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Sondagem
Prof. Giovani Antonangelo
Engenheiro Civil
FSP
FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA
Exames do terreno
a) Visitar o local da obra, detectando a eventual
existência de alagados, afloramento de rochas etc.;
b) Visitar obras em andamento nas proximidades,
verificando as soluções adotadas;
c) Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de
2” ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo
até atingir a camada resistente;
d) Mandar fazer sondagem geotécnica.
Métodos de ensaio: direto,
indireto e semi-direto
Sondagem SPT
A sondagem mais executada em solos penetráveis é a sondagem geotécnica a
percussão, de simples reconhecimento, executada com a cravação de um barrilete
amostrador, peça tubular metálica robusta, oca, de ponta bizelada, que
penetrando no solo, retira amostras seqüentes, que são analisadas visualmente e
em laboratório para a classificação do solo e determina o SPT (Standard
Penetration Test), que é o registro da somatória do número de golpes para vencer
os dois últimos terços de cada metro, para a penetração de 15 cm. Nas próximas
figuras são mostrados um esquema do equipamento de sondagem geotécnica de
percussão, a planta de locação dos furos e um laudo de sondagem.
1-conjunto motor-bomba
2-reservatório de água
3-tripé tubos metálicos
4-roldana
5-tubo-guia 50 mm
6-engate
7-guincho
8-peso padrão 60 kg
9-cabeça de cravação
1 2
3
4
5
6
9
8
7
Equipamento de sondagem a percussão
Método direto: SPT
Perfuração com
lavagem
Amostradores Bipartidos -
SPT
Finalidades do ensaio
SPT
• a determinação dos tipos de solo em suas
respectivas profundidades de ocorrência;
• a posição do nível-d’água;
• os índices de resistência a penetração (N) a cada
metro.
Definições
• SPT (standard penetration test): Abreviatura do
nome do ensaio pelo qual se determina o índice de
resistência à penetração (N) com amostragem de solo;
• CPT (cone penetration test): indica a resistência e a
compressibilidade do solo, mas não é possível retirar
amostras;
• N: Abreviatura do índice de resistência à penetração
do SPT, cuja determinação se dá pelo número de
golpes correspondente à cravação de 30 cm do
amostrador-padrão, após a cravação inicial de 15 cm,
utilizando-se corda de sisal para levantamento do
martelo padronizado.
Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Locação do furo e quantidades;
• Processos de perfuracão;
• Amostragem e SPT;
• Critérios de paralisação;
Critérios para avaliação do
ensaio SPT
• Observação do nível de lençol freático;
• Identificação das amostras e elaboração
do perfil geológico-geotécnico;
• Apresentação do relatório de
sondagem.
Amostragem
• Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo
colhido pelo trado-concha durante a perfuração, até 1 m de profundidade.
• A cada metro de perfuração, a partir de 1 m de profundidade, devem ser
colhidas amostras dos solos por meio do amostrador-padrão, com execução de
SPT.
• O amostrador-padrão, conectado à composição de cravação, deve descer
livremente no furo de sondagem até ser apoiado suavemente no fundo,
devendo-se cotejar a profundidade correspondente com a que foi medida na
operação anterior.
• Caso haja discrepância entre as duas medidas supra-referidas (ficando o
amostrador mais de 2 cm acima da cota de fundo, atingida no estágio
precedente), a composição deve ser retirada, repetindo-se a operação de
limpeza do furo.
• Após o posicionamento do amostrador-padrão conectado à composição de
cravação, coloca-se a cabeça de bater e, utilizando-se o tubo de revestimento
como referência, marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido
em três trechos iguais de 15 cm.
Número mínimo de
sondagens
• Nº mínimo = 2 furos
• 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta,
até 1200 m2
• 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta,
para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser
realizado plano específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
Número mínimo de
sondagens
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
• 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até
1200 m2
• 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para
áreas entre 1200 m2 e 2400 m2
• Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser realizado
plano específico
• Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
• Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
Localização dos furos
• Distância máxima de 100 m;
• Normalmente entre 15 a 20 m;
• Priorizar posições relevantes na obra : pontos de
maior carga – escadas, elevadores, reservatórios,
etc.
Localização dos furos
• Sondagens não devem estar alinhadas;
• Realizar furos próximos aos extremos da área;
• Distância máxima de 100 m.
Profundidade
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir
de ensaios de campo mais usuais;
ou
• Consultar o projetista de fundações para definir a
profundidade de interrupção, utilizando-se nestes
casos de sondagens do tipo rotativa
• Normalmente até a camada impenetrável, a partir
de ensaios de campo mais usuais.
