1. Tarefa de História A – 12º ano
Nome: Beatriz Escalhorda Santos e Lídia Sales
Ano: 12ºH
Conceitos:
Antissemitismo – O mesmo que hostilidade aos Judeus. As perseguições aos Judeus, na
Europa, relacionaram-se com motivos religiosos e adensaram-se depois que o
cristianismo triunfou como religião oficial do Império Romano (séc.IV), lembrando que
os Judeus não reconheceram Cristo e pediram a Pilatos a sua morte. Invejados pelos seus
negócios e, em especial, pela prática da usura, os Judeus sofreram perseguições
recorrentes a partir da Idade Média, sendo-lhes imputada a origem da Peste Negra. Na
Península Ibérica, os judeus convertidos (“cristãos-novos”) foram as grandes vítimas da
Inquisição nos Séc. XVI a XVIII. No Séc. XIX, o antissemitismo assumiu, em alguns
países europeus, o caráter de racismo, ao identificar o povo judeu com uma raça inferior
e destruidora. Esta forma de antissemitismo atingiu o auge em pleno Séc. XX, na
Alemanha nazi, originando a morte de milhões de judeus.
Genocídio – Política praticada por um governo visando a eliminação em massa de grupos
étnicos, religiosos, económicos ou políticos. Embora a História registe múltiplos
genocídios, foram os regimes totalitários que levaram a extremos a prática do genocídio.
O genocídio judaico durante a 2ª. Guerra Mundial é também apelidado de Holocausto ou,
em hebreu, de Shoah (catástrofe).
Exercícios – Pág.125:
1. Os grupos populacionais que foram condenados ao genocídio foram, como podemos
ver no Doc.A e C4, os judeus, os ciganos, os prisoneiros soviéticos, os povos eslavos e
os doentes mentais. Já os meios utilizados para a prática desse fim foram os seguintes
(também demonstrado no Doc.A): privações sofridas nos guetos, como a fome – devido
à privação de comida; fuzilamentos ou execuções em massa; trabalhos forçados nos
campos de concentração ou escravização de mão de obra e o gaseamento nos campos
de extermínio.
2. Cada uma das expressões utilizadas no Doc.B têm um significado específico. Como
tal: a “Solução final do problema judeu”, refere-se ao conjunto de meios utilizados
para o extermínio do povo judeu; as “Colónias de trabalho”, aos campos de
concentração onde se explorava a mão de obra judaica, que aí trabalhava, como
escrava, até não conseguir mais - morte; e o “Consequente tratamento”, ao extermínio
através das intoxicações nas câmaras de gás – Ziklon B (doc. C5).
3. O título desta obra de Primo Levi, um sobrevivente judeu, remete-nos para o
tratamento cruel e pervertido, que os nazis tinham para com todos os Homens judeus,
ciganos, etc, que eram conduzidos para campos de concentração. Era quando
chegavam a esses campos que toda a sua dignidade enquanto ser humano lhes era
retirada, sendo estes eram vistos e tratados como meros vermes/gado – “destinados
a demonstrar que os Judeus, os Ciganos e os Eslavos não passam de gado, lama, lixo”:
os que tinham boa capacidade para trabalhar, ficavam expostos às condições mais
degradáveis, quer sanitárias, quer alimentares, sendo forçados a trabalhar até à
2. cedência dos seus órgãos e corpo; já os que eram considerados frágeis, como as
crianças (até aos 9-10 anos); mulheres e doentes mentais- eram usados como objeto
para estudos completamente desumanos ou eram rapidamente encaminhados para
as câmaras de gás – “lembremo-nos, enfim, (…) dos homens e das mulheres servindo
de cobaias em que se testavam medicamentos, antes de os eliminar.”. O ultraje e o
desrespeito continuavam mesmo depois de mortos, na medida em que os seus
cadáveres eram profanados para fins económicos, como “qualquer outra matéria-
prima, fornecendo o ouro dos dentes, os cabelos para tecidos, as cinzas como adubo
(…)”.
4. A morte destes prisioneiros constituía uma indústria em Auschwitz por ser uma
grande fonte de rendimento para os Alemães: estes transformavam industrialmente
os seus cabelos, o ouro dos seus dentes e as jóias que estes possuíam, como vemos no
Doc. C4, anteriormente citado, e reutilizavam os seus óculos, vestuário e calçado –
Doc.D2.
5. Os dignatários nazis não foram julgados em Nuremberga como simples criminosos
de guerra, pelo facto, dos seus crimes não se justificarem por motivos militares e/ou
não se dirigirem apenas contra inimigos de guerra, isto é, nenhuma das suas ações
teve quaisquer caráter positivo para defender a nação, mas sim, apenas, para
perseguir e exterminar populações que consideravam serem “raças inferiores” com
conforto e vidas que não mereciam – racismo contra os judeus, ciganos, eslavos.
Figura 1 - "O trabalho Liberta", Auschwitz II