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InfoWOLFInfoWOLFWOLF
Editorial...
Adilson Cresta
Diretor Superintendente
Chegamos a primeira edição do
, e com ela abordamos
vários assuntos relevantes nos setores
da Agricultura e Pecuária de nosso Brasil.
Logo se aproxima a época de plantio das
sementes de forrageiras, e se o seu
objetivo é a formação de uma pastagem
que forneça ao mesmo tempo altas
produções de matéria seca e de proteína
bruta e que apresente elevada
capacidade de suporte, boa recuperação
e manejo fácil, saiba que tudo começa
pela semente.
A semente representa apenas 10% do
investimento na nova pastagem, por
isso, é fundamental que o pecuarista
avalie a relação custo/benefício do
produto a ser adquirido.
Para tanto o conceito do valor cultural é
de grande importância na decisão a ser
tomada. Tal decisão deve levar em conta
também o tipo de implemento disponível
na propriedade, pois quanto menor o
valor cultural maior a quantidade de Kg
de sementes necessárias por hectare e
vice-versa.
Para tratar desse assunto, nesta edição
trouxemos para você a nova lei que
regulamenta o setor de sementes de
forrageiras, uma garantia a mais de
qualidade para você, produtor, que visa o
melhor custo/benefício para o seu
negócio.
Entre outros assuntos, você verá a
importância da preservação ambiental,
as novas leis e debates que estão sendo
discutidos no setor para que a
preservação ambiental permaneça, além
das vantagens do sistema silvispastoril,
ou seja, o plantio de árvores benéficas
junto a pastagem.
Não poderíamos nos esquecer também
da nota técnica da Embrapa sobre a
morte de equinos que vêm ocorrendo na
região amazônica e preocupando vários
produtores.
Enfim, acreditamos que esta primeira
edição do possa ser o
marco de muitas outras edições de
sucesso que virão.
Envie a seus amigos e interessados no
assunto também , e junto a nós divulgue
informações relevantes para o
.
Info
online
Info online
Agronegócio Brasileiro
Wolf
Wolf
Pastagens - Consorciação - Banco de Proteínas - Adubação Verde - Jardins
Tel.: 16 2111.0505 / Fax: 16 2111.0500
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Preparo do solo..
Plantio de sementes forrageiras...
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ISO
9001:2000
Ribeirão Preto, SP - BRASIL - 2009
Nº 10
02
Fernanda Diniz
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
Casos de sucesso de sistemas silvipastoris...
Os sistemas silvipastoris se diferenciam dos outros por manterem árvores e arbustos como componentes dos sistemas de produção.
Segundo o pesquisador da Embrapa Florestas, uma das vantagens desses sistemas é que permitem a otbenção de dois ou mais
produtos no mesmo espaço físico, o que significa mais geração de renda e emprego, com menos impacto ambiental.
A filosofia dos sistemas silvipastoris, como afirma Ribaski, é desenvolver plantios florestais para múltiplo uso. Ele apresentou um projeto
desenvolvido com o apoio da Embrapa na região sudoeste do Rio Grande do Sul, fronteiriça com a Argentina e o Uruguai, em uma área de
5,5 milhões de hectares, que abrange quase 10 municípios. Essa região possui cerca de 25% dos solos arenosos, o que além de dificultar
a produtividade propicia a erosão. Em 2000, os produtores procuraram a Embrapa em busca de soluções técnicas para diversificar a
produção. A solução encontrada, de acordo com o pesquisador, foi a implantação de sistemas silvipastoris que agregassem pecuária e
produção florestal. Cada produtor possui uma área de, no máximo, 300 hectares. Foi feita uma análise-comparativa com base na área
produtiva dessas propriedades, que totaliza 175 hectares, divididos em sete módulos de 25 hectares cada um.
A análise-comparativa realizada na região mostrou que os sistemas silvipastoris são muito mais viáveis do ponto de vista econômico do
que a pecuária extensiva. “A prova é que hoje está havendo uma conversão gradativa da pecuária extensiva para o plantio florestal”,
ressalta Ribaski.
Os sistemas silvipastoris integram pecuária e floresta e, por isso, permitem ao produtor obter ganhos com os rebanhos,
além de material florestal de alto valor agregado. No trabalho realizado na região dos pampas, como explica o pesquisador, foram
repassadas também aos produtores técnicas de manejo florestal, como desbaste e desrama, que resultam na poda e limpeza das toras.
“Todas essas tecnologias integradas levam à obtenção de toras de madeira de alto valor comercial para fins mais nobres e não apenas
para utilização energética”, enfatiza Ribaski.
Fonte: www.embrapa.br
Um dos painéis apresentados durante o primeiro dia de realização do VII Congresso Brasileiro de Sistemas
Agroflorestais, em Luziânia, GO, teve como tema principal os sistemas silvipastoris.
O painel contou com a apresentação de experiências positivas nos dois extremos do país: na região dos
pampas, no Rio Grande do Sul, pelo pesquisador da Embrapa Florestas, Jorge Ribaski, e na região
amazônica, no município de Itaituba, PA, pelo agricultor e técnico agrícola, Armando Miqueiros.
Hoje, o agricultor é um exemplo de sucesso, já que suas atividades englobam toda a cadeia produtiva do leite, desde a produção até a
comercialização. Ele é o responsável por uma marca de laticínios, que engloba iorgutes, queijos e manteiga, comercializada no mercado
e utilizada na merenda escolar.
Segundo o produtor: “Antigamente achava-se que as árvores roubavam os nutrientes das plantas. Hoje essa idéia já está
ultrapassada e já se sabe que os sistemas silvipastoris representam uma opção muito viável do ponto de vista econômico e
ambiental”.
Além da sombra para os animais, esses sistemas permitem melhor aproveitamento da água das chuvas, diversificação de
forragens em função das árvores e arbustos integrados ao sistema produtivo, além da produção sustentável de madeira,
frutas, entre outros produtos.
Para resumir, Miqueiros afirma com muito orgulho, fruto de um trabalho de 25 anos “O sistema silvipastoril combinado com o
sistema rotacionado é a melhor forma de manter a sustentabilidade da pastagem, preservando a biodiversidade. Essa
combinação permite multiplicar por três ou quatro vezes a produção de carne e leite, sem a necessidade de desmatar”, finaliza.
Nos sistemas silvipastoris, as plantas são cultivadas em fileiras triplas, com corredores de, no mínimo, 14
metros para o gado, dependendo do interesse do produtor. Por isso, existem outras vantagens oferecidas por
esses sistemas, entre as quais se destacam a obtenção de sombras, diminuindo o estresse dos animais
ao calor ou frio e efeitos benéficos no controle de geadas.
No outro extremo do Brasil, o produtor e técnico agrícola, Armando Miqueiros, apresentou o trabalho que vem
desenvolvendo com sistemas silvipastoris no município de Itaituba, PA, região do Rio Tapajós, que é um dos
afluentes do Rio Amazonas. Miqueiros integra produção de leite a sistemas silvipastoris em uma área de 37
hectares e apresentou durante o evento o sucesso que vem obtendo nessa atividade desde que se instalou na
região há 25 anos.
Adote essa idéia também e plante já sua árvore!
03
Qualidade obrigatória...
A principal mudança se refere à elevação dos padrões mínimos de pureza necessários para a
comercialização dessas sementes. Para as entidades do setor, as novas regras têm potencial para, de
fato, estimular os produtores de sementes legais. No entanto, com tantas dificuldades técnicas,
logísticas, operacionais e mesmo burocráticas que travam a fiscalização, essas empresas que trabalham
legalmente e cumprem as exigências do Mapa terão de concorrer com sementes ilegais que já não
atendiam aos padrões mínimos de pureza antes da IN número 30 e não o fazem agora , além dos preços
desleais que podem praticar.
A Instrução Normativa determina que, entre outros fatores, seja elevada a porcentagem mínima de
sementes puras de algumas forrageiras (como exemplo as Brachiarias) com índice de pureza
elevado de
No setor forrageiro em geral, a questão da fiscalização é ainda mais crítica, pois existe um mercado
clandestino enorme, onde reina a baixa qualidade das sementes e a deficiência de fiscalização,
lembrando que o pecuarista que não exige qualidade está colaborando com essa, clandestinidade. As
sementes puras terão um preço por quilo proporcional à sua melhoria. “Uma semente mais pura terá,
necessariamente, um valor por quilo mais alto. Ora, se com uma exigência mínima de 40% de pureza boa
parte do mercado opera na ilegalidade, é de se esperar que essa realidade se aprofunde com uma
exigência de 60%, pois os impactos econômicos serão maiores.
A UNIPASTO... A Unipasto é composta por empresas e produtores de sementes de forrageiras
distribuídos pelos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. A
entidade foi criada em 2002 a partir da parceria junto à Embrapa com o objetivo de apoiar
financeiramente a pesquisa no desenvolvimento de novas variedades de forrageiras tropicais. Essa
parceria disponibilizará 20 novas cultivares dentro de um processo de ajuste ao desenvolvimento do
mercado nacional. Dentre as empresas associadas, está a Wolf Seeds do Brasil representada
por seu Diretor Técnico e Engenheiro Agrônomo José Pereira da Silva Filho, participando da
diretoria da Unipasto, compondo o seu conselho gestor.
Apenas os associados à Unipasto possuem uma “autorização para multiplicação” fornecida pela
Embrapa (que tem direito aos royalties por ser detentora das cultivares lançadas através da parceria com
a entidade), mas as denúncias de produtores ilegais têm aumentado de forma sgnificativa nas últimas
duas safras. Mesmo com as muitas denúncias encaminhadas pela Abrasem 2008 e 2009, a fiscalização
ainda não é suficiente para impedir o comércio ilegal desses produtos.
40% para 60%.
Governo altera índice de pureza obrigatória das sementes para pastagem.
RISCOS... Os esforços do setor de sementes para levar ao produtor informações sobre as vantagens da utilização de tecnologia
e insumos adequados ficarão comprometidos caso a atual legislação de fiscalização de sementes e mudas não seja revista com
urgência. É o que afirma José Américo Pierre Rodrigues, superintendente-executivo da Associação Brasileira de Sementes e
Mudas (Abrasem). Ele teme que o uso de sementes oficiais e certificadas, diminua em decorrência da atual fiscalização do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem priorizado esforços sobre o produtor formal em vez
de fechar o cerco á produção ilegal.
“Enquanto o Ministério fiscaliza uma, duas, três vezes por safra um produtor de semente legal, questionando muitas vezes,
aspectos meramente formais no processo, como os inúmeros formulários de controle, notas e outras exigências que muitas
vezes nada têm a ver com a produção e a qualidade da semente, a pirataria continua em níveis assustadores”, alerta Rodrigues.
Algo tem que ser feito urgentemente. Acreditamos ser necessária uma revisão da legislação atual, em vigor desde 2003. Já
tivemos tempo suficiente para verificar o que tem funcionado e o que não tem funcionado, completa. De acordo com o executivo,
o produtor de sementes estabelecido já é obrigado, legalmente, a cumprir uma série de exigências, como investir em unidades
de beneficiamento, contratar técnicos especializados, inscrever campo no Mapa, pagar royalties, manter a pesquisa e recolher
impostos aos cofres públicos. “Além disso, a lei obriga o produtor assumir a responsabilidade pela qualidade da semente
comercializada e tudo isso sob a supervisão do Mapa”, explica.
h a i s c m
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de 60%
A instrução normativa (IN) número 30 divulgada no , publicada
em maio de 2008 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), estabeleceu novas normas e padrões para a produção e
comercialização de sementes de forrageiras tropicais.
Info Wolf
05
O Presidente da Associação de Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) e vice-presidente da Abrasem,
Narciso Barison Neto, também manifesta desapontamento com a fiscalização apenas sobre o produtor. “Fiscalizar os produtores
de sementes e mudas, é sim, necessário, mas é preciso abrir o leque, passar a fiscalização também ao comércio, para inibir o
contrabando”. O foco deve ser o atravessador, os piratas, que fomentam a ilegalidade”, afirma.
De acordo com Pierre Rodrigues, a taxa de utilização de sementes oficiais de forrageiras ainda é muito baixa. “Essa falta de
controle sobre o que é cultivado em nossos pastos é um grande perigo para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro”,
ressalta. Desde 2008, a Abrasem assumiu a responsabilidade de receber as denúncias de produtores ilegais e levá-las até o Mapa.
