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IEFP - ISG
Contabilidade Geral II Guia do Formando
Ficha Técnica
Colecção MANUAIS PARA APOIO À FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS EMPRESARIAIS
Título Contabilidade Geral II
Suporte Didáctico Guia do Formando
Coordenação e Revisão Pedagógica IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional -
Departamento de Formação Profissional
Coordenação e Revisão Técnica ISG – Instituto Superior de Gestão
Autor Gracinda Santos/ISG
Capa IEFP
Maquetagem ISG
Montagem ISG
Impressão e Acabamento JERAMA – Artes Gráficas, Lda.
Propriedade Instituto do Emprego e Formação Profissional, Av. José
Malhoa, 11 1099-018 Lisboa
Edição Portugal, Lisboa, Dezembro de 2004
Tiragem 1000 exemplares
Depósito Legal 218232/04
ISBN 972-732-910-1
Copyright, 2004
Todos os direitos reservados ao IEFP
Nenhuma parte deste título pode ser reproduzido ou transmitido,
por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prévio, por escrito, do IEFP
ÍNDICE GERAL IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
Índice Geral
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO........................................................................................................... 1
1. Noção ...................................................................................................................................................... 4
2. Balancete de Verificação......................................................................................................................... 6
3. Lançamento de Rectificação e Regularização...................................................................................... 14
4. Balancete Rectificado............................................................................................................................ 40
5. Apuramento de Resultados................................................................................................................... 50
6. Balancete Final...................................................................................................................................... 78
7. Balanço.................................................................................................................................................. 88
8. Demonstração de Resultados............................................................................................................... 98
9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados.......................................................................... 114
10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos - DOAF (Anteriormente Designada Mapa de
Origens e Aplicação de Fundos)......................................................................................................... 118
11. Encerramento das Contas................................................................................................................... 134
II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO....................................................................... 145
1. Reabertura das Contas ....................................................................................................................... 148
2. Aplicação de Resultados..................................................................................................................... 152
QUESTÕES E EXERCÍCIOS........................................................................................................................... 163
RESOLUÇÕES ................................................................................................................................................ 164
BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................ 167
GLOSSÁRIO .................................................................................................................................................... 169
ÍNDICE REMISSIVO ........................................................................................................................................ 171
CONTABILIDADE
GERAL II
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
3
Objectivos
No final desta unidade temática o formando deverá estar apto a:
• registar todas as operações necessárias ao apuramento de resultados e encerramento de
contas;
• efectuar o preenchimento e elaboração dos mapas obrigatórios e respectivos anexos.
Temas:
1. Noção
2. Balancete de verificação
3. Lançamento de rectificação e regularização
4. Balancete rectificado
5. Apuramento de resultados
6. Balancete Final
7. Balanço
8. Demonstração de Resultados
9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados
10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos (anteriormente designada Mapa de
Origens e Aplicação de Fundos)
11. Encerramento das Contas
• Resumo
• Questões e Exercícios
• Resoluções
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
4
Neste capítulo vamos estudar o trabalho contabilístico de fim de exercício, procedimentos a
desenvolver e mapas a elaborar em cada uma das fases que o compõem.
1. NOÇÃO
Os trabalhos de fim de exercício envolvem a transformação de um conjunto de dados, coligidos
manual ou automaticamente e armazenados de forma automática, noutro conjunto de dados
apresentados de forma normalizada para permitirem comparações e análises diversas.
Estes trabalhos englobam três fases distintas:
• Fase 1 - Trabalhos preparatórios à preparação das demonstrações financeiras, tais como
1. O inventário geral e o balancete de verificação,
2. Os lançamentos de rectificação e regularização ou a chamada regularização e rectificação
de contas,
3. O balancete rectificado ou de inventário,
4. O apuramento de resultados,
5. O balancete final ou de apuramento de resultados,
Trata-se de uma fase de conferências e validações;
• Fase 2 - Elaboração propriamente dita das demonstrações financeiras, sendo estas compostas
por:
1. Balanço,
2. Demonstração de Resultados,
3. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados,
4. Demonstração das Origens e da Aplicação de Fundos ,
Fase de preparação dos documentos a apresentar aos diversos utilizadores da informação
financeira de cada organização;
• Fase 3 - Encerramento das Contas, engloba:
1. Lançamentos de encerramento ou de fecho,
2. Balancete de fecho,
É a fase operacional, e pode ser total ou parcialmente automática. Corresponde ao fecho
efectivo do exercício contabilístico e ao início do novo exercício contabilístico.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
5
Esquematicamente podemos ter:
Trabalho corrente efectuado mensalmente
↓
Balancetes de verificação
↓
Lançamentos de rectificação e regularização
↓
Balancete rectificado
↓
Demonstração de Resultados
↓
Lançamentos de Apuramento de Resultados
↓
Balancete de Apuramento de Resultados
↓
Balanço
↓
Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados
↓
Demonstração de Origem e Aplicações de Fundos
O trabalho corrente já foi alvo de estudo anterior pelo que vamos iniciar o nosso estudo a partir da
etapa - Balancetes de verificação.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
6
2. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
Este balancete dá a conhecer os saldos contabilísticos. É necessário fazer a verificação destes
saldos em função dos saldos reais que através do inventário geral vão ser determinados. Por vezes
existem divergências entre estes valores.
Inventário Geral
A inventariação dos bens, direitos e obrigações existentes no património de cada empresa implica a
sua determinação, descrição e valorização.
O Plano Oficial de Contabilidade (decreto-lei nº 410/89 de 21 de Novembro) determina os critérios
de valorimetria que deverão ser aplicados na inventariação das disponibilidades, das dívidas de
terceiros e a terceiros, nas existências e nas imobilizações, no seu capítulo 5.
Além dos critérios valorimétricos há ainda que respeitar os princípios de contabilidade geralmente
aceites, previstos no Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 4, nomeadamente:
• Princípio da continuidade – Considera-se que a empresa opera continuadamente, com duração
ilimitada;
• Principio da consistência – Considera-se que a empresa não altera as suas politicas
contabilisticas de um exercicio para o outro;
• Principio da especialização ou do acréscimo – Os Proveitos e os custos são reconhecidos
quando obtidos ou incorridos, indepenedentemente do seu recebimento ou pagamento,
devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos periodos a que respeitam;
• Principio do custo histórico – Os registos contabilisticos devem basear-se em custos de
aquisição ou de produção, quer a escudos nominais, quer a escudos constantes;
• Principio da prudência – Significa que é possivel integrar nas contas um grau de precaução ao
fazer as estimativas exigidas em condições de incertez sem, contudo, permitir a criação de
reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos
por defeito ou de passivos e custos por excesso;
• Principio da substância sobre a forma – As operações devem ser contabilizadas atendendo à
sua substância e à realidade financeira e não apenas à sua forma legal;
• Principio da materialidade – As demosntrações financeiras devem evidenciar todos os
elementos que sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões pelos utentes
interessados.
O inventário geral é obtido pela soma dos diversos inventários parcelares, designadamente:
• inventário das existências;
• inventário do imobilizado;
• inventário das contas de terceiros e de disponibilidades.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
7
Vamos analisar cada um deles em particular.
O Inventário das Existências
Aplicado nas empresas comerciais e industriais, não se resume a uma simples contagem de
existências, pois tem que ter em conta um conjunto de regras relacionadas com:
• a definição da data de separação dos dois exercícios ou dos dois períodos de contabilização,
chamada a data de “cut-off”, ou seja, a data--limite para considerar os movimentos
contabilísticos e respectivos movimentos reais de mercadorias ou de produtos.
Imaginemos que a contabilização das facturas relativas às matérias primas adquiridas não é
efectuada imediatamente com a entrada das mesmas, pois as matérias primas são acompanhadas
da guia de remessa e a factura é endereçada à empresa por correio.
Pode acontecer que esta factura só seja recepcionada durante a primeira semana de Janeiro do
ano (N+1), logo, no inventário de 31/12/N as matérias primas já estão em armazém, mas não estão
registadas na contabilidade.
Para evitar distorções deverão ser verificadas:
• as últimas facturas de compras e de vendas e sua movimentação física nos armazéns;
• os últimos registos de entradas e saídas de armazém e sua movimentação contabilistica;
• todos os documentos referentes a devolução aos fornecedores ou dos clientes;
• as transferências verificadas entre armazéns, para evitar duplicações ou omissões.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
8
As contagens devem ser efectuadas com rigor e método, devendo ser definidos de uma forma
muito objectiva os seguintes factores:
• a unidade da contagem - se observarmos a figura junta, constatamos que as caixas de cartão
não apresentam um tamanho uniforme, há portanto que classificá-las e contá-las dentro dessas
classificações;
• a hora de realização da contagem - esta deverá ser definida de acordo com as possibilidades
dos intervenientes, não esquecer que se for efectuada com o novo exercício iniciado, há que
corrigir as entradas e saídas respectivas;
• o método da contagem - dependendo do número de itens diferentes a contar e da sua
diversidade assim se analisa se é possível fazer uma contagem integral ou por amostragem;
(Amostragem - processo de selecção de partes de um todo que nos permitem retirar conclusões
sobre esse todo).
Este método depende também do tipo de inventário utilizado, se for o inventário permanente
existirão listagens actualizadas que poderão ser confirmadas por amostragem, se for o
inventário intermitente poderá ser necessário fazer uma contagem exaustiva de todos os bens.
• os intervenientes - as pessoas que vão efectuar as leituras e medições, (tem que se definir
quem observa o quê e em que medida, acautelando sempre o principio da segregação de
funções).
(Principio da segregação de funções - o executante de uma tarefa não deve ser o único
interveniente na inventariação dos grandezas associadas a essa tarefa).
Os intervenientes deverão assinar as listagens de inventário.
As existências podem ser valorizadas através de vários Métodos de Custeio, nomeadamente:
• Custo Especifico;
• Custo Médio Ponderado;
• FIFO – First In First Out;
• LIFO – Last In Fist Out;
• Custo Padrão;
Este Métodos variam entre si pela forma como é efectuada a valorização dos bens saídos de
armazém e consequentemente a valorização dos que ficam.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
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O Inventário do Imobilizado
As empresas devem manter actualizados ficheiros relativos aos seus bens de imobilizado.
O artigo 51 do Código do IVA indica quais os elementos que devem constar desse registo:
1. Número de código;
2. Descrição do bem;
3. Localização do bem;
4. Data de aquisição;
5. Identificação do fornecedor;
6. Data de entrada em funcionamento;
7. Vida útil estimada;
8. Data do início da amortização;
9. Taxa anual de amortização;
10. Valor do IVA suportado ou deduzido;
11. Classificações contabilísticas;
12. Reavaliações verificadas;
13. Seguros;
14. Contratos de assistência.
O inventário de imobilizados tem que responder não só à verificação da existência dos bens, mas
também à verificação daqueles que se encontram obsoletos e dos que não estando em uso
apresentam características de bom funcionamento.
Teremos um registo do seguinte tipo:
Nº Descrição Local Data aquisição Data utilização Fornecedor Preço aquisição Vida útil
1 Mesa reuniões Sede Mai-95 Mai-95 Mobel1 59.000 10
2 Computador Fábrica Jun-97 Jan-98 COPX 400.000 3
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
10
O Inventário das Contas de Terceiros e de Disponibilidades
Para garantir que os saldos evidenciados na contabilidade nas contas de Disponibilidades e de
Terceiros são os verdadeiros, deveremos efectuar:
• contagens de caixa, ou seja contar o dinheiro físico existente nos cofres da empresa no final
do ano;
Ao fazermos uma contagem de caixa vamos elaborar um registo onde consta o número de
notas e de moedas de cada valor, por exemplo da seguinte forma:
Contagem de caixa em 31/12/N efectuada por António Euro
Quantidade Descrição Valor unitário Valor total
10 notas 10.000 u.m. 100.000 u.m.
5 notas 5.000 u.m. 25.000 u.m.
30 notas 2.000 u.m. 60.000 u.m.
12 notas 1.000 u.m. 12.000 u.m.
1 notas 500 u.m. 500 u.m.
Total em notas 197.500 u.m.
30 moedas 200 u.m. 6.000 u.m.
10 moedas 100 u.m. 1.000 u.m.
50 moedas 10 u.m. 500 u.m.
14 moedas 5 u.m. 70 u.m.
Total em
moedas
7.570 u.m.
Total do caixa 205.070 u.m.
• circularização de saldos, aos bancos, aos clientes e aos fornecedores, ou seja, pedir aos
bancos com que a empresa trabalha, aos devedores e aos credores que nos confirmem o valor
do saldo das nossas contas.
Quando obtemos a resposta é necessário comparar o saldo que temos na contabilidade com a
informação fornecida pelas entidades que foram alvo da circularização.
Quando os saldos não são coincidentes vamos efectuar a sua reconciliação, isto é, compatibilizar
os saldos evidenciados pelos bancos, clientes ou fornecedores, com os da empresa. Esta prática é
denominada de reconciliação de contas.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
11
No caso dos bancos as diferenças podem ocorrer por existirem:
• depósitos em trânsito - são depósitos que já estão considerados como recebidos na nossa
contabilidade mas ainda não chegaram ao banco, ou pelo contrário são depósitos efectuados
por terceiras entidades que já estão movimentados na conta bancária, mas que a empresa
ainda contabilizou;
• cheques por descontar - a empresa emite os cheques e lança-os na contabilidade nessa altura,
os beneficiários só procedem ao desconto desses cheques quando os recebem, logo entre a
data em que o cheque sai da empresa e a data em é descontado esse cheque consta dos
registos da empresa mas não consta dos registos do banco;
• outros movimentos constantes dos registos contabilísticos mas não dos movimentos bancários -
podem existir valores lançados por erro numa conta bancária que são de outra, ou cheques que
não chegaram a ser utilizados por terem sido anulados, são situações de erro que devem ser
corrigidas;
• outros movimentos constantes dos registos bancários mas não dos contabilísticos - podem
existir valores referentes a operações bancárias cujos documentos ainda não foram
recepcionados na empresa, nomeadamente débito ou crédito de juros, débito de despesas,
devoluções de cheques. Quando detectados, estes movimentos devem ser lançados na
contabilidade tendo como suporte a cópia do extracto de conta. É necessário um cuidado
acrescido para que ao recepcionarmos o documento definitivo não seja efectuado outro
lançamento, mas apenas seja agrafado ao documento do lançamento já efectuado
anteriormente.
A reconciliação dos saldos pode-se fazer da seguinte forma:
• Ao saldo apresentado pela conta bancária na contabilidade da empresa vamos:
1. diminuir os movimentos a débito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não
constam do saldo bancário no banco;
2. adicionar os movimentos a crédito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não
constam do saldo bancário no banco;
3. adicionar os movimentos a débito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não
constam da contabilidade da empresa;
4. diminuir os movimentos a crédito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não
constam da contabilidade da empresa;
• Depois destas operações chegamos ao valor apresentado pelo banco para o saldo da nossa
conta bancária.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
12
Exemplo de carta a dirigir ao banco para circularização de saldos:
Ao
Banco Avenida
Lisboa
Exmos senhores,
Vimos pela presente solicitar que nos informem dos saldos apresentados pelas seguintes contas
à data de 31.12.N:
Conta de Depósitos à ordem nº 123456 ____________
Conta de Empréstimos nº 987654 _____________
Antecipadamente gratos, solicitamos a v/ resposta no envelope selado que anexamos.
A resposta do banco Avenida informou que os saldos eram os seguintes:
Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo credor de 123 u.m.
Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo devedor de 100.000 u.m.
Na contabilidade da empresa os saldos apresentados são:
Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo devedor de 150 u.m.
Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo credor de 100.000 u.m.
No tocante à conta de empréstimos está tudo correcto, enquanto na conta de depósitos à ordem o
mesmo não acontece. Vamos observar o extracto bancário e detectamos que existe um cheque
devolvido do cliente X, que ainda não foi recepcionado na empresa, que está por lançar no valor de
27 u.m..
Teríamos a seguinte folha de reconciliação bancária.
Saldo da conta bancária na empresa - + 150 u.m.
Movimento a crédito no banco e não considerado pela empresa - 27 u.m.
Saldo da conta bancária no banco - 123 u.m.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
13
No final do ano devemos efectuar este movimento e tentar que o documento chegue o mais rápido
possível.
Também aos clientes e fornecedores devem ser dirigidas cartas a solicitar a confirmação dos
saldos evidenciados na contabilidade, neste caso as cartas podem mencionar os saldos pedindo
aos clientes e fornecedores que assinalem se estão ou não de acordo com o valor apresentado, ou
não indicar o valor e esperar que os clientes e fornecedores nos informem do seu saldo.
Exemplo de carta dirigida a um cliente:
Ex.mos. Senhores
Francisco Pinguins Lda
Lisboa
Exmos Senhores,
Vimos pela presente solicitar que nos informem se concordam com o seguinte saldo evidenciado
pela conta corrente nos nosso livros contabilísticos, à data de 31.12.N.
O saldo é de 1.250.000 u.m. a nosso favor:
Concordo ________
Não concordo _________ o saldo é de _____________ .
Queiram fazer o favor de devolver esta carta devidamente assinada no envelope selado que
juntamos.
Antecipadamente gratos,
Se o cliente responder que concorda, está tudo bem. Se o cliente responder que não concorda e
indicar qual o seu saldo, vamos reconciliar os dois saldos e identificar as diferenças.
Imagine que este cliente informa que só nos deve 1.000.000 u.m.. Vamos observar o extracto da
primeira semana de Janeiro do ano N+1 e confirmamos que foi recepcionado a 2 de Janeiro um
cheque de 250.000 u.m., cheque este datado de 28/12/N. Está justificada a diferença, o cliente já
tem o cheque abatido na sua contabilidade em 31.12.N, mas nós ainda não.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
14
3. LANÇAMENTO DE RECTIFICAÇÃO E REGULARIZAÇÃO
Os lançamentos de rectificação e de regularização apoiam-se nos inventários.
Estes lançamentos tem por objectivo adequar os saldos contabilísticos aos saldos reais apurados
pelos inventários.
Tipo de Lançamentos de Rectificação e Regularização
Divergências entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário
Devidas a Erros ou Omissões
Nomeadamente:
• Falhas de Caixa;
• Diferenças entre os saldos das contas de bancos e os extractos correspondentes;
• Movimentos anormais de stocks;
• Facturas não lançadas de clientes ou fornecedores;
• Imobilizados alienados e não evidenciados na contabilidade.
• Falhas de Caixa;
Ao verificarem-se os valores existentes no Caixa podemos detectar diferenças entre o valor
constante do balancete e o valor físico em dinheiro.São as denominadas Falhas de Caixa.
Devemos determinar a razão de ser destas diferenças e efectuar os movimentos respectivos.
Exemplo
Considere que o saldo de caixa apresentado no balancete era de 100 u.m., mas no inventário
efectuado em 31.12.N o valor existente era de 95 u.m., sendo a diferença da responsabilidade do
tesoureiro.
Efectuamos o seguinte lançamento:
1 26 - Outros Devedores e Credores
262 - Pessoal
2629 - Outras operações com o pessoal
a 11 Caixa
Diferença apurada em caixa 5 5
------------------------//---------------------------
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
15
O saldo da conta Caixa fica corrigido sendo o tesoureiro responsável pela diferença.
Consideremos agora que esta diferença não era da responsabilidade de ninguém, tratou-se de um
documento indevidamente eleborado, sendo considerada a diferença uma falha de caixa a
contabilizar em custos extraordinários.
Teriamos o seguinte lançamento:
2 69 – Custos e Perdas Extraordinárias
698 – Outros Custos e Perdas Extraordinárias
6983 – Diferença de Caixa
a 11 Caixa
Diferença apurada em caixa 5 5
------------------------//---------------------------
Diferenças Entre os Saldos das Contas de Bancos e os Extractos Correspondentes
Conforme já referimos anteriormente, os saldos apurados no Inventário podem ser diferentes do
balancete. Devemos em primeiro lugar encontrar justificação para essas diferenças e:
• corrigir os lançamentos, quando se detectem erros, ou;
• efectuar os lançamentos que sejam perfeitamente identificados em termos de cabimento no
exercício económico que estamos a encerrar.
Exemplo
Ao efectuarmos as reconciliações bancárias referentes a 31/12/N das duas contas bancárias de
que a empresa é titular, detectámos os seguintes factos:
• Conta 129 - Banco do Sul - não está lançado na contabilidade o cheque número 800435 de
10.000 u.m. descontado no banco em 15/12/N;
• Conta 126 - Banco do Oriente - a contabilidade apresenta um lançamento referente a um cheque
com o número 800435 de 10.000 u.m. que não se encontra descontado no banco;
Como podemos constatar trata-se do mesmo cheque, vamos efectuar o movimento de
regularização:
2 12 - Depósitos à ordem
126 - Banco do Oriente
a 12 - Depósitos à ordem
129 - Banco do Sul
Regularização cheque 435 10.000 10.000
------------------------//---------------------------
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
16
Se na mesma reconciliação bancária for evidenciado que em 31/12/N foram-nos creditados pelo
Banco do Oriente os juros da aplicação financeira Nº1 que se venceu nessa data no valor de 800
u.m., tendo havido retenção na fonte de IRC de 20%, podemos efectuar o lançamento e quando for
recepcionado o documento respectivo juntá-lo-emos ao lançamento já efectuado:
3 Diversos
a 78 Proveitos e Ganhos Financeiros
781 - Juros Obtidos
7815 Outras aplicações de tesouraria
Contabilização dos juros da aplicação Nº3
12 - Depósitos à ordem
126 - Banco do Oriente 800
24 - Estado e outros entes públicos
241 Imposto sobre o rendimento
2412 Retenções na fonte 200 1.000
------------------------//---------------------------
Movimentos Anormais de Stocks
Uma empresa que utilize o Sistema de Inventário Permanente pode, através do inventário de
existências, detectar diferenças substanciais.
