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Bloodcents - Um Amor Impossível
Á muito tempo, havia uma cidade tomada pelo medo, a cidade de Bloodstone estava
um caos, tomada pela fúria das trevas e guiada pelas criaturas da noite, monstros
terríveis sedentos de sangue, os vampiros. Durante décadas os cidadãos só tinham
uma escolha para sobreviverem a esse apocalipse: se esconderem. Durante o dia eles
mantinham a vantagem da luz solar, mas a noite suas vidas corriam perigo o tempo
todo, era impossível lutar contra as criaturas. Eles tinham a força de mil homens,
tinham velocidade e tinham a imortalidade, não era possível detê-los. Mas um dia
Thomas August, um homem famoso nas cidades vizinhas, era um caçador de vampiros,
ele foi até Bloodstone e teve um plano arriscado, ele juntaria muitos jovens da cidade
e os levaria para longe onde os ensinaria a proteger seus entes queridos dos demônios
da noite. Todos os jovens da cidade tanto homens como mulheres aceitaram o desafio
e partiram com Thomas. Após um longo tempo de treinamento eles estavamprontos
para enfrentar os vampiros e acabar com a praga da cidade, eles foram chamados de
Bloodcents (sangue inocente) que sob um juramento prometeram proteger e cuidar de
sua cidade: “No dia mais claro ou na noite mais escura, sob minha espada permanece
o estandarte, proteger os fracos me tornando mais forte e aos demônios da noite dá-
lhes somente a morte! ”. Entre esses jovens haviamdois em especial, seus nomes
eram Rebecca Livian e Damian Moullin, por muito tempo eles se olharam e uma paixão
surgiu, eles eram guerreiros poderosos e de uma força tremenda, juntos eles
conseguiam semmedo derrotar o inimigo. Damian se impressionava com sua amada
ela tinha uma força extraordinária e sempre ganhava suas lutas. Como estavam em
tempos de grande guerra eles resolveram se casar embaixo de um sicômoro em uma
bela noite de lua nova. A batalha parecia não ter fim, os monstros se multiplicavam a
cada dia, após um
tempo juntos, Rebecca
conta a Damian que está
grávida, ele temeu pela
vida de seu filho, afinal
eram tempos difíceis e
não fazia ideia de como
o protegeria. Se
passaramnove meses,
estava na hora de
Rebecca ter o Bebê, os
Bloodcents estavam
sendo atacados pelos
vampiros Damian estava
escondendo sua amada
numa velha cabana
longe do vilarejo, ela já
sentia as dores do parto.
-Damian, meu amor, você precisa ir! Precisa ajudar nossos amigos! – disse Rebecca, ela
estava suando frio.
-Eu nunca faria isso, não posso deixar você e nosso filho sozinhos!
-Os vampiros estão atacando, precisam de nossa ajuda!
-É exatamente por isso que você deve ficar aqui! Nosso filho já vai nascer, se concentra
meu amor e traga essa criança ao mundo, ficaremos bem.
Rebecca sorriu, mas estava preocupada com seus amigos. Damian já estava
desnorteado tinha de dar atenção a amada e vigiar a entrada da cabana. Depois de um
tempo ajudando sua esposa com o parto, a criança nasceu.
-Meu amor...é uma menina! – Damian segurava sua filha
-Ela é linda, seu nome será Ariella, ela será ainda mais forte que nós dois.
-É um lindo nome, minha pequena Ariella.
-Cuide dela, e a proteja.
-Não fale assimmeu amor, vamos cuidar dela juntos!
Um barulho estrondeante assustou a família, alguém estava tentando invadir a cabana.
-Damian Moullin, eu sei que está aí dentro com sua “esposinha” grávida, deixe-me
entrar, eu só quero conversar! – Dizia a voz enquanto tentavam arrombar a porta
-Damian, esse é ...
-Martíriam Polanski, o Vampiro líder – respondeu Damian a Rebecca.
-Ele vai matar nossa filha – disse Rebecca enquanto tentava alcançar a espada
-Rebecca, fique parada, eu dou um jeito.
-Estou perdendo a paciência Moullin! – Disse o vampiro
Damian correu para a porta dos fundos com Ariella nos braços e enquanto tentava
abrir a porta, Martíriam invadiu a cabana, Rebecca se levantou rapidamente do chão e
foi para cima do vampiro.
-Damian corre! Salve nossa filha!
Em um impulso ela ataca o monstro e ele sempiedade arranca seu coração, Damian
grita em sofrimento ao ver sua amada cair.
-Nãããããooo!!!
O monstro sorri, e seu sorriso mostra comemoração
-Eu avisei Damian, vocês não podem contra nós! Depois que eu beber todo o sangue
de sua querida esposinha morta, eu vou pegar a sua filinha e vou fazer isso enquanto
você assiste à aniquilação de sua familiazinha patética!
Ao mostrar os dentes de predador, o vampiro vai para atacar Damian, como por um
milagre o sol nasce, num grito de horror o monstro vai embora junto com os seus. Em
pranto abraçando sua filha Damian vai até o corpo de sua amada:
-Rebecca, meu amor, eu prometo que vou cuidar dela, nossa filha será uma caçadora
de vampiros e ela será a mais forte e poderosa de todos. Eu te amo meu amor,
descanse em paz!
Após velar o corpo de sua esposa, Damian foge de Bloodstone, vai embora com sua
filha para longe. Ele se dedica em sua criação para cumprir o que prometeu a Rebecca,
ele treina Ariella e a transforma numa grande guerreira, aos 12 anos ela se torna
inteligente, e estratégica sabendo exatamente como empunhar uma espada ou arma,
mas em seu coração a dor de nunca ter conhecido a mãe, ela cresce sabendo o que a
matou e promete ao pai que um dia irá se vingar, irá vingar a morte de sua mãe!
-Pai!
-Diga Ella
-Como foi quando conheceu a mamãe? Como ela era?
-Sua mãe era maravilhosa, era a mais bela de todas!
-Qual era a idade de vocês
quando se conheceram?
-Nós tínhamos 16 anos,
éramos parte dos recrutas de
Bloodcents...
-Os caçadores de Vampiros! –
Ariella apontou sua espada ao
céu
-Isso mesmo, os caçadores de
vampiros.
-Mas então, o senhor
conheceu a mamãe lutando?
-Na verdade foi bem menos complicado que isso.
-Como assim?
-Digamos que foi amor à primeira vista.
-Essas coisas não existempai!
-Claro que existem, quando a vi eu sabia que ela seria minha! Eu nunca me esquecerei
daquele dia.
-Me conta... como ela estava?
- Ela estava lindíssima, tomando uma bebida com uma das amigas dela, nunca
esquecerei aquele olhar, ela era a mais bela que já tinha visto, aqueles olhos me
tiraram o fôlego, ela tinha cabelos lindos uma pele... tão linda em tudo...
-Eu pareço com ela pai?
-Demais, você é igualzinha à sua mãe.
-Então eu só preciso olhar
no espelho para saber como
ela era?
-Exatamente Ella!
-Que incrível! Eu queria ter
conhecido ela.
-Eu sei, sua mãe as vezes me
intrigava.
-Por que diz isso?
-Às vezes do nada ela sumia,
e do nada voltava, odiava
sair em noite de lua cheia
ou... se bem que ela odiava
sair em qualquer noite, ela era meio traumatizada, viu os pais serem mortos por um
vampiro.
-Coitada da minha mãe!
-Nem me fale minha filha, ela sofria muito e ... bem eu tenho que te contar um
segredo de sua mãe, ela ...
-Damian! – ele é interrompido por um grito de fora da casa
-Sebastian?! (Um dos antigos parceiros nos Bloodcents) O que está fazendo aqui?
-É Martíriam, o vampiro, ele voltou a Bloodstone, está fazendo um caos por lá!
-Papai, quem é Martíriam?
-Martíriam Polanski é o monstro que matou a mamãe Ariella! Eu tenho que ir atrás
dele filha.
-Eu posso ir também? Vou ajudar a vingar a mamãe!
-Não Ella, você vai ficar na casa do meu amigo Sebastian, ele tem uma filha também,
vocês podem ser amigas e ...
-Não pai! - Disse Ariella chorando – Eu não quero ficar semo senhor!
Ele se ajoelhou na frente dela
-Eu sei que não quer minha princesa, mas é preciso! Eu prometo que vou voltar!
-Promete mesmo?
-Mas é claro! Venha me dê um abraço.
Ella abraçou seu pai com dor no coração, ela temia por ele.
-Não se preocupe Ariella... – disse Sebastian – Você e minha filha Hanne, serão boas
amigas!
Ariella viu seu pai subir no cavalo e cavalgar até Bloodstone, ela torcia para que ele
ficasse beme voltasse para ela.
Depois de muitas semanas, Ella ainda esperava seu pai, olhando pela janela alémdo
horizonte. Num dia de chuva frio e sombrio ela avistou um cavalo vindo em direção a
casa, não era ninguém que ela conhecia, era um homem alto vestia um manto preto e
tinha um grande chapéu, ele bateu a porta e ela foi correndo até lá para ver o que o
homem misterioso queria, quando chegou a porta ela viu a esposa do Senhor
Sebastian e o homem conversando.
-Senhora Royer? – Falou Ariella – Quem é esse homem?
Os dois olharam para ela, a esposa de Sebastian estava chorando e o homem
respondeu:
-Olá Ariella, sou Cassian Hupson, eu lutava com seu pai.
Ella começou a ficar com lágrimas nos olhos, e com a voz trêmula ela perguntou:
-Onde está meu pai? Por que ele não veio com o senhor?
O homem olhou para a Senhora Royer, buscando palavras para contar a menina, ele
entrou na casa e abaixou para falar com ela, tirou o chapéu grande e olhou em seus
olhos.
-Ariella, seu pai foi um homem muito valente, ele lutou por todos nós e conseguiu
derrotar um vampiro muito poderoso, ele e o Senhor Royer o derrotaram, mas eles
não sabiamque Martíriam tinha um filho, o Filho desse vampiro matou seu pai, sinto
muito.
Por um instante Ariella paralisou, nesse momento Hanne Royer entrou na sala
perguntando de seu pai, a mãe dela a abraçou e contou tudo. O senhor Cassian olhou
para Ariella esperando uma reação de choro e desespero, mas ela apenas se calou.
-Minha querida. – Disse Cassian preocupado – Você está bem?
-Meu pai fez... o que precisava fazer! Eu jamais discutiria suas ações, ele fez isso para
vingar minha mãe, e agora é minha vez, eu vou vingar minha família, os vampiros
tiraram tudo de mim, pois então eu tirarei tudo deles!
Os olhos dela estavamcheios de água, mas ela não derramou nenhuma lágrima,
Cassian não sabia o que dizer a ela, ele acenou positivamente com a cabeça se
levantou, despediu-se da Senhora Royer e foi embora. Hanne viu a situação da amiga e
foi falar com ela.
-Ella, eu também estou com raiva disso, meu pai também morreu! E eu sei que juntas
eu e você vamos conseguir derrotar todos os vampiros! Esses monstros irão pagar
caro!
As duas se abraçaram e ali fizeram um pacto de amizade, ficariamjuntas e derrotariam
todos os vampiros que existiamsem misericórdia e sob o juramento Bloodcent!
8 anos se passaram, Ariella e Hanne se tornaram famosas caçadoras, seus nomes
corriam por todos os lugares e os vampiros as temiam, elas eram destemidas e não
tinham medo de absolutamente nada!
Elas tinham uma missão, maior do que sua própria existência, elas queriam a
aniquilação de todos os vampiros para vingar seus pais! Os monstros tiraram tudo
delas, sua vida, sua família e sua infância. Aos 20 anos as duas nunca brincaram de
boneca, ou de casinha,
nunca ouviram histórias
sobre princesas e castelos,
nunca acreditaram no amor,
sua vida era encontrada na
morte, sua maior bandeira
era a espada, o medo era
algo desconhecido para
elas. Ariella era ainda mais
corajosa e forte, seu
sobrenome “Moullin”, vem
da história de um guerreiro
famoso, Damian Moullin,
seu pai!
Depois de todos esses anos
ela nunca esqueceu, ela
queria orgulhar seus pais, ela não podia desonrar a memória dos melhores caçadores
que já existiram, Rebecca e Damian Moullin, que deram suas vidas para proteger todo
um povo, manter um nome assimtão forte era uma grande responsabilidade para ela,
e precisava de força para isso, e é assimque a história de Ariella Moullin a caçadora de
vampiros começa!
-Bom dia Ella! Dormiu bem? – Hanne está com uma bandeja de chá com biscoitos na
mão
-Eu não entendo como você sempre acorda tão bem-disposta de manhã – falou Ariella
com cara de tédio – Eu não tenho toda essa ... “animação” digamos assim.
-Mas por que não? Olhe lá fora, o sol está brilhando o dia está lindo e ...
-E o vampiro que matou meu pai ainda respira, não vejo motivos para sorrir!
-Ahhh!! Menina você só pensa nisso, tenta focar em outra coisa!
-Tipo o que? Chá com biscoitos?
-Não, garotos.
-Garotos?
-É! Qual foi a última vez que você namorou?
-Eu nunca namorei!
-Exatamente! Esse é o problema, os caras têm medo da gente por sua culpa!
-Minha culpa?!
-É você se veste igual homem, e eu tento acompanhar você e ...
-... E de vez em quando eu vejo você vestida igual princesinha!
-E o que tem demais nisso? Eu sou mulher e me visto como tal!
-Olha só, eu não quero falar sobre isso, digamos que o homem que esteja ao meu nível
não existe! São filhinhos de papai ou querem trabalhar em casa...
-Tem muitos homens que são Bloodcents, você pode procurar um entre eles o que
acha?
-São horríveis e moribundos, se for para eu gostar de alguém ele pelo menos tem que
tomar banho né! Eu não quero pensar nisso ... nem um pouco!
-Você se esquece que uma das coisas mais bonitas nos seus pais era o amor deles, sua
mãe ficaria feliz de te ver com alguémque você ama e que ama você também.
-Eu prefiro lutar, e vingar os meus pais!
-E quando você vingar eles e vai fazer o que Ariella? E se você fizer isso quando tiver 60
anos? Os vampiros são imortais, você não! Nunca vai viver o amor? Nunca vai viver
nada? Como espera que ...
-Chega Hanne! Já chega! Eu sou uma caçadora de vampiros, minha vida encontrarei na
morte, minha maior bandeira é a minha espada, minha felicidade é derrotar as
criaturas das trevas! Já esqueceu o juramento que fizemos? “No dia mais claro ou na
noite mais escura, sob minha espada permanece o estandarte, proteger os fracos me
tornando mais forte e aos demônios da noite...
-“...Dá-lhes somente morte! ”, é eu sei o juramento! Mas eu não vou passar o resto da
minha vida sozinha! Meus pais amaram um ao outro, e desse amor surgiu uma criança,
quero ter minha própria família, mesmo que os vampiros tirem eles de mim, eu vou ter
experimentado uma felicidade longe de espadas ou morte! Pense nisso Ella, pense
nisso.
Hanne bateu a porta da frente deixando Ariella sozinha. Ella não podia entender essa
obsessão se Hanne por ter alguémque a amasse, as pessoas que mais a amaram
estavam mortas, para ela nada mais fazia sentido.
Enquanto Ariella tomava seu café da manhã, ela olhou pela janela havia um tumulto
estranho, pessoas correndo e estavam assustadas, ela se levantou e foi até a janela,
nesse momento Hanne entra assustada emcasa.
-Ariella!
-Que foi? O que aconteceu?
-Uma pessoa morta, acabou de ser achada num celeiro fora da cidade!
-Conhecemos?
-Não, mas o que assusta é o Bilhete que estava com o cadáver.
-Que bilhete?
As duas foram até o local, quando chegaram ao celeiro o cheiro era insuportável o
homem estava aos pedaços, havia sangue por todos os lados e a palha que lá estava
também ficou ensanguentada.
-“Esse é só o começo para Bloodstone, nós estamos de volta! ”. – Hanne leu o bilhete
-“Nós estamos de volta”? O que quer dizer?
-Olha, “ assinado Peter Vladescu”.
- Peter Vladescu? Não é aquele vampiro que tem aterrorizado milhões de cidades?
-Sim, dizem que todos os caçadores que cruzam com ele, morrem!
-Ouvi falar que ele é extremamente poderoso...
-Precisamos nos preparar e principalmente, preparar a cidade toda!
- Vamos falar com os anciões dos Bloodcents, eles vão nos dizer o que fazer.
Ariella e Hanne pegaram seus cavalos e foram até o centro da cidade, lá ficava
localizada a casa Bloodcent, o centro da vida dos caçadores de vampiros. Era uma
pequena cabana rústica, velha e mau acabada, pelo menos era o que aparentava...
-Bom dia! – Ariella entra na cabana – Precisamos falar com os anciões!
Uma moça ingênua e inofensiva, ficava sentada perto da porta em uma mesa velha, ela
era bonita e seu nome é Catherine, e poucos sabiamo porquê de ela estar ali.
-Ariella, Hanne, que bom vê-las! Querem falar com os anciões tão cedo assim, por
que?
-Se o assunto fosse da sua conta falaríamos com você! – Disse Hanne
-Hanne, Hanne – Falou Catherine– Você ainda tem raiva de mim porque roubei seu
namoradinho? Hahahaha
Hanne foi para cima dela e Ariella colocou o braço na frente impedindo.
-Escuta aqui assombração, seu trabalho é abrir a porta para os caçadores e fingir que é
pobre para invasores, abre a porta antes que eu abra sua cabeça! – Ariella disse furiosa
-Sim senhora, descendente Moullin, se acha só por causa dos pais! – Catherine se
levantou e foi até uma parede, ela puxou um candelabro para baixo, uma passagemse
abriu, era um túnel subterrâneo que ia para o centro da casa Bloodcent. – Podem
entrar os anciões estão esperando.
Elas se olharam de forma ofensiva e entraram. Era como catacumbas, um túnel longo e
largo, elas andaram por um tempo, quando chegam a um tipo de vilarejo, tudo
subterrâneo, jovens e mais jovens treinando, afiando as espadas, arrumando suas
armas, eles param e olham para elas, todos as conhecem, as mais fortes caçadoras de
vampiros e mais famosas também, além do vilarejo tem uma tenda maior, é onde
ficamos anciãos, são caçadores de tempos passados, a tenda era colorida e muito
arrumada, bem na entrada havia uma pintura de Thomas August, e depois pinturas dos
maiores caçadores do passado, inclusive os pais de Ariella e Hanne. No centro da tenda
ficavamas cadeiras onde os anciãos se sentavampara ouvir os casos. O principal
ancião era Amis Darling, ele é o mais antigo caçador de vampiros que veio de outras
terras para Bloodstone.
-Ariella, minha querida! – Amis saiu do fundo da tenda e de braços abertos a saudou
lhe dando um grande abraço – Como você está? Estou a tempos semnotícias! Você
some da cidade para caçar vampiros em outros lugares e não me conta absolutamente
nada mocinha!
-Perdão grande Ancião, as vezes tento seguir meu caminho sozinha, sem precisar
seguir ordens.
-É mas me leva junto né! – Disse Hanne cruzando os braços
-Pois é me desculpe.
-Mas então... – Amis foi se sentando em uma das cadeiras - ...O que trouxe vocês até
mim?
-Um homem morto senhor, - falou Ariella – E com esse homem uma ameaça a nossa
cidade, vinda de um vampiro chamado Peter Vladescu.
-Peter Vladescu? O vampiro sanguinário?
-Sim senhor. – respondeu Hanne – O senhor sabe quem é?
-Claro que sei! – Amis parecia estar muito assustado – Mas ele dizia voltar a cidade?
-Sim. – Ariella respondeu – Ele disse que esse é só o começo para Bloodstone, o que
isso quer dizer senhor Darling?
-A alguns anos, Peter esteve aqui na cidade em um desses passeios que os vampiros
fazem em Bloodstone, ele matou dois dos meus melhores caçadores, e se foi, nunca
mais tinha voltado até agora, ele foi o vampiro que matou Thomas August e toda a sua
família, ele é o mais cruel de todas as criaturas. Nunca vi tanta maldade em um
monstro desses!
-Ele é velho? – Perguntou Hanne
-Ele tem 260 anos, mas tinha 21 quando foi transformado pelo pai. Toda a família de
Peter estava sofrendo com uma praga, o pai dele foi atrás de uma solução, foi
transformado pelo próprio Conde Drácula, durante anos foi servo dele. Quando o pai
de todos, Van Helsing (era chamado de pai de todos por ser o primeiro caçador) matou
o Conde Drácula, o Pai de Peter se tornou o Vampiro líder!
-Onde está o pai desse Peter? – Ariella ficou curiosa
-O pai dele foi morto por um de nós.
-Então quer dizer que a aparência desse vampiro perigoso é de um jovem como nós?
Ele era só um ano mais velho? – Hanne quis saber
-Exatamente isso, minha querida. – Amis ainda estava assustado
- Senhor! – Disse Ariella se ajoelhando apoiando-se em sua espada – Como
considerada, sou a melhor caçadora dentre todos os jovens Bloodcents, eu peço que
me dê permissão de caçar e aniquilar esse monstro!
-Minha criança, essa criatura não pode ser caçada por um só, ele deve ser perseguido e
destruído por todos nós juntos, você não conseguirá sozinha.
-Senhor primeiro Ancião Darling, eu não quero arriscar a vida de meus colegas,
provavelmente o vampiro que matou meus pais é um dos servos desse Peter, eu
preciso encontra-lo para saber de meus pais! É algo que devo fazer sozinha!
-Não lhe dou permissão Ariella, é suicídio, os melhores caçadores já tentaram e
falharam e você...
-E eu ainda sou melhor que todos eles juntos, o senhor sabe disso!
-É eu sei, mas fará isso comseus colegas, não tem minha permissão! – Amis se
levantou e foi até Ariella, segurou em suas mãos – Minha criança, faço isso por você e
seus pais que não iriam gostar dessa sua atitude, por favor me entenda.
-Sim senhor! – Falou Hanne imediatamente esperando que a amiga dissesse também
-Claro... Senhor. – Ariella não estava nada satisfeita e saiu da tenda furiosa
Hanne olhou para o primeiro ancião como quem pedia desculpas e foi atrás da amiga
-Ariella espera!
-Ele que pensa que vou ficar parada esperando esse monte de despreparados me
atrapalharem a fazer o meu trabalho!
-Seu trabalho? – Hanne agarrou forte o braço de Ariella e a virou – É o nosso trabalho,
nosso, para de se achar a melhor de todas! Não ouviu o que disse o senhor Darling? É
suicídio, e eu não quero que você morra, é a minha única família! Depois que perdi
meu pai vi minha mãe ser estraçalhada por um vampiro, você não viu seus pais
morrendo, eu presenciei isso e não fico por aí buscando uma vingança inútil que não
vai me levar a nada! Pare com isso!
-“Vingança inútil”? Como pode me dizer isso? Esse é o objetivo da minha vida!
-É um objetivo idiota! Caramba Ella, você já tem 20 anos eu nunca vi você curtir ou dar
um sorriso!
-Eu sou órfã de pai e mãe, eu nunca conheci minha mãe e ...
-E tem caçadores aqui que não conheceram nenhum dos dois, foram criados pelos
anciões, 90% dos caçadores são órfãos, mas eles não são tão chatos e sem graça como
você, eles curtem, eles são felizes, tem sonhos e objetivos, você só quer essa maldita
vingança, estou tentando colocar juízo na sua cabeça, você é a minha única família e
eu não posso perder você também!
Ariella ficou em silêncio por alguns instantes, ainda estava nervosa, mas resolveu ouvir
a amiga.
