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QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 18, NOVEMBRO 2003
L
L
Recebido em 20/11/02, aceito em 14/5/03
Alessandra de Souza Maia, Wanda de Oliveira e Viktoria Klara Lakatos Osório
A água, captada em mananciais, torna-se potável após processamento em estações de tratamento
de água. Uma das etapas do tratamento é a de clarificação (remoção de sólidos finos em suspensão
causadores de turbidez). Neste experimento demonstrativo, as etapas da clarificação da água são
reproduzidas, explorando-se diversos conceitos e ilustrando processos de separação.
dispersões coloidais, coagulação/floculação, tratamento de água
Tratamento de água: o papel do coagulante
E
mbora pareça um contra-senso,
o nosso planeta, com cerca de
70% de sua superfície coberta
por água, dispõe de apenas 0,3% de
água doce acessível. Várias formas
de poluição afetam essas reservas.
O conceito de água pura é, entre-
tanto, relativo, pois depende do uso
a que a água se destina (Azevedo,
1999). Nos centros urbanos, as esta-
ções de tratamento de água (ETA)
são projetadas para fornecer conti-
nuamente água para o consumo hu-
mano, atendendo a padrões de pota-
bilidade estabelecidos pelo governo
e fiscalizados por autoridades
sanitárias (Portaria MS no
1469). A
água, captada nos mananciais, se tor-
na potável passando por processos
que destroem microorganismos,
potenciais causadores de doenças,
retiram sedimentos em suspensão e
controlam o aspecto e o gosto. As
principais operações consistem em
decantação, coagulação/floculação,
filtração e desinfecção (Grassi, 2001).
A ordem das etapas e os reagentes
empregados podem variar, depen-
dendo das características iniciais da
água, do volume e da finalidade do
tratamento.
As etapas do tratamento envol-
vendo a clarificação da água, ou seja,
a remoção de sólidos finos em sus-
pensão que se apresentam como tur-
bidez, podem ser reproduzidas num
experimento demonstrativo, em sala
de aula. O procedimento é simples,
porém permite explorar conceitos
sobre colóides, solubilidade, pH e
reações químicas, além de ilustrar
processos de separação.
Material e reagentes
• 2 béqueres de 1000 mL (ou jar-
ros transparentes de boca larga)
• 1 bastão de vidro (ou espeto de
madeira para churrasco)
• 2 funis
• 2 papéis de filtro qualitativos (ou
filtro de papel para coar café)
• 2 béqueres de 600 mL (ou copos
de vidro)
• 1 pipeta de 1 mL (ou seringa
descartável)
• 1 proveta de 50 mL (ou copinho
de café descartável)
• Água a ser clarificada, obtida dis-
persando terra em água da tor-
neira e filtrando em papel quali-
tativo (visando evitar acidentes
e/ou contaminações, não se re-
comenda o emprego de água
turva natural de rio ou represa)
• Água de cal (solução 0,02 mol/L
de Ca(OH)2
, vide preparação
em Química Nova na Escola n.
10, p. 52)
• Solução de sulfato de alumínio
(0,9 mol de Al/L) ou de alúmen
de potássio (0,18 mol de Al/L)
• Retroprojetor
Procedimento
Coloque a água a ser clarificada,
que simula uma água de represa, nos
dois béqueres de 1 L até cerca da
metade de sua capacidade e dispo-
nha os mesmos sobre um retropro-
jetor ligado, para serem iluminados de
baixo para cima. Reserve um dos bé-
queres para comparação e adicione
ao outro 1 mL de solução de sulfato
de alumínio ou, alternativamente,
5 mL de solução de alúmen. Agite e
em seguida acrescente aos poucos
50 mL de água de cal. Agite branda-
mente e deixe em repouso, obser-
vando os dois sistemas. Após cerca
de 15 minutos, filtre separadamente
os conteúdos dos dois béqueres e
compare os dois filtrados, iluminados
no retroprojetor.
Discussão
Conforme o experimento é de-
monstrado e enquanto se aguarda o
tempo de repouso, um paralelismo
com os processos correspondentes
que ocorrem nas ETA pode ser efe-
tuado, utilizando esquemas e fotos
das instalações (disponíveis em sítios
da Internet). Outras operações, como
desinfecção e fluoretação, não abor-
dadas neste experimento, também
50
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 18, NOVEMBRO 2003Tratamento de água: o papel do coagulante
podem ser comentadas.
