2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidatos a transplante de fígado neide aparecida micelli domingos, marilda emmanuel novaes lipp y maria cristina o. s. miyazaki
Este documento descreve um estudo que avaliou os efeitos de um programa de controle de estresse em pacientes candidatos a transplante de fígado. Vinte e dois pacientes participaram do programa de intervenção psicológica e completaram questionários sobre estresse, ansiedade e depressão antes e depois. Os resultados sugerem uma redução dos sintomas de estresse, ansiedade e depressão após a intervenção, embora sem diferenças estatisticamente significativas.
Semelhante a 2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidatos a transplante de fígado neide aparecida micelli domingos, marilda emmanuel novaes lipp y maria cristina o. s. miyazaki
Semelhante a 2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidatos a transplante de fígado neide aparecida micelli domingos, marilda emmanuel novaes lipp y maria cristina o. s. miyazaki (20)
2004 hepatite colestática associada ao vírus da hepatite c pós transplante he...
2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidatos a transplante de fígado neide aparecida micelli domingos, marilda emmanuel novaes lipp y maria cristina o. s. miyazaki
2. Micelli Domingos et al. Stress, ansiedade, depressão em candidatos a transplante de fígado 41
a serem submetidos a transplante de fígado e avaliar
e comparar nível de stress, depressão e ansiedade e
estratégias de enfrentamento antes e após programa
de intervenção.
Methodo
Participantes
Participaram do estudo 22 pacientes. O
critério de inclusão foi estar em lista de espera para
transplante de fígado a partir de 2002. Foram
excluídos pacientes com problemas físicos ou
psicológicos que impedissem a participação no
programa de controle de stress que residissem a
mais de 250 km de distância da cidade de São José
do Rio Preto/SP/Brasil.
Instrumentos
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da FAMERP (Parecer nº. 032/2004) e
da PUCCAMP (Protocolo nº.099/04). Os
instrumentos utilizados para a coleta de dados
foram:
1. Inventário de Sintomas de Stress para
Adultos de Lipp-ISS-L (Lipp, 2000): é um
inventário de auto relato que permite verificar o
nível de stress do individuo, identificando os
sintomas físicos ou psicológicos apresentados em
cada uma das fases (Alerta, Resistência, Quase-
Exaustão e Exaustão). Um escore maior que seis
indica presença de stress na fase de Alerta; escore
maior que três indica stress na fase de Resistência /
Quase Exaustão e maior que oito na fase de
Exaustão.
2. Inventários Beck de Ansiedade – BAI
(Cunha, 2001): é uma escala sintomática, de auto
relato, composta por 21 itens com quatro
alternativas cada um, desenvolvido para medir a
gravidade dos sintomas sem ordem crescente do
nível de ansiedade. Um escore entre 0-10 indica
sintomas mínimos; de 11-19 sintomas leves; 20-30
sintomas moderados e 31-63 sintomas graves.
3. Inventários Beck de Depressão (Cunha,
2001): é uma escala sintomática, de auto relato,
composta por 21itens que avalia atitude e sintomas
depressivos, cuja intensidade é indicada por uma
pontuação que varia de 0 a 3. Um escore entre 0-11
indica sintomas mínimos; de 12-19 sintomas leves;
20-35 sintomas moderados e 36-63 sintomas graves.
4. Escala Modos de Enfrentamento de
Problemas – EMEP (Seidl, Tróccoli & Zannon,
2001): é uma escala de auto relato, composta por 45
itens, numa escala Likert de cinco pontos, em que 1
significa que nunca faço; 2significa que faço isto um
pouco; 3 significa que faço as vezes; 4 significa que
faço muito e 5 que faço sempre. Quatro tipos de
estratégias são consideradas: enfrentamento
focalizado no problema; focalizado na emoção;
busca de prática religiosa e busca de suporte social.
Procedimiento
Os participantes foram solicitados a
comparecer ao ambulatório em dia e hora pré-
estabelecidos. Após terem assinado Termo de
Consentimento, os pacientes foram submetidos à
aplicação prévia dos inventários e participaram do
programa de Treino de Controle de Stress.
O Treino de Controle de Stress foi realizado
em oito sessões, em grupo (dois grupos com sete
pacientes e um grupo com oito pacientes) de 90
minutos cada. A intervenção foi breve e focal e
inclui: mudança no estilo cognitivo; treino de
assertividade; treino de resolução de problemas;
autocontrole da ansiedade; manejo da hostilidade;
administração do tempo; redução da excitabilidade
emocional e física; mudanças no estilo de vida com
relação à atividade física, nutrição e relaxamento.
Ao final do treino foram submetidos novamente aos
inventários.
