1. 6ºA e 6ºB
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2. A pólis — como era chamada Atenas — está muito movimentada. Na ágora, ou praça principal, o povo se
reúne para começar a procissão até a Acrópole, na colina mais alta da cidade, onde se erguem os templos
mais importantes.
- Ontem havia mais gente na ágora do que hoje.
- É que ontem falou um político candidatando-se para governar Atenas. Seu discurso agradou muito! Não
entendi bem, mas meu pai disse que ele for eleito, vai favorecer o comércio e ficaremos todos mais ricos.
- Vamos que a procissão já começou. Temos que levar o véu da deusa Atenas até o templo.
Os gregos representavam seus deuses com forma humana. Cada um era protetor de uma atividade em
particular e todos eram considerados imortais
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3. – Ele é o melhor ceramista da cidade!
– Pois é. Que vasos e jarros bonitos! Contei quinze e cada um é diferente do outro!
– O que eu gosto mais é dos desenhos da cerâmica. Que trabalho o senhor teve para fazê-los, hein?
– É verdade — responde o ceramista. - Estas ânforas vão ser transportadas por um navio que parte amanhã
para a Sicília em busca de azeite. E aqueles jarrões estão vendo lá no fundo? - vão ser vendidos numa
colônia de além-mar. E todos os meus clientes têm pressa!
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4. Ao longo da costa do Mediterrâneo erguiam-se numerosas colônias gregas como
esta de Ampúria, na Península Ibérica.
Partindo dessas cidades, os gregos faziam um comércio pacífico com os habitantes
dos povoados vizinhos, que se encantavam com os produtos oferecidos pelos navegantes
vindos da Grécia.
— O que quer dizer Empório
— Centro comercial. Aqui vendiam cerâmica fina e tecidos coloridos, produtos que os
habitantes da Península Ibérica não sabiam fabricar. E, como pagamento, os gregos
recebiam metais preciosos, ou seja, o ouro e prata. Com o tempo, os mesmos gregos
ensinaram os habitantes das colônias a fabricar moedas.
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5. – Aprender a ler e a escrever não é tão difícil assim! Além disso, vai nos servir muito
quando nós começarmos a dirigir nossos negócios.
– Isso para você, que quer ser comerciante como toda a sua família. Eu, por mim, vou ser
político como o meu pai.
— É, mas o
que eu gosto mesmo
é de ginástica.
Ontem melhorei no
salto em altura e o
professor me deu os
parabéns!
Os meninos gregos —
como os de hoje, iam à
escola para aprender a ler,
a escrever, a fazer contas e
a obter uma boa forma
física. Os professore eram
quase sempre gregos ou
vinham das colônias.
Alguns eram escravos.
As mulheres não participavam da vida pública e era difícil vê-las nas ruas.
Quando meninas, nem sequer iam à escola.
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6. – Pobre homem, como deve estar sofrendo
Os médicos gregos eram muito competentes. Primeiro limpavam bem feridas, e depois, para aliviar a dor,
passavam unguentos que eles mesmos preparavam.
Os médicos mais famosos eram os que cuidavam soldados feridos.
O deus protetor da Medicina, Esculápio, protegia os doentes e os médicos. Na Grécia antiga, o médico
mais respeitado e o mais popular foi Hipócrates. Ele fez seus discípulos jurarem que cuidariam de seus doentes
acima de qualquer outro dever.
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7. O lugar onde se realizavam as competições atléticas gregas chamava-se palestra. De quatro em quatro em
anos celebrava-se os Jogos Olímpicos, que tinha competições também de música e de poesia.
Os atletas participavam só pelo desejo de competir e não para ganhar dinheiro.
Para os gregos, o homem perfeito deveria ser inteligente e manter um físico bonito e proporcional. As esculturas
Que faziam eram com frequência, fruto da admiração que sentiam pelos atletas que participavam da Olimpíada
– Como corre bem! Olha só que coordenação de passos!
– E nunca perde o ritmo. Vai ganha na certa.
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8. Os gregos foram os primeiros a escrever obras de teatro. Elas eram representadas num cenário ao pé de
uma pequena colina e, na sua encosta, sentavam-se os espectadores. Os atores sofriam mil desgraças por
vontade dos deuses ou viviam mil situações cômicas, provocando a emoção ou o riso do público.
– Gosto muito de teatro, mas as máscaras me dão um pouco de medo...
