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* Autor correspondente. Özlem Çinar Özdemir (E-mail: ozlemcinar314@hotmail.com)
©2016 The Society of Physical Therapy Science. Publicado por IPEC Inc.
Este é um artigo de acesso livre distribuído de acordo com os termos da Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial e Sem Derivados
(por nc-nd) <http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/>.
J. Phys. Ther. Sci. 28: 1988–1992, 2016
A Revista da Ciência da Terapia Física
Artigo original
Os efeitos do uso a curto prazo de meias de
compressão na qualidade de vida relacionada a
saúde em pacientes com insuficiência venosa
crônica
ÖZLEM CINAR ÖZDEMIR, PT, PHD1)
*, SERKAN SEVIM1)
, ELIF DUYGU1)
, ALPER TUĞRAL1)
,
YESIM BAKAR1)
1)
School of Physical Therapy and Rehabilitation, Abant Izzet Baysal University: 14280 Bolu, Turquia
Resumo [Objetivo] Este estudo destina-se a analisar os efeitos do uso a curto prazo de meias de compressão (MC) nos
sintomas e qualidade de vida de pacientes com Insuficiência Venosa Crônica (IVC). [Indivíduos e Métodos] Com base
nas classificações C2 e C3 do CEAP, 117 pacientes com IVC foram inscritos neste estudo. Os participantes foram
divididos em dois grupos. O grupo de controle recusou-se a utilizar a MC, entretanto, recomendou-se a prática de
exercícios e cuidados com a pele, enquanto o grupo de MC utilizou a MC e praticou exercícios. Os dados foram
coletados utilizando o Perfil Nottingham de Saúde (Nottingham Health Profile - NHP), o Estudo Econômico e
Epidemiológico da Insuficiência Venosa (Venous Insufficiency Epidemiological and Economic Study - VEINES-
QoL/Sym) e o Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory - BDI) como linha de base e após quatro
semanas de tratamento e os dados foram comparados dentro dos grupos e entre grupos. [Resultados] A comparação de
diferenças pré e pós-tratamento entre os grupos foi estatisticamente significativa para todos os parâmetros. No grupo
de estudo, as pontuações pré e pós-tratamento para cada parâmetro foram significativamente diferentes. Entretanto,
pontuações elevadas no grupo de controle sugerem uma piora da doença. [Conclusão] Este estudo estabeleceu que o
uso a curto prazo de MC em pacientes com IVC melhorou significativamente a qualidade de vida geral e específica à
doença através da redução de sintomas venosos. Maiores estudos com uma amostragem de tamanho maior são
necessários para confirmar essas descobertas.
Palavras-chave: Insuficiência venosa, meias de compressão, qualidade de vida.
(Este artigo foi enviado em 19 de janeiro de 2016 e foi aceito em 7 de abril de 2016)
INTRODUÇÃO
A insuficiência venosa crônica (IVC) é caracterizada pelo fluxo retrógrado de sangue nas extremidades inferiores. A IVC e suas
subsequentes varizes e hipertensão venosa estão entre as doenças mais comuns que afetam a vida diariamente1)
. A prevalência de IVC
varia entre 10 e 40% e afeta principalmente os membros inferiores. A incidência anual de IVC é de 2-6% e 1,9% em mulheres e
homens, respectivamente2)
.
Os principais fatores de risco para a IVC incluem histórico familiar, tempo excessivo em pé, histórico de trombose venosa profunda,
idade, obesidade e gravidez2)
. A hipertensão venosa da IVC normalmente começa com um edema e varizes, progredindo para celulite
por estase e pigmentação da pele levando à lipodermatoesclerose e úlceras3)
.
Considerando que uma vez estabelecida, a insuficiência venosa não pode ser curada apenas com intervenções farmacológicas, ela é
mais comumente tratada com métodos não invasivos4, 5)
. A terapia de compressão alivia os sintomas da IVC melhorando a função
venosa, sendo, assim, preferida dentre as outras fisioterapias para o tratamento da insuficiência linfática e venosa dos membros
inferiores. As meias de compressão (MC) e exercícios para a bomba muscular da panturrilha aumentam o retorno venoso e são o
principal pilar do tratamento conservador4, 6–8)
.
As MC exercem maior compressão no tornozelo gradualmente reduzindo em direção ao joelho, portanto garantindo um fluxo de sangue
1989
para cima, na direção do coração, e impedindo o refluxo em direção ao pé ou a veias superficiais laterais. O gradiente de pressão de
compressão das MC, reduzindo o diâmetro das veias principais, aumenta a velocidade e o volume do fluxo sanguíneo e reduz a
hipertensão venosa e os sintomas9, 10)
.
A IVC afeta consideravelmente a qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes. Em muitos pacientes, a dor e o desconforto
da IVC afeta a mobilidade física, capacidade de trabalhar e a vida social11)
. A Sociedade Internacional de Cirurgia Vascular recomenda
a expansão das medidas de resultados para estudos de doenças venosas a fim de incluir medidas relatadas por pacientes sobre
funcionamento e qualidade de vida relacionada à saúde. Observa-se que uma avaliação abrangente de doenças venosas deve incluir a
avaliação de resultados clínicos e qualidade de vida relacionada à saúde12)
. Para condições crônicas como a IVC, a avaliação da
qualidade de vida relacionada à saúde pode fornecer informações importantes quanto ao peso da doença, que podem não ser adquiridas
adequadamente com medidas tradicionais de morbidade e mortalidade baseadas no médico13)
.
Devido à natureza crônica da IVC, o uso a longo prazo de MC pode ser irregular, considerando a observância do paciente. Portanto,
o presente estudo destina-se a analisar o efeito do uso a curto prazo de MC sobre os sintomas da IVC e a qualidade de vida relacionada
à saúde de pacientes com IVC.
