ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO EM AMBIENTES DIGITAIS: desafios para a profissão de informação
UDESC/FAED, Florianópolis, setembro de 2017
KNOWLEDGE ORGANIZATION IN DIGITAL ENVIRONMENTS: challenges for information profissionals
Palavras-chave: cultura, conhecimento, ambientes digitais, e-ciência, gestão do conhecimento, profissional de informação
Mobilidade e processos de ensinoaprendizagem fase 2
Udesc faed 2017-organização do conhecimento em ambientes digitais desafios para a profissão de informação
1. Prof. Carlos H. Marcondes
Prog. Pós-Graduação em Ciência da Informação/UFF
marcon@vm.uff.br
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
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ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO EM
AMBIENTES DIGITAIS: desafios para a profissão
de informação
UDESC/FAED, Florianópolis, setembro de 2017
Palavras-chave: cultura, conhecimento, ambientes digitais, e-ciência, gestão
do conhecimento, profissional de informação
2. Objetivo:
Expor e discutir o estatuto do conhecimento na sociedade atual e o papel
do profissional de informação na sua produção, curadoria, acesso,
compartilhamento e reuso em larga escala
SUMÁRIO
1. Pressupostos biológicos, evolutivos e antropológicos da Cultura e do
conhecimento
2. Conhecimento na “Sociedade da Informação”, “E-Science”
3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel do
profissional de informação
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010 ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO EM AMBIENTES
DIGITAIS: desafios para a profissão de informação
5. 1. Pressupostos ...
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Linguagem e evolução, aprendizagem social
A hipótese do cérebro social - Social Brain (DUNBAR,
1998):
vida social dos primatas: tempo gasto nos contatos sociais
necessários para manter a estabilidade e os vínculos do
grupo (DUNBAR,1993).
co-relação entre tamanho do neo-cortex, tamanho do
grupo e linguagem em primatas (DUNBAR,1993).
“evolução cultural cumulativa”, “aprendizagem social”
(BOYD; RICHARSON, 2009)
7. 1. Pressupostos ...
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
Linguagem e evolução, aprendizagem social
Habilidades linguísticas dependem do gene FOXP2
(ENARD et al., 2002); essas características fisiológicas
foram fixadas na espécie humana em torno de 100.000
A.C.
Vestígios de pensamento simbólico – adornos,
desenhos, pintura corporal – África do Sul (WONG)
Hoje somos, biologicamente, praticamente idênticos
aos nossos antepassados de 100.000 anos
8. 1. Pressupostos ...
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
Linguagem e evolução, aprendizagem social
A hipótese do cérebro social - Social Brain (DUNBAR, 1998).
“Over the last million years or so, people evolved the ability to learn
from each other, creating the possibility of cumulative, non-genetic
evolution. These capacities were favoured by ordinary natural
selection in the rapidly varying climates of the Middle and Upper
Pleistocene, because cumulative cultural evolution allows humans to
culturally evolve highly refined adaptations to local environments
relatively quickly compared with genetic evolution.” (BOYD;
RICHARSON, 2009)
“A linguagem permitiu aos nossos ancestrais compartilhar ideias e
experiências e resolver vários problemas simultaneamente. O
significado adaptativo da linguagem humana é óbvio. É vantajoso
falar. Cooperação nas caçadas, coordenação de atividades,
compartilhamento de tarefas, manutenção de vínculos sociais,
manipulações e trapaças, todas estas atividades se beneficiam de uma
crescente poder expressivo da linguagem. A seleção natural (incluindo
a seleção sexual) pode certamente demonstrar consequências da
comunicação.” (NOWAK; KOMAROVA, 2001)Tradução nossa.
9. 1. Pressupostos ...
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
Linguagem e evolução, aprendizagem social
Cultura, linguagem como diferencial evolutivo
(TATTERSALL, 2007), (NOWAK; KOMAROVA, 2001),
DUNBAR (1993), (KNIGHT et al., 2000).
“o homem, animal simbólico” (CASSIRER apud LEMOIGNE,
1990, p. 51).