Exemplo
O balancete evidencia um valor de 9.500 u.m. referentes a 950 peças pelo valor unitário de 10 u.m.
cada e pelo inventário físico apenas se encontraram 450 peças.
Temos que analisar todos os movimentos de entrada e saída em armazém para justificar esta
diferença e concluímos que não foi dada saída das mercadorias referentes a uma venda de 500
peças cujo custo era de 10 unidade. Vamos efectuar o lançamento correspondente:
4 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
612 - Mercadorias
a 32 - Mercadorias
321 - Peças
Regularização de existências 500 500
------------------------//---------------------------
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
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Facturas Não Lançadas de Clientes ou Fornecedores
Algumas facturas dos últimos dias do ano podem estar por lançar. Devemos sempre efectuar os
lançamentos dentro do respectivo mês, com especial cuidado no encerramento do ano.
Exemplo
Estava por pagar e por registar uma factura do fornecedor Artez Lda, de material de escritório no
valor de 170 u.m..
5 62 - Fornecimentos e serviços externos
622 - Fornecimentos e serviços
62217 - Material de escritório
a 26 Outros devedores e credores
268 Devedores e credores diversos
2681 Artez Lda 170 170
------------------------//---------------------------
Imobilizados Alienados e Não Evidenciados na Contabilidade
No inventário de imobilizados detectou-se que a máquina de código 1234 foi alienada, não estando
registado o seu abate, as informações relativas a esta máquina são as seguintes:
• Aquisição no ano N-4;
• Valor de aquisição de 5.000 u.m.;
• Amortizações acumuladas na data da venda de 4.000 u.m.;
• Valor de venda de 1.250 u.m..
Vamos efectuar o correspondente lançamento de abate:
6 Diversos
a Diversos
Alienação da máquina 1234
48 - Amortizações acumuladas 4.000
12 - Depósitos à ordem 1.250
a 42 - Imobilizações corpóreas 5.000
79 – Proveitos e ganhos extraordinários 250 5.250
------------------------//---------------------------
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
18
Divergências Entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário
Divergências entre os saldos contabilísticos e os valores apurados no inventário devidas à
incorrecta aplicação de critérios valorimétricos, nomeadamente:
• Valorização das existências;
• Critérios de valorimetria dos imobilizados.
A observância do principio da consistência obriga-nos a utilizar os critérios valorimétricos de uma
forma consistente ao longo dos vários exercícios económicos, porque a sua alteração provoca
alterações significativas nos resultados apresentados.
Tomemos o seguinte exemplo:
No inventário de existências observou-se a seguinte ficha de mercadorias:
Descrição
Quantidade
(unidades)
Preço unitário
(u.m.)
Saldo final
(u.m.)
Existências iniciais 1.000 50 50.000
Entrada 300 80 74.000
Saída 200 80 58.000
Como neste caso a empresa utilizou o LIFO (Last In First Out), o saldo final é composto por 1.000
unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 100 unidades ao preço unitário de 80 u.m.. Valor total para
balanço: 58 000 u.m.
Se em alternativa utilizasse o FIFO (First In First Out) o saldo final seria determinado da forma
seguinte:
Descrição
Quantidade
(unidades)
Preço unitário
(u.m.)
Saldo final
(u.m.)
Existências iniciais 1.000 50 50.000
Entrada 300 80 74.000
Saída 200 50 64.000
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
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O saldo final é composto por 800 unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 300 unidades ao preço
unitário de 80 u.m..
Valor total para balanço: 64 000 u.m..
Como podemos observar da aplicação não consistente dos critérios de valorimetria das existências
podem surgir grandes divergências nos resultados e nos valores apresentados no balanço.
Aplicação dos Princípios Contabilísticos
Para imputar ao exercício os custos/perdas, proveitos/ganhos respectivos é necessário observar os
princípios de contabilidade geralmente aceites, nomeadamente:
• Principio da especialização ou do acréscimo;
• Principio da prudência
Princípio da Especialização ou do Acréscimo
No sentido de permitir registar os custos e proveitos nos exercícios a que respeitam existe no POC
a conta 27 - Acréscimos e Diferimentos.
A conta 27 - Acréscimos e Diferimentos é uma conta de ACTIVO com as sub-contas:
271 - Acréscimos de proveitos
272 - Custos diferidos
e uma conta de PASSIVO com as sub-contas:
273 - Acréscimos de custos
274 - Proveitos diferidos
Vamos analisar em que condições se utiliza cada uma delas.
271 - Acréscimos de proveitos - registo de proveitos do exercício a receber em exercícios
seguintes, por exemplo:
• Juros de depósito a prazo.
Considere que uma empresa constituiu em 1/12/N um depósito a prazo com vencimento em
1/6/N+1, na data de vencimento serão creditados na nossa conta de depósitos à ordem juros no
montante de 900 u.m. líquidos do respectivo imposto.
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Em 31/12/N temos que contabilizar os juros já vencidos mas cujo recebimento só ocorrerá em
6/N+1:
Início Recebimento
dos juros
1/12 31/12 1/6/N+1
Proveito do ano
N
Proveito do ano
N+1
Em 31/12/N o valor dos juros a receber é de:
900 / 6 = 150 u.m.
4 27 - Acréscimos e diferimentos
271- Acréscimos de proveitos
2711 - Juros a receber
a 78 - Proveitos e ganhos financeiros
781 - Juros obtidos
7811 - Depósitos a prazo
Juros a receber em N+1 150 150
------------------------//---------------------------
272 - Custos diferidos - registo de despesas ocorridas no exercício correspondentes a custos de
exercícios seguintes:
• Rendas e alugueres pagos por antecipação na utilização de bens imóveis ou móveis de
terceiros;
• Prémios de seguros pagos, cuja vigência ultrapassa o exercício económico;
• Juros cobrados em operações financeiras em regime de desconto por dentro, “juros à cabeça”,
que representam um custo futuro.
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Exemplo
Em Dezembro do ano N pagámos por cheque, a renda do estabelecimento no valor de 1.115 u.m.
referente ao mês de Janeiro do ano N+1, vamos efectuar o seguinte lançamento:
1 27 Acréscimos e diferimentos
272 Custos diferidos
2721 Rendas de instalações
a 62 Fornecimentos e Serviços Externos
622 Fornecimentos e Serviços
62219 Rendas e Alugueres
Pagamento da renda de Janeiro 1.115 1.115
------------------------//---------------------------
Em Setembro do ano N foi pago o prémio do seguro de incêndio, cujo período é de 1/9/N a
31/8/N+1, no valor de 480 u.m., tendo sido contabilizado como custo do exercício na conta 62223 -
seguros. Que se deve fazer?
O custo não é só a este exercício económico mas também ao exercício económico seguinte:
Início Fim
1/9 31/12 31/8/N+
1
Custo do ano N Custo do ano N+1
4 meses 8 meses
O custo mensal é de 480/12 = 40 u.m.
O custo de 4 meses é de 4 x 40 u.m. = 160 u.m.
O custo de 8 meses é de 8 x 40 u.m. = 320 u.m.
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O lançamento a efectuar é o seguinte:
2 27 Acréscimos e diferimentos
272 Custos diferidos
2722 Seguros
a 62 - Fornecimento e Serviços Externos
622 Fornecimentos e serviços
62 - Fornecimento e Serviços Externos 320 320
Rectificação do pagamento
------------------------//---------------------------
A mesma empresa obteve em 1/9/N um financiamento de 70.000 u.m. cujos juros foram pagos
antecipadamente, tendo o valor líquido recebido sido de 68.255 u.m., sabendo que o prazo total é
de 182 dias e que os dias decorridos de 1/9/N a 31/12/N são 121 devíamos efectuar o seguinte
lançamento referente aos juros suportados (70.000 - 68.255 = 1.745):
Custo do ano N - Juros de 121 dias = 1.745 / 182 x 121 = 1.160 u.m.
Custo do ano N+1 - Juros dos restantes 61 dias = 1.745 / 182 x 61 = 585 u.m..
3 Diversos
a 23 - Empréstimos obtidos
Empréstimo obtido em 1/9/N
12 - Depósitos à ordem 68.255
68 - Custos e perdas financeiras
681 - Juros suportados
6812 - Empréstimos obtidos 1.160
27 - Acréscimos e diferimentos
272- Custos diferidos
2723 - Juros pagos 585 70.000
------------------------//---------------------------
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273 - Acréscimos de custos - registo de custos do exercício a pagar em exercícios seguintes:
• Juros de financiamentos obtidos;
• Encargos com férias e subsídios de férias vencidos no exercício e cujo processamento ocorrerá
no exercício seguinte;
• Fornecimentos e serviços diversos que já se verificaram mas cujos documentos definitivos
estão em falta, por exemplo consumos de água, electricidade ou telefones, que se pagam em
Janeiro respeitantes ao mês de Dezembro.
Exemplo
A empresa Tudo Bem Lda contraiu um empréstimo de 50.000 u.m. em 1 de Setembro do ano N à
taxa de juros de 8% ao ano com pagamento de juros ao semestre, qual o movimento a efectuar em
31.12.N?
Início Pagamento
juros
1/9 31/12 1/3/N+1
Custo do ano N Custo do ano N+1
Em 31/12/N o valor dos juros a pagar é de:
0,08
50.000,00 x -------- x 4 = 1.333 u.m.
12
1 68 - Custos e perdas financeiros
681 - Juros suportados
6811- Empréstimos bancários
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2733 - Juros a liquidar
Juros a pagar em N+1 1.333 1.333
------------------------//---------------------------
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A mesma empresa não tinha ainda contabilizado o valor de encargos com férias e subsídio de
férias para no ano N+1 relativos ao ano N, sabendo que o valor mensal de ordenados é de 12.000
u.m. e que os encargos sociais representam 23,75% , que lançamento vamos efectuar?
Férias 12.000 u.m.
Subsídio de férias 12.000 u.m.
Sub - total 24.000 u.m.
Encargos 0,2375 x 24.000 5.700 u.m.
Total 29.700 u.m.
O lançamento a efectuar é o seguinte:
2 Diversos
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2732 - Remunerações a liquidar
Contabilização de férias e subsídio de férias a liquidar em N+1
64 - Custos com o pessoal
642 - Remunerações do pessoal
6421 - Vencimentos 12.000
6422 - Subsídio de férias 12.000
645 - Encargos sobre remunerações 5.700 29.700
------------------------//---------------------------
Vamos agora contabilizar o consumo estimado de energia referente ao mês de Dezembro, cuja
factura apenas iremos receber em Janeiro de N+1, no montante de 49 u.m.:
3 62 - Fornecimentos e serviços externos
622 - Fornecimentos e serviços
62211 - Electricidade
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2734 - Consumos a liquidar
Energia a pagar em N+1 49 49
------------------------//---------------------------
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274 - Proveitos diferidos - registo de receitas ocorridas no exercício, correspondentes a proveitos
de exercícios seguintes, por exemplo:
• Rendas e alugueres recebidos
Exemplo
Recebemos em Dezembro do ano N a renda de uma loja que temos alugada, referente ao mês de
Janeiro do ano N+1, o lançamento a efectuar será o seguinte:
4 12 - Depósitos à ordem
a 27 - Acréscimos e diferimentos
274- Proveitos diferidos
2741 - Rendas recebidas
Recebimento da renda de Janeiro N+1 120 120
------------------------//---------------------------
Princípio da Prudência
O cumprimento deste princípio visa o registo das provisões do exercício por forma a efectuar as
correcções dos valores dos activos que:
• apresentem valores de realização inferiores aos do balanço, é o caso dos títulos e das
existências;
• apresentem dúvidas quanto à sua realização, como sejam os clientes que se mostrem difíceis de
cobrar.
Respeita também a este princípio a constituição de provisões para fazer face a obrigações e
encargos futuros.
Exemplo de constituição de provisões para depreciação de existências:
As existências em armazém foram avaliadas em 12.450 u.m.. O preço de mercado era inferior em
950 u.m. ao valor de aquisição das referidas existências.
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Vamos constituir provisão pelo valor de 950 u.m., o lançamento a efectuar será o seguinte:
1 67Provisões do exercício
673 - Para depreciação de existências
6732 - Mercadorias
a 39 - Provisões para depreciação de existências
392 - Mercadorias
Constituição de provisão 950 950
------------------------//---------------------------
Exemplo de constituição de provisões para cobrança duvidosa:
Relativamente ao saldo de clientes, obteve-se a seguinte informação em relação a atrasos de
pagamento:
1 Dívidas a 30 dias 300 u.m.
2 Dívidas a 90 dias 400 u.m.
3 Dívidas a 120 dias 50 u.m.
4 Dívidas a 190 dias 40 u.m.
5 Dívidas a 380 dias 100 u.m.
6 Dívidas a em processo judicial 410 u.m.
Vamos respeitar os critérios fiscais definidos no artigo 34 do Código do IRC, nomeadamente:
• 25 % para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses;
• 50 % para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses;
• 75 % para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses;
• 100 % para créditos em mora há mais de 24 meses.
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Assim teremos o seguinte valor de provisões:
Divida Escalão Taxa
Valor
dívida
Valor
provisão
30 dias N/A 0 300 u.m. 0 u.m.
90 dias N/A 0 400 u.m. 0 u.m.
120 dias N/A 0 50 u.m. 0 u.m.
190 dias 6 a 12 meses 25% 40 u.m. 10 u.m.
380 dias 12 a 18 meses 50% 100 u.m. 50 u.m.
em processo judicial Total 100% 410 u.m. 410 u.m.
Total 470 u.m.
O lançamento a realizar será o seguinte:
2 67Provisões do exercício
671 - Para cobranças duvidosas
6711 - Dívidas de clientes
a 28 - Provisões para Cobranças duvidosas
281 - Dívidas de clientes
Constituição de provisão 470 470
------------------------//---------------------------
Imaginemos agora que esta empresa apresentava um saldo na sua conta de provisões de 400
u.m., assim só teria que constituir a diferença entre 470 e 400 u.m., ou seja 70 u.m., o lançamento
seria:
3 67 Provisões do exercício
671 Para cobranças duvidosas
6711 Dívidas de clientes
a 28 Provisões para Cobranças duvidosas
281 Dívidas de clientes
Reforço de provisão 70 70
------------------------//---------------------------
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Se a empresa apresentasse um saldo de 500 u.m. teria que reuzir em 30 u.m. o seu saldo. Quando
estamos perante uma redução da necessidade de provisões, ou seja variação negativa da
estimatiova de riscos entre dois periodos contabilisticos consecutivos temos que utilizar um conta
de Proveitos Extraordinários.
O lançamento a efectuar seria o seguinte:
4 28 Provisões para Cobranças Duvidosas
281 Dívidas de clientes
a 79 Proveitos e Ganhos Extraordinários
796 Redução de amortizações e de provisões
7962 Provisões
Redução de provisão 30 30
------------------------//---------------------------
Movimentação das Contas de Existências para Apuramento do Custo das Vendas e da
Variação da Produção
• hipótese de utilização do sistema de inventário permanente;
• hipótese de utilização do sistema de inventário intermitente.
A principal característica que diferencia estes dois tipos de inventário é o facto de no primeiro
podermos permanentemente determinar, através dos registos contabilísticos, o custo das
mercadorias vendidas e das matérias consumidas. As contagens físicas efectuadas na
inventariação são muito importantes como meio de controlo.
Salvo se existirem diferenças entre os valores contabilísticos e os valores de inventário, não há
necessidade de efectuar qualquer movimento contabilístico para apuramento do custo das
mercadorias vendidas e das matérias consumidas.
Quando se utiliza o inventário intermitente o apuramento do custo das existências vendidas ou
consumidas vai ser efectuado com base nas contagens físicas dos stocks.
Nas empresas que utilizam este tipo de inventário as seguintes contas vão apresentar saldos:
• 31 - Compras (devedor);
• 32 - Mercadorias (devedor).
• 38 - Regularização de existências (devedor ou credor).
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Para apurarmos o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (valor a constar na
conta 61), iremos:
1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências;
2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências;
3. creditar a conta de existências pelo valor dos consumos efectuados, ou seja, pelo Custo das
Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, debitando assim a conta 61 (CMVMC).
O CMVMC é determinado da seguinte forma:
CMVMC = Ei + C - Reg - Ef
Ei - Existências inicias
C - Compras
Reg - Regularizações
Ef - Existências finais
Exemplo
As contas da empresa apresentam os seguintes saldos:
• 31 - Compras - Saldo devedor de 100.000 u.m.;
• 32 - Mercadorias - Saldo devedor de 2.000 u.m.;
• 38 - Regularização de existências - Saldo credor de 400 u.m.
Do inventário realizado em 31/12/N soube-se que as existências finais ascendem a 1.250 unidades
monetárias.
Vamos efectuar os movimentos de apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias
consumidas:
1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências:
1 32 - Existências
a 31 - Compras
Saldar conta de compras 100.000 100.000
------------------------//---------------------------
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2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências:
2 38 - Regularização de existências
a 32 - Existências
Saldar conta de regularizações 400 400
------------------------//---------------------------
3. creditar a conta de existências pelo valor do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias
Consumidas por contrapartida da conta 61.
CMCMC = 2.000 + 100.000 - 400 - 1.250 = 100.350
3 61 - CMVMC
a 32 - Existências
Apuramento do CMVMC 100.350 100.350
------------------------//---------------------------
Os lançamentos no razão serão:
31- Compras
100.000 (1) 100.000
e
32 - Mercadorias
2.000 (2) 400
(1) 100.000 (3) 100.350
Saldo final = Ef = 1.250
38 - Regularização de existências
(2) 400 400
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61 - Custo Mercadorias Vendidas e das
Matérias Consumidas
(3) 100.350
Contabilização de Amortizações do Exercicio
Anualmente são contabilizados os valores correspondentes á parcela proporcional á vida útil de
cada bem a titulo de depreciação na rubrica de Amortizações,
A vida útil dos bens é o periodo durante o qual se reintegram ou amortizam os bens integralmente,
assim é expressa em anos ou meses.
As amortizações estão enquadradas pelo Decreto Regulamentar nº2/90 de 12 de Janeiro.
Neste Decreto estão definidos os diversos métodos de amortização e as taxas máximas e minimas
a que as mesmas podem ser calculdas.
Assim um equipamento adquirido em 1998 pelo valor de 10.000 u.m. cuja vida util estimada é de 5
anos poderá ser amortizado nesses cinco anos em parcelas mensais de 2.000 u.m. efectuando-se
o seguinte lançamento:
1 66 – Amortizações do exercicio
662 – Imobilizações corpóreas
a 42 – Imobilizações Corpóreas
423 – Equipamento Básico
Amortização anual Máquina X 2.000 2.000
------------------------//---------------------------
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Exercícios Propostos
1. A empresa Z Lda apresentava em 31.12.N um saldo contabilístico na conta de depósitos à
ordem devedor de 4.220 u.m.. No entanto, o saldo evidenciado na mesma data pelo seu
extracto bancário era de 2.510 u.m..
Tendo presentes as informações a seguir indicadas, efectue a reconciliação dos dois saldos e
prepare os lançamentos de rectificação ou de regularização a efectuar antes do encerramento
de N:
1. em 31/12/N foram considerados depositados cheques no valor de 923 u.m. que, por
problemas com o carro do paquete, apenas chegaram ao banco a 2/1/N+1;
2. estava lançado, com data de 28/12/N, no extracto de conta bancário a devolução do cheque
do cliente Alberto Lda, no valor de 800 u.m.;
3. constam do extracto da empresa um conjunto de cheques cujos, beneficiários ainda não
apresentaram a desconto junto do banco:
cheque 123 - 100 u.m.
cheque 148 - 4 u.m.
cheque 145 - 7 u.m.
cheque 432 - 15 u.m.
cheque 540 - 8 u.m.
cheque 840 - 4 u.m.
4. no extracto de conta bancário está debitado o valor de 125 u.m. referente ao pagamento de
juros ocorrido em 31/12/N, a empresa ainda contabilizou este facto por não ter recebido o
respectivo aviso de débito bancário.
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Resolução
1 Saldo da conta de depósitos à ordem na nossa contabilidade 4.200
2 Depósito não efectuado -923
3 Cheque devolvido por lançar -800
4 Cheques não descontados +138
5 Juros debitados -125
6 Saldo na conta de depósitos à ordem no Banco 2.510
Lançamentos a realizar:
1. Corrigir o depósito não efectuado, efectuar lançamento de estorno do depósito inicial:
1 21 - Clientes
211 - Clientes c/c
a 12 - Depósitos à ordem
Estorno de lançamento 923 923
------------------------//---------------------------
2. Lançar o cheque devolvido do cliente Alberto Lda.
2 21 - Clientes
211 - Clientes c/c
a 12 - Depósitos à ordem
Cheque devolvido de Alberto Lda. 800 800
------------------------//---------------------------
3. Lançar os juros debitados pelo banco.
3 68 - Custos e perdas financeiras
681 - Juros suportados
a 12 - Depósitos à ordem
Juros debitados em 31/12/N 125 125
------------------------//---------------------------
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2. Com base nos elementos seguintes pretende-se que efectue a conferência da conta corrente do
fornecedor de serviços informáticos “Silva Santos Lda.”
O fornecedor informou-nos que o saldo a seu favor é de 5.800 u.m. em 31/12/N, composto
pelas seguintes facturas:
• Factura 43 - 1.250 u.m. de 6/N
• Factura 50 - 4.500 u.m. de 8/N
• Factura 55 - 55 u.m. de 9/N
Na nossa contabilidade o extracto de conta corrente do referido fornecedor apresenta o
seguinte movimento:
Data Movimento Débito Crédito
Janeiro Factura 2 1.000
Fevereiro Factura 35 500
Março Pagamento facturas 2 e 35 1.500
Abril Factura 40 4.950
Abril Pagamento factura 40 4.950
Agosto Factura 50 4.500
Setembro Factura 55 50
Totais 6.450 11.000
Saldo antes dos lançamentos 0
Saldos após os lançamentos 4.500
Resolução
Após a reconciliação da nossa conta com os valores apresentados pelo nosso fornecedor
constatamos que não foi efectuado o lançamento da factura 43 de 1.250 u.m., que por lapso foi
tomada por um recibo e como tal arquivada sem qualquer lançamento contabilístico.