INDIVÍDUOS E MÉTODOS
Os pacientes que visitaram o ambulatório do Departamento de Cirurgia Cardiovascular do Hospital da Universidade de Abant Izzet
Baysal em Bolu, Turquia, foram inscritos neste estudo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Clínica da Faculdade
de Medicina da Universidade de Abant Izzet Baysal (IB.30.2.ABÜ.0.20.05.04–050.01.04–60).
Os critérios de inclusão foram pacientes sem tratamento prévio para IVC ou cirurgia de varizes e para aqueles com doença categorizada
como C2 e C3 pela classificação de CEAP. Os critérios de exclusão incluíram a presença de trombose venosa profunda, falência
cardíaca congestiva, patologia maligna, pacientes com alterações de pele mais avançadas, como úlceras de pele lipodermatoescleróticas
ou outras doenças dermatológicas como prurido e pacientes que usavam MC regularmente.
Todos os pacientes inscritos receberam explicações detalhadas do estudo e forneceram seu consentimento. Um questionário contendo
informações demográficas, detalhes ocupacionais e histórico médico relevante foi distribuído aos pacientes. Um questionário
relacionado à depressão e à qualidade de vida relacionada à saúde genérica e específica à doença foi solicitado de todos os 126 pacientes.
A versão turca do Perfil de Saúde de Nottingham (Nottingham Health Profile - NHP) foi utilizada como medida de qualidade de
vida genérica relacionada à saúde. Ele contém 38 perguntas com pontuação individualmente atribuída a partir de seis categorias
diferentes, tais como nível de energia (EL; n=3), dor (P; n=8), reação emotiva (ER; n=8), sono (S; n=5), isolamento social (SI; n=5) e
capacidades físicas (PA; n-8). A soma das pontuações máximas para todas as categorias foi 100. Para o cálculo da pontuação final em
cada categoria, a variação no número de itens por categoria foi racionalizada computando-se uma pontuação percentual (ou seja, cada
soma foi multiplicada por 100 e dividida pelo número de itens na categoria). Pontuações possíveis variando de 0 (indicando todas as
repostas “não” naquela categoria ou ausência de incômodo) até 100 (todas as respostas “sim” indicando incômodo máximo). Portanto,
a mais alta pontuação indica o pior resultado. A confiabilidade e validade do NHP turco foi previamente demonstrada14)
.
O questionário com 26 itens de 2 categorias de VEINES-QoL/Sym (Qualidade de vida/sintomas) mediu a gravidade dos sintomas
de IVC e seu impacto na qualidade de vida relacionada à saúde a partir da perspectiva do paciente. Foram avaliadas cinco frequências
diferentes (sempre, algumas vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em algumas semanas e nunca) para a plenitude de
sintomas nas extremidades inferiores, dor, inchaço, cãibras noturnas, sensação de queimação/calor, pernas inquietas, coceira, sensação
de formigamento e sensação de latejamento em 10 itens diferentes. Limitações em atividades diárias (9 itens), maior intensidade durante
o dia (1 item), mudança no último ano (1 item) e impacto psicológico (5 itens) foram abordados na escala de qualidade de vida
relacionada à saúde de 2 a 7 pontos por resposta em intensidade, frequência ou acordo. Sintomas venosos incluídos no VEINES
QoL/Sym foram avaliados. A pontuação para cada item variou entre 0 e 6. A pontuação mais alta indicou o melhor resultado na escala
de VEINES-QoL e VEINES-Sym. A validade e confiabilidade do VEINES-QoL/Sym da Turquia foram estabelecidas por um estudo
de Kutlu et al15)
.
O Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory - BDI) consistem em 21 itens e é um inventário de autoclassificação
que mede características de atitude e sintomas de depressão. A pontuação para cada item varia entre 0 e 3. A mais alta pontuação indica
a pior condição. A validade e confiabilidade da versão turca foram estabelecidas por Ulusoy et al16).
Os 126 pacientes foram divididos em um grupo de estudo e um grupo de controle. O grupo de estudo incluiu 44 pacientes que utilizaram
MC regularmente e os 82 pacientes restantes que não utilizaram MC foram incluídos no grupo de controle.
Os pacientes foram treinados quanto ao uso e manutenção das MC. Foram utilizadas MC classe 2 (marca JOBST) de altura abaixo
do joelho e gradiente de pressão de 23-32 mmHg. Os pacientes foram solicitados a vestir as MC assim que acordassem de manhã e a
retirá-las para dormir à noite. Foram solicitados a utilizar as MC por um período de quatro semanas, exercitarem-se regularmente e
aplicar hidratante de pele (pH 5.5). Os exercícios prescritos foram bombas de tornozelo e elevação do calcanhar (3 séries de 10
exercícios) e caminhadas diárias de 30-45 minutos. Os pacientes foram alertados a não usarem as MC durante o sono devido à alta
pressão de repouso.
Também foram prescritos os mesmos exercícios e cuidados de pele aos pacientes (sem uso de MC) no grupo de controle. Todas as
avaliações foram repetidas após um tratamento de quatro semanas.
O programa Statistical Program for Social Sciences (SPSS 18.0, SPSS Inc., Chicago, IL, EUA) foi utilizado para a análise
estatística. Dados quantitativos foram apresentados como desvio médio e padrão e dados qualitativos como porcentagem (%) e
frequência (n). Um teste T independente foi usado para comparar as diferenças em pontuação de sintomas venosos, depressão e
1990 J. Phys. Ther. Sci. Vol. 28, Nº 7, 2016
qualidade de vida relacionada à saúde entre os grupos. O valor de P ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significativo.
