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Antes e depois dos talibãs
Mulheres no
Afeganistão
Nos anos de 1960, o Afeganistão era um país que se
passaria por qualquer outro da comunidade europeia.
Antes do Talibã as mulheres afegãs eram livres, e
representavam:
70% dos professores no País;
50% dos funcionários públicos e universitários;
15% do poder legislativo.
O Afeganistão na Guerra Fria
* O Afeganistão se alinhou ao comunismo em 1978, com a Revolução Marxista.
Neste ano, por meio de um golpe de Estado, um grupo assumiu o poder para dar
início a uma transição ao comunismo. No entanto, parte da população muçulmana
levantou uma resistência armada conhecida como mujahideen, apoiada pelos
Estados Unidos e pelo Paquistão.
* Como o governo instalado não conseguiu frear a resistência, em 1979, a URSS
ocupou o país para combater as tropas mujahideen. Nos conflitos, registra-se
que mais de um milhão de afegãos perderam a vida. Ao fim, o exército comunista
foi derrotado e retirou-se do Afeganistão de maneira gradual, entre 1988 e 1989.
* No entanto, grupos internos continuaram lutando pelo poder, em uma franca
guerra civil, até que, em 1992, as forças comunistas são definitivamente
derrotadas e assume o poder uma junção de diversas facções rivais. Essa junção,
porém, não durou frente às disputas internas. Esse contexto fez com que, em 1994,
um novo grupo fundamentalista islâmico chegasse ao poder no Afeganistão: o
Talibã.
Com o Talibã...
• Com o Talibã no poder, as mulheres começaram a desaparecer dos espaços públicos, e entre
1996 e 2001, o grupo extremista islâmico impôs uma lista de 29 regras que retirava às
mulheres todos os tipos de direitos.
• O país foi considerado o mais perigoso do mundo para as mulheres e encontra-se, por
enquanto, no segundo lugar, depois da Índia.
•As mulheres não podem trabalhar fora de casa, à exceção de um número reduzido de médicas e
enfermeiras e apenas em alguns hospitais de Cabul.
•As mulheres não podem sair de casa sem estarem acompanhadas pelo marido ou um parente homem.
•Não podem ser observadas por um médico. Perante a falta de profissionais de saúde do sexo feminino,
muitas mulheres morrem sem assistência médica.
•As mulheres não podem frequentar a escola.
•Não podem mostrar qualquer parte do corpo em público e são obrigadas a usar burca.
•As mulheres acusadas de ter relações sexuais fora do casamento são apedrejadas.
•Os cosméticos estão proibidos e há relatos de mulheres a quem os talibã cortaram dedos por usarem
esmaltes.
•A voz das mulheres não pode ser ouvida em público, nem os seus passos, também são proibidas de rir.
•Não podem ir à janela ou à varanda de casa para não serem vistas.
•Não podem usar as casas de banho públicas.
•É proibido publicar imagens de mulheres em revistas ou livros, muito menos dar-lhes espaço na rádio ou na
televisão.
•As mulheres estão também impedidas de andar de bicicleta, moto e de praticar esportes.
•Nenhuma praça, rua, avenida pode incluir a palavra "mulher".
Atualmente...
• Depois que os líderes do Talibã assumiram o controle das províncias de Badakhshan e Takhar,
foi emitida uma ordem para os líderes religiosos locais fornecerem uma lista de meninas com
mais de 15 anos e viúvas com menos de 45 para “casamento” com guerrilheiros talibãs.
• A violação das regras acarretava punições severas do Talibã, como prisão, tortura ou até a
morte. As mulheres costumavam ser açoitadas publicamente ou executadas.
• Apesar de alegar que mudaram sua postura sobre os direitos das mulheres, as ações do Talibã
e os últimos esforços para submeter milhares de mulheres à escravidão sexual demonstram
exatamente o oposto.
• A ordem de fornecer a lista com o nome de meninas e mulheres aptas ao casamento revela
uma estratégia antiga: “oferecer esposas” para atrair mais militares.
