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SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
E ENSINO FUNDAMENTAL
Língua Portuguesa – 6º ANO
Habilidades: (EF69LP47-A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição
próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas
partes, as escolhas lexicais típicas de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os
efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das
variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco
narrativo. (EF69LP54-B) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem,
tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e
antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e
conotativas (adjetivos, locuções adjetivas).
Objeto de conhecimento: Romances infanto-juvenis - Análise dos elementos da narrativa; Efeitos de
sentido das figuras de linguagem; Efeitos de sentido em palavras e expressões denotativas e conotativas.
AULA 9
ATIVIDADES
Leia o trecho do romance O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry e
responda à atividades.
O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor
de três pétalas, uma florzinha insignificante...
- Bom dia - disse o príncipe.
- Bom dia - disse a flor.
- Onde estão os homens? - Perguntou ele educadamente.
A flor, um dia, vira passar uma caravana:
- Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas
não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm
raízes. Eles não gostam das raízes.
- Adeus - disse o principezinho.
- Adeus - disse a flor.
O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que
conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe
de tamborete.
"De uma montanha tão alta como esta", pensava ele, "verei todo o planeta e todos os
homens..." Mas só viu pedras pontudas, como agulhas.
- Bom dia! - disse ele ao léu.
- Bom dia... bom dia... bom dia... - respondeu o eco.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho.
- Quem és tu... quem és tu... quem és tu... - respondeu o eco.
- Sejam meus amigos, eu estou só... - disse ele.
- Estou só... estou só... estou só... - respondeu o eco.
"Que planeta engraçado!", pensou então. "É completamente seco, pontudo e salgado.
E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz... No meu planeta eu
tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro".
Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas
rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção
aos homens.
- Bom dia! - disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
- Bom dia! - disseram as rosas.
Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.
- Quem sois? - perguntou ele espantado.
- Somos as rosas - responderam elas.
- Ah! - exclamou o principezinho...
E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ela era a única de
sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só
jardim!
"Ela teria se envergonhado", pensou ele, "se visse isto... Começaria a tossir,
simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava
dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de
verdade...".
Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas
uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando
um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito
poderoso...".
E, deitado na relva, ele chorou.
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada
viu.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a
única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente
igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens
necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de
uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade
um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu
creio que ela me cativou...
- É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho.
- A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito - suspirou a raposa.
SAINT-EXUPERY, Antoine. O Pequeno Príncipe. (2009).
1. A narração é um tipo textual que tem como um dos elementos principais o
narrador. Nessa história, temos a presença de um narrador-adulto que conta às
aventuras, anseios, buscas do Pequeno Príncipe. Através da leitura do trecho:
“... O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor...”,
podemos afirmar que
(A) o foco narrativo é marcado pelo uso da 2ª pessoa do singular, confirmada
nos verbos “atravessou” e “encontrou” que estão na 2ª pessoa do discurso.
(B) o foco narrativo é marcado pelo uso da 3ª pessoa do singular, confirmada
nos verbos “atravessou” e “encontrou” que estão na 3ª pessoa do discurso.
(C) o foco narrativo é marcado pelo uso do substantivo “príncipe” que é
classificado como próprio.
(D) o foco narrativo é marcado pelo uso do adjetivo “príncipe” que é um
elemento secundário na frase.
2. Enquanto atravessava o deserto o Pequeno Príncipe encontra uma flor que é descrita
como “... Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante...”. Os adjetivos
atribuídos à flor dão a ela um sentido de
(A) deslumbrante e inigualável.
(B) intocável e insubstituível.
(C) fragilizada e sem importância.
(D) delicada e importante.
3. No trecho: “- Quem sois? - perguntou ele espantado. - Somos as rosas - responderam
elas. - Ah! - exclamou o principezinho... E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor
lhe havia dito que ela era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia
cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!”.