Sessão 1: apresentação e aplicação dos
inventários;
Sessão 2: explicação sobre: definição,
psicofisiologia, fases e sintomas do stress;
Sessão 3: explicação sobre modelo cognitivo-
comportamental e tarefas de casa (registro de
pensamentos disfuncionais - RPD);
Sessão 4: revisão da RDP; explicação sobre
modelo cognitivo da ansiedade; técnicas de
relaxamento; tarefas de casa;
Sessão 5: treino de assertividade; técnicas de
resolução de problemas; relaxamento;
Sessão 6: modificação de estilo de vida
(discussão sobre atividade física e informações
nutricionais com uma nutricionista); relaxamento;
Sessão 7: revisão dos passos anteriores;
relaxamento;
Sessão 8: aplicação dos inventários e avaliação
do treino.
Análise estadística
O teste McNemar foi usado para comparar o
stress antes e após o treino. Teste Wilcoxon’s foi
usado para comparar fases do stress, sintomas de
3. 42 Revista de Motivación y Emoción 2012, 1, pp. 40 - 46
depressão e ansiedade antes e após treino e o Teste
dos Sinais para comparar os sintomas físicos e
psicológicos antes e após treino. One-Sample test
foi usado para comparar as estratégias de
enfrentamento. O nível de significância foi de 0,05.
A escolha por testes não paramétricos é devido à
compatibilidade com a ciência do comportamento.
Programa usado para análise estatística: SPSS 17.
Resultados
Participaram 22 pacientes, sendo 9 (41%) do
sexo feminino e 13 (59%) do sexo masculino; idade
(M = 48.73 e DP = 8.63); 18 eram casados e 11
aposentados.
Em relação ao tipo de doença, cinco (38%) dos
homens e quatro (44%) das mulheres tinham
hepatite C; oito (62%) dos homens e duas (22%) das
mulheres tinham cirrose; uma mulher (11%) tinha
doença de Wilson e duas mulheres (22%) tinham
tumor.
O stress foi observado em 12 (54,54%) dos
pacientes antes da intervenção e em 10 pacientes
(45,45%) após a intervenção, mas não houve
diferença estatística significante (p = 0.625) (Tabela
1).
Dos 12 (54,54%) pacientes que apresentavam
stress antes da intervenção, três (13,63%) deixaram
de apresentar após treino. Dos nove (40,90%)
pacientes que continuaram com sintomas, quatro
apresentaram evidência clínica de redução de stress,
observada pela mudança de um nível mais elevado
para um mais baixo (três pacientes passaram da fase
de exaustão para a fase de resistência e um passou de
quase-exaustão para a fase resistência), no entanto
não houve diferença significante (p = 0.149).
Tabela 1. Sintomas e Fases do Stress Antes e Após Treino de Controle de Stress
Antes Após
Pacientes Fases Sintomas Fases Sintomas
A R QE E PS F A R QE E PS F
1 5 5 7 40% 30% 6 3 5 0 0
2 0 2 5 0 0 0 1 5 0 0
3 1 1 1 0 0 1 2 2 0 0
4 0 1 3 0 0 0 0 2 0 0
5 4 7 12 60% 40% 5 11 15 80% 70%
6 4 5 19 100% 66% 3 4 4 0 40%
7 1 4 3 40% 20% 1 6 5 40% 40%
8 3 0 10 5 60% 70% 5 4 0 20% 30%
9 1 2 4 0 0 1 2 4 0 0
10 3 9 11 80% 50% 3 3 4 0 0
11 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0
12 4 4 7 40% 0 6 6 6 20% 50%
13 1 1 4 0 0 2 1 1 0 0
14 9 9 14 100% 40% 8 6 7 40% 40%
15 4 6 3 60% 0 3 4 3 0 40%
16 40 0 1 0 0 1 0 0 0 0
17 5 3 7 0 0 4 4 6 60% 10%
18 9 0 14 17 100% 90% 9 8 15 72% 70%
19 1 5 5 0 30% 2 0 0 0 0
20 6 6 10 80% 20% 8 4 6 66% 50%
21 1 1 1 0 0 0 0 1 0 0
22 2 2 8 0 0 0 2 2 0 0
Note: A=alerta; R= resistência; QE= quase-exaustão; E= exaustão; PS= psicológicos; F= físicos
4.
5. Micelli Domingos et al. Stress, ansiedade, depressão em candidatos a transplante de fígado 43
Houve também redução do número de
sintomas (por ex. um paciente estava na fase de
exaustão com 100% de sintomas psicológicos e 66%
de sintomas físicos, passou para a fase de resistência
com 0% de sintomas psicológicos e 40% físicos; um
paciente que estava na fase de exaustão, com 72% de
sintomas psicológicos e 50% de sintomas físicos,
passou para a fase de resistência com 40% de
sintomas psicológicos e 40% de sintomas físicos),
mas não houve diferença significante (p = 0.508)
(Tabela 1).
