________________________________________________________________ DELTA ECONOMICS & FINANCE 3 No ano de 2003, período de transição polí- tica no país, os cenários macroeconômicos local e internacional apresentaram-se desfa- voráveis. Com isso, os investidores estrangei- ros focaram em seus países de origem, e não atuaram externamente, como fizeram no ano anterior. Desta forma, todas as modalidades de transações apresentaram queda, com as atividades de fusões e aquisições decres- cendo 15% em relação ao ano anterior, e maior impacto nas joint ventures, normal- mente associadas a um primeiro passo para a entrada de multinacionais no país (Relató- rio de Fusões e Aquisições PwC 2003). No último trimestre do ano, porém, já era obser- vada a tendência de crescimento que se con- firmou em 2004: as transações cresceram 17% no trimestre em relação à igual período em 2002. A recuperação se deu principal- mente em operações de aquisição de con- trole e compra de participações minoritárias, fortemente associadas aos investimentos nacionais, pois embora o ambiente tenha melhorado a partir do último trimestre de 2003, os investidores estrangeiros não vol- taram a atuar como no passado. Analisando-se os números de transações e a participação de capital externo versus capital nacional, fica claro que a queda verificada em 2002 e 2003 deveu-se preponderante- mente à diminuição da participação do capi- tal estrangeiro, que se reduziu em 53%, en- quanto as operações com capital nacional reduziram-se em 26%. Nas aquisições ocor- ridas em 2003, os investidores nacionais es- tiveram presentes em 68% dos casos (65% em 2002 e 54% em 2001). Em 2004 houve crescimento de 23,4% dos negócios, marcado pela volta dos estrangei- ros ao país e pelo anúncio de transações de grande porte no segundo semestre do ano: foram anunciados 38 negócios acima de US$100 milhões, frente a 22 negócios em 2003 e 26 negócios em 2002. A participa- ção estrangeira atingiu 43% das transações, contra 32% no ano anterior, e concentrou-se em operações de compra de controle, indi- cando a intenção por parte de investidores estrangeiros de se consolidar no país por um prazo maior. Parte significativa das joint ven- tures, cujo número de negócios cresceu 63% em 2004, esteve associada à formação de parcerias para a participação em leilões pú- blicos. Do ponto de vista macroeconômico, o aque- cimento das operações de M&A pode ser atribuído ao reaquecimento da economia global e à consolidação de um cenário eco- nômico interno mais favorável, dois anos após a eleição presidencial. Graças ao maior controle da inflação e do déficit público, con- tas externas equilibradas devido ao aumento das exportações e redução das taxas de juros praticadas internamente, a economia do país passou a apresentar melhores perspectivas de crescimento, levando a uma redução na percepção do risco país. Consequente- mente, as compras por investidores estran- geiros, com preferência por aquisição de controle, cresceram 42%. Em 2005, apesar de leve redução no número de transações ocorridas, os valores envolvi- dos evoluíram positivamente: foram anunci- ados 33 negócios com valor superior a US$ 100 milhões, com valor médio por transação de US$ 328 milhões, um aumento de 25% em relação a 2004, quando o valor médio deste tipo de transações foi de US$ 262 mi- lhões. No ano, houve 271 compras de parti- cipações controladoras e não controladoras, das quais 103 divulgaram o valor: US$ 11,2 bilhões. A transação de maior valor foi a compra de 100% das ações da argentina Loma Negra pela Camargo Corrêa, que tota- lizou US$ 1,0 bilhão (Relatório F&A- PwC 2005).
