2. ÁGUA PARA GERAÇÃO DE VAPOR
A operação segura e eficiente de uma caldeira é extremamente dependente da
qualidade da água disponível para alimentação da mesma. De nada adianta a
instalação de um equipamento ultra moderno, com todos os acessórios/
periféricos disponíveis e automatizado totalmente se não é levada em
consideração a qualidade da água e o tratamento químico aplicado. Como
sabemos, a água tem uma tendência a dissolver uma série de substâncias, tais
como sais, óxidos/ hidróxidos, diversos materiais e inclusive gases, motivo pelo
qual nunca é encontrada pura na natureza. Além das espécies dissolvidas,
pode apresentar material em suspensão, tais como argila, material orgânico,
óleos, etc. A presença de todas estas impurezas muitas vezes causa problemas
no uso da água para geração de vapor, podendo formar incrustações e/ ou
acelerar os processos corrosivos
3. QUALIDADE DA ÁGUA
Cientes de todos os detalhes mencionados, consideramos ideal para geração de vapor uma água
com as seguintes características: Menor quantidade possível de sais e óxidos dissolvidos,
Ausência de oxigênio e outros gases dissolvidos Isenta de materiais em suspensão, Ausência de
materiais orgânicos Temperatura elevada PH adequado (faixa alcalina). A alimentação de água
com boa qualidade elimina, antecipadamente, Grande parte dos problemas que normalmente
ocorrem em geradores de Vapor. Posteriormente, fica a cargo do tratamento químico interno a
Manutenção da qualidade da água no interior da caldeira. É errônea a associação da qualidade
da água para consumo humano (potabilidade) com a água para geração de vapor. O padrão
para potabilidade da água é baseado, principalmente, na presença de microrganismos. Assim,
uma água boa para beber não implica, necessariamente, em uma água boa para gerar vapor. É
comum ouvirmos a frase: “Fulano de tal tem um poço e a água é ótima, nem precisa tratar....
Pode então usar na caldeira! ”; procedimentos como esse podem ser catastróficos. Por outro
lado, a água ideal para geração de vapor, ou seja, que não contém nenhuma substância
dissolvida é, por isso mesmo, inadequada para bebermos.
4. TRATAMENTOS PRELIMINARES DA ÁGUA
São procedimentos recomendados para execução na água de reposição das caldeiras, visando
retirar as impurezas e evitar as consequências de sua presença. O tratamento preliminar atua
primeiramente sobre as impurezas mais grosseiras, tais como turbidez, sólidos em suspensão e
material orgânico. Depois, dependendo da necessidade, são feitos tratamentos mais sofisticados
para eliminação do material dissolvido. Apesar da toda tecnologia disponível, muitos usuários
de caldeiras não fazem Pré-tratamento de água, o que é extremamente desaconselhável e
dificulta enormemente o trabalho do tratamento químico interno (quando é feito). Não é raro
encontrarmos caldeiras alimentadas com água bruta, diretamente de fontes como rios,
represas e poços. Um tratamento preliminar que também deve ser executado é a remoção de
oxigênio e outros gases dissolvidos na água, através de uma desaceleração. Este fato será
abordado mais adiante, no capítulo referente à corrosão. Prosseguindo, os métodos mais
empregados para tratamento preliminar da água.
5. Impurezas Encontradas na Água
Geralmente, nas águas superficiais e subterrâneas que são usadas nos
processos industriais, encontramos as seguintes substâncias dissolvidas:
Dureza, representada basicamente pelos íons cálcio e magnésio e,
principalmente os sulfatos, carbonato e Bicarbonatos Sílica solúvel e sílica
associados a vários cátions. Óxidos metálicos (principalmente de ferro),
originados de processos corrosivos. Diversas outras substâncias inorgânicas
dissolvidas. Material orgânico, óleos, graxas, açúcares, material de processo,
contaminantes de condensados, etc. Gases, como oxigênio, gás carbônico,
amônia, óxidos de nitrogênio e enxofre. Materiais em suspensão, como areia,
argila, lodo, etc. Para evitar que todas essas impurezas adentrem ao sistema
gerador de vapor, deve-se proceder a um tratamento preliminar na água de
reposição caldeira. Além disso, o uso de condensados como parte da
alimentação também é recomendado.
