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Participação no seminário:
Gestão Energética Municipal – Oportunidades e Desafios
Avis, 8-11-2011
Gestão Energética Municipal
                   Oportunidades e Desafios




Celebração de Contratos de Performance Energética (CPE)
               na Administração Pública
Caracterização da CPE
                                              no Sector Público, em Portugal


•   A CPE foi introduzida no sector entre 2009 e 2011, e é regida através de diversa legislação:
     -   Decreto-Lei nº 319/2009 – Transposição da Directiva Comunitária 2006/32/CE, relativa à eficiência na utilização
         final de energia e aos serviços energéticos
     -   Resolução do Conselho de Ministros nº 2/2011 – Lança o programa de eficiência energética na Administração
         Pública (ECO.Ap) e aprova primeiras medidas do programa
     -   Decreto-Lei nº 29/2011 – Estabelece o regime jurídico e as condições e moldes para o estabelecimento de CPE,
         entre Empresas de Serviços de Energia (ESE) e a Administração Pública (AP)

•   Legislação Nacional, decorre da transposição da Directiva Comunitária 2006/32/CE.

•   O sector constitui, actualmente, o grande incentivo ao desenvolvimento da CPE em Portugal.
Caracterização da CPE
                                     no Sector Público, em Portugal


Estudos concluídos em 2007 indicam, como principais barreiras ao
desenvolvimento da CPE na Europa:
 – Falta de conhecimento e de informação acerca dos conceitos ESE e CPE
 – Pouca confiança, por parte dos potenciais clientes
 – Percepção elevada dos riscos de ordem técnica e financeira
 – Incompatibilidade das regras de contratação pública (tinha apenas em conta o custo dos
   serviços e não tinha em conta a previsão de poupanças)
 – Falta de entendimento dos procedimentos globalmente aceites de medição e verificação
   (M&V) da performance para cálculo das poupanças
 – Dilema do arrendatário e do senhorio
 – Baixa prioridade dada a medidas de eficiência energética
 – Falta de formas/esquemas de financiamento
Caracterização da CPE
                                           no Sector Público, em Portugal


Estudos concluídos em 2007 indicam, como principais incentivos ao
desenvolvimento da CPE na Europa:
 – Liberalização dos mercados da electricidade e do gás e o aumento generalizado dos preços
   da Energia
 – Suporte governamental, nas formas de:
    (i)     promoção e disseminação de informação;
    (ii)    disponibilização de subsídios para investimentos em eficiência energética; e
    (iii)   criação de instrumentos suportados em legislação favorável (sistemas de rotulagem de edifícios,
            auditorias e planos de racionalização obrigatórios, políticas de combate às alterações climáticas)
 – Apoio ao desenvolvimento de competências, trouxe confiança e conforto ao mercado da
   CPE, na medida em que se tornaram disponíveis modelos de contrato, terminologia e
   procedimentos estandardizados
Caracterização da CPE
                                     no Sector Público, em Portugal


Dados energéticos do sector
• Consumo anual de electricidade: aprox. 1,1 TWh
• 45 % do consumo anual de electricidade concentra-se em 3 dos 18 sub-sectores (escolas,
   institutos e hospitais)
• 31 % do consumo anual de energia final, em tep, é realizado na iluminação pública

Programa ECO.Ap
• Objectivo principal: Redução em cerca de 20% do consumo de energia final, nos serviços,
   equipamentos e organismos da AP
• Objectivo secundário: potenciar o desenvolvimento dos serviços energéticos baseados em
   contratos de performance e das ESE
• Criação da figura Gestor Local de Energia, que dinamiza e verifica o aumento de eficiência
   energética

                                                                     Fonte: ADENE, Guimarães - 2011
Caracterização da CPE
no Sector Público, em Portugal




                Fonte: ADENE, Guimarães - 2011
Caracterização da CPE
no Sector Público, em Portugal




                  Fonte: ADENE, Guimarães - 2011
Quais os desafios?