• Forçar mulheres à escravidão sexual sob o pretexto de casamento é considerado como crime
de guerra e crime contra a humanidade, conforme a Convenção de Genebra.
• “As mulheres devem ser especialmente protegidas contra qualquer ataque à sua honra,
em particular contra estupro, prostituição forçada ou qualquer outra forma de
agressão indecente”, cita o artigo 27 da Convenção.
Retrocessos educacionais
• Algumas militantes afegãs afirmaram que os talibãs estão determinados a impor
novamente a sua versão da sharia, a lei islâmica, que inclui apedrejamento por adultério,
amputação de membros por roubo e proibição de meninas com mais de 12 anos de ir à
escola.
• Conforme dados do governo afegão, 3,5 milhões de crianças estão fora da escola, 85% são
meninas, apenas 37% de meninas adolescentes são alfabetizadas, em comparação com 66%
dos meninos adolescentes.
• Um terço das meninas afegãs se casam antes dos 18 anos.
• À medida que as milícias e gangues criminosas proliferaram, as meninas enfrentaram
ameaças, incluindo assédio sexual, sequestro e ataques com ácido, bem como ataques
direcionados e ameaças contra a educação de meninas.
Resistência atual
Algumas mulheres afegãs, com medo do regresso das restrições impostas começam a desafiar os
talibãs com protestos públicos exigindo ser incluídas no Governo e o direito de continuarem a
trabalhar.
São cada vez mais as imagens de mulheres brandindo cartazes e divulgando palavras de ordem
contra os talibãs em todo o Afeganistão, um símbolo da resistência de jornalistas, ativistas e
trabalhadoras que se opõem a retroceder àquela obscura era de repressão.
No aeroporto de Cabul, a situação é cada vez mais dramática. Começam a faltar água e comida
para os milhares de pessoas que tentam chegar aos terminais e repetem-se os casos de mães
desesperadas, que entregam os próprios filhos aos militares norte-americanos.
O desespero está em todo o lado, principalmente nas crianças que choram e em mães que se
despedem dos filhos.
Visão do Talibã sobre as mulheres não reflete o Alcorão
O Talibã decidiu obrigar as mulheres a usar véu e cobrir o rosto, porém as medidas adotadas
pelo Talibã no passado e no presente refletem interpretações equivocadas da sharia, a lei
islâmica que se baseia no Alcorão, livro sagrado do islamismo. Pesam também as tradições
tribais do Talibã e do próprio Afeganistão.
O texto sagrado do islamismo trata do direito de todos ao conhecimento, fala de liberdade dos
seguidores e não há uma leitura única sobre, por exemplo, o uso do véu.
“Você não pode obrigar o adepto a adotar as práticas que [você] considera corretas, isso é
uma atitude anti-islâmica, porque o texto sagrado prega a liberdade e o respeito ao
diferente”, explica Ali Zoghbi, vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do
Brasil (Fambras).
O Taleban faz uso da lei islâmica de forma distorcida. É o que afirma a professora de
antropologia da USP Francirosy Barbosa:
“O governo Taleban não respeita a Sharia. Se ele seguisse a Sharia, em primeiro lugar ele
respeitaria as mulheres”.
“Os direitos que o Islã dá as mulheres desde o século 7 são o direito ao divórcio, o direito
a herança, o direito à busca do conhecimento, direito de escolher o marido, direito de
viver em sociedade como qualquer outra pessoa.”
Nem toda mulher que usa véu é
oprimida
• Uma mãe, sua filha e uma boneca
passam por uma transformação com
véus muçulmanos, por meio de nove
imagens, até estarem completamente
cobertas por burcas e, finalmente,
desaparecerem por completo.
• A montagem com a série de fotos
viralizou nas redes sociais desde que o
Talebã retomou o poder no
Afeganistão.
• Criada em 2010 pela fotógrafa
iemenita Boushra Almutawakel, a obra
voltou a circular em meio à crise no
país sob a legenda "desaparecimento".
