SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
ESPÉCIES ENDÊMICAS NO
                                                                                                                                                        PARNA CATIMBAU
                                                                                                                                              O Parque Nacional (PARNA) do Catimbau, criado pelo decreto N° 13,
                                                                                                                                             de dezembro de 2002, conta com 62.300 hectares, e está localizado nos
                                                                                                                                             municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga (8° 36' 40'' S e 37° 28' 26''
                                                                                                                                             W), no estado de Pernambuco. É conhecido por sua rica fauna e flora,
                                                                                                                                             além das valiosas inscrições rupestres. Este acervo é considerado o
                                                                                      Universidade Federal de Pernambuco                     segundo maior sítio arqueológico do Brasil, perdendo somente para
                                                                                                                                             a Serra da Capivara, no Piauí.
                                                                                    Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal
                                          Foto: Thiago Wanderley
                                                                                                                                              O clima é semiárido tropical com temperatura média anual de 23° C e
                                                                                     Av. Profº Moraes Rêgo, s/nº - Cidade Universitária.
Dyckia limae L. B. Sm. (família Bromeliaceae): bromélia rupícola com                                                                         precipitação média anual de 300 a 500 mm. A altitude varia entre 600 e
                                                                                   50. 670-901 - Recife-PE - Telefax: 55 (81) – 2126-8864    1000 m. É formado por um conjunto de montanhas de topo suave, com
folhas de coloração vinácea-acinzentada e inflorescências avermelhadas.
Cresce sobre os paredões rochosos e expostos ao sol. Espécie bastante                             www.ufpe.br/taxonomia                      vários paredões rochosos e vales abertos.
rara na área e observada por alguns indivíduos especialmente em áreas
de afloramentos rochosos. Até então, considerada endêmica do PARNA
Catimbau!




                                                                          Apoio: Beneficia Foundation

                                                                          Projeto: Perturbação antrópica, invasão biológica e biologia
                                                                          reprodutiva no Parque Nacional do Catimbau: estaria a
                                                                          Caatinga se transformando em um ecossistema emergente?              Está incluído entre as áreas de Extrema Importância Biológica e
                                                                                                                                             prioritária para conservação da Caatinga. Além da bela paisagem, abriga
                                                                                                                                             diversas espécies endêmicas que são aquelas cuja ocorrência se limita
Aspidosperma pyrifolium Mart. (família Apocynaceae): são árvores com      Autores: Suellen Santos, Geadelande Delgado Jr. & Marccus Alves.   a uma determinada área geográfica.
látex branco leitoso e com até 5m alt. As flores são brancas e seu odor
                                                                                                                                              Segundo Gomes et al. (2006) as famílias mais representativas no
adocicado atrai inúmeros insetos, Os frutos após abertos são usados no
                                                                                                                                             PARNA Catimbau são Euphorbiaceae (do velame e urtiga, entre outras) e
artesanato local. É conhecida por pereiro ou pau-pereiro. Espécie comum
                                                                                               Recife - Setembro 2012                        Leguminosae (do pau-ferro, algaroba, entre outras).
em áreas de solo rochoso. Endêmica da caatinga!
Espécies endêmicas no PARNA Catimbau:




