1. O IMPOSTOR e a verdadeira história do natal.
Luzes de todas as cores, árvores exuberantes, presépios encantados, música, vida, alegria,
paz, felicidade, harmonia. Tudo se encontrava naquele cenário mágico, cheio de fantasia. Ursos
dourados, gnomos sagrados, duendes alados, coelhos, fadas, bonecas, casas exóticas, guloseimas
infindáveis e ele, o Papai Noel, alegrando a todos com seu sorriso contagiante, oferecendo balas e
distribuindo sonhos e com exuberância gritava: FELIZ NATAL! Ho! Ho! Ho! . Por um instante me
envolvi com tanta beleza à minha frente, mas, dei um suspiro forte, parei e sentei naquele banco
vermelho de camurça bem confortável e pensei: Hum, mas, não é natal? Onde está o aniversariante,
o dono da festa suprema? O Senhor do natal não é JESUS? Quem é este ser que a cada dia quer
tomar por completo a cena principal do natal e tornar-se o protagonista desta história tão
maravilhosa de amor? Afinal, quem é o Senhor do natal? Jesus ou São Nicolau, o Papai Noel? Bom,
vejamos...
No ano de 280 D.C, nasceu na Turquia, um menino chamado Nicolau. O mesmo foi um
homem bom e amado. Mais tarde se tornou um bispo que gostava de ajudar as pessoas pobres
deixando saquinhos com moedas bem próximos às chaminés das suas casas.
Várias pessoas relataram milagres atribuídos a ele e assim, foi transformado em
santo, conhecido como São Nicolau. Entretanto, foi na Alemanha que associaram
a sua imagem ao natal espalhando-se rapidamente pelo mundo. Até o final do
século XIX, Papai Noel era representado com roupas de inverno e na cor marrom
ou verde escura. Em 1886, Thomas Nast, o cartunista alemão deu nova roupagem
ao personagem: roupas nas cores vermelha e branca, com cinto preto. Uma
campanha publicitária do ano 1931 da empresa Coca-Cola , mostrou o bom
velhinho “Papai Noel” com o mesmo figurino criado por Nast, que por sinal,
eram as mesmas cores do refrigerante. Tal campanha fez tanto sucesso que
ajudou espalhar a nova imagem do Papai Noel por todo mundo e assim o
garoto propaganda invadiu os lares realizando sonhos, até os mais
impossíveis, criando a magia suprema do natal.
Bom, uma coisa é certa: o bom velhinho de barbas brancas trás
presentes para todas as crianças e enche os lares de alegria e festa, porque afinal, é NATAL, é seu
dia. OPA! Seu dia? Mas, ele é o senhor do Natal? Penso que é melhor contar outra história:
Certo dia, do ano I da era cristã, César Augusto publicou um decreto ordenando o
recenseamento de todo o império romano. Maria e José, pessoas muito humildes, tiveram que ir de
Nazaré da Galileia à Belém de Judá, para alistar-se. Maria estava grávida,
perto de dar a luz e como não encontraram nenhum lugar disponível nas
hospedarias, foi-lhes oferecido uma simples e pequena estrebaria e ali,
numa manjedoura, rodeada de animais, nasceu o menino Jesus, o
salvador do mundo. Alguns pastores que viviam na região foram avisados
pelos anjos que o menino havia nascido e eles foram visita-los. “Hoje, na
cidade de Davi, vos nasceu o Salvador, que é o Messias, o Senhor!” (Lucas 2-
11) . E assim cantaram grande alegria : “Glória a Deus nas alturas e paz na
terra aos homens de boa vontade.
2. Magos que viviam no oriente sabiam pelas escrituras que era chegada a hora
do grande rei nascer e guiados pela estrela brilhante o encontraram e o adoraram e
lhes deram presentes: ouro, incenso e mirra.”. Bem que o profeta Isaías disse: “ Seu
nome será: maravilhoso, conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e príncipe da paz
( Isaías 6-9). Eis o Natal, a festa do nascimento do menino Jesus.
Sabe-se que em outras épocas, bem na antiguidade, o natal era comemorado
em datas diferentes, mas, foi somente no século IV que o dia 25 de dezembro foi instituído
oficialmente.
Acredito sim, que o natal é tempo de paz, de amor, de vida, de alegria, de comunhão, mas,
tudo isso deve ser vivido e praticado em todos os dias do ano. Acredito também que em meio a
tantos simbolismos existentes hoje em dia referentes ao NATAL, como os presépios, criado por
Francisco de Assis em 1223, a árvore por Martinho Lutero em 1530, a ceia, os presentes e tantas
outras coisas, nada, nada mesmo pode substituir Jesus. O comércio torna o natal cada vez mais
brilhante e tentador de maneira que para alguns, é quase impossível resistir aos apelos que estão em
todos os cantos. O IMPOSTOR é aquele que quer ocupar a centralidade do natal, isso não é bom.
Fico triste que algumas pessoas, aos poucos estejam se esquecendo disso e colocam o sentido
verdadeiro do natal num cantinho do coração. Alegremo-nos com os anjos, com os pastores, os
magos, os profetas, Maria e José que fizeram parte dessa história de amor, criada por Deus . Por fim
afirmo que o natal sem Jesus, jamais pode se considerado natal. Deixo a todos um “ Feliz Natal” e
vivam no verdadeiro amor .
O profeta Isaías disse que seu nome seria maravilhoso,
conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e príncipe da paz (
Isaías 6-9). Eis o Natal, a festa do nascimento do menino Jesus.
Raimundo Soares de Andrade, escritor. prrsoares@hotmail.com