-Está bem Hanne, eu não vou. Ficarei em casa.
-ISSO!!! Uhuuuu! Consegui martelar essa cabeça dura!
-Idiota. – Ariella riu – Vamos para casa!
Naquela noite, Ariella ficou inquieta, ela queria fazer o que a amiga e o primeiro ancião
pediram, mas ela não pôde. Depois de algumas horas esperando Hanne dormir, ela se
vestiu para ir atrás do vampiro, pegou suas armas e saiu, quando passou pela porta viu
uma mulher chorando.
-Senhora, o que houve?
-Ariella! Você é a caçadora de vampiros famosa.
-Sim, sou eu, aconteceu alguma coisa?
-Meu marido, ele insistiu que queria buscar água agora a noite, eu falei para ele não ir,
ele ainda não voltou estou preocupada!
-Não se preocupe senhora, vou encontrar seu marido!
Ariella pegou seu cavalo e se dirigiu até a saída da cidade, ela estava indo em direção
ao poço de água fora de Bloodstone, ela entrou pela mata e deixou seu cavalo mais
distante para que ele não fizesse barulho. Ela ouviu ruídos e se aproximou do poço, foi
quando ela viu o marido da senhora sendo morto por um vampiro, ela não pôde
aguentar ver aquela cena, ela saiu da mata e sacou sua arma, o som da arma sendo
destravada fez o vampiro levantar o olhar e largar o corpo no chão.
-Fique paradinho aí! – Disse Ariella – Não se mexa ou eu atiro, bem no meio desse
coração que você não tem,
minhas queridas e belas balas
de madeira nunca erram o
alvo!
O monstro sutilmente foi
limpando o sangue de sua boca
e sorriu.
-Quem é você? – Ariella
perguntou – Me diga seu
nome! Por que fez isso?
-Olá Ariella, como vai você?
-Como sabe meu nome?
-Sinto cheiro de um Moullin à
distância.
-Conheceu meu pai?
-Todo vampiro conhece seu pai, ou pelo menos conhecia né.
-Não ouse difamar meu pai!
-Eu nunca tentaria algo assim, com o seu querido papai.
-Você sabe quem eu sou, mas não sei quem você é!
-Claro que sabe! Todos sabem meu nome, mas ninguém é digno de pronunciá-lo, eu
sou o líder das criaturas da noite!
-Peter Vladescu? – Ariella se assustou
-Tcharam! Palmas para mim! Obrigado! Obrigado!
-Para de ser idiota, eu conheço sua fama, sei bem do que é capaz!
- Eu sou capaz? De que? De ser bonitão?
-De ser um pé no saco isso sim! Você acabou de matar um homem! Não está nem aí
para isso?
-Ah, eu estava com fome, e ele parecia ser um lanchinho da melhor qualidade.
-Você é um idiota em dose dupla!
-Talvez sim, talvez não, cansei de ouvir histórias sobre você Ariella, a caçadora mais
poderosa de todas, mas para mim é só um bichinho assustado! Hahahaha, essa coisa
de caçadores é uma piada.
-Não somos piada, somos guerreiros guiados por um estandarte e uma missão
poderosa que você jamais entenderá!
-Ah sei, estandarte, missão e blá blá blá, como é mesmo aquela frase ridícula que
vocês falam é ... “Num dia escuro... na noite clara...”
-Ô Bocó, é “Num dia claro e numa noite escura”!
-Tanto faz é ridículo! Vocês parecem escoteiros é patético!
-Patético é um monstro como você que não tem piedade nem dó de nada, você mata
por diversão, destrói famílias, crianças órfãs, pais perdendo os filhos e você se diverte!
Ariella ia puxar o gatilho, Peter usou sua velocidade jogou a arma dela no chão e
agarrou seu pescoço.
-Estranho... – Peter falou enquanto a analisava – Nesse momento, quando eu agarro
um ser humano pela garganta, olho fundo em seus olhos, só consigo sentir cheiro de
medo, não importa se é um caçador ou um cidadão idiota, a fraqueza humana me dá
tédio, mas em você, eu não
sinto absolutamente nada,
você nem se quer treme, eu
não sinto o cheiro do medo!
Por que você é diferente?
-E-eu não... s-sou como... os
outros – Ariella estava ficando
sem ar – A m-morte é a minha
vida ... assim é ... um caçador!
-Ah essas frases dos escoteiros,
é tão patético como vocês
acham que são invencíveis,
você matou tantos dos meus,
acho justo eu devolver esse
favorzinho, vou começar pela sua amiguinha, como é mesmo o nome? Hanne,
hahahaha!
- Fique... longe dela!
-Você é forte, mais do que os outros que matei, não vou matar você, vou deixar você
viva, sabendo que não conseguiu me matar, vou acabar com alguns dos seus
coleguinhas de trabalho, e prometo que no fim, quando você estiver semninguém eu
vou atrás de você!
Peter sorriu e jogou Ariella no chão, depois desapareceu. Ariella ficou assustada, nunca
tinha enfrentado um vampiro tão forte, ela poderia ter morrido, mas seu medo agora
era o fato de estar viva. Quando foi até seu cavalo ela ouviu gritos, e voltou para a
cidade, quando chegou lá muitas casas queimavame havia pessoas mortas por todos
os lugares, inclusive alguns caçadores. Ela viu Hanne cuidando de um ferido, e ela
quando a viu veio em sua direção.
-Ariella o que você fez?
-Eu ... eu ...
-Fez aquilo que eu e o senhor Darling pedimos para você não fazer! Foi atrás do
vampiro!
-Na verdade eu só...
-Não quero ouvir uma palavra da sua boca, isso é tudo culpa sua, você só sabe
obedecer a si mesma, e as pessoas sofrempor causa disso!
-Hanne, escuta...
-Já chega, vá para casa, vou ficar cuidando dos feridos, 4 caçadores morreram e outros
10 inocentes, temos muitos feridos, muitos mesmo, fique em casa e não saia de lá.
Ariella desceu do cavalo e o puxou até em casa, ela foi vendo a situação da cidade, os
mortos, os feridos, sua mente estava pesada e ela se sentia culpada.
No outro dia de manhã, ela foi chamada a sala dos anciãos, os gritos de Amis podiam
ser ouvidos dos 4 cantos da terra...
-Eu nunca vi tanta irresponsabilidade! Como pôde me desobedecer dessa maneira?
Não foi atitude de uma Bloodcent, agiu feito uma criança mimada, sua
irresponsabilidade fez 14 pessoas morrerem e deixou 37 feridos, que Deus ajude que
ninguém se torne um vampiro! Eu pensei seriamente em tirá-la do cargo de caçadora
chefe, aliás de qualquer cargo que tenha aqui! Você não seria mais uma de nós! Esse
vampiro ameaçou nossa cidade, vai continuar voltando até que tenha aniquilado a
todos nós com seu exército de monstros! Você pensou nisso? Ou só pensou em seu
ego? Você está suspensa de suas atividades como caçadora por tempo indeterminado,
eu fui claro?!
-Sim senhor primeiro ancião Darling!
-Ótimo, retire-se daqui por favor, seu pai e sua mãe teriam vergonha de você agora!
Ariella se retirou da tenda dos anciãos de cabeça baixa e envergonhada, se sentindo
culpada pelo que aconteceu, apesar disso tudo ela continua com sua cabeça dura
querendo acabar com Peter pelo que ele fez.
Enquanto isso no castelo de Peter Vladescu...
-Jean! – gritou Peter ao seu criado/melhor amigo – Onde você está?
-Estou aqui senhor! Já cheguei!
-Jean, estou intrigado.
-Por que senhor?
-Jean, quem eu sou?
-Conde Peter, senhor.
-Ora homem, diga meu nome todo!
-Senhor, está bem, Conde Peter Giuseppe PolanskiVladescu.
-Eu lhe perguntomeucaroJean, quandofoi que deixei umhumanovivoapóssegurá-lopela
garganta?
-Peloque eusei,meusenhor,
issonunca aconteceu.
-Exatamente Jean,entãopor
que eua deixeiviver?!
-Ela,senhor?Que mulhero
senhordeixoucomvida?
-AriellaMoullin,Filhado
Damian.
-O senhorodiavaDamian
Moullin,porque permitiu
que a filhadele vivesse?
-Elatem algoque me
despertouumacoisa
diferente.
-Que tipode coisa,senhor?
-Nãoqueromatá-la,masprotege-la.
-Issoé perigososenhor,que osoutrosnãoo escutem.
-O que é issoque estousentindoJean?Exijoque me explique!
-Senhor,nãosabesoque é issoa 239 anos,entendoque tenhaesquecido,eutenhoapenas
122 anos,o senhoré 138 anosmaisvelhoque eu,maseu aindasei comoé.
-Sabe o que?Fale de umavez!
-Sabero que é amar, meusenhor.
-Amor?Hahahaha!Acha mesmoque eusentiriaalgoporuma humana,oupor qualquercoisa
que exista?Em260 anosde vidaeununca tive misericórdiade ninguém, nuncative
sentimentose ...
-Exatamente senhor,porque sófoi aconteceragora?
-NãosejaridículoJean,vampirosnãosentem, issonostornariahumanosnovamente!
-Eu entendosenhor,esperoque nãosejaseucaso,todavia,tome cuidado,se estiverpensando
nessamulher,filhade seuinimigo,provavelmentese apaixonou.Comlicença,senhor.
-Pode irJean,obrigado.
Peterficoupensativo,ele tinhamedodoque estavasentindoemrelaçãoaAriella,ele
precisavavê-lanovamente.
-Jean!
-Simsenhor.
-Vamosatacar Bloodstone!
-Porque senhor?
-Eu precisode motivosparamatar humanos?
-Nãosenhor,vouconvocaros outros,com licença.
Peterconvocoutodoo seuexércitode criaturaspara atacar a cidade de Bloodstone,ele queria
matar Ariellaparaprovara si mesmoque nãosentiaabsolutamentenadaporela.Em um
comandotodosos vampiros começarama atacar a cidade.Oscaçadores acordam e tentam
defende-la,pessoascorrendoe gritosde agoniae medoportodosos lados,Peterassistiaa
tudo.
-Vocêsaí! – Peterchamou6 de seusmonstros – Vão atrás da Moulline seguremelaparamim.
-Simsenhor! – Responderam.
Elesforamatrás de Ariella,procuramporseucheiro,ocheirodosangue Moullin,elaestava
lutandocomdoisvampiros,osenviadosde Peteracercaram e começarama machucá-la,um
delesarranhoucomforça o braço delae quando elase deuconta muitosangue estava
escorrendo,elesnãoestavamresistindoaosangue quandoiamataca-la...
-Já chega! – Gritou Peter– Por que a machucaram?
-Perdãosenhor,nósapenas...
-Silêncioenquantoeufalo!Vocêsvãoaprenderanuncamais desobedeceremminhasordens!
Peter começou a mata-los um por um, Ariella estava com muita dor e caída no chão, ela viu
aquela cena, onde o vampiro chefe estava despedaçando seus subordinados. Quando ele
terminoude matar a todos olhoupara elasatisfeitoe sorriu,elanãoparecia tergostado muito
do que ele fez.
-Qual seu problema? Por que fez isso? – Perguntou Ariella
-Ora, mas quanta ingratidão! Eu
estava protegendo você e salvando
sua vida!
-Haha,deixaeuverse entendi,
você estavatentandome salvardos
vampirosque você mandoupara
acabaremcomigo?Jeitoengraçado
de salvar alguém!
-Você realmenteme tiradosério!
Qual seuproblema?
-Meuproblema?Meuproblema?!
Você invade minhacidade,mataos
cidadãos,me ataca e euque tenho
problemas?Você é burro por
acaso?
-Tudobem,me desculpe porinvadiracidade,maseuvimpara matar você.
-Rham,me matar? Estou bemna sua frente,desarmadae ferida,oque te impede?
-Absolutamentenadame impede,euapenas...
-Entãopara de enrolare acabe logocom isso,vai conseguiroque sempre quis,acabarcom os
caçadores!
Peterficousemreação,nada nele queriaamorte dela,issoopreocupava,ele olhoufundoem
seusolhos,ocheirodo sangue delanãolhe davafome,suafragilidade nãooaborrecia,ele
queriaapenasprotege-la.Enquantoele olhavaparaelasemsabero que fazer,osolhosde
Ariellaficaramtrêmulos,elaestavaficandotontahaviasidoatingidafortementenacabeça,ela
perdeua forçaem seucorpo e desmaiou.Quandoelaiacaircom a cabeça nochão Peter a
segurou,ele ficouobservandoelaenquantoestavadesmaiada,estavaencantadocomseus
lábios,seuscabelos,tudonelaoatraía,ele estavasentindoalgodiferente,pelaprimeiravez
depoisde maisde doisséculosde existênciaele ouviuseucoraçãomorto,bater.
-Senhor! – GritouJean – Osanciãos,elesjuntaramtodososcaçadores temosque sairdaqui!
-Sim,eujávou! – Disse PeterenquantopegavaAriellanosbraços.
-O senhorvai leva-la?!–Jeanperguntouassustado
-É, euvou,qual o problema?
-Nenhum,senhor.Façao que achar melhor.
Jeannão estavaentendendooque haviaacontecidocomseumestre,ele temiaque osoutros
servosda noite descobrissemque seulíderhaviase apaixonadoporumahumana,declarariam
guerracontra seuprópriosenhor.Peter nãoimportavacomnada,ele estava comelanos
braços e não conseguiapensaremoutracoisa que não fosse somente nela,elequeriatê-la,
mas não morta,ou como alguémparabebero sangue,ele aqueriapertodele.Ele alevoupara
seucastelo,quandochegaramláele a escondeude todososcriados,a levouparaum quarto
numatorre alta,colocouelana cama e a cobriusorrindo.
-Até amanhã. – Ele sussurrouenquantopassavaamão emseucabelo.
Apóssair doquarto, ele pensounoque tinhafeito,masnãose importou,ele sóqueriaque ela
acordasse para olharem seusolhosnovamente.
No outrodia,quandoArielladespertoujáestavaanoitecendo,elaolhouemvoltameio
confusasemsaberonde estava,elasentiamuitadorno braço e na cabeça, olhoupara frente e
viuuma banheira,elachegouasuspirar,precisavade umbanho,elatirousuas roupase deitou
na banheira,elanemse preocupouemolharonde estava,aindasentindoogolpe nacabeça
não se deuconta de que estavaem lugarque nunca tinhavisto,semse importarfoi tomar seu
banho.
Peterdespertoueufórico,estavaanimadoparaverAriellaacordada.Ele subiuaté atorre e
resolveuentrarpelajanela,não
queriaque elao visse.Ele chegou
ao quarto,mas não a viuna cama,
foi quandoPeterviuumacena
que depoisde tantotempoele
nemlembravacomoera,uma
mulhertomandobanhonasua
frente.Arielladepoisdobanho
caiu emsi e percebeuque não
estavaemum lugarcomum, ela
caminhouaté a janelae viuque
estavana torre de um castelo,
Peterestavasentadonasmadeiras
que seguravamo teto,ele não
conseguiapararde olharpara ela.
-Caramba,onde é que eu estou? –
Ariellase perguntouolhandoparatodososlados
Ela vestiusuaroupanovamente,enquantocalçavaseussapatosJeanbateunaporta.
-É.… pode entrar... – disse ela
-SenhoritaElla,eusouJean,JeanVincentBonnet,souumdoscriadosdesse casteloe ...
-Você é um vampiro?! – Ariellaolhouparaos ladosprocurandoalgopara usar de arma
-Nãose preocupe senhorita,estátudobem, esse é ocastelo doconde Peter,estáseguravocê
é umaconvidada.
-Conde Pi ....Aquele canalha,tarado,vampirosemnoçãome trouxe parao castelodele?!
Onde ele está?Voumatá-lo!
-Creioque mataro anfitriãonãoajudará emnada senhorita,creioque, meusenhor, está...–
Jeanolhoupara o tetoe viuPetersentadoacenandoparanãodizerque ele estavaali – Creio
que está...que está...
-Que está...que está aonde meufilho?
-Bem,ele é muitoocupado,temseusafazeres,deve estaremseusaposentosrealizando...
algumatarefa...importante.
-Tarefaimportante?Achaque nasci ontem?Euvou lá,apostoque está matandoalgumser
humanoinocente!
-SenhoritaElla,espere! –Jeantentousegurá-la,masnãoconseguiu –Senhoroque fazno
teto?
-Eu estavaolhandoela,sóisso!
-Senhorestámeiocorado,poracaso a viunua?
-Claroque não Jean,maselatembelascostas,um belocorpoe ...
-Senhor,jáentendi,creioque passoudoslimitescoma senhoritaElla,sugiroque osenhorvá
até seusaposentos,comoouviuelaestáindo paralá.
-Verdade,eujávou,nãosaiadaqui e arrume as coisasdela.
-Está bem,fazeroque,é o meutrabalho,euamo meutrabalho,euamomeutrabalho!
Peterusoutodasua velocidade e chegouaoquartoa tempo,Ariellabateucomforçana porta.
-Peter!Eusei que estáaí! Abraagora essaporta!
-Sim,emque possoajudar? – Ele abriua porta
-O que,emnome de Helsingestoufazendonoseucastelo?
-Eu lhe trouxe...estava...muitofe-ferida...
-Feridovai ficarvocê se não me tirar daqui!
-Porque não se sentaum pouco,vou mandarprepararemalgopara você.
-A desculpa,aindanãosou canibal.
-Assimvocê me ofende senhoritaMoullin,vampiroscomemcomidahumananormalmente,eu
particularmente amopratosexóticos,tenhocozinheirosde todasaspartesdo mundo,fiz
questãode transformaralgunspara cozinharemparamim,é claro que não me satisfazcomoo
sangue humano, mas...
-Você é nojento,euqueroirpara casa!
-Porfavor sente-secomigo,prometoque nãovai demorar.
Peterestendeuamãopara Ariella, elahesitouumpoucomassegurouemsuamão, ele pôde
sentiro pulsodela,seucoraçãoestavaacelerado,elajáhaviaparticipadode tantasguerrase
enfrentadotantascriaturase nunca haviasentidomedo,masali segurandoamãode Peter
daquele jeito,elatemeu,nãopodianegaroquantoele erabonitoe com umsorriso
maravilhoso,elelevouaté umacadeirada enorme mesade jantar,puxoua cadeirapara que
elasentasse e sentiuseuperfume,aquelamulherlhe traziasensaçõesque ele nuncahavia
sentido.Elesse sentaramde frente umparao outro,elaestavacorada e com medo,ele pôde
sentir.
-Então... – Petertentavapuxarassunto - ...me conte como eramseuspais.
-Eu nãoconheci minhamãe,elafoi morta por umde vocêsquandoeunasci,só vive commeu
pai por 12 anos, ele tambémfoi mortoporum vampiro.
-Issoé uma extremacoincidência,quandoeutinha239 anos,minhamãe foi para umaguerra
contra os Bloodcents,umacaçadoraa matou,minhamãe era tudopara mim, elasempre me
protegiaprincipalmentedo meupai,depoisque elase foi meupai se tornoumaisrígido
comigo,e doze anos depoisele tambémfoimorto,porumcaçador.
-Bem,vocêssãodemônios,que nosmatampordiversão!
-Nemsempre foi assim,Dráculanãomatavahumanos,apenasse alimentavae iaembora,a
pessoacontinuavaviva,mascomum tempoos cidadãosse revoltaramcontraele
principalmente pelofatodele quererse reproduzir,mandaramchamarum caçador de
monstros,VanHelsing...
-O pai de todos...
-É assimque vocêso chamam né?Que horror,ele trouxe destruição,acaboucomtudo,mas
não antesque Drácula ajudasse meupai,ele contoutudo,tudosobre Helsinge disse oque ele
faria,toda a linhagemdeledeveriamorrer,entãoosvampirosse tornaramrevoltososcontra
os caçadores,entãoessaguerracomeçou,não queríamosmatar ninguém, eranossamaneira
de se alimentar,vocêsmatamosanimaise comem, nósapenas bebíamosumpoucodo sangue
e íamos embora,comum tempoo bomcoração dos demôniosdanoite foi esquecido,então
fomoschamadosde monstros,éramospacíficos,agora nossavidaé umaguerra!
-Suahistóriaé realmente...comovente,maseuprecisoir.
-Me perdoe portrazê-laaqui,queriapassarmaistempocomvocê.
-Porque?Querconhecero almoçoantesde me matar?
-Nãoqueromatar você,sintoque devote proteger!E tudoque eumais queriaeraficarcom
você o tempotodo,cuidandodoseubem-estar,maseuentendo,pode ir.
-O que deuemvocê?Por que estáagindoassim?
Até parece que você ...
-Que gostode você? É.… talvez,comcertezasinto
algoforte por você,só não sei oque é.
Ariellaficousempalavras,elasóconseguiaolhar
naquelesolhosvermelhos,quandoalgosurpreendente aconteceu,osolhosdeleporum
minutoficaramcastanhos,elase assustou,ficouimpressionada.
-O que foi? –PerguntouPeter
-É.… nada,eu ...eusó ... euprecisoir...
-Eu entendo, mas...antesde ir... como se chamava suamãe?
-Porque quersaber?
-Pornada, sófiquei curioso,vejoque sentenuncaterconhecidoela...
-Rebecca,RebeccaLivian...eraonome dela.
-Eu sintomuito...
-Tudobem,um diavoume encontrarcom elae meupai novamente.
-Minhamãe,era SoraiaVladescu,elaeralinda.
-Eu imagino...bemeu...estouindo,adeus...
Ariellapegouumcavaloe foi embora,Peterficounaentradado casteloaobservandopartir.
-Até logo...Ella.
Ela cavalgoude voltapara casa, e não tiravaPeterda cabeça,ele haviamexidocomela,e os
olhoscastanhosdele tambémnãolhe fugiamdamente,comoaquiloerapossível?Nunca
haviaacontecidotal coisa.
-Senhor? – Jeanse aproximoude Peter
-SimJean,oque foi?
-A morte de sua mãe senhor...ela...
-O que tem?
-Devolembra-loonome damulherque amatou?
-Do que estáfalandoJean?
-A caçadora que matousua mãe,se chamava RebeccaLivian.
-O que?– Petersentiuumadorno peito,ele nãopodiaacreditar – A mãe de Ariellamatoua
minhamãe?
-Simsenhor,foi oque aconteceu.
-Nãopode ser!
Ariellachegouacidade de Bloodstone,e foi diretoparacasa, Hanne estavana porta andando
de um lado para o outro mexendonamãoquandoa avistou.
-Ella?AhmeuDeus,que bomque está bem, onde você estava?PorHelsing,procurei você por
toda a parte,onde você foi parar?
-Eu...estoubemnãose preocupe.
-O que houve comseubraço? Você pode porfavor me contar o que está acontecendo?
-Peter,ele me levouparao castelodele.
-Peter?Quemé Peter?
-O vampiroPeterue!
-Desde quandovocê ochama de Peter?A gente fala“ Conde PeterVladescu”e blábláblá...
Sentaaqui vou dar umjeitonesse machucado.
-Ele nãoé o que eupensava...é diferente...
-Diferentecomo?
-Ele me tratou bem,me convidouparajantar e ...
-Peraaí... você é canibal agora?
-Elescomemcomidahumana,e
cozinhammuitobemporsinal...
-Mas que...merdaé essa?Ariella
Moullinvocê estágostandodele?
-Eu?Não eu... Claroque não...
como assim?Um vampiro?Nem
morta,eu ...
-Ahclaro eupeçoao céu e a terra
para que elaencontre alguém
para amar e elavai se apaixonar
por um vampiro!Orabolas,por que meuDeus?!