O Brasil possui atualmente 210 milhões de hectares de pastagens, dos quais aproximadamente 60% são cultivadas (130 milhões
de hectares).
O mercado nacional de sementes de forrageiras tropicais produz anualmente cerca de 100 mil toneladas de sementes
correspondendo a cerca de US$ 300 milhões.
ABRASEM... Principal entidade representativa do setor e porta-voz do país na América Latina, a Abrasem representa os
produtores de sementes e mudas no Brasil, a parte inicial do ciclo de produção agrícola, apoiada nas pesquisas e desenvolvimento
de variedades de plantas que mais se adaptem às variadas regiões geográficas do país.
A entidade foi fundada em 1972 e atualmente congrega 528 associados, entre entidades estaduais, associações representativas
de todo o setor de sementes, obtentores e usuários, 4 mil técnicos e 15 mil vendedores, além de gerar cerca de 220 mil empregos
indiretos.
A entidade atua junto a membros das áreas de pesquisa, produção, multiplicação, beneficiamento, armazenamento e
comercialização com o objetivo de ter uma representação mais forte e atuante do setor como um todo.
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WOLF SEEDS DO BRASIL... Como citado anteriormente, dentre as empresas associadas à
Unipasto, está a Wolf Seeds do Brasil, que apoia e incentiva a pesquisa junto a Embrapa
visando a sustentabilidade do produtor.
Somente as empresas associadas a Unipasto podem utilizar o selo de associada que você
pode observar na última página deste informativo. Além disso, a Wolf Seeds do Brasil é a
primeira empresa de sementes de forrageiras tropicais com a certificação internacional
. É a garantia de qualidade que começa no campo de produção e vai até a sua
propriedade, resultando em um produto final com a garantia Wolf Seeds de qualidade.
ISO
9001:2000
Invista em nossos produtos e veja a diferença.
Fonte: Revista A Granja edição 6/2009
Preparo do solo para a formação de uma pastagem...
O sucesso da formação de uma pastagem depende muito mais de conhecimento do que de sorte. Grande parte dos procedimentos
necessários a uma boa formação, apresentados a seguir, não implica em um aumento de custos.
Este inicia-se pela coleta de amostras do solo para análise. Com os resultados, um técnico pode fazer
recomendações de calagem, adubação e também da espécie/cultivar mais adequada à aquele tipo de solo
descrito na análise. Se for necessário calcarear e se a quantidade de calcário for inferior a 3 t/ha,
recomenda-se a aplicação de uma vez só, após a aração. Para quantidades superiores, recomenda-se que a
metade da quantidade de calcário, deva ser esparramada na área antes da aração e, a outra metade, após a
primeira gradagem.
A primeira movimentação do solo pode ser feita com arado ou gradeadora (”grade rome”), incorporando todo o material vegetal
existente na superfície. Em seguida, com uma grade niveladora faz-se o destorroamento do solo, nivelamento da superfície e eliminação
de eventuais invasoras. Quase sempre, duas passadas da grade niveladora são suficientes. A aplicação a lanço de fertilizantes
(superfosfato, por exemplo) deve ser feita antes da primeira gradagem niveladora ou entre a primeira e a segunda, para uma boa
incorporação do fertilizante.
PREPARO DO SOLO...
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As ações para o controle de erosões, como a construção de terraçõs e curvas de nível, devem ser executadas
após o nivelamento do solo;
O destorroamento excessivo, resultante de número exagerado de gradagens, deve ser evitado a todo custo;
A calagem deve ser feita entre 60 e 90 dias antes do plantio, para que o calcário tenha tempo de reagir no
solo;
Observação: é muito importante esperar que o material incorporado ao solo pela aração apodreça antes do plantio, caso
contrário, as sementes morrerão por causa dos efeitos da fermentação deste material.
Cuidados especiais no preparo do solo...
www.wolfseeds.com06
Consorciação de gramíneas e leguminosas forrageiras
em pastagens na Amazônia...
Um assunto cada vez mais freqüente nos noticiários são as transformações climáticas observas no mundo
nos últimos anos. E a velocidade e a forma implacável e destruidora com que essas mudanças estão
acontecendo estão deixando o mundo em alerta. O exercício da agricultura e da pecuária tem sua parcela
de participação nesses fenômenos de transformação da paisagem e do clima. A remoção da vegetação
natural para uso em atividades agrícolas e na pecuária rompe o equilíbrio natural do meio ambiente (água-
solo-planta) e originando o fenômeno denominado de erosão, que consiste na remoção de nutrientes,
microrganismos e constituintes físicos do solo.
O processo erosivo inicia-se com a utilização inadequada e, ou pelo uso excessivo do solo. A princípio, a erosão atinge apenas a superficie
do solo e permanece imperceptível durante os primeiros estágios. Porém, com o tempo esse desgaste do solo é responsável por uma
drástica redução nos índices produtivos e por grandes prejuízos aos agricultores e pecuaristas.
Na região Amazônica, devido a grande disponibilidade de área, verifica-se que após a exaustão dos recursos naturais do solo e a perda
da produtividade, há o abandono da área empobrecida para a busca de outras inexploradas. Este tipo de sistema de produção
extrativista e itinerante leva ao aumento não só de áreas abandonadas consideradas degradadas ou inapropriadas para uso na
agricultura ou pecuária, mas também ao aumento do desmatamento.
O processo de degradação se manifesta pela queda gradual e constante de produtividade dos capins nas pastagens, devido a vários
fatores como a baixa adaptabilidade da espécie forrageira, a baixa fertilidade dos solos e ao manejo inadequado das pastagens, o que
acarreta no aparecimento de plantas invasoras. Isto leva à necessidade de se adotar medidas de limpeza através do uso do fogo que
apesar de prático e barato é altamente danoso ao solo e ao equilíbrio do ambiente. Além do controle de plantas invasoras, a utilização do
fogo em pastagens cultivadas tem como objetivo eliminar restos de material seco e com grande proporção de talos que não foram
consumidos pelos animais durante o período seco e, ao mesmo tempo, proporcionar a rebrota da forragem com melhor qualidade. Os
principais danos causados pelas queimadas e pelos desmatamentos estão relacionados com a destruição da vegetação nativa, a morte
de animais, a extinção local de espécies, a perda de matéria orgânica no solo e a sua exposição à erosão. Além disso, contribuem
também para o aumento do efeito estufa devido à liberação de grandes quantidades de gás carbônico para a atmosfera.
Humidicola + Puerária
Uma tecnologia simples e interessante para evitar o uso do fogo é a diversificação de espécies forrageiras
ou a utilização de pastagens consorciadas, que consiste no estabelecimento de gramíneas e
leguminosas numa mesma área. As leguminosas forrageiras apresentam alto conteúdo protéico,
maior digestibilidade e maior tolerância à seca em relação às gramíneas. O elevado teor protéico
das leguminosas deve-se ao fato das raízes dessas plantas se manterem em associação simbiótica
(relação em que ambos são beneficiados) com bactérias do gênero Rhizobium, que tem a capacidade de
captar nitrogênio da atmosfera e adicioná-lo à planta e ao solo. Isto melhora a fertilidade do solo,
aumenta a produção de forragem e, como conseqüência, torna a dieta do gado mais
diversificada e rica em proteínas.
Decumbens + Stylosanthes
campo grande + Calopogônio
Acredita-se que entorno de 80% do nitrogênio fixado pela leguminosa pode ser transferido de maneira indireta para a gramínea. A
conseqüência disso é o melhoramento das pastagens devido a melhor cobertura do solo e ao aumento da produção de forragem. Além
disto, a consorciação de gramíneas e leguminosas é economicamente interessante para o produtor, pois há uma redução significativa
nos custos da adubação nitrogenada. Por estas razões a consorciação encontra-se bastante difundida no Brasil.
No entanto, na Amazônia Ocidental a escassez de gramíneas e leguminosas forrageiras adaptadas às condições de solo e clima e que
sejam recomendadas para o estabelecimento de pastagens consorciadas estáveis, produtivas e persistentes, tem sido apontada como o
principal motivo da falta de difusão dessa prática nessa região. As espécies de capins mais utilizadas em pastagens no Estado de
Rondônia pertencem ao gênero Brachiaria e grande parte dessas pastagens cultivadas tem mostrado sinais de degradação em poucos
anos de uso. Sendo este um motivo de grande preocupação para os pesquisadores da Embrapa Rondônia, um estudo para avaliar a
utilização de pastagens consorciadas de capim Massai (Panicum maximum) e amendoim forrageiro (Arachis Pintoi) na alimentação de
vacas mestiças em lactação sendo conduzido no campo experimental de Porto Velho.
Espera-se que em futuro muito próximo, os pecuaristas da Amazônia Ocidental possam contar com grandes mudanças em relação à
oferta de novas leguminosas forrageiras bem como de recomendações técnicas que viabilizem a pecuária sustentável através do uso de
pastagens consorciadas não só para criação de bovinos leiteiros, mas também para ovinos e bovinos de corte.
Ana Karina Dias Salmo
Pesquisadora Embrapa /CPAFRO
Fonte: www.agronline.com
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www.wolfseeds.com
Capim milagroso ou planejamento alimentar para o gado?
O manejo inadequado das pastagens traz conseqüências desastrosas à economia das propriedades. Verifica-se redução progressiva na
capacidade produtiva das pastagens, até a plena degradação, levando à necessidade de recuperação, que, em geral, encontra o produtor
sem recursos, pois o ciclo pobreza dos pastos atinge a economia da atividade, afetando, também, solo, água, gado, além de impactos ao
meio ambiente.
A má formação das pastagens, capins não adaptados às condições locais, não reposição dos nutrientes, falta de controle das invasoras e
manejo inadequado das pastagens (superpastejo ou pastejo inapropriado) são fatores que abreviam a degradação das pastagens.
É importante saber que a adoção de uma única medida apenas para se tentar melhorar as condições das pastagens não trará os
resultados esperados. É imprescindível que sejam tomadas medidas em conjunto, ou mesmo que se siga uma ordem de prioridades,
deve-se começar pelo dimensionamento da área efetiva das pastagens; redivisão em pastos menores; adoção de práticas de manejo que
dêem ao capim condições de rebrota e desenvolvimento; controle da quantidade de animais para não haver excesso no pastejo; controle
eficiente das invasoras; e reposição de nutrientes.
Quando o agricultor vai realizar o plantio de sua lavoura, já sabe que a cultura que vai plantar tem um ciclo de vida, então, faz um
planejamento para saber quanto vai gastar e estimar a área que é possível plantar, depois faz um calendário de tratos culturais até a
colheita. Ao colher todo o material, invariavelmente, se for seguido todo o cronograma, sem problemas com intempéries e com máquinas
bem reguladas, vende ou estoca o que foi produzido, obtendo lucro.
Na pecuária ocorre que, via de regra, o pecuarista não sabe ou não dá a devida importância ao ciclo dos capins, pois não fez o
planejamento alimentar para o rebanho, aí, em épocas de menor oferta de pastos, ou pela aquisição de animais, diante de bom preço,
acaba por sacrificar parte de suas pastagens. Perde o momento ideal da colheita de seu pasto (pelo animal via pastejo), perdendo em
qualidade e quantidade das pastagens, visto que manejou de forma incorreta, o que, caso não tome medidas posteriores, levará à
degradação das pastagens em curto intervalo de tempo.
Deve-se entender o manejo das pastagens, como a arte e a ciência de planejar e gerir a utilização da forragem disponível,
no intuito de se obter o máximo de produtividade animal, sem prejudicar as plantas forrageiras e o meio que a cerca. O fator de maior
importância que limita a rentabilidade da pecuária é a alimentação. Há estimativas de que 90% dos animais na pecuária
brasileira passam por períodos, mesmo que curtos, de insuficiência alimentar.
Com o planejamento alimentar do rebanho feito de maneira correta, o pecuarista obterá ganhos em produtividade animal e
dos capins. Em conseqüência terá o aumento do seu lucro e obterá maior eficiência em sua exploração, se não desperdiçar
forragens e ofertar quantidades suficientes de alimentos aos animais, para que possam expressar todo o seu potencial.
