A arara-azul é a maior espécie de psitacídeos encontrada no Brasil, Paraguai e Bolívia, podendo atingir 1 metro de comprimento. Ela se alimenta principalmente de frutos de palmeiras e vive em grupos sociais monogâmicos. Embora não esteja extinta, a arara-azul está classificada como vulnerável devido ao declínio de sua população causado pela perda de habitat e captura ilegal.
2. O que é uma arara azul?
A arara-azul, também chamada de arara-azul-grande, é uma ave que foi descoberta no
Brasil por ser caracterizada por ser a maior entre os psitacídeos (família Psittacidae),
chegando a atingir mais de um metro de comprimento (medindo da ponta do bico até a
ponta da cauda). Essa espécie habita diferentes formações vegetais, sendo encontrada em
formações savânicas e até em ambientes de floresta no Brasil, Paraguai e Bolívia mas a
maioria dessa espécie é encontrada no Pantanal.
3. Nome Científico e Classificação taxonômica
Nome científico-Anodorhynchus hyacinthinus.
Categorias Taxonômicas:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Psittaciformes
Família: Psittacidae
Gênero: Anodorhynchus
Espécie: Anodorhynchus hyacinthinus
4. Características
A arara-azul, como o nome já fala né, tem uma coloração azul-cobalto nas penas. Um detalhe interessante é que na parte inferior
das asas e na parte longa da cauda, não é azul, e sim preta! Na cabeça, é possível perceber um anel cor amarela ao redor dos
olhos. O bico desse animal é grande e curvo, dando a impressão que é maior que o própio crânio.Esse animal destaca-se também
pelo seu tamanho. Uma arara-azul adulta pode atingir até um metro de comprimento e pesar até 1,3 kg. Quando nascem os
filhotes, apresentam cerca de 30 gramas e um tamanho de cerca de 82 mm. Eles são aves sociais sendo encontradas em pares ou
grupos e podem ser encontrados em locais de alimentação ou em dormitórios, que funcionam como área de descanso para esses
animais. A arara-azul apresenta uma capacidade muito alta de socialização de membros do grupo. Uma característica interessante
da arara-azul é que ela apresenta comportamento monogâmico, com formação de casais que permanecem unidos até mesmo fora
da estação reprodutiva. Esses pares dividem tarefas entre si, como o cuidado com o filhote e com o ninho. Após o acasalamento,
os ovos são colocados em ninhos localizados, principalmente, em ocos de árvores e em paredões rochosos. Geralmente, a fêmea
bota entre um e três ovos e fica chocando-os por um período aproximado de um mês. Durante esse período, o macho é
responsável por trazer alimento para a fêmea. É comum que o casal de arara reutilize um ninho de um ano para outro. Nos
primeiros meses após o nascimento, o filhote é muito fraco, estando sujeito à predação e também aos parasitas. Essas aves
permanecem no ninho por, aproximadamente, três meses, alçando voo somente após esse período. A separação do filhote dos
pais, no entanto, só ocorre após cerca de 12 ou 18 meses.
>>> filhote de arara azul no primeiro dia
5. Alimentação
A arara-azul apresenta um bico bastante resistente, o qual a auxilia na sua
alimentação. Esses animais alimentam-se, principalmente, de frutos de
palmeiras, tais como buriti, licuri e macaúba. Geralmente, as araras-azuis são
observadas alimentando-se sobre o solo e em bandos, diferentemente da
maioria das espécies de araras que se alimenta no topo de árvores. A
alimentação em grupo é uma forma importante de proteção.
6. As araras de cor azul
Muitas pessoas chamam todas as araras de
coloração azul de araras-azuis, entretanto, no grupo
de araras-azuis, temos várias espécies. O nome
arara-azul é mais utilizado para referir-se à espécie
Anodorhynchus hyacinthinus. Além da
arara-azul-grande, temos como araras de coloração
azul: a ararinha-azul (extinta), a arara-azul-de-lear e
a arara-azul-pequena (extinta).
Arara-azul-de-lear
Ararinha-azul
Arara-azul-pequena
7. A arara-azul está extinta?
A arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) é uma espécie que não se
encontra extinta, porém está classificada como vulnerável na lista vermelha
de espécies ameaçadas, da União Internacional para a Conservação da
Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Ainda de acordo com essa lista,
a população dessa espécie está em decréscimo. As principais ameaças
contra ela são a destruição de habitat e a captura para comércio ilegal.