Nesse momento do diálogo entre o príncipe e as rosas, o narrador afirma a decepção, a
tristeza da personagem. Qual é o motivo da tristeza?
(A) O fato de existirem outras flores iguais a que encontrou primeiramente.
(B) O fato de o jardim ser repleto de flores coloridas.
(C) O fato de se sentir engando pela flor.
(D) O fato de refletir que não apenas ele, mas outros poderiam ter a mesma espécie de
flor.
4. Leia com atenção a frase narrada no romance “O vento os leva. Eles não têm raízes.
Eles não gostam das raízes”. Os pronomes “os” e “eles” se referem a qual substantivo?
(A) Ventos.
(B) Homens.
(C) Vulcões.
(D) Príncipes.
5. No trecho "- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...”, a
linguagem utilizada é
(A) informal com a utilização de termos coloquiais com a presença do pronome “tu”.
(B) muito rebuscada e com sentido incompreensível, pois utiliza o verbo “ser” na
segunda pessoa “és”.
(C) culta e de difícil entendimento, porque a palavra “bem” não deve ser aplicada nessa
frase.
(D) mais formal, pouco empregada no nosso cotidiano, uma vez que substituímos pelo
pronome “tu” pouco empregada no nosso cotidiano.
6. Em seu diálogo com o pequeno príncipe, a raposa diz que cativar “é algo
quase sempre esquecido”. Por que ela disse isso?
(A) Para se referir ao tratamento que os homens dão aos animais.
(B) Para se exaltar diante do príncipe dizendo ser querida por todos.
(C) Para seduzir o príncipe com sua fala.
(D) Para expor que o homem tem dificuldades para “criar laços”.
Releia o pequeno diálogo nos quadrinhos abaixo e responda às questões 7 a 10.
Disponível em https://linguagemeafins.blogspot.com/2010/09/pequeno-principe-070910.html Acesso em 11 de abr. de 2022.
7. No primeiro quadrinho, a raposa diz ao Príncipe que “vai chorar”. Nessa
frase há uma figura da linguagem que é um(a)
(A) eufemismo (suavizar a mensagem).
(B) personificação/prosopopeia (atribuição de vida a seres inanimados).
(C) ironia (representa justamente o sentido contrário).
(D) metáfora (é uma representação não literal/sentido figurado).
8. Na frase, “Assim o pequeno príncipe cativou a raposa” a palavra em
destaque tem sentido de
(A) tempo.
(B) condição.
(C) conclusão.
(D) adição.
9. No segundo quadrinho, o príncipe diz para a raposa: “Eu não queria te fazer
mal, mas quiseste que eu te cativaste”. Nesse trecho, o uso do “mas”
(A) soma-se à ideia da frase anterior vendo o ato de cativar como positivo.
(B) contraria a ideia anterior, pois o ato de cativar mostra que criar laços é algo
negativo.
(C) diminui o sentido da palavra “cativar”, pois se refere a um ato humano em
relação ao animal.
(D) intensifica o sentido da palavra “cativar”, pois se refere a um ato humano
em relação ao animal.
10. A raposa insistiu para que o príncipe a cativasse. Ao ser realizada, ela
afirma que “vai chorar”. Nesse momento o príncipe diz que “então ela não
havia ganhado nada” com a criação de laços entre eles pois, a raposa
(A) queria era se aproveitar da ocasião e da solidão do príncipe.
(B) desejava ter amigos, mas via no homem um ser perigoso.
(C) se sentia triste com a partida do pequeno príncipe em busca de cativar
outros homens.
(D) se sente retribuída, porque ao menos teve a “cor do trigo”.
11. Leia o trecho, “Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente
igual a cem mil outros garotos...” Qual é a figura de linguagem que expressa
exagero? Isso é observado no trecho do romance? Explique.