•   Consumos e preços da energia crescentes
•   Performance energética do parque construído, longe de ser boa
•   Performance energética da iluminação pública, longe de optimizada
•   Dívida pública em níveis incomportáveis
•   Aumento de emissões de GEE e da severidade das alterações climáticas
•   Legislação Europeia cada vez mais restritiva
Quais as oportunidades?




• Usar a CPE para reabilitar energeticamente edifícios e sistemas
  energéticos, sem afectar os orçamentos operacionais ou de exploração
• Usar a CPE para reduzir a procura de energia de edifícios e sistemas
  energéticos, sem incorrer em investimentos adicionais
• Usar a CPE no alcance das metas de redução de emissões, sem custos
• Outras vantagens, mais adiante …
“Back to Basics”


O que é Performance Energética?
“Back to Basics”


                 O que é Performance Energética?




É o grau de eficiência com que um determinado
sistema cumpre a sua função.
“Back to Basics”


Como se obtém Performance Energética
no parque construído?
“Back to Basics”

                    Como se obtém Performance Energética?


   Implementando Medidas de Conservação de Energia,




que aumentem a Eficiência Energética dos sistemas e
melhorem o Controlo dos seus Consumos.
Contratação de Performance Energética
                      A Oportunidade
    Os edifícios são sistemas energéticos que escondem uma
 multiplicidade de medidas de redução da procura de energia
O que é um Contrato de Performance
                                                  Energética (CPE)?


Um CPE é um mecanismo de financiamento de Serviços de Eficiência Energética (SEE), conforme definidos
pela EN 15900, com vista ao aumento da performance energética dos sistemas sobre os quais incidem.


Os CPE são geralmente oferecidos por Empresas de Serviços de Energia (ESE ou ESCO). As ESE assumem os
riscos de performance das medidas de conservação de energia (MCE) implementadas, e a sua
compensação está directamente ligada à performance medida, do pacote integrado de serviços realizados.


Os custos do projecto, são pagos através dos fluxos financeiros associados às poupanças, geradas ao longo
do contrato, o qual depende grandemente da taxa de rentabilidade do projecto de investimento.

Nota: Existe também um tipo de Serviço Energético baseado em Contrato de Performance , que é aplicável a projectos de
fornecimento de energia (seja esta proveniente de equipamentos de conversão de fontes de energia renovável, ou não) –
Contrato de Fornecimento de Energia
Características dos Contratos de
                                                   Fornecimento de Energia


                            Contratos de Fornecimento de Energia
Entidade                Empresa de serviços de fornecimento de energia (ESFE)
Características chave   Através da exploração da instalação central de conversão de energia primária, fornece
                        aquecimento, arrefecimento, vapor ou electricidade aos equipamentos utilizadores finais.
Potencial de            Baixo. Limitado à instalação central de conversão de energia primária, não tem em conta as
poupança energética     oportunidades de redução da procura de energia, nos equipamentos do lado da procura.
Garantia de eficiência Pode haver incentivos à procura e implementação de medidas de redução da procura de
energética             energia, mas não a ESFE não corre quaisquer riscos (performance ou financeiro).
Pagamento               Pagamentos regulares a taxa ou tarifa fixa.
Risco do prestador      Geralmente não corre risco de performance nem financeiro.
do serviço
Transparência na        Baixa. É estabelecida uma redução da factura energética em Euros. Geralmente o contrato
melhoria da             não tem em conta as medições da eficiência energética.
eficiência energética
Comparação de âmbitos destes Serviços Energéticos
          baseados em Contratos de Performance




                                        Fonte: EAESC
Como funciona um Contrato de
     Performance Energética?
Como funciona um Contrato de
     Performance Energética?
Quais as actividades típicas de um
               Contrato de Performance Energética?