RESULTADOS
Dos 203 pacientes com IVC entrevistados para este estudo, 77 foram excluídos por serem residentes de cidade ou vilarejo (n=33),
ausência de critérios de inclusão (n-27) ou recusa a participar do estudo (n=17). Os 126 pacientes restantes foram incluídos no estudo:
Grupo de estudo (n=44) e Grupo de controle (n=82). Nove pacientes (2 do grupo de estudo e 7 do grupo de controle) não participaram
da última avaliação. Assim, o estudo foi concluído com 117 pacientes (73 mulheres e 44 homens): Grupo de estudo (n=42) e Grupo de
controle (n=75). A média etária dos pacientes foi de 60,9 ± 9,4 anos de idade no grupo de estudo e 63,1 ± 4,9 anos de idade para
pacientes no grupo de controle. A altura (cm), peso (kg) e índica de massa corporal (IMC) (kg/m) para os pacientes em ambos os
grupos foram comparáveis (Tabela 1).
Houveram diferenças significativas entre grupos para subparâmetros de pontuações de VEINES/Sym, NHP, BDI, VEINES-QoL e
VEINES/Sym total antes e depois do tratamento (p<0,001) (Tabela 2). Além disso, diferenças de pontuação total pré e pós-tratamento
para cada grupo foram avaliadas e diferenças máximas foram encontradas no Grupo de estudo para as pontuações de NHP, BDI,
VEINES-QoL e VEINES/Sym (Tabela 3).
DISCUSSÃO
O presente estudo mostrou que o uso a curto prazo de MC em pacientes com IVC reduziu os sintomas e melhorou significativamente
a qualidade de vida desses pacientes.
O tratamento de compressão para insuficiência venosa das extremidades inferiores tem sido utilizado há centenas de anos, desde
Hipócrates. O tratamento de compressão que aplica pressão externa é um padrão de ouro no tratamento de IVC17)
. O mais prevalente
entre os tratamentos de compressão são as MC18)
.
A redução do refluxo venoso com a aplicação de compressão abaixo do joelho é bem conhecida19)
. Em 112 pacientes com IVC, o
uso de MC (pressão 30-40 mmHg) por um mês melhorou significativamente as dores nas extremidades inferiores, edema, tolerância a
atividades, depressão, distúrbios de sono e a qualidade de vida9)
. Neste estudo, MC com comprimento abaixo do joelho foram preferidas
devido ao conforto, melhoria da bomba muscular de panturrilha com MC e baixo custo.
As MC reduzem os sintomas venosos como dor, edema, estase e alterações de pele20)
. Os sintomas venosos melhoraram com o uso
de MC classe 2 (30-40 mmHg) e classe 3 (40-50 mmHg) por seis semanas 21)
. De forma semelhante, uma redução significativa na
gravidade dos sintomas (dor, depressão, inchaço, sono) e aumento das tolerâncias de atividades foram observadas em pacientes com
IVC após o uso de MC por um mês9)
. O uso de MC aliviou a dor e melhorou os sintomas em 90% dos pacientes com IVC22)
. Alinhado
a isso, uma melhoria significativa de todos os sintomas venosos foi observada em pacientes com IVC utilizando MC. A redução nas
pontuações de sintomas venosos sugere a importância do uso a curto prazo de MC.
A dificuldade em utilizar MC, o peso financeiro, desconforto com calor e a pressão das meias são responsáveis pela baixa
observância do uso de MC em pacientes com IVC. Suehiro et al. indicou que 20% dos pacientes com IVC em todos os grupos etários
recusava o tratamento de compressão 23). Raju et al. relatou que 63% dos pacientes não conseguiu se adaptar ao uso de MC20)
. De
forma semelhante, 64% dos pacientes inscritos neste estudo recusaram o uso de MC. Com base na revisão da auto-avaliação dos
pacientes, as características do clima mediterrâneo de calor, o alto custo das meias de compressão e a dificuldade em utilizá-las foram
motivos possíveis. Além disso, 82% dos pacientes com ensino fundamental completo recusaram o uso de MC.
Tabela 1. Características demográficas e clínicas dos pacientes
Grupo de estudo
n=42
X ± SD
Grupo de controle
n=75
X ± SD
Idade (anos) 60,9 ± 9,4 63,1 ± 4,9*
Altura (m) 1,63 ± 0,5 1,63 ± 0,0
Peso (kg) 81,1 ± 11,6 79,8 ± 9,5
IMC (kg/m2
) 30,2 ± 4,3 29,8 ± 3,7
* Os valores são médias ± DP, *p<0,05
Tabela 3. Comparação entre pontuações pré e pós-tratamento para os grupos (n=75)
Pré-tratamento
X ± SD
Pós-tratamento
X ± SD
VEINES/Sym
Grupo de estudo 22,4 ± 7,5 28,5 ± 9,7*
Grupo de controle 29,2 ± 10,1 27,6 ± 9,8*
VEINES-QoL
Grupo de estudo 67,8 ± 13,3 76,7 ± 15,5*
Grupo de controle 76,8 ± 16,7 73,3 ± 16,0*
NHP
Grupo de estudo 213,8 ± 157,1 166,1 ± 124,2*
Grupo de controle 182,0 ± 118,6 198,0 ± 120,5*
BDI
Grupo de estudo 11,0 ± 8,5 7,1 ± 7,7*
Grupo de controle 12,1 ± 10,4 13,5 ± 10,3*
* Os valores são médias ± DP, *p<0,05
Tabela 2. Comparação de diferenças em medições de pacientes
para VEINES-QoL, NHP e BDI entre grupos (n=117)
Grupo de estudo
n=42
X ± SD
Grupo de controle
n=75
X ± SD
VEINES/Sym 6,0 ± 7,0 -1,6 ± 2,3*
VEINES-QoL 8,9 ± 11,9 -3,5 ± 3,8*
NHP -47,6 ± 93,0 17,0 ± 18,2*
BDI -3,8 ± 8,2 1,3 ± 1,6*
* Os valores são médias ± DP, *p<0,05
1991
Não há consenso sobre a duração do uso de MC19–24)
. Sabe-se que a hipertensão venosa aumenta após a remoção das meias. Em
um estudo comparando a duração do uso de MC, o uso de MC por todo o dia é mais benéfico que apenas durante metade do dia24)
. A
fim de reduzir a hipertensão venosa ambulatorial e obter o máximo de benefícios, solicitou-se aos pacientes utilizar as MC durante
todo o dia. O uso de MC pelos pacientes foi regularmente verificado por entrevistas telefônicas.