Cada região possui características próprias de solo e clima, por isso é importante o auxílio de um técnico para o dimensionamento da
produção de alimentos e utilização de estratégias tais como: utilização de silagem; de feno; diferimento de pastagens; utilização de
adubações e de produção; plantio de forrageiras anuais (milheto, sorgo etc.); utilização da cana-de-açúcar; de resíduos da agricultura
(integração lavoura-pecuária); e de resíduos da agroindústria vegetal (farelos, óleos, tortas etc), ou, em regiões de climas favoráveis,
apenas o redimensionamento do rebanho em função da forragem produzida durante o ano. Outras medidas a serem tomadas, dizem
respeito ao treinamento, capacitação e valorização da mão-de-obra em todos os níveis, tendo contínua reciclagem, onde o proprietário
deverá se incluir, deixando para trás conceitos antigos e profissionalizando sua propriedade.
Ressalta-se que a busca por variedades melhores e, quem sabe, em futuro próximo, capins geneticamente modificados, que atendam
todas as ansiedades dos produtores, ou venham atender a necessidade de rebanhos geneticamente superiores pelo constante
aprimoramento genético e pela possível produção comercial de clones de animais deve ser, e é, uma procura incessante das instituições
de pesquisa. No entanto, o que o produtor pode, deve e necessita fazer para ser competitivo hoje, é aproveitar ao máximo as
forrageiras existentes no mercado e as que já possui em sua propriedade, conhecendo suas características, necessidades em
reposição de nutrientes e manejo. E para que isso ocorra, é .necessário entender as pastagens como cultura tecnificada
Amaury Burlamaqui Bendahan
Pesquisadora Embrapa /CPAFRR
Fonte: www.agronline.com
Grande é a preocupação de vários pesquisadores em relação à utilização das
pastagens de forma pouco racional. Os produtores, por sua vez, sempre se mostram
insatisfeitos com os capins conhecidos, buscando o tão almejado “capim milagroso”,
entretanto, a grande maioria adota práticas de manejo das pastagens que não
resultam em melhoria dos índices produtivos.
Se você precisa de uma orientação técnica, conte sempre com a Wolf Seeds!
08
Primeiro pastejo na hora certa...
O costume, passado de pai para filho ao longo de gerações, visa a compensar uma série de deficiências na implantação das gramíneas,
como o emprego de sementes de baixa qualidade ou em volume insatisfatório, falta de adubação ou controle inadequado de invasoras
etc. “Até pouco tempo atrás, utilizavam-se sementes próprias, recolhidas manualmente do chão, para formar um pasto. Ou seja, havia
grandes chances de algo dar errado. Agora, o que se espera do produtor é que ele trate o pasto como cultura e utilize
tecnologia adequada, portanto, não há necessidade de se esperar o capim sementear. Pasto sementeado é como churrasco queimado,
perde qualidade”, brinca Kichel. Segundo ele, essa prática antieconômica deve ser abandonada, pois resulta em fornecimento de
forragem de baixo valor nutritivo e atraso na utilização do pasto. “Em condições normais, as gramíneas somente devem chegar ao
estágio de florescimento se o objetivo for a produção de sementes para venda ou multiplicação”, diz kichel.
No caso do Mombaça, recomenda-se introduzir os animais na área quando a pastagem atingir 80-90 cm de altura. No Tanzânia 70-80
cm, no Xaraés 60 cm, no Marandu 40-55 cm, no Braquiaria decumbens 45 cm, no Andropogon 70 cm e no Humidicola 35 cm. A
observação da fenologia da planta também ajuda. Quando as primeiras folhas emitidas pela gramínea (aquelas que ficam na base da
touceira) começam a amarelar é porque ela está se preparando para passar da fase vegetativa para a reprodutiva. Suas hastes tornam-
se alongadas e surgem as primeiras panículas. Prestando atenção nesses sinais e medindo a altura do capim, o produtor pode identificar,
com relativa facilidade, qual o momento certo de introduzir o gado no pasto recém-formado.
ALTA LOTAÇÃO... Kichel recomenda ainda trabalhar com altas lotações no primeiro pastejo, por curto período de tempo (5 a 15 dias),
utilizando-se animais jovens (bezerros de recria), que, por serem levem, danificam menos o pasto. Esse tipo de manejo permite rápido
consumo da forragem e eliminação de boa parte das gemas apicais, o que reduz a produção de sementes. Para saber quantos animais
introduzir na área, basta calcular a massa forrageira disponível. “Por exemplo, se tenho 6 toneladas de massa seca (MS) por hectare e
determino como ideal um resíduo de 3 toneladas pós pastejo, sobram 3 toneladas para consumo dos animais. Considerando-se que cada
garrote de recria ingere 8 kg de MS/dia, esse volume é suficiente para alimentar 25 cabeças por 15 dias”, explica o pesquisador. Há uma
boa razão para se fazer o primeiro pastejo com alta lotação, por curto período de tempo. Lotes grandes funcionam como “roçadeiras
biológicas”. Devido à competição intensa por alimento, os animais não selecionam as plantas e passam a cortá-las de maneira uniforme,
evitando-se seu entouceiramento. “O segredo do bom manejo de formação (primeiro pastejo) é justamente esse: fazer os garrotes
comerem muito, em poucos dias”, explica Kichel. Depois que a gramínea é rebaixada até o limite considerado ideal (por exemplo 30-40
cm para o Mombaça e 20 cm para o Marandu), o lote deve ser retirado e a área mantida em descanso por 20-25 dias, para que as plantas
rebrotem e recomponham suas reservas. Transcorrido esse prazo, o pasto pode ser liberado para uso normal, seja em pastejo
rotacionado, seja em contínuo.
Existem algumas situações em que o manejo deve ser diferente da regra. Quando as gramíneas são
implantadas, por exemplo, no final das águas (pastagens de safrinha), não devem ser submetidas ao
“pastejo de formação”, pois a maioria das forrageiras tropicais perenes, nessas condições, não produz
sementes. O certo é deixá-las em repouso para acumular massa e serem utilizadas na próxima estação das
águas (meados de outubro). Já se houver erro na implantação da gramínea ou ocorrência de clima adverso,
sem tempo para replantio, é melhor deixar a pastagem sementear para minimizar o problema.
Fonte: Revista DBO edição 353 abril/09
O hábito de esperar o capim sementear, para depois se introduzir o gado,
compromete a qualidade da pastagem. Um costume herdado do período colonial
sobrevive com persistência guerreira no manejo das pastagens, apesar das recomendações
em contrário.
É o “primeiro pastejo tardio”, informa Armindo Kichel, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, para quem “hábitos são como chicletes:
custam a desgrudar”. Na visão de muitos pecuaristas, é preciso esperar o capim sementear antes de receber os animais pela primeira
vez, pois assim se evita mal formação das pastagem.
MANEJO CORRETO... O ideal, salienta o pesquisador, é iniciar o primeiro pastejo cerca de 45 a 75 dias
após a germinação do capim, antes do início da inflorescência. Cada gramínea tem um ciclo vegetativo
próprio e responde com maior ou menor velocidade de crescimento às variações climáticas e aos diferentes
tipos de solo. “Quando falo em 45-75 dias, já estou considerando essas diferenças”, explica o pesquisador
da Embrapa. Para ter maior segurança quanto ao ponto ideal do primeiro pastejo, o produtor pode guiar-se
pela altura do capim.
Excessões a regra do primeiro pastejo...
Nas regiões de clima seco, onde as gramíneas morrem por falta de água (semi-árido) também convém deixá-las florescer, pois a
sobrevivência dessas pastagens depende da manutenção de um rico banco de sementes no solo. Em contrapartida, pastos consorciados
de gramíneas com leguminosas, braquiarão com estilosanthes campo grande, por exemplo, devem ser submetidos ao primeiro pastejo
precocemente (10 a 15 dias após a germinação), pois esse manejo permite frear o crescimento do capim e garantir às leguminosas, que
crescem mais lentamente, tempo suficiente para se estabelecer na área.
09 09
Desmatamento, não. Produção, sim.WOLF SEEDS Ambiental...
Já não precisamos abater tantas árvores, precisamos evoluir!
A questão da produção agropecuária, especialmente de alimentos, item muito importante quanto a preservação ambiental, desde que a
terra seja trabalhada com consciência ecológica e obedecendo aos padrões científicos e tecnológicos da preservação. Como no caso, por
exemplo, das áreas de preservação permanente das margens dos rios, que devem ter a largura determinada pelo declive e pela
profundidade da cobertura arenosa ou argilosa do solo. Pela legislação atual, sem nenhum fundamento pedológico, está estabelecida
por uma tabela rígida e irrealista (tanto que teve suspensa sua aplicação, por inaplicável) de 100, 200 e 500 metros às margens dos
cursos d'água em que é proibido plantar, em todo território nacional. O critério desse espaço é definido pela largura do espelho d'água,
sem considerar a questão essencial do solo e declive, como ensinam os pesquisadores da Embrapa. Ou a Embrapa pode ser acusada de
conspiração contra o meio ambiente?
Assumindo a responsabilidade de 24% do PIB e, além de abastecer o mercado interno, gerar 36% das exportações totais (US$ 58,4
bilhões), a agropecuária nacional não é uma aventura marginal nem uma força reacionária no processo social brasileiro, tem um papel de
vanguarda na economia. Assim, deve ser reconhecida como protagonista essencial num debate que tem que ver com alguns de seus
temas fundamentais, a preservação e vitalidade do solo, bem como da qualidade das águas, que certamente nenhum outro grupo
debatedor tem mais motivações para defender. Um estatuto ambiental equilibrado, eficiente e prático é indispensável à segurança
jurídica da atividade agropecuária e à sua própria responsabilização perante a sociedade. Tal segurança e responsabilização, porém,
tornam-se inviáveis se mantida a legislação vigente, impossível de ser cumprida, pois impede a produção de alimentos em 71% do
território nacional. Isso num país onde, infelizmente, 23 milhões de pessoas ainda passam fome, segundo dados da ONU.
A saída, portanto, ao alcance de um gesto de boa vontade geral, sem ranhetices, preconceitos ou radicalismos, é buscar o consenso e a
aplicação de soluções simples, como a do artigo 24 da Constituição, que estabelece a competência da União para fixar as normas gerais
(e a aprovação de um novo Código Florestal moderno e vigoroso é a oportunidade perfeita para isso) e os Estados se encarregarão de
aplicá-lo conforme as situações regionais específicas. Aliás, é hora de quebrar o monopólio usurpado por um grupo de falsos anjos da
natureza que pretende decidir o que pode e não pode em matéria de meio ambiente, recusando verdades científicas e laudos insuspeitos
da Embrapa, referência essencial do desenvolvimento sustentado da agropecuária brasileira.
Artigo publicado em O Estado de S. Paulo - 03/06/2009
O artigo 1º do novo Código Florestal pode ser explícito e taxativo: "Não será permitida nenhuma
derrubada florestal em todo o território nacional, sendo garantida a preservação das matas
ciliares (margens dos rios, córregos, nascentes e lagoas) nos limites fixados por laudos
geológicos, contra os riscos de erosão e prejuízos aos aquíferos." Naturalmente, essa redação é
improvisada e o texto adotado deverá atender a exigências tanto ambientais quanto de técnica jurídica,
mas o espírito é esse. Que seja uma declaração prévia do
e, ao mesmo tempo, a garantia de segurança jurídica para quem produz no campo.
compromisso da agropecuária com a defesa
do meio ambiente
A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), que presido, dispensa quem investe no confronto e insiste no diálogo para ajudar a
construir um Brasil com mais comida, meio ambiente, diversão e arte.
Artigo escrito por Kátia Abreu, Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Leia o artigo completo na fonte citada no rodapé desta
VANTAGENS E GANHOS DE SE REALIZAR O PRIMEIRO PASTEJO......
Além da uniformização do dossel forrageiro, o primeiro pastejo antes do florescimento ainda evita o
acamamento, responsável por perdas significativas de forragem, pois o capim verga e é pisoteado pelo gado.
Outra vantagem é a eliminação do excesso de plantas nos locais onde houve concentração indesejável de
sementes. Os próprios animais arrancam as plantas mais fracas, que são pouco produtivas e competem por
nutrientes com as demais.
Feito em época certa, o primeiro pastejo estimula a emissão de novos perfilhos basais, raízes e folhas, aumentando o vigor das plantas. A
gramínea cobre mais o solo e impede que as ervas daninhas se disseminem pela área. Em resumo, o bom manejo de formação é
fundamental para a longevidade da pastagem e preservação do meio ambiente. Quando cobre totalmente o solo, o capim funciona
como uma espécie de capa protetora, que minimiza a compactação provocada pelas patas dos animais e reduz a ação das chuvas e dos
ventos, principais causadores de erosão. Com isso, o solo retém mais água, as gramíneas aproveitam melhor os nutrientes, produzem
mais forragem, depositam mais matéria orgânica no solo e favorecem o desenvolvimento de sua microbiota. Devido à baixa incidência de
invasoras, o produtor usa menos herbicidas, que são caros e contaminantes.
