7. A Lenda dos Profetas do Porto Santo Habitava na ilha, um pastor eremita e selvagem que, por suas poucas relações e falas, era conhecido por bravo. Aproveitando-se do mistério que rodeava a sua vida, resolveu fazer-se passar por profeta iluminado pelo Espírito Santo. Certa noite desceu ao povoado, trazendo uma campainha e alarmando todo o povo que de todos os lados acorria curioso. O Espírito Santo ocupava a alma do profeta “ Fernão Nunes” mandando-o desvendar publicamente os defeitos e as culpas secretas de toda a gente.
8. A Lenda dos Profetas do Porto Santo O Povo foi-se deixando levar pelo pastor, acontecendo tamanhas barbaridades. Um dia três habitantes da Ilha que não acreditavam nas palavras do profeta, partiram para “Machico” pedindo auxílio às autoridades. O pastor foi preso juntamente com a sua sobrinha Filipa, também envolvida, e foram mandados para o tribunal de El-Rei que os condenou, a estarem à porta da Sé de Évora durante a missa de terça, com círios acesos na mão e grande letreiro que dizia: “Profetas do Porto Santo”.
10. A Lenda do Rei D. Sebastião Desde o desaparecimento do Rei D. Sebastião, que o povo português esperava o seu regresso. Reza a lenda que os Porto-santenses acreditavam que o rei estava refugiado numa pequena Ilha, situada atrás do Porto Santo, mas nunca ninguém a podia ver, porque estava submersa. Mas, um dia de nevoeiro, essa Ilha iria emergir, e o rei regressaria a Porto Santo.
11. A Lenda do Rei D. Sebastião Havia uma outra versão desta lenda, conta que o Rei D. Sebastião ia aparecer numa Quinta-Feira no dia de S. João. Nesse dia, a cidade do Funchal era arrasada e a escada do Monte servia de refúgio. O povo dizia que ele ia aparecer numa praia do Porto Santo. Nesse momento as pessoas tinham de fugir e não olhar para trás, senão transformavam-se em pedras de mármore.
12. El Rei D. Sebastião - José Cid Depois de Alcácer QuibirEl Rei D. SebastiãoPerdeu-se num labirintoCom seu cavalo realAs bruxas e adivinhos Nas altas serras beirasJuravam que nas manhãsDe cerrado de nevoeiroVinha D. SebastiãoPastoras e trovadoresDas Regiões litoraisAfirmaram terem vistoPerdido entre os pinhaisEl Rei D. SebastiãoCiganos vindos de longeDesconhecidos falcatosTentando iludir o povoSerem enguias afirmaramEl Rei D. SebastiãoE que voltava de novo Todos foram desmentidosCondenados às tempestadesPois nas praias dos AlgarvesTrazidos pelas marésEncontraram o cavaloFarrapos do seu gibãoPedaços de nevoeiroA espada e o coraçãode El Rei D. SebastiãoDepois de Alcácer Quibirvirá D. SebastiãoE uma lenda nasceuEntre a bruma do passadoChamam-lhe "O DesejadoPois que nunca mais voltouEl Rei D. SebastiãoEl Rei D. Sebastião
13. A Lendade Cristóvão Colombo Quando houve a Guerra Europeia, os Madeirenses viram-se reduzidos à Praia do Porto Santo. Foi nessa ilha que chegaram as naus de Zarco e onde abanou a bandeira branca com a Cruz de Cristo. Diz a Lenda que Cristóvão Colombo nas noites luarentas, vem passear a sua saudade, vagueando sobre as areias da Ilha do Porto Santo, parando de vez em quando a interrogar o horizonte que se confundia no céu. E que a sombra do descobridor ia-se afastando levada pela brisa.