A água a ser clarificada recebe o
sulfato de alumínio e a água de cal e
ingressa nos floculadores, onde é
submetida à agitação mecânica (uso
do bastão de vidro na demonstração).
A seguir, dirige-se aos decantadores,
onde permanece por 3 a 4 horas, tem-
po necessário para que as partículas
maiores depositem-se no fundo dos
tanques. A Figura 1 ilustra o que ocor-
re. A água contendo as partículas que
não se depositaram extravasa para
canaletas, no topo dos decantadores,
e é enviada aos filtros, constituídos
por camadas sucessivas de antracito
e areia de várias granulometrias, su-
portadas sobre cascalho (uso de pa-
pel de filtro, no experimento).
Algumas informações auxiliam a in-
terpretação do experimento. A concei-
tuação de colóide e a influência do
tamanho das partículas na velocidade
de sedimentação mostram a impossi-
bilidade de remoção de partículas
coloidais por decantação direta. Por
exemplo, uma partícula esférica de um
material com densidade 2,65 g/mL,
cujo raio é 100 nm (1 nm = 10-9
m),
levaria 230 h para sedimentar, num
percurso de 30 cm, em água a 20 °C
(Singley, 1998).
A propriedade de dispersões
coloidais de espalharem a luz (efeito
Tyndall) permite constatar a presença
de partículas coloidais nos líquidos,
em várias etapas do procedimento.
A comparação entre os dois filtrados
obtidos no final do experimento (Figu-
ra 2) também se baseia nisso.
A informação de que o hidróxido
de alumínio é um sólido gelatinoso
pouco solúvel é importante para o
reconhecimento
das funções dos
reagentes, sulfato
de alumínio como
coagulante e hi-
dróxido de cálcio
para corrigir o pH.
A química da
coagulação é rela-
tivamente com-
plexa, conforme
discutido por
Grassi (2001) e
Singley (1998). As
partículas coloi-
dais de argilomi-
nerais, presentes
em águas naturais
turvas, apresentam cargas negativas
e se repelem. Para serem removidas,
essas impurezas coloidais devem se
aglomerar previamente à decantação
e à filtração. O termo coagulação refe-
re-se à desestabilização dos colóides,
provocada por agente químico adicio-
nado, enquanto a floculação é o pro-
cesso em que a agitação lenta pro-
porciona condições para as partículas
se aglutinarem, produzindo flocos
suficientemente grandes. Nas ETA
utilizam-se como coagulante sais de
alumínio ou de ferro(III). Nas condi-
ções do processo de tratamento de
água (pH 5 a 9), esses cátions pro-
duzem hidróxidos gelatinosos pouco
solúveis, Al(OH)3
e Fe(OH)3
. As es-
pécies reativas que atuam sobre os
colóides formam-se nos primeiros ins-
tantes após a adição do coagulante.
São espécies catiônicas, com propor-
ção hidroxila/metal inferior a 3, por
isso interagem com as impurezas
coloidais, carregadas negativamente.
Se houver tempo disponível, o
experimento pode ser efetuado pelos
próprios alunos, divididos em grupos.
Cada grupo pode utilizar diferentes
quantidades e proporções do coagu-
lante e do alcalinizante. É o que se faz
diariamente nas ETA, através dos tes-
tes de jarra (“jar-test”), para definir, con-
forme as condições da água bruta, a
dosagem ideal dos reagentes para se
obter água tratada de boa qualidade.
Após esta aula e uma visita à ETA
da cidade, os alunos seguramente
terão outra compreensão do que está
envolvido no simples fato de abrir uma
torneira.
Questões propostas
1. Apresente as suas observações
sobre o aspecto visual da água de
represa e o aspecto visual da água
tratada.
2. O que se forma quando sulfato
de alumínio e hidróxido de cálcio são
misturados? Escreva a equação da
Figura 1: Etapas da decantação, após a coagulação/floculação, no tratamento de uma água bruta que apresenta turbidez elevada.
