1. MERCADO DE TRABALHO/ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ENGENHEIRO QUÍMICO
Ana Paula de Brito Rodrigues1; Bianca de Oliveira Nyfeler2; Bruna da Costa Lopes3;
Bruna Vieira Nunes4; Carina Estela Aquino5; Isabela Lorena Alfenas da Silva6; Larissa
Trevenzoli Guimarães7; Layla Vieira Morais Melo8; Matheus Alexsander da Cruz9; Paloma
Sirley Cabral10; Ronny Souto Soares11;
Miriam Cristina Pontello Barbosa Lima12 (Orientadora).
Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG
1paulinha.rod@hotmail.com; 2b.nygeler@hotmail.com; 3bruninhagbi10@hotmail.com;
4brunavieiranuunes@gmail.com; 5carinaestela1605@gmail.com; 6isabela.est@hotmail.com;
7larissatrevenzolli@hotmail.com; 8laylavieiram@hotmail.com;
9matheus_alex96@hotmail.com; 10palomasirley@gmail.com; 11
ronnysoares2011@hotmail.com;
12miriam.pontello@gmail.com.
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1. INTRODUÇÃO
De 1850 a 1880, não havia reconhecimento da atividade relacionada à Engenharia química. O
estabelecimento da profissão e atividade do químico industrial alçou voo nos Estados Unidos
devido ao crescente uso de derivados de petróleo. Em meados de 1920, a preocupação em
estudar teoricamente as etapas que se repetiam em diversos processos unitários, aflorou o
interesse de diversos setores da sociedade nas atividades do engenheiro Químico. A partir daí
ampliou-se a visão desta engenharia, a qual além de tecnológica, multidisciplinar, passou a se
interessar fortemente por ciência.
Em 1895, a instalação da Fábrica de Productos Chimicos de Luís de Queiroz & C foi um marco
para a indústria química no Brasil, pois esta fábrica produzia especialidades químicas e
farmacêuticas em larga escala. Entretanto, a ascensão da indústria química se deu somente após
a década de 1970 com a instalação de três polos petroquímicos no Brasil. Neste período, a
formação de recursos humanos e o aprimoramento da qualidade e do ensino da Engenharia
química no país é que consolidou sua atuação no cenário mundial. Contudo, no final da década de
90, verificou-se que a indústria química brasileira estava entre os dez maiores fabricantes de
produtos químicos no mundo.
O engenheiro é um profissional altamente responsável pelo progresso da sociedade. A maioria de
itens usados no dia a dia é fruto das soluções de engenharia. A revolução tecnológica transformou
2. drasticamente a forma de ver, viver e se relacionar. As ferramentas computacionais ajudaram a
vencer limitações humanas e as relações de trabalho se abriram às atividades a distância.
O curso de graduação, ao integrar ensino, pesquisa e extensão, prepara o engenheiro para que
este esteja capacitado a desenvolver e absorver novas tecnologias, lidar com os desafios das
rápidas transformações da sociedade e do mercado de trabalho, utilizando-se de sólida formação
básica. A importância da compreensão deste assunto se dá pelo fato dos Engenheiros Químicos,
cujo mercado de trabalho é amplo, terem vasta influência e alcance comunitário em diversas
funções, tais como: em bancos de investimentos de avaliação de projetos; em indústrias de
processamento, como gerentes de processos, na parte financeira, de marketing e ate mesmo na
área acadêmica. Eles idealizam procedimentos e resolvem problemas utilizando sua capacidade e
conhecimentos especializados em reações, transferência de calor, separação e misturas,
escoamento de fluidos, controle de processos e economia.
A finalidade deste trabalho é estudar o mercado de trabalho do Engenheiro Químico, suas áreas de
atuação, perfil pessoal e profissional deste. A fim de conhecer mais sobre a relevância deste
trabalhador no cenário atual e suas diferentes capacitações procuramos apresentar, por meio de
pesquisas, quais os setores mais escolhidos para ofício, níveis acadêmicos, dados pessoais, como
idade, sexo e moradia dos entrevistados.
2. JUSTIFICATIVA
A escolha por abordar este tema tem em vista a consolidação do engenheiro químico no
mercado de trabalho, motivada pelo crescente aumento de indústrias petrolíferas, de processos
químicos, pesquisas e inovações tecnológicas e suas constantes contribuições à sociedade
contemporânea. A iniciativa para o desenvolvimento do trabalho surgiu a partir do interesse dos
membros em conhecer as várias vertentes da profissão, bem como seus desafios, visando uma
maior reflexão sobre os anseios globais deste profissional. As expectativas em relação ao
futuro profissional vão se adaptando de acordo com a realidade. Proporcionar melhor
conhecimento entre o que o mercado de trabalho exige e o que o curso oferece é necessário,
porque no decorrer do curso, expectativas frustradas podem levar alguns a perder o foco ou até
mesmo a buscar a realização profissional em outra carreira.
