SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 45
IEG201 – Geologia Econômica
Aula 22 - Depósitos Minerais de Origem
Supergênica
Profa. Carolina Almeida
Dezembro/2010
Abordar os tipos de depósitos minerais
supergênicos, incluindo os principais
processos envolvidos na geração desses
depósitos, principais commodoties,
distribuição espacial e importância
econômica no cenário global.
Plano de Aula: Objetivos
Plano de Aula
 Parte 1: Introdução
 Definição de depósitos supergênicos
 Definição dos principais processos e fatores relacionados a
geração desses depósitos
 Classificação genética dos depósitos supergênicos
 Distribuição espacial e temporal
 Parte 2: Principais Depósitos Supergênicos
 Principais caracteristicas, distribuição espacial e
importância econômica
 Parte 3: Exemplos Brasileiros
1. Introdução
 Depósitos Supergênicos: formam-se
próximos a superfície pela ação do
intemperismo = EXPOSIÇÃO
 Aumento do teor: Viabilidade Econômica
 Intemperismo: é um conjunto de
modificações de ordem física
(desagregação), química (decomposição) e
biológica que as rochas sofrem ao serem
expostas a superfície.
1.1 Tipos de Intemperismo
 Intemperismo Físico
(Toledo et al, 2000)
(Toledo et al, 2000)
A
B
1.1 Tipos de Intemperismo
 Intemperismo Químico
 Principal Agente: H2O (água da chuva) +
(CO2)atm + oxidação de MO = pH ácido
CO2 + H2O
H2CO3
HCO3
-
H2CO3
H+ + HCO3
-
H+ + CO3
2-
(Reações de equilíbrio entre H2O e CO2)
Intemperismo Químico &
Depósitos Supergênicos
 Dissolução: transporte/lixiviação de
íons/moléculas = solubilidade
 Geração de novos minerais: argilo-minerais,
óxidos e hidróxidos e carbonatos
 Acumulação de material residual (baixa
solubilidade): Si, Al, Au, entre outros
 Metais: Al, Ni, Mn, Fe, Cu, Au, Pt, U
(resistatos: Qtz, Sn, Cr)
(lixiviada)
(constituintes
menos solúveis)
(bauxita)
(Nb)
Reações:
 Hidratação: incorporação da molécula H2O na
estrutura dos minerais
 CaSO4 (anidrita) + 2H2O CaSO4 * 2H2O (gipsita)
 Argilo-minerais
 Dissolução total ou parcial:
 sais (haletos) e carbonatos
 em terrenos cársticos: CaCO3 Ca2+ + CO3
2-
1.1.2 Intemperismo Químico
Reaçoes:
 Oxidação: em presença de O2
 Fe2+ Fe+3
 Minerais com na estrutura são mais susceptíveis ao
intemperismo (biotita, opx, olivina)
 Hidrólise: quebra da molécula de H2O
 Intemperismo dos aluminossilicatos (FK), lixiviação
dos cátions (ex: K, Na, Ca, Mg)
 Precipitação de Al (gibbsita): Al3+ + 3H2O Al(OH)3
+ 3H+
1.1.2 Intemperismo Químico
1.2 Fatores que controlam o Intemperismo
 Material parental: Rocha-mãe
 Clima: Temperatura e precipitação
 Relevo: Capacidade de drenagem; (ex:
platôs de encostas suaves)
 Vegetação: Presença de matéria orgânica
(CO2), pH ácido
 Tempo: Diretamente relacionado
principalmente a rocha-mãe e ao clima
1.2.1 Rocha-Mãe
 Composição
mineralógica
e química
 Textura
 Presença de
descontinuidades
(Série
de
Goldich,
1938)
(Toledo et al, 2000)
 Temperatura e
pluviosidade
 Intemperismo intenso
nas regiões inter-
tropicais: Formação de
espessa cobertura
laterítica
1.2.2 Clima
(Toledo et al., 2000)
1.3 Perfil Laterítico
 Acumulação relativa (residual)
 Preservação, no perfil, do mineral primário de
interesse e acumulação relativa, devida à perda
de matéria durante o intemperismo. Ex.:
depósitos de P (apatita), Cr (cromita), Sn
(cassiterita), Ta-Nb (columbita-tantalita), etc.
1.4 Classificação Genética dos
Depósitos Supergênicos
 Acumulação absoluta
 Destruição do mineral primário e formação de
minerais secundários mais ricos que o mineral
primário no elemento de interesse. Ex.:
Elementos de baixa solubilidade, como Al
(gibbsita), Ti (anatásio); ou elementos mais
solúveis que migram no perfil e precipitam como
fases secundárias em outros horizontes, como Ni
(garnierita e Ni-goethita), Mn (pirolusita), Cu
(calcocita, covelita) etc.
1.4 Classificação Genética dos
Depósitos Supergênicos
 Acumulação mista
 O mineral primário, portador do elemento de
interesse, permanece inalterado (arcabouço
essencial), mas sofre transformações que podem
melhorar ou piorar a sua qualidade no minério.
Ex.: depósitos de Nb laterítico: Ca-pirocloro e Ba-