Figura 2: Comparação entre a água bruta apenas filtrada e a
água tratada e filtrada.
51
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 18, NOVEMBRO 2003
Abstract: From Murky to Clear Water: The Role of the Coagulant – Natural water becomes potable after processing in water-treatment plants. One of the water purification steps is clarification
(removal of finely divided particles responsible for turbidity). In this demonstrative experiment, the steps involving water clarification are reproduced, exploiting several concepts and illustrating
separation processes.
Keywords: colloidal dispersions, coagulation/flocculation, water treatment
Referências bibliográficas
AZEVEDO, E.B. Poluição vs. tratamen-
to de água. Química Nova na Escola, n.
10, p. 21-25, 1999.
GRASSI, M.T. As águas do planeta Ter-
ra. Em: Giordan, M. e Jardim, W.F. (Eds.).
Cadernos Temáticos de Química Nova
na Escola (Meio Ambiente), n. 1, p. 31-
40, 2001.
PORTARIA MS n. 1469. Ministério da
Saúde, 20/12/2000. Disponível em
http://www.funasa.gov.br/amb/pdfs/
Tratamento de água: o papel do coagulante
portaria_1469.pdf.
SINGLEY, J.E. Municipal water treatment.
Em: The Kirk-Othmer encyclopedia of
chemical technology, 4a
ed., Nova Iorque:
John Wiley & Sons, v. 25, p. 526-540, 1998.
Para saber mais
GUIMARÃES, J.R. e NOUR, E.A.A. Tra-
tando nossos esgotos: processos que imi-
tam a natureza. Em: Giordan, M. e Jardim,
W.F. (Eds.). Cadernos Temáticos de Quí-
mica Nova na Escola (Meio Ambiente), n.
1, p. 19-30, 2001.
JAFELICCI JR., M. e VARANDA, L.C.
O mundo dos colóides. Química Nova
na Escola, n. 9, p. 9-13, 1999.
Na Internet
http://www.mma.gov.br/port/srh/
acervo.
http://www.ocaminhodaagua.hpg.ig.
com.br.
http://www.tratamentodeagua.com.br/
agua.
reação.
3. Comparando os dois filtrados
obtidos (sem e com tratamento), pro-
ponha uma explicação para os fatos
observados.
Nota
O experimento foi demonstrado
para estudantes do 2o
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anos do
Ensino Médio, durante a fase final da
Olimpíada de Química SP-2002, reali-
zada no Instituto de Química da USP,
em junho de 2002.
Alessandra de Souza Maia (asmaia@iq.usp.br), ba-
charel em Química pela USP, é mestre e doutoranda
em Ciências (Química Inorgânica) pela USP. Wanda
de Oliveira (wdolivei@iq.usp.br), bacharel com atri-
buições tecnológicas e licenciada em Química, mes-
tre em Físico-Química e doutora em Química Inorgâ-
nica pela USP, é docente do Instituto de Química da
USP. Viktoria Klara Lakatos Osorio (vklosori@iq.usp.
br), bacharel com atribuições tecnológicas e licen-
ciada em Química, doutora em Ciências (Química
Inorgânica) pela USP, é docente do Instituto de
Química da USP.
XII Encontro Nacional de Ensino de Química
O ENEQ é um evento que há 22 anos reúne professores,
pesquisadores, alunos de graduação, pós-graduação e
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cação Química.
O primeiro ENEQ ocorreu em 1982, no Instituto de Química
da UNICAMP. Desde então, a cada dois anos e em diferentes
regiões, representantes da comunidade de educadores
químicos de todo o país têm se reunido; esses encontros
muito contribuiram para a consolidação dessa comunidade
e dos trabalhos e pesquisas por ela desenvolvidos. Temáticas
diversificadas e geradoras de debates cada vez mais amadu-
recidos demonstram a consolidação desta área no Brasil.