O interesse em saber mais sobre o mercado de trabalho do engenheiro químico se dá pelo fato de
ser uma área abrangente, da qual pode-se extrair um profissional focado em diversas áreas.
Segundo Mello Júnior (2005) a Engenharia Química é fascinante e é diferente das demais
3. 3
engenharias por utilizar o conhecimento e os conceitos interdisciplinares da química para resolver
um vasto número de problemas e penetrar cada vez mais em diversos segmentos industriais.
Traduzindo: o profissional pode trabalhar no sistema de tratamento de gases ou de líquidos de uma
indústria de fertilizantes, tratar da exploração de matéria-prima, desenvolver um projeto de uma
indústria de celulose ou, ainda, supervisionar a operação de máquinas em uma fábrica de tintas,
além da área de consultoria e pesquisa.
Cremasco(2005) diz que pela própria natureza de sua formação, que combina princípios da
matemática, química, física e biologia com técnicas da engenharia, os profissionais da Engenharia
Química tem sido considerados um dos mais versáteis de todos os engenheiros. Por isso é
importante ressaltar que não basta os alunos possuírem afinidade por exatas. A fim de uma boa
aceitação no mercado de trabalho o Engenheiro Químico precisa ter facilidade de comunicação e
de interação com o grupo, dominar outras línguas e saber utilizar ferramentas tecnológicas.
Segundo Longo(1992), hoje, mais do que nunca, o engenheiro deve ter habilidade humana
ao que se refere à capacidade de o individuo interagir com outros, para formar um semelhante que
respeite o seu semelhante e a natureza com responsabilidade ética e social. O futuro engenheiro
não deve ser apenas competente tecnicamente, mas ter consciência critica capaz de atuar na
transformação social. Diante disso, vê-se que é preciso que este profissional concilie sua
habilidade conceitual, técnica e humana, ao lidar com ideias, pessoas e coisas.
Particularizando a Engenharia Química, segundo Mello Júnior (2005), a área é fascinante,
é o reconhecimento do que torna a profissão diferente das demais engenharias na sua concepção
de utilizar o conhecimento e os conceitos interdisciplinares de química para resolver um vasto
número de problemas e, desta forma, penetrando cada vez mais nos segmentos industriais e até
no cotidiano outrora impensável. Esta habilidade, provavelmente está embasada na absorção e na
assimilação de conceitos, técnicas e práticas da química.
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Identificar aspectos acerca da profissão do engenheiro químico, compreender e avaliar seu
mercado de trabalho, suas área de atuação, oportunidades e implicações.
3.2 Objetivos específicos
4. Identificar a importância dessa área da ciência para a sociedade;
Analisar e descrever o perfil do engenheiro químico;
Elaborar e estudar técnica para a pesquisa de opinião;
Desenvolver pesquisa cientifica sobre o mercado de trabalho;
Desenvolver e implementar o blog.
4. METODOLOGIA
Pontos positivos Pontos negativos
Pesquisa de
opinião
enviada por
meio do
aplicativo
Google
docs
Os resultados
da pesquisa
são dados
através de
planilhas e
gráficos;
Praticidade ao
entrevistado
(se comparado
a entrevista
oral);
Perguntas
objetivas,
focadas;
Análise
quantitativa;
Curta duração;
Pode atingir
diversos
públicos
Devido a muito
spam, alguns
desconsideram
o email;
Sujeito a
informações
inconsistentes;
Entrevista Contato direto
com
entrevistado,
diminuindo a
possibilidade
de informações
incorretas;
Desgastante
para
entrevistado e
entrevistador
Requer
deslocamento;
Demanda
tempo
Se não tiver
objetivo
especifico,
pode fugir ao
tema;
5. 5
REFERENCIAL TEÓRICO
Para recolher informações do mercado de trabalho do engenheiro químico é preciso o maior
espaço amostral possível, uma análise feita por meio de gráficos e planilhas, sendo passível de
modificações online. Analisando a tabela abaixo, pode-se observar que para este trabalho o melhor
método a ser utilizado, portanto, é o questionário enviado por email, utilizando-se do aplicativo do
Google: O Google docs. Este é um processador gratuito de textos, planilhas e apresentações,
baseados na web.
