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GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL




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                                         GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL

                                         Leitor(a): Caso você tenha interesse em continuar lendo os meus textos
                                         (novos e antigos), eles podem ser encontrados em www.efecade.com.br.
                                         Dentro de prazo ainda indefinido (mas não dilatado), eles serão retirados
                                         do Recanto das Letras.



                                                                            AURORA BOREAL



                                         As auroras polares começam quase sempre com a aparição de um arco
                                         luminoso branco amarelado que pode ser observado em qualquer parte
                                         da Terra. Como a sua freqüência - que está longe de ser uniforme - é
                                         muito maior nas regiões polares, sobrevém daí as designações correntes
                                         de aurora boreal (quando ocorre no pólo norte) e aurora austral (quando
                                         ocorre no pólo sul). Nos países situados ao sul do planeta (meridionais)
                                         esse fenômeno geralmente não passa disso, podendo, no entanto,
                                         desenvolver-se algumas vezes de forma brilhante. Do arco primitivo
                                         emergem bruscamente raios numerosos e coloridos que formam nas
                                         imediações do zênite (ponto da esfera celeste colocado
                                         verticalmente  sobre o observador) figuras parecidas com coroas
                                         regulares (denominadas coronae borealis).

                                         Nos países boreais (setentrionais), situados na parte norte do planeta, a
                                         forma das auroras é extremamente variável, o mesmo acontecendo com
                                         a sua freqüência, desde o equador, onde, quando muito, se observa
                                         uma delas de dez em dez anos, até as altas latitudes, onde são diárias.
                                         Os períodos do ano mais favoráveis ao surgimento dessas ocorrências
                                         são o outono e a primavera, formando-se dois máximos, em abril e
                                         setembro, e dois mínimos, em junho e dezembro. Essa freqüência
                                         aumenta das 6 às 11 horas da noite, para decrescer lentamente até às 2
                                         horas da madrugada, e depois rapidamente até ás 6 horas da manhã.
                                         Durante o dia, em presença da luz do Sol, não é possível observar as



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GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL

                                         auroras.

                                         A busca de uma explicação científica para as auroras polares - vistas
                                         pelos antigos como indícios de cólera celeste -, tem dado lugar a muitas
                                         tentativas que, se ainda não conduziram a uma solução inteiramente
                                         satisfatória, estabeleceram, contudo, princípios que podem ser
                                         considerados como base segura para interpretação do fenômeno. Uma
                                         delas as considerava como efeito do reflexo da luz solar, quando o Sol
                                         estava abaixo do horizonte, sobre as camadas inferiores da atmosfera e
                                         sobre as encostas cobertas de gelo das montanhas, reflexos este que,
                                         dispersando a luz solar na atmosfera, produziam o meteoro luminoso em
                                         questão. A esta explicação, extremamente vaga, sucedeu a que,
                                         partindo do princípio da existência das poeiras cósmicas vindas dos
                                         espaços interplanetários, admitia que elas, ao entrarem na esfera de
                                         atração da Terra, inflamavam-se ao serem precipitadas sobre esta, sem
                                         explicar, porém, as fases sucessivas do fenômeno.

                                         Os estudos nesse sentido vêm desde o século XVII. O astrônomo italiano
                                         Galileu Galilei, por exemplo, começou a investigar tal fenômeno em
                                         1621, como parte de suas pesquisas sobre os movimentos dos astros
                                         celestes. Mas como ela limitava-se à Europa, o fato de verificar a
                                         ocorrência da aurora no norte do continente o levou a batizá-la com o
                                         nome de aurora boreal, em homenagem à deusa romana Aurora (do
                                         amanhecer) e seu filho Boreas. No século seguinte (18), o navegador
                                         inglês James Cook, então navegando pelo Oceano Índico, presenciou o
                                         mesmo céu noturno colorido que aguçara a curiosidade de Galileu, e
                                         deu-lhe o nome de aurora austral (uma referência direta ao fato de estar
                                         ao Sul). A partir de então ficou claro que o efeito não era exclusivo do
                                         hemisfério norte terrestre, criando-se por isso a denominação aurora
                                         polar.

                                         Nessa mesma época, pesquisadores como Edmond Halley, dedicaram-se
                                         à busca de resposta mais concreta sobre a ocorrência. Um pouco
                                         adiante, Olof Hiorter e Anders Celsius, em 1741; Henry Cavendish, em
                                         1768; Kristian Birkeland, em 1896, 1900 e 1908; Elias Loomis, em 1860,
                                         e Hermann Fritz, em 1881. Loomis descobriu a relação da atividade solar
                                         com a aurora, ao observar que entre 20 e 40 horas após uma erup-ção
                                         solar, noticiava-se o aparecimento de auroras boreais no Canadá.