                                                                             Ipomoea brasiliana (Choisy) Meisn. (família Convolvulaceae): trepadeira    Tacinga palmadora (Britton & Rose) N.P.Taylor & Stuppy (família
                                                                             herbácea e com látex branco-leitoso. Suas abundantes flores lilases e     Cactaceae): cacto ereto, pouco carnoso (com aparência de ressecado) e
                                                                             chamativas são visitadas por pequenas abelhas. Conhecida popularmente     com muitos espinhos, sendo conhecido por quipá. É comum nas áreas de
Tillandsia catimbauensis Leme, W. Till & J.A. Siqueira (família              por ipomeia é bastante comum nas áreas de caatinga de areias brancas.     caatinga de arias brancas. Endêmica da Caatinga!
Bromeliaceae): bromélia rupícola, com folhas de coloração acinzentada e      Endêmica da Caatinga!
                                                                                                                                                       Tacinga inamoena (K.Schum.) N.P.Taylor & Stuppy, (família Cactaceae):
inflorescências róseas. Cresce sobre rochas expostas ao sol. É bastante
                                                                             Dioclea grandiflora Mart. ex Benth. (familia Leguminosae): trepadeira     cacto rasteiro, com espinhos quase imperceptíveis. As flores são
comum nos paredões rochosos da área, formando grandes tapetes
                                                                             lenhosa com flores lilases com uma pequena mancha amarelada no            alaranjadas e chamativas. É conhecida por palmatória, Em geral ocorre
cinzentos sobre a rocha. Tem forte apelo ornamental devido à coloração
                                                                             centro. É conhecida popularmente por olho-de-boi. Endêmica da Caatinga!   em áreas rochosas e arenosas. Endêmica da Caatinga!
da estrutura reprodutiva. Endêmica do PARNA Catimbau!




Jacaranda rugosa A.H.Gentry (família Bignoniaceae): arbusto com até          Paralychnophora reflexoauriculata (G.M.Barroso) MacLeish (família
2m alt. e flores lilases comumente visitadas por abelhas e beija-flores. É                                                                             Cereus jamacaru DC. subsp. jamacaru (família Cactaceae): cacto
                                                                             Asteraceae): arbusto com folhas recurvadas e rígidas, pilosas na face
conhecida popularmente por jacarandá-pequeno. É rara no local e                                                                                        suculento com muitos espinhos e que pode atingir 5 m alt. É conhecido
                                                                             inferior. As Inflorescências são em capítulos pardacentos. Ocasional
observada por alguns indivíduos especialmente em áreas de                                                                                              por mandacaru, sendo muito utilizado na alimentação de cabras. Seus
                                                                             ocorrendo em áreas de afloramentos rochosos. Endêmica da Caatinga!
afloramentos rochosos. Endêmica do PARNA Catimbau!                                                                                                     frutos de polpa branca são muito saborosos. Endêmica da Caatinga!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Guia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia central
Guia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia centralGuia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia central
Guia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia centralAndre Benedito
 
Guia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigasGuia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigasAndre Benedito
 
Eixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidade
Eixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidadeEixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidade
Eixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidadeAtividades Diversas Cláudia
 
Guia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva duckeGuia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva duckeAndre Benedito
 
Icnf especies indgenas_edicao2016-2
Icnf especies indgenas_edicao2016-2Icnf especies indgenas_edicao2016-2
Icnf especies indgenas_edicao2016-2Clarisse Ferreira
 
Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)
Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)
Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)Pedro Wallace
 
Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...
Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...
Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...herculanoalvarenga
 
Recursos vegetacionais
Recursos vegetacionais Recursos vegetacionais
Recursos vegetacionais Natália Lima
 
Manual de Sobrevivência na Selva
Manual de Sobrevivência na SelvaManual de Sobrevivência na Selva
Manual de Sobrevivência na SelvaPaulo Mello
 
Os biomas brasileiros , plano de aula ppt
Os biomas brasileiros , plano de aula pptOs biomas brasileiros , plano de aula ppt
Os biomas brasileiros , plano de aula pptRoseliMorais
 
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiAndre Benedito
 
Aula6 bioma mata-atl_antica
Aula6 bioma mata-atl_anticaAula6 bioma mata-atl_antica
Aula6 bioma mata-atl_anticaBruna Vieira
 
Anel viario /Inventário florestal
Anel viario /Inventário florestalAnel viario /Inventário florestal
Anel viario /Inventário florestal1962laura
 
INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80
INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80
INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80Falcão Brasil
 
Plantas em vias de extinção em portugal
Plantas em vias de extinção em portugalPlantas em vias de extinção em portugal
Plantas em vias de extinção em portugalRaúl Freitas
 

Mais procurados (20)

Guia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia central
Guia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia centralGuia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia central
Guia de samambaias e licófitas da rebio uatumã – amazônia central
 
