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- CARACTERÍSTICAS DO TEXTO INFORMATIVO -<br />REBUÇADOS PEITORAIS DO DR. BAYARD<br />Feitos com açúcar, glucose, água descalcificada, alteia, mel e xarope de plantas medicinais, os rebuçados peitorais do Dr. Bayard fazem parte do imaginário português.<br />Fabricados à razão média de 4000 quilos por dia, num edifício de 1200 metros quadrado com 1200 metros quadrados com cave e rés do chão, na Rua Gomes Freire, Amadora, estes rebuçados que prometem o alívio da tosse passam por nove etapas de produção e por seis máquinas diferentes antes de chegarem às mãos dos clientes. Ao todo, são mais de mil rebuçados embrulhados por minuto, 40 quilos de massa cozidos a cada três minutos, 40 toneladas de mel e 6000 de açúcar gastos por ano. A história da fábrica remonta a 1939, quando Álvaro Matias, originário de Vale da Mula (Almeida), trabalhava numa mercearia da capital.<br />Foi aí que conheceu um farmacêutico francês, o Dr. Bayard, que encontrara em Lisboa um destino de fuga aos horrores da Segunda Guerra Mundial. Com o tempo, os dois homens desenvolveram uma amizade, iniciada com a venda de um presunto e aulas particulares de francês, e depois estreitada pela solidariedade do marçano. Terminada a guerra, o farmacêutico voltou para França com a família, deixando a Álvaro Matias, como agradecimento, a receita dos rebuçados, assim como a assinatura e os quatro desenhos que ainda hoje ornamentam as embalagens.<br />Algum tempo depois, Álvaro Matias, actualmente nonagenário, começou uma pequena indústria caseira, a primeira máquina só foi comprada em 1951. O negócio cresceu e hoje é gerido pelo filho José António, e por um neto.<br />O Dr. Bayard não deu mais notícias e o papel com a receita original continua muito bem guardado, em parte incerta.<br />Inciclopédia, Tudo o que não sabia e queria saber (texto com supressões)<br />Sublinha e identifica, no seguinte texto informativo, os defeitos que se devem evitar neste tipo de textos.<br />O assassino do Aqueduto das Águas Livres<br />Diogo Alves, galego nascido em 1810, veio muito novo para Lisboa, onde serviu em algumas casas ricas da época, e ficou para a história como o assassino do Aqueduto das Águas Livres, pois foi aí que, ao longo de cerca de três anos, cometeu crimes horríveis e sangrentos que o tornaram tão odiado como célebre. Sabe-se que os assassínios começaram em 1836, por volta da mesma altura em que Diogo Alves se envolveu amorosamente com a taberneira Gertrudes Maria, cujo estabelecimento. No entanto, desconhece-se ao certo como terá o maldito homem arranjado umas chaves falsas, pois talvez só existisse um exemplar das chaves verdadeiras e esse deveria estar na posse dos responsáveis do Aqueduto. Com essas chaves tinha acesso às “mães de água”, e daí introduzia-se nas galerias do aqueduto, praticando assaltos e atirando as suas vítimas do topo do Arco Grande, a 65 metros de altura, para que não pudessem denunciá-lo. Apesar de algumas fontes policiais da época informarem que em 1837, Diogo Alves já tinha morto mais de setenta pessoas, também não há certeza quanto ao número exacto de vítimas, mas o meliante matou mais de mil pessoas. No entanto, as autoridades suspeitam que a sucessão de corpos encontrados por cima do aqueduto se deveu uma onda de suicídios.<br />Obrigado a mudar de esquema, Diogo Alves formou uma quadrilha com sete homens e prosseguiu a sua carreira criminosa, acabando por ser preso e condenado à morte em 1840, embora não pelos crimes cometidos no aqueduto (os quais nem constam no seu processo): foi o massacre da família de um médico, durante um assalto em que se fizera acompanhar pelos seus admiradores, que o levou à forca. Morreu às duas e um quarto da tarde de 19 de Fevereiro de 1841 e foi o último condenado à morte em Portugal. Após o enforcamento, os cientistas da escola Médico-Cirurgica de Lisboa deceparam a cabeça do desalmado bandido, com o intuito de estudarem as possíveis causas da sua requintada malvadez – ao que se sabe sem grandes resultados. A cabeça, essa ainda existe conservada em formol na Faculdade de Medicina de Lisboa.<br />
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