2. LEVANTAMENTO DE DADOS PARA
O PLANEJAMENTO FÍSICO
• Frustração em relação a biólogos,
ecólogos e geógrafos!!
ESSES ESPECIALISTAS NÃO TÊM A
OFERECER DADOS SUFICIENTES
E/OU CONVINCENTES COMO
ECONOMISTAS, SOCIÓLOGOS E
GEÓGRAFOS “HUMANOS”
3. É MUITO MAIS FÁCIL
QUANTIFICAR...
• Migrações
• Taxas de crescimento populacional
• Fluxo de tráfego
DO QUE
• O ar necessário para renovar o “ar
poluído” de uma cidade
4. Pois...
• Dados ecológicos precisam, em geral, ser
levantados durante grande período de
tempo, ciclos, etc
• Têm mais valor qualitativo que
quantitativo
• Grande quantidade de dados se
comparados com os sócio-econômicos
5. ECOLOGIA DA PAISAGEM
•
CARL TROLL (1939) na Alemanha.
•
Ele considerava a paisagem dividida em ecótopos e relatava que:
“a paisagem poderia ser considerada um sistema energético, cujo
estudo se deveria lançar em termos de suas próprias
transformações e de suas produtividades bioquímicas”
Alegava ainda que:
“se deveríamos considerar apenas as interações funcionais da
paisagem natural, ou se as ligações funcionais das ações humanas
não deveriam ser, também, pesquisadas e entendidas”...
6. PAISAGEM
• Entidade espacial delimitada segundo um nível
de resolução do pesquisador, a partir dos
objetivos centrais da análise, de qualquer modo
sempre resultado da interação dinâmica,
portanto instável, dos elementos de suporte e
cobertura (físicos, biológicos e antrópicos),
expressa em partes delimitáveis infinitamente,
mas individualizadas através das relações entre
eles, que organizam um todo complexo
(sistema), verdadeiro conjunto solidário e único,
em perpétua evolução
(MONTEIRO, 2000)
7. CONFIGURAÇÕES DA
ESTRUTURA DA PAISAGEM
MANCHA
• Porção não linear da superfície territorial que difere do ambiente que a
circunda.
• Numa escala sintética, pode ser formada por uma série de
biótopos/ecótopos (U.P) identificáveis em escalas com maior detalhe
CORREDOR
• Elemento linear, ou tira, faixa que difere do ambiente que o circunda.
• Podem também serem entendidos como seqüência linear de manchas
MATRIZ PAISAGÍSTICA
• O tipo de elemento que desempenha o principal papel funcional da
paisagem que se estuda.
• Há sempre uma só matriz.
• De acordo com a escala de abordagem, uma matriz, representada em
determinada carta, pode ser mancha em escala menos detalhada
8. TIPOS DE MATRIZES
CONTÍNUA
• Único padrão que prevalece na área delimitada
como unidade de paisagem
SEMI-CONTÍNUA
• Presença de outros padrões
RETAS
• Padrão que prevalece como função, como a
presença de um grande aeroporto
9. TIPOS DE MANCHAS
Segundo sua origem:
•
•
•
•
•
•
De distúrbios (crônicos, cíclicos, isolados)
Rélictos
Unidades de conservação (bióticas – abióticas)
Antrópicas
Colonizadas
De eventos naturais
Classificação proposta por INGEGNOLI, mostra uma certa
redundância...
10. TIPOS DE CORREDORES
Iguais ao das manchas, adicionando-se ainda:
• CORRENTES – cursos d’água, canais, estradas
• LINEARES – só com margem
• EM FAIXAS – com margem e áreas centrais
TANTO PARA AS MANCHAS COMO PARA OS
CORREDORES, DEVE-SE AVALIAR O EFEITO
DE BORDA E DE INSULARIDADE
11. MOVIMENTOS
• Corredores servem como condutores e como filtros para
a maioria dos movimentos de animais, plantas, materiais
e água, através da paisagem. Características das redes
e matrizes afetam os movimentos em diferentes
aspectos, dependendo do local, onde os objetos
atravessam os corredores, ou os usam como condutores
• Já os MOVIMENTOS através da matriz dependem de
sua CONECTIVIDADE, sua “hospitalidade” e dos limites
cruzados
entre
seus
elementos.