Nos quadrinhos do Pequeno Príncipe, lemos o diálogo entre
a raposa e a personagem principal do romance de Antoine de
Saint-Exupéry. Imagine que você tenha sido escolhido para
produzir o diálogo entre a flor e o príncipe. Você poderá
desenhar e compor também em quadrinhos essa parte da
história. O príncipe acreditava que ela era única, mas de
repente descobre que não. O diálogo produzido deve iniciar
com o reencontro dos dois. O que o príncipe disse à flor
quando se reencontraram? Como foi o encontro? Onde se
encontraram? Houve tristeza um com outro ou se entenderam
ao conversar? Conte-nos essa parte. Seja criativo e busque
manter a mesma linguagem utilizada pelo autor.
Bom trabalho!
REFERÊNCIAS:
GOIÁS. Documento Curricular para – Ampliado. Consed/Undime. Goiânia:
2018.
Disponível em https://linguagemeafins.blogspot.com/2010/09/pequeno-
principe-070910.html Acesso em 11 de abril de 2022.
SAINT-EXUPERY, Antoine. O Pequeno Príncipe. (2009).
Ronaldo Ramos Caiado
Governo do Estado de Goiás
Lincoln Graziani Pereira da Rocha
Vice-governador
Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira
Secretária de Estado da Educação
Selma de Oliveira Bastos Pires
Subsecretária de Governança Educacional
Giselle Pereira Campos Faria
Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental
Gerência de Produção de Material para o Ensino Fundamental
Alessandra Oliveira de Almeida
Katiuscia Neves Almeida
Alan Alves Ferreira Ceciliana de Rose Cintra Lagares
Declyê Rezende de Faria Sodré Fábio Rodrigues Lucena
Fagner Barbosa Ribeiro Jéssyka Priscilla Rodrigues Cruvinel
Lívio de Castro Pereira Luiz Felipe Ferreira de Morais
Maria Magda Ribeiro Mileidy Pereira Morais
Sandra de Mesquita Wanessa Santos Silva

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Aula 9 - 6º LP - Romance - Figuras de Linguagem.pptx

  • 1. SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL Língua Portuguesa – 6º ANO Habilidades: (EF69LP47-A) Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, as escolhas lexicais típicas de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo. (EF69LP54-B) Analisar os efeitos de sentido decorrentes do emprego de figuras de linguagem, tais como comparação, metáfora, personificação, metonímia, hipérbole, eufemismo, ironia, paradoxo e antítese e os efeitos de sentido decorrentes do emprego de palavras e expressões denotativas e conotativas (adjetivos, locuções adjetivas). Objeto de conhecimento: Romances infanto-juvenis - Análise dos elementos da narrativa; Efeitos de sentido das figuras de linguagem; Efeitos de sentido em palavras e expressões denotativas e conotativas.
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  • 9. ATIVIDADES Leia o trecho do romance O Pequeno Príncipe, de Antoine Saint-Exupéry e responda à atividades. O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante... - Bom dia - disse o príncipe. - Bom dia - disse a flor. - Onde estão os homens? - Perguntou ele educadamente. A flor, um dia, vira passar uma caravana: - Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes. - Adeus - disse o principezinho. - Adeus - disse a flor. O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe de tamborete.
  • 10. "De uma montanha tão alta como esta", pensava ele, "verei todo o planeta e todos os homens..." Mas só viu pedras pontudas, como agulhas. - Bom dia! - disse ele ao léu. - Bom dia... bom dia... bom dia... - respondeu o eco. - Quem és tu? - perguntou o principezinho. - Quem és tu... quem és tu... quem és tu... - respondeu o eco. - Sejam meus amigos, eu estou só... - disse ele. - Estou só... estou só... estou só... - respondeu o eco. "Que planeta engraçado!", pensou então. "É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz... No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro". Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção aos homens. - Bom dia! - disse ele. Era um jardim cheio de rosas. - Bom dia! - disseram as rosas. Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.