• A repercussão surpreendeu a própria
autora, considerada uma defensora dos
direitos da mulher e uma pioneira no
mundo muçulmano.
“Não estamos focando nos reais problemas. Sempre se diz às mulheres o que
fazer, para usar o hijab ou tirá-lo, ser magra, ser jovem... Deixem-nos em paz!
Veja o que é a indústria de maquiagem e do bem-estar. Os bilhões de dólares
que circulam aí. As mulheres passam por cirurgias plásticas e morrem de fome
para ficarem magras. Essa também é uma forma de opressão.”
Muitas das mulheres que se cobrem são médicas, políticas, escritoras,
advogadas, artistas. E elas são fortes. Não porque seu rosto ou seu corpo
estejam cobertos, mas por seu intelecto.
Algumas pessoas no Ocidente veem uma mulher com véu e imediatamente
presumem que ela está oprimida e precisa ser salva. Mas nem todas as
mulheres que usam hijab são oprimidas. E não estou falando pelas mulheres
afegãs, mas pelas iemenitas e por mim.
Como seria o contrário?
Se os homens fossem os únicos a usar o hijab
Aryana Sayeed
Ghezaal Enayat
Soosan Firooz
Sahraa Karimi
Sahraa Karimi (1983) é
uma cineasta afegã e a primeira
mulher a presidir a Afghan Film
Organization (Afghan Film).
Antes de sua fuga do Afeganistão
durante a queda de Cabul em 2021 ,
ela foi a primeira e única mulher no
Afeganistão com doutorado em cinema
e produção cinematográfica.
Shamsia Hassani
Ommolbahni Hassani (1988) é
uma grafiteira afegã e professora de
escultura na Univaersidade de Cabul.
Ela tem popularizado a arte urbana nas
ruas de Cabul.
Shamsia usa sua arte para lutar pelo
avanço dos direitos das mulheres.
Filmes:
* Rock em Cabul
* Os olhos de Cabul
* Posto de combate
* Tell Spring not to come this year
* Leões e cordeiros
* Restrepo
* O grande herói
* A pedra da paciência
* O caçador de pipas

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Mulheres Afegãs Antes e Depois do Talibã

  • 1. Antes e depois dos talibãs Mulheres no Afeganistão
  • 2. Nos anos de 1960, o Afeganistão era um país que se passaria por qualquer outro da comunidade europeia. Antes do Talibã as mulheres afegãs eram livres, e representavam: 70% dos professores no País; 50% dos funcionários públicos e universitários; 15% do poder legislativo.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. O Afeganistão na Guerra Fria * O Afeganistão se alinhou ao comunismo em 1978, com a Revolução Marxista. Neste ano, por meio de um golpe de Estado, um grupo assumiu o poder para dar início a uma transição ao comunismo. No entanto, parte da população muçulmana levantou uma resistência armada conhecida como mujahideen, apoiada pelos Estados Unidos e pelo Paquistão. * Como o governo instalado não conseguiu frear a resistência, em 1979, a URSS ocupou o país para combater as tropas mujahideen. Nos conflitos, registra-se que mais de um milhão de afegãos perderam a vida. Ao fim, o exército comunista foi derrotado e retirou-se do Afeganistão de maneira gradual, entre 1988 e 1989. * No entanto, grupos internos continuaram lutando pelo poder, em uma franca guerra civil, até que, em 1992, as forças comunistas são definitivamente derrotadas e assume o poder uma junção de diversas facções rivais. Essa junção, porém, não durou frente às disputas internas. Esse contexto fez com que, em 1994, um novo grupo fundamentalista islâmico chegasse ao poder no Afeganistão: o Talibã.
  • 8. Com o Talibã... • Com o Talibã no poder, as mulheres começaram a desaparecer dos espaços públicos, e entre 1996 e 2001, o grupo extremista islâmico impôs uma lista de 29 regras que retirava às mulheres todos os tipos de direitos. • O país foi considerado o mais perigoso do mundo para as mulheres e encontra-se, por enquanto, no segundo lugar, depois da Índia.
