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Sismos
Introdução
• Ao longo dos tempos geológicos, a terra tem estado sujeita a tensões
responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos
continentes. Sob a ação dessas tensões as rochas deformam-se
gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre
após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando
vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior da terra. São
estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo. As catástrofes
sísmicas parecem-nos sempre um fenómeno distante, no entanto essa
possibilidade é bem real e pode atingir qualquer comunidade, num
qualquer momento. Os sismos de origem natural ou induzidos são
fenómenos que na maior parte ocorrem nas fronteiras entre placas
tectónicas, ou em falhas entre dois blocos rochosos.
O que é um sismo?
• Um sismo é um fenómeno
de vibração brusca e passageira da
superfície da Terra, resultante de
movimentos subterrâneos de placas
rochosas, de atividade vulcânica, ou por
deslocamentos (migração) de gases no
interior da Terra, principalmente metano.
O movimento é causado pela liberação
rápida de grandes quantidades
de energia sob a forma de ondas sísmicas.
Basicamente, sismo é a ocorrência de uma
fratura subterrânea. As ondas elásticas
geradas propagam-se por toda a Terra.
Quanto tempo dura um sismo?
A duração de um sismo varia desde poucos segundos até dezenas de
segundos, raramente ultrapassando um minuto. Após o sismo principal
geralmente seguem-se reajustamentos do material rochoso que dão
origem a sismos mais fracos denominados réplicas.
Podemos prever um sismo?
• Embora muitos cientistas estejam a fazer investigação nesse
sentido, ainda não é possível prever os sismos. No
entanto, é possível tentar minimizar os seus efeitos
identificando zonas de maior risco, construindo estruturas
mais sólidas, promovendo a educação da
população, nomeadamente no que diz respeito às medidas
de segurança a serem tomadas durante um sismo, e
elaborando planos de emergência.
Os sismos em Portugal
continental.
• O sismo mais antigo de que há registo em Portugal terá ocorrido
no ano 63 Antes de Cristo. Afetou o que são hoje as costas
portuguesas e da Galiza e terá provocado um enorme tsunami,
com as populações a fugirem do litoral para o interior. Em 382
há registos de outro grande sismo, com relatos de tsunami que
fizeram desaparecer ilhas que havia ao largo do Algarve. Outro
dos grandes abalos em Portugal teve lugar em 1356, a 24 de
Agosto, com intensidade semelhante ao de 1755.
•

Sismo de 1755 também conhecido por Terramoto de 1755 ocorreu no dia 1
de novembro, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, e
atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de
um maremoto que se crê tenha atingido a altura de 20 metros e de
múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos. Foi um
dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores
chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogos modernos estimam
que o sismo de 1755 atingiu a magnitude 9 na escala de Richter. O terramoto
de Lisboa teve um enorme impacto político e socioeconómico na sociedade
portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos
científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o
nascimento da moderna sismologia. O acontecimento foi largamente
discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando
desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia
do sublime. O Sismo de 1969 foi um abalo telúrico ocorrido em 28 de
Fevereiro de 1969 e que atingiu a região de Lisboa e sul do país, sendo o
último grande sismo a ocorrer em Portugal Continental. O facto de Portugal
se encontrar perto da fronteira entre duas placas tectónicas, a Africana e
a Euroasiática, torna-o vulnerável aos movimentos destas placas. Com
uma magnitude estimada entre 6,5 e 7,5 foi todavia uma ordem de grandeza
inferior à do terramoto de 1755, tendo provocado um
pequeno maremoto sem provocar danos materiais. Os estudos efetuados
situaram o epicentro deste sismo perto do Banco de Gorringe, localizado
aproximadamente a 200 km a sudoeste do Cabo de S. Vicente
Graus de Intensidade Sísmica de acordo
com a escala de Mercalli Modificada
•

I-Imperfectível Não sentido. Efeitos marginais e de longo
período no caso de grandes sismos.
• II- Muito Fraco Sentido pelas pessoas em repouso nos
andares elevados dos edifícios, ou favoravelmente colocadas.