                                         Pouco mais à frente a imprensa noticiou que trabalhos de Carl Stormer
                                         no campo do movimento de partículas eletrificadas em um campo
                                         magnético, facilitaram a compreensão do mecanismo de formação das
                                         luzes do norte. A partir da década de 1950 descobriu-se a emissão de
                                         matéria pelo Sol, a qual foi chamada vento solar, efeito que também
                                         explica o fato das caudas de cometas estarem sempre opostas ao Sol.
                                         Tal teoria foi formulada pelo físico estadunidense Newman Parker em
                                         1957, tendo sido comprovada no ano seguinte pelo satélite Explorer I.
                                         Daí em diante a exploração espacial permitiu não somente um aumento
                                         do conhecimento sobre as auroras terrestres, mas também a observação
                                         do fenômeno em outros planetas como Júpiter e Saturno.

                                         Por volta de 1962 James Van Allen provou ser falsa a teoria que a


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GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL

                                         aurora era o excesso do cinturão de radiação. Logo após tornou-se claro
                                         que a maioria da energia era composta de cátions, enquanto que as
                                         partículas da aurora são quase sempre elétrons com relativa baixa
                                         energia. Em 1972 foi descoberto que a aurora e suas correntes de
                                         magnetismo associadas também produzem uma forte emissão de rádio
                                         em torno de 150 kHz, efeito observável somente do espaço.

                                         As auroras boreal e austral, fenômenos óticos observados nos céus
                                         noturnos nas regões polares, são provocadas pelo impacto de partículas
                                         de vento solar e poeira espacial, com a alta atmosfera da Terra. Elas
                                         podem aparecer como pontos luminosos ou faixas no sentido horizontal
                                         ou vertical, sempre alinhados ao campo magnético terrestre e com cores
                                         variando entre a vermelha, azul, laranja, verde e amarela, ou com
                                         várias delas ao mesmo tempo. Durante as tempestades solares, quando
                                         a Terra é atingida por grande quantidade de ventos solares, as auroras
                                         são mais comuns. Porém, se de um lado esses fenômenos nos
                                         proporcionam um lindo show de luzes da natureza, de outro somos
                                         prejudicados porque eles interferem em meios de comunicação (sinais de
                                         televisão, radares, telefonia, satélites) e sistemas eletrônicos diversos.  

                                         FERNANDO KITZINGER DANNEMANN

                                         Enviado por FERNANDO KITZINGER DANNEMANN em 19/04/2011
                                         Alterado em 24/11/2011


                                                              Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons . Você pode copiar, distribuir,
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                                          13/08/2011 14:44 - Jessilene Mota [não autenticado]

                                          muito bo´m, parabéns ao autor um trabalho muito bem detalhado e de conteúdo
                                          sólido. Meus sinceros parabéns


                                                                                        Comentar




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Geografia atmosfera - aurora boreal

