A bela princesa sonha com o seu marido desaparecido. Quando vê o capitão de uma armada, pergunta-lhe se encontrou o seu marido. O capitão responde que o viu morrer heroicamente em batalha. A princesa oferece todos os seus bens em troca de trazerem o marido de volta, mas acaba por descobrir que o capitão apenas queria obter algo dela.
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
A Bela Infanta
1. BELA PRINCESA
Estava a bela princesa
No seu trono sentada
Sonhava com o seu marido
Que há muito não o encontrava.
- Que triste sina,
Me estava destinada!
Elevou os olhos ao longe
Viu o capitão de uma armada;
Oficial que bem a dominava.
- Diz- me, ó capitão
Da tua nobreza afamada
Se encontraste meu esposo
Na terra por Deus abençoada.
- Diz - me tu, bela princesa
Quais os visos que ostentava.
-Levava um grande ginete
Com sela prateada
Na ponta da sua espada
A cruz de cristo, representada.
- Pelas pistas declaradas
Lá o vi com o coração dilacerado.
Morrer morte de valente
Eu sua morte desforrava.
- Ai triste de mim abandonada
De três rebentos que tenho
2. Nenhum ainda é casado!
- Que oferendas darias, senhora
Para lho trazerem até si?
-Tudo de mais valioso
Que haja por aqui.
- Não quero oiro e prata
Não os quero para mim.
Que oferendas darias, senhora
Para lho trazerem até si?
- De três castelos que tenho
Todos tos dera a ti.
- Isso não chega,
Não os quero para mim.
- Não tenho mais que te dar
Para mo trazerem até mim.
- Mas ainda não te deste a ti!
- Nobre este que tal pede
Desprezível é de si!
Súbditos ó meus súbditos,
Socorrei-me já aqui.
Onde está a metade desta imagem,
Que outrora contigo dividi?
Mariana Azevedo, 6º J
3. Bela Infanta
Estava a bela infanta
Penteando o seu cabelo
Quando avista uma armada
E ficou cheia de medo.
A bela infanta
Interroga o capitão
Perguntando pelo marido
Que lhe partiu o coração.
O capitão respondeu-lhe
Que pelos sinais que lhe deu
O seu nobre cavaleiro
De morte valente morreu.
Bela infanta lamentava-se
Das três filhas solteiras.
Oferece tudo o que tem
E perde as estribeiras.
Oferece moinhos de vento
As telhas de telhado
Oferece a filha mais bonita
Para rever o seu amado.
Quando descobre o vilão
E o que pretende de si
Pede ajuda aos seus vassalos
Para o porem fora dali.
Rui, 6º J
4. A BELA INFANTA
Estava uma bela Carochinha
Na porta encostada
Com uma vassoura
A sua calçada limpava.
Distraída olhou para o mar
Um rato se aproximava
Numa panela grande
Ele remava.
- Diz-me ó rato
Se nessa tua panela
Onde ia a tua armada
Encontraste o meu João
Na terra que Deus pisava?
- Andam lá tantos bichinhos,
Naquela terra sagrada
Diz-me ó Carochinha
As coisas que levava.
- Levava uma panela cinzenta
O remo pesava
No meio do seu peito
A cruz de Cristo levava.
- Pelas coisas que disseste
Vi-o numa jangada
5. Numa panela de sopa tropeçou
e nela se afogava.
Corri para o ajudar
Mas não cheguei a tempo
Para o conseguir salvar.
- Aí triste de mim
Sem o meu Ratão
Custou-me tanto a encontrar
Aquele rato bonitão
- Que darias Carochinha
A quem o trouxera aqui?
- Daria uma panela maior
Para poder andar por aí.
- Não preciso de uma panela
Porque eu só ando por aqui.
Que darias mais Carochinha
A quem o trouxera aqui?
- Daria uma sopa de feijão
Como gostava o João.
- Sopa, não quero
Porque não gosto de feijão.
Que darias mais Carochinha
A quem o trouxera aqui?
- Daria a moeda
Que encontrei ali.
- Eu não quero o teu dinheiro
6. Apenas o teu amor
E a tua beleza.
- O meu amor
Não te posso dar
Se não aceitas o que te ofereci
Eu apenas vou esperar
Para que algum animal
O posso substituir.
Mas não sei
Se vou encontrar
Um amor como o do Ratão .
- Com esta metade do colar
De cinco rubis
Já te posso provar
Que sou o João
E que voltei do mar.
Finalmente encontrei-te
Já posso contigo estar
E juntos
Nós vamos casar.
Miguel, 6º J