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PROCESSO DE TREFILAÇÃO
Processo de Fabricação III
Professora: Andrea Rozendo
Rafael Santos Leal
Aluno de Graduação em Engenharia Mecânica
Universidade Estácio de Sá - UNESA
1. Introdução
2. Máquinas de trefilação
3. Esforços envolvidos
4. Propriedades mecânicas na trefilação
5. Processos de decapagem
6. Lubrificação
7. Quebras durante o processo
8. Produtos trefilados
9. Bibliografia
2
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Introdução
A trefilação é um processo mecânico que consiste na
passagem de uma barra, perfil, tubo ou fio, por uma matriz, por
meio de uma força de tração axial, conformando o diâmetro
inicial, para o diâmetro final desejado
3
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
A trefilação de arames é realizada em máquinas de
trefilação contínuas onde o arame se encontra em forma de rolos.
4
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Trefilação de Arames
A trefilação de barras é realizada em máquinas que trefilam
barras de comprimentos determinado, individualmente. Por isso,
usa-se as bancadas de trefilação.
5
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Trefilação de Barras
6
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Trefilação de Barras
7
A trefilação de tubos, assim como na trefilação de barras, é
realizada em máquinas que trefilam tubos de comprimentos
determinado, individualmente. Por isso, também usa-se as
bancadas de trefilação.
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Trefilação de Tubos
8
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Trefilação de Tubos
9
A trefilação de tubos pode ser com buchas, com mandril
passante e suporte interno.
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Trefilação de Tubos
10
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
A trefilação de tubos pode ser com buchas ou com mandril
passante.
Trefilação de Tubos
11
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Tabela diâmetros
12
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Fluxo usual de uma trefilaria, destacando todas as etapas do processo de trefilação.
Máquinas de Trefilação
A classificação, quanto ao modo com que exercem o
esforço de trefilação, dão-se dois tipos: Máquinas de trefilar sem
deslizamento e Máquinas de trefilar com deslizamento.
13
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
A máquina de trefilar sem deslizamento contém um sistema
de tração do fio, para conduzi-lo através do furo da fieira,
constituído de um anel tirante que primeiro acumula o fio
trefilado para depois permitir o seu movimento em direção a uma
segunda fieira.
14
Máquina de Trefilação sem Deslizamento
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Máquina de Trefilação sem Deslizamento
15
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
16
Máquina de Trefilação sem Deslizamento
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
17
Máquina de Trefilação sem Deslizamento
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Para a trefilação de fios metálicos de pequenos diâmetros,
as máquinas com deslizamento são as mais utilizadas
O fio parte de uma bobina, num recipiente denominado
desbobinadeira, passa por uma roldana e se dirige alinhado à
primeira fieira.
18
Máquina de Trefilação com Deslizamento
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Graduação em Engenharia Mecânica
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Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Máquina de Trefilação com Deslizamento
O número de voltas ou espiras de fio no anel depende da
força de atrito necessária para tracionar o fio através da primeira
fieira; o movimento do fio na forma de hélice provoca o seu
deslizamento lateral no anel.
20
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Graduação em Engenharia Mecânica
Máquina de Trefilação com Deslizamento
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Graduação em Engenharia Mecânica
Máquina de Trefilação com Deslizamento
Os esforços preponderantes na deformação são esforços de
compressão exercidos pelas paredes do furo da ferramenta sobre
o fio, quando de sua passagem, por efeito de um esforço de tração
aplicado na direção axial do fio e de origem externa.