pirocloro (pandaita); depósitos de Au laterítico.
1.4 Classificação Genética dos
Depósitos Supergênicos
1.5 Distribuição Espacial
(Toledo et al., 2000)
1.6 Distribuição Temporal
Os depósitos supergênicos formam-se a
partir de rochas de diferentes idades
(Arqueano ao Terciário), mas o processo de
laterização é sempre relativamente mais
recente. No Brasil, os depósitos são
principalmente relacionados as superfícies
de aplainamento da Plataforma Sul-
Americana (Eocene) e Velhas (Plioceno)
2. Depósitos Minerais Supergênicos
 2.1 Depósitos de Ni laterítico
 Intemperismo de rochas ultramáficas: ol+opx (0.1-
0.3 % Ni)
 Ni substitui o Mg ou Fe, formando as garnieritas
ou Ni-talco (minério silicatado) e Ni-goethita (fase
minerio oxidado) - até 10% Ni
 Correspondem a 40 % da produção anual de Ni,
com teores de 1 a 2.6 % Ni
Distribuição Espacial
(Gleenson et al.,2003)
Perfil Laterítico de Ni
Ol+Opx
Serp+Mgt+Chl+Tc
Controles na gênese das mineralizações
 Composição do protólito (rocha-mãe): rochas
ultramáficas com Mg-olivina (serpentina) e piroxênio
com 0.1 a 0.3 wt % Ni; altamente susceptível ao
intemperismo em regiões de clima tropical
 Não existe correlação direta entre o teor de Ni no protólito
e nas lateritas
 Clima tropical úmido (Colômbia, Indonésia, Brasil) e
savana (Nova Caledônia, Cuba): alta temperatura e
alta taxa pluviométrica
 Depósitos localizados em regiões de clima temperado
(Russia) e semi-árido (Austrália) são mais antigos
 2.2 Depósitos de bauxita (Al)
 Bauxita: > 45.5% Al e < 20%Fe3+
 Protólito: Qualquer rocha (Al: elemento
abundante e pouco solúvel)
 Principais minerais de minério: gibbsita
[Al(OH)3] e bohemita (AlOOH)
 Clima tropical: quente e úmido
 Maiores produtores: Austrália (33 %), China,
Brasil (13 %), Guiné-África e Jamaica (DNPM,
2007).
 95 % das reservas brasileiras: Pará (DNPM, 2008)
2. Depósitos Minerais Supergênicos
Perfil Laterítico: Bauxita (Al)
(Fe)
(alumino-silicatada)
Contato irregular
(Biondi, 2003)
Clima: Quente e Úmido
(Bardossy e Aleva, 1990)
T Chuva
 Pouco controle litológico
 Condições morfo-tectônicas: locais bem
drenados que propicie a lixiviação dos
elementos (Ca, K, Mg, Na)
 Clima tropical úmido: Precipitação intensa e
temperaturas altas
 Gibbsita: estável em pH amplo de 4 a 12
(praticamente todos os ambientes
superficiais naturais)
Controles na gênese das mineralizações
 2.3 Depósitos laterítico de Fe
 Protominério (rocha-mãe): itabiritos (rochas
sedimentares de origem química-BIF
metamorfizados)
 Principal mineral de minério: Goethita, estável
em amplo pH (praticamente todos os
ambientes superficiais)
 Depósitos só são lavrados quando formados
sobre depósitos de Fe primário (BIF) (ex:
Serra dos Carajás-PA e Quadrilátero Ferrífero-
MG)
2. Depósitos Minerais Supergênicos
Perfil
Lateritico
de
Fe
Rocha Inalterada
Saprolito de granulação fina:
Minerais primários caulinta
Saprolito de granulação grosseira:
Smectita, caulinita, +/- feldspato
Lencol freatico
Horizonte Manchado:
Concreções de Fe + caulinita
Duricrosta: Fe2O3 > 20 % + nódulos
ou pisolitos de Fe + hematita + goethita
Seixos ferruginosos
(modificado de Tardy e Nahon, 1985)
 2.4 Depósitos supergênicos de Au
 Formam-se sobre depósitos primários de Au:
gdes pepitas de Au arredondadas (até 1 kg)
ou Au detrítico
 Geometria: Bolsões e lentes no interior dos
saprolitos
 Ouro supergênico: Dissolução, transporte
lateral e re-precipitação
 Brasil, W Austrália e W África
2. Depósitos Minerais Supergênicos
Perfil Laterítico de Au
Au
minério primário
Saprolito: argilominerais
goethita-hematita, +/- Qtz
ou serpentina-clorita (rochas
máficas e ultramáficas)
Au
(Modificado de Hocquard et al., 1993)
Zona emprobrecida em Au
 2.5 Depósitos supergênicos de Nb, Ti, P e
elementos de terras raras (ETR)
 Associados a carbonatitos
 Principais minerais de minério
 Nb: Pirocloro ou Pandaita (Ba-pirocloro):
[(Na,Ca,Ce)2Nb2O6(OH,F0]
 P e ETR: Monazita: [(Ce,La,Nd,Th,Y)PO4 e Apatita
[(Ca,Ce)5((P,Si)O4)3F]
 Ti: Anatásio (TiO2) e Ilmenita (Fe,Mg,Mn)TiO3
2. Depósitos Minerais Supergênicos
2.4 Depósitos supergênicos de Nb, Ti,
P e elementos de terras raras (ETR)