Embora doenças venosas sejam altamente prevalentes, seus efeitos nas atividades diárias e qualidade de vida não foram
inteiramente investigados. A qualidade de vida geral e específica à doença são aceitas como padrões para determinar mudanças na
qualidade de vida. A medição da qualidade de vida permite um melhor entendimento do impacto da doença enquanto avalia-se um
problema específico25)
.
Neste estudo, a qualidade de vida específica à doença foi avaliada juntamente com VEINES-QoL, enquanto a qualidade de vida
geral foi avaliada com NHP. Ao fim de um mês, uma melhoria significativa foi observada nos sintomas venosos, pontuações de
VEINES-QoL e parâmetros de NHP no grupo que utilizou MC em comparação com o grupo que não utilizou MC. Assim, o uso de
MC melhorou a qualidade de vida geral conforme sugerido pela melhoria em ambas as pontuações de qualidade de vida, tanto específica
à doença quanto geral.
Em um estudo anterior, o uso de duas MC diferentes pelo período de duas semanas foi considerado benéfico para a qualidade de
vida de ambos os grupos26)
.
O uso de MC de classe 1 (10-15 mmHg) por quatro semanas aumentou significativamente a qualidade de vida em comparação com
as meias de pressão placebo (3-6 mmHg)27)
. Em estudo semelhante, observou-se que o uso por quatro semanas de MC aumenta a
qualidade de vida e melhora os sintomas de IVC28)
.
A redução da qualidade de vida com IVC baseia-se na função física e mobilidade além de depressão e isolamento social. A
depressão limita o desempenho em atividades físicas, sociais e pessoais, levando à invalidez27)
. Relatou-se que 68% dos pacientes com
úlceras venosas sofrem de medo, depressão, isolamento social, raiva, ansiedade e autoimagem negativa29)
. Entretanto, há pesquisas
inadequadas sobre a avaliação do nível de depressão com doenças venosas e o uso de escalas na avaliação direta da depressão. Em
estudo anterior com pacientes com úlceras venosas e BDI, a escala é utilizada para determinar a presença de diferentes níveis de
depressão30)
. Neste estudo, a depressão foi avaliada pelo BDI e o uso a curto prazo de MC reduziu os sintomas venosos em pacientes
com IVC, melhorou as atividades diárias, os níveis de independência e, assim, reduziu significativamente os níveis de depressão quando
os resultados da linha de base e de BDI final foram comparados no grupo de estudo. Portanto, o uso regular a longo prazo de MC
melhorará o bem-estar de pacientes com IVC.
Este estudo destinou-se a avaliar os efeitos a curto prazo do uso de MC em pacientes com IVC. Embora esses pacientes deveriam
ter sido acompanhados para um monitoramento a longo prazo, não foi possível realizar isso devido a dificuldades de transporte, motivos
familiares e problemas financeiros. Ainda assim, entramos em contato com pacientes do grupo de controle e os educamos sobre os
benefícios a curto prazo do uso de MC.
Devido ao risco de desenvolver úlceras venosas nos estágios avançados da IVC, recomenda-se o uso regular de meias desde os
estágios iniciais a fim de prevenir a ocorrência dos sintomas da IVC. Maiores estudos fazem-se necessários para avaliar o efeito do uso
de MC por pacientes com IVC considerando-se a economia turca e o peso financeiro sobre indivíduos com IVC na Turquia. Com base
nas descobertas deste estudo, caso os pacientes sejam convencidos a utilizar MC por um curto período, os efeitos favoráveis
incentivarão o uso a longo prazo.
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Ivc os efeitos do uso a curto prazo de meias de compressão na qualidade de vida relacionada a saúde em pacientes com insuficiência venosa crônica

  • 1. * Autor correspondente. Özlem Çinar Özdemir (E-mail: ozlemcinar314@hotmail.com) ©2016 The Society of Physical Therapy Science. Publicado por IPEC Inc. Este é um artigo de acesso livre distribuído de acordo com os termos da Licença Creative Commons de Atribuição Não Comercial e Sem Derivados (por nc-nd) <http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/>. J. Phys. Ther. Sci. 28: 1988–1992, 2016 A Revista da Ciência da Terapia Física Artigo original Os efeitos do uso a curto prazo de meias de compressão na qualidade de vida relacionada a saúde em pacientes com insuficiência venosa crônica ÖZLEM CINAR ÖZDEMIR, PT, PHD1) *, SERKAN SEVIM1) , ELIF DUYGU1) , ALPER TUĞRAL1) , YESIM BAKAR1) 1) School of Physical Therapy and Rehabilitation, Abant Izzet Baysal University: 14280 Bolu, Turquia Resumo [Objetivo] Este estudo destina-se a analisar os efeitos do uso a curto prazo de meias de compressão (MC) nos sintomas e qualidade de vida de pacientes com Insuficiência Venosa Crônica (IVC). [Indivíduos e Métodos] Com base nas classificações C2 e C3 do CEAP, 117 pacientes com IVC foram inscritos neste estudo. Os participantes foram divididos em dois grupos. O grupo de controle recusou-se a utilizar a MC, entretanto, recomendou-se a prática de exercícios e cuidados com a pele, enquanto o grupo de MC utilizou a MC e praticou exercícios. Os dados foram coletados utilizando o Perfil Nottingham de Saúde (Nottingham Health Profile - NHP), o Estudo Econômico e Epidemiológico da Insuficiência Venosa (Venous Insufficiency Epidemiological and Economic Study - VEINES- QoL/Sym) e o Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory - BDI) como linha de base e após quatro semanas de tratamento e os dados foram comparados dentro dos grupos e entre grupos. [Resultados] A comparação de diferenças