• III- Fraco Sentido dentro de casa. Os objetos pendentes
baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela
passagem de veículos pesados. É possível estimar a duração
mas não pode ser reconhecido com um sismo
• IV- Moderado Os objetos suspensos baloiçam. A vibração
é semelhante à provocada pela passagem de veículos
pesados ou à sensação de pancada duma bola pesada nas
paredes. Carros estacionados balançam. Janelas, portas e
loiças tremem. Os vidros e loiças chocam ou tilintam. Na
parte superior deste grau as paredes e as estruturas de
madeira rangem.

• V- Forte Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direção

do movimento; as pessoas são acordadas; os líquidos
oscilam e alguns extravasam; pequenos objetos em equilíbrio
instável deslocam-se ou são derrubados. As portas
oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros
movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou
alteram o seu estado de oscilação.
•

VI- Bastante forte Sentido por todos. Muitos assustam-se e
correm para a rua. As pessoas sentem a falta de segurança. Os
pratos, as louças, os vidros das janelas, os copos, partem-se.
Objectos ornamentais, livros, etc., caem das prateleiras. Os
quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam.
Os estuques fracos e alvenarias do tipo D fendem. Pequenos
sinos tocam (igrejas e escolas). As árvores e arbustos são
visivelmente agitadas ou ouve-se o respectivo ruído.

• VII- Muito forte É difícil permanecer de pé. É notado pelos
condutores de automóveis. Os objectos pendurados tremem. As
mobílias partem. Verificam-se danos nas alvenarias tipo D, incluindo
fracturas. As chaminés fracas partem ao nível das coberturas. Queda
de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, cornijas, parapeitos soltos e
ornamentos arquitectónicos. Algumas fracturas nas alvenarias C.
Ondas nos tanques. Água turva com lodo. Pequenos
desmoronamentos e abatimentos ao longo das margens de areia e de
cascalho. Os grandes sinos tocam. Os diques de betão armado para
irrigação são danificados.
• VIII- Ruinoso Afecta a condução dos automóveis. Danos
nas alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos nas
alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos na alvenaria
B e nenhuns na A. Quedas de estuque e de algumas paredes
de alvenaria. Torção e queda de
chaminés, monumentos, torres e reservatórios elevados. As
estruturas movem-se sobre as fundações, se não estão
ligadas inferiormente. Os painéis soltos no enchimento das
paredes são projectados. As estacarias enfraquecidas partem.
Mudanças nos fluxos ou nas temperaturas das fontes e dos
poços. Fracturas no chão húmido e nas vertentes
escarpadas.
• IX- Desastroso Pânico geral. Alvenaria D destruída; alvenaria C
grandemente danificada, às vezes com completo colapso; as
alvenarias B seriamente danificadas. Danos gerais nas fundações.
As estruturas, quando não ligadas, deslocam-se das fundações. As
estruturas são fortemente abanadas. Fracturas importantes no
solo. Nos terrenos de aluvião dão-se ejecções de areia e lama;
formam-se nascentes e crateras arenosas.
• X- Destruidor A maioria das alvenarias e das estruturas são
destruídas com as suas fundações. Algumas estruturas de madeira
bem construídas e pontes são destruídas. Danos sérios em
barragens, diques e aterros. Grandes desmoronamentos de
terrenos. As águas são arremessadas contra as muralhas que
marginam os canais, rios, lagos, etc.; lodos são dispostos
horizontalmente ao longo de praias e margens pouco inclinadas.
Vias férreas levemente deformadas.
• XI- Catastrófico Vias férreas grandemente deformadas.
Canalizações subterrâneas completamente avariadas.
• XII- Danos quase totais Grandes massas rochosas
deslocadas. Conformação topográfica distorcida. Objectos
atirados ao ar.
Que fazer antes de um sismo?
• Conheça o historial sísmico da zona onde vive.
Se viver junto ao litoral informe-se sobre a
altitude a que se situa. Em caso de tsunami estes
dados são importantes. Certifique-se que os seus
familiares sabem o que fazer em caso de sismo.
Combine um local de reunião para essa
eventualidade.
• Liberte corredores e pontos de passagem em sua
casa. Tenha à mão uma lanterna, um rádio
portátil e pilhas para ambos, assim como um
extintor e uma caixa de primeiros socorros. Fixe
à parede estantes, vasos, floreira e objectos altos.
Coloque os objectos pesados junto ao chão.
Saiba como cortar a electricidade a água e o gás.