Linguagem: “Compositionality, commitments,
representation”
Escrita: “enduring representation, long term
commitments”
Escrita: metacognitive capacities: think about your
thinking”, “forms of human capacity that don’t exist before
writing” (JOHN SEARLE, YouTube,
http://www.youtube.com/watch?v=D10lAx3wfDk)
10. 1. Pressupostos ...011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
O que quer que seja que nós possamos afirmar, cada um de nós tem uma visão
subjetiva daquelas aspectos do mundo e de suas questões que relaciona-se com
nossos interesses. Na medida que cada visão subjetiva pode diferir de outras, o
convívio social amigável requer de nós que reduzamos os riscos de desacordos
estabelecendo padrões, acordos e regulamentações socialmente consensados... para
a condução da vida em comum. Este continuo esforço social de corrigir os erros que
a nossa subjetividade nos conduz é o que chamo de objetivação. (BROOKES, 1980, p.
209).Tradução nossa.
“... sense making is a process of an individual, it also takes place in a shared
environment that produces similar experiences in cognitive agents who are further-
more embedded in similar sociocultural contexts. These two factors—sharedness
and embeddedness—lead to a stream-lining of the individual sense-making
processes towards a cultural meaning-making process. This streamlining comprises a
continuous, mutual adaptation of individual sense and social meaning via
communication and collaboration.” (SAAB; RISS, 2011, p. 7)
Conhecimento: ajuste de percepções individuais através da linguagem
Linguagem como diferencial evolutivo. Linguagem como mecanismo de articulação e
cooperação social (MARCONDES, 2010)
Escrita como mecanismo para fixar conhecimento expresso pela linguagem
Ver Mark Pagel, How language transformed humanity, TEDGlobal, 2011,
11. Da oralidade à escrita …
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
12. Instituições de Memória e Cultura
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
13. Informação registrada – transferência da Informação através do
Espaço e do Tempo
Contexto da
produção/
registro
Contexto da
transferência
Contexto do
uso
Informação
registrada
Espaço
T
e
m
p
o
Transferência
da Informação
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
1. Pressupostos ...
14. Ciência
Renascimento – sec. XVI
Rev. Industrial – sec XIX
Modernidade – sec. XX
“Soc. da Informação” – sec. XXI
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
Produção Idade Média
2. Conhecimento na “Sociedade da Informação”,
“E-Science”
17. “Clusters” de computadores,
computação de alto
desempenho
2. Conhecimento na “Sociedade da Informação”,
“E-Science”
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
34. 011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
A quantidade de registros de conhecimento disponiveis na Web
torna imperativo seu tratamento por métodos computacionais
• 91.000 terabytes de informação em 2003 (LYMAN e VARIAN, 2003)
• multiplicidade de registros
• falta de padronização terminológica
• integração, comparação, compatibilidade de “conhecimentos”
distintos – Literature-related dicovery (KOSTOFF et al., 2009).
• necessidade de compatibilidade semântica para USAR/REUSAR todo o
potencial de conhecimento
3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
35. 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
37. Mineração (automática) de Textos
Identificação de relações:
Gene/Proteína, ver
https://www.jain-foundation.org/what-relationship-between-gene-and-protein
Gene/Doença
Identificação de entidades
substâncias, enzimas, componentes e
processos celulares
Ver: MARCONDES, Carlos H.; COSTA, Leonardo C. Descoberta de conhecimento em artigos digitais
em Ciências Biomédicas. Informação & Informação, UEL, nv.21, n. 2, 2016. Disponível em:
<http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/27941>. Acesso em 3 dez. 2016.
