1. MIGUEL DE CERVANTES
Miguel de Cervantes é o nome mais lembrado da literatura espanhola. Foi um grande escritor dramático e
romântico que nasceu na cidade Alcalá de Henares, em 1547. O poeta estudou em Madri e Sevilla no século
XVI, que nesta época era considerada a capital das finanças, comércio e do meio artístico. Aos 24 anos foi
servir o exército espanhol do Rei Filipe II combatendo o império turco, episódio em que ficou com os
movimentos da mão esquerda comprometidos, mas antes desse acidente já tinha posto em prática seu perfil
de romancista com quatro poesias.
Livros
Cervantes se casa com Catalina de Salazar em 1584 e vai morar no povoado de La Mancha. Publica o livro
de ficção A Galatea em 1585 e com muito esforço de seus amigos conseguiu publicá-lo e passou a ser
conhecido para um grupo muito seleto de leitores. Em 1597 criou sua obra mais lida Dom Quixote de La
Mancha que segundo o prefácio do livro indica que a ideia para escrevê-lo tenha vindo em 1597 no período
em que estava preso por conta do banco em que depositava arrecadações ter falido.
Dom Quixote de La Mancha
O livro relata a história de um velho de classe alta que perde a razão por ler muitos livros sobre romances de
cavalaria e passa a imitar os herois dessas histórias. Assim, Dom Quixote sai desbravando o mundo com seu
fiel companheiro Sancho Pança e invade os povoados de La Mancha, Aragão e Catalunha envolvendo-se em
diversas aventuras e se apaixona por Dulcineia. Aos poucos o velho sonhador percebe que os herois que ele
tanto vislumbrou não existem. Este livro possui duas partes.
Morte
Cervantes teria morrido em 23 de abril de 1616 e a data foi adotada pelos espanhóis como Dia do Livro no
país. A data coincide com a morte de William Shakespeare. As causas de sua morte não são bem definidas,
mas acredita-se que o poeta tenha morrido de cirrose. Uma curiosidade é que o rosto de Cervantes só ficou
conhecido por uma única pintura de Juan de Jauregui.
O poeta influencia até hoje escritores do mundo todo.
¿QUIÉN DEJARÁ, DEL VERDE PRADO QUEM DEIXARÁ, DO VERDE PRADO
UMBROSO UMBROSOTradução
¿Quién dejará, del verde prado Quem deixará, do verde prado
umbroso, umbroso,
las frescas yerbas y las frescas as frescas ervas e as lustrais
fuentes? nascentes?
¿Quién, de seguir con pasos diligentes Quem, de seguir com passos diligentes
la suelta liebre o jabalí cerdoso? a solta lebre, o javali cerdoso?
¿Quién, con el son amigo y sonoroso, Quem, com o canto amigo e sonoroso,
no detendrá las aves inocentes? não prenderá as aves inocentes?
Quién, en las horas de la siesta, Quem, nas horas da sesta, horas
ardientes, ardentes,
no buscará en las selvas el reposo, não buscará nas selvas o repouso,
por seguir los incendios, los temores, por seguir os incêndios, os temores,
los celos, iras, rabias, muertes, penas os zelos, iras, raivas, mortes, teias
del falso amor que tanto aflige al do falso amor que tanto aflige o mundo?
mundo? Do campo são e hão sido meus amores,
Del campo son y han sido mis amores, rosas são e jasmins minhas cadeias,
rosas son y jazmines mis cadenas, livre nasci, e em livre ser me fundo.
libre nací, y en libertad me fundo.