 Processo de concentração: lixiviação dos
carbonatos (principais constituintes dos
carbonatitos), formação de carapaça
ferruginosa e espesso manto de
intemperismo com concentrações
residuais de Nb, Ti, P e ETR.
 Maiores produtores: Nb (Brasil, 97 %),
ETR (China, 97 %) e Ti (Austrália, 24 %)
(DNPM, 2008)
 2.6 Depósitos supergênicos de Mn
 A partir de rochas que contem rodocrosita
(Mn-carbonato), espessartita (Mn-granada),
Mn-olivina e Mn-piroxênio
 Processo supergênico: lixiviação dos
elementos móveis, oxidação de Mn2+ para
Mn+3 e Mn4+ e formação de óxidos
(hausmanita, manganita, pirolusita,
criptomelano e litioforita)
2. Depósitos Minerais Supergênicos
 2.7 Depósitos supergênicos de
argilominerais
2. Depósitos Minerais Supergênicos
(Biondi, 2003)
2.7 Depósitos supergênicos de
argilominerais
 Principais reações formadoras dos
argilominerais: hidrólise, hidratação e
oxidação.
 Ambiente ácido e oxidante (acima da superfície
freática)
 3KAlSi3O8 + 6H+ +0.75O2 = 1.5[Al2Si2O5(OH)4] + 6SiO2 + 3K+
 2Mg2SiO4 + 4H+ + 0.5 O2 = Mg3Si2O5 (OH)4 +Mg2+ (aq)
(feldspato K) (caulinita)
(olivina) (serpentina)
 Ambiente menos ácido e não oxidante (abaixo da
superfície freática)
 3KAlSi3O8 + 3H+ = 1.5[Al2Si4O10(OH)2] + 3SiO2 + 3K+
 3KAlSi3O8 + 2H+ = KAl3Si3O10(OH)2] + 6SiO2 + 2K+
2.7 Depósitos supergênicos de
argilominerais
(feldspato K)
(feldspato K)
(montmorilonita)
(ilita)
2.8 Depósitos supergênicos de Cu
(Goethita)
(Minério
Oxidado)
(Zona de
cimentação)
(Minério
Supergênico)
(Covelita e
Calcocita)
(Malaquita)
 Formam-se sobre depósitos primários de Cu
(do tipo pórfiro)
(Biondi, 2003)
3. Exemplos Brasileiros
(Toledo et al., 2000)
Au
(Serra do Navio)
caulim
Cu
Au
Au
3.1. Depósitos de Bauxita (Al) no Pará
(modificado de Hernalsteens e Lapa, 1988)
Trombetas
Compreende 95 % das reservas brasileiras
Reserva: 600 Mt
Teor médio: 49.5 % Al2O3
(ate 20 metros de espessura e
ate 10 % de gibbisita)
Zona Mineralizada
Base: Zona Saprolitica ou argiloso
(ate 60-70 % gibbisita)
(modificado de Hernalsteens e Lapa, 1988)
 Formaram-se sobre sedimentos argilo-
arenosos das formações Ipixuna, Itapecuru
e/ou Alter do Chão/Série Barreiras
 Gênese controversia da argila de Belterra
 Alóctone: Sedimentos depositado em ambiente
lacustre após a formação das bauxitas (fósseis)
 Autóctone: Evolução in situ por longo período de
tempo (Eoceno-recente), em clima equatorial a
úmido.
3.1. Depósitos de Bauxita (Al) no Pará
4. Referencias Bibliograficas
Bardossy, G., Aleva, G.J.J., 1990, Lateritic bauxites. Amsterdam: Elsevier.
Biondi, J.C., 2003, Processos metalogenéticos e os depósitos minerais brasileiros. São Paulo:
Oficina de Textos.
Dardene, M.A., Schobbenhaus, C., 2001, Metalogênese do Brasil. Brasília: CPRM e Unb.
Departamento Nacional de Pesquisa Mineral, 2008, Sumário Mineral Brasileiro.
http://www.dnpm.gov.br/conteudo.asp?IDSecao=68&IDPagina=1165
Gleenson, S.A., Butt, C.R.M., Elias, M., 2003, Nickel laterites: A review, SEG newsletter, p.1,
12-17.
Hernalsteens, C.M.O., Lapa, R.P., 1988, Bauxita de Porto Trombetas, Oriximina, Para. In:
Schobbenhaus, C., Queiroz, E.T., Coelho, C.E.S. (Org). Principais Depósitos Minerais
Brasileiros – Metais básicos não ferrosos, ouro e alumínio. Brasilia: DNPM.
Hocquard, C.J., Zeegers, H., Freyssinet, P., 1993, Surpergene gold: An approach to Economic
Geology. Chronique de la Recherche Miniere, Orleans, n. 510.
Tardy, Y., Nagon, D. Geochemistry of laterites, stability of Al-goethite, Al-hematite and Fe3+-
kaolinite in bauxites and ferricretes: An approach to the mechanism of concretion
formation. American Journal of Science, New Haven: J.D. & E.S. Dana, v. 285, 1985.
Toledo, M.C.M., Oliveira, S.M.B.O e Melfi, A.J., 2000, Intemperismo e formação do solo. In:
Teixeira, W., Toledo, M.C.M., Fairchild, T.R., Taioli, F. (Org) Decifrando a terra. São Paulo:
Oficina de Textos, p. 139-166.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Subsistemas Terrestres - Geologia 10º Ano
Subsistemas Terrestres - Geologia 10º AnoSubsistemas Terrestres - Geologia 10º Ano
Subsistemas Terrestres - Geologia 10º Ano_Nunomartins_
 
A terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoA terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoMarília Pereira
 
Ciclo das rochas ciências
Ciclo das rochas   ciênciasCiclo das rochas   ciências
Ciclo das rochas ciênciasGonçalo Matos
 
1 a terra e os subsistemas terrestres
1   a terra e os subsistemas terrestres1   a terra e os subsistemas terrestres
1 a terra e os subsistemas terrestresmargaridabt
 
Resumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º anoResumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º anoRita Pereira
 
Rochas Metamórficas
Rochas MetamórficasRochas Metamórficas
Rochas MetamórficasTânia Reis
 
Bacia do paraná - Aspectos gerais e geologicos
Bacia do paraná - Aspectos gerais e geologicosBacia do paraná - Aspectos gerais e geologicos
Bacia do paraná - Aspectos gerais e geologicosClara Souza
 
Minerais E Rochas
Minerais E RochasMinerais E Rochas
Minerais E Rochasceama
 
Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas
Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas
Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas Luís Filipe Marinho
 
Aula rochas ígneas 2012.2 gg
Aula rochas ígneas 2012.2 ggAula rochas ígneas 2012.2 gg
Aula rochas ígneas 2012.2 ggMauriceia Santana
 
Os depósitos minerais
Os depósitos mineraisOs depósitos minerais
Os depósitos mineraisMarcio Santos
 
Powerpoint 3 Vulcanologia ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...
Powerpoint 3   Vulcanologia   ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...Powerpoint 3   Vulcanologia   ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...
Powerpoint 3 Vulcanologia ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...Nuno Correia
 
Aula 1.2 revisão intemperismo
Aula 1.2 revisão intemperismoAula 1.2 revisão intemperismo
Aula 1.2 revisão intemperismokarolpoa
 

Mais procurados (20)

Subsistemas Terrestres - Geologia 10º Ano
Subsistemas Terrestres - Geologia 10º AnoSubsistemas Terrestres - Geologia 10º Ano
Subsistemas Terrestres - Geologia 10º Ano
 
Vulcanismo
VulcanismoVulcanismo
Vulcanismo
 
A terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interaçãoA terra e os seus subsistemas em interação
A terra e os seus subsistemas em interação
 
Aula metamorfismo
Aula metamorfismoAula metamorfismo
Aula metamorfismo
 
Rochas e sua importância
Rochas e sua importânciaRochas e sua importância
Rochas e sua importância
 
Ciclo das rochas ciências
Ciclo das rochas   ciênciasCiclo das rochas   ciências
Ciclo das rochas ciências
 
1 a terra e os subsistemas terrestres
1   a terra e os subsistemas terrestres1   a terra e os subsistemas terrestres
1 a terra e os subsistemas terrestres
 
Aula 3
Aula 3Aula 3
Aula 3
 
10 vulcanologia
10 vulcanologia10 vulcanologia
10 vulcanologia
 
Resumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º anoResumos global de geologia 10º ano
Resumos global de geologia 10º ano
 
Aula minerais
Aula mineraisAula minerais
Aula minerais
 
Rochas Metamórficas
Rochas MetamórficasRochas Metamórficas
Rochas Metamórficas
 
Bacia do paraná - Aspectos gerais e geologicos
Bacia do paraná - Aspectos gerais e geologicosBacia do paraná - Aspectos gerais e geologicos
Bacia do paraná - Aspectos gerais e geologicos
 
Minerais E Rochas
Minerais E RochasMinerais E Rochas
Minerais E Rochas
 
Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas
Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas
Poster de Petrologia Ígnea- Rochas Ultramáficas
 
Aula rochas ígneas 2012.2 gg
Aula rochas ígneas 2012.2 ggAula rochas ígneas 2012.2 gg
Aula rochas ígneas 2012.2 gg
 
Os depósitos minerais
Os depósitos mineraisOs depósitos minerais
Os depósitos minerais
 
Powerpoint 3 Vulcanologia ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...
Powerpoint 3   Vulcanologia   ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...Powerpoint 3   Vulcanologia   ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...
Powerpoint 3 Vulcanologia ComposiçãO Das Lavas E Tipo De Actividade Vulcâ...
 