-Nãoestouapaixonadaporele!
-Você estásim!A sua cara te condena!
-Hanne,pare!Eu já disse que eunão...
-Ariella!–Oancião Darlingentraquase arrebentandoaporta – Onde você estava?Um dos
caçadoresdisse tervistovocê nos braçosde um vampiro!
-SenhorDarling,aEllafoi...sequestrada!
-Eu fui o que?
-Poisé senhorDarling,aquelesvampirossanguinárioslevaramminhaamigae quase a
mataram!
-Issonão é ver...Ai! – Hanne lhe deuuma cotoveladanoestomago
-Elaainda estámeiomal,primeiroancião.
-Ah,euentendo–Disse Darling– Descanse minhaquerida,que bomque pôde escapar,
recupere-se bemem, até mais!
-Nãose preocupe senhorDarling,voucuidardela! – GritouHanne se despedindoacenando
com a mão
-Que merdafoi essa?Porque mentiuparaele?
-Comeucocô de vampiro?“AhsenhorDarling,asua caçadora de vampirosfavorita,filhados
maiorescaçadoresde todosos temposRebeccae DamianMoullin,se apaixonouporum
VAMPIRO!”.
-Vampirosfazemcocô?
-AhElla!O senhorDarlingte mataria!E aindairiaatrás do Peterpor causa disso!
-Eu já disse que nãoestouapaixonadaporele!Ele é sóum idiota!
-Um idiotabonitãoque estáafimde você!
-Olha,eunãoquerofalar sobre issoestábem?Eu voume deitar.
-Tá né,eumereçoissomesmo!
Depoisque escureceu,tudo pareciatranquilo,até que Ariellaouviualguémbaternaporta.
-Ella... –Disse Hanne entrandoemseuquarto - ...umacarta para você.
-Carta? Para mim?Obrigada.
-De nada, euvoudormir,boa noite!
-Boa noite Hanne.
Ela abriua carta meiosementender,afinal nuncatinharecebidocartas.
“Querida Ariella
Imagino o desprezo quesenteem relação a mim,masgostaria de encontrá-la essa noiteno
lugarondenosconhecemos,quero poderconhece-la melhor,não consigo parardepensarna
senhoritae imagino estar em seuspensamentostambém,mesmosendo pensamentosdeódio
eu gostaria devê-la.
Atenciosamente,CondePeterVladescu”
-Sópode ser brincadeira! Ele achamesmoque euvousair à noite desse jeito?Daúltimavez
me encrenquei!Nemmorta!
Ela se debateunacama porhoras, só conseguiapensaremPeter,elase sentounacamae
pensouque talveznãose perdoariapornão ter ido,elaqueriasaberoporquê de ele ter
chamadoelapara conversar.Depoisde se arrumarelapegouseucavaloe foi até o local,
quandoelachegouo avistousentadonabeiradadopoço segurandoumarosa negra.
-Aindaestáaqui? – Perguntou ela
-SenhoritaMoullin,eu...
-Me chame de Ella,eu prefiroassim.
-Eu...bem...essarosaera branca...,masa pintei de pretolembrandode seus cabelos.
-Nossa,issoé muitoestranho, –eladisse enquantopegavaarosa – mas obrigadaConde
Peter...
-SóPeter...sóPeter.
Os doissorriramum para o outro,estavamsemgraça e tímidos.
-Então...Ella...Comovocê está?Melhorouobraço?
-Sim,estou bem.
-Ah...que bom,ficofeliz.
-Então...o que queriafalarcomigo?
-Naverdade...eusóqueriavê-la,sentisuafalta.
-Eu nãoentendo,você se apaixonoupormim?
-Eu acho que sim...
-É impossível,issote tornariaumhumano!
-Se eufosse humano,você se interessariapormim?
-Eu?... bemé.…eu ...
-Olha,eusei que você me odeiaportudo e...
-Nãoodeiovocê, eu...nãoodeio.
Petersorriue seguroua mão dela,depoisolhoufundoemseusolhos.
-Ella,eusei que eue você,nós viemosde mundosdiferentes,segundoalei natural davida
você deveriaestartentandome mataragora, sei que nossodestinonãoé.…nósnão ... bem...
-...nãopodemosficarjuntos?Éisso?
-É. E o que eu sintoporvocê é muitoforte,nuncasenti issoporninguéme...
-E nemeu.
Os doissorriram,novamente elaviuosolhosdeleficaremcastanhos,poruminstante suapele
ficoumenospálida,suasbochechascorarame issoé uma coisaque elanunca haviavisto.
-Peter
-O que foi?
-Creioque nósestamosquebrandotodasasregrase...
-Pode falaro que estápensando.
-Eu souhumana,mas nunca senti nadapor nenhumgaroto,nemquandoadolescente,minha
vidasempre foi a guerra.Quemdiriaque euiriagostar...daquiloque fui ensinadaaodiar.
-Àsvezesnósnãoimaginamosoque será de nossofuturo,masestoufeliz...sóde imaginar
que você fará parte domeu.
Os doisse abraçaram, e porum momentoocorpo friode umvampiro,umser das trevasse
tornouquente comoo de um humanocomum.Ellaabaixoua cabeça depoisolhouparao
nada.
-Ella?O que foi?
-Amanhãeufaço 21 anos,sua idade.
-Eu tenho261! – Ele sorriu
-Nãotinha260?
-Meuaniversáriofoi aalgunsdias,faziadécadasque eunão comemorava.
-Mas você já comemorou?
-Não,mas euvoue vai ser com você
-Comigo?Comoassim?
-Que tal um baile?
-Um baile?Tipo,usarvestido?
-Você odeiaisso,nãoé?
-Nãofaz ideiadoquanto!
-Porfavor,por mim,só umanoite.
-Eu nãosei ...
-Chame suaamiga para ir também.
-Seráno seucastelo?
-Claro!
-Comum monte de vampiros?
-É, masdarei um jeitoparaque não notemque você e sua amigasão humanas.
-Que jeitoé esse?
-Tenhoumperfume,umtipode elixir,quandopassadoemhumanos,ocheirode sangue
desaparece.
-Que espantoso.
-Eu tenhomeuprópriométodocomvocê.
-Comoassim?
-O que sintoporvocê,é maisforte que qualquerelixir,aoinvésde quererseusangue...eu
queroseuslábios,aoinvésde querervocê morta...queroviveraoseulado,aoinvésde
desejarmatá-la...queroapenasprotege-la.
-Petereu...
-Você é minhamaiorfraqueza, parame matar basta atingi-la.Eunãopossomaisviversem
você AriellaMoullin!Nãoposso.
Petera puxoue a beijou,foi oprimeirobeijodosdois,e nuncaemtoda históriaumbeijofoi
dado comtanta paixão,ele sentiavontade algumaembeberosangue dela,ele sóqueriaamá-
la incondicionalmente.
Quandochegouemcasa, Ella nãoconseguiatiraro beijodacabeça. Nãohaviamais dúvidas,
elaestavaapaixonadaporele,e precisavaarrumarcom urgênciaumvestidode baile.
-ELE VAIFAZER O QUE?! –Gritou Hanne
-Um baile,ue!
-Um baile?Comoassim?
-Você nãousa vestido,nãovai!
-Mas ele tambémconvidouvocê,achoque serialegal se fosse,poderiaconheceroamigodele
o...
-Você sópode estarficandomalucaElla,como assim?Me levapara o baile de vampiros,feito
por um vampiroe me apresentapara o amigovampirodele paragente terfilhosVAMPIROS!
-Hanne,estáexagerando.
-Exagerando?Imaginase oprimeiroanciãodescobre,minhacabeçavai rolarjuntinhocoma
sua!
-Quemdisse que ele vai saber?
-Eu estoudizendo,porquese você for...voucontar!
-Ah...Qual é Hanne!Essa é a amizade que você dizterpor mim?
-Vampirosmataramnossospaisnãoqueroamizade comessascoisas!E você não pensouque
duas humanasnomeiode um monte de vampiros...issonãovai darmuitocerto!
-Nãose preocupe ele temumperfume que esconde ocheirodonossosangue.
-Você endoidoude vez.
-Ele...me beijou.
-Está de onda?Sério?
-Sériosim,foi incrível!
-Não!Respostaerrada!Você nãopode gostar de um vampiroElla!
-O que temde erradoem gostar e se apaixonarporalguém?!
-Ele nãoé alguém...ele estámorto!
-Achoque nemtanto assim...
-Do que estáfalando?
-Sempre que ele seguraaminhamãoou...quandonosbeijamos...bem...
-O que houve?
-Osolhosdele nãoficammaisvermelhos,ficamcastanhos...apele deleganhoucor.
-Comoassim?Ganhoucor?
-Sim,ele nãoestavapálido,ficoudaminhacor.
-Nãoé possível que amarrealmente humanizaeles!
-Se issoforverdade,euprecisocontara ele!Se ele se tornarhumano...nósdoispodemos...
-Calmaaí Julieta,seuRomeuquase mortotalveznãofique bemcomisso.
-Comoassim?
-Cara,é nojentovocê gostarde um malucocom 260 anos!
-Naverdade...261.
-Issoé pior aindaElla!
-Ele tem21, não é nojento!
-Ella,existemhumanosde 260 anos?
-261...
-Ahque se dane!Existem?
-Não...,maso que temhaver?
-Se ele se tornarum humanode 261 anos...ele morre Ella.
-Eu...não tinhapensadonisso.
-Poisé,se for verdade e se você o amar de realmente precisacontara ele,se ficaremjuntos...
ele vai morrer!
-Nãopossopermitirque issoaconteça!
-Entãovamos ao tal baile para você falarcom ele.Vamoscomos cavalos?
-Não,Jeanvai nos buscarfora da cidade de madrugada.
-Verdade,festade vampiroé noescuroné?
-Nãono escurosua besta,masé de noite sim.
-Está bem,comque roupa você vai?
-Ah,eu...voucomessa...euacho...
-Hahahaha!Nemmorta que te deixoirassim!
-O que vouvestir?
-Alô!Temosomesmotamanhoe eutenhoo vestidoperfeitoparavocê!
Depoisde horasse arrumando,Hanne estavaterminandode ajeitarocabelodaamiga...
-Ai Hanne!Issodoeu!
-É para doer!Mulhersofre mesmopara ficararrumada e bonita.Muitobemlevante-se,eu
acabei.
Ellaficouempé e olhoupara o vestidoe para o sapatodepoisse viroupara a amiga.
-Pelasflechasde Helsing,Ariella!....Você estálinda!
Ela sorriu,estavameiosemgraça afinal,nuncatinhausadoumvestidoassim, nemnuncahavia
se arrumado para um baile.
-Bem... – disse Hanne enquantoseguravaseuvestidoparaandar – Temosde ir.
-Vamossim,Jeanjádeve estaresperando.
Enquantosaía, Ariellaolhouaflorque Peterhavialhe presenteadoestavaemcimade uma
mesinha,entãoelalembroudoque Hanne disse.Seráque elaperderiaseuamado?
As duascaminharamdiscretamente pelasruas dacidade,jáera madrugadae não podiam
acordar ninguém,poisnãopodiamsaberonde elasiam.Aose aproximaremdaentradada
cidade virama belacarruagemque lhesesperava,eranegracom cortinasvermelhasnas
janelas,banhadaemverniz,elasnuncatinhamvistonadatãochique.Aochegaremna
carruagemJeanse aproximoue fezreverênciacomoumbom cavalheiro.
-SenhoritaElla,bomrevê-la!–Ele segurouna mãodelae a ajudoua subirna carruagem.
-ObrigadaJean! – Disse Ellasorrindo.
-E você deve sera senhoritaRoy...
– Jeanparalisou,ele ficou
encantadocom Hanne,ficousem
palavras,entãoengoliusecoe
continuou -....Se-senhoritaRoyer
...é umprazer conhecer...você...
-O prazeré todomeu,senhor
Bonnet!– Ela lhe deua mão e
subiuna carruagem.
Jeansorriu,ele se encantou
realmente comamoça, entãoele
as guiouaté o castelo.
Ao chegarJeanabriua porta para
elasdescerem, Ariellatravoue
Hanne percebeu.
-Amiga?Tudobem?
-Estounervosa.Nãosei o que fazer!
-Ei,vouestar lá com você o tempotodo,nãose preocupe.
Elladeuum sorrisoe segurounamão da amiga.Quandosaíram da carruagemse espantaram
emcomo o casteloestavailuminadoe repletode vampirosportodososlados.Um tapete
vermelhocobriaaentradae chegavamcavalose carruagensde todosos lugares.
-Senhoritas. –Disse Jean– Meu senhormandoueuentregaresse perfumeavocêspara
esconde-lasdosoutrosvampiros,realmente osangue de vocêscheiramuitobem.
-OkJean,issofoi estranho! – FalouAriellapegandoofrasco.
As duaspassaramo elixire ocheirode seu sangue foi completamenteofuscado,asduasse
olharame estavamtenebrosasparaentrarnobaile.
-Ella... –Hanne sussurrou -...nãotemosolhosvermelhos!
-Ai que droga!É verdade,oque a gente faz?
De repente umcasal de vampirosse aproximavadasduase de Jean,elasentraramempânico.
-Jean,comovai? - Disse ovampiromuitobemvestidoe suaesposaeralinda.
-Senhor,estoumuitobem.
-E como estáseumestre?Jáfaz tempoque nãonos vemos.
-Ele estámuitobemsenhor.
-Ah,issoé ótimo.E quemsão essasdamas?Nuncaas vi por aqui.
As duasestavamdurasfeitotronco,não podiamse mexerde tantopavor.
-Ah,Elas?– Jeanbeliscouobraçode Hanne para se portaremmelhor – Essas são...são ...é...
-SouBrietaLavian,senhor. – Disse ArielladandoumacotoveladaemJean – E essaé minha
irmã...BridgetLavian.
-Ah,prazeremconhece-las,eusou...
-Deixe que eulhe apresentosenhor! –FalouJean – Senhoritasesse é VladimirStefane sua
belaesposaDaianaPetrova, elesjátêmquase mil anosde existência,sãovelhosamigosdo
Conde Drácula.
-Ah,nãoexagere meucaro Jean,Dráculae euapenasnossuportávamos!Hahaha.Graças ao
malditoHelsing,nossasvidasse tornaramuminferno,malditoscaçadores,sóqueríamosviver
empaz!
-É realmente triste senhor. –Jeanestavamuitonervosoe empânico – Bem, vou acompanhar
as meninasparadentro,com licença.
-Está bemmeucaro Jean,não sei se verei Polanski,masdeseje felizaniversárioaele pormim.
-Pode deixarsenhorVladimir.
Os nervosde Ariellaforamàflorda pele,elacutucouHanne sussurrando:
-Hanne!
-Que foi?
-O vampiroque nossospaisforammatar,se chamavaMartíriam Polanski,Vladimiracaboude
falarque tem umPolanski aqui!
-Seráque o vampiroque matounossospaisestáaqui?
-Se tiver,temosque noscontrolar,somosduascaçadoras no meiode ummonte de vampiros
bemfamintos.Melhorficarquieta,masquerosaberquemé o desgraçado!
-Somosduas!
Enquantosubiama escadaria,EllaviuPeternaporta cumprimentandoosconvidados,ela
sorriue ficoucorada semgraça.
-Ei!– Hanne a cutucou – Vocêsdoisfazemaniversárionomesmodia?
-Não,ele fazalgunsdiasantes.
Petera viue sorriu,elaestavabelíssima.
-Ella!
-Peter.
-Nossa,você estámuitolinda!Nuncate vi tão arrumada,você estásempre comas roupas de...
ah, você sabe do que.
-Poisé,resolvi mudarumpouco.
-E ficoumaravilhosadesse jeito.
Ariellaabaixouacabeçaenvergonhada.
-SenhoritaRoyer,possochama-laparadançar?– JeanperguntouaHanne
-Claro!– Ela respondeu
Petere Ariellaficaramparadossemfazernadae com vergonhaumdo outro.
-Esqueci de falar,felizaniversárioElla,essafestatodaé para você!
-ObrigadaPeter,masvocê tambémfezaniversário,e todosachamque é para você.
-É verdade!
Novamente osilênciotomoucontadosdois,masPetercrioucoragem.
-Ella...
-Sim?
-Gostariade dançar comigo?
-Eu não...nãosou boa com essascoisas.
-Tudobem,eute ajudo.
Ele sorriue seguroua mão dela,depoiscomeçouaguia-lanadança.
-Estousempalavras,você é a
maisbelade todas!
-Meupai...falavaissopara
minhamãe.
-Bem,creioque você tenha
ficadoaindamaisbelaque ela.
-ObrigadaPeter,você é muito
gentil.
-Nãoé gentileza...é purae
simplespaixão!
-Assimvocê me deixasem
graça.
-É a minhaintenção.
-Eu precisote contar uma coisa...
-Diga.
-Peter,quandovocê mostraseussentimentosparamim, seusolhosficamcastanhose sua
pele...ficadaminhacor.
-Verdade?Eunãosabiadisso.
-Amar,te torna humano.Se você se tornar umhumanode 261 anos, você morre!
-Issonão fazsentido!
-Claroque faz!Não podemosficarjuntos,nãoqueroque você morra!
-Voumorrerde qualquerjeito,nãosuportariaviverumavidasemvocê,se é que estouvivo.
-Mas se você morrercomo eufico?
-Nãovoumorrer! Tudovai dar certomeuamor!
-“Meu...amor”?
-É assimque lhe vejo,estoume apaixonandocadavezmaispor você AriellaMoullin,preciso
vivercomvocê para sempre aomeulado!
-Eu sintoo mesmoporvocê!
Os doisse beijaram,e depoisdançaramabraçados.
-Peter...
-Sim.
-Nãoqueroestragaro momento,mas...conhece algumPolanskiaqui?Algumvampirocom
esse sobrenome?
-Mas é claro,sou eu!
-O que disse?
-Meunome...PeterGiuseppePolanski Vladescu.Polanski é domeupai.
-Nãopode serpossível. – Elase afastoudele.
-O que foi?Qual o problema.
-Nãopode serpossível!
Ariellacorreupelosalãoe foi parafora, até os jardinsdocastelo.
-Ariella!Espere! –Petercorreuatrás dela.
Não podiaserverdade,seráque Petertinhamesmomatadodeupai?Elanão podiaacreditar
nisso,enquantoelacorriarasgoutodoo vestidoe ficoucoma roupade caçadora que estava
por baixo.Petercorreuportodoo casteloprocurandopor ela,até que ele foi até os jardins e
já estavamuitopreocupadocomela,foi quandoele ouviuumbarulhode armadestravando
atrás dele e se virou.
-Ella,oque houve?Porque está
apontandoessaarma para mim?
-Foi você não foi?Confessalogode uma
vez!
-Do que você estáfalando?Oque eu fiz?
-Você matouo meupai! –Ela estavacom
lágrimasnosolhose seusnervosa
faziamtremer– O seuPai...matoua
minhamãe!
-Comoassim?Eu não matei oseupai,do que estáfalando?
-Meupai foi emuma missãoatrás de Martíriam Polanski,umvampiroque estavamatando
milhõesde pessoas,ele matouminhamãe nodiaemque nasci!
-Meupai era Martíriam, eunão lembroorosto de quemo matou,ele estavacobertoporum
pano,só sei que umcaçador tiroumeupai de mim, minhaúnicafamíliadesde que minha
mãe...
-Seupai era ummonstro!
-Seuspaisque erammonstros!Suamãe matoua minhamãe e meuirmão!
-O que?
-Minhamãe estavagrávida,euiater irmãos,nossafamíliaestavatentandoserfeliz
novamente!
-Vampirosnãopodemterfilhos!
-Minhamãe nãoera vampira!Quandomeupai foi atrás de Drácula para nostornarmos
imortaisminhamãe foi a uma bruxa,elapediuparasalvarnossafamíliada peste,abruxa disse
que fariaisso,mas minhamãe seriaamaldiçoada,acada pôr do sol minhamãe se
transformavaemum monstrohorrível,umpássaroterrivelmente assustador!Meupai
conseguiuosangue de Drácula deupara a famíliatoda,mesmocom a maldiçãominhamãe
bebeu,elanãosabiaque meupai tambémhaviaidoatrás de ajuda,elase tornouuma
vampira,masassimque o sol se põe no horizonte elaviravaaquele pássarohorrível,porisso
elasó era meiovampira,suaparte humanacontinuavanela.Nossafamílianuncafezmal a
ninguém,bebíamossangue de animaisnãoqueríamosmachucarhumanosminhamãe não
permitia.Suamãe aindanão conheciaseupai quandoaconteceu.OsBloodcentsinvadiram
nossaaldeia,todaa aldeia
bebiasomente sangue de
animais,tentamos
explicar,oscaçadoresnão
deramouvidos,osol se
pôs,minhamãe virouo
monstro,seuspaise os
outroscaçadores
colocaramfogo na minha
aldeia,vi meusamigos...
conhecidos,todos
morreram.Foi quando
minhamãe tentounos
proteger,suamãe semdó
nempiedade cortoua
cabeça dela,quandomeu
irmãofoi ver se elaestava
morta,sua mãe golpeou
meuirmãotambém.Meu pai ficoudesacordado,foi quandome escondi e vi todosgritando:
“VivaRebecca!VivaRebecca!A melhorcaçadora!”.
-Eu nãosabia disso...
-Depoisdissoseupai sozinhomatoucentenase centenasde vampiros,comoforam
consideradososmelhoresdosmelhoreselesse apaixonaram.Quandomeupai descobriuque
os malditoscaçadoresque tinhamdestruídonossavidateriamumfilho,elefoi buscar
vingança,entãoatacou Bloodstone e matousuamãe.Você e seupai escaparam, euvi você
quandoera umbebê,maseu sóconseguiaodiara criança que nasceuda assassinade minha
mãe.
-Você sabiao tempotodode quemeuera filha?
-Eu soube quandovocê falou,masnãote odiei,suafamíliadestruiuaminhae nósnunca
quisemosseumal!Eaqui está você com umaarma apontadapara minhacabeça de novo
como nodia emque nos conhecemos.
-Eu nãosabia de nada disso...eu...
-É você não sabia!– Ele agarrou o
pescoçodela- Eu sabiade todaa
verdade,toda!Nuncaataquei você
por isso,masvocê insiste em
apontar essamerdapara mim!
-Pi-Peter...Vo-Você está...me
sufo...
-Simestousufocando!Nósnão
somosos monstros,vocêsé que
são! Paremde destruirasnossas
vidas!
-Mas que droga é essa? – Hanne E
Jeanchegamao local e elatira a
arma do vestido–Largue minhaamigaagora mesmo!
-Hanne se acalme! – Jeantirou a arma delae jogoulonge
Peterestavafuriosoe atirouAriellaaochão,Hanne correue ajudoua amigaque estavasem
ar. Jeancorreu para acalmar seumestre.
-Peter,finalmente te... –Vladimire suaesposase assustamcom aquelacena – Elas são
caçadoras?!
-SenhoritaMoullin! –Jeancorre para verse Ellaestábem
-Moullin! –GritouVladimir–A filhade DamianMoullinestáviva!
Petercai em si e percebe oproblemaque issose tornaria.
-SenhorVladimir,nãoé o que pensa!
-Nãotente discutircomigoPeter! Queridaconte aosoutrosimediatamente! –A esposadele
foi ao salãodo baile e espalhouoque haviaacontecido
-SenhorVladimir,porfavor,elassãode bem!
-O pai E a mãe delamataram todaa sua famíliaPeter,comoassimsãode bem?
-Ah!Minhacabeça... – Ariellatonteou
-Amigaoque foi?
-SenhoritaMoullin,oque houve?
Ariellacomeçouagritarde dor.