O lançamento a efectuar é o seguinte.
1 62 - Fornecimentos e Serviços Externos
62236 - Trabalhos especializados
a 26 – Outros Devedores e Credores
268 – Devedores e Credores Diversos
2682 - Silva Santos Lda.
Factura 43 1.250
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I
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3. Com base no balancete de verificação seguinte efectue os lançamentos de regularização
decorrentes do trabalho de inventário.
Empresa dos Parafusos Unidos Lda.
Conta Nome da Conta Saldo Saldo
Devedor Credor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 4.400
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 9.467
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 1.639.067 0
32 Mercadorias 324.200 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 16.333
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 83.000
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
62 Fornecimentos e serviços externos 257.067 0
64 Custos com o pessoal 831.600 0
68 Custos e perdas financeiras 54.933 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 35.467
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 12.267
4.224.800 4.224.800
Informações complementares:
• As remunerações de férias e respectivo subsídio a processar no ano N+1 relativas ao trabalho
prestado no ano N, foram pagos ascendem a 12.000 u.m., sendo os encargos de 23,75%;
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• Em Janeiro de N+1 consumos referentes ao ano N+1:
• Água - 420 u.m. (Iva incluído a 5%)
• Energia - 1.400 u.m. (Iva incluído a 5%)
• Telefone - 1.160 u.m. (Iva incluído a 17%);
• Na conta 78 está contabilizada a renda recebida em Dezembro, referente ao mês de Janeiro do
ano N+1 da loja arrendada, o valor da renda líquida de IRC foi de 1.300 u.m. (a taxa de
retenção na fonte é de 20%);
• Existem dívidas em mora de clientes nos seguintes montantes e escalonadas em função da
data de vencimento:
• 16.000 u.m. entre 6 e 12 meses;
• 10.000 u.m. entre 18 e 24 meses;
• 6.120 u.m. com mais de 24 meses.
• O inventário de existências resultou em 375.000 u.m., no entanto verifica-se a existência de
stock valorizados ao preço de custo de 27.000 u.m. cujo valor de mercado actualmente ronda
os 23.420 u.m.;
• O saldo da conta 15 - Títulos negociáveis é composto por 100 acções de valor nominal de 1.000
u.m. adquiridas por 920 u.m. cada, a cotação em 31.12/N é de 800 u.m.;
• As amortizações do exercício serão as seguintes:
• Para investimentos financeiros - 3.000 u.m.
• Para imobilizações corpóreas - 20.789 u.m.
• Para imobilizações incorpóreas - 1.980 u.m.
• O valor de Amortizações acumuladas reparte-se da seguinte forma:
• Imobilizações corpóreas - 74.800 u.m.
• Imobilizações incorpóreas - 8.200 u.m..
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
37
Lançamento a efectuar no diário:
1 64 - Custos com o pessoal
642 - remunerações do pessoal
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2732 - Remunerações a liquidar
Contabilização das férias e subsidio de férias (1) 29.700 29.700
---------------------------//---------------------------
2 Diversos
a 27 - Acréscimos e diferimentos
273 - Acréscimos de custos
2739 - Outros
Serviços referentes a Dezembro
62 - Fornecimentos e serviços externos
622 - Fornecimentos e serviços
62211 - Electricidade 1.333
62213 - Água 400
62222 - Comunicações 991 2.725
---------------------------//---------------------------
3 78 - Proveitos e ganhos financeiros
a 27 - Acréscimos e diferimentos
274 - Proveitos diferidos
2741 - Rendas
Renda de Janeiro 1.625 1.625
---------------------------//---------------------------
67 - Provisões do exercício
671 - Para cobranças duvidosas
6711 - Dívidas de clientes
a 28 - Provisões para cobrança duvidosa
281 - Dividas de clientes
Constituição de provisões 8.153 8.153
-------------------------//----------------------------
5 39 - Provisões para depreciação de existências
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
38
392 - Mercadorias
a 79 - Proveitos e ganhos extraordinários
796 - Reduções de amortizações e de provisões
7962 - Provisões 12.753 12.753
-------------------------//----------------------------
6 68 - Custos e perdas financeiras
684 - Provisões para aplicações financeiras
6841 - Títulos negociáveis
a 19 - Provisões para aplicações de tesouraria
195 - Títulos negociáveis 7.600 7.600
-------------------------//----------------------------
7 Diversos
a Diversos
Amortizações anuais
68 - Custos e perdas financeiras
683 - Amortizações de investimentos em imóveis 3.000
66 - Amortizações do exercício
662 - Imobilizações corpóreas 10.789
663 - Imobilizações incorpóreas 1.980
a 48 - Amortizações acumuladas
481 - De investimentos em imóveis 3.000
482 - De imobilizações corpóreas 20.789
483 - De imobilizações incorpóreas 1.980 25.769
------------------------//---------------------------
Explicação dos valores:
1. Férias e subsidio de férias:
12.000 x 2 x 1,2375 = 29.700
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
39
2. Custos do ano N a pagar no ano N+1:
Valor total IVA Custo
Água 420 5% 400
Energia 1.400 5% 1.333
Telefones 1.160 17% 991
3. Renda recebida
1.300
Valor Bruto = ---------------- = 1625
0,8
IRC (retenção fonte 20% VB)=325
Valor líquido de renda=1300
4. Provisões de cobrança duvidosa
Mora Valor Taxa Provisão
6 a 12 meses 16.000 25% 4.000
18 a 24 meses 10.000 75% 7.500
+ de 24 meses 6.120 100% 6.120
Total 32.120 17.620
A provisão existente é de 9.467, pelo que vamos constituir a diferença
5. A provisão para depreciação de existências necessária é de (27.000 - 23.420), ou seja 3.580
u.m.. Como o valor existente é de 16.333 (12753 u.m.) pelo que temos que regularizar o
excesso.
6. A provisão para títulos negociáveis necessária é de 120 u.m. por cada título, ou seja:
120 x 100 = 12.000 u.m.
Como existe uma provisão de 4.400 u.m. vamos constituir a diferença (7600u.m.).
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
40
4. BALANCETE RECTIFICADO
O balancete rectificado é aquele em que os saldos apresentados estão de acordo com os
inventários efectuados.
Neste balancete as contas de custos e perdas, proveitos e ganhos expressam as componentes
negativas e positivas do resultado do exercício.
É o balancete rectificado que serve de ponto de partida para o apuramento de resultados.
Exemplo
1. Suponhamos que a empresa Luar de Agosto apresentava o balancete anexo referente a
31/12/N, sendo também conhecidas as seguintes informações:
• Desdobramento da conta 31 - Compras:
Mercadorias - 1.476.555 u.m.
Matérias-primas 168.064 u.m. 1.644.619 u.m.
• Existências finais (inventário)
Mercadorias 366.959 u.m.
Matérias-primas 87.716 u.m.
Produtos acabados 11,298 u.m. 465.973 u.m.
• Amortizações do exercício.
Imobilizações corpóreas - 81.708 u.m.
Imobilizações incorpóreas - 6.895 u.m.
• Juros a pagar do financiamento bancário - 2.704 u.m.
• A renda do escritório referente ao mês de Janeiro foi liquidada e contabilizada em Dezembro
na conta 62 - Fornecimentos e serviços externos no valor de 3.260 unidades monetárias.
• Não se encontram ainda contabilizadas as férias e subsidio de férias a liquidar no ano N+1,
o valor mensal é de 30.000 u.m. e os encargos sociais ascendem a 23,75%.
Para obtermos o balancete rectificado temos que efectuar estes movimentos de regularização.
Vamos efectuá-los no Diário e no Razão e, posteriormente, elaboramos o balancete rectificado:
Anexo - Balancete de verificação
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
41
Balancete de 1º grau
Empresa “Luar de Agosto” unid:u.m.
Conta Nome da Conta Acumulados anuais Saldo
Débito Crédito Devedor Credor
11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681
12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253
25 Sócios 49.270 193.329 144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211
27 Acréscimos e diferimentos 69.745 152.293 82.548
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009
31 Compras 1.766.151 121.532 1.644.619
32 Mercadorias 239.970 0 239.970
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283
36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 59.890 0 59.890
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 Imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 504.804 462.352
51 Capital 0 295.567 295.567
55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425
57 Reservas 266.574 699.954 433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 34.252 544.979
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 469.427 0 469.427
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
68 Custos e perdas financeiras 121.612 2.348 119.264
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277
88 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0
Total 28.340.886 28.340.886 0
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
42
Lançamentos no diário de operações diversas - regularizações:
(1) 321 Mercadorias
a 312 Compras
Transferência das compras 1.476.555 1.476.555
------------------//-----------------
(2) 361 Matérias primas, subsidiárias e de
consumo
a 316 Compras
Transferência das compras 168.054 168.064
------------------//-----------------
(3) 612 Custo mercadorias vendidas e
consumidas (1)
a 321 Mercadorias
Apuramento do custo das mercadorias
vendidas
1.349.566 1.349.566
------------------//-----------------
(4) 616 Custo mercadorias vendidas e
consumidas (2)
a 361 Matérias primas, subsidiárias e de
consumo
Apuramento do custo das matérias
primas consumidas
140.238 140.238
------------------//-----------------
(5) 66 Amortizações do exercício
a 482 Amortizações acumuladas
Imobilizados corpóreos 81.708 81.708
------------------//-----------------
(6) 66 Amortizações do exercício
a 483 Amortizações acumuladas
Imobilizados incorpóreos 6.895 6.895
------------------//------------------
(7) 681 Custos financeiros
a 273 Acréscimos de custos
Juros a liquidar 2.704 2.704
------------------//------------------
(8) 272 Custos diferidos
a 622 Fornecimentos e serviços externos
Renda de Janeiro 3.260 3.260
------------------//------------------
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
43
(9) Diversos
a 273 Acréscimos de custos
Remunerações a liquidar (3)
642 Remunerações do pessoal 60.000
645 Encargos sobre remunerações 14.250 74.250
------------------//------------------
(1) O Custo das mercadorias vendidas e consumidas (CMVC)é calculado da seguinte forma:
CMVC = Existências iniciais + Compras - Existências finais
CMVC = 239.970 +1.476.555 - 366.959
CMVC = 1.349.566
(2) O Custo das matérias primas consumidas (CMPC) é calculado da seguinte forma:
CMPC = Existências iniciais + Compras - Existências finais
CMPC = 59.890 + 168.064 - 87.716
CMPC = 140.238
(3) O valor das remunerações a pagar é calculado da seguinte forma:
valor de 1 mês de ordenados - 30.000 u.m.
valor de 2 meses de ordenados - 30.000 u.m. x 2 = 60.000 u.m.
valor dos encargos - 60.000 u.m. x 0,2375 = 14.250 u.m.
Procedemos em seguida aos lançamentos no razão:
321 - Mercadorias
239.970 (3) 1.349.566
(1) 1.476.555
1.716.525 1.349.566
Saldo devedor de 366.959
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
44
31 - Compras
1.766.151 121.532
(1) 1.476.555
(2) 168.064
1.766.151 1.766.151
Conta saldada
36 - Matérias primas, subsidiárias e de consumo
59.890
(2) 168.064 (4) 140.238
227.954 140.238
Saldo devedor de 87.716
61- Custo das mercadorias vendidas e consumidas
(3) 1.349.566
(4) 140.238
1.489.804
Saldo devedor de 1.489.804
66 - Amortizações do exercício
(5) 81.708
(6) 6.895
88.603
Saldo devedor de 88.603
48 - amortizações acumuladas
42.452 504.804
(5) 81.708
(6) 6.895
42.452 593.407
Saldo credor de 550.955
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
45
Sendo de Imobilizações Incorpóreas - 39.491 u.m. e de Imobilizações Corpóreas 511.464 u.m.
68 - Custos financeiros
121.612 2.348
(7) 2.704
124.316 2.348
Saldo devedor de 121.968
27 - Acréscimos e diferimentos
69.745 152.293
(8) 3.260 (7) 2.704
(9) 74.250
73.005 229.247
Saldo credor de 156.242
62 - Fornecimentos e serviços externos
579.231 34.252
(8) 3.260
579.231 37.512
Saldo devedor de 541.719
64 - Custos com o pessoal
469.427
(9) 74.250
543.677
Saldo devedor de 543.677
Balancete rectificado antes do apuramento de resultados
Balancete de 1º grau
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
46
Empresa “Luar de Agosto”
Acumulados anuais Saldo (u.m)
Conta Nome da Conta
Débito (u.m.) Crédito (u.m.) Devedor Credor
11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681
12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253
25 Sócios 49.270 193.329 144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211
27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.242
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009
31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 0
32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283
36 Mat. primas, subsidiárias consumo 227.954 140.238 87.716
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 Imobilizações corpóreas em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.955
51 Capital 0 295.567 295.567
55 Ajust. partes cap.fil. e assoc. 409.962 420.455 10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425
57 Reservas 266.574 699.954 433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 0
61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603
68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277
88 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0
Total 31.644.126 31.644.126 0 0
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
47
2. Vamos preparar o balancete rectificado antes de apuramento de resultados da empresa
Parafusos Unidos, para tal peguemos no Balancete após movimento de regularização, obtido
anteriormente
Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 1.639.067 0
32 Mercadorias 324.200 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0
64 Custos com o pessoal 861.300 0
66 Amortizações do exercício 22.769 0
67 Provisões do exercício 8.153 0
68 Custos e perdas financeiras 65.533 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020
Total 4.298.747 4.298.747
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
48
Resolução
Vamos apurar o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas, sabendo que as
existências finais apuradas pelo Inventário são de 165.754 u.m.:
CMVMC = 324.200+ 1.639.067 - 165.754 = 1.797.513
O lançamento a efectuar é o seguinte:
32 Existências
321 Mercadorias
a 31 Compras
312 Mercadorias
Transferência das compras 1.639.067 1.639.067
------------------//------------------
61 Custo das mercadorias vendidas
e das matérias consumidas
612 Mercadorias
a 32 Existências
321 Mercadorias
Apuramento do custo das
mercadorias vendidas
1.797.513 1.797.513
------------------//------------------
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
49
Obtemos o seguinte balancete rectificado antes de apuramento de resultados:
Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo merc. vendidas e mat. Cons. 1.797.513 0
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0
64 Custos com o pessoal 861.300 0
66 Amortizações do exercício 22.769 0
67 Provisões do exercício 8.153 0
68 Custos e perdas financeiras 65.533 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020
Total 4.298.747 4.298.747
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
50
5. APURAMENTO DE RESULTADOS
Tendo por objectivo final apurar o valor do resultado líquido do exercício que estamos a encerrar,
vamos transferir os saldos das contas de Custos e Perdas e de Proveitos e Ganhos para as
principais contas de Resultados, e fazer transferências entre saldos das próprias contas de
Resultados.
Relembremos as contas de que estamos a tratar:
Classe 6 - Contas de Custos e Perdas
Conta 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Conta 62 - Fornecimentos e serviços externos
Conta 63 - Impostos
Conta 64 - Custos com o pessoal
Conta 65 - Outros custos e perdas operacionais
Conta 66 - Amortizações do exercício
Conta 67 - Provisões do exercício
Conta 68 - Custos e perdas financeiros
Conta 69 - Custos e perdas extraordinárias
Classe 7 - Contas de proveitos e ganhos
Conta 71 - Vendas
Conta 72 - Prestações de serviços
Conta 73 - Proveitos suplementares
Conta 74 - Subsídios à exploração
Conta 75 - Trabalhos para a própria empresa
Conta 76 - Outros proveitos e ganhos operacionais
Conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros
Conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
51
Classe 8 - Resultados
Conta 81 - Resultados operacionais
Conta 82 - Resultados financeiros
Conta 83 - Resultados correntes
Conta 84 - Resultados extraordinários
Conta 85 - Resultados antes de impostos
Conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício
Conta 88 - Resultado liquido do exercício
Conta 89 - Dividendos antecipados
O apuramento de resultados faz-se sequencialmente, respeitando os códigos das contas
mencionadas na classe 8 (Resultados). Serão as seguintes as fases a considerar:
1. Apuramento dos resultados operacionais;
2. Apuramento dos resultados financeiros;
3. Apuramento dos resultados correntes;
4. Apuramento dos resultados extraordinários;
5. Apuramento dos resultados antes de impostos;
6. Cálculo da estimativa de Imposto (IRC);
7. Apuramento do resultado liquido do exercício.
As contas de resultados são movimentadas:
• a débito pelos saldos devedores das contas de custos e perdas, e,
• a crédito pelos saldos credores das contas de proveitos e ganhos;
pelo que,
• um saldo devedor numa conta de resultados representa um prejuízo, e,
• um saldo credor numa conta de resultados representa um lucro.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
52
Apuramento dos Resultados Operacionais
Vamos movimentar a conta 81 - Resultados Operacionais:
• A débito
1. pelos saldos das contas da classe 6 - Custos e perdas, e,
2. pelo valor das existências iniciais de:
produtos acabados e intermédios (conta 33);
subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34);
produtos e trabalhos em curso (conta 35)
• A crédito
1. pelos saldos das contas da classe 7 - Proveitos e ganhos, e,
2. pelo valor das existências finais de:
produtos acabados e intermédios (conta 33);
subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34);
produtos e trabalhos em curso (conta 35)
Esquematicamente:
Débito
81 - Resultados
Operacionais
Crédito
Conta 61 → ← Conta 71
Conta 62 → ← Conta 72
Conta 63 → ← Conta 73
Conta 64 → ← Conta 74
Conta 65 → ← Conta 75
Conta 66 → ← Conta 76
Conta 67 →
Existências Iniciais: Existências Finais:
Conta 33 → ← Conta 33
Conta 34 → ← Conta 34
Conta 35 → ← Conta 35
O saldo da conta 81 representa o Resultado Operacional.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
53
Exemplo
1. Sabendo a empresa Fruta Verde apresenta os seguintes dados. Vamos calcular os diversos
tipos de resultados:
32 - Existências iniciais de mercadorias 5.000 u.m.
32 - Existências finais de mercadorias 7.000 u.m
31 - Compras 100.000 u.m.
61 - Custo das mercadorias vendidas 98.000 u.m.
62 - Fornecimentos e serviços externos 25.000 u.m.
64 - Custos com o pessoal 15.000 u.m.
68 - Custos e perdas financeiros 4.500 u.m.
69 - Custos e perdas extraordinários 8.050 u.m.
71 - Vendas 140.000 u.m
73 - Proveitos suplementares 1.200 u.m.
79 - Proveitos e ganhos extraordinários 10.000 u.m.
O Resultado Operacional será obtido com o seguinte lançamento no Diário:
(1) Diversos Resultados Operacionais
a 81
Transferência de Proveitos
71 Vendas 140.000
73 Proveitos suplementares 1.200 141.200
------------------//----------------
(2) 81
a Diversos Resultados operacionais
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias vendidas 98.000
a 62 Fornecimentos e serviços externos 25.000
a 64 Custos com pessoal 15.000 138.000
-----------------//----------------
61 - Custo das mercadorias vendidas
163.000 (2) 163.000
Saldo = 0
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
54
62 - Fornecimentos e serviços externos
25.000 (2) 25.000
Saldo = 0
64 - Custos com o pessoal
15.000 (2) 15.000
Saldo = 0
71 - Venda de mercadorias
(1) 140.000 140.000
Saldo = 0
73 - Proveitos suplementares
(2) 1.200 1.200
Saldo = 0
81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
Saldo
Credor
3.200
141.200 141.200
Apuramento dos Resultados Financeiros
Vamos movimentar a conta 82 - Resultados Financeiros
O resultado financeiro resulta da comparação dos saldos das contas 68 - Custos e perdas
financeiros e da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
55
É movimentada:
• A débito pelo saldo da conta 68 - Custos e perdas financeiras
• A crédito pelo saldo da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros
Esquematicamente:
Débito 82 - Resultados Financeiros Crédito
Conta 68 → ← Conta 78
O saldo da conta 82 representa o Resultado Financeiro.
No exemplo apresentado efectuaremos o seguinte lançamento no Diário:
(3) 82 Resultados Operacionais
a 68 Custos e perdas
financeiras
Transferência de Custos 4.500 4.500
68 - Custo e perdas financeiros
4.500 (3) 4.500
82 - Resultados financeiros
(3) 4.500
Apuramento dos Resultados Correntes
Esta conta pode ser ou não movimentada, desse facto dependerá a forma de apuramento do
resultado na conta 85 - Resultado antes de impostos.
Vamos movimentar a conta 83 - Resultados Correntes.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
56
Esta conta recebe os saldos das duas contas movimentadas anteriormente:
• 81 - Resultados Operacionais, e,
• 82 - Resultados Financeiros
Consoante as contas 81 e 82 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 83 - Resultados Correntes.
Esquematicamente:
Débito
83 - Resultados
Correntes
Crédito
Conta 81 e 82
quando
→ ← Conta 81 e 82
quando
saldo devedor saldo credor
O saldo da conta 83 representa o Resultado Corrente.
No seguimento do nosso exemplo teremos:
(4) 83 Resultados Correntes
a 82 Resultados Financeiros
Transferência do
resultado financeiro
4.500 4.500
(5) 81 Resultados Operacionais
a 83 Resultados Correntes
Transferência de
Resultados Operacionais
3.200 3.200
82 - Resultados financeiros
(3) 4.500 (4) 4.500
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
57
81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
(5) 3.200
141.200 141.200
83 - Resultados Correntes
(4) 4.500 (5) 3.200
Apuramento dos Resultados Extraordinários
Vamos movimentar a conta 84 - Resultados Extraordinários
O resultado extraordinário resulta da comparação dos saldos das contas 69 - Custos e perdas
extraordinários e da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários.