  • 9. •As mulheres não podem trabalhar fora de casa, à exceção de um número reduzido de médicas e enfermeiras e apenas em alguns hospitais de Cabul. •As mulheres não podem sair de casa sem estarem acompanhadas pelo marido ou um parente homem. •Não podem ser observadas por um médico. Perante a falta de profissionais de saúde do sexo feminino, muitas mulheres morrem sem assistência médica. •As mulheres não podem frequentar a escola. •Não podem mostrar qualquer parte do corpo em público e são obrigadas a usar burca. •As mulheres acusadas de ter relações sexuais fora do casamento são apedrejadas. •Os cosméticos estão proibidos e há relatos de mulheres a quem os talibã cortaram dedos por usarem esmaltes. •A voz das mulheres não pode ser ouvida em público, nem os seus passos, também são proibidas de rir. •Não podem ir à janela ou à varanda de casa para não serem vistas. •Não podem usar as casas de banho públicas. •É proibido publicar imagens de mulheres em revistas ou livros, muito menos dar-lhes espaço na rádio ou na televisão. •As mulheres estão também impedidas de andar de bicicleta, moto e de praticar esportes. •Nenhuma praça, rua, avenida pode incluir a palavra "mulher".
  • 10. Atualmente... • Depois que os líderes do Talibã assumiram o controle das províncias de Badakhshan e Takhar, foi emitida uma ordem para os líderes religiosos locais fornecerem uma lista de meninas com mais de 15 anos e viúvas com menos de 45 para “casamento” com guerrilheiros talibãs. • A violação das regras acarretava punições severas do Talibã, como prisão, tortura ou até a morte. As mulheres costumavam ser açoitadas publicamente ou executadas. • Apesar de alegar que mudaram sua postura sobre os direitos das mulheres, as ações do Talibã e os últimos esforços para submeter milhares de mulheres à escravidão sexual demonstram exatamente o oposto. • A ordem de fornecer a lista com o nome de meninas e mulheres aptas ao casamento revela uma estratégia antiga: “oferecer esposas” para atrair mais militares. • Forçar mulheres à escravidão sexual sob o pretexto de casamento é considerado como crime de guerra e crime contra a humanidade, conforme a Convenção de Genebra. • “As mulheres devem ser especialmente protegidas contra qualquer ataque à sua honra, em particular contra estupro, prostituição forçada ou qualquer outra forma de agressão indecente”, cita o artigo 27 da Convenção.
  • 11. Retrocessos educacionais • Algumas militantes afegãs afirmaram que os talibãs estão determinados a impor novamente a sua versão da sharia, a lei islâmica, que inclui apedrejamento por adultério, amputação de membros por roubo e proibição de meninas com mais de 12 anos de ir à escola. • Conforme dados do governo afegão, 3,5 milhões de crianças estão fora da escola, 85% são meninas, apenas 37% de meninas adolescentes são alfabetizadas, em comparação com 66% dos meninos adolescentes. • Um terço das meninas afegãs se casam antes dos 18 anos. • À medida que as milícias e gangues criminosas proliferaram, as meninas enfrentaram ameaças, incluindo assédio sexual, sequestro e ataques com ácido, bem como ataques direcionados e ameaças contra a educação de meninas.
  • 12. Resistência atual Algumas mulheres afegãs, com medo do regresso das restrições impostas começam a desafiar os talibãs com protestos públicos exigindo ser incluídas no Governo e o direito de continuarem a trabalhar. São cada vez mais as imagens de mulheres brandindo cartazes e divulgando palavras de ordem contra os talibãs em todo o Afeganistão, um símbolo da resistência de jornalistas, ativistas e trabalhadoras que se opõem a retroceder àquela obscura era de repressão. No aeroporto de Cabul, a situação é cada vez mais dramática. Começam a faltar água e comida para os milhares de pessoas que tentam chegar aos terminais e repetem-se os casos de mães desesperadas, que entregam os próprios filhos aos militares norte-americanos. O desespero está em todo o lado, principalmente nas crianças que choram e em mães que se despedem dos filhos.