pré e pós-tratamento entre os grupos foi estatisticamente significativa para todos os parâmetros. No grupo de estudo, as pontuações pré e pós-tratamento para cada parâmetro foram significativamente diferentes. Entretanto, pontuações elevadas no grupo de controle sugerem uma piora da doença. [Conclusão] Este estudo estabeleceu que o uso a curto prazo de MC em pacientes com IVC melhorou significativamente a qualidade de vida geral e específica à doença através da redução de sintomas venosos. Maiores estudos com uma amostragem de tamanho maior são necessários para confirmar essas descobertas. Palavras-chave: Insuficiência venosa, meias de compressão, qualidade de vida. (Este artigo foi enviado em 19 de janeiro de 2016 e foi aceito em 7 de abril de 2016) INTRODUÇÃO A insuficiência venosa crônica (IVC) é caracterizada pelo fluxo retrógrado de sangue nas extremidades inferiores. A IVC e suas subsequentes varizes e hipertensão venosa estão entre as doenças mais comuns que afetam a vida diariamente1) . A prevalência de IVC varia entre 10 e 40% e afeta principalmente os membros inferiores. A incidência anual de IVC é de 2-6% e 1,9% em mulheres e homens, respectivamente2) . Os principais fatores de risco para a IVC incluem histórico familiar, tempo excessivo em pé, histórico de trombose venosa profunda, idade, obesidade e gravidez2) . A hipertensão venosa da IVC normalmente começa com um edema e varizes, progredindo para celulite por estase e pigmentação da pele levando à lipodermatoesclerose e úlceras3) . Considerando que uma vez estabelecida, a insuficiência venosa não pode ser curada apenas com intervenções farmacológicas, ela é mais comumente tratada com métodos não invasivos4, 5) . A terapia de compressão alivia os sintomas da IVC melhorando a função venosa, sendo, assim, preferida dentre as outras fisioterapias para o tratamento da insuficiência linfática e venosa dos membros inferiores. As meias de compressão (MC) e exercícios para a bomba muscular da panturrilha aumentam o retorno venoso e são o principal pilar do tratamento conservador4, 6–8) . As MC exercem maior compressão no tornozelo gradualmente reduzindo em direção ao joelho, portanto garantindo um fluxo de sangue
  • 2. 1989 para cima, na direção do coração, e impedindo o refluxo em direção ao pé ou a veias superficiais laterais. O gradiente de pressão de compressão das MC, reduzindo o diâmetro das veias principais, aumenta a velocidade e o volume do fluxo sanguíneo e reduz a hipertensão venosa e os sintomas9, 10) . A IVC afeta consideravelmente a qualidade de vida relacionada à saúde dos pacientes. Em muitos pacientes, a dor e o desconforto da IVC afeta a mobilidade física, capacidade de trabalhar e a vida social11) . A Sociedade Internacional de Cirurgia Vascular recomenda a expansão das medidas de resultados para estudos de doenças venosas a fim de incluir medidas relatadas por pacientes sobre funcionamento e qualidade de vida relacionada à saúde. Observa-se que uma avaliação abrangente de doenças venosas deve incluir a avaliação de resultados clínicos e qualidade de vida relacionada à saúde12) . Para condições crônicas como a IVC, a avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde pode fornecer informações importantes quanto ao peso da doença, que podem não ser adquiridas adequadamente com medidas tradicionais de morbidade e mortalidade baseadas no médico13) . Devido à natureza crônica da IVC, o uso a longo prazo de MC pode ser irregular, considerando a observância do paciente. Portanto, o presente estudo destina-se a analisar o efeito do uso a curto prazo de MC sobre os sintomas da IVC e a qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes com IVC. INDIVÍDUOS E MÉTODOS Os pacientes que visitaram o ambulatório do Departamento de Cirurgia Cardiovascular do Hospital da Universidade de Abant Izzet Baysal em Bolu, Turquia, foram inscritos neste estudo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade de Abant Izzet Baysal (IB.30.2.ABÜ.0.20.05.04–050.01.04–60). Os critérios de inclusão foram pacientes sem tratamento prévio para IVC ou cirurgia de varizes e para aqueles com doença categorizada como C2 e C3 pela classificação de CEAP. Os critérios de exclusão incluíram a presença de trombose venosa profunda, falência cardíaca congestiva, patologia maligna, pacientes com alterações de pele mais avançadas, como úlceras de pele lipodermatoescleróticas ou outras doenças dermatológicas como prurido e pacientes que usavam MC regularmente. Todos os pacientes inscritos receberam explicações detalhadas do estudo e forneceram seu consentimento. Um questionário contendo informações demográficas, detalhes ocupacionais e histórico médico relevante foi distribuído aos pacientes. Um questionário relacionado à depressão e à qualidade de vida relacionada à saúde genérica e específica à doença foi solicitado de todos os 126 pacientes. A versão turca do Perfil de Saúde de Nottingham (Nottingham Health Profile - NHP) foi utilizada como medida de qualidade de vida genérica relacionada à saúde. Ele contém 38 perguntas com pontuação individualmente atribuída a partir de seis categorias diferentes, tais como nível de energia (EL; n=3), dor (P; n=8), reação emotiva (ER; n=8), sono (S; n=5), isolamento social (SI; n=5) e capacidades físicas (PA; n-8). A soma das pontuações máximas para todas as categorias foi 100. Para o cálculo da pontuação final em cada categoria, a variação