“Enfim, uma pastagem bem implantada e bem manejada é sinônimo de maior produção de carne por hectare e de pecuária
sustentável”, alerta Kichel.
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Tipo de solo: Fértil /Bem drenado
Altitude: Até 1.200 m
Precipitação anual: 700 - 1.500 mm
TOLERÂNCIA:
Seca: Média
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PRODUÇÃO:
Matéria seca ha/ano: 5 - 6 t/ha
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Família: Gramíneas
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ADAPTAÇÃO:
Tipo de solo: Fértil/Bem drenado
Altitude: Até 1.500 m
Precipitação anual: Acima de 1.000 mm
TOLERÂNCIA:
Seca: Boa
Frio: Boa
Umidade: Baixa
Cigarrinha: Média
Sombreamento: Média
PRODUÇÃO:
Matéria seca ha/ano: 20 - 28 t/ha
Proteína bruta na M. S.: 10 - 16%
Palatabilidade: Ótima
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Tempo de formação: 90 - 120 dias
Primeiro pastoreio: 90 dias (gado jovem)
Altura do corte: 40 cm - retirar os animais
Incorporação: Não
Mombaça O capim Mombaça (Panicum maximum), lançado
pela Embrapa em 1993, é uma planta cespitosa
com aproximadamente 1,65 m de altura,
apresentando folhas com 3 cm de largura,
longas, com poucos pelos e sem cerosidade. É
exigente em solos de boa fertilidade, não se
adaptando aos solos mal drenados. Apresenta
boa tolerância à seca e ao frio. A estacionalidade
de produção no período seco atingiu 11% do total
anual, enquanto o “colonião” atingiu apenas 3%.
A cultivar Mombaça apresenta porcentagem de
folhas na ordem de 82%, bem superior ao
“Colonião” (62%), com bons teores de proteína, e
boa palatabilidade.
Suas principais características positivas são a
elevada produção sob adubação intensiva, o alto
valor alimentício e a resistência média a
cigarrinha das pastagens. Nos últimos anos têm
tido uma boa aceitação na região norte do país,
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boa fertilidade.
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José Pereira da Silva Filho
Diretor Técnico - Eng. Agrônomo - W.S.B
Alimentação e suplementação de bovinos...
Os bovinos são animais poligástricos, dotados de estômago dividido em quatro compartimentos,
contendo em sua porção inicial o Rumen e Retículo que são responsáveis pela digestão de alimentos
fibrosos, transformando-os em nutrientes prontamente disponíveis para o desempenho produtivo.
Com a evolução genética das raças, trouxe consigo um aumento das exigências nutricionais de
nossos bovinos em produção, isto é proporcional a cada animal, o que torna sua alimentação
dependente de suplementos capazes de suprir as deficiências das pastagens e outros alimentos
volumosos.
USO RACIONAL DAS PASTAGENS... A pastagem constitui a principal fonte de alimento do
rebanho bovino brasileiro, 95% dos animais abatidos, são criados, recriados e terminados
exclusivamente no pasto. Mesmo os 5% de animais terminados em confinamentos passaram a
maior parte de sua vida durante as fases de cria e recria, em pastagem. Mas a planta forrageira,
raramente, atende à exigência total dos bovinos e nem sempre é manejada de forma adequada,
muitas vezes devido à falta de conhecimento de suas condições fisiológicas de crescimento e
composição nutricional.
Manejar uma pastagem de forma adequada significa produzir alimentos em grandes quantidades além de procurar o máximo
valor nutritivo possível do material. A produção de massa afeta de forma significativa a capacidade de suporte da pastagem
(maior número de animais por área) e está influenciada pela fertilidade do solo, manejo e condições climáticas, enquanto que o
valor nutritivo afeta a produção de leite individual do animal e depende principalmente da idade da planta. Para um bom
desempenho produtivo, os ruminantes necessitam de água, proteína, energia, vitaminas e minerais. Todos estes nutrientes são
de grande importância para alimentação dos animais, variando apenas quantativamente, no que diz respeito à categoria dos
animais
Durante o período chuvoso, as pastagens chegam a apresentar níveis satisfatórios de proteína, energia e vitaminas, enquanto
que os minerais estão deficientes, impedindo o pecuarista de obter índices máximos de produtividade. No período de estiagem,
todos nutrientes estão deficientes na pastagem, portanto nesta época a suplementação de apenas um nutriente não resulta em
melhores rendimentos do rebanho.
Qualidade da forragem: quando se pensa em qualidade, deve-se relacioná-la com maior desempenho animal. Ou seja,
forragem de boa qualidade permite maior ganho de peso daqueles que a consomem. O maior ganho de peso relaciona-se com
aumento de massa corporal e acúmulo de tecidos. O sódio é um elemento mineral presente em todos os tecidos. Quanto maior a
massa corporal e o acúmulo de tecidos (maior taxa de ganho de peso), maior será a demanda por sódio e consequentemente, o
consumo do suplemento mineral.
Disponibilidade de forragem: um bovino destina aproximadamente 8h a 10h por dia para realizar a atividade de pastejo e
consumir a quantidade de forragem necessária para o preenchimento ruminal. Na transição da estação da seca para a das águas
(primeira chuvas) ou até quando chove no meio da estação seca nestas ocasiões, como a altura do pasto é baixa porque toda a
folha foi consumida durante a seca, a ocorrência de chuvas irá estimular a brotação da pastagem.
O aparecimento de brotos apresenta aos animais um tipo de forragem pela qual eles têm preferência, mas não a têm disponível
há meses. Assim os bovinos dedicam-se ao consumo destes brotos de forma intensa, deixando de visitar ou reduzindo o número
de visitas ao cocho de sal mineral. Desta forma, o consumo médio do suplemento mineral pelos animais sofre redução por alguns
dias. Esta situação é muito comum no final da seca, quando o consumo de proteinado sofre intensa redução.
Enfim, o pasto deve ser tratado em todas as épocas do ano e fases de crescimento. O pecuarista deve estar atento,
pois esta prática é responsável pelo aumento significativo dos lucros das fazendas, já que possibilita aos animais
acesso a pastagens de melhor qualidade, o que resulta em maior ganho de peso de rebanhos em menor tempo.
Em época de seca, principalmente nos meses de junho e julho, para continuar com a mesma quantidade de boi no pasto, o
produtor deve suplementar a alimentação com concentrado no cocho, cana ou silagem. A diminuição de número de animais/ha
na época de menor oferta de forragem também pode ser a solução para adequar a capacidade de suporte para a área disponível e,
desta forma, enfrentar a época da seca sem maiores preocupações.
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Nota técnica da Embrapa sobre a morte de equinos...
Conforme divulgado na edição do 9 segue abaixo a nota técnica da Embrapa sobre a morte de equinos. O Chefe de Pesquisa e
Desenvolvimento da Unidade, Cleber Soares, o qual abriu os trabalhos, informou que foram vários relatos apresentados relacionados ao
problema que afeta a categoria dos equídeos na região amazônica e que a equipe delineou ações a serem executadas pelas instituições com
vistas a determinar as causas da questão e propor soluções. Entre as ações estão: levantamento na Amazônia da área pastejada por cavalos,
avaliação de substâncias nas forragens pastejadas com verificação de ocorrência de fungos e valores nutricionais, elaboração de análise de
solo dos locais, avaliação clínica de animais doentes e sadios nas áreas de ocorrência, entre outras. Para Cleber Soares o problema carece de
estudos para um diagnóstico final. Por enquanto uma das recomendações para impedir a cólica nos eqüídeos é evitar o pastejo exclusivo das
forrageiras Tanzânia-1, Mombaça e Massai durante a época chuvosa. Leia abaixo a nota técnica sobre o assunto em questão.
- Cólica em equídeos sob pastejo em Panicum maximum na região Amazônica.
Com o objetivo de propiciar avanços na produtividade da bovinocultura de corte, a Embrapa Gado de Corte desenvolve melhorias genéticas
capazes de elevar a produção de pastagens. Nesse sentido, foram lançadas as cultivares Tanzânia-1 (em 1990), Mombaça (em 1993) e Massai
(em 2000) de Panicum Maximum, com potencial de produção de forragem expressivamente maior em relação à cultivar Colonião. A partir de
2001, em alguns locais da região Amazônica, vêm sendo observados casos de cólica em equídeos que pastejam essas cultivares. Contudo, até
o presente momento, não se tem observado casos similares, associados à ingestão dessas cultivares, em outras regiões do Brasil.
Com o objetivo de esclarecer a situação, no dia 2 de abril de 2009 a Embrapa Gado de Corte organizou uma reunião técnica que contou com a
participação de profissionais das áreas de ciências agrárias da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Amazônia Oriental, do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e das Universidades Federais do Pará (UFPA), do Amazonas (UFAM), da Paraíba (UFPB), e Rural
do Rio de Janeiro (UFRRJ), dentre eles os médicos-veterinários que vêm estudando os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e
patogenéticos da enfermidade. Com base nessa reunião, são fornecidas sugestões para a prevenção da enfermidade, a partir dos
conhecimentos que se têm até o momento. Não obstante, estudos para melhor esclarecer o assunto, estão em andamento ou serão
intensificados em algumas instituições federais do País.
CARACTERÍSTICAS DA ENFERMIDADE... As observações e estudos até agora têm mostrado que os casos de cólica em equídeos,
associados à ingestão dessas cultivares, ocorrem exclusivamente na região Amazônica, no período chuvoso, em especial no seu início. Não se
tem verificado surto da doença em pastagens implantadas a menos de dois anos, ou quando o capim está “maduro”, nem quando os equídeos
pastejam juntamente com bovinos. Clinicamente, a condição caracteriza-se por sinais clássicos de cólica, entre os quais inquietação, deitar e
rolar, timpanismo, parada dos movimentos intestinais (íleo paralítico), sinais de dor, congestão de mucosas e, às vezes, refluxo nasal.
À necropsia, verificam-se congestão, erosões e úlceras na mucosa do estômago, congestão da mucosa e dilatação do intestino delgado com
grande quantidade de conteúdo líquido, avermelhamento da mucosa e grande quantidade de gás no ceco. Há alteração na coloração do fígado
e lobulação mais evidente.
SUGESTÕES PARA PREVENÇÃO DA ENFERMIDADE... Evitar o pastejo exclusivo das cultivares Tanzânia-1, Mombaça e Massai de Panicum
Maximum, para equídeos, durante a época chuvosa. Implementar áreas com pastagens alternativas (sobretudo Brachiaria humidicola)
para as quais os equídeos devem ser remanejados durante o período chuvoso nas regiões de ocorrência da enfermidade.
Vale ressaltar que a cólica em equídeos tem diversas etiologias, sendo importante estabelecer o diagnóstico com essas outras
condições.