– Auditoria Energética
– Financiamento das MCE
– Medição e Verificação (M&V) de performance das MCE;
– Comissionamento das MCE;
– Implementação de MCE
– Manutenção (e condução) dos novos equipamentos e, ou,
  instalações;
– Treino e formação (em gestão de energia e, ou, O&M dos novos
  equipamentos);
Comparação de Serviços de Eficiência
                            Energética, segundo as abordagens:



          Convencional                    VS                   CPE
Medidas com grande % de ganhos            Cabaz de medidas (MCE)
Um edifício de cada vez                   Vários edifícios em simultâneo
Fornecedor com melhor preço               Fornecedor mais competente
Contrato finalizado com o fim de obra     Contrato finalizado com o payback


      “Na nossa empresa temos edifícios        “Na nossa empresa oferecemos sempre
              muito eficientes!”                        conforto eficiente!”
Vantagens da CPE relativamente aos SEE
                                            “in-house”


– Garantia de poupanças energéticas e de redução da factura de energia
– Transferência de riscos técnicos para a ESE (a transferência de riscos
  financeiros é uma opção contratual)
– Usufruir de instalações melhoradas, sem incorrer em investimentos
– Pagamentos das etapas de projecto planeados, lineares e de igual valor
– Vantagens do outsourcing (serviço, menor estrutura interna (FTE), uma
  pessoa de contacto para todos os assuntos)

 CPE acrescenta valor relativamente aos serviços “in-house”
Porquê recorrer à Contratação de
                                        Performance Energética?


–   Processo auto-financiado
–   Sempre que não haja competência interna (gestão de energia e obras)
–   Sempre que não haja capacidade de investimento
–   Não adiar a realização daqueles melhoramentos:
     •   Reabilitação de edifícios e sistemas, com equipamentos mais eficientes e fiáveis
     •   Conforto e qualidade do ar interior
     •   Valor patrimonial dos activos
     •   Performance energético-ambiental
– Processo complexo mas comprovado
Quais os principais tipos de
                       Contrato de Performance Energética?

                                                             Poupanças Garantidas
– O cliente contrata um financiamento com um Terceiro
– Como garantia, perante o financiador, o cliente usa o acordo de serviços energéticos
  estabelecido com a ESE (cash-flow das poupanças)
– A ESE fica com o risco de Performance | O Cliente fica com o risco financeiro




                                                                    Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
Quais os principais tipos de
                      Contrato de Performance Energética?

                                                          Poupanças Garantidas

– Aspectos negativos: Dificuldade de implementar em mercados CPE pouco desenvolvidos -
  Cliente obrigado a assumir o risco de crédito.
– Aspectos positivos: Potencia o mercado CPE – ESE’s não obrigadas a apresentar
  demonstração de resultados, para obterem crédito junto de Terceiros – Pequenas ESE’s
  podem entrar no “jogo” e crescer.




                                                                Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
Quais os principais tipos de
                       Contrato de Performance Energética?

                                                            Poupanças Partilhadas

– A ESE providência o capital necessário para implementar as medidas “chave-na-mão” de
  aumento de eficiência energética.
– O Cliente paga à ESE as quantias (estipuladas contratualmente) referentes às poupanças
  geradas pelas medidas de eficiência energética implementadas, pela ESE, nas suas
  instalações.




                                                                   Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
Quais os principais tipos de
                      Contrato de Performance Energética?

                                                          Poupanças Partilhadas
– Aspectos negativos: Retarda o mercado CPE – ESE’s obrigadas a apresentar demonstração de
  resultados, para obterem crédito junto de Terceiros – Pequenas ESE’s têm dificuldade em
  entrar no “jogo”.
– Aspectos positivos: Facilidade de implementar em mercados CPE pouco desenvolvidos -
  Cliente não obrigado a assumir o risco de crédito.




                                                                 Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
Comparação dos principais tipos de
                             Contrato de Performance Energética?



       Poupanças Garantidas                      VS            Poupanças Partilhadas
Poupanças referentes ao consumo de energia           Poupanças referentes aos custos com energia
evitado                                              evitados
Valor da energia poupada paga o crédito assumido     Valor dos pagamentos à ESE está ligado ao preço
(até um valor mínimo do valor unitário da Energia)   da Energia
ESE assume risco técnico/projecto                    ESE assume risco técnico/projecto e de crédito
Cliente assume risco do crédito                      (continuidade das actividades do Cliente)
Requer Cliente com capacidade de obter crédito       Pode servir Clientes sem acesso a financiamento,
                                                     mas requer Clientes com solidez financeira
Requer actividade de M&V                             Requer actividade de M&V
ESE pode aceitar mais projectos                      Pequenas ESE limitadas no nº projectos
Custos financiamento menores = Implementação         Custos de financiamento superiores = Favorece
de maior nº de medidas de poupança                   apenas projectos com payback reduzido
Celebração de CPE na Administração Pública