Tenha sempre água e alimentos enlatados
suficientes para dois, três dias.
O que fazer durante um sismo?
• Dentro de casa ou dentro de um edifício deve evitar a utilização
das escadas e nunca utilizar elevadores. Abrigue-se no vão de uma
porta interior, nos cantos das salas ou debaixo de uma mesa ou
cama. Mantenha-se afastado das janelas, espelhos ou chaminés e
evite estar próximo de objectos que possam cair. Caso se encontre
no rés-do-chão de um edifício, e no caso de a rua ser larga, é
preferível que saia e, caminhando sempre pelo meio da rua, que se
dirija para um local aberto.
• Se estiver na rua deve dirigir-se para um local aberto caminhando
com calma, sem correr. Não vá para casa. Mantenha-se afastado
dos edifícios, em particular daqueles antigos, altos ou isolados, dos
postes de electricidade e de quaisquer outros objectos que possam
estar em risco de cair. O mesmo se aconselha no caso de taludes e
muros que possam ruir.
• Num local com uma grande concentração de pessoas deve
evitar precipitar-se para as saídas já que podem ficar facilmente
obstruídas. Fique no interior do edifício até que o sismo cesse,
altura a partir da qual deve sair, com calma, mantendo-se
sempre atento a objectos que possam cair tais como candeeiros
e fios eléctricos. Se estiver no interior de uma fábrica, deve
manter-se afastado das máquinas.
• Caso esteja a conduzir no momento em que ocorre o sismo pare
a viatura longe de edifícios, muros, taludes, postos e cabos de
alta tensão e mantenha-se no interior do veículo.
• Os locais mais seguros onde pode procurar abrigo são os
vãos de portas interiores, preferencialmente os das paredesmestras, os cantos das salas, debaixo das mesas, camas e
outras superfícies estáveis e quaisquer lugares longe das
janelas, espelhos, chaminés e ainda de objectos, candeeiros e
móveis que possam cair. Para além destes últimos, as
saídas, o meio das salas e os elevadores são os locais mais
perigosos.
• É fundamental que, acima de tudo, se mantenha
calmo, evitando o pânico e contribuindo para que as outras
pessoas também se mantenham serenas.
O que fazer depois de um sismo?
• A seguir ao sismo avalie o estado em que ficou o edifício
onde se encontra porque pode ocorrer réplicas que
derrubem as áreas danificadas. Utilize os telefones apenas
em caso de urgência, quando existirem feridos graves, fugas
de gás ou incêndios. Se existir a possibilidade de a água estar
contaminada, consuma apenas água engarrafada. Ligue o
rádio e fique atento às instruções.
• Depois de um sismo deve abrir os armários com precaução
já que alguns objectos podem ter ficado numa posição
instável. Se detectar o derrame de substâncias tóxicas ou
inflamáveis, deve limpar a zona o mais rapidamente possível.
Se existirem destroços deve calçar botas ou sapatos
resistentes para se proteger dos objetos cortantes ou
pontiagudos.
• Nos primeiros minutos após o sismo mantenha a calma mas
conte com possíveis réplicas. Se encontrar alguém ferido
procure prestar-lhe o auxílio que for necessário. Mas só deve
mover os feridos graves se souber como atuar corretamente
ou se existir risco iminente de inundação, incêndio ou
desabamento do local onde se encontram.
Conclusão
• Os sismos ocorrem sem aviso prévio por isso é essencial
manter a calma e achar um local seguro. Apesar de serem de
curta duração podem ser bastante assustadores e ter efeitos
terríveis, por isso o mais importante é nunca desesperar. Os
sismos parecem-nos ser fenómenos que acontecem em
locais distantes, contudo a possibilidade de poder atingir a
nossa comunidade em qualquer momento é bem real, dai
que devemos estar informados e preparados para a
eventualidade de tal fenómeno acontecer. Ainda bem que
vivemos numa zona com pouca actividade sísmica!
Bibliografia

• Livros
•
“Sismos e vulcões” – Robert Muir Wood
• Internet
•
Wikipédia
•
IPMA - Instituto Português do Mar e Atmosfera
•
Proteção Civil
•
Diário de Noticias
•
J. Alveirinho Dias
•
TSF
•
Jornal de Noticias
• Trabalho elaborado pelos alunos
do 4º ano, turma G, da E.B.1 São
Caetano 2

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  • 2.