6. OBJETIVOS DO TRATAMENTO DE ÁGUA DAS
CALDEIRAS
O tratamento químico interno de água das
caldeiras e também as operações de tratamento
preliminar visam atender os seguintes
objetivos:
Evitar a formação de incrustações
Evitar os processos corrosivos
Eliminar as ocorrências de arrastes de água
7. INCRUSTAÇÃO – CAUSAS E
CONSEQÜÊNCIAS
A água encontrada na natureza nunca é pura, apresentando uma vasta Gama de substâncias
dissolvidas. Muitas destas substâncias são sais e óxidos Apresentando solubilidades diferentes e
influenciadas basicamente pela Temperatura, concentração e pH. Com a vaporização de água
na caldeira, há Um aumento na concentração das substâncias dissolvidas que permaneceram Na
fase líquida. Se forem ultrapassados os limites de solubilidade destas Substâncias, as mesmas
podem se precipitar de forma aderente nas Superfícies de troca térmica (tubos do feixe de
convecção, tubos de parede d’água, tubo da fornalha, tubulações, etc.) constituindo as
incrustações. Outras Substâncias também podem se incrustar ou depositar na caldeira, tais como
Produtos de corrosão na seção Pré e pós-caldeira, sólidos em suspensão, Material orgânico
advindo de contaminações e produtos insolúveis originados de reações químicas na água
(incluindo excesso de produtos para Condicionamento químico). Normalmente está precipitação
ocorre sob a forma de cristais bem Ordenados, capazes de se fixarem firmemente às superfícies
internas da Caldeira. A ordenação existente na estrutura cristalina permite um rápido
Desenvolvimento da incrustação, aumentando a intensidade e o risco dos Problemas associados.
9. Caldeiras a Biomassa
As caldeiras de biomassa foram desenvolvidas para a produção de água quente para produção de águas
quentes sanitárias (A.Q.S.), aquecimento central (radiadores convencionais, pavimento radiante, etc.) ou
aquecimento de piscinas a partir da combustão de resíduos sólidos tais como: pellets de madeira, casca de
amêndoa, bagaço de azeitona e caroço de azeitona.
Comparativamente com o gasóleo de aquecimento, a biomassa representa uma poupança de 60%.
O investimento adicional na compra de uma Caldeira de Biomassa em comparação a qualquer caldeira de
gasóleo ou gás de botija fica amortizado em menos de 2 anos e em menos de 3 anos se compararmos com
caldeiras de gás natural inclusivamente de condensação. Como único inconveniente salienta-se o fato de
ser necessário carregar o silo com pallets com alguma regularidade. Este inconveniente pode ser
facilmente ultrapassável com a utilização de um silo maior.
A biomassa é hoje uma importante fonte de energia renovável em Portugal. As nossas florestas
necessitam de ser limpas e tratadas para prevenir incêndios. Com a limpeza conseguem-se enormes
quantidades de lenha e outros resíduos que se podem aproveitar para o aquecimento. Adicionalmente,
como os resíduos produziram oxigénio durante o seu tempo de vida, em comparação com os combustíveis
fosseis, a biomassa apresenta uma emissão de CO nula, isto é, não polui.
10.
11. Melhorias recentes nas Caldeiras de
Biomassa
Elevados rendimentos;
Manuseamento mais simples;
O aquecimento já pode ser totalmente automático;
Redução no tamanho dos equipamentos;
Preços mais acessíveis.
12. Caldeiras de Biomassa - Aquecimento AQS
- Aquecimento central – Aquecimento de
Piscinas
Existem caldeiras adequadas para todos os tipos de instalações e potências, incluindo:
Complexos desportivos;
Fábricas;
Centros logísticos;
Unidades Agrícolas;
Moradias;
Hospitais;
Escolas;
Edifícios municipais;
Etc.
14. As caldeiras são completamente integráveis com sistemas solares
térmicos, permitindo assim uma acrescentada redução nos custos
energéticos.