-Ella!– Peterse assustou – O que está acontecendo?!
-Minha...cabeça! –
Sua vozengrossou
assustadoramente.
Ela caiu nochão e
todosficarampasmos
com aquelacena.
Os olhosdelaficaram
amarelos,suaspresas
ficaramenormes,suas
unhascresceram,foi
quandoelase
transformouemum
lobogigantesco,era
negroe metiamedo
emquemo olhava.
Transformadaem
lobisomem,Ariellaparae olhapara Petercomdor no coração, depoiscorre daquele local e
sobe para as montanhas.
-Mas que porcaria foi essa?Um lobisomem?!–Vladimirnãopodiacreremseuspróprios
olhos- Peter,porque tinhaumlobisomememsuafesta?Euma caçadora também!
-Elaé.…umlobisomem... –Petersussurrouassustado
-Hanne,você sabiadisso? – Jeansegurouorosto delae olhoufundoemseusolhos.
-Claroque não!E não entendocomoelanãome contou!É algomuitosério,elanuncame
escondeunada!
-Eu entendo,venhaeuvoute levarpara casa. – Ele a segurou,a ajudoua levantardochão e a
levouparaa carruagem.
EnquantoissoVladimirfoi tirarsatisfaçõescomPeter.
-Você aindanãorespondeuminhasperguntas!Porque umagarota que se transforma emlobo
e matouo seupai estavacom a amiga caçadora emseubaile?
-Nãofoi elaque matoumeupai!
-Nãoimporta!A mãe delamatousua mãe e o pai delao seupai,você estavarecebendoelaem
sua casa e euquerosabero porquê!
-Eu a amo! Mais doque a mimmesmo!
-A ama? Issoé algumapiada?Você estavaagarrando o pescoçodela!
-Eu me irritei,sóisso.Estoupreocupadocomela.
-Issonão vai ficarassimPeter!Você sabe que façoparte do conselho,poderiamandarmatar
você por uma traição comoessa!Elesmataram milharesde nóse...
-Eu sei!Eusei! Já chega,euvou atrás dela
-Vai se arrependerPeter,suatraiçãoé gravíssima!Você sabe muitobemo que matouo
Drácula.
-Eu nãome importo!
-Blasfêmia,você estácoma corda no pescoço!É o seu fim!
Peternãodeuimportânciaas ameaçasde Vladimire desapareceu.
Ariellaabre osolhos,elaestánomeiode uma mata muitodensa,nãofazideiade onde
se encontrae estámuitoassustada.
-PorHelsing,onde estou?Ahnão!Minhasroupas,droga!Como issofoi acontecer?Eu
virei umcachorro! Que porcaria é essa?!Peter,euo magoei muito.Ah!Mascomo euia
adivinharque meuspaismataramos paisdele?!Nuncapenseique diriaisso,masestou
com medo.Precisovoltarparacasa!
Ela caminhoupelaflorestaporhorasse cobrindocom suasroupasrasgadas, elaseguiu
seuextintoparavoltar.Depoisde umtempoelaavistouacidade,Jeane Hanne estavam
na entrada.
-Ahmeudeus!É a Ella! – Gritou Hanne e correu emsua direção.– Amiga,o que houve?
Por que você virouum cachorro? Você estánua!Tome meucasaco, venhavamospara
casa!
Ariellanãoconseguiadizerumapalavra,estavamuitoassustada.Aochegarà sua casa,
elatomouum banhoe foi descansar.Apósumlongodescansoelachegouasala de estar,
já haviaamanhecido.
-Oi Ella,venhafizo seucafé.
-Obrigada.Jeanfoi embora?
-Sim...osol.
-Entendo.
-Vai me contar o que houve comvocê?
-Eu nãosei porque virei umlobo,nãosei.
-Comovocê está?Me diga o que sente!
-Estoucom medoHanne.Medode perderoPeter,medoporque nãosei oque eusou,medo
porque pelaprimeiravezemminhavida...estoucommedo.
-Eu...achoque sei exatamenteoque fazer.
-Comoassim?
-Temuma pessoaque eutenhocertezaque sabe o que estáacontecendoaqui.
-SenhorDarling!
As duasforamdepressaaté a tendados anciãospara esclarecer tudo.
-PrimeiroAncião! –GritouEllaquandoviuo senhorDarlingsaindodatenda
-Meninas,aconteceualgumacoisa?
-Precisamosconversar! –Respondeu Hanne
Elesforampara a tendae alertaramaos demaisque ninguémdeviaentrarpoiseraalgo
particular.
-Eu imaginavaque maiscedooumaistarde teríamosessaconversaElla. – Calmamente o
anciãofoi caminhandocom suabengalae sentouemuma das cadeirasda sala
-Amisporfavor,me conte,por que issoaconteceucomigo?
-Suamãe me perguntouamesmacoisa. Seupai tentoulhe contarantesde irmatar Martíriam,
mas não conseguiu.
-Minhamãe?Ela tambémviravaum...lobisomem?
-Você sabe o que matouDrácula?
-Foi o pai de todos,Helsing.
-Sim,mascomo ele fezisso?
-“Comseuestandarte dajustiça...”Olhaeu já me cansei dessahistóriameupai me contavao
tempotodo
-Dráculanão podiasermorto apenaspor umamera espada,ouuma flecha,balasde madeira...
Ele não podiasermorto e pronto!Mas Helsingdescobriualgomuitoimportante,afraquezade
Drácula,ele mantinhaprisioneirosmuitose muitosLobisomens,eleosexterminavae
mantinhaumcomo escravopoisprecisavade umhumanoforte o suficiente paratirardele
suas energiase darvidaa ummonstroque estavatentandocriar.Junto a ele ovampiro
guardavauma cura, uma cura para lobisomem, entãoeledescobriuque umamordidaapenas
desse monstrobastavapara matar um vampiro!HelsingfezumLobisomemomorderparaque
ele mesmomatasse Dráculadepoisbebesseapoção.Helsingconseguiumatardráculacom
uma mordida,bebeuacura e voltouaser humano.Comum tempooslobisomensforam
extintos,anãoser por umpequenoproblema...nogene de Helsingcontinuouapraga
lobisomemosdescendentesdeleherdaramatransformação.
-Esperaaí, minhamãe é descendentede VanHelsing?
-Elaera sim.Assimque entrouparaos Bloodcents,suamãe se transformou,foi nomeiode
uma batalha,seupai viutudo!Ele entrouem pânicoé claro, nãofaziaideiade como lidarcom
aquilo.Aindame lembrode tudo,ador de cabeça que elasentiu,asunhascrescendo,osolhos
mudandode cor, foi muitoassustador.Seupai foi me chamar assimque elacomeçoua “se
sentirmal”,fui correndopara vero que era, nãoacreditei emmeusolhos!A vozdelase tornou
grossa e medonha,suascostasforam fazendobarulhoscomose estivesse quebrandotodosos
ossosde seucorpo, elagritavade dore euestavasemsaber o que fazer,eusó conseguia
perguntar:“Rebecca
minhaqueridavocê está
bem?”,foi quandoseupai
quisfazeralgumacoisaele
a amava muito,masjá era
tarde demais.
-Comoelaficoucom tudo
isso?
-Extremamenteassustada,
elacorreu para a mata,
perdeutodasas roupas,
seupai cuidoudelao
tempotodo,e no outro diaelae seupai foram até minhasala queriamrespostas,suamãe
aindaestavacom os olhose as
orelhasdomonstro,e depoisde
muitaconversae pesquisanósvimos
que sua mãe era simuma
descendentede Helsing,claroque
todosnós ficamosextremamente
assustadosmasguardamossegredo,
você até demorouase transformar,
sua mãe passoupor issoaos 17 e
você tem21. Naquele diafizemosum
pacto de não contar issonunca para
absolutamente ninguém, eles
concordaram é claro, masquando
sua mãe engravidou,elatemeuque
continuasse ageraçãode
lobisomens,e foi oque aconteceu
não é. Mas o sangue Helsingnãopode morrer,porissovocê estáaqui,deve dar continuidade
ao venenoque mataos vampiros!
-SenhorDarling,nãoconsigofazerisso!
-Eu sei bemo porquê.
-Sabe?
-Você e o vampiroPeter,euosvi no poço.E principalmente euvi ele se tornarhumanopor
algunsinstantes.
-O senhorviutudo?Porque não estábravo comigo?
-Eu temopor suavida,o conselhodosvampirosnãovai aceitaruma traição comoessa ainda
maispor você ser descendente de Helsing,elesfarãoqualquercoisaparaacabar comtodos os
lobisomensque aindaexistirem.
-E o que eupossofazer?
-Fique longe dovampiro!Vocêsdoispodemacabarmorrendo.
-Eu nãosei se consigo!
-Consegue sim,você pode fazerisso,estácorrendoriscode vidacriança,precisase proteger.
-Simsenhor!
As duassaíram da tendasemsaber o que falar,Hanne aindaestavaimpressionadade saber
que sua amigaé descente doprimeirocaçador,e aindaestavasurpresade a verse
transformarnumlobogigante.
Naquelanoite Ariellafezumesforço tremendoparadormir,masnãoconseguiu,elasó
pensavaemPeter.Ele passoutodaa noite lhe observandosemque elapercebesse,pensouem
ir falarcom ela,mas aindase sentiaculpadopeloque aconteceu.Hanne rolavanacama de um
ladopara o outro quando ouviuumbarulhode pedrasbatendoemsua janela.EraJean.
-Jean,oque faz aqui?
-Eu precisofalarcomvocê!
Ela saiude dentroda casa e não estavamuitoà vontade pertodele.
-Pronto,pode falaroque
precisa.
-Eu vimavisar,umacoisa
muitoruimvai acontecer!
-Comoassim?O que vai
acontecer?
-Todosos vampirosdo
planetaestãovindopara
Bloodstone!
-Comque propósito?Isso
será nossofim!
-Eu sei,porissovimavisar,
vocêsprecisamse preparar,
elesvêmparamatar Ariella
e Peter!QueremmatarEllapor sera últimadescendente de VanHelsinge Petervai morrer
por traição,se apaixonouporumahumana.
-Meudeus!Issoé horrível demais!
-Chame seusanciãos,chame todoslogode uma vez!Daqui a duasnoites
Estarão aqui,você precisase protegerHanne!
-Porque veionosavisar?Não deviaestardoladodos vampiros?
-Estoudo ladode meumestre,tenhosidofiel aele portodosessesanos,e também...eusou
culpado!
-Culpadode que?Você nãofeznada!
-Tambémme apaixonei porumacaçadora,creionão ser correspondido,masnãome importo,
elaé maravilhosa!
-Jean,eu...
-Nãoprecisadizernada,apenasconte a todosque puder!Até breve.
Jeandesapareceunumafraçãode segundo,ocoração de Hanne bateumaisforte e elasorriu
apaixonadamente. Elacorreue chamouAriella,contoutudoaamiga e as duas foramacordar a
todosemBloodstone,acidade ficariaalerta,umagrande batalhaestavapor vir.
Todosos Bloodcentsestavamemtreinamento,durante todaamadrugada,todaa manhãe à
tarde semparar elesesperavamabatalhatemendoopior,tinhamconsciênciade que seria
uma carnificina.Quandoosol se pôs,Ariellafoi darumavoltapelacidade,tudoestava
deserto,aspessoasestavamcommuitomedo.Distraídaemseuspensamentosandandopela
avenida,elalevantouorostoe Peterestavaempé na sua frente.
-Peter...
-Ariella,me desculpe.
-Nãopor favor,eu...
-Eu que peçopor favor!Eu te machuquei e me sintomal por isso,me perdoe portersegurado
no seupescoçodaquele jeito,perdi acabeçanãodeviaterfeitoisso,me sintoumcompleto
idiotae...
-Ei!Está tudo bem,nãose preocupe,nósdoiserramose agora pornossa causa centenasde
pessoasvãomorrer,só porque me apaixonei porumvampiro.
-Fiquei sabendoque é aúltimadescendente de Helsing,me apavorouvervocê se
transformandoemlobodaquele jeito.
-Tambémme assustei,issonãoacontece tododia.
-Nãoacho que estamosprontospara amanhã.
-Se um de nósmorrer...
-Nãodigauma coisa dessas!Vamosficarbem!Os cidadãosserãolevadosparaum abrigo,os
caçadoreslutarão bravamente,e nósdoisvamosficarbemmeuamor.
Petera abraçou,por um momentoelasentiuseguracomose nadapudesse atingi-la.Ele se
despediudelacomumbeijoemsuatesta,entãodesapareceu.Ariellasentiumedoe emseu
coração elaadmitiuessafraqueza.Comlágrimasnosolhoselalembroude seuspais,segurouo
colar que pertenciaasua mãe e olhoupara o céu.
-“ No dia mais claro...ou na noite mais escura...sob minha espada permanece o
estandarte...proteger os fracos me tornando mais forte... e aos demônios da noite dá-
lhes somente...” Me perdoe mãe, me perdoe pai, mas... não posso mata-lo, eu o amo,
espero que possamme entender. Eu gostaria de ter honrado o nome da família, tanto
Helsing como Moullin, espero que apesar de tudo vocês tenham orgulho de mim. Eu te
amo mãe, eu te amo...meu pai!
Um vento forte soprou naquele momento, ela sentiu que seus pais ainda estavam
ali...ao seu lado, ela sorriu e beijou o colar de sua mãe. Ela estava pronta para o que
viesse. Ariella foi para casa, entrou e após fechar a porta ficou encostada nela,
pensando, ela colocou novamente o colar de sua mãe no pescoço e foi até a janela de
seu quarto, começou a chover forte, ela ficou olhando para a chuva, mas estava
pensando em Peter. À
quilómetros dali Peter olhava
pela janela de seu saguão do
castelo, ele só conseguia
pensar nela, estavam muito
preocupados um com o
outro, não sabiamo que
estava por vir temiam pela
vida um do outro. Essa seria
uma batalha muito difícil, a
vida de muitas pessoas
estava em risco, mas nada
lhes preocupava mais do que
se quer imaginar ver o outro
machucado. A angústia
parecia apertar seus
corações, eles sentiamum frio muito gelado no peito, a preocupação não os deixou
descansar, e naquele momento eles só podiam torcer um pelo outro, torcer para que
ficassembem!
Amanheceu, era o dia da batalha, um mensageiro vem correndo avisar aos anciãos que
viu todo o exército de vampiros se acomodando em uma gruta para se esconder do
sol, eles eram milhares, seus números superavam muito ao dos caçadores, eram mais
de 16 vampiros para cada caçador. O ancião Darling ordenou que todos os Bloodcents
fizessemo último treinamento, Amis avistou Ariella saindo de sua casa comum
semblante de preocupação.
-Ariella, minha querida! Junte-se a nós, estamos animados para o treinamento essa
manhã.
Ela não esboçou nenhuma reação, e continuava triste.
-Eu sei que está muito preocupada, principalmente com o Peter, mas nós precisamos
de você bem forte hoje.
-Eu sei...senhor. Farei o meu melhor!
-Isso mesmo! Vai dar tudo certo, não se preocupe!
-Onde está Hanne?
-Ela acordou cedo e começou o treinamento, bem-disposta para falar a verdade.
-Obrigada senhor, com licença vou procura-la.
-Está bem, e anime-se por favor.
Ela deu um sorriso desanimado e saiu atrás de Hanne, quando a viu treinando com
outro caçador, ela tinha orgulho da amiga, e via quão talentosa ela era com a espada
Bloodcent.
-Está melhor a cada dia.…-Gritou Ariella para Hanne -...em breve irá superar até
Helsing.
-Ella! Finalmente acordou!
-Eu nem dormi.
-Entendo, bem compreensível. Por favor minha amiga, não fique assim! Vai dar tudo
certo, precisa acreditar!
-Está bem, eu vou “acreditar”.
-Olha só, essa cabeça dura resolveu funcionar! Vem para o treino?
-Não, vou dar uma volta.
-Ah, ok. Por favor tome cuidado.
-Sempre tomo.
Ao ver Ariella se afastar o ancião Darling se aproximou de Hanne para saber o que
havia acontecido.
-O que houve com a Ella?
-Ela está preocupada demais com tudo isso Amis, e o pior é que ela nem pode
conversar com o Peter por causa do sol, tudo está sendo muito difícil para ela.
-Eu entendo, isso me preocupa, ela nunca se abalou com nada, nem com a morte do
pai, ela permaneceu firme e não derramou nenhuma lágrima.
-É.…eu lembro.
-Cuide dela, Hanne! Não deixe que ela se abale.
-Sim senhor, não se preocupe.
Depois de um longo dia treinando e esperando, a hora do Pôr-do-sol havia chegado,
todos os caçadores estavam em suas posições, espadas afiadas, flechas no arco e
armas completamente carregadas. Ariella estava aflita, quando sentiu uma respiração
em sua nuca, ela se virou...era Peter.
-Peter! – Ela o abraçou – Eu estava muito preocupada com você, queria saber como
estava eu...eu...
-Calma, estou bem! Também estava muito preocupado com você.
Ela sorriu, feliz por vê-lo, mas ainda temia o pior. Jean se aproximou de Hanne.
-Achou que eu não viria? – Ele perguntou
-Jamais! Eu sei que você não me abandonaria.
Ele segurou na mão dela e eles se olharam com um sorriso tímido.
Ao longe uma gigante nuvem de poeira subiu, eram os vampiros se aproximando.
Peter colocou o braço em volta de Ella, colocou a cabeça dela em seu peito e abraçou
com força. Todos os caçadores estavam com medo, os monstros eram muitos.
-Preparem-se todos, lutem por suas vidas e pelas vidas de todos os cidadãos dessa
cidade! – Gritou o primeiro ancião.
Em uma só voz todos juntos falaram:
“No dia mais claro ou na noite mais escura, sob minha espada permanece o
estandarte, proteger os fracos me tornando mais forte e aos demônios da noite dá-
lhes somente a morte! ”
Jean olhou para Peter, eles lutariam contra sua própria espécie. Vladimir e as outras
criaturas invadiram Bloodstone, caçadores e vampiros lutavam de forma espantosa,
ambos estavam tendo muitas baixas. Hanne por um momento ficou sozinha entre 4
vampiros, ela bravamente tentou lutar contra eles, Jean viu que ela não estava dando
conta dos 4 e foi ajudar,
ele os derrubou e a
deixou furiosa.
-Acha que não dou
conta?! – Ela perguntou
franzindo a sobrancelha
-Eu não acho nada!
Tenho certeza!
-Qual seu problema?! O
que está querendo
dizer?
-Que não posso perder
você bravinha! Vou te
proteger até o fim!
Ela deu um sorriso agradecido e tímido.
Ariella se transformou em lobisomem, estava esmagando muitos vampiros, Peter
estava com ela e juntos estavam indo muito bem.
Peter se distraiu por um instante, vendo aquele lobo-fêmea destruir tantos vampiros,
ele sorriu, se encantava com ela cada vez mais. Ariella olhou para ele e quando viu
atrás dele estava Vladimir, vindo na direção dele, ela correu e pulou por cima dele e
derrubou o vampiro, ela olhou para Peter para ver se ele estava bem, Vladimir se
levantou, tirou do bolso uma faca de prata e enfiou no coração de Ariella, ela sentiu a
lâmina e olhando para seu amado, caiu ajoelhada.
-Ellaaaaaaaaaaaaaa!!! – Peter gritou inconsolavelmente
-Ella Não! – Hanne correu em sua direção.
Em um só golpe ela cortou a cabeça de Vladimir e segurou a amiga colocando-a em seu
colo. Ariella se transformou em humana novamente, saía muito sangue de seu
ferimento e de sua boca.
-Ella, você não pode morrer! Não pode! – Hanne a abraçou chorando
-Ha-Hanne ... E-eu amo... você minha... a-amiga...
-Eu também te amo Ella! Você vai ficar bem, vai sim, não se preocupe!
Jean chegou naquela cena, Ariella estava ensanguentada, ele se abaixou do lado de
Hanne e a abraçou. Peter se ajoelhou ao lado dela, e depois de muitos anos, ele
chorou.
-Peter...
-Não...você não pode me deixar.
-Eu sinto muito... – Ella cuspiu sangue -...acho que estou te dando fome agora.
-Será possível que tem que fazer piada nesse momento?! – Peter riu, em seguida
chorou ainda mais
-Eu te amo muito Peter! Você foi meu único amor, jamais eu poderia querer alguém
diferente, não me importo o que você seja, em pouco tempo você me fez viver um
pequeno infinito, eu vivi, eu me senti viva com você. Obrigada por isso, meu amor.
-Não faz sentido, você não pode morrer, você foi tudo para mim!
-Tudo vai se encaixar, e eu espero que eu tenha orgulhado meus pais.
-É claro que orgulhou minha amiga! Você os orgulhou e muito! – Hanne segurou em
sua mão.
-Hanne, preciso lhe pedir um favor.
-Qualquer coisa minha amiga!
Ariella segurou o braço de dela e deu uma mordida muito forte.
-Ai! Por que fez isso?!
-É lua cheia, o poder do lobo deve continuar, amanhã você será como eu! Honre a
memória de Helsing!
-Está bem, farei isso!
-Peter, não se destrua por minha causa, fique bem.
-Não existe um mundo para mim onde você não existe Ariella, estou destruído, nós
éramos um, se você for irei também.
-Não se preocupe, finalmente vou conhecer minha mãe, estarei com você para todo o
sempre!
Em seu último suspiro, Ariella segurou pela última vez a mão de seu amado e faleceu.
-Não! Ella! Amiga, acorda por favor! Irmã! Não, você não pode partir!
Ellaaaaaaaaaaaaaa!!
Peter ficou paralisado enquanto Jean consolava Hanne, ele olhou para Peter e ficou
preocupado.
-Senhor? Peter? Está bem?
-Eu encontrei o amor! Eu encontrei! – Ele sorriu
A pele de Peter deixou de ficar pálida, seus olhos ficaram castanhos, seus dentes não
estavam mais afiados e grandes.
-Senhor! O senhor está...
-Peter... – Hanne levantou a cabeça - ... você virou humano?
Ele olhou para os dois e de repente sua pele começou a envelhecer assustadoramente,
seus cabelos ficarambrancos, e aos poucos, seu corpo foi virando pó, ele olhou para
suas mãos num instante depois ergueu a cabeça e sorriu novamente.
-Adeus...meu amigo! – Disse Peter, o vento o levou como pó e ele desapareceu
Jean levantou Hanne do chão e eles ficaramolhando para as roupas de Peter.
-Ele se foi. – Jean estava perplexo
-Eu sinto muito Jean, os dois se foram, eles encontraram o amor e juntos partiram.
-Sim...juntos! É como eles estão agr.
Ao fim da batalha, o ancião Darling se aproximou de Hanne e Jean.
-Hanne, onde está a Ariella?
Ela apenas olhou para o corpo da amiga, depois olhou novamente para o ancião.
-Não, não pode ser.
Amis abraçou o corpo de Ella e chorou.
-Onde está Peter? - Ele perguntou
-Se tornou humano, ele se foi.
Após o acontecido, colocaram o corpo de Ariella em um grande altar, eles a vestiram
com as roupas de Peter a enrolaram em panos finos e queimaram seu corpo. Todos os
caçadores que também morreram foram enterrados próximo a um grande
monumento erguido em homenagem a Ella. Na tenta dos anciãos, assimcomo seus
pais, uma pintura de Ariella foi colocada, ela seria lembrada como uma grande
caçadora, sua pintura diferente da de sua
mãe foi colocada com os olhos de
Lobisomem, colocaram sua foto ao lado das
de seus pais, embaixo da pintura a frase:
“A Bloodcent descendente de Helsing que se
apaixonou por um vampiro e deu sua vida
para salvar aqueles a quem tentamos matar. ”
Hanne olhava muito a pintura de sua amiga.