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  • 16. Visão do Talibã sobre as mulheres não reflete o Alcorão O Talibã decidiu obrigar as mulheres a usar véu e cobrir o rosto, porém as medidas adotadas pelo Talibã no passado e no presente refletem interpretações equivocadas da sharia, a lei islâmica que se baseia no Alcorão, livro sagrado do islamismo. Pesam também as tradições tribais do Talibã e do próprio Afeganistão. O texto sagrado do islamismo trata do direito de todos ao conhecimento, fala de liberdade dos seguidores e não há uma leitura única sobre, por exemplo, o uso do véu. “Você não pode obrigar o adepto a adotar as práticas que [você] considera corretas, isso é uma atitude anti-islâmica, porque o texto sagrado prega a liberdade e o respeito ao diferente”, explica Ali Zoghbi, vice-presidente da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras).
  • 17. O Taleban faz uso da lei islâmica de forma distorcida. É o que afirma a professora de antropologia da USP Francirosy Barbosa: “O governo Taleban não respeita a Sharia. Se ele seguisse a Sharia, em primeiro lugar ele respeitaria as mulheres”. “Os direitos que o Islã dá as mulheres desde o século 7 são o direito ao divórcio, o direito a herança, o direito à busca do conhecimento, direito de escolher o marido, direito de viver em sociedade como qualquer outra pessoa.”
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  • 20. Nem toda mulher que usa véu é oprimida • Uma mãe, sua filha e uma boneca passam por uma transformação com véus muçulmanos, por meio de nove imagens, até estarem completamente cobertas por burcas e, finalmente, desaparecerem por completo. • A montagem com a série de fotos viralizou nas redes sociais desde que o Talebã retomou o poder no Afeganistão. • Criada em 2010 pela fotógrafa iemenita Boushra Almutawakel, a obra voltou a circular em meio à crise no país sob a legenda "desaparecimento". • A repercussão surpreendeu a própria autora, considerada uma defensora dos direitos da mulher e uma pioneira no mundo muçulmano.
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  • 22. “Não estamos focando nos reais problemas. Sempre se diz às mulheres o que fazer, para usar o hijab ou tirá-lo, ser magra, ser jovem... Deixem-nos em paz! Veja o que é a indústria de maquiagem e do bem-estar. Os bilhões de dólares que circulam aí. As mulheres passam por cirurgias plásticas e morrem de fome para ficarem magras. Essa também é uma forma de opressão.” Muitas das mulheres que se cobrem são médicas, políticas, escritoras, advogadas, artistas. E elas são fortes. Não porque seu rosto ou seu corpo estejam cobertos, mas por seu intelecto. Algumas pessoas no Ocidente veem uma mulher com véu e imediatamente presumem que ela está oprimida e precisa ser salva. Mas nem todas as mulheres que usam hijab são oprimidas. E não estou falando pelas mulheres afegãs, mas pelas iemenitas e por mim.
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  • 24. Como seria o contrário? Se os homens fossem os únicos a usar o hijab
  • 28. Sahraa Karimi Sahraa Karimi (1983) é uma cineasta afegã e a primeira mulher a presidir a Afghan Film Organization (Afghan Film). Antes de sua fuga do Afeganistão durante a queda de Cabul em 2021 , ela foi a primeira e única mulher no Afeganistão com doutorado em cinema e produção cinematográfica.
  • 29. Shamsia Hassani Ommolbahni Hassani (1988) é uma grafiteira afegã e professora de escultura na Univaersidade de Cabul. Ela tem popularizado a arte urbana nas ruas de Cabul. Shamsia usa sua arte para lutar pelo avanço dos direitos das mulheres.
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  • 34. Filmes: * Rock em Cabul * Os olhos de Cabul * Posto de combate * Tell Spring not to come this year * Leões e cordeiros * Restrepo * O grande herói * A pedra da paciência * O caçador de pipas