Planta de locação dos
furos de sondagem
Rua X
800
1000
1480
1950
1200
770
4500
2600
SP 01
SP 02
SP 03
3500
Rua
Y
Centra l
telefônica
Casa
de
forç a
N
Planta de locação dos furos de sondagem
PERFIL DE SONDAGEM GEOLÓGICA - Ensaio de penetra çã o pa drã o SPT
Critérios para encerrar a
sondagem
O processo de perfuração por circulação de água, associado aos ensaios
penetrométricos, deve ser utilizado até onde se obtiver, nesses ensaios, uma das
seguintes condições:
a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15 cm
iniciais do amostrador-padrão;
b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm
iniciais do amostrador-padrão;
c)quando,em 5 sucessivos,se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45cm do
amostrador-padrão
Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas às fundações e da
natureza do subsolo, admite-se a paralisação da sondagem em solos de menor
resistência à penetração do que aquela discriminada anteriormente, desde que haja
uma justificativa geotécnica ou solicitação do cliente.
Método Semi-direto:
CPT
Comparativo entre os
métodos de sondagem
Exemplo de laudo de
sondagem
6
Rua X
800
1000
1480
1950
1200
4500
2600
SP 01
SP 02
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3500
Rua
Y
Central
telefônica
Casa
de
forç a
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Planta de locação dos furos de sondagem
Penetraç ão
Golpes/30 c m
Cota
(RN)
Nível
da
á gua
Am
o
stra
Diagrama
da s
penetrações
10 20 30 40
Pro
fund
id
a
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e
em
m
etro
s
Classifica ção d o materia l
0,10
1,00
1,80
3,00
5,00
18,00
20,45
Solo superficial
Argila siltosa, variegada
idem, mole
Argila siltosa pouco
arenosa, marron, dura
idem, rija
idem, dura
Argila siltosa, dura
limite de sondagem
4
14
9
11
22
27
28
29
30
31
5
20
13
15
35
37
38
39
43
47
PERFIL DE SONDAGEM GEOLÓGICA - Ensaio de penetra çã o pa drã o SPT
CLIENTE:
Loc al: Rua X
2,3
Responsá vel Técnic o: SP 01
LOGO
07/ 04/ 99
1:1000
Obs: não se verific ou
pressão d’ água
Perfil de sondagem geológica (parte do laudo técnico)
PRINCÍPIOS GERAIS DA APTIDÃO DE
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
emplo mostrado no esquema na próxima figura.
seguinte é mostrado o detalhe de um ensaio prático de ca
ção da tensão admissível do solo.
N.A.
A
B
C
Camadas resistentes e tipos de fundação indicadas
PRINCÍPIOS GERAIS DA APTIDÃO DE
SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE
• Se os solos A=B=C têm características iguais de
resistência, é possível implantar a fundação em A;
• Se só A é resistente, devem-se apoiar fundações de
estruturas leves, cuja carga limite deve ser
determinada por análise de recalque;
• Se A é solo fraco e B é resistente, a fundação é do
tipo profunda, atendendo-se para a carga limite em
função da resistência de C;
• Se A=B são solos fracos e C é resistente, o apoio da
fundação deverá ser em C.
Tabela dos estados de compacidade e de
consistência –
NBR 6484/2001
Perfil estratigráfico
4.5.1 Perfil estimado do terreno
Com base na investigação geotécnica realizada no terreno, representada na Figura
19, e nos perfis individuais, Anexo D, pode-se elaborar o perfil estratigráfico estimado do
subsolo, identificando as camadas que o compõem e também o nível do lençol freático.
Como foi visto no item 4.5, para montagem do perfil estratigráfico foram
considerados apenas os furos que pertencentes ao perímetro edificado.
Figura 19 – Perfil estratigráfico estimado da área em estudo
Analisando o perfil estratigráfico pode-se observar que o solo que constitui as
camadas do terreno apresenta-se de forma bem definido dividido em duas camadas, argila
arenosa e área média argilosa, a sondagem foi paralisada logo após a camada de área média
Exercício de fixação
• Elabore um roteiro de atividades de como o estudo
de sondagem deverá ser realizado para o
empreendimento (em anexo). A partir, do roteiro
identifique:
a) Número de furos para definição do perfil do terreno,
segundo a norma.
b) Qual método poderia ser utilizado na avaliação
geotécnica?
c) Quais os indicativos que o ensaio SPT chegou ao
final?
d) Em quais situações seria indicada outro método
diferente do SPT?
Anexo
Referências Bibliográficas
• Associação Brasileira de normas técnicas – NBR
6484: Solo - Sondagens de simples
reconhecimento com SPT - Método de ensaio,
Rio de janeiro, 2001.
• Giugiani, E.; Figueiro, G. Investigações
geotécnicas, Porto Alegre, 2006.