22
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Graduação em Engenharia Mecânica
Esforços Envolvidos
Mecânica da Trefilação
23
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Graduação em Engenharia Mecânica
Esforços Envolvidos
Mecânica da Trefilação
Pt = σ0
1+B
B
1 − 1 − 𝑅 𝐵
B = μ cot α
R = 1 −
A
𝐴0
Onde:
σ0 = limite de escoamento do material
µ = coeficiente de atrito na interface barra-fieira
α = semi-ângulo da fieira
R = relação de trefilação
A0 = área da secção transversal da barra a trefilar
A = área da secção transversal da barra trefilada
24
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Fórmulas básicas para trefilação de barras redondas
Tensão de trefilação (método da divisão de elementos sem encruamento)
25
Fórmulas básicas para trefilação de barras redondas
Tensão de trefilação (método da divisão de elementos sem encruamento)
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Ângulos da fieira
Sem atrito: 𝑃𝑡 = 𝜎0 𝑙𝑛
1
1−𝑅
Tensão máxima admissível: 𝑃𝑡= 𝜎0
Então:
1
1−𝑅
= 1 e 𝑅 = 63%
Uma gama de fieiras para a trefilação de aço pode ser calculada de maneira
simplificada utilizando as seguintes fórmulas:
𝑅 =
𝑛 𝐷 𝑛
2
𝐷0
2 e 𝑅 =
𝐷 𝑛
2
𝐷 𝑛−1
2 = 𝐶 𝑡𝑒
Onde:
N  Número de passes desejados
D0  Diâmetro da primeira cabeça
Dn  Diâmetro da última cabeça
R  Relação de redução da seção
26
Condição de redução máxima
Com encruamento
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Graduação em Engenharia Mecânica
temos : η = 10, D0 = 4,80mm e Dn= 1,30mm, logo
27
Calcular os diâmetros em cada passe de uma gama para
trefilar um fio para o Ø1,30mm, com o diâmetro na primeira
fieira sendo Ø4,80mm com 10 fieiras:
𝑅 =
10 1,302
4,802 = 0,771
Como 𝐷 𝑛 = 𝐷² 𝑛−1 ∗ 𝑅:
𝐷1 = 4,80 2 ∗ 0,771= 4,21mm
𝐷2 = 4,21 2 ∗ 0,771= 3,69mm
𝐷3 = 3,69 2 ∗ 0,771= 3,24mm
𝐷4 = 3,24 2 ∗ 0,771= 2,84mm
𝐷5 = 2,84 2 ∗ 0,771= 2,49mm
𝐷6 = 2,49 2 ∗ 0,771= 2,19mm
𝐷7 = 2,19 2 ∗ 0,771= 1,92mm
𝐷8 = 1,92 2 ∗ 0,771= 1,68mm
𝐷9 = 1,68 2 ∗ 0,771= 1,48mm
𝐷10 = 1,48 2 ∗ 0,771= 1,30mm
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Propriedades mecânicas na trefilação
As propriedades mecânicas do arame, como resistência a
tração e tensão de escoamento, aumentam no processo de
trefilação, conforme aumenta o encruamento causado pela
redução de área nos sucessivos passes.
28
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Graduação em Engenharia Mecânica
Processo de Decapagem
Todo FM laminado a quente é coberto por uma camada de
óxido de ferro, formada a uma alta temperatura, à qual chamamos
de carepa. A carepa é composta por camadas variáveis de
hematita, wustita e magnetita.
29
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Graduação em Engenharia Mecânica
Durante a laminação a quente, três tipos de carepa podem
ser formados:
• Primária: Formada durante o processo de reaquecimento
• Secundária: Formada durante o processo de laminação
• Terciária: Formada entre os passes finais de laminação e o
leito de resfriamento
Para este FM ser trefilado, deve-se remover a carepa
formada. Essa remoção pode ser feita através de um processo
químico ou mecânico.
30
Processo de Decapagem
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Decapagem Química
Processo químico cujo agente mais utilizado é o H2SO4 e
em menor escala o HCl. A eficiência e a velocidade da
decapagem química dependerão do quanto as expiras do FM
estarão “acessíveis” ao ácido.
31
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Graduação em Engenharia Mecânica
A decapagem química remove muito bem a carepa, porém
seu processo apresenta alguns problemas como o custo do agente
decapante e o custo do tratamento de efluentes gerados no
processo.