  • 3. Introdução • Ao longo dos tempos geológicos, a terra tem estado sujeita a tensões responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes. Sob a ação dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior da terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo. As catástrofes sísmicas parecem-nos sempre um fenómeno distante, no entanto essa possibilidade é bem real e pode atingir qualquer comunidade, num qualquer momento. Os sismos de origem natural ou induzidos são fenómenos que na maior parte ocorrem nas fronteiras entre placas tectónicas, ou em falhas entre dois blocos rochosos.
  • 4. O que é um sismo? • Um sismo é um fenómeno de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, de atividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas. Basicamente, sismo é a ocorrência de uma fratura subterrânea. As ondas elásticas geradas propagam-se por toda a Terra.
  • 5. Quanto tempo dura um sismo? A duração de um sismo varia desde poucos segundos até dezenas de segundos, raramente ultrapassando um minuto. Após o sismo principal geralmente seguem-se reajustamentos do material rochoso que dão origem a sismos mais fracos denominados réplicas.
  • 6. Podemos prever um sismo? • Embora muitos cientistas estejam a fazer investigação nesse sentido, ainda não é possível prever os sismos. No entanto, é possível tentar minimizar os seus efeitos identificando zonas de maior risco, construindo estruturas mais sólidas, promovendo a educação da população, nomeadamente no que diz respeito às medidas de segurança a serem tomadas durante um sismo, e elaborando planos de emergência.
  • 7. Os sismos em Portugal continental. • O sismo mais antigo de que há registo em Portugal terá ocorrido no ano 63 Antes de Cristo. Afetou o que são hoje as costas portuguesas e da Galiza e terá provocado um enorme tsunami, com as populações a fugirem do litoral para o interior. Em 382 há registos de outro grande sismo, com relatos de tsunami que fizeram desaparecer ilhas que havia ao largo do Algarve. Outro dos grandes abalos em Portugal teve lugar em 1356, a 24 de Agosto, com intensidade semelhante ao de 1755.
  • 8. • Sismo de 1755 também conhecido por Terramoto de 1755 ocorreu no dia 1 de novembro, resultando na destruição quase completa da cidade de Lisboa, e atingindo ainda grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um maremoto que se crê tenha atingido a altura de 20 metros e de múltiplos incêndios, tendo feito certamente mais de 10 mil mortos. Foi um dos sismos mais mortíferos da história, marcando o que alguns historiadores chamam a pré-história da Europa Moderna. Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu a magnitude 9 na escala de Richter. O terramoto de Lisboa teve um enorme impacto político e socioeconómico na sociedade portuguesa do século XVIII, dando origem aos primeiros estudos científicos do efeito de um sismo numa área alargada, marcando assim o nascimento da moderna sismologia. O acontecimento foi largamente discutido pelos filósofos iluministas, como Voltaire, inspirando desenvolvimentos significativos no domínio da teodiceia e da filosofia do sublime. O Sismo de 1969 foi um abalo telúrico ocorrido em 28 de Fevereiro de 1969 e que atingiu a região de Lisboa e sul do país, sendo o último grande sismo a ocorrer em Portugal Continental. O facto de Portugal se encontrar perto da fronteira entre duas placas tectónicas, a Africana e a Euroasiática, torna-o vulnerável aos movimentos destas placas. Com uma magnitude estimada entre 6,5 e 7,5 foi todavia uma ordem de grandeza inferior à do terramoto de 1755, tendo provocado um pequeno maremoto sem provocar danos materiais. Os estudos efetuados situaram o epicentro deste sismo perto do Banco de Gorringe, localizado aproximadamente a 200 km a sudoeste do Cabo de S. Vicente
  • 9. Graus de Intensidade Sísmica de acordo com a escala de Mercalli Modificada • I-Imperfectível Não sentido. Efeitos marginais e de longo período no caso de grandes sismos. • II- Muito Fraco Sentido pelas pessoas em repouso nos andares elevados dos edifícios, ou favoravelmente colocadas. • III- Fraco Sentido dentro de casa. Os objetos pendentes baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados. É possível estimar a duração mas não pode ser reconhecido com um sismo
  • 10. • IV- Moderado Os objetos suspensos baloiçam. A vibração é semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados ou à sensação de pancada duma bola pesada nas paredes. Carros estacionados balançam. Janelas, portas e loiças tremem. Os vidros e loiças chocam ou tilintam. Na parte superior deste grau as paredes e as estruturas de madeira rangem. • V- Forte Sentido fora de casa; pode ser avaliada a direção do movimento; as pessoas são acordadas; os líquidos oscilam e alguns extravasam; pequenos objetos em equilíbrio instável deslocam-se ou são derrubados. As portas oscilam, fecham-se ou abrem-se. Os estores e os quadros movem-se. Os pêndulos dos relógios param ou iniciam ou alteram o seu estado de oscilação.
