O documento discute os sistemas construtivos de baldrames, pilares e vigas. Explica que os baldrames recebem cargas das paredes e as transferem para os blocos de fundação. Também fala sobre a importância da impermeabilização dos baldrames para evitar umidade. Descreve que pilares e vigas transmitem cargas das lajes até as fundações e devem ser dimensionados corretamente. Aborda aspectos das formas e escoramentos para pilares e vigas de concreto armado.
3. SISTEMAS CONSTRUTIVOS
Engenharia Civil
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BALDRAME
Baldrames são vigas de formato retangular, moldadas
no local (in loco), dependendo do caso pode ser pré-
moldadas, com a função de receber cargas das paredes
e transferi-las aos blocos de fundação ou ao solo.
A utilização das vigas baldrame, também, proporciona
travamento entre os blocos de fundação, distribuindo
os esforços laterais e restringindo parcialmente o giro
em sua direção.
Toda viga baldrame deve ser devidamente
dimensionada para a devida carga que será suportada.
4. SISTEMAS CONSTRUTIVOS
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BALDRAME
Fundamental o dimensionamento correto das vigas
baldrames e bem executado com profissionais
qualificados, evita problemas futuros, o surgimento
recalques e de trincas nas paredes.
9. SISTEMAS CONSTRUTIVOS
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Os baldrames, por estarem em contato direto com o
solo, estão constantemente expostos à umidade.
Quando estes não são impermeabilizados, podem
“captar” a umidade (ascensão capilar) e transmiti-la
para as partes superiores da edificação ( alvenarias).
Esta umidade podem gerar situações indesejáveis, por
exemplo, “mofo de rodapé”, causando desconfortos
visual, danos a saúde, depreciação do trinômio, etc.
IMPERMEABILIZAÇÃO: BALDRAME
10. SISTEMAS CONSTRUTIVOS
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Sanar problemas de umidade e infiltrações depois da
obra ter sido finalizada é muito difícil.
Por isso, é muito importante que os baldrames sejam
impermeabilizados corretamente.
A impermeabilização pode ser feita com o uso de
diversos tipos de impermeabilizantes, com base
betuminosas.
IMPERMEABILIZAÇÃO: BALDRAME
11. SISTEMAS CONSTRUTIVOS
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A umidade na base da parede: pintura com uma
coloração diferente, bolor, o escurecimento do
revestimento (do amarelado ao preto), bolhas e
descascamento da tinta, e o aspecto úmido ao ponto de
você tocar e sentir a área molhada.
O ciclo de umedecimento e secagem ou infiltração pode
deixar o concreto do baldrame pulverulento e
comprometer a estrutura.
UMIDADE NA BASE DA PAREDE PODE COMPROMETER A ESTRUTURA
BALDRAME
15. SUPERESTRUTURA
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SUPERESTRUTURA
Abordaremos a superestrutura a partir dos seus
elementos: pilares, vigas e lajes:
Finalidade: absorver e distribuir todos os esforços
atuantes na construção, ou seja, as cargas permanentes
e acidentais, transmitindo-as para as fundações.
Uma edificação deve ser capaz de suportar as cargas
verticais e horizontais atuantes.
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SUPERESTRUTURA
As cargas verticais são aquelas originadas dos
próprios pesos dos elementos constituintes do imóvel
(cargas permanentes) e também daquelas resultantes
de ações variáveis ou cargas acidentais, que são
resultantes de carregamentos móveis, como veículos.
As cargas horizontais, também, podem ser originadas
de cargas permanentes e variáveis.
A carga horizontal podem ser originadas, por exemplo,
dos empuxos de terra (carga permanente) e, ação dos
ventos (carga variável).
SUPERESTRUTURA
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Nas estruturas usuais, compostas por lajes, vigas e
pilares, o caminho das cargas começa nas lajes, que delas
vão para as vigas e, em seguida, para os pilares, que as
conduzem até a fundação.
As lajes recebem as cargas e as transmitem para as vigas
de apoio.
As vigas, por sua vez, além do peso próprio e das cargas
das lajes, recebem, geralmente, as cargas de paredes
dispostas sobre elas, além de cargas concentradas
provenientes de outras vigas, levando todas essas cargas
para os pilares em que estão apoiadas.
SUPERESTRUTURA
SUPERESTRUTURA
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Os pilares são responsáveis por receber as cargas e
conduzir esses esforços até as fundações,onde estarão
engastados.
Nos edifícios de vários andares, para cada pilar e no
nível de cada andar, obtém se o subtotal de carga
atuantes. Essas cargas, no nível de cada andar, são
utilizadas para dimensionamento.
A carga total é utilizada no projeto da fundação.