– Eu também gosto mais de comédias. Mas, veja bem, se os atores não usassem essas máscaras que faz a
voz ressoar, nós não poderíamos ouvir as frases bonitas que eles recitavam.
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9. – Os soldados romanos são os mais valentes do mundo! Olha
só como o general vitorioso desfila com elegância e orgulho!
Ele conquistou, à frente de seus legionários, novas regiões
para Roma.
– E quantos escravos ele traz! Meu pai quer comprar alguns
para trabalhar como cativos de nossas terras. Olha só! Estão
passando pelo Arco do Triunfo sete carros cheios de joias e
objetos preciosos! Que grande pilhagem rendeu essa guerra,
não?
As legiões romanas, muito bem organizadas, conquistaram
todo o mundo conhecido, para a glória do Império Romano.
Os povos conquistados caíam sob o domínio de Roma e
maioria era escravizada.
Os vencedores também transmitiam sua língua, seus
costumes e se modo de viver aos povos conquistados.
Conhecemos como romanização essa transmissão de cultura.
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10. - Termine logo de pentear meus cabelos! – diz a nobre romana à sua escrava.
- Preciso ir ao Fórum!
- Mãe, podemos ir também até a praça? – Perguntou o filho.
- Deixa a gente ir, Mãe! – insiste a filha. – Vai haver leilão de escravos vindos de terras muito distantes...
As casas dos romanos ricos eram confortáveis e luxuosas, e os escravos faziam todo o trabalho doméstico pesado.
Alguns romanos tratavam bem os escravos, mas estes não podiam abandonar seus donos, nem desfrutar de liberdade.
Além disso, a escravidão era transmitida de pai para filho.
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11. ‒ O que o senador está dizendo?
‒ Não sei bem, porque acabo de chegar, mas todos
estão ouvindo com muita atenção. Acho que está
querendo propor uma nova lei ao Senado...
Os senadores romanos aprovaram leis que regiam a
vida dos cidadãos.
O Senado se reunia no Capitólio,
um local com funções parecidas
com as do Congresso de nossos
dias.
Tanto os Senadores como os
cidadãos mais destacados cobriam-
se com uma toga, que era um
manto largo e longo usado sobre a
túnica.
Os senadores tinham de ser
bons oradores para apresentar suas
propostas de lei e ganhar apoio dos
cidadãos.
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12. O circo romano tinha a forma oval
e larga, enquanto o anfiteatro era
redondo. No circo se realizavam as
corridas de quadrigas e nos anfiteatros,
se realizavam as lutas entre os
gladiadores.
- Tanto que alguns imperadores
organizavam espetáculos que duravam
vários dias, durante os quais eles
mandavam distribuir comida aos
espectadores. Oferecendo aos romanos
‘pão e circo’, eles pretendiam amenizar
a pobreza e acalmar os anseios de
revolta da população.
– Nunca vi tanta gente como hoje.
– E emocionante ver o auriga de pé
em seu carro, dominando os
quatro cavalos com as rédeas.
Gosto mais das corridas do circo
do que das lutas dos gladiadores.
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13. Os romanos foram grandes arquitetos. Ergueram belos
edifícios e monumentos, construíram estradas e
aquedutos.
Os aquedutos compostos de uma ou duas fileiras de
arcadas, eram muito úteis para levar água das fontes até
a cidade. Sobre uma das Pontes, havia um canal por
onde corria a água. Essas construções- algumas
conservadas até hoje – causavam admiração aos povos
submetidos a Roma, que ficavam encantados com as
técnicas de construção dos romanos.
- Você já olhou bem para este aqueduto? Parece tão
sólido! Estou certa que vai durar para sempre.
É, mas além disso, vai irrigar os campos e levar água até
as cidades.
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14. Diante das ruínas de um passado grandioso, as crianças ouvem atentamente
o que a mãe vai explicando:
- A erupção do vulcão Vesúvio sepultou as cidades de Pompeia e
Herculano, que eram Alguns dos lugares preferidos dos romanos para
passarem as férias. A lava cobriu as casas e as ruas tão rápido que não
destruiu praticamente nada. Por isso, os arqueólogos puderam descobrir as
cidades quase que intactas,, as pinturas das paredes das casas, os
aposentos...
- Então as duas cidades desapareceram? Pergunta um dos meninos.
- Infelizmente, sim. Mas agora, reconstruindo o modo de viver dos
romanos, ficou provado que se parecia bastante com o nosso.
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