  • 11. • VI- Bastante forte Sentido por todos. Muitos assustam-se e correm para a rua. As pessoas sentem a falta de segurança. Os pratos, as louças, os vidros das janelas, os copos, partem-se. Objectos ornamentais, livros, etc., caem das prateleiras. Os quadros caem das paredes. As mobílias movem-se ou tombam. Os estuques fracos e alvenarias do tipo D fendem. Pequenos sinos tocam (igrejas e escolas). As árvores e arbustos são visivelmente agitadas ou ouve-se o respectivo ruído. • VII- Muito forte É difícil permanecer de pé. É notado pelos condutores de automóveis. Os objectos pendurados tremem. As mobílias partem. Verificam-se danos nas alvenarias tipo D, incluindo fracturas. As chaminés fracas partem ao nível das coberturas. Queda de reboco, tijolos soltos, pedras, telhas, cornijas, parapeitos soltos e ornamentos arquitectónicos. Algumas fracturas nas alvenarias C. Ondas nos tanques. Água turva com lodo. Pequenos desmoronamentos e abatimentos ao longo das margens de areia e de cascalho. Os grandes sinos tocam. Os diques de betão armado para irrigação são danificados.
  • 12. • VIII- Ruinoso Afecta a condução dos automóveis. Danos nas alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos nas alvenarias C com colapso parcial. Alguns danos na alvenaria B e nenhuns na A. Quedas de estuque e de algumas paredes de alvenaria. Torção e queda de chaminés, monumentos, torres e reservatórios elevados. As estruturas movem-se sobre as fundações, se não estão ligadas inferiormente. Os painéis soltos no enchimento das paredes são projectados. As estacarias enfraquecidas partem. Mudanças nos fluxos ou nas temperaturas das fontes e dos poços. Fracturas no chão húmido e nas vertentes escarpadas.
  • 13. • IX- Desastroso Pânico geral. Alvenaria D destruída; alvenaria C grandemente danificada, às vezes com completo colapso; as alvenarias B seriamente danificadas. Danos gerais nas fundações. As estruturas, quando não ligadas, deslocam-se das fundações. As estruturas são fortemente abanadas. Fracturas importantes no solo. Nos terrenos de aluvião dão-se ejecções de areia e lama; formam-se nascentes e crateras arenosas. • X- Destruidor A maioria das alvenarias e das estruturas são destruídas com as suas fundações. Algumas estruturas de madeira bem construídas e pontes são destruídas. Danos sérios em barragens, diques e aterros. Grandes desmoronamentos de terrenos. As águas são arremessadas contra as muralhas que marginam os canais, rios, lagos, etc.; lodos são dispostos horizontalmente ao longo de praias e margens pouco inclinadas. Vias férreas levemente deformadas.
  • 14. • XI- Catastrófico Vias férreas grandemente deformadas. Canalizações subterrâneas completamente avariadas. • XII- Danos quase totais Grandes massas rochosas deslocadas. Conformação topográfica distorcida. Objectos atirados ao ar.
  • 15. Que fazer antes de um sismo? • Conheça o historial sísmico da zona onde vive. Se viver junto ao litoral informe-se sobre a altitude a que se situa. Em caso de tsunami estes dados são importantes. Certifique-se que os seus familiares sabem o que fazer em caso de sismo. Combine um local de reunião para essa eventualidade. • Liberte corredores e pontos de passagem em sua casa. Tenha à mão uma lanterna, um rádio portátil e pilhas para ambos, assim como um extintor e uma caixa de primeiros socorros. Fixe à parede estantes, vasos, floreira e objectos altos. Coloque os objectos pesados junto ao chão. Saiba como cortar a electricidade a água e o gás. Tenha sempre água e alimentos enlatados suficientes para dois, três dias.