É movimentada:
• A débito pelo saldo da conta 69 - Custos e perdas extraordinárias
• A crédito pelo saldo da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários
Esquematicamente:
Débito
84 - Resultados
Extraordinários
Crédito
Conta 69 → ← Conta 79
O saldo da conta 84 representa o Resultado Extraordinário.
No exemplo apresentado teremos:
(6) 84 Resultados
Extraordinários
a 69 Custos e perdas
extraordinárias
Transferência dos custos
extraordinários
8.050 8.050
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
58
(7) 79 Proveitos e ganhos
extraordinários
a 84 Resultados
Extraordinários
Transferência dos
proveitos extraordinários
10.000 10.000
69 - Custos e perdas extraordinárias
8.050 (6) 8.050
79 - Proveitos e ganhos extraordinários
(7) 10.000 10.000
84 - Resultados Extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
Apuramento dos Resultados antes de Impostos
Esta conta tem movimentação facultativa, dela dependendo a forma de movimentação da conta 88
- Resultado liquido do exercício.
Este apuramento faz-se na conta 85 e esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da
movimentação ou não da conta 83 - Resultados Correntes, como anteriormente referimos.
Se tivermos utilizado a conta 83 esta conta receberá os saldos das contas movimentadas
anteriormente:
• 83 - Resultados Correntes, e,
• 84 - Resultados Extraordinários.
Consoante as contas 83 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
59
Esquematicamente:
Débito
85 - Resultados antes de
impostos
Crédito
Conta 83 e 84 se → ← Conta 83 e 84 se
saldo devedor saldo credor
O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos.
No nosso exemplo teremos:
(8) 85 Resultados antes de
impostos
a 83 Resultados correntes
Transferência dos
resultados correntes
1.300 1.300
83 - Resultados correntes
(4) 4.500 (5) 3.200
(8) 1.300
(9) 84 Resultados
extraordinárias
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos
resultados
extraordinários
1.950 1.950
84 - Resultados extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
(9) 1.950
85 - Resultados antes de impostos
(8) 1.300 (9) 1.950
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
60
O resultado antes de impostos é de 650 u.m.- Saldo Credor - Lucro.
Alternativamente
Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:
• 81 - Resultados operacionais;
• 82 - Resultados financeiros, e,
• 84 - Resultados extraordinários
Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.
Esquematicamente:
Débito
85 - Resultados antes de
impostos
Crédito
Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84
se saldo devedor se saldo credor
O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos.
No nosso exemplo teremos:
(10) 81 Resultados correntes
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos
resultados correntes
3.200 3.200
81 - Resultados operacionais
(2) 98.000 (1) 140.000
(2) 25.000 (1) 1.200
(2) 15.000
(10) 3.200
141.200 141.200
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
61
(11 85 Resultados antes de
impostos
a 82 Resultados financeiros
Transferência dos
resultados financeiros
4.500 4.500
82 - Resultados financeiros
(3) 4.500 (11) 4.500
(12) 84 Resultados
extraordinários
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos
resultados
extraordinários
1.950 1.950
84 - Resultados extraordinários
(6) 8.050 (7) 10.000
(12) 1.950
85 - Resultados antes de impostos
(11) 4.500 (10) 3.200
(12) 1.950
O resultado antes de impostos apurado é de 650 u.m., saldo credor da conta 85.
Cálculo da Estimativa de Imposto (IRC)
Numa economia sujeita a imposto sobre o rendimento, no caso português o IRC - Imposto sobre o
Rendimento das pessoas Colectivas, este valor tem que ser expresso nas contas das empresas:
• porque se traduz numa obrigação - Imposto a pagar ao Estado, e,
• porque representa uma afectação de resultados - diminuindo o valor de resultado líquido da
empresa.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
62
É uma realidade cuja movimentação não se limita às contas da classe 8 - Resultados e que
engloba dois movimentos:
1. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita:
• Débito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício;
• Crédito - conta 24 - Impostos sobre o rendimento.
86 - Imposto sobre
rendimento do
exercício
24 - Imposto sobre
o rendimento
(1) (1)
2. Transferência da estimativa feita para a conta 88 - Resultado líquido:
• Débito - conta 88 - Resultado liquido do exercício;
• Crédito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício.
86 - Imposto sobre
rendimento do
exercício
88 - Resultado
líquido do
exercício
(2) (2)
Vamos considerar que no nosso exemplo o valor da estimativa é de 34% para IRC, incidindo a taxa
de derrama de 10%, ou seja (34% x 1,1 = 37,4%)
O valor da estimativa de imposto a pagar é de:
650 u.m. x 37,4% = 243 u.m.
3. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita:
86 - Imposto sobre
rendimento do
exercício
24 - Imposto sobre
o rendimento
(12) 243,1 243,1 (12)
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
63
4. Transferência da Estimativa feita para a conta 88 - Resultado Liquido:
86 - Imposto sobre
rendimento do
exercício
88 - Resultado
Liquido do
exercício
243,1 243,1 (13) 243,1
Apuramento do Resultado Liquido do Exercício
Este apuramento faz-se na conta 88. Esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da
movimentação ou não das contas 83 - Resultados Correntes e 85 - Resultados Correntes, como
anteriormente referimos.
Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:
• 85 - Resultados antes de impostos, e,
• 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento
se tivermos utilizado a conta 85.
Consoante a conta 84 apresente saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a
crédito a conta 88 - Resultado Líquido do Exercício.
Esquematicamente:
Débito
88 - Resultado liquido do
exercício
Crédito
Conta 86 →
Conta 85 se
saldo devedor
→ ← Conta 85 se
saldo credor
O saldo da conta 88 representa o resultado liquido do exercício.
Alternativamente esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente:
• 81 - Resultados operacionais;
• 82 - Resultados financeiros,
• 84 - Resultados extraordinários, e,
• 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
64
Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a
débito ou a crédito a conta 88 - Resultado liquido do exercício.
Esquematicamente:
Débito
88 - Resultado liquido do
exercício
Crédito
Conta 86 →
Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84
se saldo devedor se saldo credor
O saldo da conta 88 representa o Resultado liquido depois de impostos.
No nosso exercício teremos o seguinte movimento:
(14) 85 Resultados antes de
impostos
a 88 Resultados líquidos
Transferência dos
resultados antes de
impostos
650
Débito
88 - Resultado liquido do
exercício
Crédito
(13) 243,1 (15) 650
Saldo credor (Lucro) de 406,9
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
65
Exercício de Aplicação 2
Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Luar de Agosto:
Do Balancete rectificado antes do apuramento de resultados apenas nos interessam as contas das
classes 6 e 7 e as informações referentes às suas existências de produtos acabados:
Balancete de 1º grau
Empresa “Luar de Agosto”
unid:u.m.
Conta Descrição Acumulados anuais Saldo
Débito Crédito Devedor Credor
61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719
63 Impostos 18.799 32 18.767
64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677
65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206
66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603
68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027
71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619
72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253
73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655
78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562
79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277
88 Resultado Liquido do exercício 0 0 0 0
Sabendo que:
1. as existências iniciais de produtos acabados totalizam 10.283 u.m;
2. as existências finais (inventário) de produtos acabados ascendem a 11.299 u.m.;
3. a taxa de imposto sobre o rendimento é de 34%.
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
66
Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados:
(1) Diversos
a 81 Resultados Operacionais
Transferência de Proveitos
71 Vendas 2.749.619
72 Prestação de serviços 23.253
73 Proveitos suplementares 4.655 2.777.527
------------------//----------------
(2) 81 Resultados operacionais
a Diversos
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias
vendidas
1.489.804
a 62 Fornecimentos e serviços
externos
541.719
a 63 Impostos 18.767
a 64 Custos com pessoal 543.677
a 65 Outros custos operacionais 1.206
a 66 Amortizações do exercício 88.603 2.683.776
-----------------//----------------
(3) 82 Resultados financeiros
a 68 Custos e perdas financeiras
Transferência de Custos
financeiros
121.968 121.968
-----------------//----------------
(4) 78 Proveitos e ganhos
financeiros
a 82 Resultados financeiros
Transferências de proveitos
financeiros
36.562 36.562
-----------------//----------------
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
67
(5) 83 Resultados Correntes
a 82 Resultados Financeiros
Transferência do resultado
financeiro
85.406 85.406
-----------------//----------------
(6) 81 Resultados Operacionais
a 83 Resultados Correntes
Transferência de Resultados
Operacionais
93.751 93.751
-----------------//----------------
(7) 84 Resultados Extraordinários
a 69 Custos e perdas
extraordinárias
Transferência dos custos
extraordinários
53.027
-----------------//----------------
(8) 79 Proveitos e ganhos
extraordinárias
a 84 Resultados Extraordinários
Transferência dos proveitos
extraordinários
4.277
-----------------//----------------
(9) 83 Resultados correntes
a 85 Resultados antes de
impostos
Transferência dos
resultados correntes
8.345
-----------------//----------------
(10) 85 Resultados antes de
impostos
a 84 Resultados correntes
Transferência dos
resultados extraordinários
48.750
-----------------//----------------
(11) 88 Resultados liquido do
exercício
A 85 Resultado antes de
impostos
Apuramento do resultado
liquido do exercício
40.405
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
68
Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão:
61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas
1.489.804 (2) 1.489.804
1.489.804 1.489.804
62 - Fornecimentos e serviços externos
541.719 (2) 541.719
541.719 541.719
63 - Impostos
18.767 (2) 18.767
18.767 18.767
64 - Custos com o pessoal
543.677 (2) 543.677
543.677 543.677
65 - Outros custos operacionais
1.206 (2) 1.206
1.206 1.206
66 - Amortizações do exercício
88.603 (2) 88.603
88.603 88.603
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
69
68 - Custos e perdas financeiras
121.968 (3) 121.968
121.968 121.968
69 - Custos e perdas extraordinárias
53.027 (7) 53.027
53.027 53.027
71 - Vendas
(1) 2.749.619 2.749.619
2.749.619 2.749.619
72 - Prestações de serviços
(1) 23.253 23.253
23.253 23.253
73 - Proveitos suplementares
(1) 4.655 4.655
4.655 4.655
78 - Proveitos e ganhos financeiros
(4) 36.562 36.562
36.562 36.562
79 - Proveitos e ganhos extraordinários
(8) 4.277 4.277
4.277 4.277
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
70
81 - Resultados operacionais
(2) 1.489.80 (1) 2.749.619
(2) 541.719 (1) 23.253
(2) 18.767 (1) 4.655
(2) 543.677
(2) 1.206
(2) 88.603
(6) 93.751
2.777.527 2.777.527
82 - Resultados financeiros
(3) 121.968 (4) 36.562
(5) 85.406
121.968 121.968
83 - Resultados correntes
(5) 85.406 (6) 93.751
(9) 8.345
93.751 93.751
84 - Resultados extraordinários
(7) 53.027 (8) 4.277
(10) 48.750
53.027 53.027
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
71
85 - Resultados antes de impostos
(10) 48.750 (9) 8.345
(11) 40.405
48.750 48.750
88 - Resultado Liquido do exercício
(11) 40.405
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
72
Exercício de Aplicação 3
Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Parafusos Unidos:
Conta Descrição Saldo
devedor
Saldo credor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo mercadorias vendidas e matérias
consumidas
1.797.513 0
62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0
64 Custos com o pessoal 861.300 0
66 Amortizações do exercício 22.769 0
67 Provisões do exercício 8.153 0
68 Custos e perdas financeiras 65.533 0
69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0
71 Vendas 0 3.041.333
72 Prestações de serviços 0 36.200
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020
Total 4.298.747 4.298.747
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
73
Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados:
1 Diversos
a 81 Resultados Operacionais
Transferência de Proveitos
a 71 Vendas 3.041.333
a 72 Prestação de serviços 36.200 3.077.533
----------------//----------------
2 81 Resultados operacionais
a Diversos
Transferência de Custos
a 61 Custo das mercadorias vendidas 1.797.513
a 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792
a 64 Custos com pessoal 861.300
a 66 Amortizações do exercício 22.769
a 67 Provisões do exercício 8.153 2.949.527
----------------//----------------
3 82 Resultados financeiros
a 68 Custos e perdas financeiras
Transferência de custos financeiros 65.533 65.533
----------------//----------------
4 78 Proveitos e ganhos financeiros
a 82 Resultados financeiros
Transferências de proveitos financeiros 33.842 33.842
----------------//----------------
5 83 Resultados Correntes
a 82 Resultados Financeiros
Transferência do resultado financeiro 31.691 31.691
----------------//----------------
6 81 Resultados Operacionais
a 83 Resultados Correntes
Transferência de Resultados Operacionais 128.006 128.006
----------------//----------------
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
74
7 84 Resultados Extraordinários
a 69 Custos e perdas extraordinárias
Transferência dos custos extraordinários 11.200 11.200
----------------//----------------
8 79 Proveitos e ganhos extraordinárias
a 84 Resultados Extraordinários
Transferência dos proveitos extraordinários 25.020 25.020
----------------//----------------
9 83 Resultados correntes
a 85 Resultados antes de impostos
Transferência dos resultados correntes 96.315 96.315
----------------//----------------
10 84 Resultados extraordinários
a 85 Resultados antes de impostos
Transferência dos resultados extraordinários 13.820 13.820
----------------//----------------
11 86 Estimativa de IRC
a 24 Estado e outros entes públicos
Estimativa de IRC 37.446 37.446
----------------//----------------
12 88 Resultado liquido do exercício
a 86 Estimativa de IRC
Estimativa de IRC 37.446 37.446
----------------//----------------
13 85 Resultados antes de impostos
a 88 Resultado liquido do exercício
Apuramento do resultado liquido do exercício 110.135 110.135
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
75
Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão:
61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas
1.797.513 (2) 1.797.513
1.797.513 1.797.513
62 - Fornecimentos e serviços externos
259.792 (2) 259.792
259.792 259.792
64 - Custos com o pessoal
861.300 (2) 861.300
861.300 861.300
67- Provisões do exercício
8.153 (2) 8.153
8.153 8.153
66 - Amortizações do exercício
22.769 (2) 22.769
22.769 22.769
68 - Custos e perdas financeiras
65.533 (3) 65.533
65.533 65.533
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
76
69 - Custos e perdas extraordinárias
11.200 (7) 11.200
11.200 11.200
71 - Vendas
(1) 3.041.333 3.041.333
3.041.333 3.041.333
72 - Prestações de serviços
(1) 36.200 36.200
36.200 36.200
78 - Proveitos e ganhos financeiros
(4) 33.842 33.842
33.842 33.842
79 - Proveitos e ganhos extraordinários
(8) 25.020 25.020
25.020 25.020
81 - Resultados operacionais
(2) 1.797.513 (1) 3.041.333
(2) 259.792 (1) 36.200
(2) 861.300
(2) 8.153
(2) 22.769
(6) 128.006
3.077.533 3.077.533
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
77
82 - Resultados financeiros
(3) 65.533 (4) 33.842
(5) 31.691
65.533 65.533
83 - Resultados correntes
(5) 31.691 (6) 128.006
(9) 96.315
128.006 128.006
84 - Resultados extraordinários
(7) 11.200 (8) 25.020
(10) 13.820
25.020 25.020
85 - Resultados antes de impostos
(13) 110.135 (9) 96.315
(10) 13.820
110.135 110.135
86 - Estimativa de Imposto a pagar
(11) 37.446 (12) 37.446
37.446 37.446
24 - Estado e outros entes públicos
(11) 37.446
88 - Resultado Liquido do exercício
(12) 37.446 (13) 110.135
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
78
6. BALANCETE FINAL
Balancete Final também designado por Balancete de apuramento de resultados, neste as contas
das classes 1, 2, 3,4 e 5, evidenciam os saldos de acordo com o inventário, as classes 6 e 7,
encontram-se saldadas e das contas da classe 8 - Resultados apenas a 88 - Resultados Líquidos
do exercício apresenta o resultado gerado apurado nesse exercício após a consideração da
estimativa de imposto a pagar.
Este balancete designa-se por final porque é com base nele que se elaboram os balanços finais e
se efectuam os lançamentos de fecho do exercício.
Exemplo de Aplicação 1
Retomando os nossos exemplos anteriores para a empresa Luar de Agosto o Balancete Final será
o seguinte:
Acumulados anuais Saldo
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Devedor Credor
11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681
12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063
21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696
22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 414.944
23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500
24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253
25 Sócios 49.270 193.329 144.059
26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211
27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.242
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009
31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 0
32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959
33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283
36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 227.954 140.238 87.716
41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547
42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892
43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491
44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305
48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.955
51 Capital 0 295.565 295.567
I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP
Contabilidade Geral II Guia do Formando
I
79
Acumulados anuais Saldo
Conta Nome da Conta
Débito Crédito Devedor Credor
55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.493
56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425
57 Reservas 266.574 699.954 433.380
59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 0
61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 579.231 0 0
63 Impostos 18.799 18.799 0 0
64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0 0
65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0 0
66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0 0
68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0 0
71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0 0
72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0 0
73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 21.115 21.115 0 0
81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0 0
82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0 0
83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0 0
84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0 0
85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405 0
Total 37.533.747 37.533.747 0
IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
Guia do Formando Contabilidade Geral II
I
80
Para os Parafusos Unidos teremos:
Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor
11 Caixa 14.000 0
12 Depósitos à ordem 123.467 0
15 Títulos negociáveis 92.000 0
19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000
21 Clientes 382.867 0
22 Fornecedores 10.000 284.400
24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446
27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050
26 Outros devedores e credores 8.600 15.333
28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620
29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600
31 Compras 0 0
32 Mercadorias 165.754 0
39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580
41 Investimentos financeiros 200.000 0
42 Imobilizações corpóreas 176.133 0
43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0
48 Amortizações acumuladas 0 108.769
51 Capital 0 333.333
55 Reservas 0 214.000
59 Resultados transitados 0 30.667
61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 0 0
62 Fornecimentos e serviços externos 0 0
64 Custos com o pessoal 0 0
66 Amortizações do exercício 0 0
67 Provisões do exercício 0 0
68 Custos e perdas financeiras 0 0
69 Custos e perdas extraordinárias 0 0
71 Vendas 0 0
72 Prestações de serviços 0 0
78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0
79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0
88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689
Total 1.272.487 1.272.487
Balancete de verificação e inventário geral
Balancete de verificação e inventário geral
Balancete de verificação e inventário geral
Balancete de verificação e inventário geral
Balancete de verificação e inventário geral
Balancete de verificação e inventário geral
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Balancete de verificação e inventário geral

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  • 2.
  • 3. IEFP - ISG Contabilidade Geral II Guia do Formando Ficha Técnica Colecção MANUAIS PARA APOIO À FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS EMPRESARIAIS Título Contabilidade Geral II Suporte Didáctico Guia do Formando Coordenação e Revisão Pedagógica IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional - Departamento de Formação Profissional Coordenação e Revisão Técnica ISG – Instituto Superior de Gestão Autor Gracinda Santos/ISG Capa IEFP Maquetagem ISG Montagem ISG Impressão e Acabamento JERAMA – Artes Gráficas, Lda. Propriedade Instituto do Emprego e Formação Profissional, Av. José Malhoa, 11 1099-018 Lisboa Edição Portugal, Lisboa, Dezembro de 2004 Tiragem 1000 exemplares Depósito Legal 218232/04 ISBN 972-732-910-1 Copyright, 2004 Todos os direitos reservados ao IEFP Nenhuma parte deste título pode ser reproduzido ou transmitido, por qualquer forma ou processo sem o conhecimento prévio, por escrito, do IEFP
  • 4.
  • 5. ÍNDICE GERAL IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando Índice Geral I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO........................................................................................................... 1 1. Noção ...................................................................................................................................................... 4 2. Balancete de Verificação......................................................................................................................... 6 3. Lançamento de Rectificação e Regularização...................................................................................... 14 4. Balancete Rectificado............................................................................................................................ 40 5. Apuramento de Resultados................................................................................................................... 50 6. Balancete Final...................................................................................................................................... 78 7. Balanço.................................................................................................................................................. 88 8. Demonstração de Resultados............................................................................................................... 98 9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados.......................................................................... 114 10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos - DOAF (Anteriormente Designada Mapa de Origens e Aplicação de Fundos)......................................................................................................... 118 11. Encerramento das Contas................................................................................................................... 134 II. TRABALHO COMPLEMENTAR DE FIM DE EXERCÍCIO....................................................................... 145 1. Reabertura das Contas ....................................................................................................................... 148 2. Aplicação de Resultados..................................................................................................................... 152 QUESTÕES E EXERCÍCIOS........................................................................................................................... 163 RESOLUÇÕES ................................................................................................................................................ 164 BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................................ 167 GLOSSÁRIO .................................................................................................................................................... 169 ÍNDICE REMISSIVO ........................................................................................................................................ 171
  • 6.
  • 7. CONTABILIDADE GERAL II I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO
  • 8.
  • 9. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 3 Objectivos No final desta unidade temática o formando deverá estar apto a: • registar todas as operações necessárias ao apuramento de resultados e encerramento de contas; • efectuar o preenchimento e elaboração dos mapas obrigatórios e respectivos anexos. Temas: 1. Noção 2. Balancete de verificação 3. Lançamento de rectificação e regularização 4. Balancete rectificado 5. Apuramento de resultados 6. Balancete Final 7. Balanço 8. Demonstração de Resultados 9. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados 10. Demonstração das Origens e das Aplicações de Fundos (anteriormente designada Mapa de Origens e Aplicação de Fundos) 11. Encerramento das Contas • Resumo • Questões e Exercícios • Resoluções
  • 10. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 4 Neste capítulo vamos estudar o trabalho contabilístico de fim de exercício, procedimentos a desenvolver e mapas a elaborar em cada uma das fases que o compõem. 1. NOÇÃO Os trabalhos de fim de exercício envolvem a transformação de um conjunto de dados, coligidos manual ou automaticamente e armazenados de forma automática, noutro conjunto de dados apresentados de forma normalizada para permitirem comparações e análises diversas. Estes trabalhos englobam três fases distintas: • Fase 1 - Trabalhos preparatórios à preparação das demonstrações financeiras, tais como 1. O inventário geral e o balancete de verificação, 2. Os lançamentos de rectificação e regularização ou a chamada regularização e rectificação de contas, 3. O balancete rectificado ou de inventário, 4. O apuramento de resultados, 5. O balancete final ou de apuramento de resultados, Trata-se de uma fase de conferências e validações; • Fase 2 - Elaboração propriamente dita das demonstrações financeiras, sendo estas compostas por: 1. Balanço, 2. Demonstração de Resultados, 3. Anexos ao Balanço e Demonstração de Resultados, 4. Demonstração das Origens e da Aplicação de Fundos , Fase de preparação dos documentos a apresentar aos diversos utilizadores da informação financeira de cada organização; • Fase 3 - Encerramento das Contas, engloba: 1. Lançamentos de encerramento ou de fecho, 2. Balancete de fecho, É a fase operacional, e pode ser total ou parcialmente automática. Corresponde ao fecho efectivo do exercício contabilístico e ao início do novo exercício contabilístico.