Guia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigasGuia de identificação de gêneros de formigas
Guia de identificação de gêneros de formigas
 
Eixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidade
Eixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidadeEixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidade
Eixo temático 2 7º ano 6º sériesociodiversidade
 
Guia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva duckeGuia de borboletas frugívoras da reserva ducke
Guia de borboletas frugívoras da reserva ducke
 
Icnf especies indgenas_edicao2016-2
Icnf especies indgenas_edicao2016-2Icnf especies indgenas_edicao2016-2
Icnf especies indgenas_edicao2016-2
 
Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)
Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)
Regiões Fitoecológicas do Maranhão (IBGE, 2012)
 
Anuros
AnurosAnuros
Anuros
 
Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...
Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...
Distribuição de leptasthenura setaria (temminck, 1824) (aves furnariidae) no ...
 
Linik correto
Linik  corretoLinik  correto
Linik correto
 
Recursos vegetacionais
Recursos vegetacionais Recursos vegetacionais
Recursos vegetacionais
 
Manual de Sobrevivência na Selva
Manual de Sobrevivência na SelvaManual de Sobrevivência na Selva
Manual de Sobrevivência na Selva
 
Foldercactaceas2
Foldercactaceas2Foldercactaceas2
Foldercactaceas2
 
Os biomas brasileiros , plano de aula ppt
Os biomas brasileiros , plano de aula pptOs biomas brasileiros , plano de aula ppt
Os biomas brasileiros , plano de aula ppt
 
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japiChave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
Chave de identificação anfíbios anuros da vertente de jundiaí da serra do japi
 
Aula6 bioma mata-atl_antica
Aula6 bioma mata-atl_anticaAula6 bioma mata-atl_antica
Aula6 bioma mata-atl_antica
 
Paisagens Exceção
Paisagens ExceçãoPaisagens Exceção
Paisagens Exceção
 
Livro 388
Livro 388Livro 388
Livro 388
 
Anel viario /Inventário florestal
Anel viario /Inventário florestalAnel viario /Inventário florestal
Anel viario /Inventário florestal
 
INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80
INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80
INSTRUÇÕES PROVISÓRIAS SOBREVIVÊNCIA NA SELVA IP 21-80
 
Plantas em vias de extinção em portugal
Plantas em vias de extinção em portugalPlantas em vias de extinção em portugal
Plantas em vias de extinção em portugal
 

Semelhante a Espécies endêmicas versão final

Pesquisa de campo
Pesquisa de campoPesquisa de campo
Pesquisa de campoturma102
 
Ecossistemas brasileiros csanl
Ecossistemas brasileiros csanlEcossistemas brasileiros csanl
Ecossistemas brasileiros csanlRicardo Vilas
 
Parque natural montesinho (1)
Parque natural montesinho (1)Parque natural montesinho (1)
Parque natural montesinho (1)boaera
 
Biomas brasileiros
Biomas brasileirosBiomas brasileiros
Biomas brasileirosPaulo Vitor
 
Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...
Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...
Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...CIDAADS
 
MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
MATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUEMATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUELuan Henrique Alves
 
AULA - BIOMAS - PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdf
AULA - BIOMAS -  PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdfAULA - BIOMAS -  PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdf
AULA - BIOMAS - PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdfProfessorLucas2
 
Bioma Pantanal
Bioma PantanalBioma Pantanal
Bioma PantanalJean Leão
 
Biogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientais
Biogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientaisBiogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientais
Biogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientaisSaulo Lucena
 
Apresentação do Trabalho a Campo - Horto Florestal
Apresentação do Trabalho a Campo - Horto FlorestalApresentação do Trabalho a Campo - Horto Florestal
Apresentação do Trabalho a Campo - Horto FlorestalMaria Cristina Marques Mota
 
Caatinga, Mata Atlatica e Amazonia
Caatinga, Mata Atlatica e AmazoniaCaatinga, Mata Atlatica e Amazonia
Caatinga, Mata Atlatica e AmazoniaAncelmo Furtado
 