As caldeiras poli combustível admitem diversos tipos de
combustíveis num mesmo equipamento em alternativa ou em
simultâneo. As combinações são tradicionalmente lenha com gasóleo,
lenha com carvão ou lenha com gás. Este tipo de caldeiras é ideal para
clientes com acesso facilitado a lenha que ocasionalmente, e por
escassez desta, necessitem de um combustível alternativo. A única
desvantagem deste tipo de equipamentos é a necessidade de
monitorização constante e introdução periódica de lenha.
18. Caldeira Geradora de vapor industrial de uso
contínuo com alta pressão e temperatura.
Indicada para limpeza profunda e sanificação
eficaz de superfícies e ambientes em setores
hospitalares, hoteleiros, elétricos, transportes,
manejos preparo e processamento de alimentos
em indústrias, comércio e serviços com áreas
sensíveis.
20. CALDEIRAS HORIZONTAIS COM 3 PASSES DE CHAMA GÁS / ÓLEO
Capacidade: de 300 Kg de Vapor/hora até 10.000 Kg de Vapor /hora
Pressão de trabalho: de 8,0 Kgf/cm² até 18,0 Kgf/cm²
Combustível: Óleo Pesado, Óleo de Xisto, Óleo Diesel, Gás Natural e Gás GLP
EQUIPAMENTOS OPCIONAIS: Pré aquecedor de ar, Economizador, Filtro multi-ciclone,
Lavador de gases, Tanque de condensado, Tanque de Combustível, Tanque de descarga
de fundo.
Os modelos EIT–H3 a Gás ou a Óleo, são caldeiras compactas, composta por superfícies
de aquecimento flama tubular, com três passes de chamas e fornalha cilíndrica
localizada no corpo da caldeira. Este modelo conta com câmara de reversão de gases
semi-refrigerada e tampas traseira e dianteira de fácil abertura.
22. CALDEIRAS HORIZONTAIS COM TIRAGEM FORÇADA POR EXAUSTOR
Capacidade: de 400 Kg de Vapor/hora até 3.000 Kg de Vapor /hora
Pressão de trabalho: de 8,0 Kgf/cm² até 18,0 Kgf/cm²
Combustível: Lenha
EQUIPAMENTOS OPCIONAIS: Pré aquecedor de ar, Filtro multi-ciclone, Lavador de gases, Tanque de
condensado, Tanque de descarga de fundo.
Os modelos EIT-HTF são caldeiras compostas por superfícies de aquecimento aquatubular em sua fornalha
e grelhas e flamo tubular no feixe de tubos com um passe de chama, que compõem a superfície de
aquecimento localizada no costado cilíndrico.
A sigla “ H ” significa que é uma caldeira de fabricação horizontal com um passe de chamas e a
especificação “ TF “ e a designação dos modelos que possuem tiragem forçada por meio de exaustor.
A fornalha é acoplada ao corpo formando um conjunto único que é embarcado totalmente pronto para
ser posicionado na base de sustentação da caldeira, sendo sua instalação totalmente elevada acima do
nível do piso.
24. CALDEIRAS EIT HORIZONTAIS COM 2 PASSES DE CHAMA E FORNALHA SIMPLES
Produção de vapor: de 1.000 Kg/h à 5.000 Kg/h
Pressão de trabalho: de 8,0 Kgf/cm² à 18,0 Kgf/cm²
Combustível: Lenha em toras
Os modelos EIT-H2FS são caldeiras compostas por superfícies de aquecimento
aquatubular em sua fornalha e grelhas e flamo tubular no feixe de tubos com dois passes
de chamas, que compõem a superfície de aquecimento localizada no costado cilíndrico.
O funcionamento automático da bomba de alimentação de água, inclusive com alarme
sonoro de nível baixo, e o controle da combustão através de pressostato que comanda o
exaustor, somam segurança à praticidade de operação dessa caldeira.
26. As caldeiras elétricas são os equipamentos compactos
adequados para instalações de aquecimento através
de radiadores de água quente.
Através da instalação de um acumulador externo e dos
respetivos acessórios também se pode obter água
quente sanitária para o consumo da habitação. Trata-
se de caldeiras de reduzidas dimensões, com uma
potência útil ideal para casas sem aquecimento do
ambiente onde existam dificuldades em utilizar outras
energias.