Info
NOTA TÉCNICA
Nota:
Wolf
Fonte: www.embrapa.br

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Info Wolf n°10

  • 1. InfoWOLFInfoWOLFWOLF Editorial... Adilson Cresta Diretor Superintendente Chegamos a primeira edição do , e com ela abordamos vários assuntos relevantes nos setores da Agricultura e Pecuária de nosso Brasil. Logo se aproxima a época de plantio das sementes de forrageiras, e se o seu objetivo é a formação de uma pastagem que forneça ao mesmo tempo altas produções de matéria seca e de proteína bruta e que apresente elevada capacidade de suporte, boa recuperação e manejo fácil, saiba que tudo começa pela semente. A semente representa apenas 10% do investimento na nova pastagem, por isso, é fundamental que o pecuarista avalie a relação custo/benefício do produto a ser adquirido. Para tanto o conceito do valor cultural é de grande importância na decisão a ser tomada. Tal decisão deve levar em conta também o tipo de implemento disponível na propriedade, pois quanto menor o valor cultural maior a quantidade de Kg de sementes necessárias por hectare e vice-versa. Para tratar desse assunto, nesta edição trouxemos para você a nova lei que regulamenta o setor de sementes de forrageiras, uma garantia a mais de qualidade para você, produtor, que visa o melhor custo/benefício para o seu negócio. Entre outros assuntos, você verá a importância da preservação ambiental, as novas leis e debates que estão sendo discutidos no setor para que a preservação ambiental permaneça, além das vantagens do sistema silvispastoril, ou seja, o plantio de árvores benéficas junto a pastagem. Não poderíamos nos esquecer também da nota técnica da Embrapa sobre a morte de equinos que vêm ocorrendo na região amazônica e preocupando vários produtores. Enfim, acreditamos que esta primeira edição do possa ser o marco de muitas outras edições de sucesso que virão. Envie a seus amigos e interessados no assunto também , e junto a nós divulgue informações relevantes para o . Info online Info online Agronegócio Brasileiro Wolf Wolf Pastagens - Consorciação - Banco de Proteínas - Adubação Verde - Jardins Tel.: 16 2111.0505 / Fax: 16 2111.0500 sac@wolfseeds.com.br • www.wolfseeds.com Rua Paulo Padovan, 81 Cep 14075-680 - Ribeirão Preto - SP - Brasil Preparo do solo.. Plantio de sementes forrageiras... 1ª E PR ESA C E IFIC A D D O SE O R M R T A T ISO 9001:2000 Ribeirão Preto, SP - BRASIL - 2009 Nº 10
  • 2. 02 Fernanda Diniz Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Casos de sucesso de sistemas silvipastoris... Os sistemas silvipastoris se diferenciam dos outros por manterem árvores e arbustos como componentes dos sistemas de produção. Segundo o pesquisador da Embrapa Florestas, uma das vantagens desses sistemas é que permitem a otbenção de dois ou mais produtos no mesmo espaço físico, o que significa mais geração de renda e emprego, com menos impacto ambiental. A filosofia dos sistemas silvipastoris, como afirma Ribaski, é desenvolver plantios florestais para múltiplo uso. Ele apresentou um projeto desenvolvido com o apoio da Embrapa na região sudoeste do Rio Grande do Sul, fronteiriça com a Argentina e o Uruguai, em uma área de 5,5 milhões de hectares, que abrange quase 10 municípios. Essa região possui cerca de 25% dos solos arenosos, o que além de dificultar a produtividade propicia a erosão. Em 2000, os produtores procuraram a Embrapa em busca de soluções técnicas para diversificar a produção. A solução encontrada, de acordo com o pesquisador, foi a implantação de sistemas silvipastoris que agregassem pecuária e produção florestal. Cada produtor possui uma área de, no máximo, 300 hectares. Foi feita uma análise-comparativa com base na área produtiva dessas propriedades, que totaliza 175 hectares, divididos em sete módulos de 25 hectares cada um. A análise-comparativa realizada na região mostrou que os sistemas silvipastoris são muito mais viáveis do ponto de vista econômico do que a pecuária extensiva. “A prova é que hoje está havendo uma conversão gradativa da pecuária extensiva para o plantio florestal”, ressalta Ribaski. Os sistemas silvipastoris integram pecuária e floresta e, por isso, permitem ao produtor obter ganhos com os rebanhos, além de material florestal de alto valor agregado. No trabalho realizado na região dos pampas, como explica o pesquisador, foram repassadas também aos produtores técnicas de manejo florestal, como desbaste e desrama, que resultam na poda e limpeza das toras. “Todas essas tecnologias integradas levam à obtenção de toras de madeira de alto valor comercial para fins mais nobres e não apenas para utilização energética”, enfatiza Ribaski. Fonte: www.embrapa.br Um dos painéis apresentados durante o primeiro dia de realização do VII Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, em Luziânia, GO, teve como tema principal os sistemas silvipastoris. O painel contou com a apresentação de experiências positivas nos dois extremos do país: na região dos pampas, no Rio Grande do Sul, pelo pesquisador da Embrapa Florestas, Jorge Ribaski, e na região amazônica, no município de Itaituba, PA, pelo agricultor e técnico agrícola, Armando Miqueiros. Hoje, o agricultor é um exemplo de sucesso, já que suas atividades englobam toda a cadeia produtiva do leite, desde a produção até a comercialização. Ele é o responsável por uma marca de laticínios, que engloba iorgutes, queijos e manteiga, comercializada no mercado e utilizada na merenda escolar. Segundo o produtor: “Antigamente achava-se que as árvores roubavam os nutrientes das plantas. Hoje essa idéia já está ultrapassada e já se sabe que os sistemas silvipastoris representam uma opção muito viável do ponto de vista econômico e ambiental”. Além da sombra para os animais, esses sistemas permitem melhor aproveitamento da água das chuvas, diversificação de forragens em função das árvores e arbustos integrados ao sistema produtivo, além da produção sustentável de madeira, frutas, entre outros produtos. Para resumir, Miqueiros afirma com muito orgulho, fruto de um trabalho de 25 anos “O sistema silvipastoril combinado com o sistema rotacionado é a melhor forma de manter a sustentabilidade da pastagem, preservando a biodiversidade. Essa combinação permite multiplicar por três ou quatro vezes a produção de carne e leite, sem a necessidade de desmatar”, finaliza. Nos sistemas silvipastoris, as plantas são cultivadas em fileiras triplas, com corredores de, no mínimo, 14 metros para o gado, dependendo do interesse do produtor. Por isso, existem outras vantagens oferecidas por esses sistemas, entre as quais se destacam a obtenção de sombras, diminuindo o estresse dos animais ao calor ou frio e efeitos benéficos no controle de geadas. No outro extremo do Brasil, o produtor e técnico agrícola, Armando Miqueiros, apresentou o trabalho que vem desenvolvendo com sistemas silvipastoris no município de Itaituba, PA, região do Rio Tapajós, que é um dos afluentes do Rio Amazonas. Miqueiros integra produção de leite a sistemas silvipastoris em uma área de 37 hectares e apresentou durante o evento o sucesso que vem obtendo nessa atividade desde que se instalou na região há 25 anos. Adote essa idéia também e plante já sua árvore!
  • 3. 03 Qualidade obrigatória... A principal mudança se refere à elevação dos padrões mínimos de pureza necessários para a comercialização dessas sementes. Para as entidades do setor, as novas regras têm potencial para, de fato, estimular os produtores de sementes legais. No entanto, com tantas dificuldades técnicas, logísticas, operacionais e mesmo burocráticas que travam a fiscalização, essas empresas que trabalham legalmente e cumprem as exigências do Mapa terão de concorrer com sementes ilegais que já não atendiam aos padrões mínimos de pureza antes da IN número 30 e não o fazem agora , além dos preços desleais que podem praticar. A Instrução Normativa determina que, entre outros fatores, seja elevada a porcentagem mínima de sementes puras de algumas forrageiras (como exemplo as Brachiarias) com índice de pureza elevado de No setor forrageiro em geral, a questão da fiscalização é ainda mais crítica, pois existe um mercado clandestino enorme, onde reina a baixa qualidade das sementes e a deficiência de fiscalização, lembrando que o pecuarista que não exige qualidade está colaborando com essa, clandestinidade. As sementes puras terão um preço por quilo proporcional à sua melhoria. “Uma semente mais pura terá, necessariamente, um valor por quilo mais alto. Ora, se com uma exigência mínima de 40% de pureza boa parte do mercado opera na ilegalidade, é de se esperar que essa realidade se aprofunde com uma exigência de 60%, pois os impactos econômicos serão maiores. A UNIPASTO... A Unipasto é composta por empresas e produtores de sementes de forrageiras distribuídos pelos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. A entidade foi criada em 2002 a partir da parceria junto à Embrapa com o objetivo de apoiar financeiramente a pesquisa no desenvolvimento de novas variedades de forrageiras tropicais. Essa parceria disponibilizará 20 novas cultivares dentro de um processo de ajuste ao desenvolvimento do mercado nacional. Dentre as empresas associadas, está a Wolf Seeds do Brasil representada por seu Diretor Técnico e Engenheiro Agrônomo José Pereira da Silva Filho, participando da diretoria da Unipasto, compondo o seu conselho gestor. Apenas os associados à Unipasto possuem uma “autorização para multiplicação” fornecida pela Embrapa (que tem direito aos royalties por ser detentora das cultivares lançadas através da parceria com a entidade), mas as denúncias de produtores ilegais têm aumentado de forma sgnificativa nas últimas duas safras. Mesmo com as muitas denúncias encaminhadas pela Abrasem 2008 e 2009, a fiscalização ainda não é suficiente para impedir o comércio ilegal desses produtos. 40% para 60%. Governo altera índice de pureza obrigatória das sementes para pastagem. RISCOS... Os esforços do setor de sementes para levar ao produtor informações sobre as vantagens da utilização de tecnologia e insumos adequados ficarão comprometidos caso a atual legislação de fiscalização de sementes e mudas não seja revista com urgência. É o que afirma José Américo Pierre Rodrigues, superintendente-executivo da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem). Ele teme que o uso de sementes oficiais e certificadas, diminua em decorrência da atual fiscalização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que tem priorizado esforços sobre o produtor formal em vez de fechar o cerco á produção ilegal. “Enquanto o Ministério fiscaliza uma, duas, três vezes por safra um produtor de semente legal, questionando muitas vezes, aspectos meramente formais no processo, como os inúmeros formulários de controle, notas e outras exigências que muitas vezes nada têm a ver com a produção e a qualidade da semente, a pirataria continua em níveis assustadores”, alerta Rodrigues. Algo tem que ser feito urgentemente. Acreditamos ser necessária uma revisão da legislação atual, em vigor desde 2003. Já tivemos tempo suficiente para verificar o que tem funcionado e o que não tem funcionado, completa. De acordo com o executivo, o produtor de sementes estabelecido já é obrigado, legalmente, a cumprir uma série de exigências, como investir em unidades de beneficiamento, contratar técnicos especializados, inscrever campo no Mapa, pagar royalties, manter a pesquisa e recolher impostos aos cofres públicos. “Além disso, a lei obriga o produtor assumir a responsabilidade pela qualidade da semente comercializada e tudo isso sob a supervisão do Mapa”, explica. h a i s c m Brac i r a o ure B I O p za A A X de 60% A instrução normativa (IN) número 30 divulgada no , publicada em maio de 2008 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estabeleceu novas normas e padrões para a produção e comercialização de sementes de forrageiras tropicais. Info Wolf
  • 4. 05 O Presidente da Associação de Produtores de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) e vice-presidente da Abrasem, Narciso Barison Neto, também manifesta desapontamento com a fiscalização apenas sobre o produtor. “Fiscalizar os produtores de sementes e mudas, é sim, necessário, mas é preciso abrir o leque, passar a fiscalização também ao comércio, para inibir o contrabando”. O foco deve ser o atravessador, os piratas, que fomentam a ilegalidade”, afirma. De acordo com Pierre Rodrigues, a taxa de utilização de sementes oficiais de forrageiras ainda é muito baixa. “Essa falta de controle sobre o que é cultivado em nossos pastos é um grande perigo para a sustentabilidade do agronegócio brasileiro”, ressalta. Desde 2008, a Abrasem assumiu a responsabilidade de receber as denúncias de produtores ilegais e levá-las até o Mapa. O Brasil possui atualmente 210 milhões de hectares de pastagens, dos quais aproximadamente 60% são cultivadas (130 milhões de hectares). O mercado nacional de sementes de forrageiras tropicais produz anualmente cerca de 100 mil toneladas de sementes correspondendo a cerca de US$ 300 milhões. ABRASEM... Principal entidade representativa do setor e porta-voz do país na América Latina, a Abrasem representa os produtores de sementes e mudas no Brasil, a parte inicial do ciclo de produção agrícola, apoiada nas pesquisas e desenvolvimento de variedades de plantas que mais se adaptem às variadas regiões geográficas do país. A entidade foi fundada em 1972 e atualmente congrega 528 associados, entre entidades estaduais, associações representativas de todo o setor de sementes, obtentores e usuários, 4 mil técnicos e 15 mil vendedores, além de gerar cerca de 220 mil empregos indiretos. A entidade atua junto a membros das áreas de pesquisa, produção, multiplicação, beneficiamento, armazenamento e comercialização com o objetivo de ter uma representação mais forte e atuante do setor como um todo. E FI A C RTI CD A QA ADE U LID E FI A C RTI CD A QA ADE U LID WOLF SEEDS DO BRASIL... Como citado anteriormente, dentre as empresas associadas à Unipasto, está a Wolf Seeds do Brasil, que apoia e incentiva a pesquisa junto a Embrapa visando a sustentabilidade do produtor. Somente as empresas associadas a Unipasto podem utilizar o selo de associada que você pode observar na última página deste informativo. Além disso, a Wolf Seeds do Brasil é a primeira empresa de sementes de forrageiras tropicais com a certificação internacional . É a garantia de qualidade que começa no campo de produção e vai até a sua propriedade, resultando em um produto final com a garantia Wolf Seeds de qualidade. ISO 9001:2000 Invista em nossos produtos e veja a diferença. Fonte: Revista A Granja edição 6/2009 Preparo do solo para a formação de uma pastagem... O sucesso da formação de uma pastagem depende muito mais de conhecimento do que de sorte. Grande parte dos procedimentos necessários a uma boa formação, apresentados a seguir, não implica em um aumento de custos. Este inicia-se pela coleta de amostras do solo para análise. Com os resultados, um técnico pode fazer recomendações de calagem, adubação e também da espécie/cultivar mais adequada à aquele tipo de solo descrito na análise. Se for necessário calcarear e se a quantidade de calcário for inferior a 3 t/ha, recomenda-se a aplicação de uma vez só, após a aração. Para quantidades superiores, recomenda-se que a metade da quantidade de calcário, deva ser esparramada na área antes da aração e, a outra metade, após a primeira gradagem. A primeira movimentação do solo pode ser feita com arado ou gradeadora (”grade rome”), incorporando todo o material vegetal existente na superfície. Em seguida, com uma grade niveladora faz-se o destorroamento do solo, nivelamento da superfície e eliminação de eventuais invasoras. Quase sempre, duas passadas da grade niveladora são suficientes. A aplicação a lanço de fertilizantes (superfosfato, por exemplo) deve ser feita antes da primeira gradagem niveladora ou entre a primeira e a segunda, para uma boa incorporação do fertilizante. PREPARO DO SOLO... * * * As ações para o controle de erosões, como a construção de terraçõs e curvas de nível, devem ser executadas após o nivelamento do solo; O destorroamento excessivo, resultante de número exagerado de gradagens, deve ser evitado a todo custo; A calagem deve ser feita entre 60 e 90 dias antes do plantio, para que o calcário tenha tempo de reagir no solo; Observação: é muito importante esperar que o material incorporado ao solo pela aração apodreça antes do plantio, caso contrário, as sementes morrerão por causa dos efeitos da fermentação deste material. Cuidados especiais no preparo do solo...