O XII ENEQ acontecerá em Goiânia, no Instituto de
Química da Universidade Federal de Goiás, nos dias 27 a 30
de julho de 2004, tendo como tema central “As Novas Políticas
Educacionais e seus Impactos no Ensino de Química”. A
estrutura preliminar do evento prevê minicursos, sessões de
painéis, conferências, mesas redondas, palestras, e sessões
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Juntamente com o XII ENEQ acontecerão o XIII Encontro
Centro-Oeste de Debates sobre Ensino de Química e o III
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Para maiores informações visite a página da UFG no en-
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Modelo de apresentação de TCC em power point
 

Coagulantes

  • 1. 49 QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 18, NOVEMBRO 2003 L L Recebido em 20/11/02, aceito em 14/5/03 Alessandra de Souza Maia, Wanda de Oliveira e Viktoria Klara Lakatos Osório A água, captada em mananciais, torna-se potável após processamento em estações de tratamento de água. Uma das etapas do tratamento é a de clarificação (remoção de sólidos finos em suspensão causadores de turbidez). Neste experimento demonstrativo, as etapas da clarificação da água são reproduzidas, explorando-se diversos conceitos e ilustrando processos de separação. dispersões coloidais, coagulação/floculação, tratamento de água Tratamento de água: o papel do coagulante E mbora pareça um contra-senso, o nosso planeta, com cerca de 70% de sua superfície coberta por água, dispõe de apenas 0,3% de água doce acessível. Várias formas de poluição afetam essas reservas. O conceito de água pura é, entre- tanto, relativo, pois depende do uso a que a água se destina (Azevedo, 1999). Nos centros urbanos, as esta- ções de tratamento de água (ETA) são projetadas para fornecer conti- nuamente água para o consumo hu- mano, atendendo a padrões de pota- bilidade estabelecidos pelo governo e fiscalizados por autoridades sanitárias (Portaria MS no 1469). A água, captada nos mananciais, se tor- na potável passando por processos que destroem microorganismos, potenciais causadores de doenças, retiram sedimentos em suspensão e controlam o aspecto e o gosto. As principais operações consistem em decantação, coagulação/floculação, filtração e desinfecção (Grassi, 2001). A ordem das etapas e os reagentes empregados podem variar, depen- dendo das características iniciais da água, do volume e da finalidade do tratamento. As etapas do tratamento envol- vendo a clarificação da água, ou seja, a remoção de sólidos finos em sus- pensão que se apresentam como tur- bidez, podem ser reproduzidas num experimento demonstrativo, em sala de aula. O procedimento é simples, porém permite explorar conceitos sobre colóides, solubilidade, pH e reações químicas, além de ilustrar processos de separação. Material e reagentes • 2 béqueres de 1000 mL (ou jar- ros transparentes de boca larga) • 1 bastão de vidro (ou espeto de madeira para churrasco) • 2 funis • 2 papéis de filtro qualitativos (ou filtro de papel para coar café) • 2 béqueres de 600 mL (ou copos de vidro) • 1 pipeta de 1 mL (ou seringa descartável) • 1 proveta de 50 mL (ou copinho de café descartável) • Água a ser clarificada, obtida dis- persando terra em água da tor- neira e filtrando em papel quali- tativo (visando evitar acidentes e/ou contaminações, não se re- comenda o emprego de água turva natural de rio ou represa) • Água de cal (solução 0,02 mol/L de Ca(OH)2 , vide preparação em Química Nova na Escola n. 10, p. 52) • Solução de sulfato de alumínio (0,9 mol de Al/L) ou de alúmen de potássio (0,18 mol de Al/L) • Retroprojetor Procedimento Coloque a água a ser clarificada, que simula uma água de represa, nos dois béqueres de 1 L até cerca da metade de sua capacidade e dispo- nha os mesmos sobre um retropro- jetor ligado, para serem iluminados de baixo para cima. Reserve um dos bé- queres para comparação e adicione ao outro 1 mL de solução de sulfato de alumínio ou, alternativamente, 5 mL de solução de alúmen. Agite e em seguida acrescente aos poucos 50 mL de água de cal. Agite branda- mente e deixe em repouso, obser- vando os dois sistemas. Após cerca de 15 minutos, filtre separadamente os conteúdos dos dois béqueres e compare os dois filtrados, iluminados no retroprojetor. Discussão Conforme o experimento é de- monstrado e enquanto se aguarda o tempo de repouso, um paralelismo com os processos correspondentes que ocorrem nas ETA pode ser efe- tuado, utilizando esquemas e fotos das instalações (disponíveis em sítios da Internet). Outras operações, como desinfecção e fluoretação, não abor- dadas neste experimento, também