Estes resultados sugerem que o treino de
controle de stress, quando aplicado adequadamente,
pode interferir na percepção individual e na forma
de enfrentamento. Esta mudança de percepção e de
estratégias de enfrentamento podem ter efeito
positivo sobre as emoções.
Os sintomas físicos mais frequentes foram:
insônia; taquicardia; dificuldades sexuais; mudança
de apetite; problema de memória; excesso de gases.
Os sintomas psicológicos mais frequentes foram:
aumento súbito de motivação; irritabilidade;
mudança de humor; impossibilidade de trabalhar,
vontade de fugir de tudo.
Houve redução dos sintomas de depressão
quando comparado antes (M=15,36; DP=11,81) e
após treino (M=12,32; DP=9,51), mas não houve
diferença estatisticamente significante (p=0,465).
Antes do treino tinham seis pacientes com sintomas
moderado e severo e após treino apenas três
permaneceram nesta categoria (Tabela 2)
Tabela 2. Depressão Antes e Após Treino de Controle de Stress em Pacientes Aguardando Transplante de Fígado.
BDI
Antes Após
Pacientes M L MO S M L MO S
1 13 8
2 8 13
3 5 8
4 6 8 25
5 21
6 29 15
7 15 13
8 16 13
9 10 12
10 45 10
11 10 17
12 16 18
13 9 7
14 26 14
15 21 24
16 1 2
17 18 7
18 42 43
19 15 0
20 8 10
21 1 1
22 3 3
Note: M= mínimo; L= leve; MO= moderado; S= severo
Os sintomas e atitudes mais frequentemente
citados pelos pacientes foram dificuldade de
trabalhar, perda de peso, fatigabilidade, indecisão,
mudança na autoimagem, perda de apetite e perda
6. 44 Revista de Motivación y Emoción 2012, 1, pp. 40 - 46
da libido. Todos os sintomas e atitudes descritos no
BDI (Cunha, 2001) foram citados, mesmo que
apenas uma vez, como o item ideação suicida. Há
certa associação dos itens do BDI com algumas
manifestações clínicas da doença, tais como
fatigabilidade, dificuldade de trabalhar, perda da
libido, inapetência (Leitão et al., 2003; Galizzi
Filho & Silva, 2001). Os sintomas clínicos podem
mascarar a presença de sintomas depressivos,
dificultando o diagnóstico de depressão (Castro e
Silva Jr. et al., 2002).
A depressão tem importante impacto na
qualidade de vida do paciente, provoca queda da
imunidade, problemas de adesão ao tratamento,
acarretando complicações tanto médicas, como
familiares e financeiras. Reconhecer sintomas que
indiquem presença de depressão é tão importante
quanto os cuidados médicos para o bom resultado
clínico.
Em relação aos sintomas de ansiedade não
houve diferença significante entre o pré e o pós-
programa (p=0,793). No entanto, antes do treino,
cinco pacientes apresentaram pontuação (M=12;
DP=11,06) em níveis moderado e grave e após a
intervenção este número foi reduzido para dois
(M=11,59; DP=8,97). Mesmo não sendo
significante em termos estatísticos, há evidência de
diminuição de escores, uma classificação mais grave
para uma mais leve ou redução de escore dentro de
um mesmo nível de classificação (Tabela 3).
Tabela 3. Ansiedade Antes e Após Treino de Controle de Stress em Pacientes Aguardando Transplante de Fígado.
BAI
Antes Após
Pacientes M L MO S M L MO S
1 17 15
2 8 10
3 5 15
4 3 1
5 24 38
6 10 12
7 7 7
8 15 9
9 0 3
10 40 18
11 2 3
12 15 17
13 15 11
14 24 11
15 25 12
16 0 0
17 9 16
18 31 30
19 0 8
20 9 10
21 0 4
22 5 5
Note: M= mínimo; L= leve; MO= moderado; S= severo
Pacientes com alto nível de stress (pacientes: 5,
6, 8, 10, 14, 18 e 20) também apresentaram níveis
mais altos de depressão (pacientes: 5, 6, 10, 14 e 18)
e de ansiedade (pacientes: 5, 10, 14 e 18). Estes
pacientes também mostraram mais dificuldades de
7. Micelli Domingos et al. Stress, ansiedade, depressão em candidatos a transplante de fígado 45
enfrentamento. Relataram mais dificuldades com a
equipe médica, membros da família, e seguir dieta.