  • 11. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 5 Esquematicamente podemos ter: Trabalho corrente efectuado mensalmente ↓ Balancetes de verificação ↓ Lançamentos de rectificação e regularização ↓ Balancete rectificado ↓ Demonstração de Resultados ↓ Lançamentos de Apuramento de Resultados ↓ Balancete de Apuramento de Resultados ↓ Balanço ↓ Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados ↓ Demonstração de Origem e Aplicações de Fundos O trabalho corrente já foi alvo de estudo anterior pelo que vamos iniciar o nosso estudo a partir da etapa - Balancetes de verificação.
  • 12. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 6 2. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Este balancete dá a conhecer os saldos contabilísticos. É necessário fazer a verificação destes saldos em função dos saldos reais que através do inventário geral vão ser determinados. Por vezes existem divergências entre estes valores. Inventário Geral A inventariação dos bens, direitos e obrigações existentes no património de cada empresa implica a sua determinação, descrição e valorização. O Plano Oficial de Contabilidade (decreto-lei nº 410/89 de 21 de Novembro) determina os critérios de valorimetria que deverão ser aplicados na inventariação das disponibilidades, das dívidas de terceiros e a terceiros, nas existências e nas imobilizações, no seu capítulo 5. Além dos critérios valorimétricos há ainda que respeitar os princípios de contabilidade geralmente aceites, previstos no Plano Oficial de Contabilidade no seu capítulo 4, nomeadamente: • Princípio da continuidade – Considera-se que a empresa opera continuadamente, com duração ilimitada; • Principio da consistência – Considera-se que a empresa não altera as suas politicas contabilisticas de um exercicio para o outro; • Principio da especialização ou do acréscimo – Os Proveitos e os custos são reconhecidos quando obtidos ou incorridos, indepenedentemente do seu recebimento ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstrações financeiras dos periodos a que respeitam; • Principio do custo histórico – Os registos contabilisticos devem basear-se em custos de aquisição ou de produção, quer a escudos nominais, quer a escudos constantes; • Principio da prudência – Significa que é possivel integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de incertez sem, contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação de activos e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso; • Principio da substância sobre a forma – As operações devem ser contabilizadas atendendo à sua substância e à realidade financeira e não apenas à sua forma legal; • Principio da materialidade – As demosntrações financeiras devem evidenciar todos os elementos que sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou decisões pelos utentes interessados. O inventário geral é obtido pela soma dos diversos inventários parcelares, designadamente: • inventário das existências; • inventário do imobilizado; • inventário das contas de terceiros e de disponibilidades.
  • 13. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 7 Vamos analisar cada um deles em particular. O Inventário das Existências Aplicado nas empresas comerciais e industriais, não se resume a uma simples contagem de existências, pois tem que ter em conta um conjunto de regras relacionadas com: • a definição da data de separação dos dois exercícios ou dos dois períodos de contabilização, chamada a data de “cut-off”, ou seja, a data--limite para considerar os movimentos contabilísticos e respectivos movimentos reais de mercadorias ou de produtos. Imaginemos que a contabilização das facturas relativas às matérias primas adquiridas não é efectuada imediatamente com a entrada das mesmas, pois as matérias primas são acompanhadas da guia de remessa e a factura é endereçada à empresa por correio. Pode acontecer que esta factura só seja recepcionada durante a primeira semana de Janeiro do ano (N+1), logo, no inventário de 31/12/N as matérias primas já estão em armazém, mas não estão registadas na contabilidade. Para evitar distorções deverão ser verificadas: • as últimas facturas de compras e de vendas e sua movimentação física nos armazéns; • os últimos registos de entradas e saídas de armazém e sua movimentação contabilistica; • todos os documentos referentes a devolução aos fornecedores ou dos clientes; • as transferências verificadas entre armazéns, para evitar duplicações ou omissões.
  • 14. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 8 As contagens devem ser efectuadas com rigor e método, devendo ser definidos de uma forma muito objectiva os seguintes factores: • a unidade da contagem - se observarmos a figura junta, constatamos que as caixas de cartão não apresentam um tamanho uniforme, há portanto que classificá-las e contá-las dentro dessas classificações; • a hora de realização da contagem - esta deverá ser definida de acordo com as possibilidades dos intervenientes, não esquecer que se for efectuada com o novo exercício iniciado, há que corrigir as entradas e saídas respectivas; • o método da contagem - dependendo do número de itens diferentes a contar e da sua diversidade assim se analisa se é possível fazer uma contagem integral ou por amostragem; (Amostragem - processo de selecção de partes de um todo que nos permitem retirar conclusões sobre esse todo). Este método depende também do tipo de inventário utilizado, se for o inventário permanente existirão listagens actualizadas que poderão ser confirmadas por amostragem, se for o inventário intermitente poderá ser necessário fazer uma contagem exaustiva de todos os bens. • os intervenientes - as pessoas que vão efectuar as leituras e medições, (tem que se definir quem observa o quê e em que medida, acautelando sempre o principio da segregação de funções). (Principio da segregação de funções - o executante de uma tarefa não deve ser o único interveniente na inventariação dos grandezas associadas a essa tarefa). Os intervenientes deverão assinar as listagens de inventário. As existências podem ser valorizadas através de vários Métodos de Custeio, nomeadamente: • Custo Especifico; • Custo Médio Ponderado; • FIFO – First In First Out; • LIFO – Last In Fist Out; • Custo Padrão; Este Métodos variam entre si pela forma como é efectuada a valorização dos bens saídos de armazém e consequentemente a valorização dos que ficam.
  • 15. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 9 O Inventário do Imobilizado As empresas devem manter actualizados ficheiros relativos aos seus bens de imobilizado. O artigo 51 do Código do IVA indica quais os elementos que devem constar desse registo: 1. Número de código; 2. Descrição do bem; 3. Localização do bem; 4. Data de aquisição; 5. Identificação do fornecedor; 6. Data de entrada em funcionamento; 7. Vida útil estimada; 8. Data do início da amortização; 9. Taxa anual de amortização; 10. Valor do IVA suportado ou deduzido; 11. Classificações contabilísticas; 12. Reavaliações verificadas; 13. Seguros; 14. Contratos de assistência. O inventário de imobilizados tem que responder não só à verificação da existência dos bens, mas também à verificação daqueles que se encontram obsoletos e dos que não estando em uso apresentam características de bom funcionamento. Teremos um registo do seguinte tipo: Nº Descrição Local Data aquisição Data utilização Fornecedor Preço aquisição Vida útil 1 Mesa reuniões Sede Mai-95 Mai-95 Mobel1 59.000 10 2 Computador Fábrica Jun-97 Jan-98 COPX 400.000 3
  • 16. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 10 O Inventário das Contas de Terceiros e de Disponibilidades Para garantir que os saldos evidenciados na contabilidade nas contas de Disponibilidades e de Terceiros são os verdadeiros, deveremos efectuar: • contagens de caixa, ou seja contar o dinheiro físico existente nos cofres da empresa no final do ano; Ao fazermos uma contagem de caixa vamos elaborar um registo onde consta o número de notas e de moedas de cada valor, por exemplo da seguinte forma: Contagem de caixa em 31/12/N efectuada por António Euro Quantidade Descrição Valor unitário Valor total 10 notas 10.000 u.m. 100.000 u.m. 5 notas 5.000 u.m. 25.000 u.m. 30 notas 2.000 u.m. 60.000 u.m. 12 notas 1.000 u.m. 12.000 u.m. 1 notas 500 u.m. 500 u.m. Total em notas 197.500 u.m. 30 moedas 200 u.m. 6.000 u.m. 10 moedas 100 u.m. 1.000 u.m. 50 moedas 10 u.m. 500 u.m. 14 moedas 5 u.m. 70 u.m. Total em moedas 7.570 u.m. Total do caixa 205.070 u.m. • circularização de saldos, aos bancos, aos clientes e aos fornecedores, ou seja, pedir aos bancos com que a empresa trabalha, aos devedores e aos credores que nos confirmem o valor do saldo das nossas contas. Quando obtemos a resposta é necessário comparar o saldo que temos na contabilidade com a informação fornecida pelas entidades que foram alvo da circularização. Quando os saldos não são coincidentes vamos efectuar a sua reconciliação, isto é, compatibilizar os saldos evidenciados pelos bancos, clientes ou fornecedores, com os da empresa. Esta prática é denominada de reconciliação de contas.
  • 17. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 11 No caso dos bancos as diferenças podem ocorrer por existirem: • depósitos em trânsito - são depósitos que já estão considerados como recebidos na nossa contabilidade mas ainda não chegaram ao banco, ou pelo contrário são depósitos efectuados por terceiras entidades que já estão movimentados na conta bancária, mas que a empresa ainda contabilizou; • cheques por descontar - a empresa emite os cheques e lança-os na contabilidade nessa altura, os beneficiários só procedem ao desconto desses cheques quando os recebem, logo entre a data em que o cheque sai da empresa e a data em é descontado esse cheque consta dos registos da empresa mas não consta dos registos do banco; • outros movimentos constantes dos registos contabilísticos mas não dos movimentos bancários - podem existir valores lançados por erro numa conta bancária que são de outra, ou cheques que não chegaram a ser utilizados por terem sido anulados, são situações de erro que devem ser corrigidas; • outros movimentos constantes dos registos bancários mas não dos contabilísticos - podem existir valores referentes a operações bancárias cujos documentos ainda não foram recepcionados na empresa, nomeadamente débito ou crédito de juros, débito de despesas, devoluções de cheques. Quando detectados, estes movimentos devem ser lançados na contabilidade tendo como suporte a cópia do extracto de conta. É necessário um cuidado acrescido para que ao recepcionarmos o documento definitivo não seja efectuado outro lançamento, mas apenas seja agrafado ao documento do lançamento já efectuado anteriormente. A reconciliação dos saldos pode-se fazer da seguinte forma: • Ao saldo apresentado pela conta bancária na contabilidade da empresa vamos: 1. diminuir os movimentos a débito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não constam do saldo bancário no banco; 2. adicionar os movimentos a crédito que estão na contabilidade da empresa mas ainda não constam do saldo bancário no banco; 3. adicionar os movimentos a débito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não constam da contabilidade da empresa; 4. diminuir os movimentos a crédito que estão no saldo bancário do banco mas ainda não constam da contabilidade da empresa; • Depois destas operações chegamos ao valor apresentado pelo banco para o saldo da nossa conta bancária.
  • 18. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 12 Exemplo de carta a dirigir ao banco para circularização de saldos: Ao Banco Avenida Lisboa Exmos senhores, Vimos pela presente solicitar que nos informem dos saldos apresentados pelas seguintes contas à data de 31.12.N: Conta de Depósitos à ordem nº 123456 ____________ Conta de Empréstimos nº 987654 _____________ Antecipadamente gratos, solicitamos a v/ resposta no envelope selado que anexamos. A resposta do banco Avenida informou que os saldos eram os seguintes: Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo credor de 123 u.m. Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo devedor de 100.000 u.m. Na contabilidade da empresa os saldos apresentados são: Conta de Depósitos à ordem nº 123456 - saldo devedor de 150 u.m. Conta de Empréstimos nº 987654 - saldo credor de 100.000 u.m. No tocante à conta de empréstimos está tudo correcto, enquanto na conta de depósitos à ordem o mesmo não acontece. Vamos observar o extracto bancário e detectamos que existe um cheque devolvido do cliente X, que ainda não foi recepcionado na empresa, que está por lançar no valor de 27 u.m.. Teríamos a seguinte folha de reconciliação bancária. Saldo da conta bancária na empresa - + 150 u.m. Movimento a crédito no banco e não considerado pela empresa - 27 u.m. Saldo da conta bancária no banco - 123 u.m.
  • 19. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 13 No final do ano devemos efectuar este movimento e tentar que o documento chegue o mais rápido possível. Também aos clientes e fornecedores devem ser dirigidas cartas a solicitar a confirmação dos saldos evidenciados na contabilidade, neste caso as cartas podem mencionar os saldos pedindo aos clientes e fornecedores que assinalem se estão ou não de acordo com o valor apresentado, ou não indicar o valor e esperar que os clientes e fornecedores nos informem do seu saldo. Exemplo de carta dirigida a um cliente: Ex.mos. Senhores Francisco Pinguins Lda Lisboa Exmos Senhores, Vimos pela presente solicitar que nos informem se concordam com o seguinte saldo evidenciado pela conta corrente nos nosso livros contabilísticos, à data de 31.12.N. O saldo é de 1.250.000 u.m. a nosso favor: Concordo ________ Não concordo _________ o saldo é de _____________ . Queiram fazer o favor de devolver esta carta devidamente assinada no envelope selado que juntamos. Antecipadamente gratos, Se o cliente responder que concorda, está tudo bem. Se o cliente responder que não concorda e indicar qual o seu saldo, vamos reconciliar os dois saldos e identificar as diferenças. Imagine que este cliente informa que só nos deve 1.000.000 u.m.. Vamos observar o extracto da primeira semana de Janeiro do ano N+1 e confirmamos que foi recepcionado a 2 de Janeiro um cheque de 250.000 u.m., cheque este datado de 28/12/N. Está justificada a diferença, o cliente já tem o cheque abatido na sua contabilidade em 31.12.N, mas nós ainda não.
  • 20. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 14 3. LANÇAMENTO DE RECTIFICAÇÃO E REGULARIZAÇÃO Os lançamentos de rectificação e de regularização apoiam-se nos inventários. Estes lançamentos tem por objectivo adequar os saldos contabilísticos aos saldos reais apurados pelos inventários. Tipo de Lançamentos de Rectificação e Regularização Divergências entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário Devidas a Erros ou Omissões Nomeadamente: • Falhas de Caixa; • Diferenças entre os saldos das contas de bancos e os extractos correspondentes; • Movimentos anormais de stocks; • Facturas não lançadas de clientes ou fornecedores; • Imobilizados alienados e não evidenciados na contabilidade. • Falhas de Caixa; Ao verificarem-se os valores existentes no Caixa podemos detectar diferenças entre o valor constante do balancete e o valor físico em dinheiro.São as denominadas Falhas de Caixa. Devemos determinar a razão de ser destas diferenças e efectuar os movimentos respectivos. Exemplo Considere que o saldo de caixa apresentado no balancete era de 100 u.m., mas no inventário efectuado em 31.12.N o valor existente era de 95 u.m., sendo a diferença da responsabilidade do tesoureiro. Efectuamos o seguinte lançamento: 1 26 - Outros Devedores e Credores 262 - Pessoal 2629 - Outras operações com o pessoal a 11 Caixa Diferença apurada em caixa 5 5 ------------------------//---------------------------
  • 21. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 15 O saldo da conta Caixa fica corrigido sendo o tesoureiro responsável pela diferença. Consideremos agora que esta diferença não era da responsabilidade de ninguém, tratou-se de um documento indevidamente eleborado, sendo considerada a diferença uma falha de caixa a contabilizar em custos extraordinários. Teriamos o seguinte lançamento: 2 69 – Custos e Perdas Extraordinárias 698 – Outros Custos e Perdas Extraordinárias 6983 – Diferença de Caixa a 11 Caixa Diferença apurada em caixa 5 5 ------------------------//--------------------------- Diferenças Entre os Saldos das Contas de Bancos e os Extractos Correspondentes Conforme já referimos anteriormente, os saldos apurados no Inventário podem ser diferentes do balancete. Devemos em primeiro lugar encontrar justificação para essas diferenças e: • corrigir os lançamentos, quando se detectem erros, ou; • efectuar os lançamentos que sejam perfeitamente identificados em termos de cabimento no exercício económico que estamos a encerrar. Exemplo Ao efectuarmos as reconciliações bancárias referentes a 31/12/N das duas contas bancárias de que a empresa é titular, detectámos os seguintes factos: • Conta 129 - Banco do Sul - não está lançado na contabilidade o cheque número 800435 de 10.000 u.m. descontado no banco em 15/12/N; • Conta 126 - Banco do Oriente - a contabilidade apresenta um lançamento referente a um cheque com o número 800435 de 10.000 u.m. que não se encontra descontado no banco; Como podemos constatar trata-se do mesmo cheque, vamos efectuar o movimento de regularização: 2 12 - Depósitos à ordem 126 - Banco do Oriente a 12 - Depósitos à ordem 129 - Banco do Sul Regularização cheque 435 10.000 10.000 ------------------------//---------------------------
  • 22. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 16 Se na mesma reconciliação bancária for evidenciado que em 31/12/N foram-nos creditados pelo Banco do Oriente os juros da aplicação financeira Nº1 que se venceu nessa data no valor de 800 u.m., tendo havido retenção na fonte de IRC de 20%, podemos efectuar o lançamento e quando for recepcionado o documento respectivo juntá-lo-emos ao lançamento já efectuado: 3 Diversos a 78 Proveitos e Ganhos Financeiros 781 - Juros Obtidos 7815 Outras aplicações de tesouraria Contabilização dos juros da aplicação Nº3 12 - Depósitos à ordem 126 - Banco do Oriente 800 24 - Estado e outros entes públicos 241 Imposto sobre o rendimento 2412 Retenções na fonte 200 1.000 ------------------------//--------------------------- Movimentos Anormais de Stocks Uma empresa que utilize o Sistema de Inventário Permanente pode, através do inventário de existências, detectar diferenças substanciais. Exemplo O balancete evidencia um valor de 9.500 u.m. referentes a 950 peças pelo valor unitário de 10 u.m. cada e pelo inventário físico apenas se encontraram 450 peças. Temos que analisar todos os movimentos de entrada e saída em armazém para justificar esta diferença e concluímos que não foi dada saída das mercadorias referentes a uma venda de 500 peças cujo custo era de 10 unidade. Vamos efectuar o lançamento correspondente: 4 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 612 - Mercadorias a 32 - Mercadorias 321 - Peças Regularização de existências 500 500 ------------------------//---------------------------
  • 23. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 17 Facturas Não Lançadas de Clientes ou Fornecedores Algumas facturas dos últimos dias do ano podem estar por lançar. Devemos sempre efectuar os lançamentos dentro do respectivo mês, com especial cuidado no encerramento do ano. Exemplo Estava por pagar e por registar uma factura do fornecedor Artez Lda, de material de escritório no valor de 170 u.m.. 5 62 - Fornecimentos e serviços externos 622 - Fornecimentos e serviços 62217 - Material de escritório a 26 Outros devedores e credores 268 Devedores e credores diversos 2681 Artez Lda 170 170 ------------------------//--------------------------- Imobilizados Alienados e Não Evidenciados na Contabilidade No inventário de imobilizados detectou-se que a máquina de código 1234 foi alienada, não estando registado o seu abate, as informações relativas a esta máquina são as seguintes: • Aquisição no ano N-4; • Valor de aquisição de 5.000 u.m.; • Amortizações acumuladas na data da venda de 4.000 u.m.; • Valor de venda de 1.250 u.m.. Vamos efectuar o correspondente lançamento de abate: 6 Diversos a Diversos Alienação da máquina 1234 48 - Amortizações acumuladas 4.000 12 - Depósitos à ordem 1.250 a 42 - Imobilizações corpóreas 5.000 79 – Proveitos e ganhos extraordinários 250 5.250 ------------------------//---------------------------
  • 24. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 18 Divergências Entre os Saldos Contabilísticos e os Valores Apurados no Inventário Divergências entre os saldos contabilísticos e os valores apurados no inventário devidas à incorrecta aplicação de critérios valorimétricos, nomeadamente: • Valorização das existências; • Critérios de valorimetria dos imobilizados. A observância do principio da consistência obriga-nos a utilizar os critérios valorimétricos de uma forma consistente ao longo dos vários exercícios económicos, porque a sua alteração provoca alterações significativas nos resultados apresentados. Tomemos o seguinte exemplo: No inventário de existências observou-se a seguinte ficha de mercadorias: Descrição Quantidade (unidades) Preço unitário (u.m.) Saldo final (u.m.) Existências iniciais 1.000 50 50.000 Entrada 300 80 74.000 Saída 200 80 58.000 Como neste caso a empresa utilizou o LIFO (Last In First Out), o saldo final é composto por 1.000 unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 100 unidades ao preço unitário de 80 u.m.. Valor total para balanço: 58 000 u.m. Se em alternativa utilizasse o FIFO (First In First Out) o saldo final seria determinado da forma seguinte: Descrição Quantidade (unidades) Preço unitário (u.m.) Saldo final (u.m.) Existências iniciais 1.000 50 50.000 Entrada 300 80 74.000 Saída 200 50 64.000
  • 25. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 19 O saldo final é composto por 800 unidades ao preço unitário de 50 u.m. e 300 unidades ao preço unitário de 80 u.m.. Valor total para balanço: 64 000 u.m.. Como podemos observar da aplicação não consistente dos critérios de valorimetria das existências podem surgir grandes divergências nos resultados e nos valores apresentados no balanço. Aplicação dos Princípios Contabilísticos Para imputar ao exercício os custos/perdas, proveitos/ganhos respectivos é necessário observar os princípios de contabilidade geralmente aceites, nomeadamente: • Principio da especialização ou do acréscimo; • Principio da prudência Princípio da Especialização ou do Acréscimo No sentido de permitir registar os custos e proveitos nos exercícios a que respeitam existe no POC a conta 27 - Acréscimos e Diferimentos. A conta 27 - Acréscimos e Diferimentos é uma conta de ACTIVO com as sub-contas: 271 - Acréscimos de proveitos 272 - Custos diferidos e uma conta de PASSIVO com as sub-contas: 273 - Acréscimos de custos 274 - Proveitos diferidos Vamos analisar em que condições se utiliza cada uma delas. 271 - Acréscimos de proveitos - registo de proveitos do exercício a receber em exercícios seguintes, por exemplo: • Juros de depósito a prazo. Considere que uma empresa constituiu em 1/12/N um depósito a prazo com vencimento em 1/6/N+1, na data de vencimento serão creditados na nossa conta de depósitos à ordem juros no montante de 900 u.m. líquidos do respectivo imposto.