Espécies
movimentando-se através de uma matriz podem ser
impedidas por manchas estreitas, enquanto que
espécies podem não conseguir passar de manchas para
manchas devido a longas distâncias
12. OBSERVAÇÃO...
Para o Planejamento da Paisagem, é muito
importante conhecer as ligações básicas
dos mecanismos (“de” e “entre”) dos
elementos da paisagem, considerando-se
também o entorno da(s) unidade(s) de
paisagem trabalhada(s)
13. PADRÕES DE MOVIMENTOS
ANIMAIS:
• Território
• Área demarcada “contra” outros indivíduos e “contra”
outras espécies
PLANTAS
• Dispersão
• Migração (latitudinal, vertical ou altitudinal)
INFLUÊNCIA DO ENTORNO
EFEITO DE BORDA
14. EXEMPLO
UFSCar
José Eduardo dos SANTOS
Adriana PAESE
José Salatiel Rodrigues PIRES
Laboratório de Análise e Planejamento Ambiental
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais
Universidade Federal de São Carlos
28. A bacia hidrográfica
• A qualidade da água de um manancial depende dos usos e
atividades desenvolvidas em sua bacia hidrográfica
• O ordenamento territorial visando a conservação de
determinado recurso hídrico deve considerar como UNIDADE
DE PLANEJAMENTO a bacia hidrográfica a qual o mesmo
pertence
• Lei Federal nº 9.433 de 08/Jan/1997 – Política Nacional dos
Recursos Hídricos, instituindo os Comitês de Bacia
Hidrográfica (CBH), a quem compete aprovar o Plano de
Recursos Hídricos da Bacia, sub-bacia, grupo de bacias ou
sub-bacias hidrográficas contínuas
30. Interdependência dos
Impactos
Impacto Ambiental – Res. CONAMA 001/1986
• Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas
e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente, afetem:
–
–
–
–
–
a saúde, a segurança e bem estar da população;
as atividades sociais e econômicas;
a biota;
as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
a qualidade dos recursos ambientais.
31. Como unidade funcional
• A gestão das bacias hidrográficas relaciona-se diretamente à
gestão dos recursos hídricos (RH)
• Realiza-se por meio da criação de CBH, fundamental ao
sistema de gestão dos RH, objetivando integrar
institucionalmente os diferentes interesses na bacia, servindo
como um órgão mediador de conflitos, permitindo a
exploração dos RH de forma harmônica
• A Lei 9.433 criou o CONSELHO NACIONAL DE RECURSOS
HÍDRICOS visando a gestão integrada da bacia como
unidade de planejamento e gestão de forma descentralizada,
participativa, independente, associada ao Sistema Ambiental
32. Planejamento ambiental de BH
1.
2.
3.
Melhor método para evitar a degradação dos RH
Deve ser feito a partir de um DIAGNÓSTICO de toda a bacia
Levantamento das principais características do meio físico,
biológico e sócio-econômico
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Geologia
Geomorfologia
Solos
Topografia
Condições climáticas
Regime hidrológico
Cobertura vegetal
Levantamento dos ecossistemas naturais
Características do meio antrópico
33. Deve considerar..
• O ZONEAMENTO da bacia hidrográfica
• A compatibilização do uso/ocupação da terra com a
infraestrutura existente ou projetada
• A proteção da qualidade e da recarga dos aquiferos
• A proteção
superficiais
dos
reservatórios
• A drenagem das águas pluviais
e
cursos
d’água
34. Minas Gerais
Plano de Gestão dos Recursos Hídricos
•
http://www.igam.mg.gov.br/planos-de-recursos-hidricos/plano-estadual-de-recurso
37. CBH PARANAÍBA
•
•
•
Ago/2011 – primeira etapa das Reuniões Públicas do PRHParanaíba
Diagnóstico
http://www.paranaiba.cbh.gov.br/
38. A Bacia Hidrográfica
(McHarg, 1969)
•
•
•
•
•
•
•
•
Pode ser descrita
Está unida pela água
É permanente
É uma unidade hidrológica mas não uma unidade fisiográfica
Os limites são claros
Compreende a natureza como um processo interativo, que
representa um sistema de valores relativo baseado nas
capacidades de uso
Clima, geologia, fisiografia (ou unidades de paisagem ), hidrologia
(águas superficiais e subterrâneas), solos, associações vegetais,
fauna
Ações humanas
39. Microbacia
• “área drenada por um curso d’água e seus afluentes, a
montante de uma determinada seção transversal, para a qual
convergem as águas que drenam a área considerada
(Programa Nacional de Microbacia Hidrográfica – PNMH –
Decreto-Lei nº 94.076 de 05/Mar/1987)
• A microbacia deve abranger uma área suficientemente
grande, para que se possam identificar as interrelações
existentes entre os diversos elementos do quadro sócioambiental que a caracteriza, e pequena o suficiente para
estar compatível com os recursos disponíveis, respondendo
positivamente à relação custo-benefício
• HOJE – bacia hidrográfica na escala X ou Y
40.
41.
42.
43. Referências básicas
•
•
•
•
•
•
BOTELHO, Rosângela G. M. Planejamento ambiental em microbacia
hidrográfica. in GUERRA; SILVA; BOTELHO (orgs). Erosão e
conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 1999
CASTRO, Selma S. & SALOMÃO, Fernando X. T. Compartimentação
morfopedológica e sua aplicação – considerações metodológicas. Revista
GEOUSP no 7
McHARG, Ian L. La cuenca del rio. in Proyectar con la naturaleza.
Barcelona: Editorial Gustavo Gill, 2000
MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Abes,
1999
VIEIRA, Viviane T.; CUNHA, Sandra B. Mudanças na rede de drenagem
urbana de Teresópolis (Rio de Janeiro). In: GUERRA, Antonio J. T. &
CUNHA, Sandra B. (orgs) Impactos ambientais urbanos no Brasil. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001
Lei no 9.433, 08/01/1997 – Da Política Nacional de Recursos Hídricos