32
Decapagem Química
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Graduação em Engenharia Mecânica
33
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Graduação em Engenharia Mecânica
Produtos decapados quimicamente
A decapagem mecânica remove a carepa com o mesmo êxito
da decapagem química. Além disso, o produto gerado no
processo mecânico, que é uma carepa em formato de pó e seca,
formada por 75% de ferro e 25% de oxigênio, pode ser
reaproveitado na aciaria.
34
Decapagem Mecânica
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Durante anos a decapagem mecânica tem sido estudada,
podemos destacar pelo menos dois métodos que foram aprovados
pela indústria: Decapagem por Jato de Granalha (ou decapagem
tosca) e Decapagem por Flexão.
35
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Graduação em Engenharia Mecânica
Decapagem Mecânica
36
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Graduação em Engenharia Mecânica
A) Decapador mecânico por roletes de flexão; B) Sistemas de lixas rotativas;
C) Decapador mecânico com jateamento de granalha; D) Decapador mecânico
com palha de aço – prensa estática e rotativa
O fenômeno de atrito é muito importante no processo de
trefilação devido ao movimento relativo entre o fio e a fieira. O
aumento do atrito provoca maior desgaste da ferramenta e pode
causar o aparecimento de defeitos superficiais no fio, além de
exigir maior esforço de trefilação e elevar a temperatura de
trabalho.
37
Lubrificação
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Graduação em Engenharia Mecânica
Durante a trefilação de um material, formam-se duas
regiões distintas entre o material e a fieira, em uma região forma-
se uma camada muito fina de lubrificante e na outra região
forma-se uma camada mais grossa de lubrificante.
38
Lubrificação
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Graduação em Engenharia Mecânica
A necessidade de formação da película de fluido exige
do agente lubrificante as seguintes características:
─ Capacidade de evitar o engripamento
─ Resistência à deterioração às temperaturas de trefilação
─ Resistência química à ação desagregadora de eventuais
óleos minerais presentes
─ Capacidade de manter a superfície do fio isenta de
resíduos carbônicos provenientes das operações de
tratamento térmico de recozimento.
39
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Graduação em Engenharia Mecânica
Lubrificação
A classificação dos métodos de lubrificação pode se dar
ainda de acordo com a consistência e aderência do lubrificante
em relação ao fio:
─ Lubrificação úmida e eletrolítica, utilizando como fluido
lubrificante uma solução eletrolítica.
─ Lubrificação seca, utilizando lubrificantes sólidos.
─ Lubrificação úmida, utilizando soluções ou emulsões de óleos
em água ou somente óleos.
─ Lubrificação com pastas e graxas.
40
Lubrificação
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Graduação em Engenharia Mecânica
A fratura de um material acontece quando se tem uma
tensão e uma deformação presentes, que ultrapassem o valor de
resistência à fratura do material. Essa resistência pode variar com
a condição metalúrgica do material.
41
Quebras no processo de Trefilação
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Graduação em Engenharia Mecânica
A classificação das quebras na trefilação se dá em três categorias:
─ Quebras que não reflitam, de maneira geral, problemas de qualidade do
material ou danos causado pelo processo. São causados por problemas
operacionais comuns.
─ Problemas que reflitam condições mecânicas durante a passagem pela
fieira, como excesso de força de trefilação causando excessiva fricção.
─ Rompimento devido a defeitos metalúrgicos ou microestruturais no
arame, que aceleram o desenvolvimento de quebras.
42
Quebras no processo de Trefilação
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Graduação em Engenharia Mecânica
A ruptura é ocasionada por uma forte tensão em relação a
seção do fio. Uma forte redução de diâmetro devido à fieira
precedente desgastada ou a fieira onde ocorre a ruptura tem seu
diâmetro de saída reduzido por acúmulo de material.