no número de itens por categoria foi racionalizada computando-se uma pontuação percentual (ou seja, cada soma foi multiplicada por 100 e dividida pelo número de itens na categoria). Pontuações possíveis variando de 0 (indicando todas as repostas “não” naquela categoria ou ausência de incômodo) até 100 (todas as respostas “sim” indicando incômodo máximo). Portanto, a mais alta pontuação indica o pior resultado. A confiabilidade e validade do NHP turco foi previamente demonstrada14) . O questionário com 26 itens de 2 categorias de VEINES-QoL/Sym (Qualidade de vida/sintomas) mediu a gravidade dos sintomas de IVC e seu impacto na qualidade de vida relacionada à saúde a partir da perspectiva do paciente. Foram avaliadas cinco frequências diferentes (sempre, algumas vezes por semana, uma vez por semana, uma vez em algumas semanas e nunca) para a plenitude de sintomas nas extremidades inferiores, dor, inchaço, cãibras noturnas, sensação de queimação/calor, pernas inquietas, coceira, sensação de formigamento e sensação de latejamento em 10 itens diferentes. Limitações em atividades diárias (9 itens), maior intensidade durante o dia (1 item), mudança no último ano (1 item) e impacto psicológico (5 itens) foram abordados na escala de qualidade de vida relacionada à saúde de 2 a 7 pontos por resposta em intensidade, frequência ou acordo. Sintomas venosos incluídos no VEINES QoL/Sym foram avaliados. A pontuação para cada item variou entre 0 e 6. A pontuação mais alta indicou o melhor resultado na escala de VEINES-QoL e VEINES-Sym. A validade e confiabilidade do VEINES-QoL/Sym da Turquia foram estabelecidas por um estudo de Kutlu et al15) . O Inventário de Depressão de Beck (Beck Depression Inventory - BDI) consistem em 21 itens e é um inventário de autoclassificação que mede características de atitude e sintomas de depressão. A pontuação para cada item varia entre 0 e 3. A mais alta pontuação indica a pior condição. A validade e confiabilidade da versão turca foram estabelecidas por Ulusoy et al16). Os 126 pacientes foram divididos em um grupo de estudo e um grupo de controle. O grupo de estudo incluiu 44 pacientes que utilizaram MC regularmente e os 82 pacientes restantes que não utilizaram MC foram incluídos no grupo de controle. Os pacientes foram treinados quanto ao uso e manutenção das MC. Foram utilizadas MC classe 2 (marca JOBST) de altura abaixo do joelho e gradiente de pressão de 23-32 mmHg. Os pacientes foram solicitados a vestir as MC assim que acordassem de manhã e a retirá-las para dormir à noite. Foram solicitados a utilizar as MC por um período de quatro semanas, exercitarem-se regularmente e aplicar hidratante de pele (pH 5.5). Os exercícios prescritos foram bombas de tornozelo e elevação do calcanhar (3 séries de 10 exercícios) e caminhadas diárias de 30-45 minutos. Os pacientes foram alertados a não usarem as MC durante o sono devido à alta pressão de repouso. Também foram prescritos os mesmos exercícios e cuidados de pele aos pacientes (sem uso de MC) no grupo de controle. Todas as avaliações foram repetidas após um tratamento de quatro semanas. O programa Statistical Program for Social Sciences (SPSS 18.0, SPSS Inc., Chicago, IL, EUA) foi utilizado para a análise estatística. Dados quantitativos foram apresentados como desvio médio e padrão e dados qualitativos como porcentagem (%) e frequência (n). Um teste T independente foi usado para comparar as diferenças em pontuação de sintomas venosos, depressão e
  • 3. 1990 J. Phys. Ther. Sci. Vol. 28, Nº 7, 2016 qualidade de vida relacionada à saúde entre os grupos. O valor de P ≤ 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. RESULTADOS Dos 203 pacientes com IVC entrevistados para este estudo, 77 foram excluídos por serem residentes de cidade ou vilarejo (n=33), ausência de critérios de inclusão (n-27) ou recusa a participar do estudo (n=17). Os 126 pacientes restantes foram incluídos no estudo: Grupo de estudo (n=44) e Grupo de controle (n=82). Nove pacientes (2 do grupo de estudo e 7 do grupo de controle) não participaram da última avaliação. Assim, o estudo foi concluído com 117 pacientes (73 mulheres e 44 homens): Grupo de estudo (n=42) e Grupo de controle (n=75). A média etária dos pacientes foi de 60,9 ± 9,4 anos de idade no grupo de estudo e 63,1 ± 4,9 anos de idade para pacientes no grupo de controle. A altura (cm), peso (kg) e índica de massa corporal (IMC) (kg/m) para os pacientes em ambos os grupos foram comparáveis (Tabela 1). Houveram diferenças significativas entre grupos para subparâmetros de pontuações de VEINES/Sym, NHP, BDI, VEINES-QoL e VEINES/Sym total antes e depois do tratamento (p<0,001) (Tabela 2). Além disso, diferenças de pontuação total pré e pós-tratamento para cada grupo foram avaliadas e diferenças máximas foram encontradas no Grupo de estudo para as pontuações de NHP, BDI, VEINES-QoL e VEINES/Sym (Tabela 3). DISCUSSÃO O presente estudo mostrou que o uso a curto prazo de MC em pacientes com IVC reduziu os sintomas e melhorou significativamente a qualidade de vida desses pacientes. O tratamento de compressão para insuficiência venosa das extremidades inferiores tem sido utilizado há centenas de anos, desde Hipócrates. O tratamento de compressão que aplica pressão externa é um padrão de ouro no tratamento de IVC17) . O mais prevalente entre os tratamentos de compressão são as MC18) . A redução do refluxo venoso com a aplicação de