  • 1. GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL :: Todos > Artigos GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL Leitor(a): Caso você tenha interesse em continuar lendo os meus textos (novos e antigos), eles podem ser encontrados em www.efecade.com.br. Dentro de prazo ainda indefinido (mas não dilatado), eles serão retirados do Recanto das Letras.                                    AURORA BOREAL As auroras polares começam quase sempre com a aparição de um arco luminoso branco amarelado que pode ser observado em qualquer parte da Terra. Como a sua freqüência - que está longe de ser uniforme - é muito maior nas regiões polares, sobrevém daí as designações correntes de aurora boreal (quando ocorre no pólo norte) e aurora austral (quando ocorre no pólo sul). Nos países situados ao sul do planeta (meridionais) esse fenômeno geralmente não passa disso, podendo, no entanto, desenvolver-se algumas vezes de forma brilhante. Do arco primitivo emergem bruscamente raios numerosos e coloridos que formam nas imediações do zênite (ponto da esfera celeste colocado verticalmente  sobre o observador) figuras parecidas com coroas regulares (denominadas coronae borealis). Nos países boreais (setentrionais), situados na parte norte do planeta, a forma das auroras é extremamente variável, o mesmo acontecendo com a sua freqüência, desde o equador, onde, quando muito, se observa uma delas de dez em dez anos, até as altas latitudes, onde são diárias. Os períodos do ano mais favoráveis ao surgimento dessas ocorrências são o outono e a primavera, formando-se dois máximos, em abril e setembro, e dois mínimos, em junho e dezembro. Essa freqüência aumenta das 6 às 11 horas da noite, para decrescer lentamente até às 2 horas da madrugada, e depois rapidamente até ás 6 horas da manhã. Durante o dia, em presença da luz do Sol, não é possível observar as http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2918983[25/09/2012 12:58:39]
  • 2. GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL auroras. A busca de uma explicação científica para as auroras polares - vistas pelos antigos como indícios de cólera celeste -, tem dado lugar a muitas tentativas que, se ainda não conduziram a uma solução inteiramente satisfatória, estabeleceram, contudo, princípios que podem ser considerados como base segura para interpretação do fenômeno. Uma delas as considerava como efeito do reflexo da luz solar, quando o Sol estava abaixo do horizonte, sobre as camadas inferiores da atmosfera e sobre as encostas cobertas de gelo das montanhas, reflexos este que, dispersando a luz solar na atmosfera, produziam o meteoro luminoso em questão. A esta explicação, extremamente vaga, sucedeu a que, partindo do princípio da existência das poeiras cósmicas vindas dos espaços interplanetários, admitia que elas, ao entrarem na esfera de atração da Terra, inflamavam-se ao serem precipitadas sobre esta, sem explicar, porém, as fases sucessivas do fenômeno. Os estudos nesse sentido vêm desde o século XVII. O astrônomo italiano Galileu Galilei, por exemplo, começou a investigar tal fenômeno em 1621, como parte de suas pesquisas sobre os movimentos dos astros celestes. Mas como ela limitava-se à Europa, o fato de verificar a ocorrência da aurora no norte do continente o levou a batizá-la com o nome de aurora boreal, em homenagem à deusa romana Aurora (do amanhecer) e seu filho Boreas. No século seguinte (18), o navegador inglês James Cook, então navegando pelo Oceano Índico, presenciou o mesmo céu noturno colorido que aguçara a curiosidade de Galileu, e deu-lhe o nome de aurora austral (uma referência direta ao fato de estar ao Sul). A partir de então ficou claro que o efeito não era exclusivo do hemisfério norte terrestre, criando-se por isso a denominação aurora polar. Nessa mesma época, pesquisadores como Edmond Halley, dedicaram-se à busca de resposta mais concreta sobre a ocorrência. Um pouco adiante, Olof Hiorter e Anders Celsius, em 1741; Henry Cavendish, em 1768; Kristian Birkeland, em 1896, 1900 e 1908; Elias Loomis, em 1860, e Hermann Fritz, em 1881. Loomis descobriu a relação da atividade solar com a aurora, ao observar que entre 20 e 40 horas após uma erup-ção solar, noticiava-se o aparecimento de auroras boreais no Canadá. Pouco mais à frente a imprensa noticiou que trabalhos de Carl Stormer no campo do movimento de partículas eletrificadas em um campo magnético, facilitaram a compreensão do mecanismo de formação das luzes do norte. A partir da década de 1950 descobriu-se a emissão de matéria pelo Sol, a qual foi chamada vento solar, efeito que também explica o fato das caudas de cometas estarem sempre opostas ao Sol. Tal teoria foi formulada pelo físico estadunidense Newman Parker em 1957, tendo sido comprovada no ano seguinte pelo satélite Explorer I. Daí em diante a exploração espacial permitiu não somente um aumento do conhecimento sobre as auroras terrestres, mas também a observação do fenômeno em outros planetas como Júpiter e Saturno. Por volta de 1962 James Van Allen provou ser falsa a teoria que a http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2918983[25/09/2012 12:58:39]
  • 3. GEOGRAFIA - ATMOSFERA - AURORA BOREAL aurora era o excesso do cinturão de radiação. Logo após tornou-se claro que a maioria da energia era composta de cátions, enquanto que as partículas da aurora são quase sempre elétrons com relativa baixa energia. Em 1972 foi descoberto que a aurora e suas correntes de magnetismo associadas também produzem uma forte emissão de rádio em torno de 150 kHz, efeito observável somente do espaço. As auroras boreal e austral, fenômenos óticos observados nos céus noturnos nas regões polares, são provocadas pelo impacto de partículas de vento solar e poeira espacial, com a alta atmosfera da Terra. Elas podem aparecer como pontos luminosos ou faixas no sentido horizontal ou vertical, sempre alinhados ao campo magnético terrestre e com cores variando entre a vermelha, azul, laranja, verde e amarela, ou com várias delas ao mesmo tempo. Durante as tempestades solares, quando a Terra é atingida por grande quantidade de ventos solares, as auroras são mais comuns. Porém, se de um lado esses fenômenos nos proporcionam um lindo show de luzes da natureza, de outro somos prejudicados porque eles interferem em meios de comunicação (sinais de televisão, radares, telefonia, satélites) e sistemas eletrônicos diversos.   FERNANDO KITZINGER DANNEMANN Enviado por FERNANDO KITZINGER DANNEMANN em 19/04/2011 Alterado em 24/11/2011 Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons . Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas. Comentários 13/08/2011 14:44 - Jessilene Mota [não autenticado] muito bo´m, parabéns ao autor um trabalho muito bem detalhado e de conteúdo sólido. Meus sinceros parabéns Comentar Crie o seu próprio Site do Escritor no Recanto das Letras http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2918983[25/09/2012 12:58:39]