43
Ruptura Tipo Estricção
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Graduação em Engenharia Mecânica
Um acúmulo de metal se forma na entrada do cone da fieira
e o fio rompe-se como por estricção, por um esforço superior a
carga de ruptura.
44
Ruptura Tipo Borra
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Graduação em Engenharia Mecânica
Esse defeito vai crescendo e ganhando tamanho na média
em que a redução por passe aumenta, até o ponto em que a
própria tensão de trefilação exercida pela máquina esteja
suficiente para promover o rompimento do material.
45
Ruptura Tipo V
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Graduação em Engenharia Mecânica
46
Ruptura Tipo V
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Este tipo de fratura é resultado de uma extensiva
deformação na presença de uma linha central de tensão.
Esta linha central de tensão pode ser causada pela trefilação
de um material com um excessivo ângulo de entrada da fieira, por
uma alta redução de área ou ainda por uma alta fricção entre o
material e a fieira.
47
Ruptura Tipo Taça-Cone
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Graduação em Engenharia Mecânica
48
Universidade Estácio de Sá
Graduação em Engenharia Mecânica
Ruptura Tipo Taça-Cone
Relações ideais entre o ângulo da fieira e a redução de área para não haver a formação de
defeitos tipo central burst (Maxwell, 2001).
O processo de trefilação gera diversos produtos que podem
ser utilizados em muitas indústrias como:
─ Indústria de cabos de aço
─ Indústria de tubos trefilados
─ Indústria de vergalhões
─ Barras redondas
─ Condutores elétricos (fios)
49
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Graduação em Engenharia Mecânica
Produtos Trefilados
CETLIN, P. R. Módulos de Treinamento em Trefilação. Sapucaia do Sul,
2004.
EDER, A. E. Influência do Teor de Nitrogênio na trefilação de aço
equivalente ao ABNT 1013. Porto Alegre, 2006.
GZESH, D.P. Selecting the Best Lubricant for wire drawing. Wire and
Cable Technology International, p. 30-31, 2004.
KO, D. ; KIM, B. The Prediction of Central Burst Defects in Extrusion and
Wire Drawing. Journal of Materials processing Technology, Vol 102, p. 19-
24, 200.
PALMEIRA, A. A. Processos de Trefilação. Rio de Janeiro, 2005
50
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Graduação em Engenharia Mecânica
Bibliografia

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Processo de Trefilação

  • 1. PROCESSO DE TREFILAÇÃO Processo de Fabricação III Professora: Andrea Rozendo Rafael Santos Leal Aluno de Graduação em Engenharia Mecânica Universidade Estácio de Sá - UNESA
  • 2. 1. Introdução 2. Máquinas de trefilação 3. Esforços envolvidos 4. Propriedades mecânicas na trefilação 5. Processos de decapagem 6. Lubrificação 7. Quebras durante o processo 8. Produtos trefilados 9. Bibliografia 2 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 3. Introdução A trefilação é um processo mecânico que consiste na passagem de uma barra, perfil, tubo ou fio, por uma matriz, por meio de uma força de tração axial, conformando o diâmetro inicial, para o diâmetro final desejado 3 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 4. A trefilação de arames é realizada em máquinas de trefilação contínuas onde o arame se encontra em forma de rolos. 4 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Trefilação de Arames
  • 5. A trefilação de barras é realizada em máquinas que trefilam barras de comprimentos determinado, individualmente. Por isso, usa-se as bancadas de trefilação. 5 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Trefilação de Barras
  • 6. 6 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Trefilação de Barras
  • 7. 7 A trefilação de tubos, assim como na trefilação de barras, é realizada em máquinas que trefilam tubos de comprimentos determinado, individualmente. Por isso, também usa-se as bancadas de trefilação. Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Trefilação de Tubos
  • 8. 8 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Trefilação de Tubos
  • 9. 9 A trefilação de tubos pode ser com buchas, com mandril passante e suporte interno. Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Trefilação de Tubos
  • 10. 10 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica A trefilação de tubos pode ser com buchas ou com mandril passante. Trefilação de Tubos
  • 11. 11 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Tabela diâmetros
  • 12. 12 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Fluxo usual de uma trefilaria, destacando todas as etapas do processo de trefilação.