compressão abaixo do joelho é bem conhecida19) . Em 112 pacientes com IVC, o uso de MC (pressão 30-40 mmHg) por um mês melhorou significativamente as dores nas extremidades inferiores, edema, tolerância a atividades, depressão, distúrbios de sono e a qualidade de vida9) . Neste estudo, MC com comprimento abaixo do joelho foram preferidas devido ao conforto, melhoria da bomba muscular de panturrilha com MC e baixo custo. As MC reduzem os sintomas venosos como dor, edema, estase e alterações de pele20) . Os sintomas venosos melhoraram com o uso de MC classe 2 (30-40 mmHg) e classe 3 (40-50 mmHg) por seis semanas 21) . De forma semelhante, uma redução significativa na gravidade dos sintomas (dor, depressão, inchaço, sono) e aumento das tolerâncias de atividades foram observadas em pacientes com IVC após o uso de MC por um mês9) . O uso de MC aliviou a dor e melhorou os sintomas em 90% dos pacientes com IVC22) . Alinhado a isso, uma melhoria significativa de todos os sintomas venosos foi observada em pacientes com IVC utilizando MC. A redução nas pontuações de sintomas venosos sugere a importância do uso a curto prazo de MC. A dificuldade em utilizar MC, o peso financeiro, desconforto com calor e a pressão das meias são responsáveis pela baixa observância do uso de MC em pacientes com IVC. Suehiro et al. indicou que 20% dos pacientes com IVC em todos os grupos etários recusava o tratamento de compressão 23). Raju et al. relatou que 63% dos pacientes não conseguiu se adaptar ao uso de MC20) . De forma semelhante, 64% dos pacientes inscritos neste estudo recusaram o uso de MC. Com base na revisão da auto-avaliação dos pacientes, as características do clima mediterrâneo de calor, o alto custo das meias de compressão e a dificuldade em utilizá-las foram motivos possíveis. Além disso, 82% dos pacientes com ensino fundamental completo recusaram o uso de MC. Tabela 1. Características demográficas e clínicas dos pacientes Grupo de estudo n=42 X ± SD Grupo de controle n=75 X ± SD Idade (anos) 60,9 ± 9,4 63,1 ± 4,9* Altura (m) 1,63 ± 0,5 1,63 ± 0,0 Peso (kg) 81,1 ± 11,6 79,8 ± 9,5 IMC (kg/m2 ) 30,2 ± 4,3 29,8 ± 3,7 * Os valores são médias ± DP, *p<0,05 Tabela 3. Comparação entre pontuações pré e pós-tratamento para os grupos (n=75) Pré-tratamento X ± SD Pós-tratamento X ± SD VEINES/Sym Grupo de estudo 22,4 ± 7,5 28,5 ± 9,7* Grupo de controle 29,2 ± 10,1 27,6 ± 9,8* VEINES-QoL Grupo de estudo 67,8 ± 13,3 76,7 ± 15,5* Grupo de controle 76,8 ± 16,7 73,3 ± 16,0* NHP Grupo de estudo 213,8 ± 157,1 166,1 ± 124,2* Grupo de controle 182,0 ± 118,6 198,0 ± 120,5* BDI Grupo de estudo 11,0 ± 8,5 7,1 ± 7,7* Grupo de controle 12,1 ± 10,4 13,5 ± 10,3* * Os valores são médias ± DP, *p<0,05 Tabela 2. Comparação de diferenças em medições de pacientes para VEINES-QoL, NHP e BDI entre grupos (n=117) Grupo de estudo n=42 X ± SD Grupo de controle n=75 X ± SD VEINES/Sym 6,0 ± 7,0 -1,6 ± 2,3* VEINES-QoL 8,9 ± 11,9 -3,5 ± 3,8* NHP -47,6 ± 93,0 17,0 ± 18,2* BDI -3,8 ± 8,2 1,3 ± 1,6* * Os valores são médias ± DP, *p<0,05
  • 4. 1991 Não há consenso sobre a duração do uso de MC19–24) . Sabe-se que a hipertensão venosa aumenta após a remoção das meias. Em um estudo comparando a duração do uso de MC, o uso de MC por todo o dia é mais benéfico que apenas durante metade do dia24) . A fim de reduzir a hipertensão venosa ambulatorial e obter o máximo de benefícios, solicitou-se aos pacientes utilizar as MC durante todo o dia. O uso de MC pelos pacientes foi regularmente verificado por entrevistas telefônicas. Embora doenças venosas sejam altamente prevalentes, seus efeitos nas atividades diárias e qualidade de vida não foram inteiramente investigados. A qualidade de vida geral e específica à doença são aceitas como padrões para determinar mudanças na qualidade de vida. A medição da qualidade de vida permite um melhor entendimento do impacto da doença enquanto avalia-se um problema específico25) . Neste estudo, a qualidade de vida específica à doença foi avaliada juntamente com VEINES-QoL, enquanto a qualidade de vida geral foi avaliada com NHP. Ao fim de um mês, uma melhoria significativa foi observada nos sintomas venosos, pontuações de VEINES-QoL e parâmetros de NHP no grupo que utilizou MC em comparação com o grupo que não utilizou MC. Assim, o uso de MC melhorou a qualidade de vida geral conforme sugerido pela melhoria em ambas as pontuações de qualidade de vida, tanto específica à doença quanto geral. Em um estudo anterior, o uso de duas MC diferentes pelo período de duas semanas foi considerado benéfico para a qualidade de vida de ambos os grupos26) . O uso de MC de classe 1 (10-15 mmHg) por quatro semanas aumentou significativamente a qualidade de vida em comparação com as meias de pressão placebo (3-6 mmHg)27) . Em estudo semelhante, observou-se que o uso por quatro semanas de MC aumenta a qualidade de vida e melhora os sintomas de IVC28) . A redução da qualidade de vida com IVC baseia-se na função física e mobilidade além de depressão e isolamento social. A depressão limita o desempenho em atividades físicas, sociais e pessoais, levando à invalidez27) . Relatou-se que 68% dos pacientes com úlceras venosas sofrem de medo, depressão, isolamento social, raiva, ansiedade e autoimagem negativa29) . Entretanto, há pesquisas inadequadas sobre a avaliação do nível de depressão com doenças venosas e o uso de escalas na avaliação direta da depressão. Em estudo anterior com pacientes