O treino de controle de stress usado neste
estudo mostrou ser efetivo na redução de sintomas
de stress em vários grupos de pacientes, tais como
pacientes hipertensivos (Lipp, 2008), pacientes com
problemas intestinais (Bassio, 2000) entre outros
(Lipp, 2003). O fato de que neste estudo não tenha
sido encontrada mudança significativa após
participação no treino de controle de stress, pode ser
atribuído ao fato de que doenças tão severas no
fígado, necessitando de transplante, apresentam
sintomas que podem ser difíceis de diferenciar do
stress, da depressão e da ansiedade. Neste caso,
outros instrumentos de avaliação, tais como
indicadores de bem estar, podem ser uma melhor
escolha para avaliar as mudanças que ocorrem após
treino de controle de stress.
As estratégias de enfrentamento foram
avaliadas apenas antes do treino e as mais usadas
foram: baseadas no problema (M=3,58; DP=0,57) e
busca de prática religiosa (M=3,40; DP=0,97); as
menos utilizadas foram as baseadas na emoção
(M=1,82; DP=0,46) e suporte social (M=3,03;
DP=0,90).
Embora seja possível utilizar diferentes
estratégias de enfrentamento ao mesmo tempo,
parece que as enfocadas no problema são associadas
a um forte sentimento de controle pessoal. No
entanto, este controle afeta as respostas que tem
impacto direto na saúde. É bem conhecido que o
stress libera corticosteróides e tem impacto no
sistema imunológico. Uma maior vulnerabilidade
para o stress pode afetar o sistema imunológico e
aumentar a suscetibilidade para doenças.
Conclusoes
Os resultados indicaram presença de stress,
sintomas de depressão e ansiedade antes e após
treino de controle de stress. Houve diminuição dos
sintomas de stress após o treino. Embora não tenha
havido diferença significante entre o pré e pós
treino, em houve redução de sintomas de stress,
depressão e ansiedade ou mudança de um nível mais
elevado para um mais baixo no pós-programa,
sugerindo eficiência clínica do método utilizado. Os
resultados forneceram importantes informações a
respeito do stress e suas implicações, depressão e
ansiedade relacionadas à doença crônica,
especificamente, para o transplante de fígado.
Estudos com uma amostra maior e um período mais
longo de acompanhamento são necessários.
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Neide Aparecida Micelli Domingos,
Marilda Emmanuel Novaes Lipp &
Maria Cristina O. S. Miyazaki
Faculdade de Medicina de São José do Rio
Preto – FAMERP
Stress, anxiety, depression, and coping in liver
transplant candidates: the effect of psychological
intervention
Key words
Stress
Depression
Anxiety
Liver transplant
Psychological intervention
Abstract
To evaluate a stress control training program in candidates awaiting liver trans-
plant. Twenty-two patients participated in this study. The following instruments
were used to collect data: Stress Symptoms Inventory for Adults, Beck Depres-
sion Inventory, Beck Anxiety Inventory and Ways of Coping Scale. 54.5% pa-
tients presented stress symptoms before the training and 45.5% after it, but no
differ significantly (p = 0.625). There was a reduction stress, depression and anxi-
ety symptoms but were compared between before and after training no differ
significantly (p = 0.508; p = 0.465; p = 0.793, respectively). The most used strate-
gies were: coping strategies based on the stressor (M = 3.58; p= 0.459) and religi-
osity/fantasy thinking (M = 3.40; p= 0.663). The stress control training program
suggests reduction stress, depression and anxiety symptoms.
Neide Aparecida Micelli Domingos ,
Marilda Emmanuel Novaes Lipp y
Maria Cristina O. S. Miyazaki
Faculdade de Medicina de São José do
Rio Preto – FAMERP
Estrés, ansiedad, depresión y estratégias de
enfrentamiento en candidatos a transplante de
hígado: intervención psicológica
Key words
Estrés
Depresión
Ansiedad
Trasplane de hígado
Intervención psicológica
Abstract
Se investigó un programa de control de estrés en candidatos a transplante de
hígado. Veintidós pacientes participaram del estudio. Los instrumentos utilizados
fueron : Inventario de Síntomas de Estrés para Adultos, Inventario de Depresión
de Beck y Inventario de Ansiedad de Beck, Escala de Modos de Enfrentamiento
de Problemas. 54,5% de los pacientes presentaron síntomas de estrés antes del
programa y 45,5% después, pero no hubo diferencia significativa (p = 0.625).
Hubo reducción delos síntomas de estrés, de depresión y de ansiedad cuando
comparados antes y después do programa, pero no hubo diferencia
estadisticamente significativa (p= 0.508; p= 0.465; p= 0.793, respectivamente). Las
estratégias de enfrentamiento mas usadas fuerón: estratégias focalizadas em el
problema (M = 3,58; p= 0,459) y estratégias focalizadas em las práticas religiosas
(M = 3,40; p= 0,663). El programa de control de estrés sugiere reduccion de
síntomas de estrés, depresión y ansiedad.