  • 13. Máquinas de Trefilação A classificação, quanto ao modo com que exercem o esforço de trefilação, dão-se dois tipos: Máquinas de trefilar sem deslizamento e Máquinas de trefilar com deslizamento. 13 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 14. A máquina de trefilar sem deslizamento contém um sistema de tração do fio, para conduzi-lo através do furo da fieira, constituído de um anel tirante que primeiro acumula o fio trefilado para depois permitir o seu movimento em direção a uma segunda fieira. 14 Máquina de Trefilação sem Deslizamento Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 15. Máquina de Trefilação sem Deslizamento 15 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 16. 16 Máquina de Trefilação sem Deslizamento Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 17. 17 Máquina de Trefilação sem Deslizamento Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 18. Para a trefilação de fios metálicos de pequenos diâmetros, as máquinas com deslizamento são as mais utilizadas O fio parte de uma bobina, num recipiente denominado desbobinadeira, passa por uma roldana e se dirige alinhado à primeira fieira. 18 Máquina de Trefilação com Deslizamento Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 19. 19 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Máquina de Trefilação com Deslizamento
  • 20. O número de voltas ou espiras de fio no anel depende da força de atrito necessária para tracionar o fio através da primeira fieira; o movimento do fio na forma de hélice provoca o seu deslizamento lateral no anel. 20 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Máquina de Trefilação com Deslizamento
  • 21. 21 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Máquina de Trefilação com Deslizamento
  • 22. Os esforços preponderantes na deformação são esforços de compressão exercidos pelas paredes do furo da ferramenta sobre o fio, quando de sua passagem, por efeito de um esforço de tração aplicado na direção axial do fio e de origem externa. 22 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Esforços Envolvidos Mecânica da Trefilação
  • 23. 23 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Esforços Envolvidos Mecânica da Trefilação
  • 24. Pt = σ0 1+B B 1 − 1 − 𝑅 𝐵 B = μ cot α R = 1 − A 𝐴0 Onde: σ0 = limite de escoamento do material µ = coeficiente de atrito na interface barra-fieira α = semi-ângulo da fieira R = relação de trefilação A0 = área da secção transversal da barra a trefilar A = área da secção transversal da barra trefilada 24 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Fórmulas básicas para trefilação de barras redondas Tensão de trefilação (método da divisão de elementos sem encruamento)
  • 25. 25 Fórmulas básicas para trefilação de barras redondas Tensão de trefilação (método da divisão de elementos sem encruamento) Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Ângulos da fieira
  • 26. Sem atrito: 𝑃𝑡 = 𝜎0 𝑙𝑛 1 1−𝑅 Tensão máxima admissível: 𝑃𝑡= 𝜎0 Então: 1 1−𝑅 = 1 e 𝑅 = 63% Uma gama de fieiras para a trefilação de aço pode ser calculada de maneira simplificada utilizando as seguintes fórmulas: 𝑅 = 𝑛 𝐷 𝑛 2 𝐷0 2 e 𝑅 = 𝐷 𝑛 2 𝐷 𝑛−1 2 = 𝐶 𝑡𝑒 Onde: N  Número de passes desejados D0  Diâmetro da primeira cabeça Dn  Diâmetro da última cabeça R  Relação de redução da seção 26 Condição de redução máxima Com encruamento Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 27. temos : η = 10, D0 = 4,80mm e Dn= 1,30mm, logo 27 Calcular os diâmetros em cada passe de uma gama para trefilar um fio para o Ø1,30mm, com o diâmetro na primeira fieira sendo Ø4,80mm com 10 fieiras: 𝑅 = 10 1,302 4,802 = 0,771 Como 𝐷 𝑛 = 𝐷² 𝑛−1 ∗ 𝑅: 𝐷1 = 4,80 2 ∗ 0,771= 4,21mm 𝐷2 = 4,21 2 ∗ 0,771= 3,69mm 𝐷3 = 3,69 2 ∗ 0,771= 3,24mm 𝐷4 = 3,24 2 ∗ 0,771= 2,84mm 𝐷5 = 2,84 2 ∗ 0,771= 2,49mm 𝐷6 = 2,49 2 ∗ 0,771= 2,19mm 𝐷7 = 2,19 2 ∗ 0,771= 1,92mm 𝐷8 = 1,92 2 ∗ 0,771= 1,68mm 𝐷9 = 1,68 2 ∗ 0,771= 1,48mm 𝐷10 = 1,48 2 ∗ 0,771= 1,30mm Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 28. Propriedades mecânicas na trefilação As propriedades mecânicas do arame, como resistência a tração e tensão de escoamento, aumentam no processo de trefilação, conforme aumenta o encruamento causado pela redução de área nos sucessivos passes. 