Aula 1.2 revisão intemperismo
Aula 1.2 revisão intemperismoAula 1.2 revisão intemperismo
Aula 1.2 revisão intemperismo
 
Quaternário
QuaternárioQuaternário
Quaternário
 

Semelhante a IEG 201-Aula21-Depósitos Minerais de Origem Supergênica.pptx

Geo tema iv - pp6 - meteorização
Geo   tema iv - pp6 - meteorizaçãoGeo   tema iv - pp6 - meteorização
Geo tema iv - pp6 - meteorizaçãoRui Magalhães
 
PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUEL
PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUELPROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUEL
PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUELViktor Oliveira
 
Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2Laudo Santos
 
MINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAIS
MINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAISMINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAIS
MINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAISMatheus679743
 
Introdução a ciência do solo
Introdução a ciência do soloIntrodução a ciência do solo
Introdução a ciência do soloRafael Oliveira
 
Geoquímica dos elementos Terras Raras
Geoquímica dos elementos Terras RarasGeoquímica dos elementos Terras Raras
Geoquímica dos elementos Terras RarasCidinhoveronese
 
Composição Química da Litosfera
Composição Química da LitosferaComposição Química da Litosfera
Composição Química da LitosferaEzequias Guimaraes
 
A3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdf
A3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdfA3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdf
A3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdfFrancineSilva42
 
Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)
Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)
Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)Thay Santos
 
Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12
Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12
Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12Yago Matos
 
ciclos biogeoquimicos apresentar.ppt
ciclos biogeoquimicos apresentar.pptciclos biogeoquimicos apresentar.ppt
ciclos biogeoquimicos apresentar.pptDelsuitaProcopio
 
noções sobre geologia
noções sobre geologianoções sobre geologia
noções sobre geologianayara moraes
 

Semelhante a IEG 201-Aula21-Depósitos Minerais de Origem Supergênica.pptx (20)

Intemperismo apresentação
Intemperismo apresentaçãoIntemperismo apresentação
Intemperismo apresentação
 
Intemperismo
IntemperismoIntemperismo
Intemperismo
 
Geo tema iv - pp6 - meteorização
Geo   tema iv - pp6 - meteorizaçãoGeo   tema iv - pp6 - meteorização
Geo tema iv - pp6 - meteorização
 
Intemperismo
IntemperismoIntemperismo
Intemperismo
 
PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUEL
PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUELPROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUEL
PROSPECÇÃO GEOQUÍMICA DO NÍQUEL
 
Reserva mineral do solo
Reserva mineral do soloReserva mineral do solo
Reserva mineral do solo
 
Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2Estrutura geologica relevo2
Estrutura geologica relevo2
 
Recursos minerais
Recursos mineraisRecursos minerais
Recursos minerais
 
MINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAIS
MINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAISMINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAIS
MINERAIS DO SOLO - MATÉRIA DESCRITORA DOS MINERAIS
 
Introdução a ciência do solo
Introdução a ciência do soloIntrodução a ciência do solo
Introdução a ciência do solo
 
Geoquímica dos elementos Terras Raras
Geoquímica dos elementos Terras RarasGeoquímica dos elementos Terras Raras
Geoquímica dos elementos Terras Raras
 
solos.ppt
solos.pptsolos.ppt
solos.ppt
 
Litosfera
LitosferaLitosfera
Litosfera
 
Composição Química da Litosfera
Composição Química da LitosferaComposição Química da Litosfera
Composição Química da Litosfera
 
A3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdf
A3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdfA3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdf
A3 - classif. - Depositos Magmaticos.pdf
 
Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)
Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)
Nódulos polimetálicos (Sedimentação Marinha)
 
Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12
Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12
Intemperismo e Erosão e Movimento de Massa - Capítulos 7 e 12
 
ciclos biogeoquimicos apresentar.ppt
ciclos biogeoquimicos apresentar.pptciclos biogeoquimicos apresentar.ppt
ciclos biogeoquimicos apresentar.ppt
 
noções sobre geologia
noções sobre geologianoções sobre geologia
noções sobre geologia
 
Aula 7 - Recursos Minerais (1).pdf
Aula 7 - Recursos Minerais (1).pdfAula 7 - Recursos Minerais (1).pdf
Aula 7 - Recursos Minerais (1).pdf
 

Último

Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMdiminutcasamentos
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfMarcos Boaventura
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3filiperigueira1
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptxVagner Soares da Costa
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptxVagner Soares da Costa
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxFlvioDadinhoNNhamizi
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfdanielemarques481
 

Último (7)

Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPMApresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
Apresentação Manutenção Total Produtiva - TPM
 
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdfTipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
Tipos de Cargas - Conhecendo suas Características e Classificações.pdf
 
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
Calculo vetorial - eletromagnetismo, calculo 3
 
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
07 - MICRÔMETRO EXTERNO SISTEMA MÉTRICO.pptx
 
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
10 - RELOGIO COMPARADOR - OPERAÇÃO E LEITURA.pptx
 
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docxTRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
TRABALHO INSTALACAO ELETRICA EM EDIFICIO FINAL.docx
 
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdfPROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS – REVIT MEP -.pdf
 