  • 26. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 20 Em 31/12/N temos que contabilizar os juros já vencidos mas cujo recebimento só ocorrerá em 6/N+1: Início Recebimento dos juros 1/12 31/12 1/6/N+1 Proveito do ano N Proveito do ano N+1 Em 31/12/N o valor dos juros a receber é de: 900 / 6 = 150 u.m. 4 27 - Acréscimos e diferimentos 271- Acréscimos de proveitos 2711 - Juros a receber a 78 - Proveitos e ganhos financeiros 781 - Juros obtidos 7811 - Depósitos a prazo Juros a receber em N+1 150 150 ------------------------//--------------------------- 272 - Custos diferidos - registo de despesas ocorridas no exercício correspondentes a custos de exercícios seguintes: • Rendas e alugueres pagos por antecipação na utilização de bens imóveis ou móveis de terceiros; • Prémios de seguros pagos, cuja vigência ultrapassa o exercício económico; • Juros cobrados em operações financeiras em regime de desconto por dentro, “juros à cabeça”, que representam um custo futuro.
  • 27. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 21 Exemplo Em Dezembro do ano N pagámos por cheque, a renda do estabelecimento no valor de 1.115 u.m. referente ao mês de Janeiro do ano N+1, vamos efectuar o seguinte lançamento: 1 27 Acréscimos e diferimentos 272 Custos diferidos 2721 Rendas de instalações a 62 Fornecimentos e Serviços Externos 622 Fornecimentos e Serviços 62219 Rendas e Alugueres Pagamento da renda de Janeiro 1.115 1.115 ------------------------//--------------------------- Em Setembro do ano N foi pago o prémio do seguro de incêndio, cujo período é de 1/9/N a 31/8/N+1, no valor de 480 u.m., tendo sido contabilizado como custo do exercício na conta 62223 - seguros. Que se deve fazer? O custo não é só a este exercício económico mas também ao exercício económico seguinte: Início Fim 1/9 31/12 31/8/N+ 1 Custo do ano N Custo do ano N+1 4 meses 8 meses O custo mensal é de 480/12 = 40 u.m. O custo de 4 meses é de 4 x 40 u.m. = 160 u.m. O custo de 8 meses é de 8 x 40 u.m. = 320 u.m.
  • 28. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 22 O lançamento a efectuar é o seguinte: 2 27 Acréscimos e diferimentos 272 Custos diferidos 2722 Seguros a 62 - Fornecimento e Serviços Externos 622 Fornecimentos e serviços 62 - Fornecimento e Serviços Externos 320 320 Rectificação do pagamento ------------------------//--------------------------- A mesma empresa obteve em 1/9/N um financiamento de 70.000 u.m. cujos juros foram pagos antecipadamente, tendo o valor líquido recebido sido de 68.255 u.m., sabendo que o prazo total é de 182 dias e que os dias decorridos de 1/9/N a 31/12/N são 121 devíamos efectuar o seguinte lançamento referente aos juros suportados (70.000 - 68.255 = 1.745): Custo do ano N - Juros de 121 dias = 1.745 / 182 x 121 = 1.160 u.m. Custo do ano N+1 - Juros dos restantes 61 dias = 1.745 / 182 x 61 = 585 u.m.. 3 Diversos a 23 - Empréstimos obtidos Empréstimo obtido em 1/9/N 12 - Depósitos à ordem 68.255 68 - Custos e perdas financeiras 681 - Juros suportados 6812 - Empréstimos obtidos 1.160 27 - Acréscimos e diferimentos 272- Custos diferidos 2723 - Juros pagos 585 70.000 ------------------------//---------------------------
  • 29. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 23 273 - Acréscimos de custos - registo de custos do exercício a pagar em exercícios seguintes: • Juros de financiamentos obtidos; • Encargos com férias e subsídios de férias vencidos no exercício e cujo processamento ocorrerá no exercício seguinte; • Fornecimentos e serviços diversos que já se verificaram mas cujos documentos definitivos estão em falta, por exemplo consumos de água, electricidade ou telefones, que se pagam em Janeiro respeitantes ao mês de Dezembro. Exemplo A empresa Tudo Bem Lda contraiu um empréstimo de 50.000 u.m. em 1 de Setembro do ano N à taxa de juros de 8% ao ano com pagamento de juros ao semestre, qual o movimento a efectuar em 31.12.N? Início Pagamento juros 1/9 31/12 1/3/N+1 Custo do ano N Custo do ano N+1 Em 31/12/N o valor dos juros a pagar é de: 0,08 50.000,00 x -------- x 4 = 1.333 u.m. 12 1 68 - Custos e perdas financeiros 681 - Juros suportados 6811- Empréstimos bancários a 27 - Acréscimos e diferimentos 273 - Acréscimos de custos 2733 - Juros a liquidar Juros a pagar em N+1 1.333 1.333 ------------------------//---------------------------
  • 30. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 24 A mesma empresa não tinha ainda contabilizado o valor de encargos com férias e subsídio de férias para no ano N+1 relativos ao ano N, sabendo que o valor mensal de ordenados é de 12.000 u.m. e que os encargos sociais representam 23,75% , que lançamento vamos efectuar? Férias 12.000 u.m. Subsídio de férias 12.000 u.m. Sub - total 24.000 u.m. Encargos 0,2375 x 24.000 5.700 u.m. Total 29.700 u.m. O lançamento a efectuar é o seguinte: 2 Diversos a 27 - Acréscimos e diferimentos 273 - Acréscimos de custos 2732 - Remunerações a liquidar Contabilização de férias e subsídio de férias a liquidar em N+1 64 - Custos com o pessoal 642 - Remunerações do pessoal 6421 - Vencimentos 12.000 6422 - Subsídio de férias 12.000 645 - Encargos sobre remunerações 5.700 29.700 ------------------------//--------------------------- Vamos agora contabilizar o consumo estimado de energia referente ao mês de Dezembro, cuja factura apenas iremos receber em Janeiro de N+1, no montante de 49 u.m.: 3 62 - Fornecimentos e serviços externos 622 - Fornecimentos e serviços 62211 - Electricidade a 27 - Acréscimos e diferimentos 273 - Acréscimos de custos 2734 - Consumos a liquidar Energia a pagar em N+1 49 49 ------------------------//---------------------------
  • 31. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 25 274 - Proveitos diferidos - registo de receitas ocorridas no exercício, correspondentes a proveitos de exercícios seguintes, por exemplo: • Rendas e alugueres recebidos Exemplo Recebemos em Dezembro do ano N a renda de uma loja que temos alugada, referente ao mês de Janeiro do ano N+1, o lançamento a efectuar será o seguinte: 4 12 - Depósitos à ordem a 27 - Acréscimos e diferimentos 274- Proveitos diferidos 2741 - Rendas recebidas Recebimento da renda de Janeiro N+1 120 120 ------------------------//--------------------------- Princípio da Prudência O cumprimento deste princípio visa o registo das provisões do exercício por forma a efectuar as correcções dos valores dos activos que: • apresentem valores de realização inferiores aos do balanço, é o caso dos títulos e das existências; • apresentem dúvidas quanto à sua realização, como sejam os clientes que se mostrem difíceis de cobrar. Respeita também a este princípio a constituição de provisões para fazer face a obrigações e encargos futuros. Exemplo de constituição de provisões para depreciação de existências: As existências em armazém foram avaliadas em 12.450 u.m.. O preço de mercado era inferior em 950 u.m. ao valor de aquisição das referidas existências.
  • 32. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 26 Vamos constituir provisão pelo valor de 950 u.m., o lançamento a efectuar será o seguinte: 1 67Provisões do exercício 673 - Para depreciação de existências 6732 - Mercadorias a 39 - Provisões para depreciação de existências 392 - Mercadorias Constituição de provisão 950 950 ------------------------//--------------------------- Exemplo de constituição de provisões para cobrança duvidosa: Relativamente ao saldo de clientes, obteve-se a seguinte informação em relação a atrasos de pagamento: 1 Dívidas a 30 dias 300 u.m. 2 Dívidas a 90 dias 400 u.m. 3 Dívidas a 120 dias 50 u.m. 4 Dívidas a 190 dias 40 u.m. 5 Dívidas a 380 dias 100 u.m. 6 Dívidas a em processo judicial 410 u.m. Vamos respeitar os critérios fiscais definidos no artigo 34 do Código do IRC, nomeadamente: • 25 % para créditos em mora há mais de 6 meses e até 12 meses; • 50 % para créditos em mora há mais de 12 meses e até 18 meses; • 75 % para créditos em mora há mais de 18 meses e até 24 meses; • 100 % para créditos em mora há mais de 24 meses.
  • 33. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 27 Assim teremos o seguinte valor de provisões: Divida Escalão Taxa Valor dívida Valor provisão 30 dias N/A 0 300 u.m. 0 u.m. 90 dias N/A 0 400 u.m. 0 u.m. 120 dias N/A 0 50 u.m. 0 u.m. 190 dias 6 a 12 meses 25% 40 u.m. 10 u.m. 380 dias 12 a 18 meses 50% 100 u.m. 50 u.m. em processo judicial Total 100% 410 u.m. 410 u.m. Total 470 u.m. O lançamento a realizar será o seguinte: 2 67Provisões do exercício 671 - Para cobranças duvidosas 6711 - Dívidas de clientes a 28 - Provisões para Cobranças duvidosas 281 - Dívidas de clientes Constituição de provisão 470 470 ------------------------//--------------------------- Imaginemos agora que esta empresa apresentava um saldo na sua conta de provisões de 400 u.m., assim só teria que constituir a diferença entre 470 e 400 u.m., ou seja 70 u.m., o lançamento seria: 3 67 Provisões do exercício 671 Para cobranças duvidosas 6711 Dívidas de clientes a 28 Provisões para Cobranças duvidosas 281 Dívidas de clientes Reforço de provisão 70 70 ------------------------//---------------------------
  • 34. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 28 Se a empresa apresentasse um saldo de 500 u.m. teria que reuzir em 30 u.m. o seu saldo. Quando estamos perante uma redução da necessidade de provisões, ou seja variação negativa da estimatiova de riscos entre dois periodos contabilisticos consecutivos temos que utilizar um conta de Proveitos Extraordinários. O lançamento a efectuar seria o seguinte: 4 28 Provisões para Cobranças Duvidosas 281 Dívidas de clientes a 79 Proveitos e Ganhos Extraordinários 796 Redução de amortizações e de provisões 7962 Provisões Redução de provisão 30 30 ------------------------//--------------------------- Movimentação das Contas de Existências para Apuramento do Custo das Vendas e da Variação da Produção • hipótese de utilização do sistema de inventário permanente; • hipótese de utilização do sistema de inventário intermitente. A principal característica que diferencia estes dois tipos de inventário é o facto de no primeiro podermos permanentemente determinar, através dos registos contabilísticos, o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. As contagens físicas efectuadas na inventariação são muito importantes como meio de controlo. Salvo se existirem diferenças entre os valores contabilísticos e os valores de inventário, não há necessidade de efectuar qualquer movimento contabilístico para apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. Quando se utiliza o inventário intermitente o apuramento do custo das existências vendidas ou consumidas vai ser efectuado com base nas contagens físicas dos stocks. Nas empresas que utilizam este tipo de inventário as seguintes contas vão apresentar saldos: • 31 - Compras (devedor); • 32 - Mercadorias (devedor). • 38 - Regularização de existências (devedor ou credor).
  • 35. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 29 Para apurarmos o custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (valor a constar na conta 61), iremos: 1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências; 2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências; 3. creditar a conta de existências pelo valor dos consumos efectuados, ou seja, pelo Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas, debitando assim a conta 61 (CMVMC). O CMVMC é determinado da seguinte forma: CMVMC = Ei + C - Reg - Ef Ei - Existências inicias C - Compras Reg - Regularizações Ef - Existências finais Exemplo As contas da empresa apresentam os seguintes saldos: • 31 - Compras - Saldo devedor de 100.000 u.m.; • 32 - Mercadorias - Saldo devedor de 2.000 u.m.; • 38 - Regularização de existências - Saldo credor de 400 u.m. Do inventário realizado em 31/12/N soube-se que as existências finais ascendem a 1.250 unidades monetárias. Vamos efectuar os movimentos de apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas: 1. saldar a conta de compras por contrapartida da respectiva conta de existências: 1 32 - Existências a 31 - Compras Saldar conta de compras 100.000 100.000 ------------------------//---------------------------
  • 36. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 30 2. saldar as contas de regularizações por contrapartida da respectiva conta de existências: 2 38 - Regularização de existências a 32 - Existências Saldar conta de regularizações 400 400 ------------------------//--------------------------- 3. creditar a conta de existências pelo valor do Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas por contrapartida da conta 61. CMCMC = 2.000 + 100.000 - 400 - 1.250 = 100.350 3 61 - CMVMC a 32 - Existências Apuramento do CMVMC 100.350 100.350 ------------------------//--------------------------- Os lançamentos no razão serão: 31- Compras 100.000 (1) 100.000 e 32 - Mercadorias 2.000 (2) 400 (1) 100.000 (3) 100.350 Saldo final = Ef = 1.250 38 - Regularização de existências (2) 400 400
  • 37. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 31 61 - Custo Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas (3) 100.350 Contabilização de Amortizações do Exercicio Anualmente são contabilizados os valores correspondentes á parcela proporcional á vida útil de cada bem a titulo de depreciação na rubrica de Amortizações, A vida útil dos bens é o periodo durante o qual se reintegram ou amortizam os bens integralmente, assim é expressa em anos ou meses. As amortizações estão enquadradas pelo Decreto Regulamentar nº2/90 de 12 de Janeiro. Neste Decreto estão definidos os diversos métodos de amortização e as taxas máximas e minimas a que as mesmas podem ser calculdas. Assim um equipamento adquirido em 1998 pelo valor de 10.000 u.m. cuja vida util estimada é de 5 anos poderá ser amortizado nesses cinco anos em parcelas mensais de 2.000 u.m. efectuando-se o seguinte lançamento: 1 66 – Amortizações do exercicio 662 – Imobilizações corpóreas a 42 – Imobilizações Corpóreas 423 – Equipamento Básico Amortização anual Máquina X 2.000 2.000 ------------------------//---------------------------
  • 38. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 32 Exercícios Propostos 1. A empresa Z Lda apresentava em 31.12.N um saldo contabilístico na conta de depósitos à ordem devedor de 4.220 u.m.. No entanto, o saldo evidenciado na mesma data pelo seu extracto bancário era de 2.510 u.m.. Tendo presentes as informações a seguir indicadas, efectue a reconciliação dos dois saldos e prepare os lançamentos de rectificação ou de regularização a efectuar antes do encerramento de N: 1. em 31/12/N foram considerados depositados cheques no valor de 923 u.m. que, por problemas com o carro do paquete, apenas chegaram ao banco a 2/1/N+1; 2. estava lançado, com data de 28/12/N, no extracto de conta bancário a devolução do cheque do cliente Alberto Lda, no valor de 800 u.m.; 3. constam do extracto da empresa um conjunto de cheques cujos, beneficiários ainda não apresentaram a desconto junto do banco: cheque 123 - 100 u.m. cheque 148 - 4 u.m. cheque 145 - 7 u.m. cheque 432 - 15 u.m. cheque 540 - 8 u.m. cheque 840 - 4 u.m. 4. no extracto de conta bancário está debitado o valor de 125 u.m. referente ao pagamento de juros ocorrido em 31/12/N, a empresa ainda contabilizou este facto por não ter recebido o respectivo aviso de débito bancário.
  • 39. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 33 Resolução 1 Saldo da conta de depósitos à ordem na nossa contabilidade 4.200 2 Depósito não efectuado -923 3 Cheque devolvido por lançar -800 4 Cheques não descontados +138 5 Juros debitados -125 6 Saldo na conta de depósitos à ordem no Banco 2.510 Lançamentos a realizar: 1. Corrigir o depósito não efectuado, efectuar lançamento de estorno do depósito inicial: 1 21 - Clientes 211 - Clientes c/c a 12 - Depósitos à ordem Estorno de lançamento 923 923 ------------------------//--------------------------- 2. Lançar o cheque devolvido do cliente Alberto Lda. 2 21 - Clientes 211 - Clientes c/c a 12 - Depósitos à ordem Cheque devolvido de Alberto Lda. 800 800 ------------------------//--------------------------- 3. Lançar os juros debitados pelo banco. 3 68 - Custos e perdas financeiras 681 - Juros suportados a 12 - Depósitos à ordem Juros debitados em 31/12/N 125 125 ------------------------//---------------------------
  • 40. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 34 2. Com base nos elementos seguintes pretende-se que efectue a conferência da conta corrente do fornecedor de serviços informáticos “Silva Santos Lda.” O fornecedor informou-nos que o saldo a seu favor é de 5.800 u.m. em 31/12/N, composto pelas seguintes facturas: • Factura 43 - 1.250 u.m. de 6/N • Factura 50 - 4.500 u.m. de 8/N • Factura 55 - 55 u.m. de 9/N Na nossa contabilidade o extracto de conta corrente do referido fornecedor apresenta o seguinte movimento: Data Movimento Débito Crédito Janeiro Factura 2 1.000 Fevereiro Factura 35 500 Março Pagamento facturas 2 e 35 1.500 Abril Factura 40 4.950 Abril Pagamento factura 40 4.950 Agosto Factura 50 4.500 Setembro Factura 55 50 Totais 6.450 11.000 Saldo antes dos lançamentos 0 Saldos após os lançamentos 4.500 Resolução Após a reconciliação da nossa conta com os valores apresentados pelo nosso fornecedor constatamos que não foi efectuado o lançamento da factura 43 de 1.250 u.m., que por lapso foi tomada por um recibo e como tal arquivada sem qualquer lançamento contabilístico. O lançamento a efectuar é o seguinte. 1 62 - Fornecimentos e Serviços Externos 62236 - Trabalhos especializados a 26 – Outros Devedores e Credores 268 – Devedores e Credores Diversos 2682 - Silva Santos Lda. Factura 43 1.250
  • 41. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 35 3. Com base no balancete de verificação seguinte efectue os lançamentos de regularização decorrentes do trabalho de inventário. Empresa dos Parafusos Unidos Lda. Conta Nome da Conta Saldo Saldo Devedor Credor 11 Caixa 14.000 0 12 Depósitos à ordem 123.467 0 15 Títulos negociáveis 92.000 0 19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 4.400 21 Clientes 382.867 0 22 Fornecedores 10.000 284.400 24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000 26 Outros devedores e credores 8.600 15.333 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 9.467 29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600 31 Compras 1.639.067 0 32 Mercadorias 324.200 0 39 Provisão p/ depreciação existências 0 16.333 41 Investimentos financeiros 200.000 0 42 Imobilizações corpóreas 176.133 0 43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0 48 Amortizações acumuladas 0 83.000 51 Capital 0 333.333 55 Reservas 0 214.000 59 Resultados transitados 0 30.667 62 Fornecimentos e serviços externos 257.067 0 64 Custos com o pessoal 831.600 0 68 Custos e perdas financeiras 54.933 0 69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0 71 Vendas 0 3.041.333 72 Prestações de serviços 0 36.200 78 Proveitos e ganhos financeiros 0 35.467 79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 12.267 4.224.800 4.224.800 Informações complementares: • As remunerações de férias e respectivo subsídio a processar no ano N+1 relativas ao trabalho prestado no ano N, foram pagos ascendem a 12.000 u.m., sendo os encargos de 23,75%;
  • 42. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 36 • Em Janeiro de N+1 consumos referentes ao ano N+1: • Água - 420 u.m. (Iva incluído a 5%) • Energia - 1.400 u.m. (Iva incluído a 5%) • Telefone - 1.160 u.m. (Iva incluído a 17%); • Na conta 78 está contabilizada a renda recebida em Dezembro, referente ao mês de Janeiro do ano N+1 da loja arrendada, o valor da renda líquida de IRC foi de 1.300 u.m. (a taxa de retenção na fonte é de 20%); • Existem dívidas em mora de clientes nos seguintes montantes e escalonadas em função da data de vencimento: • 16.000 u.m. entre 6 e 12 meses; • 10.000 u.m. entre 18 e 24 meses; • 6.120 u.m. com mais de 24 meses. • O inventário de existências resultou em 375.000 u.m., no entanto verifica-se a existência de stock valorizados ao preço de custo de 27.000 u.m. cujo valor de mercado actualmente ronda os 23.420 u.m.; • O saldo da conta 15 - Títulos negociáveis é composto por 100 acções de valor nominal de 1.000 u.m. adquiridas por 920 u.m. cada, a cotação em 31.12/N é de 800 u.m.; • As amortizações do exercício serão as seguintes: • Para investimentos financeiros - 3.000 u.m. • Para imobilizações corpóreas - 20.789 u.m. • Para imobilizações incorpóreas - 1.980 u.m. • O valor de Amortizações acumuladas reparte-se da seguinte forma: • Imobilizações corpóreas - 74.800 u.m. • Imobilizações incorpóreas - 8.200 u.m..