com úlceras venosas e BDI, a escala é utilizada para determinar a presença de diferentes níveis de depressão30) . Neste estudo, a depressão foi avaliada pelo BDI e o uso a curto prazo de MC reduziu os sintomas venosos em pacientes com IVC, melhorou as atividades diárias, os níveis de independência e, assim, reduziu significativamente os níveis de depressão quando os resultados da linha de base e de BDI final foram comparados no grupo de estudo. Portanto, o uso regular a longo prazo de MC melhorará o bem-estar de pacientes com IVC. Este estudo destinou-se a avaliar os efeitos a curto prazo do uso de MC em pacientes com IVC. Embora esses pacientes deveriam ter sido acompanhados para um monitoramento a longo prazo, não foi possível realizar isso devido a dificuldades de transporte, motivos familiares e problemas financeiros. Ainda assim, entramos em contato com pacientes do grupo de controle e os educamos sobre os benefícios a curto prazo do uso de MC. Devido ao risco de desenvolver úlceras venosas nos estágios avançados da IVC, recomenda-se o uso regular de meias desde os estágios iniciais a fim de prevenir a ocorrência dos sintomas da IVC. Maiores estudos fazem-se necessários para avaliar o efeito do uso de MC por pacientes com IVC considerando-se a economia turca e o peso financeiro sobre indivíduos com IVC na Turquia. Com base nas descobertas deste estudo, caso os pacientes sejam convencidos a utilizar MC por um curto período, os efeitos favoráveis incentivarão o uso a longo prazo. REFERÊNCIAS 1) White JV, Ryjewski C: Chronic venous insufficiency. Perspect Vasc Surg Endovasc Ther, 2005, 17: 319–327. [Medline] [CrossRef] 2) Bergan JJ, Schmid-Schönbein GW, Smith PD, et al.: Chronic venous disease. N Engl J Med, 2006, 355: 488-498. [Medline] [CrossRef] 3) Beebe-Dimmer JL, Pfeifer JR, Engle JS, et al.: The epidemiology of chronic venous insufficiency and varicose veins. Ann Epidemiol, 2005, 15: 175-184. [Medline] [CrossRef] 4) Couzan S, Leizorovicz A, Laporte S, et al.: A randomized double-blind trial of upward progressive versus degressive compressive stockings in patients with moderate to severe chronic venous insufficiency. J Vasc Surg, 2012, 56: 1344–1350.e1. [Medline] [CrossRef] 5) Pfisterer L, König G, Hecker M, et al.: Pathogenesis of varicose veins—lessons from biomechanics. 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  • 5. 1992 J. Phys. Ther. Sci. Vol. 28, Nº 7, 2016 Rehabil Res, 2000, 23: 31-38. [Medline] [CrossRef] 15) Kutlu A, Yilmaz E, Ceçen D, et al.: The Turkish validity and reliability of the venous insufficiency epidemiological and economic study-quality of life/symptoms scales. Angiology, 2011, 62: 329-337. [Medline] [CrossRef] 16) Ulusoy M, Sahin NH, Erkmen H: Turkish version of the Beck Anxiety Inventory: psychometric properties. J Cogn Psychother, 1998, 12: 163-172. 17) Rhee H, Kim S, Yu J: Difference in movement magnitude according to the type of compression therapy used on healthy subjects. J Phys Ther Sci, 2013, 25: 77-79. [CrossRef] 18) Partsch H, Flour M, Smith PC, International Compression Club: Indications for compression therapy in venous and lymphatic disease consensus based on experimental data and scientific evidence. Under the auspices of the IUP. Int Angiol, 2008, 27: 193-219. [Medline] 19) Spence RK, Cahall E: Inelastic versus elastic leg compression in chronic venous insufficiency: a comparison of limb size and venous hemodynamics. J Vasc Surg, 1996, 24: 783-787. [Medline] [CrossRef] 20) Raju S, Hollis K, Neglen P: Use of compression stockings in chronic venous disease: patient compliance and efficacy. Ann Vasc Surg, 2007, 21: 790-795. [Medline] [CrossRef] 21) Chant AD, Magnussen P, Kershaw C: Support hose and varicose veins. Br Med J (Clin Res Ed), 1985, 290: 204. [Medline] [CrossRef] 22) Cataldo JL, de Godoy JM, de Barros N: The use of compression stockings for venous disorders in Brazil. Phlebology, 2012, 27: 33-37. [Medline] [CrossRef] 23) Suehiro K, Morikage N, Yamashita O, et al.: Adherence to and efficacy of different compression methods for treating chronic venous insufficiency in the elderly. Phlebology, 2015, 0268355515608992. [Medline] 24) Belczak CE, de Godoy JM, Ramos RN, et al.: Is the wearing of elastic stockings for half a day as effective as wearing them for the entire day? Br J Dermatol, 2010, 162: 42-45. [Medline] [CrossRef] 25) van Korlaar I, Vossen C, Rosendaal F, et al.: Quality of life in venous disease. Thromb Haemost, 2003, 90: 27-35. [Medline] 26) Jeanneret C, Karatolios K, von Planta I: Impact of compression stockings on calf-vein diameters and on quality of life parameters in subjects with painful legs.Vasa, 2014, 43: 268-277. [Medline] [CrossRef] 27) Vayssairat M, Ziani E, Houot B: [Placebo controlled efficacy of class 1 elastic stockings in chronic venous insufficiency of the lower limbs]. J Mal Vasc, 2000, 25: 256-262. [Medline] 28) Al Shammeri O, AlHamdan N, Al-Hothaly B, et al.: Chronic Venous Insufficiency: prevalence and effect of compression stockings. Int J Health Sci Qassim, 2014, 8: 231-236. [Medline] 29) Phillips T, Stanton B, Provan A, et al.: A study of the impact of leg ulcers on quality of life: financial, social, and psychologic implications. J Am Acad Dermatol, 1994, 31: 49-53. [Medline] [CrossRef] 30) Salomé GM, Blanes L, Ferreira LM: Evaluation of depressive symptoms in patients with venous ulcers. Rev Bras Cir Plast, 2012, 27: 124-129.