28 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 29. Processo de Decapagem Todo FM laminado a quente é coberto por uma camada de óxido de ferro, formada a uma alta temperatura, à qual chamamos de carepa. A carepa é composta por camadas variáveis de hematita, wustita e magnetita. 29 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 30. Durante a laminação a quente, três tipos de carepa podem ser formados: • Primária: Formada durante o processo de reaquecimento • Secundária: Formada durante o processo de laminação • Terciária: Formada entre os passes finais de laminação e o leito de resfriamento Para este FM ser trefilado, deve-se remover a carepa formada. Essa remoção pode ser feita através de um processo químico ou mecânico. 30 Processo de Decapagem Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 31. Decapagem Química Processo químico cujo agente mais utilizado é o H2SO4 e em menor escala o HCl. A eficiência e a velocidade da decapagem química dependerão do quanto as expiras do FM estarão “acessíveis” ao ácido. 31 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 32. A decapagem química remove muito bem a carepa, porém seu processo apresenta alguns problemas como o custo do agente decapante e o custo do tratamento de efluentes gerados no processo. 32 Decapagem Química Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 33. 33 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Produtos decapados quimicamente
  • 34. A decapagem mecânica remove a carepa com o mesmo êxito da decapagem química. Além disso, o produto gerado no processo mecânico, que é uma carepa em formato de pó e seca, formada por 75% de ferro e 25% de oxigênio, pode ser reaproveitado na aciaria. 34 Decapagem Mecânica Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 35. Durante anos a decapagem mecânica tem sido estudada, podemos destacar pelo menos dois métodos que foram aprovados pela indústria: Decapagem por Jato de Granalha (ou decapagem tosca) e Decapagem por Flexão. 35 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Decapagem Mecânica
  • 36. 36 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica A) Decapador mecânico por roletes de flexão; B) Sistemas de lixas rotativas; C) Decapador mecânico com jateamento de granalha; D) Decapador mecânico com palha de aço – prensa estática e rotativa
  • 37. O fenômeno de atrito é muito importante no processo de trefilação devido ao movimento relativo entre o fio e a fieira. O aumento do atrito provoca maior desgaste da ferramenta e pode causar o aparecimento de defeitos superficiais no fio, além de exigir maior esforço de trefilação e elevar a temperatura de trabalho. 37 Lubrificação Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 38. Durante a trefilação de um material, formam-se duas regiões distintas entre o material e a fieira, em uma região forma- se uma camada muito fina de lubrificante e na outra região forma-se uma camada mais grossa de lubrificante. 38 Lubrificação Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 39. A necessidade de formação da película de fluido exige do agente lubrificante as seguintes características: ─ Capacidade de evitar o engripamento ─ Resistência à deterioração às temperaturas de trefilação ─ Resistência química à ação desagregadora de eventuais óleos minerais presentes ─ Capacidade de manter a superfície do fio isenta de resíduos carbônicos provenientes das operações de tratamento térmico de recozimento. 39 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Lubrificação