               O processo segundo o Decreto-Lei nº 29/2011

Convite para apresentação   Apresentação e análise de   Apresentação e análise de
  de propostas iniciais         propostas iniciais          propostas finais


                                Fase de resposta          Auditoria Energética

                                                              Negociação
    Fase de consulta          Análise de propostas
                                     iniciais               Apresentação de
                                                             proposta final
                             Selecção de propostas
                                    iniciais                  Adjudicação
Celebração de CPE na Administração Pública




     Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011

A. Evidências de qualificação das ESE
B. Programa do procedimento de formação dos contratos de gestão de Eficiência
   Energética
C. Caderno de Encargos
D. Proposta inicial, segundo o nº 1 do art.º 20º
E. Proposta final, segundo o art.º 24º
F. Contrato de gestão de Eficiência Energética (CPE)
Celebração de CPE na Administração Pública




          Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011

A. Evidências de qualificação das ESE
    i.      Certidão permanente para verificar se no Objecto Social há alguma referÊncia à prestação de serviços na área
            da energia
    ii.     Cópia da apólice de seguro de responsabilidade civil, para cobrir risco decorrente do exercício da respectiva
            actividade, no valor mínimo de 250 000€
    iii.    Ter ao serviço técnicos com habilitações no âmbito do SCE (Peritos Qualificados) ou no âmbito do SGCIE
            (Técnicos Auditores Energéticos)
Celebração de CPE na Administração Pública




      Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011

B. Programa do procedimento de formação dos contratos de gestão de Eficiência
   Energética
   i.     Indica os elementos referidos no artigo 132º do Código dos Contratos Públicos
   ii.    Define o número de propostas iniciais que passam à fase seguinte
   iii.   Define quais os aspectos da execução do contrato passíveis de serem negociados
   iv.    Define os meios e os termos em que decorrem as eventuais negociações
Celebração de CPE na Administração Pública




        Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011
C.   Caderno de Encargos
     i.     Estabelece o mínimo de redução da procura de energia que deve ser garantido pela ESE
     ii.    Define a linha energética de referência (i.e., o consumo no período de referência)
     iii.   Define o prazo máximo de duração do contrato
     iv.    Indica MCE não edmissíveis
     v.     Determina a possibilidade de se implementar medidas para produção de electricidade e quais os mecanismos
            departilha dos respectivos benefícios
     vi.    Deve integrar: (i) o CE do edifício, se o houver e se aplicável; (ii) Perfil técnico das instalações; (iii) Código de
            exploração
     vii.   Surge um caderno de encargos tipo, 90 dias após a publicação do DL
Celebração de CPE na Administração Pública




       Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011
D. Proposta inicial, constituída pelos seguintes elementos:
    i.     Declaração de aceitação, por parte do concorrente, do conteúdo do caderno de encargos
    ii.    Documentos que contêm atributos da proposta
    iii.   Documentos que contenham: (i) descrição das MCE a implementar; (ii) Duração da fase de implementação das
           MCE; (iii) Custo estimado das MCE e da respectiva manutenção; (iv) o objectivo energético subjacente à
           implementação das MCE
    iv.    Projecto na fase de programa base, caso se preveja a realização de trabalhos de empreitada
Celebração de CPE na Administração Pública




        Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011

E.   Proposta final
     i.     Inclui os mesmos elementos da proposta inicial
     ii.    Indicação do preço contratual
     iii.   Apresentação do modelo financeiro de gestão do contrato (com indicação de pressupostos e projecções
            economico-financeiras)
Celebração de CPE na Administração Pública




        Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011

F.   Contrato de gestão de Eficiência Energética (CPE)
     i.      Além do que consta do artigo 96º do Código dos Contratos Públicos
     ii.     O prazo de duração do contrato
     iii.    Os indicadores de performance energética que servirão no processo de M&V
     iv.     Periodicidade das actividades de M&V e de monitorização do contrato
     v.      Consequências do não cumprimento ou do cumprimento defeituoso
     vi.     Fundamentos para resolução do contrato por motivos de interesse público
     vii.    Partilha de riscos
     viii.   Partilha do acréscimo de benefícios financeiros
Gestão Energética Municipal
        Oportunidades e Desafios




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Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration

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Energy Performance Contracts in Portuguese Public Administration

  • 1. Participação no seminário: Gestão Energética Municipal – Oportunidades e Desafios Avis, 8-11-2011
  • 2. Gestão Energética Municipal Oportunidades e Desafios Celebração de Contratos de Performance Energética (CPE) na Administração Pública
  • 3. Caracterização da CPE no Sector Público, em Portugal • A CPE foi introduzida no sector entre 2009 e 2011, e é regida através de diversa legislação: - Decreto-Lei nº 319/2009 – Transposição da Directiva Comunitária 2006/32/CE, relativa à eficiência na utilização final de energia e aos serviços energéticos - Resolução do Conselho de Ministros nº 2/2011 – Lança o programa de eficiência energética na Administração Pública (ECO.Ap) e aprova primeiras medidas do programa - Decreto-Lei nº 29/2011 – Estabelece o regime jurídico e as condições e moldes para o estabelecimento de CPE, entre Empresas de Serviços de Energia (ESE) e a Administração Pública (AP) • Legislação Nacional, decorre da transposição da Directiva Comunitária 2006/32/CE. • O sector constitui, actualmente, o grande incentivo ao desenvolvimento da CPE em Portugal.
  • 4. Caracterização da CPE no Sector Público, em Portugal Estudos concluídos em 2007 indicam, como principais barreiras ao desenvolvimento da CPE na Europa: – Falta de conhecimento e de informação acerca dos conceitos ESE e CPE – Pouca confiança, por parte dos potenciais clientes – Percepção elevada dos riscos de ordem técnica e financeira – Incompatibilidade das regras de contratação pública (tinha apenas em conta o custo dos serviços e não tinha em conta a previsão de poupanças) – Falta de entendimento dos procedimentos globalmente aceites de medição e verificação (M&V) da performance para cálculo das poupanças – Dilema do arrendatário e do senhorio – Baixa prioridade dada a medidas de eficiência energética – Falta de formas/esquemas de financiamento
  • 5. Caracterização da CPE no Sector Público, em Portugal Estudos concluídos em 2007 indicam, como principais incentivos ao desenvolvimento da CPE na Europa: – Liberalização dos mercados da electricidade e do gás e o aumento generalizado dos preços da Energia – Suporte governamental, nas formas de: (i) promoção e disseminação de informação; (ii) disponibilização de subsídios para investimentos em eficiência energética; e (iii) criação de instrumentos suportados em legislação favorável (sistemas de rotulagem de edifícios, auditorias e planos de racionalização obrigatórios, políticas de combate às alterações climáticas) – Apoio ao desenvolvimento de competências, trouxe confiança e conforto ao mercado da CPE, na medida em que se tornaram disponíveis modelos de contrato, terminologia e procedimentos estandardizados
  • 6. Caracterização da CPE no Sector Público, em Portugal Dados energéticos do sector • Consumo anual de electricidade: aprox. 1,1 TWh • 45 % do consumo anual de electricidade concentra-se em 3 dos 18 sub-sectores (escolas, institutos e hospitais) • 31 % do consumo anual de energia final, em tep, é realizado na iluminação pública Programa ECO.Ap • Objectivo principal: Redução em cerca de 20% do consumo de energia final, nos serviços, equipamentos e organismos da AP • Objectivo secundário: potenciar o desenvolvimento dos serviços energéticos baseados em contratos de performance e das ESE • Criação da figura Gestor Local de Energia, que dinamiza e verifica o aumento de eficiência energética Fonte: ADENE, Guimarães - 2011