  • 43. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 37 Lançamento a efectuar no diário: 1 64 - Custos com o pessoal 642 - remunerações do pessoal a 27 - Acréscimos e diferimentos 273 - Acréscimos de custos 2732 - Remunerações a liquidar Contabilização das férias e subsidio de férias (1) 29.700 29.700 ---------------------------//--------------------------- 2 Diversos a 27 - Acréscimos e diferimentos 273 - Acréscimos de custos 2739 - Outros Serviços referentes a Dezembro 62 - Fornecimentos e serviços externos 622 - Fornecimentos e serviços 62211 - Electricidade 1.333 62213 - Água 400 62222 - Comunicações 991 2.725 ---------------------------//--------------------------- 3 78 - Proveitos e ganhos financeiros a 27 - Acréscimos e diferimentos 274 - Proveitos diferidos 2741 - Rendas Renda de Janeiro 1.625 1.625 ---------------------------//--------------------------- 67 - Provisões do exercício 671 - Para cobranças duvidosas 6711 - Dívidas de clientes a 28 - Provisões para cobrança duvidosa 281 - Dividas de clientes Constituição de provisões 8.153 8.153 -------------------------//---------------------------- 5 39 - Provisões para depreciação de existências
  • 44. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 38 392 - Mercadorias a 79 - Proveitos e ganhos extraordinários 796 - Reduções de amortizações e de provisões 7962 - Provisões 12.753 12.753 -------------------------//---------------------------- 6 68 - Custos e perdas financeiras 684 - Provisões para aplicações financeiras 6841 - Títulos negociáveis a 19 - Provisões para aplicações de tesouraria 195 - Títulos negociáveis 7.600 7.600 -------------------------//---------------------------- 7 Diversos a Diversos Amortizações anuais 68 - Custos e perdas financeiras 683 - Amortizações de investimentos em imóveis 3.000 66 - Amortizações do exercício 662 - Imobilizações corpóreas 10.789 663 - Imobilizações incorpóreas 1.980 a 48 - Amortizações acumuladas 481 - De investimentos em imóveis 3.000 482 - De imobilizações corpóreas 20.789 483 - De imobilizações incorpóreas 1.980 25.769 ------------------------//--------------------------- Explicação dos valores: 1. Férias e subsidio de férias: 12.000 x 2 x 1,2375 = 29.700
  • 45. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 39 2. Custos do ano N a pagar no ano N+1: Valor total IVA Custo Água 420 5% 400 Energia 1.400 5% 1.333 Telefones 1.160 17% 991 3. Renda recebida 1.300 Valor Bruto = ---------------- = 1625 0,8 IRC (retenção fonte 20% VB)=325 Valor líquido de renda=1300 4. Provisões de cobrança duvidosa Mora Valor Taxa Provisão 6 a 12 meses 16.000 25% 4.000 18 a 24 meses 10.000 75% 7.500 + de 24 meses 6.120 100% 6.120 Total 32.120 17.620 A provisão existente é de 9.467, pelo que vamos constituir a diferença 5. A provisão para depreciação de existências necessária é de (27.000 - 23.420), ou seja 3.580 u.m.. Como o valor existente é de 16.333 (12753 u.m.) pelo que temos que regularizar o excesso. 6. A provisão para títulos negociáveis necessária é de 120 u.m. por cada título, ou seja: 120 x 100 = 12.000 u.m. Como existe uma provisão de 4.400 u.m. vamos constituir a diferença (7600u.m.).
  • 46. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 40 4. BALANCETE RECTIFICADO O balancete rectificado é aquele em que os saldos apresentados estão de acordo com os inventários efectuados. Neste balancete as contas de custos e perdas, proveitos e ganhos expressam as componentes negativas e positivas do resultado do exercício. É o balancete rectificado que serve de ponto de partida para o apuramento de resultados. Exemplo 1. Suponhamos que a empresa Luar de Agosto apresentava o balancete anexo referente a 31/12/N, sendo também conhecidas as seguintes informações: • Desdobramento da conta 31 - Compras: Mercadorias - 1.476.555 u.m. Matérias-primas 168.064 u.m. 1.644.619 u.m. • Existências finais (inventário) Mercadorias 366.959 u.m. Matérias-primas 87.716 u.m. Produtos acabados 11,298 u.m. 465.973 u.m. • Amortizações do exercício. Imobilizações corpóreas - 81.708 u.m. Imobilizações incorpóreas - 6.895 u.m. • Juros a pagar do financiamento bancário - 2.704 u.m. • A renda do escritório referente ao mês de Janeiro foi liquidada e contabilizada em Dezembro na conta 62 - Fornecimentos e serviços externos no valor de 3.260 unidades monetárias. • Não se encontram ainda contabilizadas as férias e subsidio de férias a liquidar no ano N+1, o valor mensal é de 30.000 u.m. e os encargos sociais ascendem a 23,75%. Para obtermos o balancete rectificado temos que efectuar estes movimentos de regularização. Vamos efectuá-los no Diário e no Razão e, posteriormente, elaboramos o balancete rectificado: Anexo - Balancete de verificação
  • 47. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 41 Balancete de 1º grau Empresa “Luar de Agosto” unid:u.m. Conta Nome da Conta Acumulados anuais Saldo Débito Crédito Devedor Credor 11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681 12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063 21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696 22 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.944 23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500 24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253 25 Sócios 49.270 193.329 144.059 26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211 27 Acréscimos e diferimentos 69.745 152.293 82.548 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009 31 Compras 1.766.151 121.532 1.644.619 32 Mercadorias 239.970 0 239.970 33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283 36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 59.890 0 59.890 41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547 42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892 43 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491 44 Imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305 48 Amortizações acumuladas 42.452 504.804 462.352 51 Capital 0 295.567 295.567 55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.493 56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425 57 Reservas 266.574 699.954 433.380 59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 34.252 544.979 63 Impostos 18.799 32 18.767 64 Custos com o pessoal 469.427 0 469.427 65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206 68 Custos e perdas financeiras 121.612 2.348 119.264 69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027 71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619 72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253 73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655 78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562 79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277 88 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0 Total 28.340.886 28.340.886 0
  • 48. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 42 Lançamentos no diário de operações diversas - regularizações: (1) 321 Mercadorias a 312 Compras Transferência das compras 1.476.555 1.476.555 ------------------//----------------- (2) 361 Matérias primas, subsidiárias e de consumo a 316 Compras Transferência das compras 168.054 168.064 ------------------//----------------- (3) 612 Custo mercadorias vendidas e consumidas (1) a 321 Mercadorias Apuramento do custo das mercadorias vendidas 1.349.566 1.349.566 ------------------//----------------- (4) 616 Custo mercadorias vendidas e consumidas (2) a 361 Matérias primas, subsidiárias e de consumo Apuramento do custo das matérias primas consumidas 140.238 140.238 ------------------//----------------- (5) 66 Amortizações do exercício a 482 Amortizações acumuladas Imobilizados corpóreos 81.708 81.708 ------------------//----------------- (6) 66 Amortizações do exercício a 483 Amortizações acumuladas Imobilizados incorpóreos 6.895 6.895 ------------------//------------------ (7) 681 Custos financeiros a 273 Acréscimos de custos Juros a liquidar 2.704 2.704 ------------------//------------------ (8) 272 Custos diferidos a 622 Fornecimentos e serviços externos Renda de Janeiro 3.260 3.260 ------------------//------------------
  • 49. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 43 (9) Diversos a 273 Acréscimos de custos Remunerações a liquidar (3) 642 Remunerações do pessoal 60.000 645 Encargos sobre remunerações 14.250 74.250 ------------------//------------------ (1) O Custo das mercadorias vendidas e consumidas (CMVC)é calculado da seguinte forma: CMVC = Existências iniciais + Compras - Existências finais CMVC = 239.970 +1.476.555 - 366.959 CMVC = 1.349.566 (2) O Custo das matérias primas consumidas (CMPC) é calculado da seguinte forma: CMPC = Existências iniciais + Compras - Existências finais CMPC = 59.890 + 168.064 - 87.716 CMPC = 140.238 (3) O valor das remunerações a pagar é calculado da seguinte forma: valor de 1 mês de ordenados - 30.000 u.m. valor de 2 meses de ordenados - 30.000 u.m. x 2 = 60.000 u.m. valor dos encargos - 60.000 u.m. x 0,2375 = 14.250 u.m. Procedemos em seguida aos lançamentos no razão: 321 - Mercadorias 239.970 (3) 1.349.566 (1) 1.476.555 1.716.525 1.349.566 Saldo devedor de 366.959
  • 50. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 44 31 - Compras 1.766.151 121.532 (1) 1.476.555 (2) 168.064 1.766.151 1.766.151 Conta saldada 36 - Matérias primas, subsidiárias e de consumo 59.890 (2) 168.064 (4) 140.238 227.954 140.238 Saldo devedor de 87.716 61- Custo das mercadorias vendidas e consumidas (3) 1.349.566 (4) 140.238 1.489.804 Saldo devedor de 1.489.804 66 - Amortizações do exercício (5) 81.708 (6) 6.895 88.603 Saldo devedor de 88.603 48 - amortizações acumuladas 42.452 504.804 (5) 81.708 (6) 6.895 42.452 593.407 Saldo credor de 550.955
  • 51. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 45 Sendo de Imobilizações Incorpóreas - 39.491 u.m. e de Imobilizações Corpóreas 511.464 u.m. 68 - Custos financeiros 121.612 2.348 (7) 2.704 124.316 2.348 Saldo devedor de 121.968 27 - Acréscimos e diferimentos 69.745 152.293 (8) 3.260 (7) 2.704 (9) 74.250 73.005 229.247 Saldo credor de 156.242 62 - Fornecimentos e serviços externos 579.231 34.252 (8) 3.260 579.231 37.512 Saldo devedor de 541.719 64 - Custos com o pessoal 469.427 (9) 74.250 543.677 Saldo devedor de 543.677 Balancete rectificado antes do apuramento de resultados Balancete de 1º grau
  • 52. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 46 Empresa “Luar de Agosto” Acumulados anuais Saldo (u.m) Conta Nome da Conta Débito (u.m.) Crédito (u.m.) Devedor Credor 11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681 12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063 21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696 22 Fornecedores 2.622.226 3.037.170 414.944 23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500 24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253 25 Sócios 49.270 193.329 144.059 26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211 27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.242 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009 31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 0 32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959 33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283 36 Mat. primas, subsidiárias consumo 227.954 140.238 87.716 41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547 42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892 43 Imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491 44 Imobilizações corpóreas em curso 59.697 4.392 55.305 48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.955 51 Capital 0 295.567 295.567 55 Ajust. partes cap.fil. e assoc. 409.962 420.455 10.493 56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425 57 Reservas 266.574 699.954 433.380 59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 0 61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804 62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719 63 Impostos 18.799 32 18.767 64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677 65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206 66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603 68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968 69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027 71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619 72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253 73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655 78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562 79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277 88 Resultado Liquido do exercício 64.173 64.173 0 Total 31.644.126 31.644.126 0 0
  • 53. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 47 2. Vamos preparar o balancete rectificado antes de apuramento de resultados da empresa Parafusos Unidos, para tal peguemos no Balancete após movimento de regularização, obtido anteriormente Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor 11 Caixa 14.000 0 12 Depósitos à ordem 123.467 0 15 Títulos negociáveis 92.000 0 19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000 21 Clientes 382.867 0 22 Fornecedores 10.000 284.400 24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000 27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050 26 Outros devedores e credores 8.600 15.333 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620 29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600 31 Compras 1.639.067 0 32 Mercadorias 324.200 0 39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580 41 Investimentos financeiros 200.000 0 42 Imobilizações corpóreas 176.133 0 43 Imobilizações Incorpóreas 16.333 0 48 Amortizações acumuladas 0 108.769 51 Capital 0 333.333 55 Reservas 0 214.000 59 Resultados transitados 0 30.667 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0 64 Custos com o pessoal 861.300 0 66 Amortizações do exercício 22.769 0 67 Provisões do exercício 8.153 0 68 Custos e perdas financeiras 65.533 0 69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0 71 Vendas 0 3.041.333 72 Prestações de serviços 0 36.200 78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842 79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020 Total 4.298.747 4.298.747
  • 54. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 48 Resolução Vamos apurar o Custo das Mercadorias Vendidas e Matérias Consumidas, sabendo que as existências finais apuradas pelo Inventário são de 165.754 u.m.: CMVMC = 324.200+ 1.639.067 - 165.754 = 1.797.513 O lançamento a efectuar é o seguinte: 32 Existências 321 Mercadorias a 31 Compras 312 Mercadorias Transferência das compras 1.639.067 1.639.067 ------------------//------------------ 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 612 Mercadorias a 32 Existências 321 Mercadorias Apuramento do custo das mercadorias vendidas 1.797.513 1.797.513 ------------------//------------------
  • 55. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 49 Obtemos o seguinte balancete rectificado antes de apuramento de resultados: Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor 11 Caixa 14.000 0 12 Depósitos à ordem 123.467 0 15 Títulos negociáveis 92.000 0 19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000 21 Clientes 382.867 0 22 Fornecedores 10.000 284.400 24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000 27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050 26 Outros devedores e credores 8.600 15.333 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620 29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600 31 Compras 0 0 32 Mercadorias 165.754 0 39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580 41 Investimentos financeiros 200.000 0 42 Imobilizações corpóreas 176.133 0 43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0 48 Amortizações acumuladas 0 108.769 51 Capital 0 333.333 55 Reservas 0 214.000 59 Resultados transitados 0 30.667 61 Custo merc. vendidas e mat. Cons. 1.797.513 0 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0 64 Custos com o pessoal 861.300 0 66 Amortizações do exercício 22.769 0 67 Provisões do exercício 8.153 0 68 Custos e perdas financeiras 65.533 0 69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0 71 Vendas 0 3.041.333 72 Prestações de serviços 0 36.200 78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842 79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020 Total 4.298.747 4.298.747
  • 56. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 50 5. APURAMENTO DE RESULTADOS Tendo por objectivo final apurar o valor do resultado líquido do exercício que estamos a encerrar, vamos transferir os saldos das contas de Custos e Perdas e de Proveitos e Ganhos para as principais contas de Resultados, e fazer transferências entre saldos das próprias contas de Resultados. Relembremos as contas de que estamos a tratar: Classe 6 - Contas de Custos e Perdas Conta 61 - Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Conta 62 - Fornecimentos e serviços externos Conta 63 - Impostos Conta 64 - Custos com o pessoal Conta 65 - Outros custos e perdas operacionais Conta 66 - Amortizações do exercício Conta 67 - Provisões do exercício Conta 68 - Custos e perdas financeiros Conta 69 - Custos e perdas extraordinárias Classe 7 - Contas de proveitos e ganhos Conta 71 - Vendas Conta 72 - Prestações de serviços Conta 73 - Proveitos suplementares Conta 74 - Subsídios à exploração Conta 75 - Trabalhos para a própria empresa Conta 76 - Outros proveitos e ganhos operacionais Conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros Conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários
  • 57. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 51 Classe 8 - Resultados Conta 81 - Resultados operacionais Conta 82 - Resultados financeiros Conta 83 - Resultados correntes Conta 84 - Resultados extraordinários Conta 85 - Resultados antes de impostos Conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício Conta 88 - Resultado liquido do exercício Conta 89 - Dividendos antecipados O apuramento de resultados faz-se sequencialmente, respeitando os códigos das contas mencionadas na classe 8 (Resultados). Serão as seguintes as fases a considerar: 1. Apuramento dos resultados operacionais; 2. Apuramento dos resultados financeiros; 3. Apuramento dos resultados correntes; 4. Apuramento dos resultados extraordinários; 5. Apuramento dos resultados antes de impostos; 6. Cálculo da estimativa de Imposto (IRC); 7. Apuramento do resultado liquido do exercício. As contas de resultados são movimentadas: • a débito pelos saldos devedores das contas de custos e perdas, e, • a crédito pelos saldos credores das contas de proveitos e ganhos; pelo que, • um saldo devedor numa conta de resultados representa um prejuízo, e, • um saldo credor numa conta de resultados representa um lucro.
  • 58. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 52 Apuramento dos Resultados Operacionais Vamos movimentar a conta 81 - Resultados Operacionais: • A débito 1. pelos saldos das contas da classe 6 - Custos e perdas, e, 2. pelo valor das existências iniciais de: produtos acabados e intermédios (conta 33); subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34); produtos e trabalhos em curso (conta 35) • A crédito 1. pelos saldos das contas da classe 7 - Proveitos e ganhos, e, 2. pelo valor das existências finais de: produtos acabados e intermédios (conta 33); subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos (conta 34); produtos e trabalhos em curso (conta 35) Esquematicamente: Débito 81 - Resultados Operacionais Crédito Conta 61 → ← Conta 71 Conta 62 → ← Conta 72 Conta 63 → ← Conta 73 Conta 64 → ← Conta 74 Conta 65 → ← Conta 75 Conta 66 → ← Conta 76 Conta 67 → Existências Iniciais: Existências Finais: Conta 33 → ← Conta 33 Conta 34 → ← Conta 34 Conta 35 → ← Conta 35 O saldo da conta 81 representa o Resultado Operacional.
  • 59. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 53 Exemplo 1. Sabendo a empresa Fruta Verde apresenta os seguintes dados. Vamos calcular os diversos tipos de resultados: 32 - Existências iniciais de mercadorias 5.000 u.m. 32 - Existências finais de mercadorias 7.000 u.m 31 - Compras 100.000 u.m. 61 - Custo das mercadorias vendidas 98.000 u.m. 62 - Fornecimentos e serviços externos 25.000 u.m. 64 - Custos com o pessoal 15.000 u.m. 68 - Custos e perdas financeiros 4.500 u.m. 69 - Custos e perdas extraordinários 8.050 u.m. 71 - Vendas 140.000 u.m 73 - Proveitos suplementares 1.200 u.m. 79 - Proveitos e ganhos extraordinários 10.000 u.m. O Resultado Operacional será obtido com o seguinte lançamento no Diário: (1) Diversos Resultados Operacionais a 81 Transferência de Proveitos 71 Vendas 140.000 73 Proveitos suplementares 1.200 141.200 ------------------//---------------- (2) 81 a Diversos Resultados operacionais Transferência de Custos a 61 Custo das mercadorias vendidas 98.000 a 62 Fornecimentos e serviços externos 25.000 a 64 Custos com pessoal 15.000 138.000 -----------------//---------------- 61 - Custo das mercadorias vendidas 163.000 (2) 163.000 Saldo = 0
  • 60. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 54 62 - Fornecimentos e serviços externos 25.000 (2) 25.000 Saldo = 0 64 - Custos com o pessoal 15.000 (2) 15.000 Saldo = 0 71 - Venda de mercadorias (1) 140.000 140.000 Saldo = 0 73 - Proveitos suplementares (2) 1.200 1.200 Saldo = 0 81 - Resultados operacionais (2) 98.000 (1) 140.000 (2) 25.000 (1) 1.200 (2) 15.000 Saldo Credor 3.200 141.200 141.200 Apuramento dos Resultados Financeiros Vamos movimentar a conta 82 - Resultados Financeiros O resultado financeiro resulta da comparação dos saldos das contas 68 - Custos e perdas financeiros e da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros.
  • 61. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 55 É movimentada: • A débito pelo saldo da conta 68 - Custos e perdas financeiras • A crédito pelo saldo da conta 78 - Proveitos e ganhos financeiros Esquematicamente: Débito 82 - Resultados Financeiros Crédito Conta 68 → ← Conta 78 O saldo da conta 82 representa o Resultado Financeiro. No exemplo apresentado efectuaremos o seguinte lançamento no Diário: (3) 82 Resultados Operacionais a 68 Custos e perdas financeiras Transferência de Custos 4.500 4.500 68 - Custo e perdas financeiros 4.500 (3) 4.500 82 - Resultados financeiros (3) 4.500 Apuramento dos Resultados Correntes Esta conta pode ser ou não movimentada, desse facto dependerá a forma de apuramento do resultado na conta 85 - Resultado antes de impostos. Vamos movimentar a conta 83 - Resultados Correntes.
  • 62. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 56 Esta conta recebe os saldos das duas contas movimentadas anteriormente: • 81 - Resultados Operacionais, e, • 82 - Resultados Financeiros Consoante as contas 81 e 82 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 83 - Resultados Correntes. Esquematicamente: Débito 83 - Resultados Correntes Crédito Conta 81 e 82 quando → ← Conta 81 e 82 quando saldo devedor saldo credor O saldo da conta 83 representa o Resultado Corrente. No seguimento do nosso exemplo teremos: (4) 83 Resultados Correntes a 82 Resultados Financeiros Transferência do resultado financeiro 4.500 4.500 (5) 81 Resultados Operacionais a 83 Resultados Correntes Transferência de Resultados Operacionais 3.200 3.200 82 - Resultados financeiros (3) 4.500 (4) 4.500
  • 63. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 57 81 - Resultados operacionais (2) 98.000 (1) 140.000 (2) 25.000 (1) 1.200 (2) 15.000 (5) 3.200 141.200 141.200 83 - Resultados Correntes (4) 4.500 (5) 3.200 Apuramento dos Resultados Extraordinários Vamos movimentar a conta 84 - Resultados Extraordinários O resultado extraordinário resulta da comparação dos saldos das contas 69 - Custos e perdas extraordinários e da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários. É movimentada: • A débito pelo saldo da conta 69 - Custos e perdas extraordinárias • A crédito pelo saldo da conta 79 - Proveitos e ganhos extraordinários Esquematicamente: Débito 84 - Resultados Extraordinários Crédito Conta 69 → ← Conta 79 O saldo da conta 84 representa o Resultado Extraordinário. No exemplo apresentado teremos: (6) 84 Resultados Extraordinários a 69 Custos e perdas extraordinárias Transferência dos custos extraordinários 8.050 8.050
  • 64. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 58 (7) 79 Proveitos e ganhos extraordinários a 84 Resultados Extraordinários Transferência dos proveitos extraordinários 10.000 10.000 69 - Custos e perdas extraordinárias 8.050 (6) 8.050 79 - Proveitos e ganhos extraordinários (7) 10.000 10.000 84 - Resultados Extraordinários (6) 8.050 (7) 10.000 Apuramento dos Resultados antes de Impostos Esta conta tem movimentação facultativa, dela dependendo a forma de movimentação da conta 88 - Resultado liquido do exercício. Este apuramento faz-se na conta 85 e esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da movimentação ou não da conta 83 - Resultados Correntes, como anteriormente referimos. Se tivermos utilizado a conta 83 esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente: • 83 - Resultados Correntes, e, • 84 - Resultados Extraordinários. Consoante as contas 83 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos.