A PESQUISA DE OPINIÃO
Para saber mais sobre o mercado de trabalho do engenheiro químico, a pesquisa de opinião
bastou-se de quinze perguntas, sendo dez de múltipla escolha e as demais abertas. A finalidade de
perguntar sobre a faixa salarial e a cidade na qual o profissional trabalha está no interesse de
identificar quais são as regiões que já estão saturadas deste profissional, quais ainda estão
precisando e qual a relação com o valor do salário. Estas informações somadas a área de atuação
permitem analisar se diante de uma mesma área de atuação, em lugares diferentes, há
discrepância de salários. É importante também, analisar se a quantidade de títulos influencia na
área de atuação e no valor salarial. E também se o salário tem a ver com o tempo no qual já se
graduou e com o tempo em que já está inserido no mercado de trabalho. È necessário observar a
quantidade de alunos que ingressam no curso e a quantidade que se forma, fazendo um balanço
Observação Utilizada em
analises
cientificas
para
processos
demorados;
Não possui
prazo
determinado;
Imprecisa;
Demorada;
Carece de
relatórios
contínuos;
Espaço
amostral
restrito;
Grupo
focal
Utilizado
geralmente em
reuniões de
empresas, pois
todos os
integrantes
podem
expressar sua
opinião,
sugestão e
critica;
Informal;
Analise
qualitativa;
Carece de
relatório
analítico feito
por
moderadores;
6. com a demanda geral do mercado de trabalho. E por fim, é possível identificar se as expectativas
foram atendidas após a formação acadêmica.
Toda essa análise de mercado é extremamente relevante para os graduandos e
vestibulandos do curso de engenharia química, pois ao esclarecer opiniões e oportunidades,
permite que o futuro profissional faça uma escolha correta e focada.
A pesquisa teve 10 participantes
Contamos com as respostas de engenheiros de várias partes do Brasil
Profissionais há mais tempo no mercado foram a maioria na nossa pesquisa.
7. 7
As expectativas que foram atendidas estão relacionadas a estar apto a exercer a profissão, possuir
bom salário, trabalhar em indústria química, de petróleo, de petroquímica, de processos ou atuar na
área acadêmica. A expectativa que não foi atendida em relação ao mercado de trabalho é devido a
poucas vagas que surgem para recém formados e na maioria das vezes “não para atuar como
engenheiro” e também porque algumas expectativas se dão no aprendizado pós formatura.
50% dos entrevistados terminaram o curso com menos da metade de alunos na turma.
8. As áreas da atuação dos entrevistados são a maioria acadêmica (professor universitário),
porém há quem atue no ramo financeiro, bioenergético, mineração e metalurgia, cosméticos,
automotivo, meio ambiente e pesquisa.
9. 9
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir dos resultados obtidos pode-se verificar que o número de ingressantes no
curso de engenharia química é bem maior que o dos concluintes.
Do grupo dos graduados, pode-se observar que formaram há menos de cinco anos. O
que significa que aqueles que estão há mais tempo no mercado seguiram em busca de outros
títulos, dentre eles pós graduação, doutorado e especialização nas áreas em que atuam.
É perceptível a relação entre a faixa salarial, o tempo em que está inserido no mercado
de trabalho e a quantidade de títulos (mestrado, doutorado)
Dentre os formados, a maioria das expectativas foram atendidas em relação ao curso.
Porém há discordâncias quanto ao mercado de trabalho, pois alguns acreditam ser restrito a
quem não tem experiência e as poucas vagas que surgem é para atuar como “não
engenheiro”, tática utilizada por algumas empresas para pagar baixos salários.
10. REFERÊNCIAS
CREMASCO, M. A. – Vale a Pena Estudar Engenharia Química. São Paulo: Editora da Unicamp, 1994.
ELIANE. Métodos de Amostragem. 36 f. Apresentação em PDF – Universidade Federal Fluminense, Niterói.
Disponível em
https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0CEoQFjAD&url
=http%3A%2F%2Fwww.professores.uff.br%2Feliane%2Ffiles%2FMetodos%2520de%2520Amostragem.ppt&ei=b4
AwU5ncAYSGkQe3iYCYBQ&usg=AFQjCNGUghCdow444bKVAkqLaSp7lAhxvQ&sig2=4pY-
igcJ5OzMqFRpkClcaA&bvm=bv.62922401,d.eW0. Acesso em: 24 mar. 2014
INSTITUTO ANÁLISE. São Paulo. Disponível em http://www.institutoanalise.com.br/pesquisa-de-opiniao.php.
Acesso em: 24 mar. 2014.
LONGO, H.I. Por uma educação transformadora para o ensino de Engenharia. In: Anais do XX Congresso
Brasileiro de Ensino de Engenharia, p.391-400. Rio de Janeiro. 1992.
MELLO JÚNIOR, P. A., Fronteiras da Engenharia Química. Série Estudo Piloto em Engenharia Química.
COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 2005. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos12/46816520.pdf. Acesso
em: 17 mar. 2014.