Bioma Mata Atlantica
Bioma Mata AtlanticaBioma Mata Atlantica
Bioma Mata AtlanticaJean Leão
 
Biomas brasileiros (3).pptx brenda
Biomas brasileiros (3).pptx brendaBiomas brasileiros (3).pptx brenda
Biomas brasileiros (3).pptx brendanorivalfp
 

Semelhante a Espécies endêmicas versão final (20)

Pesquisa de campo
Pesquisa de campoPesquisa de campo
Pesquisa de campo
 
Projeto trilha2007
Projeto trilha2007Projeto trilha2007
Projeto trilha2007
 
A Zona Costeira
A Zona CosteiraA Zona Costeira
A Zona Costeira
 
Ecossistemas brasileiros csanl
Ecossistemas brasileiros csanlEcossistemas brasileiros csanl
Ecossistemas brasileiros csanl
 
Parque natural montesinho (1)
Parque natural montesinho (1)Parque natural montesinho (1)
Parque natural montesinho (1)
 
Biomas brasileiros
Biomas brasileirosBiomas brasileiros
Biomas brasileiros
 
Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...
Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...
Painel II - O mundo aquático entrou na escola – Ana Jervis Cunha (Estação Lit...
 
Biomas do Brasil
Biomas do BrasilBiomas do Brasil
Biomas do Brasil
 
MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
MATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUEMATA ATLÂNTICA  - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
MATA ATLÂNTICA - ESP. MÍDIAS NA EDUCAÇÃO (UFOP) - LUAN HENRIQUE
 
AULA - BIOMAS - PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdf
AULA - BIOMAS -  PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdfAULA - BIOMAS -  PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdf
AULA - BIOMAS - PARTE 1 - MATERIAL COMPLEMENTAR.pdf
 
Bioma Pantanal
Bioma PantanalBioma Pantanal
Bioma Pantanal
 
Biogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientais
Biogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientaisBiogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientais
Biogeografia- biomas brasileiros e impactos ambientais
 
Apresentação do Trabalho a Campo - Horto Florestal
Apresentação do Trabalho a Campo - Horto FlorestalApresentação do Trabalho a Campo - Horto Florestal
Apresentação do Trabalho a Campo - Horto Florestal
 
AULA - BIOMAS - PARTE 1
AULA - BIOMAS -  PARTE 1AULA - BIOMAS -  PARTE 1
AULA - BIOMAS - PARTE 1
 
PANTANAL
PANTANALPANTANAL
PANTANAL
 
Projeto Ilha Bela
Projeto Ilha BelaProjeto Ilha Bela
Projeto Ilha Bela
 
Ecologia(ppes ii)2.0
Ecologia(ppes ii)2.0Ecologia(ppes ii)2.0
Ecologia(ppes ii)2.0
 
Caatinga, Mata Atlatica e Amazonia
Caatinga, Mata Atlatica e AmazoniaCaatinga, Mata Atlatica e Amazonia
Caatinga, Mata Atlatica e Amazonia
 
Bioma Mata Atlantica
Bioma Mata AtlanticaBioma Mata Atlantica
Bioma Mata Atlantica
 
Biomas brasileiros (3).pptx brenda
Biomas brasileiros (3).pptx brendaBiomas brasileiros (3).pptx brenda
Biomas brasileiros (3).pptx brenda
 

Mais de Projeto Golfinho Rotador

Licitação da lanchonete do Jardim Botânico
Licitação da lanchonete do Jardim BotânicoLicitação da lanchonete do Jardim Botânico
Licitação da lanchonete do Jardim BotânicoProjeto Golfinho Rotador
 
Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...
Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...
Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...Projeto Golfinho Rotador
 
Arqueologia Botânica dos Jardins de Burle Marx
Arqueologia Botânica dos Jardins de Burle MarxArqueologia Botânica dos Jardins de Burle Marx
Arqueologia Botânica dos Jardins de Burle MarxProjeto Golfinho Rotador
 
Pauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapes
Pauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapesPauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapes
Pauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapesProjeto Golfinho Rotador
 
Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental apresentação...
Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental   apresentação...Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental   apresentação...
Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental apresentação...Projeto Golfinho Rotador
 

Mais de Projeto Golfinho Rotador (20)

Coral vivo
Coral vivoCoral vivo
Coral vivo
 
Licitação da lanchonete do Jardim Botânico
Licitação da lanchonete do Jardim BotânicoLicitação da lanchonete do Jardim Botânico
Licitação da lanchonete do Jardim Botânico
 
Lojinha do Botânico
Lojinha do BotânicoLojinha do Botânico
Lojinha do Botânico
 
Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...
Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...
Espécies nativas da Mata Atlântica em Pernambuco com potencial para arborizaç...
 
Arqueologia Botânica dos Jardins de Burle Marx
Arqueologia Botânica dos Jardins de Burle MarxArqueologia Botânica dos Jardins de Burle Marx
Arqueologia Botânica dos Jardins de Burle Marx
 
2
22
2
 
Jacaranda
JacarandaJacaranda
Jacaranda
 
Listaresultado
ListaresultadoListaresultado
Listaresultado
 
Index seminum jbr
Index seminum jbrIndex seminum jbr
Index seminum jbr
 
Abelhas nativas e conservação ambiental
Abelhas nativas e conservação ambientalAbelhas nativas e conservação ambiental
Abelhas nativas e conservação ambiental
 
Cartaz seminário apime 4 v.1
Cartaz  seminário apime 4 v.1Cartaz  seminário apime 4 v.1
Cartaz seminário apime 4 v.1
 
Jardimbotanico
JardimbotanicoJardimbotanico
Jardimbotanico
 
Lista de espécies ameaçadas
Lista de espécies ameaçadasLista de espécies ameaçadas
Lista de espécies ameaçadas
 
Abelhas
AbelhasAbelhas
Abelhas
 
Pauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapes
Pauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapesPauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapes
Pauta lxxv ro_13.12.2013_jaboatão.dos.guararapes
 
Cartilha solar
Cartilha solarCartilha solar
Cartilha solar
 
Pedradocachorro
PedradocachorroPedradocachorro
Pedradocachorro
 
Pdflivrocaatinga
PdflivrocaatingaPdflivrocaatinga
Pdflivrocaatinga
 
Capalivro
CapalivroCapalivro
Capalivro
 
Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental apresentação...
Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental   apresentação...Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental   apresentação...
Iv seminario pesca artesanal e sustentabilidade socioambiental apresentação...
 