IEG 201-Aula21-Depósitos Minerais de Origem Supergênica.pptx

  • 1. IEG201 – Geologia Econômica Aula 22 - Depósitos Minerais de Origem Supergênica Profa. Carolina Almeida Dezembro/2010
  • 2. Abordar os tipos de depósitos minerais supergênicos, incluindo os principais processos envolvidos na geração desses depósitos, principais commodoties, distribuição espacial e importância econômica no cenário global. Plano de Aula: Objetivos
  • 3. Plano de Aula  Parte 1: Introdução  Definição de depósitos supergênicos  Definição dos principais processos e fatores relacionados a geração desses depósitos  Classificação genética dos depósitos supergênicos  Distribuição espacial e temporal  Parte 2: Principais Depósitos Supergênicos  Principais caracteristicas, distribuição espacial e importância econômica  Parte 3: Exemplos Brasileiros
  • 4. 1. Introdução  Depósitos Supergênicos: formam-se próximos a superfície pela ação do intemperismo = EXPOSIÇÃO  Aumento do teor: Viabilidade Econômica  Intemperismo: é um conjunto de modificações de ordem física (desagregação), química (decomposição) e biológica que as rochas sofrem ao serem expostas a superfície.
  • 5. 1.1 Tipos de Intemperismo  Intemperismo Físico (Toledo et al, 2000) (Toledo et al, 2000) A B
  • 6. 1.1 Tipos de Intemperismo  Intemperismo Químico  Principal Agente: H2O (água da chuva) + (CO2)atm + oxidação de MO = pH ácido CO2 + H2O H2CO3 HCO3 - H2CO3 H+ + HCO3 - H+ + CO3 2- (Reações de equilíbrio entre H2O e CO2)
  • 7. Intemperismo Químico & Depósitos Supergênicos  Dissolução: transporte/lixiviação de íons/moléculas = solubilidade  Geração de novos minerais: argilo-minerais, óxidos e hidróxidos e carbonatos  Acumulação de material residual (baixa solubilidade): Si, Al, Au, entre outros  Metais: Al, Ni, Mn, Fe, Cu, Au, Pt, U
  • 8. (resistatos: Qtz, Sn, Cr) (lixiviada) (constituintes menos solúveis) (bauxita) (Nb)
  • 9.
  • 10. Reações:  Hidratação: incorporação da molécula H2O na estrutura dos minerais  CaSO4 (anidrita) + 2H2O CaSO4 * 2H2O (gipsita)  Argilo-minerais  Dissolução total ou parcial:  sais (haletos) e carbonatos  em terrenos cársticos: CaCO3 Ca2+ + CO3 2- 1.1.2 Intemperismo Químico
  • 11. Reaçoes:  Oxidação: em presença de O2  Fe2+ Fe+3  Minerais com na estrutura são mais susceptíveis ao intemperismo (biotita, opx, olivina)  Hidrólise: quebra da molécula de H2O  Intemperismo dos aluminossilicatos (FK), lixiviação dos cátions (ex: K, Na, Ca, Mg)  Precipitação de Al (gibbsita): Al3+ + 3H2O Al(OH)3 + 3H+ 1.1.2 Intemperismo Químico
  • 12. 1.2 Fatores que controlam o Intemperismo  Material parental: Rocha-mãe  Clima: Temperatura e precipitação  Relevo: Capacidade de drenagem; (ex: platôs de encostas suaves)  Vegetação: Presença de matéria orgânica (CO2), pH ácido  Tempo: Diretamente relacionado principalmente a rocha-mãe e ao clima
  • 13. 1.2.1 Rocha-Mãe  Composição mineralógica e química  Textura  Presença de descontinuidades (Série de Goldich, 1938) (Toledo et al, 2000)
  • 14.  Temperatura e pluviosidade  Intemperismo intenso nas regiões inter- tropicais: Formação de espessa cobertura laterítica 1.2.2 Clima (Toledo et al., 2000)
  • 16.
  • 17.  Acumulação relativa (residual)  Preservação, no perfil, do mineral primário de interesse e acumulação relativa, devida à perda de matéria durante o intemperismo. Ex.: depósitos de P (apatita), Cr (cromita), Sn (cassiterita), Ta-Nb (columbita-tantalita), etc. 1.4 Classificação Genética dos Depósitos Supergênicos
  • 18.  Acumulação absoluta  Destruição do mineral primário e formação de minerais secundários mais ricos que o mineral primário no elemento de interesse. Ex.: Elementos de baixa solubilidade, como Al (gibbsita), Ti (anatásio); ou elementos mais solúveis que migram no perfil e precipitam como fases secundárias em outros horizontes, como Ni (garnierita e Ni-goethita), Mn (pirolusita), Cu (calcocita, covelita) etc. 1.4 Classificação Genética dos Depósitos Supergênicos