  • 16. O que fazer durante um sismo? • Dentro de casa ou dentro de um edifício deve evitar a utilização das escadas e nunca utilizar elevadores. Abrigue-se no vão de uma porta interior, nos cantos das salas ou debaixo de uma mesa ou cama. Mantenha-se afastado das janelas, espelhos ou chaminés e evite estar próximo de objectos que possam cair. Caso se encontre no rés-do-chão de um edifício, e no caso de a rua ser larga, é preferível que saia e, caminhando sempre pelo meio da rua, que se dirija para um local aberto. • Se estiver na rua deve dirigir-se para um local aberto caminhando com calma, sem correr. Não vá para casa. Mantenha-se afastado dos edifícios, em particular daqueles antigos, altos ou isolados, dos postes de electricidade e de quaisquer outros objectos que possam estar em risco de cair. O mesmo se aconselha no caso de taludes e muros que possam ruir.
  • 17. • Num local com uma grande concentração de pessoas deve evitar precipitar-se para as saídas já que podem ficar facilmente obstruídas. Fique no interior do edifício até que o sismo cesse, altura a partir da qual deve sair, com calma, mantendo-se sempre atento a objectos que possam cair tais como candeeiros e fios eléctricos. Se estiver no interior de uma fábrica, deve manter-se afastado das máquinas. • Caso esteja a conduzir no momento em que ocorre o sismo pare a viatura longe de edifícios, muros, taludes, postos e cabos de alta tensão e mantenha-se no interior do veículo.
  • 18. • Os locais mais seguros onde pode procurar abrigo são os vãos de portas interiores, preferencialmente os das paredesmestras, os cantos das salas, debaixo das mesas, camas e outras superfícies estáveis e quaisquer lugares longe das janelas, espelhos, chaminés e ainda de objectos, candeeiros e móveis que possam cair. Para além destes últimos, as saídas, o meio das salas e os elevadores são os locais mais perigosos. • É fundamental que, acima de tudo, se mantenha calmo, evitando o pânico e contribuindo para que as outras pessoas também se mantenham serenas.
  • 19. O que fazer depois de um sismo? • A seguir ao sismo avalie o estado em que ficou o edifício onde se encontra porque pode ocorrer réplicas que derrubem as áreas danificadas. Utilize os telefones apenas em caso de urgência, quando existirem feridos graves, fugas de gás ou incêndios. Se existir a possibilidade de a água estar contaminada, consuma apenas água engarrafada. Ligue o rádio e fique atento às instruções. • Depois de um sismo deve abrir os armários com precaução já que alguns objectos podem ter ficado numa posição instável. Se detectar o derrame de substâncias tóxicas ou inflamáveis, deve limpar a zona o mais rapidamente possível. Se existirem destroços deve calçar botas ou sapatos resistentes para se proteger dos objetos cortantes ou pontiagudos.
  • 20. • Nos primeiros minutos após o sismo mantenha a calma mas conte com possíveis réplicas. Se encontrar alguém ferido procure prestar-lhe o auxílio que for necessário. Mas só deve mover os feridos graves se souber como atuar corretamente ou se existir risco iminente de inundação, incêndio ou desabamento do local onde se encontram.
  • 21. Conclusão • Os sismos ocorrem sem aviso prévio por isso é essencial manter a calma e achar um local seguro. Apesar de serem de curta duração podem ser bastante assustadores e ter efeitos terríveis, por isso o mais importante é nunca desesperar. Os sismos parecem-nos ser fenómenos que acontecem em locais distantes, contudo a possibilidade de poder atingir a nossa comunidade em qualquer momento é bem real, dai que devemos estar informados e preparados para a eventualidade de tal fenómeno acontecer. Ainda bem que vivemos numa zona com pouca actividade sísmica!
  • 22. Bibliografia • Livros • “Sismos e vulcões” – Robert Muir Wood • Internet • Wikipédia • IPMA - Instituto Português do Mar e Atmosfera • Proteção Civil • Diário de Noticias • J. Alveirinho Dias • TSF • Jornal de Noticias
  • 23. • Trabalho elaborado pelos alunos do 4º ano, turma G, da E.B.1 São Caetano 2