  • 5. www.wolfseeds.com06 Consorciação de gramíneas e leguminosas forrageiras em pastagens na Amazônia... Um assunto cada vez mais freqüente nos noticiários são as transformações climáticas observas no mundo nos últimos anos. E a velocidade e a forma implacável e destruidora com que essas mudanças estão acontecendo estão deixando o mundo em alerta. O exercício da agricultura e da pecuária tem sua parcela de participação nesses fenômenos de transformação da paisagem e do clima. A remoção da vegetação natural para uso em atividades agrícolas e na pecuária rompe o equilíbrio natural do meio ambiente (água- solo-planta) e originando o fenômeno denominado de erosão, que consiste na remoção de nutrientes, microrganismos e constituintes físicos do solo. O processo erosivo inicia-se com a utilização inadequada e, ou pelo uso excessivo do solo. A princípio, a erosão atinge apenas a superficie do solo e permanece imperceptível durante os primeiros estágios. Porém, com o tempo esse desgaste do solo é responsável por uma drástica redução nos índices produtivos e por grandes prejuízos aos agricultores e pecuaristas. Na região Amazônica, devido a grande disponibilidade de área, verifica-se que após a exaustão dos recursos naturais do solo e a perda da produtividade, há o abandono da área empobrecida para a busca de outras inexploradas. Este tipo de sistema de produção extrativista e itinerante leva ao aumento não só de áreas abandonadas consideradas degradadas ou inapropriadas para uso na agricultura ou pecuária, mas também ao aumento do desmatamento. O processo de degradação se manifesta pela queda gradual e constante de produtividade dos capins nas pastagens, devido a vários fatores como a baixa adaptabilidade da espécie forrageira, a baixa fertilidade dos solos e ao manejo inadequado das pastagens, o que acarreta no aparecimento de plantas invasoras. Isto leva à necessidade de se adotar medidas de limpeza através do uso do fogo que apesar de prático e barato é altamente danoso ao solo e ao equilíbrio do ambiente. Além do controle de plantas invasoras, a utilização do fogo em pastagens cultivadas tem como objetivo eliminar restos de material seco e com grande proporção de talos que não foram consumidos pelos animais durante o período seco e, ao mesmo tempo, proporcionar a rebrota da forragem com melhor qualidade. Os principais danos causados pelas queimadas e pelos desmatamentos estão relacionados com a destruição da vegetação nativa, a morte de animais, a extinção local de espécies, a perda de matéria orgânica no solo e a sua exposição à erosão. Além disso, contribuem também para o aumento do efeito estufa devido à liberação de grandes quantidades de gás carbônico para a atmosfera. Humidicola + Puerária Uma tecnologia simples e interessante para evitar o uso do fogo é a diversificação de espécies forrageiras ou a utilização de pastagens consorciadas, que consiste no estabelecimento de gramíneas e leguminosas numa mesma área. As leguminosas forrageiras apresentam alto conteúdo protéico, maior digestibilidade e maior tolerância à seca em relação às gramíneas. O elevado teor protéico das leguminosas deve-se ao fato das raízes dessas plantas se manterem em associação simbiótica (relação em que ambos são beneficiados) com bactérias do gênero Rhizobium, que tem a capacidade de captar nitrogênio da atmosfera e adicioná-lo à planta e ao solo. Isto melhora a fertilidade do solo, aumenta a produção de forragem e, como conseqüência, torna a dieta do gado mais diversificada e rica em proteínas. Decumbens + Stylosanthes campo grande + Calopogônio Acredita-se que entorno de 80% do nitrogênio fixado pela leguminosa pode ser transferido de maneira indireta para a gramínea. A conseqüência disso é o melhoramento das pastagens devido a melhor cobertura do solo e ao aumento da produção de forragem. Além disto, a consorciação de gramíneas e leguminosas é economicamente interessante para o produtor, pois há uma redução significativa nos custos da adubação nitrogenada. Por estas razões a consorciação encontra-se bastante difundida no Brasil. No entanto, na Amazônia Ocidental a escassez de gramíneas e leguminosas forrageiras adaptadas às condições de solo e clima e que sejam recomendadas para o estabelecimento de pastagens consorciadas estáveis, produtivas e persistentes, tem sido apontada como o principal motivo da falta de difusão dessa prática nessa região. As espécies de capins mais utilizadas em pastagens no Estado de Rondônia pertencem ao gênero Brachiaria e grande parte dessas pastagens cultivadas tem mostrado sinais de degradação em poucos anos de uso. Sendo este um motivo de grande preocupação para os pesquisadores da Embrapa Rondônia, um estudo para avaliar a utilização de pastagens consorciadas de capim Massai (Panicum maximum) e amendoim forrageiro (Arachis Pintoi) na alimentação de vacas mestiças em lactação sendo conduzido no campo experimental de Porto Velho. Espera-se que em futuro muito próximo, os pecuaristas da Amazônia Ocidental possam contar com grandes mudanças em relação à oferta de novas leguminosas forrageiras bem como de recomendações técnicas que viabilizem a pecuária sustentável através do uso de pastagens consorciadas não só para criação de bovinos leiteiros, mas também para ovinos e bovinos de corte. Ana Karina Dias Salmo Pesquisadora Embrapa /CPAFRO Fonte: www.agronline.com Consulte nosso site e conheça toda nossa linha de leguminosas!
  • 6. 07 www.wolfseeds.com Capim milagroso ou planejamento alimentar para o gado? O manejo inadequado das pastagens traz conseqüências desastrosas à economia das propriedades. Verifica-se redução progressiva na capacidade produtiva das pastagens, até a plena degradação, levando à necessidade de recuperação, que, em geral, encontra o produtor sem recursos, pois o ciclo pobreza dos pastos atinge a economia da atividade, afetando, também, solo, água, gado, além de impactos ao meio ambiente. A má formação das pastagens, capins não adaptados às condições locais, não reposição dos nutrientes, falta de controle das invasoras e manejo inadequado das pastagens (superpastejo ou pastejo inapropriado) são fatores que abreviam a degradação das pastagens. É importante saber que a adoção de uma única medida apenas para se tentar melhorar as condições das pastagens não trará os resultados esperados. É imprescindível que sejam tomadas medidas em conjunto, ou mesmo que se siga uma ordem de prioridades, deve-se começar pelo dimensionamento da área efetiva das pastagens; redivisão em pastos menores; adoção de práticas de manejo que dêem ao capim condições de rebrota e desenvolvimento; controle da quantidade de animais para não haver excesso no pastejo; controle eficiente das invasoras; e reposição de nutrientes. Quando o agricultor vai realizar o plantio de sua lavoura, já sabe que a cultura que vai plantar tem um ciclo de vida, então, faz um planejamento para saber quanto vai gastar e estimar a área que é possível plantar, depois faz um calendário de tratos culturais até a colheita. Ao colher todo o material, invariavelmente, se for seguido todo o cronograma, sem problemas com intempéries e com máquinas bem reguladas, vende ou estoca o que foi produzido, obtendo lucro. Na pecuária ocorre que, via de regra, o pecuarista não sabe ou não dá a devida importância ao ciclo dos capins, pois não fez o planejamento alimentar para o rebanho, aí, em épocas de menor oferta de pastos, ou pela aquisição de animais, diante de bom preço, acaba por sacrificar parte de suas pastagens. Perde o momento ideal da colheita de seu pasto (pelo animal via pastejo), perdendo em qualidade e quantidade das pastagens, visto que manejou de forma incorreta, o que, caso não tome medidas posteriores, levará à degradação das pastagens em curto intervalo de tempo. Deve-se entender o manejo das pastagens, como a arte e a ciência de planejar e gerir a utilização da forragem disponível, no intuito de se obter o máximo de produtividade animal, sem prejudicar as plantas forrageiras e o meio que a cerca. O fator de maior importância que limita a rentabilidade da pecuária é a alimentação. Há estimativas de que 90% dos animais na pecuária brasileira passam por períodos, mesmo que curtos, de insuficiência alimentar. Com o planejamento alimentar do rebanho feito de maneira correta, o pecuarista obterá ganhos em produtividade animal e dos capins. Em conseqüência terá o aumento do seu lucro e obterá maior eficiência em sua exploração, se não desperdiçar forragens e ofertar quantidades suficientes de alimentos aos animais, para que possam expressar todo o seu potencial. Cada região possui características próprias de solo e clima, por isso é importante o auxílio de um técnico para o dimensionamento da produção de alimentos e utilização de estratégias tais como: utilização de silagem; de feno; diferimento de pastagens; utilização de adubações e de produção; plantio de forrageiras anuais (milheto, sorgo etc.); utilização da cana-de-açúcar; de resíduos da agricultura (integração lavoura-pecuária); e de resíduos da agroindústria vegetal (farelos, óleos, tortas etc), ou, em regiões de climas favoráveis, apenas o redimensionamento do rebanho em função da forragem produzida durante o ano. Outras medidas a serem tomadas, dizem respeito ao treinamento, capacitação e valorização da mão-de-obra em todos os níveis, tendo contínua reciclagem, onde o proprietário deverá se incluir, deixando para trás conceitos antigos e profissionalizando sua propriedade. Ressalta-se que a busca por variedades melhores e, quem sabe, em futuro próximo, capins geneticamente modificados, que atendam todas as ansiedades dos produtores, ou venham atender a necessidade de rebanhos geneticamente superiores pelo constante aprimoramento genético e pela possível produção comercial de clones de animais deve ser, e é, uma procura incessante das instituições de pesquisa. No entanto, o que o produtor pode, deve e necessita fazer para ser competitivo hoje, é aproveitar ao máximo as forrageiras existentes no mercado e as que já possui em sua propriedade, conhecendo suas características, necessidades em reposição de nutrientes e manejo. E para que isso ocorra, é .necessário entender as pastagens como cultura tecnificada Amaury Burlamaqui Bendahan Pesquisadora Embrapa /CPAFRR Fonte: www.agronline.com Grande é a preocupação de vários pesquisadores em relação à utilização das pastagens de forma pouco racional. Os produtores, por sua vez, sempre se mostram insatisfeitos com os capins conhecidos, buscando o tão almejado “capim milagroso”, entretanto, a grande maioria adota práticas de manejo das pastagens que não resultam em melhoria dos índices produtivos. Se você precisa de uma orientação técnica, conte sempre com a Wolf Seeds!