  • 40. A classificação dos métodos de lubrificação pode se dar ainda de acordo com a consistência e aderência do lubrificante em relação ao fio: ─ Lubrificação úmida e eletrolítica, utilizando como fluido lubrificante uma solução eletrolítica. ─ Lubrificação seca, utilizando lubrificantes sólidos. ─ Lubrificação úmida, utilizando soluções ou emulsões de óleos em água ou somente óleos. ─ Lubrificação com pastas e graxas. 40 Lubrificação Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 41. A fratura de um material acontece quando se tem uma tensão e uma deformação presentes, que ultrapassem o valor de resistência à fratura do material. Essa resistência pode variar com a condição metalúrgica do material. 41 Quebras no processo de Trefilação Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 42. A classificação das quebras na trefilação se dá em três categorias: ─ Quebras que não reflitam, de maneira geral, problemas de qualidade do material ou danos causado pelo processo. São causados por problemas operacionais comuns. ─ Problemas que reflitam condições mecânicas durante a passagem pela fieira, como excesso de força de trefilação causando excessiva fricção. ─ Rompimento devido a defeitos metalúrgicos ou microestruturais no arame, que aceleram o desenvolvimento de quebras. 42 Quebras no processo de Trefilação Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 43. A ruptura é ocasionada por uma forte tensão em relação a seção do fio. Uma forte redução de diâmetro devido à fieira precedente desgastada ou a fieira onde ocorre a ruptura tem seu diâmetro de saída reduzido por acúmulo de material. 43 Ruptura Tipo Estricção Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 44. Um acúmulo de metal se forma na entrada do cone da fieira e o fio rompe-se como por estricção, por um esforço superior a carga de ruptura. 44 Ruptura Tipo Borra Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 45. Esse defeito vai crescendo e ganhando tamanho na média em que a redução por passe aumenta, até o ponto em que a própria tensão de trefilação exercida pela máquina esteja suficiente para promover o rompimento do material. 45 Ruptura Tipo V Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 46. 46 Ruptura Tipo V Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 47. Este tipo de fratura é resultado de uma extensiva deformação na presença de uma linha central de tensão. Esta linha central de tensão pode ser causada pela trefilação de um material com um excessivo ângulo de entrada da fieira, por uma alta redução de área ou ainda por uma alta fricção entre o material e a fieira. 47 Ruptura Tipo Taça-Cone Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica
  • 48. 48 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Ruptura Tipo Taça-Cone Relações ideais entre o ângulo da fieira e a redução de área para não haver a formação de defeitos tipo central burst (Maxwell, 2001).
  • 49. O processo de trefilação gera diversos produtos que podem ser utilizados em muitas indústrias como: ─ Indústria de cabos de aço ─ Indústria de tubos trefilados ─ Indústria de vergalhões ─ Barras redondas ─ Condutores elétricos (fios) 49 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Produtos Trefilados
  • 50. CETLIN, P. R. Módulos de Treinamento em Trefilação. Sapucaia do Sul, 2004. EDER, A. E. Influência do Teor de Nitrogênio na trefilação de aço equivalente ao ABNT 1013. Porto Alegre, 2006. GZESH, D.P. Selecting the Best Lubricant for wire drawing. Wire and Cable Technology International, p. 30-31, 2004. KO, D. ; KIM, B. The Prediction of Central Burst Defects in Extrusion and Wire Drawing. Journal of Materials processing Technology, Vol 102, p. 19- 24, 200. PALMEIRA, A. A. Processos de Trefilação. Rio de Janeiro, 2005 50 Universidade Estácio de Sá Graduação em Engenharia Mecânica Bibliografia