-Ainda olhando para ela? – Perguntou Amis
-Eu ainda morro de saudade dela, apesar de
saber que ela está com os pais e com seu
amor agora.
-Ela sempre será lembrada, assimcomo os
outros: “Por nós lutaram...
-...por eles viveremos.
Os dois saíramda tenda e Jean estava
esperando por ela do lado de fora.
-Jean, o que faz aqui?
-Vim me despedir.
-Vai mesmo para outro país?
-É o melhor a se fazer.
-Bem, eu lhe apoio no que precisar.
-Eu queria poder ficar com você, mas... não quero virar pó!
-Ah muito engraçado!
-Você precisa manter a geração lobo, precisa de um humano para...
-Para me dar um filho? Eu sei.
-Sentirei sua falta.
-Eu também Jean.
-Só uma pergunta antes de ir.
-Diga!
-Qual o nome você dará a criança?
-Será Ariel, menino ou menina. O nome serve para os dois.
-Ariel...eu gostei.
Jean se despediu apenas com um sorriso e foi embora. Hanne, voltou a treinar os
novos Bloodcents que agora não atacavammais os vampiros, apenas se defenderiam
caso eles atacassem. Ela se tornou a mova caçadora chefe no lugar da amiga,
segurando firme o colar de Ariella, Hanne olhou para o céu e sorriu.
-Espero que você não esteja dando muito trabalho aí, estará para sempre em meu
coração. Curta bastante o Peter agora que a aparência dele é de humano. Eu te amo
Ella, minha irmã.
Fim.
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Um amor proibido

  • 1. Bloodcents - Um Amor Impossível Á muito tempo, havia uma cidade tomada pelo medo, a cidade de Bloodstone estava um caos, tomada pela fúria das trevas e guiada pelas criaturas da noite, monstros terríveis sedentos de sangue, os vampiros. Durante décadas os cidadãos só tinham uma escolha para sobreviverem a esse apocalipse: se esconderem. Durante o dia eles mantinham a vantagem da luz solar, mas a noite suas vidas corriam perigo o tempo todo, era impossível lutar contra as criaturas. Eles tinham a força de mil homens, tinham velocidade e tinham a imortalidade, não era possível detê-los. Mas um dia Thomas August, um homem famoso nas cidades vizinhas, era um caçador de vampiros, ele foi até Bloodstone e teve um plano arriscado, ele juntaria muitos jovens da cidade e os levaria para longe onde os ensinaria a proteger seus entes queridos dos demônios da noite. Todos os jovens da cidade tanto homens como mulheres aceitaram o desafio e partiram com Thomas. Após um longo tempo de treinamento eles estavamprontos para enfrentar os vampiros e acabar com a praga da cidade, eles foram chamados de Bloodcents (sangue inocente) que sob um juramento prometeram proteger e cuidar de sua cidade: “No dia mais claro ou na noite mais escura, sob minha espada permanece o estandarte, proteger os fracos me tornando mais forte e aos demônios da noite dá- lhes somente a morte! ”. Entre esses jovens haviamdois em especial, seus nomes eram Rebecca Livian e Damian Moullin, por muito tempo eles se olharam e uma paixão surgiu, eles eram guerreiros poderosos e de uma força tremenda, juntos eles conseguiam semmedo derrotar o inimigo. Damian se impressionava com sua amada ela tinha uma força extraordinária e sempre ganhava suas lutas. Como estavam em tempos de grande guerra eles resolveram se casar embaixo de um sicômoro em uma bela noite de lua nova. A batalha parecia não ter fim, os monstros se multiplicavam a cada dia, após um tempo juntos, Rebecca conta a Damian que está grávida, ele temeu pela vida de seu filho, afinal eram tempos difíceis e não fazia ideia de como o protegeria. Se passaramnove meses, estava na hora de Rebecca ter o Bebê, os Bloodcents estavam sendo atacados pelos vampiros Damian estava escondendo sua amada numa velha cabana longe do vilarejo, ela já sentia as dores do parto.
  • 2. -Damian, meu amor, você precisa ir! Precisa ajudar nossos amigos! – disse Rebecca, ela estava suando frio. -Eu nunca faria isso, não posso deixar você e nosso filho sozinhos! -Os vampiros estão atacando, precisam de nossa ajuda! -É exatamente por isso que você deve ficar aqui! Nosso filho já vai nascer, se concentra meu amor e traga essa criança ao mundo, ficaremos bem. Rebecca sorriu, mas estava preocupada com seus amigos. Damian já estava desnorteado tinha de dar atenção a amada e vigiar a entrada da cabana. Depois de um tempo ajudando sua esposa com o parto, a criança nasceu. -Meu amor...é uma menina! – Damian segurava sua filha -Ela é linda, seu nome será Ariella, ela será ainda mais forte que nós dois. -É um lindo nome, minha pequena Ariella. -Cuide dela, e a proteja. -Não fale assimmeu amor, vamos cuidar dela juntos! Um barulho estrondeante assustou a família, alguém estava tentando invadir a cabana. -Damian Moullin, eu sei que está aí dentro com sua “esposinha” grávida, deixe-me entrar, eu só quero conversar! – Dizia a voz enquanto tentavam arrombar a porta -Damian, esse é ... -Martíriam Polanski, o Vampiro líder – respondeu Damian a Rebecca. -Ele vai matar nossa filha – disse Rebecca enquanto tentava alcançar a espada -Rebecca, fique parada, eu dou um jeito. -Estou perdendo a paciência Moullin! – Disse o vampiro Damian correu para a porta dos fundos com Ariella nos braços e enquanto tentava abrir a porta, Martíriam invadiu a cabana, Rebecca se levantou rapidamente do chão e foi para cima do vampiro. -Damian corre! Salve nossa filha! Em um impulso ela ataca o monstro e ele sempiedade arranca seu coração, Damian grita em sofrimento ao ver sua amada cair. -Nãããããooo!!! O monstro sorri, e seu sorriso mostra comemoração -Eu avisei Damian, vocês não podem contra nós! Depois que eu beber todo o sangue de sua querida esposinha morta, eu vou pegar a sua filinha e vou fazer isso enquanto você assiste à aniquilação de sua familiazinha patética!
  • 3. Ao mostrar os dentes de predador, o vampiro vai para atacar Damian, como por um milagre o sol nasce, num grito de horror o monstro vai embora junto com os seus. Em pranto abraçando sua filha Damian vai até o corpo de sua amada: -Rebecca, meu amor, eu prometo que vou cuidar dela, nossa filha será uma caçadora de vampiros e ela será a mais forte e poderosa de todos. Eu te amo meu amor, descanse em paz! Após velar o corpo de sua esposa, Damian foge de Bloodstone, vai embora com sua filha para longe. Ele se dedica em sua criação para cumprir o que prometeu a Rebecca, ele treina Ariella e a transforma numa grande guerreira, aos 12 anos ela se torna inteligente, e estratégica sabendo exatamente como empunhar uma espada ou arma, mas em seu coração a dor de nunca ter conhecido a mãe, ela cresce sabendo o que a matou e promete ao pai que um dia irá se vingar, irá vingar a morte de sua mãe! -Pai! -Diga Ella -Como foi quando conheceu a mamãe? Como ela era? -Sua mãe era maravilhosa, era a mais bela de todas! -Qual era a idade de vocês quando se conheceram? -Nós tínhamos 16 anos, éramos parte dos recrutas de Bloodcents... -Os caçadores de Vampiros! – Ariella apontou sua espada ao céu -Isso mesmo, os caçadores de vampiros. -Mas então, o senhor conheceu a mamãe lutando? -Na verdade foi bem menos complicado que isso. -Como assim? -Digamos que foi amor à primeira vista. -Essas coisas não existempai! -Claro que existem, quando a vi eu sabia que ela seria minha! Eu nunca me esquecerei daquele dia. -Me conta... como ela estava?
  • 4. - Ela estava lindíssima, tomando uma bebida com uma das amigas dela, nunca esquecerei aquele olhar, ela era a mais bela que já tinha visto, aqueles olhos me tiraram o fôlego, ela tinha cabelos lindos uma pele... tão linda em tudo... -Eu pareço com ela pai? -Demais, você é igualzinha à sua mãe. -Então eu só preciso olhar no espelho para saber como ela era? -Exatamente Ella! -Que incrível! Eu queria ter conhecido ela. -Eu sei, sua mãe as vezes me intrigava. -Por que diz isso? -Às vezes do nada ela sumia, e do nada voltava, odiava sair em noite de lua cheia ou... se bem que ela odiava sair em qualquer noite, ela era meio traumatizada, viu os pais serem mortos por um vampiro. -Coitada da minha mãe! -Nem me fale minha filha, ela sofria muito e ... bem eu tenho que te contar um segredo de sua mãe, ela ... -Damian! – ele é interrompido por um grito de fora da casa -Sebastian?! (Um dos antigos parceiros nos Bloodcents) O que está fazendo aqui? -É Martíriam, o vampiro, ele voltou a Bloodstone, está fazendo um caos por lá! -Papai, quem é Martíriam? -Martíriam Polanski é o monstro que matou a mamãe Ariella! Eu tenho que ir atrás dele filha. -Eu posso ir também? Vou ajudar a vingar a mamãe! -Não Ella, você vai ficar na casa do meu amigo Sebastian, ele tem uma filha também, vocês podem ser amigas e ... -Não pai! - Disse Ariella chorando – Eu não quero ficar semo senhor! Ele se ajoelhou na frente dela
  • 5. -Eu sei que não quer minha princesa, mas é preciso! Eu prometo que vou voltar! -Promete mesmo? -Mas é claro! Venha me dê um abraço. Ella abraçou seu pai com dor no coração, ela temia por ele. -Não se preocupe Ariella... – disse Sebastian – Você e minha filha Hanne, serão boas amigas! Ariella viu seu pai subir no cavalo e cavalgar até Bloodstone, ela torcia para que ele ficasse beme voltasse para ela. Depois de muitas semanas, Ella ainda esperava seu pai, olhando pela janela alémdo horizonte. Num dia de chuva frio e sombrio ela avistou um cavalo vindo em direção a casa, não era ninguém que ela conhecia, era um homem alto vestia um manto preto e tinha um grande chapéu, ele bateu a porta e ela foi correndo até lá para ver o que o homem misterioso queria, quando chegou a porta ela viu a esposa do Senhor Sebastian e o homem conversando. -Senhora Royer? – Falou Ariella – Quem é esse homem? Os dois olharam para ela, a esposa de Sebastian estava chorando e o homem respondeu: -Olá Ariella, sou Cassian Hupson, eu lutava com seu pai. Ella começou a ficar com lágrimas nos olhos, e com a voz trêmula ela perguntou: -Onde está meu pai? Por que ele não veio com o senhor? O homem olhou para a Senhora Royer, buscando palavras para contar a menina, ele entrou na casa e abaixou para falar com ela, tirou o chapéu grande e olhou em seus olhos. -Ariella, seu pai foi um homem muito valente, ele lutou por todos nós e conseguiu derrotar um vampiro muito poderoso, ele e o Senhor Royer o derrotaram, mas eles não sabiamque Martíriam tinha um filho, o Filho desse vampiro matou seu pai, sinto muito. Por um instante Ariella paralisou, nesse momento Hanne Royer entrou na sala perguntando de seu pai, a mãe dela a abraçou e contou tudo. O senhor Cassian olhou para Ariella esperando uma reação de choro e desespero, mas ela apenas se calou. -Minha querida. – Disse Cassian preocupado – Você está bem? -Meu pai fez... o que precisava fazer! Eu jamais discutiria suas ações, ele fez isso para vingar minha mãe, e agora é minha vez, eu vou vingar minha família, os vampiros tiraram tudo de mim, pois então eu tirarei tudo deles!
  • 6. Os olhos dela estavamcheios de água, mas ela não derramou nenhuma lágrima, Cassian não sabia o que dizer a ela, ele acenou positivamente com a cabeça se levantou, despediu-se da Senhora Royer e foi embora. Hanne viu a situação da amiga e foi falar com ela. -Ella, eu também estou com raiva disso, meu pai também morreu! E eu sei que juntas eu e você vamos conseguir derrotar todos os vampiros! Esses monstros irão pagar caro! As duas se abraçaram e ali fizeram um pacto de amizade, ficariamjuntas e derrotariam todos os vampiros que existiamsem misericórdia e sob o juramento Bloodcent! 8 anos se passaram, Ariella e Hanne se tornaram famosas caçadoras, seus nomes corriam por todos os lugares e os vampiros as temiam, elas eram destemidas e não tinham medo de absolutamente nada! Elas tinham uma missão, maior do que sua própria existência, elas queriam a aniquilação de todos os vampiros para vingar seus pais! Os monstros tiraram tudo delas, sua vida, sua família e sua infância. Aos 20 anos as duas nunca brincaram de boneca, ou de casinha, nunca ouviram histórias sobre princesas e castelos, nunca acreditaram no amor, sua vida era encontrada na morte, sua maior bandeira era a espada, o medo era algo desconhecido para elas. Ariella era ainda mais corajosa e forte, seu sobrenome “Moullin”, vem da história de um guerreiro famoso, Damian Moullin, seu pai! Depois de todos esses anos ela nunca esqueceu, ela queria orgulhar seus pais, ela não podia desonrar a memória dos melhores caçadores que já existiram, Rebecca e Damian Moullin, que deram suas vidas para proteger todo um povo, manter um nome assimtão forte era uma grande responsabilidade para ela, e precisava de força para isso, e é assimque a história de Ariella Moullin a caçadora de vampiros começa! -Bom dia Ella! Dormiu bem? – Hanne está com uma bandeja de chá com biscoitos na mão
  • 7. -Eu não entendo como você sempre acorda tão bem-disposta de manhã – falou Ariella com cara de tédio – Eu não tenho toda essa ... “animação” digamos assim. -Mas por que não? Olhe lá fora, o sol está brilhando o dia está lindo e ... -E o vampiro que matou meu pai ainda respira, não vejo motivos para sorrir! -Ahhh!! Menina você só pensa nisso, tenta focar em outra coisa! -Tipo o que? Chá com biscoitos? -Não, garotos. -Garotos? -É! Qual foi a última vez que você namorou? -Eu nunca namorei! -Exatamente! Esse é o problema, os caras têm medo da gente por sua culpa! -Minha culpa?! -É você se veste igual homem, e eu tento acompanhar você e ... -... E de vez em quando eu vejo você vestida igual princesinha! -E o que tem demais nisso? Eu sou mulher e me visto como tal! -Olha só, eu não quero falar sobre isso, digamos que o homem que esteja ao meu nível não existe! São filhinhos de papai ou querem trabalhar em casa... -Tem muitos homens que são Bloodcents, você pode procurar um entre eles o que acha? -São horríveis e moribundos, se for para eu gostar de alguém ele pelo menos tem que tomar banho né! Eu não quero pensar nisso ... nem um pouco! -Você se esquece que uma das coisas mais bonitas nos seus pais era o amor deles, sua mãe ficaria feliz de te ver com alguémque você ama e que ama você também. -Eu prefiro lutar, e vingar os meus pais! -E quando você vingar eles e vai fazer o que Ariella? E se você fizer isso quando tiver 60 anos? Os vampiros são imortais, você não! Nunca vai viver o amor? Nunca vai viver nada? Como espera que ... -Chega Hanne! Já chega! Eu sou uma caçadora de vampiros, minha vida encontrarei na morte, minha maior bandeira é a minha espada, minha felicidade é derrotar as criaturas das trevas! Já esqueceu o juramento que fizemos? “No dia mais claro ou na noite mais escura, sob minha espada permanece o estandarte, proteger os fracos me tornando mais forte e aos demônios da noite...
  • 8. -“...Dá-lhes somente morte! ”, é eu sei o juramento! Mas eu não vou passar o resto da minha vida sozinha! Meus pais amaram um ao outro, e desse amor surgiu uma criança, quero ter minha própria família, mesmo que os vampiros tirem eles de mim, eu vou ter experimentado uma felicidade longe de espadas ou morte! Pense nisso Ella, pense nisso. Hanne bateu a porta da frente deixando Ariella sozinha. Ella não podia entender essa obsessão se Hanne por ter alguémque a amasse, as pessoas que mais a amaram estavam mortas, para ela nada mais fazia sentido. Enquanto Ariella tomava seu café da manhã, ela olhou pela janela havia um tumulto estranho, pessoas correndo e estavam assustadas, ela se levantou e foi até a janela, nesse momento Hanne entra assustada emcasa. -Ariella! -Que foi? O que aconteceu? -Uma pessoa morta, acabou de ser achada num celeiro fora da cidade! -Conhecemos? -Não, mas o que assusta é o Bilhete que estava com o cadáver. -Que bilhete? As duas foram até o local, quando chegaram ao celeiro o cheiro era insuportável o homem estava aos pedaços, havia sangue por todos os lados e a palha que lá estava também ficou ensanguentada. -“Esse é só o começo para Bloodstone, nós estamos de volta! ”. – Hanne leu o bilhete -“Nós estamos de volta”? O que quer dizer? -Olha, “ assinado Peter Vladescu”. - Peter Vladescu? Não é aquele vampiro que tem aterrorizado milhões de cidades? -Sim, dizem que todos os caçadores que cruzam com ele, morrem! -Ouvi falar que ele é extremamente poderoso... -Precisamos nos preparar e principalmente, preparar a cidade toda! - Vamos falar com os anciões dos Bloodcents, eles vão nos dizer o que fazer. Ariella e Hanne pegaram seus cavalos e foram até o centro da cidade, lá ficava localizada a casa Bloodcent, o centro da vida dos caçadores de vampiros. Era uma pequena cabana rústica, velha e mau acabada, pelo menos era o que aparentava... -Bom dia! – Ariella entra na cabana – Precisamos falar com os anciões! Uma moça ingênua e inofensiva, ficava sentada perto da porta em uma mesa velha, ela era bonita e seu nome é Catherine, e poucos sabiamo porquê de ela estar ali.
  • 9. -Ariella, Hanne, que bom vê-las! Querem falar com os anciões tão cedo assim, por que? -Se o assunto fosse da sua conta falaríamos com você! – Disse Hanne -Hanne, Hanne – Falou Catherine– Você ainda tem raiva de mim porque roubei seu namoradinho? Hahahaha Hanne foi para cima dela e Ariella colocou o braço na frente impedindo. -Escuta aqui assombração, seu trabalho é abrir a porta para os caçadores e fingir que é pobre para invasores, abre a porta antes que eu abra sua cabeça! – Ariella disse furiosa -Sim senhora, descendente Moullin, se acha só por causa dos pais! – Catherine se levantou e foi até uma parede, ela puxou um candelabro para baixo, uma passagemse abriu, era um túnel subterrâneo que ia para o centro da casa Bloodcent. – Podem entrar os anciões estão esperando. Elas se olharam de forma ofensiva e entraram. Era como catacumbas, um túnel longo e largo, elas andaram por um tempo, quando chegam a um tipo de vilarejo, tudo subterrâneo, jovens e mais jovens treinando, afiando as espadas, arrumando suas armas, eles param e olham para elas, todos as conhecem, as mais fortes caçadoras de vampiros e mais famosas também, além do vilarejo tem uma tenda maior, é onde ficamos anciãos, são caçadores de tempos passados, a tenda era colorida e muito arrumada, bem na entrada havia uma pintura de Thomas August, e depois pinturas dos maiores caçadores do passado, inclusive os pais de Ariella e Hanne. No centro da tenda ficavamas cadeiras onde os anciãos se sentavampara ouvir os casos. O principal ancião era Amis Darling, ele é o mais antigo caçador de vampiros que veio de outras terras para Bloodstone. -Ariella, minha querida! – Amis saiu do fundo da tenda e de braços abertos a saudou lhe dando um grande abraço – Como você está? Estou a tempos semnotícias! Você some da cidade para caçar vampiros em outros lugares e não me conta absolutamente nada mocinha! -Perdão grande Ancião, as vezes tento seguir meu caminho sozinha, sem precisar seguir ordens. -É mas me leva junto né! – Disse Hanne cruzando os braços -Pois é me desculpe. -Mas então... – Amis foi se sentando em uma das cadeiras - ...O que trouxe vocês até mim? -Um homem morto senhor, - falou Ariella – E com esse homem uma ameaça a nossa cidade, vinda de um vampiro chamado Peter Vladescu. -Peter Vladescu? O vampiro sanguinário? -Sim senhor. – respondeu Hanne – O senhor sabe quem é?
  • 10. -Claro que sei! – Amis parecia estar muito assustado – Mas ele dizia voltar a cidade? -Sim. – Ariella respondeu – Ele disse que esse é só o começo para Bloodstone, o que isso quer dizer senhor Darling? -A alguns anos, Peter esteve aqui na cidade em um desses passeios que os vampiros fazem em Bloodstone, ele matou dois dos meus melhores caçadores, e se foi, nunca mais tinha voltado até agora, ele foi o vampiro que matou Thomas August e toda a sua família, ele é o mais cruel de todas as criaturas. Nunca vi tanta maldade em um monstro desses! -Ele é velho? – Perguntou Hanne -Ele tem 260 anos, mas tinha 21 quando foi transformado pelo pai. Toda a família de Peter estava sofrendo com uma praga, o pai dele foi atrás de uma solução, foi transformado pelo próprio Conde Drácula, durante anos foi servo dele. Quando o pai de todos, Van Helsing (era chamado de pai de todos por ser o primeiro caçador) matou o Conde Drácula, o Pai de Peter se tornou o Vampiro líder! -Onde está o pai desse Peter? – Ariella ficou curiosa -O pai dele foi morto por um de nós. -Então quer dizer que a aparência desse vampiro perigoso é de um jovem como nós? Ele era só um ano mais velho? – Hanne quis saber -Exatamente isso, minha querida. – Amis ainda estava assustado - Senhor! – Disse Ariella se ajoelhando apoiando-se em sua espada – Como considerada, sou a melhor caçadora dentre todos os jovens Bloodcents, eu peço que me dê permissão de caçar e aniquilar esse monstro! -Minha criança, essa criatura não pode ser caçada por um só, ele deve ser perseguido e destruído por todos nós juntos, você não conseguirá sozinha. -Senhor primeiro Ancião Darling, eu não quero arriscar a vida de meus colegas, provavelmente o vampiro que matou meus pais é um dos servos desse Peter, eu preciso encontra-lo para saber de meus pais! É algo que devo fazer sozinha! -Não lhe dou permissão Ariella, é suicídio, os melhores caçadores já tentaram e falharam e você... -E eu ainda sou melhor que todos eles juntos, o senhor sabe disso! -É eu sei, mas fará isso comseus colegas, não tem minha permissão! – Amis se levantou e foi até Ariella, segurou em suas mãos – Minha criança, faço isso por você e seus pais que não iriam gostar dessa sua atitude, por favor me entenda. -Sim senhor! – Falou Hanne imediatamente esperando que a amiga dissesse também -Claro... Senhor. – Ariella não estava nada satisfeita e saiu da tenda furiosa
  • 11. Hanne olhou para o primeiro ancião como quem pedia desculpas e foi atrás da amiga -Ariella espera! -Ele que pensa que vou ficar parada esperando esse monte de despreparados me atrapalharem a fazer o meu trabalho! -Seu trabalho? – Hanne agarrou forte o braço de Ariella e a virou – É o nosso trabalho, nosso, para de se achar a melhor de todas! Não ouviu o que disse o senhor Darling? É suicídio, e eu não quero que você morra, é a minha única família! Depois que perdi meu pai vi minha mãe ser estraçalhada por um vampiro, você não viu seus pais morrendo, eu presenciei isso e não fico por aí buscando uma vingança inútil que não vai me levar a nada! Pare com isso! -“Vingança inútil”? Como pode me dizer isso? Esse é o objetivo da minha vida! -É um objetivo idiota! Caramba Ella, você já tem 20 anos eu nunca vi você curtir ou dar um sorriso! -Eu sou órfã de pai e mãe, eu nunca conheci minha mãe e ... -E tem caçadores aqui que não conheceram nenhum dos dois, foram criados pelos anciões, 90% dos caçadores são órfãos, mas eles não são tão chatos e sem graça como você, eles curtem, eles são felizes, tem sonhos e objetivos, você só quer essa maldita vingança, estou tentando colocar juízo na sua cabeça, você é a minha única família e eu não posso perder você também! Ariella ficou em silêncio por alguns instantes, ainda estava nervosa, mas resolveu ouvir a amiga. -Está bem Hanne, eu não vou. Ficarei em casa. -ISSO!!! Uhuuuu! Consegui martelar essa cabeça dura! -Idiota. – Ariella riu – Vamos para casa! Naquela noite, Ariella ficou inquieta, ela queria fazer o que a amiga e o primeiro ancião pediram, mas ela não pôde. Depois de algumas horas esperando Hanne dormir, ela se vestiu para ir atrás do vampiro, pegou suas armas e saiu, quando passou pela porta viu uma mulher chorando. -Senhora, o que houve? -Ariella! Você é a caçadora de vampiros famosa. -Sim, sou eu, aconteceu alguma coisa? -Meu marido, ele insistiu que queria buscar água agora a noite, eu falei para ele não ir, ele ainda não voltou estou preocupada! -Não se preocupe senhora, vou encontrar seu marido!