SUPERESTRUTURA
PILARES :
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PILARES
Nas estruturas constituídas por lajes sem vigas, os
esforços são transmitidos diretamente das lajes para
os pilares. Nessas lajes, deve-se dedicar atenção
especial à verificação de punção.
SUPERESTRUTURA
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PILARES : CONCRETO ARMADO :
Os pilares de concreto armado são, do ponto de vista
construtivo, constituídos de concreto simples,
armaduras longitudinais e pelos estribos.
As armaduras longitudinais têm a função de conferir
resistência ao pilar, e os estribos de “conter” as
armaduras longitudinais mantendo-as lineares,
evitando que se deformem.
PILARES
SUPERESTRUTURA
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O seu processo construtivo requer o emprego de
formas, geralmente de madeiras, que são niveladas na
devida posição que deverá assumir o pilar,
envolvendo as armaduras longitudinais e transversais
(estribos) em seu interior.
Posteriormente vem a etapa de lançamento do
concreto, ou concretagem, para que, decorrido o
tempo de endurecimento e hidratação do concreto,
sejam retiradas as formas e o seu escoramento.
PILARES EM CONCRETO ARMADO :
PILARES
SUPERESTRUTURA
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As vigas, por sua vez, além do peso próprio e das cargas
das lajes, recebem também as cargas das paredes que
estão nelas apoiadas e das cargas vindas de outras vigas
que interagem neste sistema, transferindo todos esses
esforços para os pilares em que estas vigas estão
apoiadas.
VIGAS
SUPERESTRUTURA
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Suporta as lajes e a maioria das cargas provenientes
de elementos não estruturais, como paredes, bem
como cargas de outras vigas que nelas se apoiem.
VIGAS :
SUPERESTRUTURA
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NBR 15696/2009 – Formas e Escoramentos para
Estruturas de Concreto – Projeto, Dimensionamento e
Procedimentos Executivos.
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
SUPERESTRUTURA
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Aspectos importantes:
− Seguir o projeto de formas quanto as dimensões da
estrutura;
− Planta de formas- muito usada pelos carpinteiros para o
corte das tabuas e chapas e montagem das formas.
− Possibilitar resistência suficiente para a não deformação
sob ação de cargas – peso próprio, peso e pressão do concreto
fresco, peso das armaduras, cargas acidentais (operários,
equipamentos);
− Estanqueidade, não permitindo vazamento de argamassa
ou pasta;
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
SUPERESTRUTURA
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− As juntas das fôrmas devem ser fechadas para evitar o
vazamento da nata de cimento que pode causar rebarbas ou
vazios na superfície do concreto.
− Pode ser utilizada mata-juntas, fita adesiva e até mastiques
elásticos .
− Devemos evitar o fechamento das juntas com papel de
sacos de cimento ou de jornais.
− Fazer o fechamento das juntas pouco antes da
concretagem;
− Aplicar "desmoldante" na madeira para facilitar a
desforma.
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
SUPERESTRUTURA
Aspectos importantes:
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FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
SUPERESTRUTURA
Aspectos importantes:
Fechamento das juntas de fôrma utilizando mata-juntas e fita adesiva
− Montar sistema de formas que permita fácil deforma, com
reaproveitamento máximo dos materiais (painéis de madeira,
gastalhos e pregos) .
− Molhagem antes do lançamento do concreto;
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− Devemos colocar gravatas com dimensões e
espaçamentos proporcionais às alturas dos
pilares, de tal forma que resistem ao empuxo
lateral do concreto fresco.
Cuidados pilar:
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
SUPERESTRUTURA
− Fazer limpeza interna das
formas antes da
concretagem pela "janela"
na base de Pilares;
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− Pilares altos (acima de 3,0 metros):
"janelas" intermediarias para lançamento do
concreto.
− Esta janela tem a função de facilitar a
vibração, evitando a desagregação do
concreto, responsável pela formação de
vazios nas peças concretadas ou"bicheiras".
− Escoramento de madeira: atenção com os
apoios no terreno, emendas (se necessárias).
- Escoras maiores que 3,0 m (fazer
travamento horizontal);
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
Cuidados pilar:
SUPERESTRUTURA
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− Quando os pilares forem concretados antes das vigas, para
garantir o prumo, temos que prever contraventamentos em
duas direções perpendiculares entre si;
− Em pilares altos, prever contraventamentos em dois ou
mais pontos de altura, e nos casos de contraventamentos
longos prever travessas com sarrafos para evitar flambagem.
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
Cuidados pilar
SUPERESTRUTURA
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FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
Cuidados pilar:
Detalhes do escoramento e contraventamentos em pilares
SUPERESTRUTURA
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− As fôrmas das vigas são constituídas por painéis de fundo e
painéis das faces firmemente travadas por gravata, mãos-
francesas e sarrafos de pressão.