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  • 1. Sondagem Prof. Giovani Antonangelo Engenheiro Civil FSP FUNDAÇÕES E OBRAS DE TERRA
  • 2. Exames do terreno a) Visitar o local da obra, detectando a eventual existência de alagados, afloramento de rochas etc.; b) Visitar obras em andamento nas proximidades, verificando as soluções adotadas; c) Fazer sondagem a trado (broca) com diâmetro de 2” ou 4”, recolhendo amostras das camadas do solo até atingir a camada resistente; d) Mandar fazer sondagem geotécnica.
  • 3. Métodos de ensaio: direto, indireto e semi-direto
  • 4. Sondagem SPT A sondagem mais executada em solos penetráveis é a sondagem geotécnica a percussão, de simples reconhecimento, executada com a cravação de um barrilete amostrador, peça tubular metálica robusta, oca, de ponta bizelada, que penetrando no solo, retira amostras seqüentes, que são analisadas visualmente e em laboratório para a classificação do solo e determina o SPT (Standard Penetration Test), que é o registro da somatória do número de golpes para vencer os dois últimos terços de cada metro, para a penetração de 15 cm. Nas próximas figuras são mostrados um esquema do equipamento de sondagem geotécnica de percussão, a planta de locação dos furos e um laudo de sondagem. 1-conjunto motor-bomba 2-reservatório de água 3-tripé tubos metálicos 4-roldana 5-tubo-guia 50 mm 6-engate 7-guincho 8-peso padrão 60 kg 9-cabeça de cravação 1 2 3 4 5 6 9 8 7 Equipamento de sondagem a percussão
  • 8. Finalidades do ensaio SPT • a determinação dos tipos de solo em suas respectivas profundidades de ocorrência; • a posição do nível-d’água; • os índices de resistência a penetração (N) a cada metro.
  • 9. Definições • SPT (standard penetration test): Abreviatura do nome do ensaio pelo qual se determina o índice de resistência à penetração (N) com amostragem de solo; • CPT (cone penetration test): indica a resistência e a compressibilidade do solo, mas não é possível retirar amostras; • N: Abreviatura do índice de resistência à penetração do SPT, cuja determinação se dá pelo número de golpes correspondente à cravação de 30 cm do amostrador-padrão, após a cravação inicial de 15 cm, utilizando-se corda de sisal para levantamento do martelo padronizado.
  • 10. Critérios para avaliação do ensaio SPT • Locação do furo e quantidades; • Processos de perfuracão; • Amostragem e SPT; • Critérios de paralisação;
  • 11. Critérios para avaliação do ensaio SPT • Observação do nível de lençol freático; • Identificação das amostras e elaboração do perfil geológico-geotécnico; • Apresentação do relatório de sondagem.
  • 12. Amostragem • Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo colhido pelo trado-concha durante a perfuração, até 1 m de profundidade. • A cada metro de perfuração, a partir de 1 m de profundidade, devem ser colhidas amostras dos solos por meio do amostrador-padrão, com execução de SPT. • O amostrador-padrão, conectado à composição de cravação, deve descer livremente no furo de sondagem até ser apoiado suavemente no fundo, devendo-se cotejar a profundidade correspondente com a que foi medida na operação anterior. • Caso haja discrepância entre as duas medidas supra-referidas (ficando o amostrador mais de 2 cm acima da cota de fundo, atingida no estágio precedente), a composição deve ser retirada, repetindo-se a operação de limpeza do furo. • Após o posicionamento do amostrador-padrão conectado à composição de cravação, coloca-se a cabeça de bater e, utilizando-se o tubo de revestimento como referência, marca-se na haste, com giz, um segmento de 45 cm dividido em três trechos iguais de 15 cm.
  • 13. Número mínimo de sondagens • Nº mínimo = 2 furos • 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2 • 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2 • Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser realizado plano específico • Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2
  • 14. Número mínimo de sondagens • Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2 • 1 furo para cada 200 m2 de edificação em planta, até 1200 m2 • 1 furo para cada 400 m2 de edificação em planta, para áreas entre 1200 m2 e 2400 m2 • Para áreas superiores à 2400 m2, deve ser realizado plano específico • Mínimo de 2 furos para áreas < 200 m2 • Mínimo de 3 furos para áreas entre 200 e 400 m2
  • 15. Localização dos furos • Distância máxima de 100 m; • Normalmente entre 15 a 20 m; • Priorizar posições relevantes na obra : pontos de maior carga – escadas, elevadores, reservatórios, etc.
  • 16. Localização dos furos • Sondagens não devem estar alinhadas; • Realizar furos próximos aos extremos da área; • Distância máxima de 100 m.