  • 12. Ariella pegou seu cavalo e se dirigiu até a saída da cidade, ela estava indo em direção ao poço de água fora de Bloodstone, ela entrou pela mata e deixou seu cavalo mais distante para que ele não fizesse barulho. Ela ouviu ruídos e se aproximou do poço, foi quando ela viu o marido da senhora sendo morto por um vampiro, ela não pôde aguentar ver aquela cena, ela saiu da mata e sacou sua arma, o som da arma sendo destravada fez o vampiro levantar o olhar e largar o corpo no chão. -Fique paradinho aí! – Disse Ariella – Não se mexa ou eu atiro, bem no meio desse coração que você não tem, minhas queridas e belas balas de madeira nunca erram o alvo! O monstro sutilmente foi limpando o sangue de sua boca e sorriu. -Quem é você? – Ariella perguntou – Me diga seu nome! Por que fez isso? -Olá Ariella, como vai você? -Como sabe meu nome? -Sinto cheiro de um Moullin à distância. -Conheceu meu pai? -Todo vampiro conhece seu pai, ou pelo menos conhecia né. -Não ouse difamar meu pai! -Eu nunca tentaria algo assim, com o seu querido papai. -Você sabe quem eu sou, mas não sei quem você é! -Claro que sabe! Todos sabem meu nome, mas ninguém é digno de pronunciá-lo, eu sou o líder das criaturas da noite! -Peter Vladescu? – Ariella se assustou -Tcharam! Palmas para mim! Obrigado! Obrigado! -Para de ser idiota, eu conheço sua fama, sei bem do que é capaz! - Eu sou capaz? De que? De ser bonitão? -De ser um pé no saco isso sim! Você acabou de matar um homem! Não está nem aí para isso? -Ah, eu estava com fome, e ele parecia ser um lanchinho da melhor qualidade.
  • 13. -Você é um idiota em dose dupla! -Talvez sim, talvez não, cansei de ouvir histórias sobre você Ariella, a caçadora mais poderosa de todas, mas para mim é só um bichinho assustado! Hahahaha, essa coisa de caçadores é uma piada. -Não somos piada, somos guerreiros guiados por um estandarte e uma missão poderosa que você jamais entenderá! -Ah sei, estandarte, missão e blá blá blá, como é mesmo aquela frase ridícula que vocês falam é ... “Num dia escuro... na noite clara...” -Ô Bocó, é “Num dia claro e numa noite escura”! -Tanto faz é ridículo! Vocês parecem escoteiros é patético! -Patético é um monstro como você que não tem piedade nem dó de nada, você mata por diversão, destrói famílias, crianças órfãs, pais perdendo os filhos e você se diverte! Ariella ia puxar o gatilho, Peter usou sua velocidade jogou a arma dela no chão e agarrou seu pescoço. -Estranho... – Peter falou enquanto a analisava – Nesse momento, quando eu agarro um ser humano pela garganta, olho fundo em seus olhos, só consigo sentir cheiro de medo, não importa se é um caçador ou um cidadão idiota, a fraqueza humana me dá tédio, mas em você, eu não sinto absolutamente nada, você nem se quer treme, eu não sinto o cheiro do medo! Por que você é diferente? -E-eu não... s-sou como... os outros – Ariella estava ficando sem ar – A m-morte é a minha vida ... assim é ... um caçador! -Ah essas frases dos escoteiros, é tão patético como vocês acham que são invencíveis, você matou tantos dos meus, acho justo eu devolver esse favorzinho, vou começar pela sua amiguinha, como é mesmo o nome? Hanne, hahahaha! - Fique... longe dela! -Você é forte, mais do que os outros que matei, não vou matar você, vou deixar você viva, sabendo que não conseguiu me matar, vou acabar com alguns dos seus coleguinhas de trabalho, e prometo que no fim, quando você estiver semninguém eu vou atrás de você!
  • 14. Peter sorriu e jogou Ariella no chão, depois desapareceu. Ariella ficou assustada, nunca tinha enfrentado um vampiro tão forte, ela poderia ter morrido, mas seu medo agora era o fato de estar viva. Quando foi até seu cavalo ela ouviu gritos, e voltou para a cidade, quando chegou lá muitas casas queimavame havia pessoas mortas por todos os lugares, inclusive alguns caçadores. Ela viu Hanne cuidando de um ferido, e ela quando a viu veio em sua direção. -Ariella o que você fez? -Eu ... eu ... -Fez aquilo que eu e o senhor Darling pedimos para você não fazer! Foi atrás do vampiro! -Na verdade eu só... -Não quero ouvir uma palavra da sua boca, isso é tudo culpa sua, você só sabe obedecer a si mesma, e as pessoas sofrempor causa disso! -Hanne, escuta... -Já chega, vá para casa, vou ficar cuidando dos feridos, 4 caçadores morreram e outros 10 inocentes, temos muitos feridos, muitos mesmo, fique em casa e não saia de lá. Ariella desceu do cavalo e o puxou até em casa, ela foi vendo a situação da cidade, os mortos, os feridos, sua mente estava pesada e ela se sentia culpada. No outro dia de manhã, ela foi chamada a sala dos anciãos, os gritos de Amis podiam ser ouvidos dos 4 cantos da terra... -Eu nunca vi tanta irresponsabilidade! Como pôde me desobedecer dessa maneira? Não foi atitude de uma Bloodcent, agiu feito uma criança mimada, sua irresponsabilidade fez 14 pessoas morrerem e deixou 37 feridos, que Deus ajude que ninguém se torne um vampiro! Eu pensei seriamente em tirá-la do cargo de caçadora chefe, aliás de qualquer cargo que tenha aqui! Você não seria mais uma de nós! Esse vampiro ameaçou nossa cidade, vai continuar voltando até que tenha aniquilado a todos nós com seu exército de monstros! Você pensou nisso? Ou só pensou em seu ego? Você está suspensa de suas atividades como caçadora por tempo indeterminado, eu fui claro?! -Sim senhor primeiro ancião Darling! -Ótimo, retire-se daqui por favor, seu pai e sua mãe teriam vergonha de você agora! Ariella se retirou da tenda dos anciãos de cabeça baixa e envergonhada, se sentindo culpada pelo que aconteceu, apesar disso tudo ela continua com sua cabeça dura querendo acabar com Peter pelo que ele fez. Enquanto isso no castelo de Peter Vladescu... -Jean! – gritou Peter ao seu criado/melhor amigo – Onde você está?
  • 15. -Estou aqui senhor! Já cheguei! -Jean, estou intrigado. -Por que senhor? -Jean, quem eu sou? -Conde Peter, senhor. -Ora homem, diga meu nome todo! -Senhor, está bem, Conde Peter Giuseppe PolanskiVladescu. -Eu lhe perguntomeucaroJean, quandofoi que deixei umhumanovivoapóssegurá-lopela garganta? -Peloque eusei,meusenhor, issonunca aconteceu. -Exatamente Jean,entãopor que eua deixeiviver?! -Ela,senhor?Que mulhero senhordeixoucomvida? -AriellaMoullin,Filhado Damian. -O senhorodiavaDamian Moullin,porque permitiu que a filhadele vivesse? -Elatem algoque me despertouumacoisa diferente. -Que tipode coisa,senhor? -Nãoqueromatá-la,masprotege-la. -Issoé perigososenhor,que osoutrosnãoo escutem. -O que é issoque estousentindoJean?Exijoque me explique! -Senhor,nãosabesoque é issoa 239 anos,entendoque tenhaesquecido,eutenhoapenas 122 anos,o senhoré 138 anosmaisvelhoque eu,maseu aindasei comoé. -Sabe o que?Fale de umavez! -Sabero que é amar, meusenhor. -Amor?Hahahaha!Acha mesmoque eusentiriaalgoporuma humana,oupor qualquercoisa que exista?Em260 anosde vidaeununca tive misericórdiade ninguém, nuncative sentimentose ... -Exatamente senhor,porque sófoi aconteceragora?
  • 16. -NãosejaridículoJean,vampirosnãosentem, issonostornariahumanosnovamente! -Eu entendosenhor,esperoque nãosejaseucaso,todavia,tome cuidado,se estiverpensando nessamulher,filhade seuinimigo,provavelmentese apaixonou.Comlicença,senhor. -Pode irJean,obrigado. Peterficoupensativo,ele tinhamedodoque estavasentindoemrelaçãoaAriella,ele precisavavê-lanovamente. -Jean! -Simsenhor. -Vamosatacar Bloodstone! -Porque senhor? -Eu precisode motivosparamatar humanos? -Nãosenhor,vouconvocaros outros,com licença. Peterconvocoutodoo seuexércitode criaturaspara atacar a cidade de Bloodstone,ele queria matar Ariellaparaprovara si mesmoque nãosentiaabsolutamentenadaporela.Em um comandotodosos vampiros começarama atacar a cidade.Oscaçadores acordam e tentam defende-la,pessoascorrendoe gritosde agoniae medoportodosos lados,Peterassistiaa tudo. -Vocêsaí! – Peterchamou6 de seusmonstros – Vão atrás da Moulline seguremelaparamim. -Simsenhor! – Responderam. Elesforamatrás de Ariella,procuramporseucheiro,ocheirodosangue Moullin,elaestava lutandocomdoisvampiros,osenviadosde Peteracercaram e começarama machucá-la,um delesarranhoucomforça o braço delae quando elase deuconta muitosangue estava escorrendo,elesnãoestavamresistindoaosangue quandoiamataca-la... -Já chega! – Gritou Peter– Por que a machucaram? -Perdãosenhor,nósapenas... -Silêncioenquantoeufalo!Vocêsvãoaprenderanuncamais desobedeceremminhasordens! Peter começou a mata-los um por um, Ariella estava com muita dor e caída no chão, ela viu aquela cena, onde o vampiro chefe estava despedaçando seus subordinados. Quando ele terminoude matar a todos olhoupara elasatisfeitoe sorriu,elanãoparecia tergostado muito do que ele fez. -Qual seu problema? Por que fez isso? – Perguntou Ariella
  • 17. -Ora, mas quanta ingratidão! Eu estava protegendo você e salvando sua vida! -Haha,deixaeuverse entendi, você estavatentandome salvardos vampirosque você mandoupara acabaremcomigo?Jeitoengraçado de salvar alguém! -Você realmenteme tiradosério! Qual seuproblema? -Meuproblema?Meuproblema?! Você invade minhacidade,mataos cidadãos,me ataca e euque tenho problemas?Você é burro por acaso? -Tudobem,me desculpe porinvadiracidade,maseuvimpara matar você. -Rham,me matar? Estou bemna sua frente,desarmadae ferida,oque te impede? -Absolutamentenadame impede,euapenas... -Entãopara de enrolare acabe logocom isso,vai conseguiroque sempre quis,acabarcom os caçadores! Peterficousemreação,nada nele queriaamorte dela,issoopreocupava,ele olhoufundoem seusolhos,ocheirodo sangue delanãolhe davafome,suafragilidade nãooaborrecia,ele queriaapenasprotege-la.Enquantoele olhavaparaelasemsabero que fazer,osolhosde Ariellaficaramtrêmulos,elaestavaficandotontahaviasidoatingidafortementenacabeça,ela perdeua forçaem seucorpo e desmaiou.Quandoelaiacaircom a cabeça nochão Peter a segurou,ele ficouobservandoelaenquantoestavadesmaiada,estavaencantadocomseus lábios,seuscabelos,tudonelaoatraía,ele estavasentindoalgodiferente,pelaprimeiravez depoisde maisde doisséculosde existênciaele ouviuseucoraçãomorto,bater. -Senhor! – GritouJean – Osanciãos,elesjuntaramtodososcaçadores temosque sairdaqui! -Sim,eujávou! – Disse PeterenquantopegavaAriellanosbraços. -O senhorvai leva-la?!–Jeanperguntouassustado -É, euvou,qual o problema? -Nenhum,senhor.Façao que achar melhor. Jeannão estavaentendendooque haviaacontecidocomseumestre,ele temiaque osoutros servosda noite descobrissemque seulíderhaviase apaixonadoporumahumana,declarariam guerracontra seuprópriosenhor.Peter nãoimportavacomnada,ele estava comelanos braços e não conseguiapensaremoutracoisa que não fosse somente nela,elequeriatê-la, mas não morta,ou como alguémparabebero sangue,ele aqueriapertodele.Ele alevoupara seucastelo,quandochegaramláele a escondeude todososcriados,a levouparaum quarto numatorre alta,colocouelana cama e a cobriusorrindo.
  • 18. -Até amanhã. – Ele sussurrouenquantopassavaamão emseucabelo. Apóssair doquarto, ele pensounoque tinhafeito,masnãose importou,ele sóqueriaque ela acordasse para olharem seusolhosnovamente. No outrodia,quandoArielladespertoujáestavaanoitecendo,elaolhouemvoltameio confusasemsaberonde estava,elasentiamuitadorno braço e na cabeça, olhoupara frente e viuuma banheira,elachegouasuspirar,precisavade umbanho,elatirousuas roupase deitou na banheira,elanemse preocupouemolharonde estava,aindasentindoogolpe nacabeça não se deuconta de que estavaem lugarque nunca tinhavisto,semse importarfoi tomar seu banho. Peterdespertoueufórico,estavaanimadoparaverAriellaacordada.Ele subiuaté atorre e resolveuentrarpelajanela,não queriaque elao visse.Ele chegou ao quarto,mas não a viuna cama, foi quandoPeterviuumacena que depoisde tantotempoele nemlembravacomoera,uma mulhertomandobanhonasua frente.Arielladepoisdobanho caiu emsi e percebeuque não estavaemum lugarcomum, ela caminhouaté a janelae viuque estavana torre de um castelo, Peterestavasentadonasmadeiras que seguravamo teto,ele não conseguiapararde olharpara ela. -Caramba,onde é que eu estou? – Ariellase perguntouolhandoparatodososlados Ela vestiusuaroupanovamente,enquantocalçavaseussapatosJeanbateunaporta. -É.… pode entrar... – disse ela -SenhoritaElla,eusouJean,JeanVincentBonnet,souumdoscriadosdesse casteloe ... -Você é um vampiro?! – Ariellaolhouparaos ladosprocurandoalgopara usar de arma -Nãose preocupe senhorita,estátudobem, esse é ocastelo doconde Peter,estáseguravocê é umaconvidada. -Conde Pi ....Aquele canalha,tarado,vampirosemnoçãome trouxe parao castelodele?! Onde ele está?Voumatá-lo! -Creioque mataro anfitriãonãoajudará emnada senhorita,creioque, meusenhor, está...– Jeanolhoupara o tetoe viuPetersentadoacenandoparanãodizerque ele estavaali – Creio que está...que está... -Que está...que está aonde meufilho? -Bem,ele é muitoocupado,temseusafazeres,deve estaremseusaposentosrealizando... algumatarefa...importante.
  • 19. -Tarefaimportante?Achaque nasci ontem?Euvou lá,apostoque está matandoalgumser humanoinocente! -SenhoritaElla,espere! –Jeantentousegurá-la,masnãoconseguiu –Senhoroque fazno teto? -Eu estavaolhandoela,sóisso! -Senhorestámeiocorado,poracaso a viunua? -Claroque não Jean,maselatembelascostas,um belocorpoe ... -Senhor,jáentendi,creioque passoudoslimitescoma senhoritaElla,sugiroque osenhorvá até seusaposentos,comoouviuelaestáindo paralá. -Verdade,eujávou,nãosaiadaqui e arrume as coisasdela. -Está bem,fazeroque,é o meutrabalho,euamo meutrabalho,euamomeutrabalho! Peterusoutodasua velocidade e chegouaoquartoa tempo,Ariellabateucomforçana porta. -Peter!Eusei que estáaí! Abraagora essaporta! -Sim,emque possoajudar? – Ele abriua porta -O que,emnome de Helsingestoufazendonoseucastelo? -Eu lhe trouxe...estava...muitofe-ferida... -Feridovai ficarvocê se não me tirar daqui! -Porque não se sentaum pouco,vou mandarprepararemalgopara você. -A desculpa,aindanãosou canibal. -Assimvocê me ofende senhoritaMoullin,vampiroscomemcomidahumananormalmente,eu particularmente amopratosexóticos,tenhocozinheirosde todasaspartesdo mundo,fiz questãode transformaralgunspara cozinharemparamim,é claro que não me satisfazcomoo sangue humano, mas... -Você é nojento,euqueroirpara casa! -Porfavor sente-secomigo,prometoque nãovai demorar. Peterestendeuamãopara Ariella, elahesitouumpoucomassegurouemsuamão, ele pôde sentiro pulsodela,seucoraçãoestavaacelerado,elajáhaviaparticipadode tantasguerrase enfrentadotantascriaturase nunca haviasentidomedo,masali segurandoamãode Peter daquele jeito,elatemeu,nãopodianegaroquantoele erabonitoe com umsorriso maravilhoso,elelevouaté umacadeirada enorme mesade jantar,puxoua cadeirapara que elasentasse e sentiuseuperfume,aquelamulherlhe traziasensaçõesque ele nuncahavia sentido.Elesse sentaramde frente umparao outro,elaestavacorada e com medo,ele pôde sentir. -Então... – Petertentavapuxarassunto - ...me conte como eramseuspais. -Eu nãoconheci minhamãe,elafoi morta por umde vocêsquandoeunasci,só vive commeu pai por 12 anos, ele tambémfoi mortoporum vampiro.
  • 20. -Issoé uma extremacoincidência,quandoeutinha239 anos,minhamãe foi para umaguerra contra os Bloodcents,umacaçadoraa matou,minhamãe era tudopara mim, elasempre me protegiaprincipalmentedo meupai,depoisque elase foi meupai se tornoumaisrígido comigo,e doze anos depoisele tambémfoimorto,porumcaçador. -Bem,vocêssãodemônios,que nosmatampordiversão! -Nemsempre foi assim,Dráculanãomatavahumanos,apenasse alimentavae iaembora,a pessoacontinuavaviva,mascomum tempoos cidadãosse revoltaramcontraele principalmente pelofatodele quererse reproduzir,mandaramchamarum caçador de monstros,VanHelsing... -O pai de todos... -É assimque vocêso chamam né?Que horror,ele trouxe destruição,acaboucomtudo,mas não antesque Drácula ajudasse meupai,ele contoutudo,tudosobre Helsinge disse oque ele faria,toda a linhagemdeledeveriamorrer,entãoosvampirosse tornaramrevoltososcontra os caçadores,entãoessaguerracomeçou,não queríamosmatar ninguém, eranossamaneira de se alimentar,vocêsmatamosanimaise comem, nósapenas bebíamosumpoucodo sangue e íamos embora,comum tempoo bomcoração dos demôniosdanoite foi esquecido,então fomoschamadosde monstros,éramospacíficos,agora nossavidaé umaguerra! -Suahistóriaé realmente...comovente,maseuprecisoir. -Me perdoe portrazê-laaqui,queriapassarmaistempocomvocê. -Porque?Querconhecero almoçoantesde me matar? -Nãoqueromatar você,sintoque devote proteger!E tudoque eumais queriaeraficarcom você o tempotodo,cuidandodoseubem-estar,maseuentendo,pode ir. -O que deuemvocê?Por que estáagindoassim? Até parece que você ... -Que gostode você? É.… talvez,comcertezasinto algoforte por você,só não sei oque é. Ariellaficousempalavras,elasóconseguiaolhar naquelesolhosvermelhos,quandoalgosurpreendente aconteceu,osolhosdeleporum minutoficaramcastanhos,elase assustou,ficouimpressionada. -O que foi? –PerguntouPeter -É.… nada,eu ...eusó ... euprecisoir... -Eu entendo, mas...antesde ir... como se chamava suamãe? -Porque quersaber? -Pornada, sófiquei curioso,vejoque sentenuncaterconhecidoela... -Rebecca,RebeccaLivian...eraonome dela. -Eu sintomuito... -Tudobem,um diavoume encontrarcom elae meupai novamente.
  • 21. -Minhamãe,era SoraiaVladescu,elaeralinda. -Eu imagino...bemeu...estouindo,adeus... Ariellapegouumcavaloe foi embora,Peterficounaentradado casteloaobservandopartir. -Até logo...Ella. Ela cavalgoude voltapara casa, e não tiravaPeterda cabeça,ele haviamexidocomela,e os olhoscastanhosdele tambémnãolhe fugiamdamente,comoaquiloerapossível?Nunca haviaacontecidotal coisa. -Senhor? – Jeanse aproximoude Peter -SimJean,oque foi? -A morte de sua mãe senhor...ela... -O que tem? -Devolembra-loonome damulherque amatou? -Do que estáfalandoJean? -A caçadora que matousua mãe,se chamava RebeccaLivian. -O que?– Petersentiuumadorno peito,ele nãopodiaacreditar – A mãe de Ariellamatoua minhamãe? -Simsenhor,foi oque aconteceu. -Nãopode ser! Ariellachegouacidade de Bloodstone,e foi diretoparacasa, Hanne estavana porta andando de um lado para o outro mexendonamãoquandoa avistou. -Ella?AhmeuDeus,que bomque está bem, onde você estava?PorHelsing,procurei você por toda a parte,onde você foi parar? -Eu...estoubemnãose preocupe. -O que houve comseubraço? Você pode porfavor me contar o que está acontecendo? -Peter,ele me levouparao castelodele. -Peter?Quemé Peter? -O vampiroPeterue! -Desde quandovocê ochama de Peter?A gente fala“ Conde PeterVladescu”e blábláblá... Sentaaqui vou dar umjeitonesse machucado. -Ele nãoé o que eupensava...é diferente... -Diferentecomo? -Ele me tratou bem,me convidouparajantar e ... -Peraaí... você é canibal agora?