  • 7. Caracterização da CPE no Sector Público, em Portugal Fonte: ADENE, Guimarães - 2011
  • 8. Caracterização da CPE no Sector Público, em Portugal Fonte: ADENE, Guimarães - 2011
  • 9. Quais os desafios? • Consumos e preços da energia crescentes • Performance energética do parque construído, longe de ser boa • Performance energética da iluminação pública, longe de optimizada • Dívida pública em níveis incomportáveis • Aumento de emissões de GEE e da severidade das alterações climáticas • Legislação Europeia cada vez mais restritiva
  • 10. Quais as oportunidades? • Usar a CPE para reabilitar energeticamente edifícios e sistemas energéticos, sem afectar os orçamentos operacionais ou de exploração • Usar a CPE para reduzir a procura de energia de edifícios e sistemas energéticos, sem incorrer em investimentos adicionais • Usar a CPE no alcance das metas de redução de emissões, sem custos • Outras vantagens, mais adiante …
  • 11. “Back to Basics” O que é Performance Energética?
  • 12. “Back to Basics” O que é Performance Energética? É o grau de eficiência com que um determinado sistema cumpre a sua função.
  • 13. “Back to Basics” Como se obtém Performance Energética no parque construído?
  • 14. “Back to Basics” Como se obtém Performance Energética? Implementando Medidas de Conservação de Energia, que aumentem a Eficiência Energética dos sistemas e melhorem o Controlo dos seus Consumos.
  • 15. Contratação de Performance Energética A Oportunidade Os edifícios são sistemas energéticos que escondem uma multiplicidade de medidas de redução da procura de energia
  • 16. O que é um Contrato de Performance Energética (CPE)? Um CPE é um mecanismo de financiamento de Serviços de Eficiência Energética (SEE), conforme definidos pela EN 15900, com vista ao aumento da performance energética dos sistemas sobre os quais incidem. Os CPE são geralmente oferecidos por Empresas de Serviços de Energia (ESE ou ESCO). As ESE assumem os riscos de performance das medidas de conservação de energia (MCE) implementadas, e a sua compensação está directamente ligada à performance medida, do pacote integrado de serviços realizados. Os custos do projecto, são pagos através dos fluxos financeiros associados às poupanças, geradas ao longo do contrato, o qual depende grandemente da taxa de rentabilidade do projecto de investimento. Nota: Existe também um tipo de Serviço Energético baseado em Contrato de Performance , que é aplicável a projectos de fornecimento de energia (seja esta proveniente de equipamentos de conversão de fontes de energia renovável, ou não) – Contrato de Fornecimento de Energia
  • 17. Características dos Contratos de Fornecimento de Energia Contratos de Fornecimento de Energia Entidade Empresa de serviços de fornecimento de energia (ESFE) Características chave Através da exploração da instalação central de conversão de energia primária, fornece aquecimento, arrefecimento, vapor ou electricidade aos equipamentos utilizadores finais. Potencial de Baixo. Limitado à instalação central de conversão de energia primária, não tem em conta as poupança energética oportunidades de redução da procura de energia, nos equipamentos do lado da procura. Garantia de eficiência Pode haver incentivos à procura e implementação de medidas de redução da procura de energética energia, mas não a ESFE não corre quaisquer riscos (performance ou financeiro). Pagamento Pagamentos regulares a taxa ou tarifa fixa. Risco do prestador Geralmente não corre risco de performance nem financeiro. do serviço Transparência na Baixa. É estabelecida uma redução da factura energética em Euros. Geralmente o contrato melhoria da não tem em conta as medições da eficiência energética. eficiência energética
  • 18. Comparação de âmbitos destes Serviços Energéticos baseados em Contratos de Performance Fonte: EAESC
  • 19. Como funciona um Contrato de Performance Energética?
  • 20. Como funciona um Contrato de Performance Energética?
  • 21. Quais as actividades típicas de um Contrato de Performance Energética? – Auditoria Energética – Financiamento das MCE – Medição e Verificação (M&V) de performance das MCE; – Comissionamento das MCE; – Implementação de MCE – Manutenção (e condução) dos novos equipamentos e, ou, instalações; – Treino e formação (em gestão de energia e, ou, O&M dos novos equipamentos);