  • 2. 50 QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 18, NOVEMBRO 2003Tratamento de água: o papel do coagulante podem ser comentadas. A água a ser clarificada recebe o sulfato de alumínio e a água de cal e ingressa nos floculadores, onde é submetida à agitação mecânica (uso do bastão de vidro na demonstração). A seguir, dirige-se aos decantadores, onde permanece por 3 a 4 horas, tem- po necessário para que as partículas maiores depositem-se no fundo dos tanques. A Figura 1 ilustra o que ocor- re. A água contendo as partículas que não se depositaram extravasa para canaletas, no topo dos decantadores, e é enviada aos filtros, constituídos por camadas sucessivas de antracito e areia de várias granulometrias, su- portadas sobre cascalho (uso de pa- pel de filtro, no experimento). Algumas informações auxiliam a in- terpretação do experimento. A concei- tuação de colóide e a influência do tamanho das partículas na velocidade de sedimentação mostram a impossi- bilidade de remoção de partículas coloidais por decantação direta. Por exemplo, uma partícula esférica de um material com densidade 2,65 g/mL, cujo raio é 100 nm (1 nm = 10-9 m), levaria 230 h para sedimentar, num percurso de 30 cm, em água a 20 °C (Singley, 1998). A propriedade de dispersões coloidais de espalharem a luz (efeito Tyndall) permite constatar a presença de partículas coloidais nos líquidos, em várias etapas do procedimento. A comparação entre os dois filtrados obtidos no final do experimento (Figu- ra 2) também se baseia nisso. A informação de que o hidróxido de alumínio é um sólido gelatinoso pouco solúvel é importante para o reconhecimento das funções dos reagentes, sulfato de alumínio como coagulante e hi- dróxido de cálcio para corrigir o pH. A química da coagulação é rela- tivamente com- plexa, conforme discutido por Grassi (2001) e Singley (1998). As partículas coloi- dais de argilomi- nerais, presentes em águas naturais turvas, apresentam cargas negativas e se repelem. Para serem removidas, essas impurezas coloidais devem se aglomerar previamente à decantação e à filtração. O termo coagulação refe- re-se à desestabilização dos colóides, provocada por agente químico adicio- nado, enquanto a floculação é o pro- cesso em que a agitação lenta pro- porciona condições para as partículas se aglutinarem, produzindo flocos suficientemente grandes. Nas ETA utilizam-se como coagulante sais de alumínio ou de ferro(III). Nas condi- ções do processo de tratamento de água (pH 5 a 9), esses cátions pro- duzem hidróxidos gelatinosos pouco solúveis, Al(OH)3 e Fe(OH)3 . As es- pécies reativas que atuam sobre os colóides formam-se nos primeiros ins- tantes após a adição do coagulante. São espécies catiônicas, com propor- ção hidroxila/metal inferior a 3, por isso interagem com as impurezas coloidais, carregadas negativamente. Se houver tempo disponível, o experimento pode ser efetuado pelos próprios alunos, divididos em grupos. Cada grupo pode utilizar diferentes quantidades e proporções do coagu- lante e do alcalinizante. É o que se faz diariamente nas ETA, através dos tes- tes de jarra (“jar-test”), para definir, con- forme as condições da água bruta, a dosagem ideal dos reagentes para se obter água tratada de boa qualidade. Após esta aula e uma visita à ETA da cidade, os alunos seguramente terão outra compreensão do que está envolvido no simples fato de abrir uma torneira. Questões propostas 1. Apresente as suas observações sobre o aspecto visual da água de represa e o aspecto visual da água tratada. 2. O que se forma quando sulfato de alumínio e hidróxido de cálcio são misturados? Escreva a equação da Figura 1: Etapas da decantação, após a coagulação/floculação, no tratamento de uma água bruta que apresenta turbidez elevada. Figura 2: Comparação entre a água bruta apenas filtrada e a água tratada e filtrada.