  • 22. -Elescomemcomidahumana,e cozinhammuitobemporsinal... -Mas que...merdaé essa?Ariella Moullinvocê estágostandodele? -Eu?Não eu... Claroque não... como assim?Um vampiro?Nem morta,eu ... -Ahclaro eupeçoao céu e a terra para que elaencontre alguém para amar e elavai se apaixonar por um vampiro!Orabolas,por que meuDeus?! -Nãoestouapaixonadaporele! -Você estásim!A sua cara te condena! -Hanne,pare!Eu já disse que eunão... -Ariella!–Oancião Darlingentraquase arrebentandoaporta – Onde você estava?Um dos caçadoresdisse tervistovocê nos braçosde um vampiro! -SenhorDarling,aEllafoi...sequestrada! -Eu fui o que? -Poisé senhorDarling,aquelesvampirossanguinárioslevaramminhaamigae quase a mataram! -Issonão é ver...Ai! – Hanne lhe deuuma cotoveladanoestomago -Elaainda estámeiomal,primeiroancião. -Ah,euentendo–Disse Darling– Descanse minhaquerida,que bomque pôde escapar, recupere-se bemem, até mais! -Nãose preocupe senhorDarling,voucuidardela! – GritouHanne se despedindoacenando com a mão -Que merdafoi essa?Porque mentiuparaele? -Comeucocô de vampiro?“AhsenhorDarling,asua caçadora de vampirosfavorita,filhados maiorescaçadoresde todosos temposRebeccae DamianMoullin,se apaixonouporum VAMPIRO!”. -Vampirosfazemcocô? -AhElla!O senhorDarlingte mataria!E aindairiaatrás do Peterpor causa disso! -Eu já disse que nãoestouapaixonadaporele!Ele é sóum idiota! -Um idiotabonitãoque estáafimde você! -Olha,eunãoquerofalar sobre issoestábem?Eu voume deitar. -Tá né,eumereçoissomesmo!
  • 23. Depoisque escureceu,tudo pareciatranquilo,até que Ariellaouviualguémbaternaporta. -Ella... –Disse Hanne entrandoemseuquarto - ...umacarta para você. -Carta? Para mim?Obrigada. -De nada, euvoudormir,boa noite! -Boa noite Hanne. Ela abriua carta meiosementender,afinal nuncatinharecebidocartas. “Querida Ariella Imagino o desprezo quesenteem relação a mim,masgostaria de encontrá-la essa noiteno lugarondenosconhecemos,quero poderconhece-la melhor,não consigo parardepensarna senhoritae imagino estar em seuspensamentostambém,mesmosendo pensamentosdeódio eu gostaria devê-la. Atenciosamente,CondePeterVladescu” -Sópode ser brincadeira! Ele achamesmoque euvousair à noite desse jeito?Daúltimavez me encrenquei!Nemmorta! Ela se debateunacama porhoras, só conseguiapensaremPeter,elase sentounacamae pensouque talveznãose perdoariapornão ter ido,elaqueriasaberoporquê de ele ter chamadoelapara conversar.Depoisde se arrumarelapegouseucavaloe foi até o local, quandoelachegouo avistousentadonabeiradadopoço segurandoumarosa negra. -Aindaestáaqui? – Perguntou ela -SenhoritaMoullin,eu... -Me chame de Ella,eu prefiroassim. -Eu...bem...essarosaera branca...,masa pintei de pretolembrandode seus cabelos. -Nossa,issoé muitoestranho, –eladisse enquantopegavaarosa – mas obrigadaConde Peter... -SóPeter...sóPeter. Os doissorriramum para o outro,estavamsemgraça e tímidos. -Então...Ella...Comovocê está?Melhorouobraço? -Sim,estou bem. -Ah...que bom,ficofeliz. -Então...o que queriafalarcomigo? -Naverdade...eusóqueriavê-la,sentisuafalta. -Eu nãoentendo,você se apaixonoupormim? -Eu acho que sim... -É impossível,issote tornariaumhumano!
  • 24. -Se eufosse humano,você se interessariapormim? -Eu?... bemé.…eu ... -Olha,eusei que você me odeiaportudo e... -Nãoodeiovocê, eu...nãoodeio. Petersorriue seguroua mão dela,depoisolhoufundoemseusolhos. -Ella,eusei que eue você,nós viemosde mundosdiferentes,segundoalei natural davida você deveriaestartentandome mataragora, sei que nossodestinonãoé.…nósnão ... bem... -...nãopodemosficarjuntos?Éisso? -É. E o que eu sintoporvocê é muitoforte,nuncasenti issoporninguéme... -E nemeu. Os doissorriram,novamente elaviuosolhosdeleficaremcastanhos,poruminstante suapele ficoumenospálida,suasbochechascorarame issoé uma coisaque elanunca haviavisto. -Peter -O que foi? -Creioque nósestamosquebrandotodasasregrase... -Pode falaro que estápensando. -Eu souhumana,mas nunca senti nadapor nenhumgaroto,nemquandoadolescente,minha vidasempre foi a guerra.Quemdiriaque euiriagostar...daquiloque fui ensinadaaodiar. -Àsvezesnósnãoimaginamosoque será de nossofuturo,masestoufeliz...sóde imaginar que você fará parte domeu. Os doisse abraçaram, e porum momentoocorpo friode umvampiro,umser das trevasse tornouquente comoo de um humanocomum.Ellaabaixoua cabeça depoisolhouparao nada. -Ella?O que foi? -Amanhãeufaço 21 anos,sua idade. -Eu tenho261! – Ele sorriu -Nãotinha260? -Meuaniversáriofoi aalgunsdias,faziadécadasque eunão comemorava. -Mas você já comemorou? -Não,mas euvoue vai ser com você -Comigo?Comoassim? -Que tal um baile? -Um baile?Tipo,usarvestido?
  • 25. -Você odeiaisso,nãoé? -Nãofaz ideiadoquanto! -Porfavor,por mim,só umanoite. -Eu nãosei ... -Chame suaamiga para ir também. -Seráno seucastelo? -Claro! -Comum monte de vampiros? -É, masdarei um jeitoparaque não notemque você e sua amigasão humanas. -Que jeitoé esse? -Tenhoumperfume,umtipode elixir,quandopassadoemhumanos,ocheirode sangue desaparece. -Que espantoso. -Eu tenhomeuprópriométodocomvocê. -Comoassim? -O que sintoporvocê,é maisforte que qualquerelixir,aoinvésde quererseusangue...eu queroseuslábios,aoinvésde querervocê morta...queroviveraoseulado,aoinvésde desejarmatá-la...queroapenasprotege-la. -Petereu... -Você é minhamaiorfraqueza, parame matar basta atingi-la.Eunãopossomaisviversem você AriellaMoullin!Nãoposso. Petera puxoue a beijou,foi oprimeirobeijodosdois,e nuncaemtoda históriaumbeijofoi dado comtanta paixão,ele sentiavontade algumaembeberosangue dela,ele sóqueriaamá- la incondicionalmente. Quandochegouemcasa, Ella nãoconseguiatiraro beijodacabeça. Nãohaviamais dúvidas, elaestavaapaixonadaporele,e precisavaarrumarcom urgênciaumvestidode baile. -ELE VAIFAZER O QUE?! –Gritou Hanne -Um baile,ue! -Um baile?Comoassim? -Você nãousa vestido,nãovai! -Mas ele tambémconvidouvocê,achoque serialegal se fosse,poderiaconheceroamigodele o... -Você sópode estarficandomalucaElla,como assim?Me levapara o baile de vampiros,feito por um vampiroe me apresentapara o amigovampirodele paragente terfilhosVAMPIROS!
  • 26. -Hanne,estáexagerando. -Exagerando?Imaginase oprimeiroanciãodescobre,minhacabeçavai rolarjuntinhocoma sua! -Quemdisse que ele vai saber? -Eu estoudizendo,porquese você for...voucontar! -Ah...Qual é Hanne!Essa é a amizade que você dizterpor mim? -Vampirosmataramnossospaisnãoqueroamizade comessascoisas!E você não pensouque duas humanasnomeiode um monte de vampiros...issonãovai darmuitocerto! -Nãose preocupe ele temumperfume que esconde ocheirodonossosangue. -Você endoidoude vez. -Ele...me beijou. -Está de onda?Sério? -Sériosim,foi incrível! -Não!Respostaerrada!Você nãopode gostar de um vampiroElla! -O que temde erradoem gostar e se apaixonarporalguém?! -Ele nãoé alguém...ele estámorto! -Achoque nemtanto assim... -Do que estáfalando? -Sempre que ele seguraaminhamãoou...quandonosbeijamos...bem... -O que houve? -Osolhosdele nãoficammaisvermelhos,ficamcastanhos...apele deleganhoucor. -Comoassim?Ganhoucor? -Sim,ele nãoestavapálido,ficoudaminhacor. -Nãoé possível que amarrealmente humanizaeles! -Se issoforverdade,euprecisocontara ele!Se ele se tornarhumano...nósdoispodemos... -Calmaaí Julieta,seuRomeuquase mortotalveznãofique bemcomisso. -Comoassim? -Cara,é nojentovocê gostarde um malucocom 260 anos! -Naverdade...261. -Issoé pior aindaElla! -Ele tem21, não é nojento! -Ella,existemhumanosde 260 anos?
  • 27. -261... -Ahque se dane!Existem? -Não...,maso que temhaver? -Se ele se tornarum humanode 261 anos...ele morre Ella. -Eu...não tinhapensadonisso. -Poisé,se for verdade e se você o amar de realmente precisacontara ele,se ficaremjuntos... ele vai morrer! -Nãopossopermitirque issoaconteça! -Entãovamos ao tal baile para você falarcom ele.Vamoscomos cavalos? -Não,Jeanvai nos buscarfora da cidade de madrugada. -Verdade,festade vampiroé noescuroné? -Nãono escurosua besta,masé de noite sim. -Está bem,comque roupa você vai? -Ah,eu...voucomessa...euacho... -Hahahaha!Nemmorta que te deixoirassim! -O que vouvestir? -Alô!Temosomesmotamanhoe eutenhoo vestidoperfeitoparavocê! Depoisde horasse arrumando,Hanne estavaterminandode ajeitarocabelodaamiga... -Ai Hanne!Issodoeu! -É para doer!Mulhersofre mesmopara ficararrumada e bonita.Muitobemlevante-se,eu acabei. Ellaficouempé e olhoupara o vestidoe para o sapatodepoisse viroupara a amiga. -Pelasflechasde Helsing,Ariella!....Você estálinda! Ela sorriu,estavameiosemgraça afinal,nuncatinhausadoumvestidoassim, nemnuncahavia se arrumado para um baile. -Bem... – disse Hanne enquantoseguravaseuvestidoparaandar – Temosde ir. -Vamossim,Jeanjádeve estaresperando. Enquantosaía, Ariellaolhouaflorque Peterhavialhe presenteadoestavaemcimade uma mesinha,entãoelalembroudoque Hanne disse.Seráque elaperderiaseuamado? As duascaminharamdiscretamente pelasruas dacidade,jáera madrugadae não podiam acordar ninguém,poisnãopodiamsaberonde elasiam.Aose aproximaremdaentradada cidade virama belacarruagemque lhesesperava,eranegracom cortinasvermelhasnas janelas,banhadaemverniz,elasnuncatinhamvistonadatãochique.Aochegaremna carruagemJeanse aproximoue fezreverênciacomoumbom cavalheiro.
  • 28. -SenhoritaElla,bomrevê-la!–Ele segurouna mãodelae a ajudoua subirna carruagem. -ObrigadaJean! – Disse Ellasorrindo. -E você deve sera senhoritaRoy... – Jeanparalisou,ele ficou encantadocom Hanne,ficousem palavras,entãoengoliusecoe continuou -....Se-senhoritaRoyer ...é umprazer conhecer...você... -O prazeré todomeu,senhor Bonnet!– Ela lhe deua mão e subiuna carruagem. Jeansorriu,ele se encantou realmente comamoça, entãoele as guiouaté o castelo. Ao chegarJeanabriua porta para elasdescerem, Ariellatravoue Hanne percebeu. -Amiga?Tudobem? -Estounervosa.Nãosei o que fazer! -Ei,vouestar lá com você o tempotodo,nãose preocupe. Elladeuum sorrisoe segurounamão da amiga.Quandosaíram da carruagemse espantaram emcomo o casteloestavailuminadoe repletode vampirosportodososlados.Um tapete vermelhocobriaaentradae chegavamcavalose carruagensde todosos lugares. -Senhoritas. –Disse Jean– Meu senhormandoueuentregaresse perfumeavocêspara esconde-lasdosoutrosvampiros,realmente osangue de vocêscheiramuitobem. -OkJean,issofoi estranho! – FalouAriellapegandoofrasco. As duaspassaramo elixire ocheirode seu sangue foi completamenteofuscado,asduasse olharame estavamtenebrosasparaentrarnobaile. -Ella... –Hanne sussurrou -...nãotemosolhosvermelhos! -Ai que droga!É verdade,oque a gente faz? De repente umcasal de vampirosse aproximavadasduase de Jean,elasentraramempânico. -Jean,comovai? - Disse ovampiromuitobemvestidoe suaesposaeralinda. -Senhor,estoumuitobem. -E como estáseumestre?Jáfaz tempoque nãonos vemos. -Ele estámuitobemsenhor. -Ah,issoé ótimo.E quemsão essasdamas?Nuncaas vi por aqui.
  • 29. As duasestavamdurasfeitotronco,não podiamse mexerde tantopavor. -Ah,Elas?– Jeanbeliscouobraçode Hanne para se portaremmelhor – Essas são...são ...é... -SouBrietaLavian,senhor. – Disse ArielladandoumacotoveladaemJean – E essaé minha irmã...BridgetLavian. -Ah,prazeremconhece-las,eusou... -Deixe que eulhe apresentosenhor! –FalouJean – Senhoritasesse é VladimirStefane sua belaesposaDaianaPetrova, elesjátêmquase mil anosde existência,sãovelhosamigosdo Conde Drácula. -Ah,nãoexagere meucaro Jean,Dráculae euapenasnossuportávamos!Hahaha.Graças ao malditoHelsing,nossasvidasse tornaramuminferno,malditoscaçadores,sóqueríamosviver empaz! -É realmente triste senhor. –Jeanestavamuitonervosoe empânico – Bem, vou acompanhar as meninasparadentro,com licença. -Está bemmeucaro Jean,não sei se verei Polanski,masdeseje felizaniversárioaele pormim. -Pode deixarsenhorVladimir. Os nervosde Ariellaforamàflorda pele,elacutucouHanne sussurrando: -Hanne! -Que foi? -O vampiroque nossospaisforammatar,se chamavaMartíriam Polanski,Vladimiracaboude falarque tem umPolanski aqui! -Seráque o vampiroque matounossospaisestáaqui? -Se tiver,temosque noscontrolar,somosduascaçadoras no meiode ummonte de vampiros bemfamintos.Melhorficarquieta,masquerosaberquemé o desgraçado! -Somosduas! Enquantosubiama escadaria,EllaviuPeternaporta cumprimentandoosconvidados,ela sorriue ficoucorada semgraça. -Ei!– Hanne a cutucou – Vocêsdoisfazemaniversárionomesmodia? -Não,ele fazalgunsdiasantes. Petera viue sorriu,elaestavabelíssima. -Ella! -Peter. -Nossa,você estámuitolinda!Nuncate vi tão arrumada,você estásempre comas roupas de... ah, você sabe do que. -Poisé,resolvi mudarumpouco. -E ficoumaravilhosadesse jeito.
  • 30. Ariellaabaixouacabeçaenvergonhada. -SenhoritaRoyer,possochama-laparadançar?– JeanperguntouaHanne -Claro!– Ela respondeu Petere Ariellaficaramparadossemfazernadae com vergonhaumdo outro. -Esqueci de falar,felizaniversárioElla,essafestatodaé para você! -ObrigadaPeter,masvocê tambémfezaniversário,e todosachamque é para você. -É verdade! Novamente osilênciotomoucontadosdois,masPetercrioucoragem. -Ella... -Sim? -Gostariade dançar comigo? -Eu não...nãosou boa com essascoisas. -Tudobem,eute ajudo. Ele sorriue seguroua mão dela,depoiscomeçouaguia-lanadança. -Estousempalavras,você é a maisbelade todas! -Meupai...falavaissopara minhamãe. -Bem,creioque você tenha ficadoaindamaisbelaque ela. -ObrigadaPeter,você é muito gentil. -Nãoé gentileza...é purae simplespaixão! -Assimvocê me deixasem graça. -É a minhaintenção. -Eu precisote contar uma coisa... -Diga. -Peter,quandovocê mostraseussentimentosparamim, seusolhosficamcastanhose sua pele...ficadaminhacor. -Verdade?Eunãosabiadisso. -Amar,te torna humano.Se você se tornar umhumanode 261 anos, você morre! -Issonão fazsentido!
  • 31. -Claroque faz!Não podemosficarjuntos,nãoqueroque você morra! -Voumorrerde qualquerjeito,nãosuportariaviverumavidasemvocê,se é que estouvivo. -Mas se você morrercomo eufico? -Nãovoumorrer! Tudovai dar certomeuamor! -“Meu...amor”? -É assimque lhe vejo,estoume apaixonandocadavezmaispor você AriellaMoullin,preciso vivercomvocê para sempre aomeulado! -Eu sintoo mesmoporvocê! Os doisse beijaram,e depoisdançaramabraçados. -Peter... -Sim. -Nãoqueroestragaro momento,mas...conhece algumPolanskiaqui?Algumvampirocom esse sobrenome? -Mas é claro,sou eu! -O que disse? -Meunome...PeterGiuseppePolanski Vladescu.Polanski é domeupai. -Nãopode serpossível. – Elase afastoudele. -O que foi?Qual o problema. -Nãopode serpossível! Ariellacorreupelosalãoe foi parafora, até os jardinsdocastelo. -Ariella!Espere! –Petercorreuatrás dela. Não podiaserverdade,seráque Petertinhamesmomatadodeupai?Elanão podiaacreditar nisso,enquantoelacorriarasgoutodoo vestidoe ficoucoma roupade caçadora que estava por baixo.Petercorreuportodoo casteloprocurandopor ela,até que ele foi até os jardins e já estavamuitopreocupadocomela,foi quandoele ouviuumbarulhode armadestravando atrás dele e se virou. -Ella,oque houve?Porque está apontandoessaarma para mim? -Foi você não foi?Confessalogode uma vez! -Do que você estáfalando?Oque eu fiz? -Você matouo meupai! –Ela estavacom lágrimasnosolhose seusnervosa faziamtremer– O seuPai...matoua minhamãe!
  • 32. -Comoassim?Eu não matei oseupai,do que estáfalando? -Meupai foi emuma missãoatrás de Martíriam Polanski,umvampiroque estavamatando milhõesde pessoas,ele matouminhamãe nodiaemque nasci! -Meupai era Martíriam, eunão lembroorosto de quemo matou,ele estavacobertoporum pano,só sei que umcaçador tiroumeupai de mim, minhaúnicafamíliadesde que minha mãe... -Seupai era ummonstro! -Seuspaisque erammonstros!Suamãe matoua minhamãe e meuirmão! -O que? -Minhamãe estavagrávida,euiater irmãos,nossafamíliaestavatentandoserfeliz novamente! -Vampirosnãopodemterfilhos! -Minhamãe nãoera vampira!Quandomeupai foi atrás de Drácula para nostornarmos imortaisminhamãe foi a uma bruxa,elapediuparasalvarnossafamíliada peste,abruxa disse que fariaisso,mas minhamãe seriaamaldiçoada,acada pôr do sol minhamãe se transformavaemum monstrohorrível,umpássaroterrivelmente assustador!Meupai conseguiuosangue de Drácula deupara a famíliatoda,mesmocom a maldiçãominhamãe bebeu,elanãosabiaque meupai tambémhaviaidoatrás de ajuda,elase tornouuma vampira,masassimque o sol se põe no horizonte elaviravaaquele pássarohorrível,porisso elasó era meiovampira,suaparte humanacontinuavanela.Nossafamílianuncafezmal a ninguém,bebíamossangue de animaisnãoqueríamosmachucarhumanosminhamãe não permitia.Suamãe aindanão conheciaseupai quandoaconteceu.OsBloodcentsinvadiram nossaaldeia,todaa aldeia bebiasomente sangue de animais,tentamos explicar,oscaçadoresnão deramouvidos,osol se pôs,minhamãe virouo monstro,seuspaise os outroscaçadores colocaramfogo na minha aldeia,vi meusamigos... conhecidos,todos morreram.Foi quando minhamãe tentounos proteger,suamãe semdó nempiedade cortoua cabeça dela,quandomeu irmãofoi ver se elaestava morta,sua mãe golpeou meuirmãotambém.Meu pai ficoudesacordado,foi quandome escondi e vi todosgritando: “VivaRebecca!VivaRebecca!A melhorcaçadora!”. -Eu nãosabia disso...
  • 33. -Depoisdissoseupai sozinhomatoucentenase centenasde vampiros,comoforam consideradososmelhoresdosmelhoreselesse apaixonaram.Quandomeupai descobriuque os malditoscaçadoresque tinhamdestruídonossavidateriamumfilho,elefoi buscar vingança,entãoatacou Bloodstone e matousuamãe.Você e seupai escaparam, euvi você quandoera umbebê,maseu sóconseguiaodiara criança que nasceuda assassinade minha mãe. -Você sabiao tempotodode quemeuera filha? -Eu soube quandovocê falou,masnãote odiei,suafamíliadestruiuaminhae nósnunca quisemosseumal!Eaqui está você com umaarma apontadapara minhacabeça de novo como nodia emque nos conhecemos. -Eu nãosabia de nada disso...eu... -É você não sabia!– Ele agarrou o pescoçodela- Eu sabiade todaa verdade,toda!Nuncaataquei você por isso,masvocê insiste em apontar essamerdapara mim! -Pi-Peter...Vo-Você está...me sufo... -Simestousufocando!Nósnão somosos monstros,vocêsé que são! Paremde destruirasnossas vidas! -Mas que droga é essa? – Hanne E Jeanchegamao local e elatira a arma do vestido–Largue minhaamigaagora mesmo! -Hanne se acalme! – Jeantirou a arma delae jogoulonge Peterestavafuriosoe atirouAriellaaochão,Hanne correue ajudoua amigaque estavasem ar. Jeancorreu para acalmar seumestre. -Peter,finalmente te... –Vladimire suaesposase assustamcom aquelacena – Elas são caçadoras?! -SenhoritaMoullin! –Jeancorre para verse Ellaestábem -Moullin! –GritouVladimir–A filhade DamianMoullinestáviva! Petercai em si e percebe oproblemaque issose tornaria. -SenhorVladimir,nãoé o que pensa! -Nãotente discutircomigoPeter! Queridaconte aosoutrosimediatamente! –A esposadele foi ao salãodo baile e espalhouoque haviaacontecido -SenhorVladimir,porfavor,elassãode bem! -O pai E a mãe delamataram todaa sua famíliaPeter,comoassimsãode bem?
  • 34. -Ah!Minhacabeça... – Ariellatonteou -Amigaoque foi? -SenhoritaMoullin,oque houve? Ariellacomeçouagritarde dor. -Ella!– Peterse assustou – O que está acontecendo?! -Minha...cabeça! – Sua vozengrossou assustadoramente. Ela caiu nochão e todosficarampasmos com aquelacena. Os olhosdelaficaram amarelos,suaspresas ficaramenormes,suas unhascresceram,foi quandoelase transformouemum lobogigantesco,era negroe metiamedo emquemo olhava. Transformadaem lobisomem,Ariellaparae olhapara Petercomdor no coração, depoiscorre daquele local e sobe para as montanhas. -Mas que porcaria foi essa?Um lobisomem?!–Vladimirnãopodiacreremseuspróprios olhos- Peter,porque tinhaumlobisomememsuafesta?Euma caçadora também! -Elaé.…umlobisomem... –Petersussurrouassustado -Hanne,você sabiadisso? – Jeansegurouorosto delae olhoufundoemseusolhos. -Claroque não!E não entendocomoelanãome contou!É algomuitosério,elanuncame escondeunada! -Eu entendo,venhaeuvoute levarpara casa. – Ele a segurou,a ajudoua levantardochão e a levouparaa carruagem. EnquantoissoVladimirfoi tirarsatisfaçõescomPeter. -Você aindanãorespondeuminhasperguntas!Porque umagarota que se transforma emlobo e matouo seupai estavacom a amiga caçadora emseubaile? -Nãofoi elaque matoumeupai! -Nãoimporta!A mãe delamatousua mãe e o pai delao seupai,você estavarecebendoelaem sua casa e euquerosabero porquê! -Eu a amo! Mais doque a mimmesmo!