  • 19.  Acumulação mista  O mineral primário, portador do elemento de interesse, permanece inalterado (arcabouço essencial), mas sofre transformações que podem melhorar ou piorar a sua qualidade no minério. Ex.: depósitos de Nb laterítico: Ca-pirocloro e Ba- pirocloro (pandaita); depósitos de Au laterítico. 1.4 Classificação Genética dos Depósitos Supergênicos
  • 21. 1.6 Distribuição Temporal Os depósitos supergênicos formam-se a partir de rochas de diferentes idades (Arqueano ao Terciário), mas o processo de laterização é sempre relativamente mais recente. No Brasil, os depósitos são principalmente relacionados as superfícies de aplainamento da Plataforma Sul- Americana (Eocene) e Velhas (Plioceno)
  • 22. 2. Depósitos Minerais Supergênicos  2.1 Depósitos de Ni laterítico  Intemperismo de rochas ultramáficas: ol+opx (0.1- 0.3 % Ni)  Ni substitui o Mg ou Fe, formando as garnieritas ou Ni-talco (minério silicatado) e Ni-goethita (fase minerio oxidado) - até 10% Ni  Correspondem a 40 % da produção anual de Ni, com teores de 1 a 2.6 % Ni
  • 24. Perfil Laterítico de Ni Ol+Opx Serp+Mgt+Chl+Tc
  • 25. Controles na gênese das mineralizações  Composição do protólito (rocha-mãe): rochas ultramáficas com Mg-olivina (serpentina) e piroxênio com 0.1 a 0.3 wt % Ni; altamente susceptível ao intemperismo em regiões de clima tropical  Não existe correlação direta entre o teor de Ni no protólito e nas lateritas  Clima tropical úmido (Colômbia, Indonésia, Brasil) e savana (Nova Caledônia, Cuba): alta temperatura e alta taxa pluviométrica  Depósitos localizados em regiões de clima temperado (Russia) e semi-árido (Austrália) são mais antigos
  • 26.  2.2 Depósitos de bauxita (Al)  Bauxita: > 45.5% Al e < 20%Fe3+  Protólito: Qualquer rocha (Al: elemento abundante e pouco solúvel)  Principais minerais de minério: gibbsita [Al(OH)3] e bohemita (AlOOH)  Clima tropical: quente e úmido  Maiores produtores: Austrália (33 %), China, Brasil (13 %), Guiné-África e Jamaica (DNPM, 2007).  95 % das reservas brasileiras: Pará (DNPM, 2008) 2. Depósitos Minerais Supergênicos
  • 27. Perfil Laterítico: Bauxita (Al) (Fe) (alumino-silicatada) Contato irregular (Biondi, 2003)
  • 28. Clima: Quente e Úmido (Bardossy e Aleva, 1990) T Chuva
  • 29.  Pouco controle litológico  Condições morfo-tectônicas: locais bem drenados que propicie a lixiviação dos elementos (Ca, K, Mg, Na)  Clima tropical úmido: Precipitação intensa e temperaturas altas  Gibbsita: estável em pH amplo de 4 a 12 (praticamente todos os ambientes superficiais naturais) Controles na gênese das mineralizações
  • 30.  2.3 Depósitos laterítico de Fe  Protominério (rocha-mãe): itabiritos (rochas sedimentares de origem química-BIF metamorfizados)  Principal mineral de minério: Goethita, estável em amplo pH (praticamente todos os ambientes superficiais)  Depósitos só são lavrados quando formados sobre depósitos de Fe primário (BIF) (ex: Serra dos Carajás-PA e Quadrilátero Ferrífero- MG) 2. Depósitos Minerais Supergênicos
  • 31. Perfil Lateritico de Fe Rocha Inalterada Saprolito de granulação fina: Minerais primários caulinta Saprolito de granulação grosseira: Smectita, caulinita, +/- feldspato Lencol freatico Horizonte Manchado: Concreções de Fe + caulinita Duricrosta: Fe2O3 > 20 % + nódulos ou pisolitos de Fe + hematita + goethita Seixos ferruginosos (modificado de Tardy e Nahon, 1985)
  • 32.  2.4 Depósitos supergênicos de Au  Formam-se sobre depósitos primários de Au: gdes pepitas de Au arredondadas (até 1 kg) ou Au detrítico  Geometria: Bolsões e lentes no interior dos saprolitos  Ouro supergênico: Dissolução, transporte lateral e re-precipitação  Brasil, W Austrália e W África 2. Depósitos Minerais Supergênicos
  • 33. Perfil Laterítico de Au Au minério primário Saprolito: argilominerais goethita-hematita, +/- Qtz ou serpentina-clorita (rochas máficas e ultramáficas) Au (Modificado de Hocquard et al., 1993) Zona emprobrecida em Au
  • 34.  2.5 Depósitos supergênicos de Nb, Ti, P e elementos de terras raras (ETR)  Associados a carbonatitos  Principais minerais de minério  Nb: Pirocloro ou Pandaita (Ba-pirocloro): [(Na,Ca,Ce)2Nb2O6(OH,F0]  P e ETR: Monazita: [(Ce,La,Nd,Th,Y)PO4 e Apatita [(Ca,Ce)5((P,Si)O4)3F]  Ti: Anatásio (TiO2) e Ilmenita (Fe,Mg,Mn)TiO3 2. Depósitos Minerais Supergênicos