  • 11. - Quem sois? - perguntou ele espantado. - Somos as rosas - responderam elas. - Ah! - exclamou o principezinho... E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ela era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim! "Ela teria se envergonhado", pensou ele, "se visse isto... Começaria a tossir, simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de verdade...". Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso...". E, deitado na relva, ele chorou. E foi então que apareceu a raposa: - Bom dia - disse a raposa. - Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
  • 12. - Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira... - Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita... - Sou uma raposa - disse a raposa. - Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste... - Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda. - Ah! Desculpa - disse o principezinho. Mas, após refletir, acrescentou: - Que quer dizer "cativar"? - Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras? - Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"? - Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas? - Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"? - É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"... - Criar laços? - Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
  • 13. - Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou... - É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra... - Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho. - A raposa pareceu intrigada: - Num outro planeta? - Sim. - Há caçadores nesse planeta? - Não. - Que bom! E galinhas? - Também não. - Nada é perfeito - suspirou a raposa. SAINT-EXUPERY, Antoine. O Pequeno Príncipe. (2009).
  • 14. 1. A narração é um tipo textual que tem como um dos elementos principais o narrador. Nessa história, temos a presença de um narrador-adulto que conta às aventuras, anseios, buscas do Pequeno Príncipe. Através da leitura do trecho: “... O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor...”, podemos afirmar que (A) o foco narrativo é marcado pelo uso da 2ª pessoa do singular, confirmada nos verbos “atravessou” e “encontrou” que estão na 2ª pessoa do discurso. (B) o foco narrativo é marcado pelo uso da 3ª pessoa do singular, confirmada nos verbos “atravessou” e “encontrou” que estão na 3ª pessoa do discurso. (C) o foco narrativo é marcado pelo uso do substantivo “príncipe” que é classificado como próprio. (D) o foco narrativo é marcado pelo uso do adjetivo “príncipe” que é um elemento secundário na frase.
  • 15. 2. Enquanto atravessava o deserto o Pequeno Príncipe encontra uma flor que é descrita como “... Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante...”. Os adjetivos atribuídos à flor dão a ela um sentido de (A) deslumbrante e inigualável. (B) intocável e insubstituível. (C) fragilizada e sem importância. (D) delicada e importante. 3. No trecho: “- Quem sois? - perguntou ele espantado. - Somos as rosas - responderam elas. - Ah! - exclamou o principezinho... E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ela era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!”. Nesse momento do diálogo entre o príncipe e as rosas, o narrador afirma a decepção, a tristeza da personagem. Qual é o motivo da tristeza? (A) O fato de existirem outras flores iguais a que encontrou primeiramente. (B) O fato de o jardim ser repleto de flores coloridas. (C) O fato de se sentir engando pela flor. (D) O fato de refletir que não apenas ele, mas outros poderiam ter a mesma espécie de flor.
  • 16. 4. Leia com atenção a frase narrada no romance “O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes”. Os pronomes “os” e “eles” se referem a qual substantivo? (A) Ventos. (B) Homens. (C) Vulcões. (D) Príncipes. 5. No trecho "- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...”, a linguagem utilizada é (A) informal com a utilização de termos coloquiais com a presença do pronome “tu”. (B) muito rebuscada e com sentido incompreensível, pois utiliza o verbo “ser” na segunda pessoa “és”. (C) culta e de difícil entendimento, porque a palavra “bem” não deve ser aplicada nessa frase. (D) mais formal, pouco empregada no nosso cotidiano, uma vez que substituímos pelo pronome “tu” pouco empregada no nosso cotidiano.
  • 17. 6. Em seu diálogo com o pequeno príncipe, a raposa diz que cativar “é algo quase sempre esquecido”. Por que ela disse isso? (A) Para se referir ao tratamento que os homens dão aos animais. (B) Para se exaltar diante do príncipe dizendo ser querida por todos. (C) Para seduzir o príncipe com sua fala. (D) Para expor que o homem tem dificuldades para “criar laços”.
  • 18. Releia o pequeno diálogo nos quadrinhos abaixo e responda às questões 7 a 10. Disponível em https://linguagemeafins.blogspot.com/2010/09/pequeno-principe-070910.html Acesso em 11 de abr. de 2022.