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
41. 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
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43. 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
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45. 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
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49. - RDF – Resource Description
Framework - como formalismo para
descrever/codificar recursos
- uso de URIs (IRIs) para identificar
recursos – coisas e suas
representações digitais- de forma
persistente (a “Web das coisas”)
- uso de vocabulários padronizados e
largamente aceitos para tornar
precisa a semântica
2. Tecnologias Web Semântica e LOD, Datos Abertos
Interligados
The goal of Linked Data is to enable people to share
structured data on the Web as easily as they can share
documents today. (BIZER, CYGANIAK, HEALTH, 2007
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
50. Linguagem básica de representação:
RDF – Resource Description Framework
(representações processáveis por programas)
RECURSOS podem ser descritos através de
AFIRMAÇÕES sobre os mesmos que constam de suas
diferentes PROPRIEDADES e dos VALORES dessas
PROPRIEDADES
A página http://www.uff.br tem como autor
Carlos H. Marcondes
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
2.1. representação de conteúdos: RDF
RECURSO
PROPRIEDADE
VALOR
51. 2. Dados Abertos Interligados, Web Semântica
QUE SÃO “RECURSOS”?
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
52. 2.2 Dados Abertos Interligados, Web Semântica
QUE SÃO “RECURSOS”?
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
54. RDF: “O criador da página www.uff.br é Carlos
H. Marcondes”
“Afirmações” (statments) que descrevem recursos Web
www.uff.br CRIADOR CARLOS H. MARCONDES
SUJEITO PREDICADO OBJECTO (Tripleta)
ENTIDADE ATRIBUTO VALOR
Id. ENTIDADE nome do ATRIBUTO VALOR do atributo
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
SUJEITO PROPRIEDADE VALOR da PROPRIEDADE
3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
55. RDF – Resource Description Framework
URI (Uniform Resource Indetifier) como identificación de:
SUJEITO PREDICADO OBJETO
http://www.uff.br CRIADOR CARLOS H. MARCONDES
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
Datos Abiertos Enlazados, Web Semantica
http://www.uff.br http://purl.org/dc/
elements/1.1/creator
http://www.professores.
uff.br/marcondes
57. <pagina>
<url>
http://www.w3.org/DesignIssues/LinkedData.html</url>
<autor>BERNERS-LEE, T.</autor>
<ano>2006</ano>
</pagina>
No tiene ningún
significado en sí
mismo (p. máquina)
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
tiene
significado
en sí
mismo:
Sujeito,
Predicado,
Objecto
<?xml version=“1.0”>
<rdf:RDF
xmlns= http://www.w3.org/1999/02/22-rdf-syntax-ns
<rdf:Description rdf:about
“http://www.w3.org/DesignIssues/LinkedData.html”>
<autor>BERNERS-LEE, T.</autor>
<ano>2006</ano>
</rdf:Description>
</rdf:RDF>/
SUJEITO
PREDICADO
OBJECTO
RDF
XML
60. RDF – Resource Description Framework
Name spaces, vocabularios, ontologias
libro0237 title “Don Quijote”
http://catalogo.bne.es/libro0237 http://purl.org/dc/elements/1.1/title “Don Quijote”
emp0027 title “Presidente”
http://www.company.com/0027 http://www.w3c.org/2006/vcard/ns/title “Presidente”
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
Datos Abiertos Enlazados, Web Semantica
Vocabulários DIFERENTESVocabulários DIFERENTES
61. <?xml version=“1.0”>
<rdf:RDF
xmlns= http://www.w3.org/1999/02/22-rdf-syntax-ns
<rdf:Description rdf:about
“http://www.w3.org/DesignIssues/LinkedData.html”>
<autor>BERNERS-LEE, T.</autor>
<ano>2006</ano>
</rdf:Description>
</rdf:RDF>/
<?xml version=“1.0”>
<rdf:RDF
xmlns= http://www.w3.org/1999/02/22-rdf-syntax-ns
xmlns:dc=“http://purl.org/dc/elements/1.1”>
<rdf:Description rdf:about
“http://www.w3.org/DesignIssues/LinkedData.html”>
<rdf:type>document</rdf:type>
<dc:creator>http://dbpedia.org/resource/Tim_Berners-
Lee</dc:creator>
<dc:date>2006</dc:date>
</rdf:Description>
</rdf:RDF>
RDF, Semântica: Sujeito, Predicado, Objeto
+ Vocabulário DC, incorpora
semantica, dc:creator,
dc:date; dc:creator no es mas
un nombre, mas sí un “link”,
un URI
http://www.w3.org/DesignIssue
s/LinkedData.html
BERNERS-
LEE, T.