  • 4. C U R R E N T I S S U E S __________________________________________________________________________________ DELTA ECONOMICS & FINANCE 4 O movimento de 2006, ainda de acordo com a fonte, foi 51% superior ao do ano anterior, com 389 compras de participações controla- doras e não controladoras, das quais 140 di- vulgaram valor: US$ 40,7 bilhões. Compa- rado aos anos anteriores, o número de tran- sações só não foi maior que os de 2000 e 2001, quando houve forte influência de ne- gócios de menor porte, envolvendo a Inter- net. A transação de maior valor foi a aquisi- ção de 86,6% da Inco pela Companhia Vale do Rio Doce envolvendo um total de US$ 14,9 bilhões. As joint ventures no ano foram impulsiona- das principalmente pelos negócios envol- vendo investidores nacionais nos setores de Construção/ Incorporação e Açúcar e Álcool. Desde 2003, o número de joint ventures evoluiu positivamente, indicando que o me- canismo se mostra viabilizador de cresci- mento, especialmente entre empresas naci- onais, diferentemente seu uso na década de 1990, quando o principal foco eram os tes- tes de mercado por empresas estrangeiras antes da realização de investimentos mais relevantes. Ao lado de transações em que empresas multinacionais adquiriram nacionais, em 2006 ocorreram diversos negócios importan- tes no sentido inverso, com aumento expres- sivo deste tipo de movimentação. Isto foi fa- cilitado pelo real mais valorizado, que au- mentou o poder de compra das empresas nacionais. Houve ainda muitos casos de em- presas brasileiras comprando outras também situadas no Brasil, porém de acionistas es- trangeiros. Em alguns destes casos, a queda do risco Brasil e a melhor precificação das ações de empresas de capital aberto nas bol- sas de valores brasileiras desempenharam importante papel. 1. Initial Public Offering. O forte crescimento e a valorização das bol- sas de valores viabilizaram a realização de um número sem precedentes de IPOs sendo que diversas empresas utilizaram os recursos captados para fazer aquisições.1 Em outros casos, a valorização e maior liquidez das bol- sas permitiu que ações de emissão de em- presas de capital aberto fossem utilizadas como moeda de pagamento de aquisições efetuadas, além da venda de participações dos fundos de private equity. A intensidade no fluxo de investimentos estrangeiros, ainda inferior ao nível desejado e ao dos demais países do BRIC’s2 , demonstrava relativo con- forto dos investidores com a economia brasi- leira. Segundo o relatório de Fusões & Aquisições no Brasil divulgado pela PwC, durante 2007 o número de transações apresentou um au- mento de 25% em relação a 2006, atingindo 718 transações, e um crescimento médio anual de 36% nos dois últimos anos. Este total configurou-se como o maior número de transações já registrado no Brasil, superando a máxima histórica do ano 2000, o que se torna ainda mais significativo se considerado que os resultados naquele ano foram impac- tados por grande número de pequenos negó- cios ligados à bolha da internet. De acordo com dados da mesma fonte, o volume de transações no ano foi de US$ 58,8 bilhões. A estabilidade econômica, a forte liquidez in- ternacional, a queda na taxa de juros e o crescimento do número de empresas com ações negociadas na Bovespa são mencio- nados como quatro dos principais fatores que explicam um dos momentos mais favo- ráveis para os movimentos de fusões e aqui- sições (PwC (2009)). Dessa forma, 2007 consolidou-se como um ano recorde, seja em número de operações, seja em volumes 2. BRIC’s: bloco de países emergentes: Brasil , Rús- sia, Índia e China.
  • 5. C U R R E N T I S S U E S __________________________________________________________________________________ DELTA ECONOMICS & FINANCE 5 de recursos envolvidos, o que parcialmente se constitui num reflexo da confiança dos in- vestidores no mercado local. Este crescimento foi calcado na participação de capital nacional, que cresceu 68,5 % em relação a 2006, e foi responsável por 68% do total de operações. Destaque ainda para operações de aquisição de controle, que passaram de 52% para 62% dos negócios anunciados. O capital estrangeiro teve sua participação reduzida para 32% das transações, e as joint ventures reduziram-se pela primeira vez desde 2003. Os setores de maior destaque foram alimen- tos e construção civil. No setor alimentos, destacaram-se operações envolvendo com- pra e união de usinas de açúcar e álcool, segmento no qual observou-se a consolida- ção da entrada de capital estrangeiro e frigo- ríficos, que passa por um processo global de consolidação. Na construção civil, joint ven- tures como as protagonizadas por Rossi Re- sidencial, e Gafisa, foram responsáveis pelo aumento de 39% das transações do seg- mento (Portal da Administração (2009)). A tendência de aumento de operações de F&A se justifica tanto pela busca de cresci- mento por parte das empresas, quanto em função do crescimento da economia mun- dial, com consequente aumento da liquidez financeira, que resultou num aumento da de- manda por opções de investimento. Soma-se a isso o fato de as oportunidades de investimento nas economias mais desen- volvidas, como Europa e Estados Unidos, oferecerem um menor grau de atratividade, já que o retorno esperado nestas economias tende a ser menor que nos chamados países emergentes. Investidores situados em mer- cados maduros, com destaque para os norte-americanos, estão crescentemente voltando suas atenções para fora do seu am- biente doméstico, uma vez que estão cientes da significativa melhora da relação risco-re- torno que a diversificação global dos investi- mentos pode gerar em suas carteiras. Des- taca-se ainda no ano o aumento da partici- pação dos fundos, que passaram a atuar em negócios maiores, comprando o controle ou até a totalidade das empresas. Em 2008, ano da crise financeira internaci- onal, foi atingido novo recorde de transa- ções, de US$ 95 bilhões, com destaque para grandes transações entre empresas brasilei- ras, como Itaú e Unibanco, e a fusão das Bol- sas de Mercadoria e Futuros - BMF e da Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA. Dados da PwC para 2009 reportaram ten- dência de queda, que se justifica tanto pela crise econômica quanto pelo fato de que o ano de 2008 contou com operações de grande vulto. Cabe ainda ressaltar a prepon- derância da participação de capital nacional, com 58% das operações no ano. Acredita-se num cenário favorável para o mercado de fusões e aquisições no médio prazo, em sintonia com a tendência mundial, que deverá ser impactado pelo desempenho da economia. O gráfico a seguir apresenta o desempenho das transações de F&A no Brasil a partir de 1994, demonstrando o comportamento cí- clico e a tendência de crescimento ao longo do período.