  • 19. 7. No primeiro quadrinho, a raposa diz ao Príncipe que “vai chorar”. Nessa frase há uma figura da linguagem que é um(a) (A) eufemismo (suavizar a mensagem). (B) personificação/prosopopeia (atribuição de vida a seres inanimados). (C) ironia (representa justamente o sentido contrário). (D) metáfora (é uma representação não literal/sentido figurado). 8. Na frase, “Assim o pequeno príncipe cativou a raposa” a palavra em destaque tem sentido de (A) tempo. (B) condição. (C) conclusão. (D) adição.
  • 20. 9. No segundo quadrinho, o príncipe diz para a raposa: “Eu não queria te fazer mal, mas quiseste que eu te cativaste”. Nesse trecho, o uso do “mas” (A) soma-se à ideia da frase anterior vendo o ato de cativar como positivo. (B) contraria a ideia anterior, pois o ato de cativar mostra que criar laços é algo negativo. (C) diminui o sentido da palavra “cativar”, pois se refere a um ato humano em relação ao animal. (D) intensifica o sentido da palavra “cativar”, pois se refere a um ato humano em relação ao animal.
  • 21. 10. A raposa insistiu para que o príncipe a cativasse. Ao ser realizada, ela afirma que “vai chorar”. Nesse momento o príncipe diz que “então ela não havia ganhado nada” com a criação de laços entre eles pois, a raposa (A) queria era se aproveitar da ocasião e da solidão do príncipe. (B) desejava ter amigos, mas via no homem um ser perigoso. (C) se sentia triste com a partida do pequeno príncipe em busca de cativar outros homens. (D) se sente retribuída, porque ao menos teve a “cor do trigo”. 11. Leia o trecho, “Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos...” Qual é a figura de linguagem que expressa exagero? Isso é observado no trecho do romance? Explique.
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  • 23. Nos quadrinhos do Pequeno Príncipe, lemos o diálogo entre a raposa e a personagem principal do romance de Antoine de Saint-Exupéry. Imagine que você tenha sido escolhido para produzir o diálogo entre a flor e o príncipe. Você poderá desenhar e compor também em quadrinhos essa parte da história. O príncipe acreditava que ela era única, mas de repente descobre que não. O diálogo produzido deve iniciar com o reencontro dos dois. O que o príncipe disse à flor quando se reencontraram? Como foi o encontro? Onde se encontraram? Houve tristeza um com outro ou se entenderam ao conversar? Conte-nos essa parte. Seja criativo e busque manter a mesma linguagem utilizada pelo autor. Bom trabalho!
  • 24. REFERÊNCIAS: GOIÁS. Documento Curricular para – Ampliado. Consed/Undime. Goiânia: 2018. Disponível em https://linguagemeafins.blogspot.com/2010/09/pequeno- principe-070910.html Acesso em 11 de abril de 2022. SAINT-EXUPERY, Antoine. O Pequeno Príncipe. (2009).
  • 25. Ronaldo Ramos Caiado Governo do Estado de Goiás Lincoln Graziani Pereira da Rocha Vice-governador Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira Secretária de Estado da Educação Selma de Oliveira Bastos Pires Subsecretária de Governança Educacional Giselle Pereira Campos Faria Superintendente de Educação Infantil e Ensino Fundamental Gerência de Produção de Material para o Ensino Fundamental Alessandra Oliveira de Almeida Katiuscia Neves Almeida Alan Alves Ferreira Ceciliana de Rose Cintra Lagares Declyê Rezende de Faria Sodré Fábio Rodrigues Lucena Fagner Barbosa Ribeiro Jéssyka Priscilla Rodrigues Cruvinel Lívio de Castro Pereira Luiz Felipe Ferreira de Morais Maria Magda Ribeiro Mileidy Pereira Morais Sandra de Mesquita Wanessa Santos Silva