  • 65. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 59 Esquematicamente: Débito 85 - Resultados antes de impostos Crédito Conta 83 e 84 se → ← Conta 83 e 84 se saldo devedor saldo credor O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos. No nosso exemplo teremos: (8) 85 Resultados antes de impostos a 83 Resultados correntes Transferência dos resultados correntes 1.300 1.300 83 - Resultados correntes (4) 4.500 (5) 3.200 (8) 1.300 (9) 84 Resultados extraordinárias a 85 Resultados antes de impostos Transferência dos resultados extraordinários 1.950 1.950 84 - Resultados extraordinários (6) 8.050 (7) 10.000 (9) 1.950 85 - Resultados antes de impostos (8) 1.300 (9) 1.950
  • 66. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 60 O resultado antes de impostos é de 650 u.m.- Saldo Credor - Lucro. Alternativamente Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente: • 81 - Resultados operacionais; • 82 - Resultados financeiros, e, • 84 - Resultados extraordinários Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 85 - Resultados antes de impostos. Esquematicamente: Débito 85 - Resultados antes de impostos Crédito Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84 se saldo devedor se saldo credor O saldo da conta 85 representa o resultado antes de impostos. No nosso exemplo teremos: (10) 81 Resultados correntes a 85 Resultados antes de impostos Transferência dos resultados correntes 3.200 3.200 81 - Resultados operacionais (2) 98.000 (1) 140.000 (2) 25.000 (1) 1.200 (2) 15.000 (10) 3.200 141.200 141.200
  • 67. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 61 (11 85 Resultados antes de impostos a 82 Resultados financeiros Transferência dos resultados financeiros 4.500 4.500 82 - Resultados financeiros (3) 4.500 (11) 4.500 (12) 84 Resultados extraordinários a 85 Resultados antes de impostos Transferência dos resultados extraordinários 1.950 1.950 84 - Resultados extraordinários (6) 8.050 (7) 10.000 (12) 1.950 85 - Resultados antes de impostos (11) 4.500 (10) 3.200 (12) 1.950 O resultado antes de impostos apurado é de 650 u.m., saldo credor da conta 85. Cálculo da Estimativa de Imposto (IRC) Numa economia sujeita a imposto sobre o rendimento, no caso português o IRC - Imposto sobre o Rendimento das pessoas Colectivas, este valor tem que ser expresso nas contas das empresas: • porque se traduz numa obrigação - Imposto a pagar ao Estado, e, • porque representa uma afectação de resultados - diminuindo o valor de resultado líquido da empresa.
  • 68. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 62 É uma realidade cuja movimentação não se limita às contas da classe 8 - Resultados e que engloba dois movimentos: 1. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita: • Débito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício; • Crédito - conta 24 - Impostos sobre o rendimento. 86 - Imposto sobre rendimento do exercício 24 - Imposto sobre o rendimento (1) (1) 2. Transferência da estimativa feita para a conta 88 - Resultado líquido: • Débito - conta 88 - Resultado liquido do exercício; • Crédito - conta 86 - Imposto sobre o rendimento do exercício. 86 - Imposto sobre rendimento do exercício 88 - Resultado líquido do exercício (2) (2) Vamos considerar que no nosso exemplo o valor da estimativa é de 34% para IRC, incidindo a taxa de derrama de 10%, ou seja (34% x 1,1 = 37,4%) O valor da estimativa de imposto a pagar é de: 650 u.m. x 37,4% = 243 u.m. 3. Reconhecimento da obrigação de pagar ao Estado o montante da estimativa feita: 86 - Imposto sobre rendimento do exercício 24 - Imposto sobre o rendimento (12) 243,1 243,1 (12)
  • 69. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 63 4. Transferência da Estimativa feita para a conta 88 - Resultado Liquido: 86 - Imposto sobre rendimento do exercício 88 - Resultado Liquido do exercício 243,1 243,1 (13) 243,1 Apuramento do Resultado Liquido do Exercício Este apuramento faz-se na conta 88. Esta pode ser movimentada de duas formas, dependendo da movimentação ou não das contas 83 - Resultados Correntes e 85 - Resultados Correntes, como anteriormente referimos. Esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente: • 85 - Resultados antes de impostos, e, • 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento se tivermos utilizado a conta 85. Consoante a conta 84 apresente saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 88 - Resultado Líquido do Exercício. Esquematicamente: Débito 88 - Resultado liquido do exercício Crédito Conta 86 → Conta 85 se saldo devedor → ← Conta 85 se saldo credor O saldo da conta 88 representa o resultado liquido do exercício. Alternativamente esta conta receberá os saldos das contas movimentadas anteriormente: • 81 - Resultados operacionais; • 82 - Resultados financeiros, • 84 - Resultados extraordinários, e, • 86 - Estimativa de imposto sobre o rendimento
  • 70. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 64 Consoante as contas 81, 82 e 84 apresentem saldo devedor ou credor assim será movimentada a débito ou a crédito a conta 88 - Resultado liquido do exercício. Esquematicamente: Débito 88 - Resultado liquido do exercício Crédito Conta 86 → Conta 81, 82 e 84 → ← Conta 81, 82 e 84 se saldo devedor se saldo credor O saldo da conta 88 representa o Resultado liquido depois de impostos. No nosso exercício teremos o seguinte movimento: (14) 85 Resultados antes de impostos a 88 Resultados líquidos Transferência dos resultados antes de impostos 650 Débito 88 - Resultado liquido do exercício Crédito (13) 243,1 (15) 650 Saldo credor (Lucro) de 406,9
  • 71. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 65 Exercício de Aplicação 2 Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Luar de Agosto: Do Balancete rectificado antes do apuramento de resultados apenas nos interessam as contas das classes 6 e 7 e as informações referentes às suas existências de produtos acabados: Balancete de 1º grau Empresa “Luar de Agosto” unid:u.m. Conta Descrição Acumulados anuais Saldo Débito Crédito Devedor Credor 61 Custo mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 0 1.489.804 62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 37.512 541.719 63 Impostos 18.799 32 18.767 64 Custos com o pessoal 543.677 0 543.677 65 Outros custos operacionais 1.206 0 1.206 66 Amortizações do exercício 88.603 0 88.603 68 Custos e perdas financeiras 124.316 2.348 121.968 69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 5.812 53.027 71 Vendas 149.608 2.899.227 2.749.619 72 Prestações de serviços 5.090 28.343 23.253 73 Proveitos suplementares 0 4.655 4.655 78 Proveitos e ganhos financeiros 283 36.845 36.562 79 Proveitos e ganhos extraordinários 16.838 21.115 4.277 88 Resultado Liquido do exercício 0 0 0 0 Sabendo que: 1. as existências iniciais de produtos acabados totalizam 10.283 u.m; 2. as existências finais (inventário) de produtos acabados ascendem a 11.299 u.m.; 3. a taxa de imposto sobre o rendimento é de 34%.
  • 72. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 66 Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados: (1) Diversos a 81 Resultados Operacionais Transferência de Proveitos 71 Vendas 2.749.619 72 Prestação de serviços 23.253 73 Proveitos suplementares 4.655 2.777.527 ------------------//---------------- (2) 81 Resultados operacionais a Diversos Transferência de Custos a 61 Custo das mercadorias vendidas 1.489.804 a 62 Fornecimentos e serviços externos 541.719 a 63 Impostos 18.767 a 64 Custos com pessoal 543.677 a 65 Outros custos operacionais 1.206 a 66 Amortizações do exercício 88.603 2.683.776 -----------------//---------------- (3) 82 Resultados financeiros a 68 Custos e perdas financeiras Transferência de Custos financeiros 121.968 121.968 -----------------//---------------- (4) 78 Proveitos e ganhos financeiros a 82 Resultados financeiros Transferências de proveitos financeiros 36.562 36.562 -----------------//----------------
  • 73. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 67 (5) 83 Resultados Correntes a 82 Resultados Financeiros Transferência do resultado financeiro 85.406 85.406 -----------------//---------------- (6) 81 Resultados Operacionais a 83 Resultados Correntes Transferência de Resultados Operacionais 93.751 93.751 -----------------//---------------- (7) 84 Resultados Extraordinários a 69 Custos e perdas extraordinárias Transferência dos custos extraordinários 53.027 -----------------//---------------- (8) 79 Proveitos e ganhos extraordinárias a 84 Resultados Extraordinários Transferência dos proveitos extraordinários 4.277 -----------------//---------------- (9) 83 Resultados correntes a 85 Resultados antes de impostos Transferência dos resultados correntes 8.345 -----------------//---------------- (10) 85 Resultados antes de impostos a 84 Resultados correntes Transferência dos resultados extraordinários 48.750 -----------------//---------------- (11) 88 Resultados liquido do exercício A 85 Resultado antes de impostos Apuramento do resultado liquido do exercício 40.405
  • 74. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 68 Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão: 61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas 1.489.804 (2) 1.489.804 1.489.804 1.489.804 62 - Fornecimentos e serviços externos 541.719 (2) 541.719 541.719 541.719 63 - Impostos 18.767 (2) 18.767 18.767 18.767 64 - Custos com o pessoal 543.677 (2) 543.677 543.677 543.677 65 - Outros custos operacionais 1.206 (2) 1.206 1.206 1.206 66 - Amortizações do exercício 88.603 (2) 88.603 88.603 88.603
  • 75. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 69 68 - Custos e perdas financeiras 121.968 (3) 121.968 121.968 121.968 69 - Custos e perdas extraordinárias 53.027 (7) 53.027 53.027 53.027 71 - Vendas (1) 2.749.619 2.749.619 2.749.619 2.749.619 72 - Prestações de serviços (1) 23.253 23.253 23.253 23.253 73 - Proveitos suplementares (1) 4.655 4.655 4.655 4.655 78 - Proveitos e ganhos financeiros (4) 36.562 36.562 36.562 36.562 79 - Proveitos e ganhos extraordinários (8) 4.277 4.277 4.277 4.277
  • 76. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 70 81 - Resultados operacionais (2) 1.489.80 (1) 2.749.619 (2) 541.719 (1) 23.253 (2) 18.767 (1) 4.655 (2) 543.677 (2) 1.206 (2) 88.603 (6) 93.751 2.777.527 2.777.527 82 - Resultados financeiros (3) 121.968 (4) 36.562 (5) 85.406 121.968 121.968 83 - Resultados correntes (5) 85.406 (6) 93.751 (9) 8.345 93.751 93.751 84 - Resultados extraordinários (7) 53.027 (8) 4.277 (10) 48.750 53.027 53.027
  • 77. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 71 85 - Resultados antes de impostos (10) 48.750 (9) 8.345 (11) 40.405 48.750 48.750 88 - Resultado Liquido do exercício (11) 40.405
  • 78. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 72 Exercício de Aplicação 3 Vamos efectuar o apuramento de resultados da empresa Parafusos Unidos: Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor 11 Caixa 14.000 0 12 Depósitos à ordem 123.467 0 15 Títulos negociáveis 92.000 0 19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000 21 Clientes 382.867 0 22 Fornecedores 10.000 284.400 24 Estado e outros entes públicos 83.333 92.000 27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050 26 Outros devedores e credores 8.600 15.333 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620 29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600 31 Compras 0 0 32 Mercadorias 165.754 0 39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580 41 Investimentos financeiros 200.000 0 42 Imobilizações corpóreas 176.133 0 43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0 48 Amortizações acumuladas 0 108.769 51 Capital 0 333.333 55 Reservas 0 214.000 59 Resultados transitados 0 30.667 61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 1.797.513 0 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 0 64 Custos com o pessoal 861.300 0 66 Amortizações do exercício 22.769 0 67 Provisões do exercício 8.153 0 68 Custos e perdas financeiras 65.533 0 69 Custos e perdas extraordinárias 11.200 0 71 Vendas 0 3.041.333 72 Prestações de serviços 0 36.200 78 Proveitos e ganhos financeiros 0 33.842 79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 25.020 Total 4.298.747 4.298.747
  • 79. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 73 Vamos efectuar os lançamentos no diário e razão de apuramento de resultados: 1 Diversos a 81 Resultados Operacionais Transferência de Proveitos a 71 Vendas 3.041.333 a 72 Prestação de serviços 36.200 3.077.533 ----------------//---------------- 2 81 Resultados operacionais a Diversos Transferência de Custos a 61 Custo das mercadorias vendidas 1.797.513 a 62 Fornecimentos e serviços externos 259.792 a 64 Custos com pessoal 861.300 a 66 Amortizações do exercício 22.769 a 67 Provisões do exercício 8.153 2.949.527 ----------------//---------------- 3 82 Resultados financeiros a 68 Custos e perdas financeiras Transferência de custos financeiros 65.533 65.533 ----------------//---------------- 4 78 Proveitos e ganhos financeiros a 82 Resultados financeiros Transferências de proveitos financeiros 33.842 33.842 ----------------//---------------- 5 83 Resultados Correntes a 82 Resultados Financeiros Transferência do resultado financeiro 31.691 31.691 ----------------//---------------- 6 81 Resultados Operacionais a 83 Resultados Correntes Transferência de Resultados Operacionais 128.006 128.006 ----------------//----------------
  • 80. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 74 7 84 Resultados Extraordinários a 69 Custos e perdas extraordinárias Transferência dos custos extraordinários 11.200 11.200 ----------------//---------------- 8 79 Proveitos e ganhos extraordinárias a 84 Resultados Extraordinários Transferência dos proveitos extraordinários 25.020 25.020 ----------------//---------------- 9 83 Resultados correntes a 85 Resultados antes de impostos Transferência dos resultados correntes 96.315 96.315 ----------------//---------------- 10 84 Resultados extraordinários a 85 Resultados antes de impostos Transferência dos resultados extraordinários 13.820 13.820 ----------------//---------------- 11 86 Estimativa de IRC a 24 Estado e outros entes públicos Estimativa de IRC 37.446 37.446 ----------------//---------------- 12 88 Resultado liquido do exercício a 86 Estimativa de IRC Estimativa de IRC 37.446 37.446 ----------------//---------------- 13 85 Resultados antes de impostos a 88 Resultado liquido do exercício Apuramento do resultado liquido do exercício 110.135 110.135
  • 81. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 75 Vamos efectuar os lançamentos correspondentes no Razão: 61 - Custo das mercadorias vendidas e consumidas 1.797.513 (2) 1.797.513 1.797.513 1.797.513 62 - Fornecimentos e serviços externos 259.792 (2) 259.792 259.792 259.792 64 - Custos com o pessoal 861.300 (2) 861.300 861.300 861.300 67- Provisões do exercício 8.153 (2) 8.153 8.153 8.153 66 - Amortizações do exercício 22.769 (2) 22.769 22.769 22.769 68 - Custos e perdas financeiras 65.533 (3) 65.533 65.533 65.533
  • 82. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 76 69 - Custos e perdas extraordinárias 11.200 (7) 11.200 11.200 11.200 71 - Vendas (1) 3.041.333 3.041.333 3.041.333 3.041.333 72 - Prestações de serviços (1) 36.200 36.200 36.200 36.200 78 - Proveitos e ganhos financeiros (4) 33.842 33.842 33.842 33.842 79 - Proveitos e ganhos extraordinários (8) 25.020 25.020 25.020 25.020 81 - Resultados operacionais (2) 1.797.513 (1) 3.041.333 (2) 259.792 (1) 36.200 (2) 861.300 (2) 8.153 (2) 22.769 (6) 128.006 3.077.533 3.077.533
  • 83. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 77 82 - Resultados financeiros (3) 65.533 (4) 33.842 (5) 31.691 65.533 65.533 83 - Resultados correntes (5) 31.691 (6) 128.006 (9) 96.315 128.006 128.006 84 - Resultados extraordinários (7) 11.200 (8) 25.020 (10) 13.820 25.020 25.020 85 - Resultados antes de impostos (13) 110.135 (9) 96.315 (10) 13.820 110.135 110.135 86 - Estimativa de Imposto a pagar (11) 37.446 (12) 37.446 37.446 37.446 24 - Estado e outros entes públicos (11) 37.446 88 - Resultado Liquido do exercício (12) 37.446 (13) 110.135
  • 84. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 78 6. BALANCETE FINAL Balancete Final também designado por Balancete de apuramento de resultados, neste as contas das classes 1, 2, 3,4 e 5, evidenciam os saldos de acordo com o inventário, as classes 6 e 7, encontram-se saldadas e das contas da classe 8 - Resultados apenas a 88 - Resultados Líquidos do exercício apresenta o resultado gerado apurado nesse exercício após a consideração da estimativa de imposto a pagar. Este balancete designa-se por final porque é com base nele que se elaboram os balanços finais e se efectuam os lançamentos de fecho do exercício. Exemplo de Aplicação 1 Retomando os nossos exemplos anteriores para a empresa Luar de Agosto o Balancete Final será o seguinte: Acumulados anuais Saldo Conta Nome da Conta Débito Crédito Devedor Credor 11 Caixa 4.062.339 4.057.658 4.681 12 Depósitos à ordem 5.756.920 5.700.857 56.063 21 Clientes 6.186.975 5.383.279 803.696 22 Fornecedores 2.622.226 3.037.171 414.944 23 Empréstimos obtidos 1.345.162 1.697.662 352.500 24 Estado e outros entes públicos 1.839.331 1.859.584 20.253 25 Sócios 49.270 193.329 144.059 26 Outros devedores e credores 596.982 597.193 211 27 Acréscimos e diferimentos 73.005 229.247 156.242 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 14.009 14.009 31 Compras 1.766.151 1.766.151 0 0 32 Mercadorias 1.716.525 1.349.566 366.959 33 Produtos acabados e intermédios 10.283 0 10.283 36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 227.954 140.238 87.716 41 Investimentos financeiros 53.547 0 53.547 42 Imobilizações corpóreas 1.290.198 101.306 1.188.892 43 imobilizações Incorpóreas 39.491 0 39.491 44 imobilizações em curso 59.697 4.392 55.305 48 Amortizações acumuladas 42.452 593.407 550.955 51 Capital 0 295.565 295.567
  • 85. I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO IEFP Contabilidade Geral II Guia do Formando I 79 Acumulados anuais Saldo Conta Nome da Conta Débito Crédito Devedor Credor 55 Ajustamentos partes de capital 409.962 420.455 10.493 56 Reservas de reavaliação 24.442 338.867 314.425 57 Reservas 266.574 699.954 433.380 59 Resultados transitados 64.173 64.173 0 0 61 C.M.V.M. 1.489.804 1.489.804 0 0 62 Fornecimentos e serviços externos 579.231 579.231 0 0 63 Impostos 18.799 18.799 0 0 64 Custos com o pessoal 543.677 543.677 0 0 65 Outros custos operacionais 1.206 1.206 0 0 66 Amortizações do exercício 88.603 88.603 0 0 68 Custos e perdas financeiras 124.316 124.316 0 0 69 Custos e perdas extraordinárias 58.839 58.839 0 0 71 Vendas 2.899.227 2.899.227 0 0 72 Prestações de serviços 28.343 28.343 0 0 73 Proveitos suplementares 4.655 4.655 0 0 78 Proveitos e ganhos financeiros 36.845 36.845 0 0 79 Proveitos e ganhos extraordinários 21.115 21.115 0 0 81 Resultados Operacionais 2.777.527 2.777.527 0 0 82 Resultados financeiros 121.968 121.968 0 0 83 Resultados Operacionais 93.751 93.751 0 0 84 Resultados extraordinários 53.027 53.027 0 0 85 Resultados antes de impostos 48.750 48.750 0 0 88 Resultado Liquido do exercício 40.405 40.405 0 Total 37.533.747 37.533.747 0
  • 86. IEFP I. TRABALHO DE FIM DE EXERCÍCIO Guia do Formando Contabilidade Geral II I 80 Para os Parafusos Unidos teremos: Conta Descrição Saldo devedor Saldo credor 11 Caixa 14.000 0 12 Depósitos à ordem 123.467 0 15 Títulos negociáveis 92.000 0 19 Provisões p/ aplicação tesouraria 0 12.000 21 Clientes 382.867 0 22 Fornecedores 10.000 284.400 24 Estado e outros entes públicos 83.333 129.446 27 Acréscimos e diferimentos 0 34.050 26 Outros devedores e credores 8.600 15.333 28 Provisão para cobrança duvidosa 0 17.620 29 Provisão p/ riscos e encargos 0 16.600 31 Compras 0 0 32 Mercadorias 165.754 0 39 Provisão p/ depreciação existências 0 3.580 41 Investimentos financeiros 200.000 0 42 Imobilizações corpóreas 176.133 0 43 imobilizações Incorpóreas 16.333 0 48 Amortizações acumuladas 0 108.769 51 Capital 0 333.333 55 Reservas 0 214.000 59 Resultados transitados 0 30.667 61 Custo mercadorias vendidas e matérias consumidas 0 0 62 Fornecimentos e serviços externos 0 0 64 Custos com o pessoal 0 0 66 Amortizações do exercício 0 0 67 Provisões do exercício 0 0 68 Custos e perdas financeiras 0 0 69 Custos e perdas extraordinárias 0 0 71 Vendas 0 0 72 Prestações de serviços 0 0 78 Proveitos e ganhos financeiros 0 0 79 Proveitos e ganhos extraordinários 0 0 88 Resultado Liquido do exercício 0 72.689 Total 1.272.487 1.272.487