  • 7. 08 Primeiro pastejo na hora certa... O costume, passado de pai para filho ao longo de gerações, visa a compensar uma série de deficiências na implantação das gramíneas, como o emprego de sementes de baixa qualidade ou em volume insatisfatório, falta de adubação ou controle inadequado de invasoras etc. “Até pouco tempo atrás, utilizavam-se sementes próprias, recolhidas manualmente do chão, para formar um pasto. Ou seja, havia grandes chances de algo dar errado. Agora, o que se espera do produtor é que ele trate o pasto como cultura e utilize tecnologia adequada, portanto, não há necessidade de se esperar o capim sementear. Pasto sementeado é como churrasco queimado, perde qualidade”, brinca Kichel. Segundo ele, essa prática antieconômica deve ser abandonada, pois resulta em fornecimento de forragem de baixo valor nutritivo e atraso na utilização do pasto. “Em condições normais, as gramíneas somente devem chegar ao estágio de florescimento se o objetivo for a produção de sementes para venda ou multiplicação”, diz kichel. No caso do Mombaça, recomenda-se introduzir os animais na área quando a pastagem atingir 80-90 cm de altura. No Tanzânia 70-80 cm, no Xaraés 60 cm, no Marandu 40-55 cm, no Braquiaria decumbens 45 cm, no Andropogon 70 cm e no Humidicola 35 cm. A observação da fenologia da planta também ajuda. Quando as primeiras folhas emitidas pela gramínea (aquelas que ficam na base da touceira) começam a amarelar é porque ela está se preparando para passar da fase vegetativa para a reprodutiva. Suas hastes tornam- se alongadas e surgem as primeiras panículas. Prestando atenção nesses sinais e medindo a altura do capim, o produtor pode identificar, com relativa facilidade, qual o momento certo de introduzir o gado no pasto recém-formado. ALTA LOTAÇÃO... Kichel recomenda ainda trabalhar com altas lotações no primeiro pastejo, por curto período de tempo (5 a 15 dias), utilizando-se animais jovens (bezerros de recria), que, por serem levem, danificam menos o pasto. Esse tipo de manejo permite rápido consumo da forragem e eliminação de boa parte das gemas apicais, o que reduz a produção de sementes. Para saber quantos animais introduzir na área, basta calcular a massa forrageira disponível. “Por exemplo, se tenho 6 toneladas de massa seca (MS) por hectare e determino como ideal um resíduo de 3 toneladas pós pastejo, sobram 3 toneladas para consumo dos animais. Considerando-se que cada garrote de recria ingere 8 kg de MS/dia, esse volume é suficiente para alimentar 25 cabeças por 15 dias”, explica o pesquisador. Há uma boa razão para se fazer o primeiro pastejo com alta lotação, por curto período de tempo. Lotes grandes funcionam como “roçadeiras biológicas”. Devido à competição intensa por alimento, os animais não selecionam as plantas e passam a cortá-las de maneira uniforme, evitando-se seu entouceiramento. “O segredo do bom manejo de formação (primeiro pastejo) é justamente esse: fazer os garrotes comerem muito, em poucos dias”, explica Kichel. Depois que a gramínea é rebaixada até o limite considerado ideal (por exemplo 30-40 cm para o Mombaça e 20 cm para o Marandu), o lote deve ser retirado e a área mantida em descanso por 20-25 dias, para que as plantas rebrotem e recomponham suas reservas. Transcorrido esse prazo, o pasto pode ser liberado para uso normal, seja em pastejo rotacionado, seja em contínuo. Existem algumas situações em que o manejo deve ser diferente da regra. Quando as gramíneas são implantadas, por exemplo, no final das águas (pastagens de safrinha), não devem ser submetidas ao “pastejo de formação”, pois a maioria das forrageiras tropicais perenes, nessas condições, não produz sementes. O certo é deixá-las em repouso para acumular massa e serem utilizadas na próxima estação das águas (meados de outubro). Já se houver erro na implantação da gramínea ou ocorrência de clima adverso, sem tempo para replantio, é melhor deixar a pastagem sementear para minimizar o problema. Fonte: Revista DBO edição 353 abril/09 O hábito de esperar o capim sementear, para depois se introduzir o gado, compromete a qualidade da pastagem. Um costume herdado do período colonial sobrevive com persistência guerreira no manejo das pastagens, apesar das recomendações em contrário. É o “primeiro pastejo tardio”, informa Armindo Kichel, pesquisador da Embrapa Gado de Corte, para quem “hábitos são como chicletes: custam a desgrudar”. Na visão de muitos pecuaristas, é preciso esperar o capim sementear antes de receber os animais pela primeira vez, pois assim se evita mal formação das pastagem. MANEJO CORRETO... O ideal, salienta o pesquisador, é iniciar o primeiro pastejo cerca de 45 a 75 dias após a germinação do capim, antes do início da inflorescência. Cada gramínea tem um ciclo vegetativo próprio e responde com maior ou menor velocidade de crescimento às variações climáticas e aos diferentes tipos de solo. “Quando falo em 45-75 dias, já estou considerando essas diferenças”, explica o pesquisador da Embrapa. Para ter maior segurança quanto ao ponto ideal do primeiro pastejo, o produtor pode guiar-se pela altura do capim. Excessões a regra do primeiro pastejo... Nas regiões de clima seco, onde as gramíneas morrem por falta de água (semi-árido) também convém deixá-las florescer, pois a sobrevivência dessas pastagens depende da manutenção de um rico banco de sementes no solo. Em contrapartida, pastos consorciados de gramíneas com leguminosas, braquiarão com estilosanthes campo grande, por exemplo, devem ser submetidos ao primeiro pastejo precocemente (10 a 15 dias após a germinação), pois esse manejo permite frear o crescimento do capim e garantir às leguminosas, que crescem mais lentamente, tempo suficiente para se estabelecer na área.
  • 8. 09 09 Desmatamento, não. Produção, sim.WOLF SEEDS Ambiental... Já não precisamos abater tantas árvores, precisamos evoluir! A questão da produção agropecuária, especialmente de alimentos, item muito importante quanto a preservação ambiental, desde que a terra seja trabalhada com consciência ecológica e obedecendo aos padrões científicos e tecnológicos da preservação. Como no caso, por exemplo, das áreas de preservação permanente das margens dos rios, que devem ter a largura determinada pelo declive e pela profundidade da cobertura arenosa ou argilosa do solo. Pela legislação atual, sem nenhum fundamento pedológico, está estabelecida por uma tabela rígida e irrealista (tanto que teve suspensa sua aplicação, por inaplicável) de 100, 200 e 500 metros às margens dos cursos d'água em que é proibido plantar, em todo território nacional. O critério desse espaço é definido pela largura do espelho d'água, sem considerar a questão essencial do solo e declive, como ensinam os pesquisadores da Embrapa. Ou a Embrapa pode ser acusada de conspiração contra o meio ambiente? Assumindo a responsabilidade de 24% do PIB e, além de abastecer o mercado interno, gerar 36% das exportações totais (US$ 58,4 bilhões), a agropecuária nacional não é uma aventura marginal nem uma força reacionária no processo social brasileiro, tem um papel de vanguarda na economia. Assim, deve ser reconhecida como protagonista essencial num debate que tem que ver com alguns de seus temas fundamentais, a preservação e vitalidade do solo, bem como da qualidade das águas, que certamente nenhum outro grupo debatedor tem mais motivações para defender. Um estatuto ambiental equilibrado, eficiente e prático é indispensável à segurança jurídica da atividade agropecuária e à sua própria responsabilização perante a sociedade. Tal segurança e responsabilização, porém, tornam-se inviáveis se mantida a legislação vigente, impossível de ser cumprida, pois impede a produção de alimentos em 71% do território nacional. Isso num país onde, infelizmente, 23 milhões de pessoas ainda passam fome, segundo dados da ONU. A saída, portanto, ao alcance de um gesto de boa vontade geral, sem ranhetices, preconceitos ou radicalismos, é buscar o consenso e a aplicação de soluções simples, como a do artigo 24 da Constituição, que estabelece a competência da União para fixar as normas gerais (e a aprovação de um novo Código Florestal moderno e vigoroso é a oportunidade perfeita para isso) e os Estados se encarregarão de aplicá-lo conforme as situações regionais específicas. Aliás, é hora de quebrar o monopólio usurpado por um grupo de falsos anjos da natureza que pretende decidir o que pode e não pode em matéria de meio ambiente, recusando verdades científicas e laudos insuspeitos da Embrapa, referência essencial do desenvolvimento sustentado da agropecuária brasileira. Artigo publicado em O Estado de S. Paulo - 03/06/2009 O artigo 1º do novo Código Florestal pode ser explícito e taxativo: "Não será permitida nenhuma derrubada florestal em todo o território nacional, sendo garantida a preservação das matas ciliares (margens dos rios, córregos, nascentes e lagoas) nos limites fixados por laudos geológicos, contra os riscos de erosão e prejuízos aos aquíferos." Naturalmente, essa redação é improvisada e o texto adotado deverá atender a exigências tanto ambientais quanto de técnica jurídica, mas o espírito é esse. Que seja uma declaração prévia do e, ao mesmo tempo, a garantia de segurança jurídica para quem produz no campo. compromisso da agropecuária com a defesa do meio ambiente A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), que presido, dispensa quem investe no confronto e insiste no diálogo para ajudar a construir um Brasil com mais comida, meio ambiente, diversão e arte. Artigo escrito por Kátia Abreu, Presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Leia o artigo completo na fonte citada no rodapé desta VANTAGENS E GANHOS DE SE REALIZAR O PRIMEIRO PASTEJO...... Além da uniformização do dossel forrageiro, o primeiro pastejo antes do florescimento ainda evita o acamamento, responsável por perdas significativas de forragem, pois o capim verga e é pisoteado pelo gado. Outra vantagem é a eliminação do excesso de plantas nos locais onde houve concentração indesejável de sementes. Os próprios animais arrancam as plantas mais fracas, que são pouco produtivas e competem por nutrientes com as demais. Feito em época certa, o primeiro pastejo estimula a emissão de novos perfilhos basais, raízes e folhas, aumentando o vigor das plantas. A gramínea cobre mais o solo e impede que as ervas daninhas se disseminem pela área. Em resumo, o bom manejo de formação é fundamental para a longevidade da pastagem e preservação do meio ambiente. Quando cobre totalmente o solo, o capim funciona como uma espécie de capa protetora, que minimiza a compactação provocada pelas patas dos animais e reduz a ação das chuvas e dos ventos, principais causadores de erosão. Com isso, o solo retém mais água, as gramíneas aproveitam melhor os nutrientes, produzem mais forragem, depositam mais matéria orgânica no solo e favorecem o desenvolvimento de sua microbiota. Devido à baixa incidência de invasoras, o produtor usa menos herbicidas, que são caros e contaminantes. “Enfim, uma pastagem bem implantada e bem manejada é sinônimo de maior produção de carne por hectare e de pecuária sustentável”, alerta Kichel. Conte gratuitamente com a equipe técnica Wolf Seeds do Brasil... Nossos profissionais buscam sempre o melhor resultado para o seu negócio, visando o sucesso de suas atividades sempre.