Espécies endêmicas versão final

  • 1. ESPÉCIES ENDÊMICAS NO PARNA CATIMBAU O Parque Nacional (PARNA) do Catimbau, criado pelo decreto N° 13, de dezembro de 2002, conta com 62.300 hectares, e está localizado nos municípios de Buíque, Ibimirim e Tupanatinga (8° 36' 40'' S e 37° 28' 26'' W), no estado de Pernambuco. É conhecido por sua rica fauna e flora, além das valiosas inscrições rupestres. Este acervo é considerado o Universidade Federal de Pernambuco segundo maior sítio arqueológico do Brasil, perdendo somente para a Serra da Capivara, no Piauí. Laboratório de Morfo-Taxonomia Vegetal Foto: Thiago Wanderley O clima é semiárido tropical com temperatura média anual de 23° C e Av. Profº Moraes Rêgo, s/nº - Cidade Universitária. Dyckia limae L. B. Sm. (família Bromeliaceae): bromélia rupícola com precipitação média anual de 300 a 500 mm. A altitude varia entre 600 e 50. 670-901 - Recife-PE - Telefax: 55 (81) – 2126-8864 1000 m. É formado por um conjunto de montanhas de topo suave, com folhas de coloração vinácea-acinzentada e inflorescências avermelhadas. Cresce sobre os paredões rochosos e expostos ao sol. Espécie bastante www.ufpe.br/taxonomia vários paredões rochosos e vales abertos. rara na área e observada por alguns indivíduos especialmente em áreas de afloramentos rochosos. Até então, considerada endêmica do PARNA Catimbau! Apoio: Beneficia Foundation Projeto: Perturbação antrópica, invasão biológica e biologia reprodutiva no Parque Nacional do Catimbau: estaria a Caatinga se transformando em um ecossistema emergente? Está incluído entre as áreas de Extrema Importância Biológica e prioritária para conservação da Caatinga. Além da bela paisagem, abriga diversas espécies endêmicas que são aquelas cuja ocorrência se limita Aspidosperma pyrifolium Mart. (família Apocynaceae): são árvores com Autores: Suellen Santos, Geadelande Delgado Jr. & Marccus Alves. a uma determinada área geográfica. látex branco leitoso e com até 5m alt. As flores são brancas e seu odor Segundo Gomes et al. (2006) as famílias mais representativas no adocicado atrai inúmeros insetos, Os frutos após abertos são usados no PARNA Catimbau são Euphorbiaceae (do velame e urtiga, entre outras) e artesanato local. É conhecida por pereiro ou pau-pereiro. Espécie comum Recife - Setembro 2012 Leguminosae (do pau-ferro, algaroba, entre outras). em áreas de solo rochoso. Endêmica da caatinga!
  • 2. Espécies endêmicas no PARNA Catimbau: Ipomoea brasiliana (Choisy) Meisn. (família Convolvulaceae): trepadeira Tacinga palmadora (Britton & Rose) N.P.Taylor & Stuppy (família herbácea e com látex branco-leitoso. Suas abundantes flores lilases e Cactaceae): cacto ereto, pouco carnoso (com aparência de ressecado) e chamativas são visitadas por pequenas abelhas. Conhecida popularmente com muitos espinhos, sendo conhecido por quipá. É comum nas áreas de Tillandsia catimbauensis Leme, W. Till & J.A. Siqueira (família por ipomeia é bastante comum nas áreas de caatinga de areias brancas. caatinga de arias brancas. Endêmica da Caatinga! Bromeliaceae): bromélia rupícola, com folhas de coloração acinzentada e Endêmica da Caatinga! Tacinga inamoena (K.Schum.) N.P.Taylor & Stuppy, (família Cactaceae): inflorescências róseas. Cresce sobre rochas expostas ao sol. É bastante Dioclea grandiflora Mart. ex Benth. (familia Leguminosae): trepadeira cacto rasteiro, com espinhos quase imperceptíveis. As flores são comum nos paredões rochosos da área, formando grandes tapetes lenhosa com flores lilases com uma pequena mancha amarelada no alaranjadas e chamativas. É conhecida por palmatória, Em geral ocorre cinzentos sobre a rocha. Tem forte apelo ornamental devido à coloração centro. É conhecida popularmente por olho-de-boi. Endêmica da Caatinga! em áreas rochosas e arenosas. Endêmica da Caatinga! da estrutura reprodutiva. Endêmica do PARNA Catimbau! Jacaranda rugosa A.H.Gentry (família Bignoniaceae): arbusto com até Paralychnophora reflexoauriculata (G.M.Barroso) MacLeish (família 2m alt. e flores lilases comumente visitadas por abelhas e beija-flores. É Cereus jamacaru DC. subsp. jamacaru (família Cactaceae): cacto Asteraceae): arbusto com folhas recurvadas e rígidas, pilosas na face conhecida popularmente por jacarandá-pequeno. É rara no local e suculento com muitos espinhos e que pode atingir 5 m alt. É conhecido inferior. As Inflorescências são em capítulos pardacentos. Ocasional observada por alguns indivíduos especialmente em áreas de por mandacaru, sendo muito utilizado na alimentação de cabras. Seus ocorrendo em áreas de afloramentos rochosos. Endêmica da Caatinga! afloramentos rochosos. Endêmica do PARNA Catimbau! frutos de polpa branca são muito saborosos. Endêmica da Caatinga!