  • 6. C U R R E N T I S S U E S __________________________________________________________________________________ DELTA ECONOMICS & FINANCE 6 Referências Agência Estado de Notícias. Disponível em: <http://agenciaestado.com.br.> Héau, Dominique (2001): Manias de Fusões e Aquisições, em B. T. Bairros (organiza- dora), Fusões, Aquisições e Parcerias. São Paulo: Editora Atlas. KPMG: Relatório de Fusões e Aquisições da KPMG, disponível em: <hppt://www.kpmg.com.br/publicacoes/fu- soes_aquisicoes> Portal da Administração: disponível em: <www.administradores.com.br> PricewaterhouseCoopers: Relatório de Fu- sões e Aquisições no Brasil. 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, disponível em: < http://www.pwc.com> Revista FAE Business: disponível em: <http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista _fae_business/n3_setembro_2002/ambi- ente_economico4_fusões_e_aquisi- coes_no_brasil.pdf> Thomson Financial: disponível em: <http://www.thomsonreuters.com>
  • 7. C U R R E N T I S S U E S __________________________________________________________________________________ DELTA ECONOMICS & FINANCE 7 Denise Castro, engenheira química, é consultora associada da Delta Economics & Finance. As opiniões expressas nesse estudo são de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es) e não expressam, necessariamente, a opinião da Delta Economics & Finance. Sobre a Delta Fundada em 2000, a Delta é uma empresa brasileira de consultoria econômica e financeira. Nossa missão é oferecer soluções de qualidade aos nossos clientes mediante um compromisso com ética, inovação, trabalho em equipe, alianças estratégicas e capacidade analítica. Disponibilizamos sofisticadas soluções em Desenvolvimento Local & Logística, Estratégia & Operações, Fi- nanças Corporativas e Regulação Econômica. O diferencial destas soluções está na utilização de modernos métodos analíticos. Nossos profissionais possuem extensa experiência em vários setores de atividade econômica, dentre eles, automotivo, bancário, construção, energético, imobiliário, óleo e gás, petroquímico, transportes e saúde. Para maiores informações, visite nosso site: www.deltaef.com Disclaimer A Delta não realizou uma verificação independente das informações de fontes públicas (nacional e internacional) contidas nesses Documentos. A Delta e seus profissionais, direta ou indiretamente, não expressam nenhuma opinião, nem assumem qualquer responsabilidade pela veracidade, qualidade, suficiência, consistência ou completude de qualquer das informações e conclusões apresentadas em cada um dos Documentos, ou por qualquer omissão com relação a elas. As informações e conclusões de cada Documento refletem o julgamento do autor original quando da publicação, sem levar em conta a data em que o Usuário tomou conhecimento, e estão sujeitas a alteração sem aviso prévio. A Delta reserva-se o direito de modificar as informações e conclusões de cada Documento a qualquer momento sem aviso prévio, bem como de não as atualizar ou interrompê-las completamente. A Delta pode ter elaborado Documentos que consideram conceitos, hipóteses e métodos analíticos distintos e chegar a conclusões diferentes. Esses Documentos podem refletir diferentes conceitos, hipóteses e métodos analíticos dos profissionais que participaram da sua elaboração. Cada uma das conclusões não deve ser tomada como uma indicação, ou mesmo garantia, de conclusões futuras, e nenhuma representação ou garantia, expressa ou implícita, é dada em relação a conclusões futuras. Cada um desses Documentos é protegido por direitos autorais, sendo que copiar e/ou transmitir, no todo ou em parte, qualquer Documento sem autorização prévia e expressa da Delta implica em violação destes direitos. A Delta incentiva a divulgação do seu trabalho e, em geral, poderá conceder prontamente permissão para a cópia ou transmissão. © 2010 – all rights reserved Delta Economics & Finance