Autor
2006
Ano
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010
62. 011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010 2.4. precisión semantica: vocabulários
VOCABULARIOS: de TERMINOLOGIAS A MODELOS
CONCEITUAIS E ONTOLOGIAS
TERMINOLOGIAS
Termo 1
Termo 2
Termo 3
Termo 4
Termo 5
TAXONOMIAS
Termo 1
Termo 1.1
Termo 1.1.1
Termo 1.2
Termo 1.3
Termo 1.3.1
Termo 1.3.1.1MODELOS CONCEITUAIS, ONTOLOGIAS
Termo 1
Termo 1.1
Termo 1.1.1
Termo 1.1.1.1
Termo 1.2
Termo 1.2.1
Termo1.2.1.1
Termo 1.3
Relação R1
Relação R2
67. 0011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010000
00
XML
<livro>
<creator>Machado de Assis</creator>
<:title>Dom Casmurro</title>
<publisher>Edições Melhoramentos</publisher>
<date>1966</date>
<subject>Rio de Janeiro</subject>
<identifier>(DLC)67076436</identifier>
</livro>
RDF
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<rdf:RDF
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<creator>MACHADO DE ASSIS</creator>
<title>Dom Casmurro</title>
<:publisher>Edições Melhoramentos</publisher>
<date>1966</date>
<subject>Rio de Janeiro</subject>
</rdf:Description>
</rdf:RDF>
Identificador Autor Título Editor Data Assunto
67076436 Machado
de Assis
Dom
Casmurro
Edições
Melhoramentos
1966 Rio de
Janeiro
http://(DLC)67076436
“Dom Casmurro” Machado
Criador
SUJEITO PREDICADO OBJETO
Dados não
estruturados
Dados estruturados
dependem de
programas
Dados estruturados
não dependem de
programas
Dados estruturados
não dependem de
programas +
semântica
68. 011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
http://www.oecd.org/science/sci-
tech/sciencetechnologyandinnovationforthe21stcenturymeetin
goftheoecdcommitteeforscientificandtechnologicalpolicyatminis
teriallevel29-30january2004-finalcommunique.htm
71. E-Ciência, Knowledge Environments
•Ferramentas de
comunicação,cooperação,
comunidades virtuais
•Ferramentas de
publicação, publicações
extendidas,
publicações semânticas
•Ferramentas de
modelagem,
simulação, visulização
de dados
•Computação de alto
desempenho
•Ferramentas de busca
especializadas, mineração de
dados, mineração de textos
•Ferramentas de
inferência sobre
informações
heterogêneas
•Bases de conhecimento,
bibliográficas, dados brutos
numéricos
•Ferramentas de
visualização
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
72. E-Ciência, Knowledge Environments, o quanto estamos
perto
•Tabela de áreas de
conhecimento
CAPES/CNPq, Dublin
Core, outros voc.•Grupos de pesquisa
institucionais
•Programas de
Pós-graduação
•Acordos, convênios
de cooperação
científica e
técnológica
•Bibliotecas digitais,
Publicações eletrônicas,
Repositórios institucionais
•Registro dos
Projetos de pesquisa
011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010 3. Organização do conhecimento em ambientes digitais e o papel
do profissional de informação
•Recursos
computacionias
comuns
•Marco regulatório institucional,
planejamento, políticas
74. 74
MAC Niterói
Museu de Arte Contemporânea Niterói, Rio
de Janeiro, Brasil
OBRIGADO !
http://www.professores.uff.br/marcondes
marcon@vm.uff.br
75. 011000111000110101000101100010111010010110010100111110101010 REFERÊNCIAS
BIZER, C; Cyganiak, R; Heath, T. How to publish linked data on the web. 2007. Disponível em:
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http://www.bbsonline.org/documents/a/00/00/05/65/bbs00000565-
00/bbs.dunbar.html?rel=nofollow>. Acesso em 14 julho 2009.
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