− Devemos certificar se as formas têm as amarrações,
escoramentos e contraventamentos suficientes para não
sofrerem deslocamentos ou deformações durante o lançamento
do concreto.
Cuidados viga:
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SUPERESTRUTURA
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São sistemas em que se utiliza mão-de-obra manual, ou
seja, não necessitando do emprego de equipamentos
para o içamento das peças. São encontradas de tres
maneiras:
Madeira;
Misto;
Metálico.
Sistema de forma leve:
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SUPERESTRUTURA
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Formas e escoramento em Madeira: as madeiras
compensadas são mais usadas, em lugar das tabuas.
Vantagens da madeira compensadas:
Bom reaproveitamento, fácil desforma e
menor numero de juntas, com menor
consumo de pregos.
Permitem maior produtividade da mao-de-
obra.
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR -
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SUPERESTRUTURA
Sistema de forma leve:
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Misto: É um sistema que utiliza escoramento metálico com
finalidade de suporte de carga. A fôrma é revestida com chapas
de compensado.
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SUPERESTRUTURA
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Formas e escoramento metálico: São aqueles sistemas
em que praticamente se utilizam apenas elementos metálicos
para fôrma e escoramento.
Vantagens:
Possibilita maior produtividade nos serviços, com
reaproveitamento total, sem desperdício.
As pecas são de fácil manuseio, proporcionando
rapidez na montagem e desmontagem, com
regulagem para o nivelamento preciso dos fundos
de vigas e do fundo da laje.
SUPERESTRUTURA
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E
PILAR - CONCRETO ARMADO
Sistema de forma leve:
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Sistema médio de fôrmas:
Utilizam equipamentos para o içamento dos painéis com a
utilização, por exemplo, de grua ou guindaste.
SUPERESTRUTURA
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
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Sistema pesado de fôrmas:
Utilizam gruas para o içamento da fôrma. Essa modalidade de
escoramento na utilização da chamada mesa voadora que é uma
estrutura metálica forrada por compensado sobre vigas mistas
em alumínio ou aço.
SUPERESTRUTURA
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
Essa estrutura fica apoiada sobre
escoras ou treliças metálicas sob
roldanas para a locomoção do sistema,
para que, após a desforma, todo o
conjunto seja levado à lateral da
edificação e transportado por meio de
grua para os pavimentos ou área de
trabalho superiores ou próximos.
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Sistema trepante e auto-trepante:
São sistemas com carro e cursor variável , que permitem
deslocar a fôrma para frente e para trás na plataforma de
trabalho, sem grua.
SUPERESTRUTURA
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
Podem ser empregados em
estruturas com mais de 100m de
altura, sendo as fôrmas elevadas
por comando hidráulicos.
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Sistema de fôrmas deslizante :
São sistemas de fôrmas que deslizam verticalmente
impulsionadas por macacos hidráulicos, sendo que a plataforma
de trabalho dos operários sobe junto com a fôrma, o processo
exige concretagem contínua.
Esse sistema se aplica especialmente às obras verticais de
reservatórios elevados, silos verticais, núcleos de prédios, poços
de elevador e escadas, revestimentos de poços, grandes pilares,
chaminés cilíndricas e torres para telecomunicações.
SUPERESTRUTURA
FORMAS E ESCORAMENTO - VIGA E PILAR - CONCRETO ARMADO
49. SUPERESTRUTURA
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CUIDADOS NO ADENSAMENTO COM VIBRADOR DE AGULHA:
A profundidade de adensamento não deve ser maior que o
comprimento da agulha;
A distância de um ponto a outro de aplicação do vibrador
no concreto deve ser, no máximo, igual ao raio de ação do
equipamento utilizado;
A agulha deve penetrar rapidamente na massa de concreto
e sair lentamente;
O tempo de imersão da agulha no concreto e controlado ate
que se visualize que não saem mais bolhas de ar do concreto
(vibração excessiva e prejudicial);
50. SUPERESTRUTURA
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CUIDADOS NO ADENSAMENTO COM VIBRADOR DE AGULHA:
Não se deve vibrar também as armaduras e formas, pois
isto pode afastar o concreto das superfícies onde, ao contrario,
ele deveria aderir, como as barras de aço.
51. REFERENCIAS
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SENAI - UNIEP - Unidade de Educação Profissional e
Tecnológica. Sistemas e processos Construtivos. 2013.
Bastos, P. K. X. Construção de edifícios. Universidade federal de
juiz de fora. 16a Edição. 2011 (Apostila).
http://techne.pini.com.br/index.aspx