  • 22. Comparação de Serviços de Eficiência Energética, segundo as abordagens: Convencional VS CPE Medidas com grande % de ganhos Cabaz de medidas (MCE) Um edifício de cada vez Vários edifícios em simultâneo Fornecedor com melhor preço Fornecedor mais competente Contrato finalizado com o fim de obra Contrato finalizado com o payback “Na nossa empresa temos edifícios “Na nossa empresa oferecemos sempre muito eficientes!” conforto eficiente!”
  • 23. Vantagens da CPE relativamente aos SEE “in-house” – Garantia de poupanças energéticas e de redução da factura de energia – Transferência de riscos técnicos para a ESE (a transferência de riscos financeiros é uma opção contratual) – Usufruir de instalações melhoradas, sem incorrer em investimentos – Pagamentos das etapas de projecto planeados, lineares e de igual valor – Vantagens do outsourcing (serviço, menor estrutura interna (FTE), uma pessoa de contacto para todos os assuntos)  CPE acrescenta valor relativamente aos serviços “in-house”
  • 24. Porquê recorrer à Contratação de Performance Energética? – Processo auto-financiado – Sempre que não haja competência interna (gestão de energia e obras) – Sempre que não haja capacidade de investimento – Não adiar a realização daqueles melhoramentos: • Reabilitação de edifícios e sistemas, com equipamentos mais eficientes e fiáveis • Conforto e qualidade do ar interior • Valor patrimonial dos activos • Performance energético-ambiental – Processo complexo mas comprovado
  • 25. Quais os principais tipos de Contrato de Performance Energética? Poupanças Garantidas – O cliente contrata um financiamento com um Terceiro – Como garantia, perante o financiador, o cliente usa o acordo de serviços energéticos estabelecido com a ESE (cash-flow das poupanças) – A ESE fica com o risco de Performance | O Cliente fica com o risco financeiro Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
  • 26. Quais os principais tipos de Contrato de Performance Energética? Poupanças Garantidas – Aspectos negativos: Dificuldade de implementar em mercados CPE pouco desenvolvidos - Cliente obrigado a assumir o risco de crédito. – Aspectos positivos: Potencia o mercado CPE – ESE’s não obrigadas a apresentar demonstração de resultados, para obterem crédito junto de Terceiros – Pequenas ESE’s podem entrar no “jogo” e crescer. Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
  • 27. Quais os principais tipos de Contrato de Performance Energética? Poupanças Partilhadas – A ESE providência o capital necessário para implementar as medidas “chave-na-mão” de aumento de eficiência energética. – O Cliente paga à ESE as quantias (estipuladas contratualmente) referentes às poupanças geradas pelas medidas de eficiência energética implementadas, pela ESE, nas suas instalações. Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
  • 28. Quais os principais tipos de Contrato de Performance Energética? Poupanças Partilhadas – Aspectos negativos: Retarda o mercado CPE – ESE’s obrigadas a apresentar demonstração de resultados, para obterem crédito junto de Terceiros – Pequenas ESE’s têm dificuldade em entrar no “jogo”. – Aspectos positivos: Facilidade de implementar em mercados CPE pouco desenvolvidos - Cliente não obrigado a assumir o risco de crédito. Fonte: IEEFP, 2009, após Dreessen
  • 29. Comparação dos principais tipos de Contrato de Performance Energética? Poupanças Garantidas VS Poupanças Partilhadas Poupanças referentes ao consumo de energia Poupanças referentes aos custos com energia evitado evitados Valor da energia poupada paga o crédito assumido Valor dos pagamentos à ESE está ligado ao preço (até um valor mínimo do valor unitário da Energia) da Energia ESE assume risco técnico/projecto ESE assume risco técnico/projecto e de crédito Cliente assume risco do crédito (continuidade das actividades do Cliente) Requer Cliente com capacidade de obter crédito Pode servir Clientes sem acesso a financiamento, mas requer Clientes com solidez financeira Requer actividade de M&V Requer actividade de M&V ESE pode aceitar mais projectos Pequenas ESE limitadas no nº projectos Custos financiamento menores = Implementação Custos de financiamento superiores = Favorece de maior nº de medidas de poupança apenas projectos com payback reduzido