  • 3. 51 QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 18, NOVEMBRO 2003 Abstract: From Murky to Clear Water: The Role of the Coagulant – Natural water becomes potable after processing in water-treatment plants. One of the water purification steps is clarification (removal of finely divided particles responsible for turbidity). In this demonstrative experiment, the steps involving water clarification are reproduced, exploiting several concepts and illustrating separation processes. Keywords: colloidal dispersions, coagulation/flocculation, water treatment Referências bibliográficas AZEVEDO, E.B. Poluição vs. tratamen- to de água. Química Nova na Escola, n. 10, p. 21-25, 1999. GRASSI, M.T. As águas do planeta Ter- ra. Em: Giordan, M. e Jardim, W.F. (Eds.). Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola (Meio Ambiente), n. 1, p. 31- 40, 2001. PORTARIA MS n. 1469. Ministério da Saúde, 20/12/2000. Disponível em http://www.funasa.gov.br/amb/pdfs/ Tratamento de água: o papel do coagulante portaria_1469.pdf. SINGLEY, J.E. Municipal water treatment. Em: The Kirk-Othmer encyclopedia of chemical technology, 4a ed., Nova Iorque: John Wiley & Sons, v. 25, p. 526-540, 1998. Para saber mais GUIMARÃES, J.R. e NOUR, E.A.A. Tra- tando nossos esgotos: processos que imi- tam a natureza. Em: Giordan, M. e Jardim, W.F. (Eds.). Cadernos Temáticos de Quí- mica Nova na Escola (Meio Ambiente), n. 1, p. 19-30, 2001. JAFELICCI JR., M. e VARANDA, L.C. O mundo dos colóides. Química Nova na Escola, n. 9, p. 9-13, 1999. Na Internet http://www.mma.gov.br/port/srh/ acervo. http://www.ocaminhodaagua.hpg.ig. com.br. http://www.tratamentodeagua.com.br/ agua. reação. 3. Comparando os dois filtrados obtidos (sem e com tratamento), pro- ponha uma explicação para os fatos observados. Nota O experimento foi demonstrado para estudantes do 2o e 3o anos do Ensino Médio, durante a fase final da Olimpíada de Química SP-2002, reali- zada no Instituto de Química da USP, em junho de 2002. Alessandra de Souza Maia (asmaia@iq.usp.br), ba- charel em Química pela USP, é mestre e doutoranda em Ciências (Química Inorgânica) pela USP. Wanda de Oliveira (wdolivei@iq.usp.br), bacharel com atri- buições tecnológicas e licenciada em Química, mes- tre em Físico-Química e doutora em Química Inorgâ- nica pela USP, é docente do Instituto de Química da USP. Viktoria Klara Lakatos Osorio (vklosori@iq.usp. br), bacharel com atribuições tecnológicas e licen- ciada em Química, doutora em Ciências (Química Inorgânica) pela USP, é docente do Instituto de Química da USP. XII Encontro Nacional de Ensino de Química O ENEQ é um evento que há 22 anos reúne professores, pesquisadores, alunos de graduação, pós-graduação e pessoas interessadas em discutir questões relativas à Edu- cação Química. O primeiro ENEQ ocorreu em 1982, no Instituto de Química da UNICAMP. Desde então, a cada dois anos e em diferentes regiões, representantes da comunidade de educadores químicos de todo o país têm se reunido; esses encontros muito contribuiram para a consolidação dessa comunidade e dos trabalhos e pesquisas por ela desenvolvidos. Temáticas diversificadas e geradoras de debates cada vez mais amadu- recidos demonstram a consolidação desta área no Brasil. O XII ENEQ acontecerá em Goiânia, no Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás, nos dias 27 a 30 de julho de 2004, tendo como tema central “As Novas Políticas Educacionais e seus Impactos no Ensino de Química”. A estrutura preliminar do evento prevê minicursos, sessões de painéis, conferências, mesas redondas, palestras, e sessões coordenadas. Juntamente com o XII ENEQ acontecerão o XIII Encontro Centro-Oeste de Debates sobre Ensino de Química e o III Encontro Centro-Oeste de Química. Para maiores informações visite a página da UFG no en- dereço http://www. quimica.ufg.br/eneq/eneq.htm. Evento