  • 17. Profundidade • Normalmente até a camada impenetrável, a partir de ensaios de campo mais usuais; ou • Consultar o projetista de fundações para definir a profundidade de interrupção, utilizando-se nestes casos de sondagens do tipo rotativa • Normalmente até a camada impenetrável, a partir de ensaios de campo mais usuais.
  • 18. Planta de locação dos furos de sondagem Rua X 800 1000 1480 1950 1200 770 4500 2600 SP 01 SP 02 SP 03 3500 Rua Y Centra l telefônica Casa de forç a N Planta de locação dos furos de sondagem PERFIL DE SONDAGEM GEOLÓGICA - Ensaio de penetra çã o pa drã o SPT
  • 19. Critérios para encerrar a sondagem O processo de perfuração por circulação de água, associado aos ensaios penetrométricos, deve ser utilizado até onde se obtiver, nesses ensaios, uma das seguintes condições: a) quando, em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15 cm iniciais do amostrador-padrão; b) quando, em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm iniciais do amostrador-padrão; c)quando,em 5 sucessivos,se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45cm do amostrador-padrão Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas às fundações e da natureza do subsolo, admite-se a paralisação da sondagem em solos de menor resistência à penetração do que aquela discriminada anteriormente, desde que haja uma justificativa geotécnica ou solicitação do cliente.
  • 22. Exemplo de laudo de sondagem 6 Rua X 800 1000 1480 1950 1200 4500 2600 SP 01 SP 02 SP 03 3500 Rua Y Central telefônica Casa de forç a N Planta de locação dos furos de sondagem Penetraç ão Golpes/30 c m Cota (RN) Nível da á gua Am o stra Diagrama da s penetrações 10 20 30 40 Pro fund id a d e em m etro s Classifica ção d o materia l 0,10 1,00 1,80 3,00 5,00 18,00 20,45 Solo superficial Argila siltosa, variegada idem, mole Argila siltosa pouco arenosa, marron, dura idem, rija idem, dura Argila siltosa, dura limite de sondagem 4 14 9 11 22 27 28 29 30 31 5 20 13 15 35 37 38 39 43 47 PERFIL DE SONDAGEM GEOLÓGICA - Ensaio de penetra çã o pa drã o SPT CLIENTE: Loc al: Rua X 2,3 Responsá vel Técnic o: SP 01 LOGO 07/ 04/ 99 1:1000 Obs: não se verific ou pressão d’ água Perfil de sondagem geológica (parte do laudo técnico)
  • 23. PRINCÍPIOS GERAIS DA APTIDÃO DE SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE emplo mostrado no esquema na próxima figura. seguinte é mostrado o detalhe de um ensaio prático de ca ção da tensão admissível do solo. N.A. A B C Camadas resistentes e tipos de fundação indicadas
  • 24. PRINCÍPIOS GERAIS DA APTIDÃO DE SUPORTE DE UM SOLO RESISTENTE • Se os solos A=B=C têm características iguais de resistência, é possível implantar a fundação em A; • Se só A é resistente, devem-se apoiar fundações de estruturas leves, cuja carga limite deve ser determinada por análise de recalque; • Se A é solo fraco e B é resistente, a fundação é do tipo profunda, atendendo-se para a carga limite em função da resistência de C; • Se A=B são solos fracos e C é resistente, o apoio da fundação deverá ser em C.
  • 25. Tabela dos estados de compacidade e de consistência – NBR 6484/2001
  • 26. Perfil estratigráfico 4.5.1 Perfil estimado do terreno Com base na investigação geotécnica realizada no terreno, representada na Figura 19, e nos perfis individuais, Anexo D, pode-se elaborar o perfil estratigráfico estimado do subsolo, identificando as camadas que o compõem e também o nível do lençol freático. Como foi visto no item 4.5, para montagem do perfil estratigráfico foram considerados apenas os furos que pertencentes ao perímetro edificado. Figura 19 – Perfil estratigráfico estimado da área em estudo Analisando o perfil estratigráfico pode-se observar que o solo que constitui as camadas do terreno apresenta-se de forma bem definido dividido em duas camadas, argila arenosa e área média argilosa, a sondagem foi paralisada logo após a camada de área média
  • 27. Exercício de fixação • Elabore um roteiro de atividades de como o estudo de sondagem deverá ser realizado para o empreendimento (em anexo). A partir, do roteiro identifique: a) Número de furos para definição do perfil do terreno, segundo a norma. b) Qual método poderia ser utilizado na avaliação geotécnica? c) Quais os indicativos que o ensaio SPT chegou ao final? d) Em quais situações seria indicada outro método diferente do SPT?
  • 28. Anexo
  • 29. Referências Bibliográficas • Associação Brasileira de normas técnicas – NBR 6484: Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio, Rio de janeiro, 2001. • Giugiani, E.; Figueiro, G. Investigações geotécnicas, Porto Alegre, 2006.