  • 35. 2.4 Depósitos supergênicos de Nb, Ti, P e elementos de terras raras (ETR)  Processo de concentração: lixiviação dos carbonatos (principais constituintes dos carbonatitos), formação de carapaça ferruginosa e espesso manto de intemperismo com concentrações residuais de Nb, Ti, P e ETR.  Maiores produtores: Nb (Brasil, 97 %), ETR (China, 97 %) e Ti (Austrália, 24 %) (DNPM, 2008)
  • 36.  2.6 Depósitos supergênicos de Mn  A partir de rochas que contem rodocrosita (Mn-carbonato), espessartita (Mn-granada), Mn-olivina e Mn-piroxênio  Processo supergênico: lixiviação dos elementos móveis, oxidação de Mn2+ para Mn+3 e Mn4+ e formação de óxidos (hausmanita, manganita, pirolusita, criptomelano e litioforita) 2. Depósitos Minerais Supergênicos
  • 37.  2.7 Depósitos supergênicos de argilominerais 2. Depósitos Minerais Supergênicos (Biondi, 2003)
  • 38. 2.7 Depósitos supergênicos de argilominerais  Principais reações formadoras dos argilominerais: hidrólise, hidratação e oxidação.  Ambiente ácido e oxidante (acima da superfície freática)  3KAlSi3O8 + 6H+ +0.75O2 = 1.5[Al2Si2O5(OH)4] + 6SiO2 + 3K+  2Mg2SiO4 + 4H+ + 0.5 O2 = Mg3Si2O5 (OH)4 +Mg2+ (aq) (feldspato K) (caulinita) (olivina) (serpentina)
  • 39.  Ambiente menos ácido e não oxidante (abaixo da superfície freática)  3KAlSi3O8 + 3H+ = 1.5[Al2Si4O10(OH)2] + 3SiO2 + 3K+  3KAlSi3O8 + 2H+ = KAl3Si3O10(OH)2] + 6SiO2 + 2K+ 2.7 Depósitos supergênicos de argilominerais (feldspato K) (feldspato K) (montmorilonita) (ilita)
  • 40. 2.8 Depósitos supergênicos de Cu (Goethita) (Minério Oxidado) (Zona de cimentação) (Minério Supergênico) (Covelita e Calcocita) (Malaquita)  Formam-se sobre depósitos primários de Cu (do tipo pórfiro) (Biondi, 2003)
  • 41. 3. Exemplos Brasileiros (Toledo et al., 2000) Au (Serra do Navio) caulim Cu Au Au
  • 42. 3.1. Depósitos de Bauxita (Al) no Pará (modificado de Hernalsteens e Lapa, 1988) Trombetas Compreende 95 % das reservas brasileiras Reserva: 600 Mt Teor médio: 49.5 % Al2O3
  • 43. (ate 20 metros de espessura e ate 10 % de gibbisita) Zona Mineralizada Base: Zona Saprolitica ou argiloso (ate 60-70 % gibbisita) (modificado de Hernalsteens e Lapa, 1988)
  • 44.  Formaram-se sobre sedimentos argilo- arenosos das formações Ipixuna, Itapecuru e/ou Alter do Chão/Série Barreiras  Gênese controversia da argila de Belterra  Alóctone: Sedimentos depositado em ambiente lacustre após a formação das bauxitas (fósseis)  Autóctone: Evolução in situ por longo período de tempo (Eoceno-recente), em clima equatorial a úmido. 3.1. Depósitos de Bauxita (Al) no Pará
  • 45. 4. Referencias Bibliograficas Bardossy, G., Aleva, G.J.J., 1990, Lateritic bauxites. Amsterdam: Elsevier. Biondi, J.C., 2003, Processos metalogenéticos e os depósitos minerais brasileiros. São Paulo: Oficina de Textos. Dardene, M.A., Schobbenhaus, C., 2001, Metalogênese do Brasil. Brasília: CPRM e Unb. Departamento Nacional de Pesquisa Mineral, 2008, Sumário Mineral Brasileiro. http://www.dnpm.gov.br/conteudo.asp?IDSecao=68&IDPagina=1165 Gleenson, S.A., Butt, C.R.M., Elias, M., 2003, Nickel laterites: A review, SEG newsletter, p.1, 12-17. Hernalsteens, C.M.O., Lapa, R.P., 1988, Bauxita de Porto Trombetas, Oriximina, Para. In: Schobbenhaus, C., Queiroz, E.T., Coelho, C.E.S. (Org). Principais Depósitos Minerais Brasileiros – Metais básicos não ferrosos, ouro e alumínio. Brasilia: DNPM. Hocquard, C.J., Zeegers, H., Freyssinet, P., 1993, Surpergene gold: An approach to Economic Geology. Chronique de la Recherche Miniere, Orleans, n. 510. Tardy, Y., Nagon, D. Geochemistry of laterites, stability of Al-goethite, Al-hematite and Fe3+- kaolinite in bauxites and ferricretes: An approach to the mechanism of concretion formation. American Journal of Science, New Haven: J.D. & E.S. Dana, v. 285, 1985. Toledo, M.C.M., Oliveira, S.M.B.O e Melfi, A.J., 2000, Intemperismo e formação do solo. In: Teixeira, W., Toledo, M.C.M., Fairchild, T.R., Taioli, F. (Org) Decifrando a terra. São Paulo: Oficina de Textos, p. 139-166.