  • 35. -A ama? Issoé algumapiada?Você estavaagarrando o pescoçodela! -Eu me irritei,sóisso.Estoupreocupadocomela. -Issonão vai ficarassimPeter!Você sabe que façoparte do conselho,poderiamandarmatar você por uma traição comoessa!Elesmataram milharesde nóse... -Eu sei!Eusei! Já chega,euvou atrás dela -Vai se arrependerPeter,suatraiçãoé gravíssima!Você sabe muitobemo que matouo Drácula. -Eu nãome importo! -Blasfêmia,você estácoma corda no pescoço!É o seu fim! Peternãodeuimportânciaas ameaçasde Vladimire desapareceu. Ariellaabre osolhos,elaestánomeiode uma mata muitodensa,nãofazideiade onde se encontrae estámuitoassustada. -PorHelsing,onde estou?Ahnão!Minhasroupas,droga!Como issofoi acontecer?Eu virei umcachorro! Que porcaria é essa?!Peter,euo magoei muito.Ah!Mascomo euia adivinharque meuspaismataramos paisdele?!Nuncapenseique diriaisso,masestou com medo.Precisovoltarparacasa! Ela caminhoupelaflorestaporhorasse cobrindocom suasroupasrasgadas, elaseguiu seuextintoparavoltar.Depoisde umtempoelaavistouacidade,Jeane Hanne estavam na entrada. -Ahmeudeus!É a Ella! – Gritou Hanne e correu emsua direção.– Amiga,o que houve? Por que você virouum cachorro? Você estánua!Tome meucasaco, venhavamospara casa! Ariellanãoconseguiadizerumapalavra,estavamuitoassustada.Aochegarà sua casa, elatomouum banhoe foi descansar.Apósumlongodescansoelachegouasala de estar, já haviaamanhecido. -Oi Ella,venhafizo seucafé. -Obrigada.Jeanfoi embora? -Sim...osol. -Entendo. -Vai me contar o que houve comvocê? -Eu nãosei porque virei umlobo,nãosei. -Comovocê está?Me diga o que sente! -Estoucom medoHanne.Medode perderoPeter,medoporque nãosei oque eusou,medo porque pelaprimeiravezemminhavida...estoucommedo. -Eu...achoque sei exatamenteoque fazer. -Comoassim?
  • 36. -Temuma pessoaque eutenhocertezaque sabe o que estáacontecendoaqui. -SenhorDarling! As duasforamdepressaaté a tendados anciãospara esclarecer tudo. -PrimeiroAncião! –GritouEllaquandoviuo senhorDarlingsaindodatenda -Meninas,aconteceualgumacoisa? -Precisamosconversar! –Respondeu Hanne Elesforampara a tendae alertaramaos demaisque ninguémdeviaentrarpoiseraalgo particular. -Eu imaginavaque maiscedooumaistarde teríamosessaconversaElla. – Calmamente o anciãofoi caminhandocom suabengalae sentouemuma das cadeirasda sala -Amisporfavor,me conte,por que issoaconteceucomigo? -Suamãe me perguntouamesmacoisa. Seupai tentoulhe contarantesde irmatar Martíriam, mas não conseguiu. -Minhamãe?Ela tambémviravaum...lobisomem? -Você sabe o que matouDrácula? -Foi o pai de todos,Helsing. -Sim,mascomo ele fezisso? -“Comseuestandarte dajustiça...”Olhaeu já me cansei dessahistóriameupai me contavao tempotodo -Dráculanão podiasermorto apenaspor umamera espada,ouuma flecha,balasde madeira... Ele não podiasermorto e pronto!Mas Helsingdescobriualgomuitoimportante,afraquezade Drácula,ele mantinhaprisioneirosmuitose muitosLobisomens,eleosexterminavae mantinhaumcomo escravopoisprecisavade umhumanoforte o suficiente paratirardele suas energiase darvidaa ummonstroque estavatentandocriar.Junto a ele ovampiro guardavauma cura, uma cura para lobisomem, entãoeledescobriuque umamordidaapenas desse monstrobastavapara matar um vampiro!HelsingfezumLobisomemomorderparaque ele mesmomatasse Dráculadepoisbebesseapoção.Helsingconseguiumatardráculacom uma mordida,bebeuacura e voltouaser humano.Comum tempooslobisomensforam extintos,anãoser por umpequenoproblema...nogene de Helsingcontinuouapraga lobisomemosdescendentesdeleherdaramatransformação. -Esperaaí, minhamãe é descendentede VanHelsing? -Elaera sim.Assimque entrouparaos Bloodcents,suamãe se transformou,foi nomeiode uma batalha,seupai viutudo!Ele entrouem pânicoé claro, nãofaziaideiade como lidarcom aquilo.Aindame lembrode tudo,ador de cabeça que elasentiu,asunhascrescendo,osolhos mudandode cor, foi muitoassustador.Seupai foi me chamar assimque elacomeçoua “se sentirmal”,fui correndopara vero que era, nãoacreditei emmeusolhos!A vozdelase tornou grossa e medonha,suascostasforam fazendobarulhoscomose estivesse quebrandotodosos ossosde seucorpo, elagritavade dore euestavasemsaber o que fazer,eusó conseguia
  • 37. perguntar:“Rebecca minhaqueridavocê está bem?”,foi quandoseupai quisfazeralgumacoisaele a amava muito,masjá era tarde demais. -Comoelaficoucom tudo isso? -Extremamenteassustada, elacorreu para a mata, perdeutodasas roupas, seupai cuidoudelao tempotodo,e no outro diaelae seupai foram até minhasala queriamrespostas,suamãe aindaestavacom os olhose as orelhasdomonstro,e depoisde muitaconversae pesquisanósvimos que sua mãe era simuma descendentede Helsing,claroque todosnós ficamosextremamente assustadosmasguardamossegredo, você até demorouase transformar, sua mãe passoupor issoaos 17 e você tem21. Naquele diafizemosum pacto de não contar issonunca para absolutamente ninguém, eles concordaram é claro, masquando sua mãe engravidou,elatemeuque continuasse ageraçãode lobisomens,e foi oque aconteceu não é. Mas o sangue Helsingnãopode morrer,porissovocê estáaqui,deve dar continuidade ao venenoque mataos vampiros! -SenhorDarling,nãoconsigofazerisso! -Eu sei bemo porquê. -Sabe? -Você e o vampiroPeter,euosvi no poço.E principalmente euvi ele se tornarhumanopor algunsinstantes. -O senhorviutudo?Porque não estábravo comigo? -Eu temopor suavida,o conselhodosvampirosnãovai aceitaruma traição comoessa ainda maispor você ser descendente de Helsing,elesfarãoqualquercoisaparaacabar comtodos os lobisomensque aindaexistirem. -E o que eupossofazer? -Fique longe dovampiro!Vocêsdoispodemacabarmorrendo.
  • 38. -Eu nãosei se consigo! -Consegue sim,você pode fazerisso,estácorrendoriscode vidacriança,precisase proteger. -Simsenhor! As duassaíram da tendasemsaber o que falar,Hanne aindaestavaimpressionadade saber que sua amigaé descente doprimeirocaçador,e aindaestavasurpresade a verse transformarnumlobogigante. Naquelanoite Ariellafezumesforço tremendoparadormir,masnãoconseguiu,elasó pensavaemPeter.Ele passoutodaa noite lhe observandosemque elapercebesse,pensouem ir falarcom ela,mas aindase sentiaculpadopeloque aconteceu.Hanne rolavanacama de um ladopara o outro quando ouviuumbarulhode pedrasbatendoemsua janela.EraJean. -Jean,oque faz aqui? -Eu precisofalarcomvocê! Ela saiude dentroda casa e não estavamuitoà vontade pertodele. -Pronto,pode falaroque precisa. -Eu vimavisar,umacoisa muitoruimvai acontecer! -Comoassim?O que vai acontecer? -Todosos vampirosdo planetaestãovindopara Bloodstone! -Comque propósito?Isso será nossofim! -Eu sei,porissovimavisar, vocêsprecisamse preparar, elesvêmparamatar Ariella e Peter!QueremmatarEllapor sera últimadescendente de VanHelsinge Petervai morrer por traição,se apaixonouporumahumana. -Meudeus!Issoé horrível demais! -Chame seusanciãos,chame todoslogode uma vez!Daqui a duasnoites Estarão aqui,você precisase protegerHanne! -Porque veionosavisar?Não deviaestardoladodos vampiros? -Estoudo ladode meumestre,tenhosidofiel aele portodosessesanos,e também...eusou culpado! -Culpadode que?Você nãofeznada!
  • 39. -Tambémme apaixonei porumacaçadora,creionão ser correspondido,masnãome importo, elaé maravilhosa! -Jean,eu... -Nãoprecisadizernada,apenasconte a todosque puder!Até breve. Jeandesapareceunumafraçãode segundo,ocoração de Hanne bateumaisforte e elasorriu apaixonadamente. Elacorreue chamouAriella,contoutudoaamiga e as duas foramacordar a todosemBloodstone,acidade ficariaalerta,umagrande batalhaestavapor vir. Todosos Bloodcentsestavamemtreinamento,durante todaamadrugada,todaa manhãe à tarde semparar elesesperavamabatalhatemendoopior,tinhamconsciênciade que seria uma carnificina.Quandoosol se pôs,Ariellafoi darumavoltapelacidade,tudoestava deserto,aspessoasestavamcommuitomedo.Distraídaemseuspensamentosandandopela avenida,elalevantouorostoe Peterestavaempé na sua frente. -Peter... -Ariella,me desculpe. -Nãopor favor,eu... -Eu que peçopor favor!Eu te machuquei e me sintomal por isso,me perdoe portersegurado no seupescoçodaquele jeito,perdi acabeçanãodeviaterfeitoisso,me sintoumcompleto idiotae... -Ei!Está tudo bem,nãose preocupe,nósdoiserramose agora pornossa causa centenasde pessoasvãomorrer,só porque me apaixonei porumvampiro. -Fiquei sabendoque é aúltimadescendente de Helsing,me apavorouvervocê se transformandoemlobodaquele jeito. -Tambémme assustei,issonãoacontece tododia. -Nãoacho que estamosprontospara amanhã. -Se um de nósmorrer... -Nãodigauma coisa dessas!Vamosficarbem!Os cidadãosserãolevadosparaum abrigo,os caçadoreslutarão bravamente,e nósdoisvamosficarbemmeuamor. Petera abraçou,por um momentoelasentiuseguracomose nadapudesse atingi-la.Ele se despediudelacomumbeijoemsuatesta,entãodesapareceu.Ariellasentiumedoe emseu coração elaadmitiuessafraqueza.Comlágrimasnosolhoselalembroude seuspais,segurouo colar que pertenciaasua mãe e olhoupara o céu. -“ No dia mais claro...ou na noite mais escura...sob minha espada permanece o estandarte...proteger os fracos me tornando mais forte... e aos demônios da noite dá- lhes somente...” Me perdoe mãe, me perdoe pai, mas... não posso mata-lo, eu o amo, espero que possamme entender. Eu gostaria de ter honrado o nome da família, tanto Helsing como Moullin, espero que apesar de tudo vocês tenham orgulho de mim. Eu te amo mãe, eu te amo...meu pai!
  • 40. Um vento forte soprou naquele momento, ela sentiu que seus pais ainda estavam ali...ao seu lado, ela sorriu e beijou o colar de sua mãe. Ela estava pronta para o que viesse. Ariella foi para casa, entrou e após fechar a porta ficou encostada nela, pensando, ela colocou novamente o colar de sua mãe no pescoço e foi até a janela de seu quarto, começou a chover forte, ela ficou olhando para a chuva, mas estava pensando em Peter. À quilómetros dali Peter olhava pela janela de seu saguão do castelo, ele só conseguia pensar nela, estavam muito preocupados um com o outro, não sabiamo que estava por vir temiam pela vida um do outro. Essa seria uma batalha muito difícil, a vida de muitas pessoas estava em risco, mas nada lhes preocupava mais do que se quer imaginar ver o outro machucado. A angústia parecia apertar seus corações, eles sentiamum frio muito gelado no peito, a preocupação não os deixou descansar, e naquele momento eles só podiam torcer um pelo outro, torcer para que ficassembem! Amanheceu, era o dia da batalha, um mensageiro vem correndo avisar aos anciãos que viu todo o exército de vampiros se acomodando em uma gruta para se esconder do sol, eles eram milhares, seus números superavam muito ao dos caçadores, eram mais de 16 vampiros para cada caçador. O ancião Darling ordenou que todos os Bloodcents fizessemo último treinamento, Amis avistou Ariella saindo de sua casa comum semblante de preocupação. -Ariella, minha querida! Junte-se a nós, estamos animados para o treinamento essa manhã. Ela não esboçou nenhuma reação, e continuava triste. -Eu sei que está muito preocupada, principalmente com o Peter, mas nós precisamos de você bem forte hoje. -Eu sei...senhor. Farei o meu melhor! -Isso mesmo! Vai dar tudo certo, não se preocupe! -Onde está Hanne? -Ela acordou cedo e começou o treinamento, bem-disposta para falar a verdade.
  • 41. -Obrigada senhor, com licença vou procura-la. -Está bem, e anime-se por favor. Ela deu um sorriso desanimado e saiu atrás de Hanne, quando a viu treinando com outro caçador, ela tinha orgulho da amiga, e via quão talentosa ela era com a espada Bloodcent. -Está melhor a cada dia.…-Gritou Ariella para Hanne -...em breve irá superar até Helsing. -Ella! Finalmente acordou! -Eu nem dormi. -Entendo, bem compreensível. Por favor minha amiga, não fique assim! Vai dar tudo certo, precisa acreditar! -Está bem, eu vou “acreditar”. -Olha só, essa cabeça dura resolveu funcionar! Vem para o treino? -Não, vou dar uma volta. -Ah, ok. Por favor tome cuidado. -Sempre tomo. Ao ver Ariella se afastar o ancião Darling se aproximou de Hanne para saber o que havia acontecido. -O que houve com a Ella? -Ela está preocupada demais com tudo isso Amis, e o pior é que ela nem pode conversar com o Peter por causa do sol, tudo está sendo muito difícil para ela. -Eu entendo, isso me preocupa, ela nunca se abalou com nada, nem com a morte do pai, ela permaneceu firme e não derramou nenhuma lágrima. -É.…eu lembro. -Cuide dela, Hanne! Não deixe que ela se abale. -Sim senhor, não se preocupe. Depois de um longo dia treinando e esperando, a hora do Pôr-do-sol havia chegado, todos os caçadores estavam em suas posições, espadas afiadas, flechas no arco e armas completamente carregadas. Ariella estava aflita, quando sentiu uma respiração em sua nuca, ela se virou...era Peter. -Peter! – Ela o abraçou – Eu estava muito preocupada com você, queria saber como estava eu...eu... -Calma, estou bem! Também estava muito preocupado com você.
  • 42. Ela sorriu, feliz por vê-lo, mas ainda temia o pior. Jean se aproximou de Hanne. -Achou que eu não viria? – Ele perguntou -Jamais! Eu sei que você não me abandonaria. Ele segurou na mão dela e eles se olharam com um sorriso tímido. Ao longe uma gigante nuvem de poeira subiu, eram os vampiros se aproximando. Peter colocou o braço em volta de Ella, colocou a cabeça dela em seu peito e abraçou com força. Todos os caçadores estavam com medo, os monstros eram muitos. -Preparem-se todos, lutem por suas vidas e pelas vidas de todos os cidadãos dessa cidade! – Gritou o primeiro ancião. Em uma só voz todos juntos falaram: “No dia mais claro ou na noite mais escura, sob minha espada permanece o estandarte, proteger os fracos me tornando mais forte e aos demônios da noite dá- lhes somente a morte! ” Jean olhou para Peter, eles lutariam contra sua própria espécie. Vladimir e as outras criaturas invadiram Bloodstone, caçadores e vampiros lutavam de forma espantosa, ambos estavam tendo muitas baixas. Hanne por um momento ficou sozinha entre 4 vampiros, ela bravamente tentou lutar contra eles, Jean viu que ela não estava dando conta dos 4 e foi ajudar, ele os derrubou e a deixou furiosa. -Acha que não dou conta?! – Ela perguntou franzindo a sobrancelha -Eu não acho nada! Tenho certeza! -Qual seu problema?! O que está querendo dizer? -Que não posso perder você bravinha! Vou te proteger até o fim! Ela deu um sorriso agradecido e tímido. Ariella se transformou em lobisomem, estava esmagando muitos vampiros, Peter estava com ela e juntos estavam indo muito bem. Peter se distraiu por um instante, vendo aquele lobo-fêmea destruir tantos vampiros, ele sorriu, se encantava com ela cada vez mais. Ariella olhou para ele e quando viu
  • 43. atrás dele estava Vladimir, vindo na direção dele, ela correu e pulou por cima dele e derrubou o vampiro, ela olhou para Peter para ver se ele estava bem, Vladimir se levantou, tirou do bolso uma faca de prata e enfiou no coração de Ariella, ela sentiu a lâmina e olhando para seu amado, caiu ajoelhada. -Ellaaaaaaaaaaaaaa!!! – Peter gritou inconsolavelmente -Ella Não! – Hanne correu em sua direção. Em um só golpe ela cortou a cabeça de Vladimir e segurou a amiga colocando-a em seu colo. Ariella se transformou em humana novamente, saía muito sangue de seu ferimento e de sua boca. -Ella, você não pode morrer! Não pode! – Hanne a abraçou chorando -Ha-Hanne ... E-eu amo... você minha... a-amiga... -Eu também te amo Ella! Você vai ficar bem, vai sim, não se preocupe! Jean chegou naquela cena, Ariella estava ensanguentada, ele se abaixou do lado de Hanne e a abraçou. Peter se ajoelhou ao lado dela, e depois de muitos anos, ele chorou. -Peter... -Não...você não pode me deixar. -Eu sinto muito... – Ella cuspiu sangue -...acho que estou te dando fome agora. -Será possível que tem que fazer piada nesse momento?! – Peter riu, em seguida chorou ainda mais -Eu te amo muito Peter! Você foi meu único amor, jamais eu poderia querer alguém diferente, não me importo o que você seja, em pouco tempo você me fez viver um pequeno infinito, eu vivi, eu me senti viva com você. Obrigada por isso, meu amor. -Não faz sentido, você não pode morrer, você foi tudo para mim! -Tudo vai se encaixar, e eu espero que eu tenha orgulhado meus pais. -É claro que orgulhou minha amiga! Você os orgulhou e muito! – Hanne segurou em sua mão. -Hanne, preciso lhe pedir um favor. -Qualquer coisa minha amiga! Ariella segurou o braço de dela e deu uma mordida muito forte. -Ai! Por que fez isso?! -É lua cheia, o poder do lobo deve continuar, amanhã você será como eu! Honre a memória de Helsing!
  • 44. -Está bem, farei isso! -Peter, não se destrua por minha causa, fique bem. -Não existe um mundo para mim onde você não existe Ariella, estou destruído, nós éramos um, se você for irei também. -Não se preocupe, finalmente vou conhecer minha mãe, estarei com você para todo o sempre! Em seu último suspiro, Ariella segurou pela última vez a mão de seu amado e faleceu. -Não! Ella! Amiga, acorda por favor! Irmã! Não, você não pode partir! Ellaaaaaaaaaaaaaa!! Peter ficou paralisado enquanto Jean consolava Hanne, ele olhou para Peter e ficou preocupado. -Senhor? Peter? Está bem? -Eu encontrei o amor! Eu encontrei! – Ele sorriu A pele de Peter deixou de ficar pálida, seus olhos ficaram castanhos, seus dentes não estavam mais afiados e grandes. -Senhor! O senhor está... -Peter... – Hanne levantou a cabeça - ... você virou humano? Ele olhou para os dois e de repente sua pele começou a envelhecer assustadoramente, seus cabelos ficarambrancos, e aos poucos, seu corpo foi virando pó, ele olhou para suas mãos num instante depois ergueu a cabeça e sorriu novamente. -Adeus...meu amigo! – Disse Peter, o vento o levou como pó e ele desapareceu Jean levantou Hanne do chão e eles ficaramolhando para as roupas de Peter. -Ele se foi. – Jean estava perplexo -Eu sinto muito Jean, os dois se foram, eles encontraram o amor e juntos partiram. -Sim...juntos! É como eles estão agr. Ao fim da batalha, o ancião Darling se aproximou de Hanne e Jean. -Hanne, onde está a Ariella? Ela apenas olhou para o corpo da amiga, depois olhou novamente para o ancião. -Não, não pode ser. Amis abraçou o corpo de Ella e chorou. -Onde está Peter? - Ele perguntou -Se tornou humano, ele se foi.
  • 45. Após o acontecido, colocaram o corpo de Ariella em um grande altar, eles a vestiram com as roupas de Peter a enrolaram em panos finos e queimaram seu corpo. Todos os caçadores que também morreram foram enterrados próximo a um grande monumento erguido em homenagem a Ella. Na tenta dos anciãos, assimcomo seus pais, uma pintura de Ariella foi colocada, ela seria lembrada como uma grande caçadora, sua pintura diferente da de sua mãe foi colocada com os olhos de Lobisomem, colocaram sua foto ao lado das de seus pais, embaixo da pintura a frase: “A Bloodcent descendente de Helsing que se apaixonou por um vampiro e deu sua vida para salvar aqueles a quem tentamos matar. ” Hanne olhava muito a pintura de sua amiga. -Ainda olhando para ela? – Perguntou Amis -Eu ainda morro de saudade dela, apesar de saber que ela está com os pais e com seu amor agora. -Ela sempre será lembrada, assimcomo os outros: “Por nós lutaram... -...por eles viveremos. Os dois saíramda tenda e Jean estava esperando por ela do lado de fora. -Jean, o que faz aqui? -Vim me despedir. -Vai mesmo para outro país? -É o melhor a se fazer. -Bem, eu lhe apoio no que precisar. -Eu queria poder ficar com você, mas... não quero virar pó! -Ah muito engraçado! -Você precisa manter a geração lobo, precisa de um humano para... -Para me dar um filho? Eu sei. -Sentirei sua falta. -Eu também Jean. -Só uma pergunta antes de ir.
  • 46. -Diga! -Qual o nome você dará a criança? -Será Ariel, menino ou menina. O nome serve para os dois. -Ariel...eu gostei. Jean se despediu apenas com um sorriso e foi embora. Hanne, voltou a treinar os novos Bloodcents que agora não atacavammais os vampiros, apenas se defenderiam caso eles atacassem. Ela se tornou a mova caçadora chefe no lugar da amiga, segurando firme o colar de Ariella, Hanne olhou para o céu e sorriu. -Espero que você não esteja dando muito trabalho aí, estará para sempre em meu coração. Curta bastante o Peter agora que a aparência dele é de humano. Eu te amo Ella, minha irmã. Fim.