  • 9. www.wolfseeds.com10 Cultivares em destaque... Soja Perene Foto ampliada DESCRIÇÃO: Família: Leguminosas Ciclo vegetativo: Anual Forma de crescimento: Trepadora volúvel ADAPTAÇÃO: Tipo de solo: Fértil /Bem drenado Altitude: Até 1.200 m Precipitação anual: 700 - 1.500 mm TOLERÂNCIA: Seca: Média Frio: Alta Umidade: Baixa Cigarrinha: Alta Sombreamento: Média PRODUÇÃO: Matéria seca ha/ano: 5 - 6 t/ha Proteína bruta na M. S.: 15 - 22% Biomassa: 20 - 30 t/ha Ciclo até o florescimento: 150 dias Fixação de nitrogênio: 60 - 80 kg/ha/ano A Soja Perene é uma leguminosa de hábito de crescimento trepador com alta capacidade de produção, boa palatabilidade e excelente qualidade de forragem. Pode ser consumida diretamente pelos animais, em consórcio com gramíneas, em banco de proteínas ou fenação. Apresenta crescimento inicial lento e rápido, após o seu estabelecimento. Desenvolve-se bem em altitudes elevadas e não tolera solos mal drenados ou ácidos. Bastante exigente em fertilidade, é uma excelente opção de consórcio para gramíneas da espécie Panicum maximum (Tanzânia e Mombaça). Dicas Wolf Seeds para você... Conheça nossa linha de produtos... Brachiárias Panicuns Leguminosas Brachiarão Decumbens Humidícola Llanero (ex Dictyoneura) Ruziziensis Xaraés/Mg-5 Mg-4 Piatã (Lançamento/Embrapa/Unipasto) Tanzânia Aruana Massai Mombaça Estilosanthes campo grande Arachis pintoi Calopogônio Mucuna preta Leucena Puerária Alfafa Lab lab Crotalaria spectabilis Crotalaria juncea Feijão guandu anão Feijão guandu caqui Feijão de porco Soja perene Feijão guandu mandarim (Lançamento/Embrapa/Unipasto) Outras variedades Setária Kazungula Nabo Forrageiro Milheto BRS 1501 Grama batatais Capim Gordura Andropogon Pensacola Rhodes Faça já seu pedido antecipado e garanta a disponibilidade destes produtos para você! DESCRIÇÃO: Família: Gramíneas Ciclo vegetativo: Perene Forma de crescimento: Touceira ADAPTAÇÃO: Tipo de solo: Fértil/Bem drenado Altitude: Até 1.500 m Precipitação anual: Acima de 1.000 mm TOLERÂNCIA: Seca: Boa Frio: Boa Umidade: Baixa Cigarrinha: Média Sombreamento: Média PRODUÇÃO: Matéria seca ha/ano: 20 - 28 t/ha Proteína bruta na M. S.: 10 - 16% Palatabilidade: Ótima UTILIZAÇÃO / MANEJO Tempo de formação: 90 - 120 dias Primeiro pastoreio: 90 dias (gado jovem) Altura do corte: 40 cm - retirar os animais Incorporação: Não Mombaça O capim Mombaça (Panicum maximum), lançado pela Embrapa em 1993, é uma planta cespitosa com aproximadamente 1,65 m de altura, apresentando folhas com 3 cm de largura, longas, com poucos pelos e sem cerosidade. É exigente em solos de boa fertilidade, não se adaptando aos solos mal drenados. Apresenta boa tolerância à seca e ao frio. A estacionalidade de produção no período seco atingiu 11% do total anual, enquanto o “colonião” atingiu apenas 3%. A cultivar Mombaça apresenta porcentagem de folhas na ordem de 82%, bem superior ao “Colonião” (62%), com bons teores de proteína, e boa palatabilidade. Suas principais características positivas são a elevada produção sob adubação intensiva, o alto valor alimentício e a resistência média a cigarrinha das pastagens. Nos últimos anos têm tido uma boa aceitação na região norte do país, local onde tem boa precipitação anual e solos de boa fertilidade. Dicas Wolf Seeds para você... Foto ampliada
  • 10. www.wolfseeds.com 11 José Pereira da Silva Filho Diretor Técnico - Eng. Agrônomo - W.S.B Alimentação e suplementação de bovinos... Os bovinos são animais poligástricos, dotados de estômago dividido em quatro compartimentos, contendo em sua porção inicial o Rumen e Retículo que são responsáveis pela digestão de alimentos fibrosos, transformando-os em nutrientes prontamente disponíveis para o desempenho produtivo. Com a evolução genética das raças, trouxe consigo um aumento das exigências nutricionais de nossos bovinos em produção, isto é proporcional a cada animal, o que torna sua alimentação dependente de suplementos capazes de suprir as deficiências das pastagens e outros alimentos volumosos. USO RACIONAL DAS PASTAGENS... A pastagem constitui a principal fonte de alimento do rebanho bovino brasileiro, 95% dos animais abatidos, são criados, recriados e terminados exclusivamente no pasto. Mesmo os 5% de animais terminados em confinamentos passaram a maior parte de sua vida durante as fases de cria e recria, em pastagem. Mas a planta forrageira, raramente, atende à exigência total dos bovinos e nem sempre é manejada de forma adequada, muitas vezes devido à falta de conhecimento de suas condições fisiológicas de crescimento e composição nutricional. Manejar uma pastagem de forma adequada significa produzir alimentos em grandes quantidades além de procurar o máximo valor nutritivo possível do material. A produção de massa afeta de forma significativa a capacidade de suporte da pastagem (maior número de animais por área) e está influenciada pela fertilidade do solo, manejo e condições climáticas, enquanto que o valor nutritivo afeta a produção de leite individual do animal e depende principalmente da idade da planta. Para um bom desempenho produtivo, os ruminantes necessitam de água, proteína, energia, vitaminas e minerais. Todos estes nutrientes são de grande importância para alimentação dos animais, variando apenas quantativamente, no que diz respeito à categoria dos animais Durante o período chuvoso, as pastagens chegam a apresentar níveis satisfatórios de proteína, energia e vitaminas, enquanto que os minerais estão deficientes, impedindo o pecuarista de obter índices máximos de produtividade. No período de estiagem, todos nutrientes estão deficientes na pastagem, portanto nesta época a suplementação de apenas um nutriente não resulta em melhores rendimentos do rebanho. Qualidade da forragem: quando se pensa em qualidade, deve-se relacioná-la com maior desempenho animal. Ou seja, forragem de boa qualidade permite maior ganho de peso daqueles que a consomem. O maior ganho de peso relaciona-se com aumento de massa corporal e acúmulo de tecidos. O sódio é um elemento mineral presente em todos os tecidos. Quanto maior a massa corporal e o acúmulo de tecidos (maior taxa de ganho de peso), maior será a demanda por sódio e consequentemente, o consumo do suplemento mineral. Disponibilidade de forragem: um bovino destina aproximadamente 8h a 10h por dia para realizar a atividade de pastejo e consumir a quantidade de forragem necessária para o preenchimento ruminal. Na transição da estação da seca para a das águas (primeira chuvas) ou até quando chove no meio da estação seca nestas ocasiões, como a altura do pasto é baixa porque toda a folha foi consumida durante a seca, a ocorrência de chuvas irá estimular a brotação da pastagem. O aparecimento de brotos apresenta aos animais um tipo de forragem pela qual eles têm preferência, mas não a têm disponível há meses. Assim os bovinos dedicam-se ao consumo destes brotos de forma intensa, deixando de visitar ou reduzindo o número de visitas ao cocho de sal mineral. Desta forma, o consumo médio do suplemento mineral pelos animais sofre redução por alguns dias. Esta situação é muito comum no final da seca, quando o consumo de proteinado sofre intensa redução. Enfim, o pasto deve ser tratado em todas as épocas do ano e fases de crescimento. O pecuarista deve estar atento, pois esta prática é responsável pelo aumento significativo dos lucros das fazendas, já que possibilita aos animais acesso a pastagens de melhor qualidade, o que resulta em maior ganho de peso de rebanhos em menor tempo. Em época de seca, principalmente nos meses de junho e julho, para continuar com a mesma quantidade de boi no pasto, o produtor deve suplementar a alimentação com concentrado no cocho, cana ou silagem. A diminuição de número de animais/ha na época de menor oferta de forragem também pode ser a solução para adequar a capacidade de suporte para a área disponível e, desta forma, enfrentar a época da seca sem maiores preocupações. A Wolf Seeds disponibiliza uma linha completa de gramíneas e leguminosas para atender a qualidade nutricional que o seu rebanho precisa!.
  • 11. www.wolfseeds.com 11 Caro Leitor... Responsável Técnico: José Pereira da Silva Flho Crea-65918/D-SP “A melhor genética começa aqui!” A Wolf Seeds atua em todo território nacional e exporta para mais de 48 países. Para encontrar uma revenda ou um representante mais próximo de sua propriedade, ligue para nós através da central em Ribeirão Preto/SP ou através do e-mail que teremos a imensa alegria em atendê-lo! (16) 2111-0505 sac@wolfseeds.com.br Não deixe de participar deste canal de comunicação, pois a sua opinião é muito importante para o sucesso deste informativo. Acesse o site: e envie gratuitamente sua dúvida ou sugestão para os próximos temas. No próximo você verá dicas sobre: www.wolfseeds.com Info Wolf online “ Indicações de forrageiras para Integração lavoura-pecuária ” F CD A CERTI I A QU L E A IDAD F CD A CERTI I A QU L E A IDAD Você pergunta... e a responde...WOLF SEEDS Nota técnica da Embrapa sobre a morte de equinos... Conforme divulgado na edição do 9 segue abaixo a nota técnica da Embrapa sobre a morte de equinos. O Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade, Cleber Soares, o qual abriu os trabalhos, informou que foram vários relatos apresentados relacionados ao problema que afeta a categoria dos equídeos na região amazônica e que a equipe delineou ações a serem executadas pelas instituições com vistas a determinar as causas da questão e propor soluções. Entre as ações estão: levantamento na Amazônia da área pastejada por cavalos, avaliação de substâncias nas forragens pastejadas com verificação de ocorrência de fungos e valores nutricionais, elaboração de análise de solo dos locais, avaliação clínica de animais doentes e sadios nas áreas de ocorrência, entre outras. Para Cleber Soares o problema carece de estudos para um diagnóstico final. Por enquanto uma das recomendações para impedir a cólica nos eqüídeos é evitar o pastejo exclusivo das forrageiras Tanzânia-1, Mombaça e Massai durante a época chuvosa. Leia abaixo a nota técnica sobre o assunto em questão. - Cólica em equídeos sob pastejo em Panicum maximum na região Amazônica. Com o objetivo de propiciar avanços na produtividade da bovinocultura de corte, a Embrapa Gado de Corte desenvolve melhorias genéticas capazes de elevar a produção de pastagens. Nesse sentido, foram lançadas as cultivares Tanzânia-1 (em 1990), Mombaça (em 1993) e Massai (em 2000) de Panicum Maximum, com potencial de produção de forragem expressivamente maior em relação à cultivar Colonião. A partir de 2001, em alguns locais da região Amazônica, vêm sendo observados casos de cólica em equídeos que pastejam essas cultivares. Contudo, até o presente momento, não se tem observado casos similares, associados à ingestão dessas cultivares, em outras regiões do Brasil. Com o objetivo de esclarecer a situação, no dia 2 de abril de 2009 a Embrapa Gado de Corte organizou uma reunião técnica que contou com a participação de profissionais das áreas de ciências agrárias da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Amazônia Oriental, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e das Universidades Federais do Pará (UFPA), do Amazonas (UFAM), da Paraíba (UFPB), e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), dentre eles os médicos-veterinários que vêm estudando os aspectos epidemiológicos, clínicos, patológicos e patogenéticos da enfermidade. Com base nessa reunião, são fornecidas sugestões para a prevenção da enfermidade, a partir dos conhecimentos que se têm até o momento. Não obstante, estudos para melhor esclarecer o assunto, estão em andamento ou serão intensificados em algumas instituições federais do País. CARACTERÍSTICAS DA ENFERMIDADE... As observações e estudos até agora têm mostrado que os casos de cólica em equídeos, associados à ingestão dessas cultivares, ocorrem exclusivamente na região Amazônica, no período chuvoso, em especial no seu início. Não se tem verificado surto da doença em pastagens implantadas a menos de dois anos, ou quando o capim está “maduro”, nem quando os equídeos pastejam juntamente com bovinos. Clinicamente, a condição caracteriza-se por sinais clássicos de cólica, entre os quais inquietação, deitar e rolar, timpanismo, parada dos movimentos intestinais (íleo paralítico), sinais de dor, congestão de mucosas e, às vezes, refluxo nasal. À necropsia, verificam-se congestão, erosões e úlceras na mucosa do estômago, congestão da mucosa e dilatação do intestino delgado com grande quantidade de conteúdo líquido, avermelhamento da mucosa e grande quantidade de gás no ceco. Há alteração na coloração do fígado e lobulação mais evidente. SUGESTÕES PARA PREVENÇÃO DA ENFERMIDADE... Evitar o pastejo exclusivo das cultivares Tanzânia-1, Mombaça e Massai de Panicum Maximum, para equídeos, durante a época chuvosa. Implementar áreas com pastagens alternativas (sobretudo Brachiaria humidicola) para as quais os equídeos devem ser remanejados durante o período chuvoso nas regiões de ocorrência da enfermidade. Vale ressaltar que a cólica em equídeos tem diversas etiologias, sendo importante estabelecer o diagnóstico com essas outras condições. Info NOTA TÉCNICA Nota: Wolf Fonte: www.embrapa.br