  • 30. Celebração de CPE na Administração Pública O processo segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 Convite para apresentação Apresentação e análise de Apresentação e análise de de propostas iniciais propostas iniciais propostas finais Fase de resposta Auditoria Energética Negociação Fase de consulta Análise de propostas iniciais Apresentação de proposta final Selecção de propostas iniciais Adjudicação
  • 31. Celebração de CPE na Administração Pública Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 A. Evidências de qualificação das ESE B. Programa do procedimento de formação dos contratos de gestão de Eficiência Energética C. Caderno de Encargos D. Proposta inicial, segundo o nº 1 do art.º 20º E. Proposta final, segundo o art.º 24º F. Contrato de gestão de Eficiência Energética (CPE)
  • 32. Celebração de CPE na Administração Pública Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 A. Evidências de qualificação das ESE i. Certidão permanente para verificar se no Objecto Social há alguma referÊncia à prestação de serviços na área da energia ii. Cópia da apólice de seguro de responsabilidade civil, para cobrir risco decorrente do exercício da respectiva actividade, no valor mínimo de 250 000€ iii. Ter ao serviço técnicos com habilitações no âmbito do SCE (Peritos Qualificados) ou no âmbito do SGCIE (Técnicos Auditores Energéticos)
  • 33. Celebração de CPE na Administração Pública Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 B. Programa do procedimento de formação dos contratos de gestão de Eficiência Energética i. Indica os elementos referidos no artigo 132º do Código dos Contratos Públicos ii. Define o número de propostas iniciais que passam à fase seguinte iii. Define quais os aspectos da execução do contrato passíveis de serem negociados iv. Define os meios e os termos em que decorrem as eventuais negociações
  • 34. Celebração de CPE na Administração Pública Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 C. Caderno de Encargos i. Estabelece o mínimo de redução da procura de energia que deve ser garantido pela ESE ii. Define a linha energética de referência (i.e., o consumo no período de referência) iii. Define o prazo máximo de duração do contrato iv. Indica MCE não edmissíveis v. Determina a possibilidade de se implementar medidas para produção de electricidade e quais os mecanismos departilha dos respectivos benefícios vi. Deve integrar: (i) o CE do edifício, se o houver e se aplicável; (ii) Perfil técnico das instalações; (iii) Código de exploração vii. Surge um caderno de encargos tipo, 90 dias após a publicação do DL
  • 35. Celebração de CPE na Administração Pública Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 D. Proposta inicial, constituída pelos seguintes elementos: i. Declaração de aceitação, por parte do concorrente, do conteúdo do caderno de encargos ii. Documentos que contêm atributos da proposta iii. Documentos que contenham: (i) descrição das MCE a implementar; (ii) Duração da fase de implementação das MCE; (iii) Custo estimado das MCE e da respectiva manutenção; (iv) o objectivo energético subjacente à implementação das MCE iv. Projecto na fase de programa base, caso se preveja a realização de trabalhos de empreitada
  • 36. Celebração de CPE na Administração Pública Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 E. Proposta final i. Inclui os mesmos elementos da proposta inicial ii. Indicação do preço contratual iii. Apresentação do modelo financeiro de gestão do contrato (com indicação de pressupostos e projecções economico-financeiras)
  • 37. Celebração de CPE na Administração Pública Os elementos necessários segundo o Decreto-Lei nº 29/2011 F. Contrato de gestão de Eficiência Energética (CPE) i. Além do que consta do artigo 96º do Código dos Contratos Públicos ii. O prazo de duração do contrato iii. Os indicadores de performance energética que servirão no processo de M&V iv. Periodicidade das actividades de M&V e de monitorização do contrato v. Consequências do não cumprimento ou do cumprimento defeituoso vi. Fundamentos para resolução do contrato por motivos de interesse público vii. Partilha de riscos viii. Partilha do acréscimo de benefícios financeiros
  • 38. Gestão Energética Municipal Oportunidades e Desafios Obrigado pela vossa atenção !